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O presidente Jair Bolsonaro aparecerá pela primeira vez, em cadeia nacional de rádio e televisão, nas inserções de seu partido, o PL, nesta quinta-feira (2). Um dos pilares da primeira campanha do mandatário, a preservação da família tradicional, será retomado também nas falas para as Eleições 2022. Em um dos trechos do “PL na TV”, o chefe de Estado surge conversando com jovens e os aconselhando a ouvir os pais.

A estratégia confronta a utilizada por adversários, que apostam na utilização da imagem de artistas e influenciadores digitais para atrair o público jovem.

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"Por que o pai e a mãe muitas vezes são chatos? Porque falam a verdade para vocês. E tem que ser assim. Os seus pais são os que dão a vida de verdade por você. Por que não ouvi-los? A família é a base da sociedade. Você vai se orgulhar, lá na frente, dessas pessoas que te botaram na linha lá atrás", afirma o presidente.

Bolsonaro termina o diálogo dizendo: “Sem pandemia, sem corrupção, com Deus no coração. Ninguém segura esta nação”. A frase final remete ao slogan “Ninguém segura este país”, usado no regime militar (1964-1985). O filme fecha com o letreiro: “Faça como o presidente Bolsonaro. Filie-se ao PL”.

Em cenas ainda não divulgadas, Bolsonaro surge na Capela São Pedro Nolasco, em Brasília. Em uma delas, o presidente conversa com um grupo de mulheres sobre a implementação do Auxílio Brasil e comemora com as beneficiárias o aumento no valor do benefício. De acordo com o Poder360, o slogan “Ninguém segura esse novo Brasil” deve ser utilizado nas diversas peças publicitárias planejadas pelo PL. A frase final remete ao slogan “Ninguém segura este país”, usado no regime militar (1964-1985).

 

No dia 9 de junho, a Prefeitura de Guarulhos vai promover um mutirão do Projeto Estagiando na UNG campus Bonsucesso. O objetivo é inserir estudantes do Ensino Médio, Técnico ou Superior no mercado de trabalho, com estágios remunerados.

A ação é voltada para alunos de 16 a 29 anos. As empresas Brilho Próprio Estágios, Ellenco Estágios, Inter Estágios, CEG Conecta, IGEduc e Belottis Estágios confirmaram presença no evento.

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Os interessados em participar devem se cadastrar no link https://bit.ly/Curriculo-OrgAgencias. Também levar RG e currículo impresso para o local, onde aprenderão mais sobre a lei do estágio, além de passar por uma seleção de encaminhamento para a entrevista final com as empresas contratantes.

A quantidade de vagas e a área de atuação serão divulgadas uma semana antes.

Em sua 6ª edição, esta é a primeira vez que o projeto é desenvolvido fora da Casa do Jovem, sede da Subsecretaria da Juventude, que é a responsável pela campanha, e também integra a Secretaria de Direitos Humanos.

Outras informações no telefone (11) 2408-5604

Endereço UNG campus Bonsucesso: Estrada da Água Chata, número 3.380 - Água Chata, Guarulhos – SP.

Por Maria Eduarda Veloso

A mobilização de artistas e políticos para estimular os jovens a emitirem o título de eleitor deu resultado: entre janeiro e abril deste ano, o País ganhou mais de 2 milhões de eleitores com idades entre 16 e 18 anos. Os dados parciais foram divulgados pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, em sessão nesta quinta-feira, 5. Segundo o ministro, o número de novos votantes nessa faixa etária cresceu 47,2% em relação ao mesmo período de 2018 e mais de 57% em comparação aos quatro primeiros meses de 2014.

"A juventude brasileira foi convocada a participar das eleições em outubro e a resposta foi impressionante. Bom lembrar que a Justiça Eleitoral sempre realiza campanhas de conscientização e incentivo ao eleitorado como um todo, em especial aos jovens, por meio da mídia e nas escolas. Desta vez, o que vimos foi a sociedade brasileira mobilizada pela democracia", disse o presidente do TSE.

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A campanha para emissão de títulos incluiu a cantora Anitta e o ator americano Leonardo DiCaprio, entre outros artistas. "A população respondeu ao chamado da Justiça Eleitoral, que não medirá esforços para realizar eleições limpas, transparentes, com paz e segurança", declarou o ministro.

Segundo Fachin, somente em março foram registrados mais de 522 mil novos eleitores entre 16 e 18 anos. Já em abril, o número saltou para 991 mil jovens com o primeiro título de eleitor, o que representa um crescimento de 89,7% em relação ao mês anterior. Nos últimos meses, o TSE veiculou a campanha "Rolê das Eleições", com o objetivo de atrair o voto jovem por meio de parcerias com times de futebol, instituições da sociedade civil e influenciadores digitais.

Estrelas internacionais

Além do movimento coordenado pela Justiça Eleitoral, organizações como a Girl UP aderiram à campanha com estratégia de comunicação própria, buscando traduzir a importância do voto numa linguagem descontraída, focada nos adolescentes. Artistas também se engajaram espontaneamente na mobilização, como mostrou o Estadão, a exemplo dos atores Mark Ruffallo (o "Hulk" dos cinemas) e Mark Hamill (o "Luke Skywalker", de Star Wars), além de Anitta e DiCaprio, entre outros.

"Vimos, como há muito não se via, um país unido pelo bem e fortalecimento da democracia. Por isso, agradeço a cada um, influenciador ou não, famoso ou não, brasileiro ou não, jovem ou não, que criou conteúdos nas redes sociais para chamar a atenção de todos para a regularização do título", disse Fachin. "Houve também aqueles que foram além do virtual e disponibilizaram conhecimento, tempo, computadores e acesso à internet para viabilizar o atendimento remoto de tantos que precisam de ajuda."

A campanha pela regularização do título de eleitor rendeu resultados positivos também nas demais faixas etárias. No último mês, foram registrados mais de 8,9 milhões de pedidos de emissão de títulos e regularização da situação eleitoral.

Para o presidente do TSE, a capacidade de resposta da Justiça Eleitoral nos últimos dias do prazo para regularização dos títulos demonstrou a capilaridade, a competência e o compromisso das instituições eleitorais com a democracia. A Corte chegou a enfrentar instabilidade em seus servidores online nos últimos dias da campanha para regularizar a situação dos registros, mas os problemas foram corrigidos sem gerar prejuízos aos eleitores que deixaram o processo para os últimos dias.

De acordo com o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), será encerrado o prazo para obter, regularizar ou transferir o título de eleitor, nesta quarta-feira (4), 150 dias antes das eleições. Também será encerada a data limite para que pessoas transexuais ou travestis solicitem o uso do nome social no documento. Dessa forma, a justiça eleitoral determina que, após este dia, não será permitido alterações no documento.

Sendo assim, para transferir o domicílio eleitoral - o endereço em que mora - será necessário comprovar que mudou de bairro ou cidade há pelo menos três meses. Além disso, também é necessário estar em dia com a justiça eleitoral, ou seja, ter votado nas últimas eleições, ou ter justificado a ausência. As pessoas que tenham tirado o título pela primeira vez nos últimos 12 meses, também não poderão fazer a transferência.

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Para prosseguir com a transferência, é só acessar o site do TSE e clicar na opção "Autoatendimento do eleitor", e em seguida "Atualize seu endereço". Após seguir os direcionamentos do site, o eleitor terá que anexar os documentos necessários, como,  uma selfie segurando um documento oficial com foto, imagens de frente e verso de um documento de identificação, e um comprovante de residência.

Adolescentes

A presença de jovens nos alistamentos eleitorais aumentou significantemente em relação aos anos anteriores. Nas eleições de 2014 e 2018, o país registrou 877.082 e 854.838 novos títulos de adolescentes entre 15 a 18 anos, respectivamente. Para estas eleições, entre janeiro e março de 2022, o Brasil ganhou 1.144.481 novos eleitores desta faixa etária. Diante disso, os adolescentes que ainda pretendem tirar o título terão também até dia 4 de maio. Vale lembrar que os que completarão 16 anos até o primeiro turno também podem tirar o título e votar.

Transexuais e Travestis

Além dessas opções, também será encerrado no sistema do TSE a retificação dos dados pessoais, e também o prazo máximo de pessoas transexuais ou travestis solicitarem  o uso do nome social no documento. Os menores de 18 anos também podem requerer a modificação, desde que já possuam o título de eleitor. O processo é feito de maneira rápida no site do TSE, através do sistema Título Net. Os dados informados serão analisados pela Justiça Eleitoral e o requerimento pode ser acompanhado online.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) respondeu, de forma irônica, ao ator americano Leonardo DiCaprio, que usou as redes sociais para pedir que seus seguidores brasileiros de 16 e 17 anos tirem o título de eleitor e destacou a importância do Brasil para o mundo por abrigar a maior parte da floresta amazônica.

"Obrigado pelo apoio, Leo!", escreveu o presidente, em inglês, no Twitter. "É muito importante ter todos os brasileiros votando nas próximas eleições. Nosso povo decidirá se quer manter nossa soberania na Amazônia ou ser governado por bandidos que servem a interesses especiais estrangeiros."

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Bolsonaro disse que uma foto usada por DiCaprio sobre os incêndios na Amazônia em 2019 era de 2003 e disse que é contra a ideia de prender "quem comete este tipo de erro aqui no nosso País". Uma verificação da imagem feita pela AFP não detectou o ano original da imagem, mas recordou que o fotógrafo americano Loren McIntyre, autor da obra, morreu em 2003.

Mais cedo, DiCaprio tinha feito apelo aos jovens, compartilhando um link para o site Olha o Barulhinho, desenvolvido pela agência Quid, que se define como uma "organização dedicada a construir e apoiar iniciativas que engajem pessoas em torno de causas sociais e políticas".

Celebridades brasileiras como Anitta e Whindersson Nunes já tinham feito o mesmo anteriormente. Além do astro de Titanic, o ator Mark Ruffalo foi outra celebridade internacional que deu destaque ao site.

O Instituto PROA promove capacitação gratuita no Recife para jovens entre 17 e 22 anos. Ao todo a iniciativa disponibilizará 30 vagas para o curso PROFISSÃO, destinado para quem deseja trabalhar com tecnologia.

Entre os requisitos, além da faixa etária, os estudantes devem estar cursando o 3º ano do ensino médio ou ter concluído essa etapa educacional em escola pública.

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O curso, de acordo com o instituto, terá duração de seis meses e é semipresencial. A formação será de segunda a sexta, e eventualmente aos sábados, das 9h às 13h ou 14h às 18h.

Os inscritos receberão uniforme, material didático, certificado PROA e Certificado Senac. Os interessados devem realizar inscrições on-line até 3 de junho.

Após identificar o menor nível de participação de adolescentes no processo eleitoral das últimas três décadas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a registrar um aumento no número de jovens interessados em votar no pleito deste ano.

Segundo dados da Justiça Eleitoral, o número de alistamentos eleitorais realizados nos três primeiros meses de 2022 cresceu em relação às duas últimas eleições gerais no país. De janeiro e março, o Brasil ganhou 1.144.481 novos eleitores na faixa etária de 15 a 18 anos. Já nos pleitos de 2018 e 2014, foram emitidos 877.082 e 854.838 novos títulos, respectivamente.

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As novas emissões ocorrem em meio a uma campanha de mobilização promovida  pela  Justiça Eleitoral nas redes sociais. Celebridades como Anitta, Zeca Pagodinho, Whindersson Nunes, Juliette e também internacionais, como o ator norte-americano Mark Ruffalo, participaram do chamamento.

De acordo com as estatísticas oficias, até janeiro deste ano, o TSE registrava, no total, pouco mais de 730 mil títulos emitidos para jovens de 16 a 17 anos de idade. Para os adolescentes de 16 e 17 anos, o voto é facultativo.

Para o cientista político e analista do TSE Diogo Cruvinel, o interesse recorde dos jovens pelo primeiro título se justifica por alguns fatores.

“A Justiça Eleitoral sempre realiza campanhas de conscientização e incentivo ao eleitorado como um todo, em especial aos jovens, por meio da mídia e nas escolas. Neste ano, pela primeira vez, a campanha contou com a adesão espontânea de artistas e influenciadores, que dialogam diretamente com esse eleitorado, o que ajudou a impulsionar esses números”, avalia.

Segundo ele, além disso, vivemos no Brasil um momento de acirramento dos discursos políticos, com uma maior polarização.

“Esse cenário tende a incentivar os jovens a terem um maior engajamento e, por consequência, procuram participar mais ativamente do processo eleitoral. E, para tanto, é necessário ter o título de eleitor. A população tem se conscientizado cada vez mais sobre isso”, analisa.

Prazo

Em 2022, o cadastro eleitoral seguirá aberto até o próximo dia 4 de maio, data-limite para que o eleitor solicite o título, transfira o domicílio eleitoral e regularize eventuais pendências com a Justiça Eleitoral.

Um adolescente ensina na rede social TikTok a ficar "loucão" sem usar droga: segundo ele, bastaria ouvir um tipo de som em uma plataforma chamada i-doser para obter um efeito mental parecido ao de um alucinógeno. A busca na internet por essas "drogas sonoras" ou "drogas digitais" tem preocupado famílias e chamado a atenção de médicos. Não são entorpecentes. Especialistas dizem que esses áudios não trazem risco de dependência, mas recomendam cautela para não prejudicar a audição.

Mas o que são, exatamente, essas "drogas"? São áudios, com frequências e intensidades variadas, vendidos online, em sites ou aplicativos. Há também músicas do tipo gratuitas no YouTube. Elaborado com base em uma técnica conhecida como binaural beats, descoberta no fim do século 19, esse tipo de conteúdo não é novo, mas ganhou impulso com as redes sociais.

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Mensagens na internet relacionam essas plataformas de som a efeitos alucinógenos e até a overdose - o que é falso. Ainda faltam evidências científicas para descrever consequências do consumo desses sons no organismo. Não é possível dizer que um adolescente que já ouviu esses áudios tenha sofrido algum dano cerebral. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendou cuidado, no entanto, pelos riscos ao aparelho auditivo.

Adeptos das batidas binaurais dizem ouvir os sons para relaxar, trabalhar melhor ou ter experiências sensoriais novas. As batidas oferecem sons de frequências diferentes para cada ouvido - o que torna a experiência diversa da de ouvir uma música comum.

Um estudo australiano publicado no fim de março identificou, pela primeira vez, que parte das pessoas que escutam esse tipo de som busca, com a experiência, obter efeito semelhante ao de outras drogas. Na i-doser, uma das plataformas que vende as batidas, os nomes de alguns desses áudios fazem referência ao de drogas já conhecidas, como a maconha. Uma "dose" do aplicativo custa menos de R$ 7.

A pesquisa, publicada no periódico Drug and Alcohol Review, aponta que 5,3% dos entrevistados escutaram batidas binaurais para vivenciar estados alterados nos 12 meses anteriores. Desses, a maioria usou o recurso para relaxar ou dormir, mas 11,7% relataram usar os sons para simular a experiência com drogas. A pesquisa ouviu 30,8 mil pessoas em 22 países. Aqueles identificados com maior prevalência de uso das batidas foram Estados Unidos, México, Brasil, Polônia, Romênia e Reino Unido. A frequência de consumo desses sons é maior na faixa etária entre 16 e 20 anos.

A pesquisa não investigou se houve alteração cerebral entre quem relatou escutar essas batidas. "Não está claro se batidas binaurais são semelhantes em efeito às drogas psicoativas que buscam simular", ponderam os cientistas, ligados ao Instituto Real de Tecnologia de Melbourne, na Austrália.

PLACEBO

Especialistas destacam que áudios - mesmo esses de frequências variadas - não são capazes de viciar como as drogas. O que pode ocorrer, no entanto, é um efeito placebo. "Cria uma experiência sensorial auditiva incomum que faz com que uma pessoa sugestionada acredite que é o efeito de uma droga, psicodélico. Mas está longe disso", explica o neurologista e neuroimunologista Thiago Taya, do Hospital Brasília, da rede Dasa.

Ele afirma que tem crescido a preocupação sobre esse tipo de consumo, mas o risco pode ser até inverso: ao experimentar essas batidas sonoras, vendidas como semelhantes a drogas, e identificar que parecem inofensivas, os jovens podem se sentir encorajados a buscar entorpecentes de verdade - esses, sim, com efeitos nocivos.

Diante do aumento da preocupação de famílias sobre as falsas drogas sonoras, a SBP divulgou este mês uma nota de alerta sobre o tema. O documento descreve o i-doser como um "fenômeno atual", disseminado em vídeos nas redes sociais. A preocupação é com danos aos ouvidos de crianças e adolescentes e com a estimulação auditiva exagerada. "A estimulação exagerada e contínua pode ocasionar a perda da neuroplasticidade e assim, afetar as conexões necessárias para o desenvolvimento cerebral e mental saudável", aponta a nota de alerta da SBP.

No vídeo publicado no TikTok, o adolescente que incentiva outros a ouvir as batidas diz que a experiência só funciona com fones de ouvido em "um volume consideravelmente alto". O documento da SBP destaca que o uso indiscriminado de fones de ouvido, em volumes acima do tolerável "vem repercutindo negativamente na audição, configurando um modismo que merece a atenção especial na era digital".

RUÍDO

A sociedade médica esclarece que o nível de intensidade de ruído de fones de ouvido varia entre 60-70 decibéis e 110-120 decibéis. Entre crianças e adolescentes, o nível seguro de ruído é de 70 decibéis. Para tentar obter o efeito alucinógeno prometido, é provável que adolescentes escutem essas batidas em níveis de intensidade superiores à recomendada. "Os adolescentes são curiosos, impulsivos, desafiam limites, e mesmo percebendo riscos vão tentar ‘esticar’ seus limites corporais", diz Evelyn Eisenstein, coordenadora do Grupo de Trabalho Saúde Digital da SBP. Outro problema é a exposição prolongada a sons intensos, o que pode levar à perda auditiva.

Segundo especialistas, a nova moda ressalta a necessidade de que as famílias acompanhem a vida digital dos filhos e o uso que fazem dos eletrônicos. "É importante que os pais tenham calma para entender que não é tudo o que dizem por aí. E que os filhos sejam instruídos e façam uso com bom senso de qualquer experiência na vida, não só do i-doser", diz Taya. A reportagem não conseguiu contato ontem com a plataforma i-doser.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os jovens brasileiros de 16 a 17 anos, que têm direito ao voto facultativo, tornaram-se alvo de uma nova disputa entre direita e esquerda nas redes sociais. Com a aproximação do fim do prazo para a emissão de novos títulos eleitorais, influenciadores e políticos bolsonaristas criaram a campanha "Sou Jovem, Sou Bolsonaro".

Foi uma reação a ações pelo alistamento eleitoral e o voto contra o presidente de personalidades e artistas identificados com a esquerda, como Anitta, Pablo Vittar e Felipe Neto.

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Os dois lados disputam os cerca de 10 milhões de brasileiros de 16 e 17 anos. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 2022 é um dos anos de menor emissão de títulos das história. A Corte tem feito campanha para conquista do voto adolescente.

Entre 1º de março e 6 de abril, foram identificadas 287,7 mil postagens no Twitter com hashtags convocando a participação de jovens nas próximas eleições.

A informação foi apurada pela Diretoria de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV DAPP). A campanha encabeçada pelos influenciadores alinhados ao governo e por aliados do presidente Jair Bolsonaro produziu o momento de maior agitação em torno do assunto. Foi em 26 de março, quando o debate contabilizou 167 mil tuítes, com menções pelas hashtags #jovenscombolsonaro e #soujovemsoubolsonaro.

A ação contou com deputados federais, como Bia Kicis (PL-DF) e Carla Zambelli (PL-SP), a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PL-SC) e o vereador por Belo Horizonte Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos mais influentes nas redes sociais.

Em um dos vídeos compartilhados pelo mineiro, influenciadores convocam os jovens para que eles tirem o título de eleitor e criticam a campanha promovida pelo TSE e pela esquerda.

"Nós temos visto pessoas públicas usarem da sua influência para corromper a nossa fé", diz um dos trechos da publicação de que Nikolas participa. "Figuras que desprezam a imagem de um Criador, repudiam a Bíblia e atacam a família. Esses artistas estão usando a sua inocência e inexperiência de jovem adolescente para articular seus planos maléficos esquerdistas. Nós já nos posicionamos na linha de frente para essa guerra. O exército já está posto e não vamos recuar. Nós te convocamos para fazer parte disso."

Alistamento

A reação dos bolsonaristas cresceu nas redes. O número de jovens que buscaram os Tribunais Regionais Eleitorais para a emissão do documento subiu. O alistamento na Justiça Eleitoral no mês de março registrou um salto de 45,63%, quando comparado a fevereiro, entre adolescentes de 15 a 17 anos. Os números foram divulgados pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin.

Entre os jovens com 15 a 17 anos, o número de novos títulos passou de 199.667 em fevereiro para 290.783 em março, crescimento superior a 45%.

Em 2012 houve mais de 4 milhões de pedidos de emissão do título entre os 15 e 18 anos. Já em 2022, havia 854 mil até 21 de março. O número era inferior ao registrado em 2020, ano da última eleição, com 1,36 milhão de solicitações.

Vanessa Lima é publicitária, ativista política e a responsável por reunir vídeos de jovens de todo o País que declararam apoio a Bolsonaro e divulgá-los nas redes. "A campanha foi uma ação voluntária. Fui procurada para liderar o movimento e viabilizar a divulgação dos vídeos. Foi uma campanha que partiu deles, não de adultos, em reação às ações do TSE e dos artistas. Os vídeos foram chegando pelas redes sociais, Telegram, pelas hashtags... Não importa a preferência do jovem. O que importa é que eles estão prestando atenção. Querem debater e opinar", afirmou.

Apoiadora do movimento, a influenciadora Jessica Seferin, presidente do movimento Jovens de Direita acumula cerca de 80 mil seguidores nas redes sociais. "Nas últimas décadas a esquerda doutrinou nossos jovens", disse. "A campanha foi uma resposta a esses artistas."

Após manifestações de Anitta, Bruna Marquezine e Zeca Pagodinho defendendo o alistamento precoce, pais e mães também passaram a compartilhar vídeos dos seus filhos. Neles, os jovens declaram apoio ao presidente com os novos títulos em mãos.

A cantora, que recentemente chegou à primeira posição no Spotify Global com a música Envolver, é uma crítica contundente do governo Bolsonaro. "Então agora é isso, hein... me pediu foto quando me encontrou em algum lugar? Se for maior de 16 eu só tiro a foto se tiver foto do título de eleitor", afirmou Anitta no Twitter no dia 23 de março.

Carla Zambelli foi uma das críticas ao movimento liderado pelos artistas. "Esses artistas não falam de outra coisa a não ser atacar a escolha da maioria do povo, é um presidente eleito, e divulgar a imagem de um criminoso descondenado", afirmou, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

Tik Tok.

No Tik Tok, a influenciadora Julia de Castro acumula cerca de 600 mil curtidas em vídeos críticos ao PT e de apoio ao presidente, um deles sobre a campanha de emissão de títulos. "Jovens não entendem de política, jovens são fãs, jovens idolatram essas pessoas, jovens estão preocupados com a próxima dancinha do Tik Tok e com a música da Anitta chegar no top 1 global", disse Julia que encampou a campanha para que os jovens conservadores solicitem o primeiro título de eleitor.

Citado nas manifestações dos artistas, Lula figura nas campanhas de expedição do título de eleitor. A hashtag #lulapalooza aparece em postagens que convidam jovens a providenciarem o documento, de acordo com a FGV.

As demais hashtags fazem apelos genéricos, como #roledaseleicoes, uma campanha do próprio Tribunal Superior Eleitoral; #tiraotítuloarmy, referente à fanbase do grupo musical Bangtan Boys; e #seuvotoimporta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O consumo de alimentos ultraprocessados pode aumentar em 45% o risco de obesidade para adolescentes, segundo estudo de pesquisadores da Universidade de São Paulo e publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics.

A pesquisa apontou ainda que uma alimentação com alto consumo desse tipo de produto aumenta em 52% o risco de acúmulo de gordura abdominal e em 63% a chance para gordura visceral, entre os órgãos internos.

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O trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Participaram do estudo 3.580 adolescentes com idade entre 12 e 19 anos nos Estados Unidos. As entrevistas e exames foram conduzidos entre 2011 e 2016. Os jovens foram entrevistados de forma qualitativa, em um método que relembra toda a alimentação da pessoa nas últimas 24 horas.

Daniela Neri, uma das responsáveis pelo estudo, disse que foram feitas duas entrevistas com cada adolescente, em geral, sendo uma em um dia útil e outra no fim de semana. Dessa forma, de acordo com a pesquisadora, é possível ter um panorama da alimentação no cotidiano do jovem. “Um entrevistador treinado pergunta tudo o que ele consumiu nas últimas 24 horas por refeição, como foi preparado, horário consumido. É um dos métodos com menor erro para avaliar consumo”, explicou.

Os adolescentes passaram também por exames que mediram a massa corporal e o acúmulo de gordura no abdome e nos órgãos internos. Daniela Neri enfatiza que a gordura visceral aumenta o risco para diversas doenças.

A partir dos dados coletados, os jovens foram distribuídos entre três grupos, dos que menos consumiam os ultraprocessados aos que mais tinham esses alimentos na dieta. “A gente conseguiu observar que a partir do aumento do consumo desse alimentos no peso da dieta, havia maior risco de obesidade”, disse a pesquisadora.

Gordura e açúcar

Daniela Neri disse que os alimentos ultraprocessados têm muito pouco conteúdo nutricional, mas são mais atrativos, especialmente para crianças, por terem sabores, cores e texturas feitos para agradar. “São formulações de substâncias obtidas a partir do fracionamento de alimentos frescos”, disse dando como referência produtos como refrigerantes, biscoitos recheados, macarrão instantâneo, salgadinhos e alimentos congelados.

Apesar do uso de alimentos frescos na produção, a pesquisadora alerta que o resultado final são produtos muito calóricos e com quantidades altas de sal, gorduras e açúcar. “Muito pouco do alimento fresco fica nessas formulações. Elas incluem açúcar, óleos e gorduras também. São acrescidos de muitas substâncias que são de uso exclusivo industrial, como concentrados de proteína, gordura hidrogenada e amidos modificados”, disse.

Para os jovens, os efeitos de um alto consumo desse tipo de produto são, segundo a pesquisadora, ainda maiores do que em adultos. “É uma fase de crescimento, desenvolvimento da criança. Então, o impacto é muito grande”.

Uma pesquisa, realizada pela startup de marketing de influência INFLR, apontou que 75% dos jovens brasileiros querem ser influencers. O levantamento contou com a participação de 3.100 entrevistados nos meses de dezembro e janeiro de 2021. Ter relevância e inspirar outras pessoas é a principal motivação para o desejo de trabalhar como influenciador ou influenciadora digital.

Ainda de acordo com a pesquisa, 64% dos jovens entrevistados alegaram que a questão financeira como motivadora.

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“A internet democratizou a ‘fama’, dando oportunidade de não apenas uma celebridade de novela ser relevante, mas sim, qualquer pessoa que saiba utilizar as ferramentas ao seu favor", destaca Thiago Cavalcante, sócio diretor da INFLR. "Hoje, um estudante de colégio pode ser remunerado por suas opiniões em uma campanha que tenha sinergia com o público estudantil", completa.

Estão abertas as inscrições para o concurso do Exército Brasileiro. Serão oferecidas 1.100 vagas pela instituição, com salário inicial de R$ 3.825,00 para nível médio. O edital, publicado na última sexta-feira (4), é voltado para jovens de 17 a 24 anos com ensino médio completo. Os interessados devem se inscrever pelo site oficial da Escola de Sargento das Armas (ESA), entre os dias 7 de março a 5 de abril.  

Ao todo serão 1.100 vagas para o curso de formação de Sargentos, sendo 1.005 delas para área Geral – 900 para homens e 105 para mulheres; mais 40 vagas para área de música e 55 para a área de saúde. 

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A primeira etapa do processo seletivo, prova objetiva, será realizada no dia 4 de setembro. Os candidatos aprovados na primeira etapa serão convocados para a Prova Discursiva (redação), Inspeção de Saúde (IS), Exame de Aptidão Física (TAF) e o Exame de Habilitação Musical (EHM). O valor da inscrição será de R$ 95,00. 

Durante o curso, o aluno recebe ajuda de custo para moradia, alimentação e assistência médica, odontológica e psicológica. Com a conclusão do curso, o aprovado é declarado 3° Sargento e receberá remuneração de R$ 3.850,00.  

Para mais informações sobre o concurso entrar em contato através do e-mail fernando.oliveira@miracomunica.com.br ou pelo telefone (11) 95331-2614.

A sete meses das eleições, o engajamento de jovens de 16 e 17 anos é o mais baixo já registrado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Até o fim de janeiro, 731 mil cidadãos dessa faixa etária, para a qual o voto é facultativo, tinham se cadastrado como eleitores. As inscrições seguem abertas até 4 de maio, mas, hoje, esse número representa cerca de 10% dos menores de idade aptos a votar e pouco menos de um quarto do total que foi às urnas três décadas atrás.

Aos 16 anos, Antônio Lacerda resume esse desinteresse pelas eleições e a desilusão com a política. "Estudar é muito mais recompensador do que ler o projeto dos candidatos, sabendo que, no fim, tudo pode não ter passado de fachada", disse o estudante, morador de Cruzeiro (SP). "Minha única ligação com a política foi escutar na família como o candidato X roubou e como o Y foi bom. Não acho essa fonte tão confiável."

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Todo esse desânimo tem crescido a despeito dos esforços do TSE. Desde 2020, a Corte vem promovendo ações para incentivar a participação de jovens na política. Nas últimas eleições municipais, o tribunal lançou uma campanha para que cidadãos de 15 a 25 anos gravassem vídeos com sugestões de como melhorar suas cidades. A ideia era aumentar o número de votantes menores de 18 anos que, na época, foi de 914 mil.

O voto facultativo para pessoas de 16 e 17 anos foi aprovado na Constituição de 1988, mas a Corte tem dados comparativos somente a partir de 1992, quando o total de eleitores nessa faixa etária alcançou 3,2 milhões.

No ano passado, o TSE lançou nova campanha, no rádio e na TV, de vídeos protagonizados por atores de aparência juvenil com mensagens de estímulo à participação nas eleições. Também explorou redes sociais e plataformas de áudio. O empenho do tribunal, contudo, não bastou para superar fatores estruturais que, segundo analistas, têm afastado os jovens das urnas.

Questões como envelhecimento de líderes partidários, desconfiança no sistema político e falta de perspectiva de emprego e renda são apontadas como causas do encolhimento do voto jovem. Para o cientista político da USP José Álvaro Moisés, a retórica de deslegitimação da política, usada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros candidatos em 2018, reforçou essa tendência. "Jovens nessa idade estão na fase de serem atraídos para a política. Justamente no momento em que são convocados pelas instituições a participar, os discursos antipolítica os afastam."

Moisés citou, ainda, a polarização entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como fator limitante neste ano. "A polarização tira opções inovadoras e impõe a repetição daquilo que já ocorreu com o País. São dois personagens muito conhecidos e considerados velhos na política. Lula teve dois mandatos e apoiou dois da Dilma (Rousseff). Os resultados, sobretudo do ponto de vista econômico e do emprego, foram negativos. Ficou uma imagem ruim."

Morador de Belo Horizonte, Cristiano Rodrigues, de 17 anos, pretende votar em outubro, mas critica a ausência de candidatos mais novos nas disputas. "É frustrante saber que a decisão do Brasil está relacionada só a duas pessoas."

A estudante Ana Maria Fukuda, de 17 anos, de São Paulo, por sua vez, disse não se sentir preparada para votar em outubro por desconhecer os candidatos. E essa falta de informações, segundo ela, é resultado do desinteresse pela política e pelos projetos de quem vai se candidatar. "É uma grande responsabilidade e eu nunca tive interesse em política." O argumento é o mesmo de Ellen Gerding, de 17 anos. "Quando você vai votar, é preciso saber quem é o candidato, e eu não tive interesse para pesquisar", afirmou a estudante de Itapecerica da Serra (SP).

Para Moisés, a ausência de eleitores abaixo dos 18 anos gera um "déficit democrático". Isso significa que pautas importantes para o segmento, como inserção no mercado de trabalho e enfrentamento de mudanças climáticas, ficam em segundo plano nos projetos de governo. "A possibilidade de novos temas e novas agendas se reduz. Há, hoje, no governo, decisões contra direitos caros aos jovens, como de escolha sexual e respeito a etnias. E vemos violentos ataques a mulheres."

Cofundadora do instituto Update, Beatriz Della Costa também vê prejuízos ao sistema democrático. Segundo ela, isso reflete nas universidades, que perdem o papel de espaço de articulação. "Política virou sinônimo de briga, assunto chato, que desgasta. Afasta o jovem essa sensação de guerra."

Na avaliação do cientista político e professor do Insper Carlos Melo, a atuação dos jovens na política é limitada, hoje, pela incapacidade das legendas de adaptar suas estruturas internas. "Muitos partidos, sobretudo na esquerda, que sempre mobilizou mais os jovens, têm gente na direção partidária há 40 anos. As estruturas burocráticas, hierarquizadas, abriram pouco espaço."

Diretor de Ensino Médio da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Pedro Feltrin reconhece que a entidade sofreu esvaziamento. "Vemos cada vez mais desinteresse, porque as condições de vida atuais deixam a juventude sem perspectiva."

O cientista político Marco Antônio Teixeira, da FGV-SP, vê um paradoxo neste cenário. O engajamento está em queda no momento em que, segundo ele, existem mais canais de formação política. É o caso dos grupos suprapartidários e de renovação. "Isso significa que a situação poderia estar pior. O que poderia mobilizar o jovem hoje seriam políticas de emprego e de inserção na universidade. Se participar pouco do processo decisório, sem dúvida diminui sua capacidade de pressão por políticas públicas voltadas para essa faixa etária."

O estudante Vinicius Benevides, de 16 anos, de Fortaleza, se associou, em fevereiro, ao movimento de renovação Acredito, do qual fazem parte, por exemplo, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e a deputada Tabata Amaral (PSB-SP). "No meu círculo não tem muita gente engajada e eu queria ter mais trocas", disse ele, que votará em outubro. "É uma forma de mudar as coisas, de ter esperança."

Baixa renovação nos partidos afasta jovens das urnas

Movimentos de renovação política como o Acredito investem na interação com jovens para tentar engajá-los nas agendas defendidas pelo grupo. Na avaliação desses coletivos, a falta de identidade ideológica dos partidos inibe a participação do segmento no processo político e eleitoral.

Segundo o coordenador de mobilização do Acredito, Iuri Belmino, a atuação da organização, às margens da institucionalidade político-partidária, atrai jovens insatisfeitos com as siglas. Os motivos, afirmou Belmino, são os escândalos de corrupção, a falta de democracia interna e a manutenção de velhos caciques nas posições de comando.

"Isso tudo causa repulsa nos jovens. Movimentos da sociedade civil com mensagens mais modernas e táticas de comunicação mais rápida na internet preenchem esse vácuo", observou Belmino.

Esse entendimento é compartilhado pelo paulista Loretto Casoti, que completa 16 anos em maio e espera ansioso para tirar seu título de eleitor e votar em outubro. Casoti contou que ele e os amigos são politicamente engajados e debatem o tema na escola e em atividades de lazer. No entanto, afirmou que entende o desinteresse de jovens de sua idade pelo assunto, o que pode ser atribuído, segundo ele, à incapacidade dos partidos de se comunicar por meio de outras linguagens, como a das redes sociais. "Seria interessante ver propagandas políticas que explorassem mais o Twitter e aproveitassem assuntos presentes no cotidiano dos jovens."

O coordenador do Acredito destacou, ainda, que a falta de políticos mais jovens nos quais os adolescentes possam se espelhar é um fator de afastamento das urnas. Integrante do Acredito, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) é, atualmente, o principal "imã político" do grupo. A parlamentar foi criada na periferia de São Paulo. Estudou em Harvard, em Boston. Teve bolsa integral oferecida pela própria instituição de ensino. Lá, se formou em Ciência Política e se especializou em astrofísica. "Ela é a grande inspiração da maioria dos jovens que se encanta pela nossa proposta. A história de vida dela ressoa em muitas pessoas", disse o coordenador do Acredito.

Para Belmino, também é fundamental para atrair os jovens a inclusão de "conteúdos transversais", que ensinem fundamentos políticos nas escolas. "Não podemos esperar que essa formação venha de casa, porque a maior parte das famílias sofre com problemas muito mais urgentes."

Na avaliação do cientista político da USP José Álvaro Moisés, a retomada do cadastramento eleitoral dos jovens requer das instituições um esforço. Esse trabalho, segundo ele, deveria incluir a realização de cursos de formação dentro dos partidos e o fortalecimento do ensino de conceitos políticos e do funcionamento de cada um dos três Poderes da República na escola.

"Desenvolver a economia, gerar mais empregos, criar possibilidades de formação nas universidades. Todas essas questões dependem da política. É preciso explicar que os direitos que interessam aos jovens estão ligados, em última análise, ao funcionamento da política. Não existe saída fora dela", afirmou Moisés. O professor observou que os mais novos associam a política à subordinação ao governo e às leis, e não ao exercício da cidadania.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pesquisa FEEx – FIA Employee Experience 2021, realizada com o apoio de 290 empresas e mais de 180 mil participantes, apontou que dos jovens pertencentes à Geração Z, entre os 17 a 22 anos, que estão hoje no mercado de trabalho, 37% priorizam as oportunidades de aprendizado, enquanto apenas 14% valorizam mais a remuneração e os benefícios.

Segundo o estudo, isso acontece porque a Geração Z é mais propensa a ser responsável por seu desenvolvimento de carreira, à medida que compreende quais critérios o mercado valoriza e assim procura conhecimentos com seus gestores e até fora da empresa. Há, entres os jovens profissionais, uma compreensão de que a avaliação do desempenho contribui para seu crescimento.

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Outra descoberta é que esses profissionais têm maior facilidade de deixar a empresa atual, em busca de oportunidades melhores. Dos entrevistados, 8% já se candidataram para uma vaga de emprego em outra companhia, sendo um índice 33% maior do que em outros grupos etários.

Essa flexibilidade transparece também em saídas mais rápidas das empresas. Enquanto em faixas etárias maiores, em torno de 6% buscam uma saída voluntária imediata (em até 1 ano), na Geração Z, os números chegam aos 11%.

Além disso, o estudo aponta que o antigo sonho de encontrar estabilidade em uma empresa até aposentadoria, está caindo entre os jovens: apenas 23% têm essa expectativa.

Segundo Lina Nakata, pesquisadora da Fundação Instituto Administração (FIA), responsável pela pesquisa, a tecnologia é a principal influência pelo comportamento dos jovens atuais.

“O mais marcante dessa geração é a sua relação com a tecnologia e com o meio digital, considerando que essas pessoas vivenciaram, desde muito jovens, o momento de maior expansão tecnológica proporcionada pela popularização da internet. São também chamados de nativos digitais, conhecidos por serem cidadãos do mundo, além de terem uma forte responsabilidade social e ambiental”, comenta.

Com informações da assessoria

O Instituto Grupo Big, em parceria com o Instituto Aliança, anunciou a abertura das inscrições para o primeiro semestre da Escola Social do Varejo (ESV), iniciativa que prepara para o mundo do trabalho, com foco no segmento varejista. O curso, totalmente gratuito, é uma porta de entrada para os jovens de baixa renda que buscam o primeiro emprego formal.

Ao todo, o programa está com 100 vagas abertas na Região Metropolitana do Recife e para participar da seleção, é preciso ter entre 18 e 24 anos, ter concluído o Ensino Médio na rede pública e possuir renda familiar de até três salários mínimos. A formação será realizada de forma online na página do Instituto Grupo Big e os jovens selecionados irão receber um tablet  de apoio com acesso à internet para utilizarem durante o período de estudo.

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O ESV terá duração de cinco meses, com aulas online e ao vivo, duas vezes por semana, de duas horas cada, além de outras atividades a serem desenvolvidas na plataforma de Ensino à Distância (EAD). Os estudantes do programa terão apoio e orientação para a busca de oportunidades de emprego e receberão um certificado  emitido pela Universidade Estadual do Ceará como curso de extensão.

Para se inscrever primeiramente é necessário preencher e enviar as informações no formulário disponibilizado, até o dia 21 de fevereiro de 2021. Após isso, o candidato receberá uma mensagem no WhatsApp com as orientações dos passos seguintes, que consiste em uma dinâmica de grupo e uma sondagem para avaliação de conhecimentos gerais com a equipe de educadores e coordenadores da ESV.

Enquanto ao início das aulas, o Instituto informa que tem previsão para o dia 24 de fevereiro. Para realizar as matrículas será preciso enviar a seguinte documentação: RG, CPF, comprovante de residência, declaração de conclusão do Ensino Médio ou a Ficha 19, título de eleitor, foto 3x4 e carteira de trabalho. Para os candidatos do sexo masculino, é necessário também o certificado de reservista do Exército Brasileiro ou CDI – Certificado de Dispensa de Incorporação.

Por Thaynara Andrade

Até o dia de 30 de junho de 2022 estão abertas as inscrições para o alistamento militar. Os jovens brasileiros do sexo masculino que completaram 18 anos em 2022 devem se inscrever exclusivamente por meio do site de alistamento militar.

No Brasil o alistamento militar é obrigatório, e quem não se alistar pode ter uma série de problemas, como a proibição de:

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Ingressar como funcionário, empregado ou associado em instituição, empresa ou associação oficial, oficializada ou subvencionada;

Assinar contrato com o governo federal, estadual, dos territórios ou municípios;

Prestar exame ou fazer matricula em qualquer estabelecimento de ensino;

Obter carteira profissional, registro de diploma de profissões liberais, matrícula ou inscrição para o exercício de qualquer função e licença de indústria e profissão;

Fazer inscrição em concurso para provimento de cargo público;

Exercer, a qualquer título, sem distinção de categoria ou forma de pagamento, qualquer função pública ou cargo público, eletivos ou de nomeação;

Receber qualquer prêmio ou favor do governo federal, estadual, dos territórios ou municípios.

Inscrição

Para a inscrição online é necessário ter em mãos CPF, carteira de identidade ou carteira de trabalho, comprovante de endereço com CEP, endereço de e-mail e telefone. Após preencher o formulário, o candidato deve imprimir seu Certificado de Alistamento Militar para comprovação de sua inscrição junto às Forças Armadas. O acesso é feito com o número do CPF e a senha criada no momento do cadastro.

Para quem não tem acesso ao um computador pessoal, a inscrição pode ser feita por um telefone celular, instalando o aplicativo de alistamento, disponível para os sitemas iOS e Android. A documentação é a mesma para ambos os casos.

Casos especiais

Há casos em que o alistamento só pode ser feito presencialmente. Uma delas é a de jovens que forem arrimo de família, ou seja, o único responsável pelo sustento da família. Nessa situação é necessário apresentar um requerimento pedindo dispensa de incorporação e também apresentar documentos que comprovem sua condição.

Outra situação é para os jovens com deficiência. De acordo com o Ministério da Defesa, para solicitar a dispensa o “portador de necessidade especial física aparente, entregará requerimento solicitando isenção do serviço militar e atestado médico com diagnóstico de incapacidade e o respectivo CID, que é a Classificação Internacional de Doenças”.

Caso a pessoa não tenha condição de comparecer a uma junta do serviço militar por incapacidade absoluta, ele poderá ser representado por tutor ou curador mediante procuração lavrada em cartório.

Nome socials

A legislação prevê ainda a possibilidade de o jovem se alistar com o nome social. Nesse caso, o jovem deve se dirigir à junta militar com certidão de nascimento ou equivalente, comprovante de residência, documento oficial com foto, como: carteira de identidade, de trabalho, profissional ou passaporte e requerimento para uso de nome social.

Para quem mora no exterior, é necessário ir até a repartição consular com certidão de nascimento, comprovante de residência e documento oficial com foto. A requisição do Certificado de Dispensa de Incorporação (CDI) deve ser requisitada a partir de setembro na Junta Militar.

A documentação ficará a cargo do secretário instituído informar para cada situação. O prazo de confecção e entrega do CDI é um mês após a requisição do mesmo e será entregue pelo secretário.

Índia começou, nesta segunda-feira (3), a vacinar jovens de 15 a 18 anos contra a Covid-19 e, ao mesmo tempo, as autoridades reforçam as medidas sanitárias nas grandes cidades para conter a propagação da variante ômicron e impedir que a pandemia volte a arrasar o país como aconteceu na primavera boreal (outono no Brasil) de 2020.

Mais de 200.000 pessoas morreram por coronavírus no país durante uma onda desenfreada que colapsou hospitais, crematórios e cemitérios entre os meses de abril e junho.

Desde então, os profissionais de saúde já aplicaram mais de 1,4 bilhão de doses, mas menos da metade dos 1,3 bilhão dos habitantes do gigante asiático recebeu as duas doses necessárias, conforme dados oficiais.

Na manhã de hoje, na capital do país, Nova Délhi, acompanhados dos pais, centenas de adolescentes esperavam em frente a uma escola transformada em centro de vacinação para receber sua primeira dose.

"É realmente algo bom poder receber a primeira vacina", revelou o jovem entusiasmado, Sumadeep, de 16 anos, depois de ser vacinado com uma dose da Covaxin, fabricado na Índia.

"É um presente de Ano Novo para os jovens", comemorou.

As autoridades indianas estão preocupadas com a alta taxa de contágio da ômicron, o que levou à adoção de novas medidas restritivas, em vigor desde a semana passada.

Dez anos após o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecer uniões homoafetivas como entidades familiares, a quantidade de casais do mesmo gênero cresceu 60% e também mudou de perfil. Agora, eles juntam as escovas de dentes cada vez mais jovens. Dados do Colégio Notarial do Brasil (CNB), que reúne os cartórios do País, obtidos pelo Estadão mostram que relacionamentos de 20 a 34 anos já representam dois terços das uniões estáveis desse tipo - há uma década, essa taxa era de 37,6%.

A redução da demanda represada nos anos anteriores à conquista jurídica contribui para a nova tendência. "Muitos casais já viviam juntos e buscaram regularizar isso quando a união foi reconhecida pelo STF, em 2011", diz o advogado Saulo Amorim, diretor da Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas.

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Na época, os ministros decidiram que a união estável entre pessoas do mesmo gênero é uma entidade familiar. Isso já era feito por parte dos cartórios e tribunais, mas não havia entendimento unificado pelo País. Além de fixar esse parâmetro jurídico, na prática, isso facilitou a extensão de direitos a casais homoafetivos, como a inclusão em plano de saúde, herança e até adoção ou reconhecimento de pais homoafetivos na certidão de nascimento.

A maior aceitação das famílias aos LGBTI+, embora o preconceito ainda seja um problema grave, também está por trás do rejuvenescimento dos noivos. Quando a empresária Leila Martinelli, de 31 anos, se casou com Carina, de 34, a reação dos parentes foi grata surpresa. "No dia do casamento, foram todos, as famílias de ambas", relata Leila, sobre a cerimônia em outubro de 2018.

"Meu pai foi um pouco contra, por ser evangélico, mas falei que ficaria chateada se ele não fosse. Hoje, ele é outra pessoa porque vê as netas e é muito apaixonado por elas", relata. As duas tiveram filhas por meio da fertilização in vitro.

"Na época que descobriram (a orientação sexual), foi um evento. Fizeram reunião, foram conversar comigo, saber se era isso que eu queria pra minha vida. Como se fosse uma escolha que eu não pudesse voltar atrás…", lembra a empresária. "Mas isso não existe. Ou você é ou não é."

A produtora de eventos Laura Melaragno, de 34 anos, também previa resistência em casa, mas o que viu foi acolhimento. "Confesso que esperava (objeção) da minha avó, que tinha mais de 90 anos quando a gente se casou. Mas você descobre que a vida é muito curta", afirma ela, que oficializou a união com Teresa Sanches, de 38, em dezembro de 2018.

MAIS FATORES. O ano de 2018 ficou marcado pelas trocas de aliança entre casais homoafetivos - alta de 61% entre 2017 e o ano seguinte. A eleição de Jair Bolsonaro fez explodir a corrida a cartórios, diante do temor de possíveis retrocessos para LGBTI+. O presidente faz defesas da família tradicional e, em 2019, criticou a decisão do STF que equiparou homofobia a racismo. Na prática, porém, não houve no governo redução de direitos na união civil homoafetiva.

"A gente já sabia que ia casar, tinha conversado umas vezes sobre isso. Mas quando Bolsonaro ganhou, pensamos nas muitas coisas que poderiam piorar e preocupou que ele pudesse revogar nosso direito", diz Laura, que antecipou a cerimônia em nove meses.

Amorim, da Associação de Famílias Homotransafetivas, também vê impacto da pandemia nas uniões recentes. "Muitos relacionamentos se destruíram, outros se formaram. O mesmo movimento que a covid causou de reflexão, pode ter criado a certeza de que dava certo", diz, sobre a demanda por formalizar relações.

Foi o caso do publicitário Felipe do Vale, de 29 anos, e do designer Danton Gravina, de 31, que resolveram viver sob o mesmo teto na pandemia, como forma de oficializar a união e também diminuir a distância imposta pelo isolamento. Eles se conheceram há dois anos em uma festa e, 20 dias depois, já estavam namorando. O casamento veio em março último, quando começaram a morar juntos com Madonna, a cachorrinha de estimação.

"Optei por ter um direito igual ao dos heterossexuais", conta Vale. Gravina, que nunca imaginou poder se casar, completa: "Ele não é meu companheiro. Queríamos ser marido e marido, não maquiar as coisas ou ser um paliativo. Não é diferente dos outros casais."

O caminho é similar ao do programador francês Karl Rachid, de 35 anos, que conheceu o designer mineiro Nathan Ferreira, de 25, em um aplicativo de relacionamentos. Em três meses, virou namoro. No início do ano seguinte, foram morar juntos pela praticidade, economia e pelo próprio status da relação. "Vimos que estava dando certo e, em vez de procurar algo separados, buscamos juntos", diz Ferreira.

A oficialização foi como união estável em junho, em meio à pandemia, para uma série de praticidades, como plano de saúde e alugar apartamento. "A gente já convivia muito tempo juntos e sempre fizemos home office, então não mudou muito. Não temos família aqui no Rio, somos um a família do outro", descreve.

PAPELADA. Outro marco nessa trajetória foi uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 2013, que obriga os cartórios de todo o País a celebrar o casamento civil e converter a união estável homoafetiva em casamento. Até hoje, porém, não há lei que reconheça casamentos LGBTI+.

Segundo dados do IBGE, casais homoafetivos acima dos 35 anos eram 51,5% dos registros em 2013. Já no ano passado, a maioria (59,7%) já era entre pessoas abaixo dos 34 anos.

"Pessoas de 20 e poucos anos geralmente não têm o mesmo patrimônio, são mais ansiosas e refletem menos, o que também se reflete no rito mais rápido", aponta Saulo Amorim.

Enquanto a união estável oferece menos burocracia, o casamento formal dá segurança extra numa separação. "Normalmente digo aos meus clientes casarem porque é mais fácil no depois", diz Claudia Stein, doutora em Direito de Família e Sucessões pela Universidade de São Paulo (USP).

"Com a união civil, o casal pode adotar, um deles pode ter guarda unilateral, direito à partilha de patrimônio, a usar o sobrenome do outro, a receber pensão", enumera a advogada.

"A diferença da união estável é ter de provar em juízo. Com uma discussão judicial após a separação, o juiz não tem certeza por quanto tempo durou a união estável e é preciso produzir 'prova de existência' desse período para outorgar a decisão", afirma Claudia. No casamento, a duração do vínculo pode ser provada só com certidão atualizada, que confirma judicialmente sua vigência até a separação.

AGILIDADE. Um dos pontos que pesam a favor da união estável é a praticidade. Em 2019, então com 30 anos, a psicóloga Paula Frison correu para se casar com Camila Provenzano, hoje com 41, ao descobrir que precisava de certidão comprovando a relação para, juntas, fazerem a fertilização in vitro.

"No mesmo dia da consulta, tínhamos a possibilidade de entrar no plano de saúde dela sem carência, mas só tínhamos aquele dia. Saímos da clínica e fomos correndo para o cartório, já que o casamento precisaria de testemunha e dias para a documentação", lembra Paula, hoje mãe de Benjamin, já com quase dois anos.

"Ainda temos o plano de fazer o casamento. Queremos celebrar entre a gente, em alguma praia e com nossos filhos, provavelmente daqui a alguns anos. Mas só para comemorar mesmo e não porque não nos sentimos casadas. Nós somos", acrescenta a psicóloga.

Para Daniel Paes de Almeida, presidente do Colégio Notarial do Brasil, a praticidade atrai os jovens. "Pelos números e o dia a dia, percebemos que a procura pela união estável está cada vez maior e houve aumento nítido. O acesso à informação tem ficado cada vez mais fácil e é um documento menos burocrático, de modo simples, rápido e eficiente."

Apesar disso, o número de casamentos ainda supera o de uniões estáveis LGBTI+ no Brasil. Em 2020, foram cerca de 6,4 mil no modelo "tradicional", ante 2,1 mil no outro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instagram aumentou sua proteção para adolescentes nesta terça-feira(7), na véspera de uma audiência no Senado dos Estados Unidos sobre se a rede social é "tóxica" para os jovens.

"Todos os dias vejo o impacto positivo que o Instagram tem sobre os jovens em todos os lugares", disse seu presidente-executivo, Adam Mosseri.

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"Quero ter certeza de que continuará assim, o que significa mantê-los seguros no Instagram", acrescentou.

Meta, a empresa-mãe do Instagram que também é dona do Facebook, tem sua reputação em crise depois que uma ex-funcionária vazou documentos internos mostrando que os executivos estavam cientes dos riscos para os jovens, renovando as reivindicações de implementação de regulamentações.

Mosseri deve comparecer na quarta-feira a uma comissão do Senado para a audiência "Protegendo Crianças Online. Instagram e Reformas para Usuários Jovens".

"Queremos ouvir diretamente dos executivos da empresa por que eles estão usando algoritmos poderosos que fornecem conteúdo venenoso às crianças ... e o que farão para tornar a plataforma mais segura", disse o senador democrata Richard Blumenthal.

O Instagram vai ser mais rígido no que recomendar aos jovens usuários e evitar que os usuários mencionem os que não seguem na plataforma, de acordo com Mosseri.

O Instagram também começará a "impulsionar" os adolescentes para novos tópicos, se houver algum em que eles tenham passado um certo tempo.

Ele também vai sugerir uma pausa aos que passarem muito tempo na plataforma, disse Mosseri.

A sugestão de pausa foi lançada na Austrália, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos e será implementada em mais países a partir do início do ano que vem, segundo o Instagram.

A rede social também apresentará um centro educacional para pais para “ajudá-los a se envolverem mais nas experiências dos adolescentes”. Também lhes dará ferramentas para limitar o tempo que as crianças passam no aplicativo, disse Mosseri.

"A Meta tenta desviar a atenção de seus erros implementando guias para pais, temporizadores de uso e recursos de controle de conteúdo que os usuários sempre deveriam ter tido", disse a senadora republicana Marsha Blackburn em um comunicado.

"Meus colegas e eu vemos o que eles estão fazendo", acrescentou.

A Meta rejeitou acusações de que suas plataformas são "tóxicas" ou de que a corporação coloca o lucro antes da segurança.

Diante da pressão, a empresa já anunciou que suspendeu, mas não abandonou, o desenvolvimento de uma versão do Instagram para menores de 13 anos.

A 18ª Semana Nacional de Tecnologia, que está sendo realizada em Brasília entre os dias 3 e 10 de dezembro, discute nesta segunda-feira (5) a transformação e a inclusão digitais de jovens. O painel é uma das atrações do palco principal do evento, que ocorre no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília.

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) apresenta inovações na pesquisa e desenvolvimento de kits de diagnóstico para identificação de antígenos e anticorpos contra a Covid-19.

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No decorrer do dia, painéis sobre a logística dos Correios e oficinas de robótica também receberão visitantes. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) fecha o dia de atividades com uma apresentação sobre sistemas de emissão de alertas de desastres naturais em uso no Brasil.

“A semana acontece com todas as precauções existentes e recomendadas. Temos exposições de todas as nossas unidades de pesquisa, temos exposições do Ministério da Educação também, além de inspiração e - talvez - financiamento para quem quer empreender nas áreas de ciência e tecnologia”, afirmou em entrevista à TV Brasil o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes.

Museu do rádio

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) também estará presente no evento. Em um espaço especial que simula um estúdio de rádio antigo, o Museu da Rádio Nacional - que normalmente é exposto nos corredores da empresa - convida os visitantes a conhecerem uma estação analógica de ondas de radiofrequência.

Palco de diversas inovações do século passado, como as novelas e os boletins informativos, o museu traz equipamentos e informações sobre uma era quando televisão e internet sequer eram cogitadas, e o único meio de comunicação - o rádio - instigava a imaginação dos ouvintes.

Em contraste com as peças históricas, a EBC apresenta um estúdio moderno de transmissão parecido com o que é usado no informativo diário A Voz do Brasil, onde visitantes podem assistir explicações de técnicos e operadores sobre todo o processo de colocar o mais antigo boletim de notícias da América Latina no ar diariamente.

Sobre o evento, o presidente da EBC, Glen Valente, afirmou que a participação da Empresa Brasil de Comunicação na Semana Nacional da Ciência e Tecnologia "é muito importante para mostrar o jornalismo factual com cobertura e transmissões ao vivo. Além disso, iremos levar um pouco da história da comunicação pública com peças do nosso acervo.”

Sobre o evento

A 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com a participação de 169 instituições públicas e privadas de 312 municípios brasileiros. O evento tem 6284 atividades agendadas e vai do dia 3 ao dia 10 de dezembro.

A programação completa de eventos pode ser encontrada aqui.

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