Tópicos | Kátia Abreu

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), queixou-se na segunda-feira (21) da falta de apoio por parte da cúpula de seu partido. O lamento correu durante a reunião realizada na casa do líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE).

Neófita na sigla, Kátia aproximou-se da presidente Dilma Rousseff nos últimos meses e chegou a ser cotada para assumir a Casa Civil no lugar de Aloizio Mercadante (PT). A cúpula do partido desaprovou a ideia.

##RECOMENDA##

No fim de semana, lideranças do partido fizeram chegar ao Palácio do Planalto que não aceitariam a ministra da Agricultura como interlocutora do PMDB com o Executivo, especialmente em relação a assuntos relacionados à reforma ministerial.

Na reunião na casa de Eunício, Kátia fez questão de ressaltar que "não quer tomar o lugar de ninguém". "O meu líder é o líder", disse ela, indicando o senador Eunício Oliveira.

Diante das resistências para aprovar o pacote fiscal, a presidente Dilma Rousseff vai mexer no "núcleo duro" do governo e reforçar a articulação política com o Congresso. A estratégia prevê o fortalecimento da Secretaria-Geral da Presidência, que hoje cuida dos movimentos sociais, e a volta de Ricardo Berzoini, atual ministro das Comunicações, para fazer a "ponte" entre o Palácio do Planalto e o Congresso.

Interlocutores de Dilma disseram à reportagem que ela está sendo cada vez mais pressionada pelo PMDB e mesmo pelo PT a substituir Aloizio Mercadante (PT) na Casa Civil. Apesar de ser o homem de confiança de Dilma, Mercadante coleciona atritos no Senado e na Câmara.

##RECOMENDA##

Em conversas reservadas, o nome que voltou a ser citado para a Casa Civil é o da ministra da Agricultura, Katia Abreu (PMDB). Dilma, porém, ainda não bateu o martelo sobre essa troca.

Preocupado com os desdobramentos da crise, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai desembarcar nesta quinta-feira, 17, em Brasília e, mais uma vez, aconselhará Dilma a convocar o titular da Defesa, Jaques Wagner (PT), para a Casa Civil.

Governadores

Na segunda-feira, governadores da base aliada que se reuniram com a presidente pediram mudanças urgentes na articulação política do governo com o Congresso. Alegaram que, diante do agravamento da crise política e econômica, Dilma não aprovará as medidas para reequilibrar as contas públicas se não mexer no coração do governo.

A maior cobrança partiu dos governadores Tião Viana (AC) e Wellington Dias (PI), ambos do PT. Mais tarde, pelo menos dois parlamentares do PT com expressão no Congresso chegaram a dizer a Dilma que, se ela não fizer alguma coisa, seu mandato corre sério risco.

A avaliação do Planalto é de que a mudança no núcleo do governo não é suficiente para aprovar remédios amargos, como uma nova versão da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ou o congelamento do reajuste salarial do funcionalismo, mas pode ajudar nas negociações.

Trânsito

Berzoini já foi ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), no primeiro mandato de Dilma. Ex-presidente do PT, ex-deputado e com bom trânsito com o Congresso, ele trabalhará com o assessor especial da Presidência, Giles Azevedo.

O modelo da reforma administrativa ainda não está fechado, mas Dilma já anunciou que cortará dez dos 39 ministérios, com uma economia estimada em R$ 200 milhões. Uma das ideias é que a articulação política seja transferida para a Secretaria-Geral da Presidência, com Berzoini à frente da pasta. Hoje, a Secretaria-Geral é dirigida pelo ministro Miguel Rossetto.

A verba de publicidade sairá da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e migrará para a Secretaria-Geral. Se Berzoini não for para a pasta, o ministro-chefe da Secom, Edinho Silva, pode ser deslocado para lá. Nesse xadrez, Dilma ainda avalia se a SRI será extinta ou se ficará sob o guarda-chuva da Secretaria-Geral.

Os ministérios de Previdência e Trabalho devem ser juntados. O plano é unir, ainda, as pastas de Agricultura e Pesca, além de Desenvolvimento Social com Desenvolvimento Agrário.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar da perda do grau de investimento pelo País, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou nesta quinta-feira, 10, ter a convicção de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está no caminho certo. "É um ministro que admiro profundamente", disse, no Rio, onde assinou um convênio com o governo do Estado. "O PMDB nunca se negou a ajudar o País e tenho certeza de que não vai ser nesta hora que vai negar ajuda", disse a ministra.

A ministra e senadora eleita pelo PMDB tem defendido a elevação do chamado imposto do combustível, a Cide, atendendo a uma reivindicação do setor sucroalcooleiro. A posição é oposta à dominante no partido, que vem pressionando o governo por mais cortes de gastos. Três dias após a reunião de líderes e governadores do partido, entretanto, a ministra baixou o tom ao falar do tema impostos.

##RECOMENDA##

"Não entendo que a primeira discussão tenha que ser aumento de impostos. Primeiro é arrumação da casa. Imposto tem de ficar no fim da fila", disse. Segundo ela, a presidente Dilma tem defendido que o mais importante são as reformas para enxugar a máquina. "Temos condições de reduzir essa máquina de forma decisiva, economizar, cortar cargos, subsidiárias e reunir secretarias. Confio que teremos condições de fazer o ajuste de que o País precisa", disse.

Questionada sobre uma possível nova configuração com a junção das pastas da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário na reforma ministerial, a ministra disse que não conversou a respeito com a presidente.

O governador Luiz Fernando Pezão e a ministra da Agricultura assinaram nesta quinta um convênio para iniciar ações do programa O Campo na Classe Média em dez municípios fluminenses: Barra do Piraí, Pinheiral, Piraí, Rio das Flores, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, São José de Ubá, Teresópolis, Trajano de Moraes e Varre-sai. O objetivo do programa é até 2018 inserir 400 mil pequenos produtores das classes D e E na faixa de renda e produtividade que os integra à classe média rural.

Os convênios são a primeira etapa do processo para o mapeamento de produtores rurais de cada um dos municípios, pelo critério de renda, produtividade e desenvolvimento. Por um período de três anos, o Ministério da Agricultura repassará o valor de R$ 114 mil para cada prefeitura, em quatro parcelas, para cadastramento desses produtores e o monitoramento das famílias que vão participar e que receberão assistência técnica e qualificação profissional.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, saiu em defesa do governo e do vice-presidente, Michel Temer, como articulador político da presidente Dilma Rousseff. No microblog twitter, ela afirmou ter orgulho do cargo que ocupa e agradeceu a confiança da presidência. "Acredito na sua boa fé (da presidente Dilma) e espírito público. Tudo o que fizemos nestes seis meses no Mapa foi com seu total apoio. Agradeço sua confiança", disse a ministra.

Kátia Abreu disse ainda acreditar na Justiça e ter convicção de que inocentes e culpados serão conhecidos de todos. "Aqueles que envergonham o Brasil serão punidos. Os inocentes não podem pagar pelos infratores. Vamos separar o joio do trigo", afirmou. Depois ela fez defesa do vice-presidente - na sexta-feira (7) correram boatos de que ele abandonaria a articulação política. "O vice-presidente Michel Temer, do PMDB, tem sido um articulador competente e leal ao governo. Vamos superar as crises, o Brasil é forte", observou.

##RECOMENDA##

Ela também falou sobre corrupção. "Erros precisam ser reconhecidos para avançarmos em uma agenda positiva. A corrupção não pode paralisar o Brasil. Temos um país que trabalha", argumentou. Kátia Abreu afirmou que ao Brasil e aos brasileiros interessam a condenação dos corruptos, "doa a quem doer". Temos gente muito boa no nosso País. Injustiça não", declarou. "Quem investiga, julga e pune é a Justiça. Temos que ter paciência e aguardar. É a demora da democracia. Optamos por ela e não pela barbárie", concluiu.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou nesta segunda-feira, 23, que a presidente Dilma Rousseff, durante a reunião de coordenação com ministros, deu ênfase "muito forte" à gestão. O foco do governo, segundo, ela, será no cidadão. "São ações que não implicam gastos financeiros, apenas procedimentos que podem ser alterados", explicou a ministra. Kátia relatou como tem atuado em sua pasta para minimizar a burocracia e disse que a presidente determinou que cada ministério repita o processo para superar a burocracia.

Ela explicou ainda que a presidente pediu para gastar mais com o Brasil e menos com Brasília. "O que a presidente determinou é que se inverta a lógica. O cidadão determina o que precisa e o governo atende", disse. A ministra afirmou ainda que a presidente pediu que todos os ministérios estejam focados no projeto Pátria Educadora. "Temos de fazer valer nossa direção que é a Pátria Educadora, para que ela seja do mundo real", afirmou Kátia Abreu.

##RECOMENDA##

Reunião de coordenação

Depois de enfrentar uma nova crise política, em decorrência dos ataques do ex-ministro da Educação Cid Gomes (PROS) aos parlamentares, que levou à sua demissão, a presidente abriu a semana com uma reunião de coordenação política institucional nesta manhã para avaliar as próximas dificuldades e discutir maneiras de como pode reagir à agenda negativa que a cerca.

Além do vice-presidente Michel Temer, Dilma convocou para reunião os ministros peemedebistas Kátia Abreu (Agricultura), Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Eduardo Braga (Minas e Energia). Também estavam presentes os petistas Aloizio Mercadante (Casa Civil), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Jaques Wagner, (da Defesa) e Miguel Rossetto (Secretaria Geral); do PSD, Gilberto Kassab, (Cidades) e o assessor especial da presidente, Giles Azevedo. O ministro da Defesa, Jaques Wagner, participou apenas do início da reunião.

O ministro dos Portos, Edinho Araújo, esteve reunido na manhã desta terça-feira, 17, com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, para tratar do programa de escoamento de safra. Araújo disse ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que não há registros de problemas e que o escoamento é um "sucesso". Segundo ele, 97% dos caminhões que chegam aos portos estão agendados e a ocupação dos pátios tem variado entre 50% e 60%. O ministro garantiu, ainda, que o tempo de espera das cargas também foi reduzido.

"Em 2013, o tempo de espera era de 2 a 3 dias. Agora, caiu para 8 a 9 horas. Reduzimos o tempo de espera desses caminhões", disse. "Portanto, estamos economizando tempo, é um escoamento que está fluindo, fora problemas momentâneos, como greve e acidente", explicou.

##RECOMENDA##

Araújo observou também que o andamento dos portos é acompanhado online e que o programa "Porto sem papel" tem funcionado adequadamente. "Está em pleno vigor, funcionando em todos os portos públicos. Estamos, agora, implantando nos privados", disse. "Tempo é dinheiro e é competitividade que estamos buscando", afirmou.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou nesta segunda-feira, 16, que a região conhecida como Matopiba, formada por sul do Maranhão, leste do Tocantins, sul do Piauí e oeste da Bahia, é a última grande fronteira agrícola do Brasil. Segundo ela, o governo quer que a área se desenvolva de maneira sustentável, com infraestrutura e sem criar "ilhas de riqueza", permitindo que toda a população local também melhore sua renda e condição de vida.

Kátia Abreu disse, ainda, que quer que as coordenadas usadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para demarcar a região sejam reconhecidas por decreto presidencial como a região do Matopiba.

##RECOMENDA##

A fala da ministra ocorreu durante reunião com representantes dos Estados do Matopiba, associações e entidades interessadas na produção da área. "Temos de minimizar a pobreza nas regiões de fronteira agrícola", afirmou a ministra. "Isso é uma responsabilidade do poder público", emendou. Essa foi a terceira reunião do tipo na gestão de Kátia Abreu.

Depois de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), retaliar o governo e devolver a medida provisória que reduz o benefício fiscal da desoneração da folha de pagamentos, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, disse na noite desta quarta-feira, 04, que o "PMDB não faltará ao País como nunca faltou ao País em toda a sua existência".

"Como ministra de Estado, nós, do Executivo não temos que comentar a atitude do presidente do Congresso Nacional, é uma instituição independente, é responsável pelos seus atos, tem os seus motivos, ou não tem, não cabe a nós discutir essa questão", disse a ministra, ao ser questionada sobre a postura de Renan Calheiros, durante coletiva de imprensa em que foi anunciado o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, no Palácio do Planalto.

##RECOMENDA##

"Tenho certeza de que o governo assimila isso com respeito às atitudes do Legislativo. O PMDB não faltará ao País como nunca faltou ao País em toda a sua existência", completou a ministra. De acordo com a peemedebista, existe o clima de muita solidariedade dentro da coalizão e um desejo para que todos os partidos possam participar ativamente da agenda governista.

Nesta quarta-feira (11), em reunião, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, garantiu que o Brasil não enfrenta problemas na produção de alimentos. De acordo com Kátia as regiões que estão com maior perspectiva de chuva poderão suprir a ausência da produção de outras áreas e que a próxima safra não terá alterações.

“Neste exato momento não estamos vendo uma crise profunda na produção de alimentos. Porque a soja, em janeiro, já foi praticamente toda colhida. Nós estamos iniciando a segunda safra do milho e de algodão então é uma hora muito adequada para o produtor tomar a decisão”, apontou a ministra. Em entrevista, Kátia ainda ressaltou que as regiões que estão com maior perspectiva de chuva poderão suprir como uma oportunidade a ausência desses produtos em outras áreas.

##RECOMENDA##

“É importante que o Brasil saiba que os instrumentos existem. Então se tivesse algum problema grave, nós saberíamos antecipadamente para nos precaver e não sermos pegos de surpresa, como no passado. Quando não tínhamos tantos instrumentos, como temos hoje”, justificou. Segundo a ministra as principais preocupações do Governo e da Casa Civil são com as pessoas e com a produção industrial.

O novo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Décio Coutinho, que ocupa um dos postos mais importantes da pasta, chega à cadeira tendo de se defender de uma série de acusações de improbidade administrativa. Ele responde a processos por supostas irregularidades quando esteve à frente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea).

O novo secretário de Kátia Abreu foi acionado por problemas no contrato firmado entre o Indea e a Agência de Viagens Universal Ltda. A empresa foi contratada para fornecimento de passagens aéreas e terrestres, nacionais e internacionais e reserva de hotéis. Segundo o Ministério Público, o contrato saiu de R$ 136,4 mil para R$ 834,1 mil depois de sete aditivos, superando o limite máximo de 25% de ajuste permitido pela lei. Também teria sido pago R$ 1,26 milhão à empresa sem cobertura de contrato. Já para o Tribunal de Contas do Estado, os pagamento chegaram a R$ 1,98 milhão.

##RECOMENDA##

A despeito das acusações, Coutinho não foi condenado a ressarcir o erário, mas teve de pagar multa equivalente a dez vezes o salário que recebia na época como presidente do instituto. O novo secretário se defendeu. "Essa ação está no Tribunal de Justiça do Mato Grosso em função da minha decisão de manter o fluxo de fiscalização nas fronteiras do Mato Grosso utilizando aquisição de passagens de ônibus para que as pessoa pudessem estar a tempo e a hora no local", argumentou. "Para elas estarem inclusive na fronteira com a Bolívia em função do foco de aftosa na fronteira", emendou.

Coutinho disse ainda que o juiz, na sentença dessa acusação, o eximiu de "todo e qualquer prejuízo ao erário", mas aplicou uma multa. "Recorri dela para a segunda instância", disse. O novo secretário também teve de responder por denúncias acerca de suposta fraude na contratação da empresa LK Editora e Comunicação, com sede em Brasília. Neste caso, Coutinho foi acusado de ter autorizado a compra direta de materiais, sem licitação. Foram dois contratos, um de R$ 137 mil e outra de R$ 207 mil.

"Não contratei serviço de empresa denunciada. Fiz parceria com Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para fazer cartilhas para vacinadores de brucelose", relatou. Segundo Coutinho, ele foi envolvido no processo por haver um termo de cooperação entre o Indea e o Senar, que contratou a empresa. "Foi feito um processo, mas nem entrou em fase de tomada de depoimentos", afirmou o secretário.

Décio Coutinho foi nomeado hoje em substituição a Rodrigo Figueiredo, que chegou ao cargo em 2013 por indicação do atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ). A gestão de Figueiredo a frente da secretaria foi permeada por suspeitas de favorecimento a empresa JBS.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, fez nesta segunda-feira, 09, um balanço do primeiro mês a frente da pasta. Ela afirmou que o governo prepara três leilões de biomassa a partir de abril (leilão de fontes alternativas). O primeiro deve ocorre em 24 de abril. A fala dela ocorreu durante conversa com jornalistas na sede do ministério, em Brasília. Ela disse, ainda, que os contratos serão de 20 anos.

Kátia Abreu afirmou também que sua equipe entrou em contato com a embaixada da China para marcar uma missão ao país asiático. O objetivo é negociar a abertura de novas plantas de frigoríficos com autorização para exportar carnes. "Estamos trabalhando com o embaixador para que possamos ter um mecanismo mais ágil para liberar essas plantas", disse.

##RECOMENDA##

A ministra afirmou, ainda, que está em contato com Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para implementar um programa de combate à Aftosa na América do Sul. "Convidamos a FAO para entrar nessa empreitada para sermos o primeiro continente livre da Aftosa", afirmou.

Ela comentou que a elevação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para combustíveis e a elevação da mistura de etanol na gasolina são vitórias do governo nesse início de gestão.

Em menos de quarenta e oito horas a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, foi exonerada do cargo, fez uma aparição-relâmpago no Senado Federal para votar em Renan Calheiros (PMDB-AL) na eleição da presidência da Casa, recebeu a superprodução conferida às noivas e subiu ao altar para se casar com o engenheiro agrônomo Moisés Gomes. "Sou uma noiva moderna, não tem noiva-spa comigo, sou noiva-trabalho", disse Kátia, ao chegar às 15h05 ao plenário do Senado, ansiosa para o casamento marcado para as 19h30.

Os convites para a cerimônia foram poucos, resumindo-se a 150 pessoas, das quais 90% eram familiares e amigos muito próximos. De autoridades, compareceram a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente José Sarney, que lhe deu uma escultura de presente. "Por que a senhora não veio de branco?", questionou o senador José Agripino Maia (DEM-RN) ao deparar com a noiva.

##RECOMENDA##

Quando o relógio marcava 17h12, o senador Jorge Viana (PT-AC) notou a angústia da senadora e tratou de agilizar a votação. "A senadora Kátia Abreu está aqui muito apreensiva", disse Viana - Kátia foi a primeira a depositar a cédula com o voto na urna, às 17h14, e às 17h18 já estava dentro do carro oficial deixando o Congresso Nacional.

"Eu já sabia da coincidência das datas, mas não tem o menor problema. Vou casar às 19h30. Escolhi de propósito, meu aniversário é amanhã (segunda-feira)", disse a repórteres, apressada. "O cabeleireiro vai estar me esperando daqui a pouco."

Questionada sobre o menu que seria servido para os convidados, admitiu: "Você sabe que eu não sei? O noivo é que escolheu, ele é um supergourmet."

O vestido da noiva ficou por conta da renomada estilista Wanda Borges e, no meio dessa pressa toda, não sobrou tempo nem para programar a lua-de-mel. A previsão é que a peemedebista seja reconduzida ao cargo de ministra nesta segunda e despache do gabinete.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou nesta segunda-feira, 26, que pretende "reajustar a metodologia" da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para todos os produtos agrícolas. O recado foi dado durante reunião com representantes do segmento de café.

O encontro encerrou a rodada de conversas que a ministra manteve com o setor produtivo agropecuário nas últimas duas semanas. Essa mudança, no entanto, deve ocorrer após a realização de um estudo envolvendo universidades e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

##RECOMENDA##

Kátia Abreu não detalhou como serão essas mudanças, mas elas fazem parte de metas que ela estipulou para os próximos meses. Na Conab, nenhum técnico soube dizer quais são as intenções do ministério.

O prazo para a conclusão desse estudo não está definido. A ideia é de que seja feito "a médio ou longo prazo". Entre as metas da ministra está ainda a atualização do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), que deve sair nos próximos dias. Outro objetivo é melhorar o diálogo com os Estados Unidos e tentar a abertura do mercado americano para a carne brasileira.

Cafeicultores

No encontro com o setor, representantes da indústria reclamaram da falta de investimento em marketing do café brasileiro no exterior, de falta de infraestrutura, da alta carga tributária e de importação do produto já industrializado.

A ministra disse que tentará parceria com o Ministério do Turismo para implementar marketing do café nas Olimpíadas de 2016. Kátia ainda pediu que os representantes de café solúvel entreguem ao ministério um plano de desenvolvimento do produto para verificar a possibilidade de colocá-lo em prática.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, deve nomear, nos próximos dias, a ex-diretora técnica da unidade do Sebrae no Tocantins Maria Emília Mendonça Jaber como secretária executiva do Ministério. Mila Jaber, como é conhecida, já despacha no Ministério liderando a equipe técnica que a ministra instalou no oitavo andar do prédio.

Mila substitui o agrônomo José Gerardo Fontelles, que chegou ao comando da Secretaria Executiva da Agricultura em 2013. Ela será o braço forte da ministra, que assumiu o cargo nesta semana. Kátia Abreu deve concentrar as atividades das outras secretarias e órgãos da Agricultura entre a secretaria de Mila e seu gabinete.

##RECOMENDA##

A ministra disputou a nova secretária com o governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), que queria Mila para a Secretaria da Educação. Há rumores de que a ministra e o governador tenham discutido para decidir quem ficaria com Mila, cuja formação acadêmica nada está ligada à Agricultura.

Mila tem bacharelado em Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG), é especialista em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em Cultura da Imagem e Educação Corporativa (UFRJ) e em Políticas Participativas do Lazer para Indústria (UFMG). Ela foi também assessora de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto).

A nova secretária executiva da Agricultura trabalhou informalmente na campanha de reeleição de Kátia ao Senado neste ano, quando ela obteve o segundo mandato para representar o Tocantins na Casa do Congresso Nacional. Outros dois nomes também já foram escolhidos pela ministra para formar sua equipe: Décio Coutinho, assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que deverá assumir a Secretaria de Defesa Agropecuária; e Tatiana Palermo, superintendente de Relações Internacionais da entidade, que deve ir para a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio.

Um dia após a confirmação pelo Palácio do Planalto de uma redução no orçamento do Ministério da Agricultura, a ministra Kátia Abreu lamentou o corte. Ela evitou confronto com o titular da Fazenda, Joaquim Levy, mas cobrou "inteligência" do ministro ao comentar sobre a expectativa de corte efetivo no provisionamento de recursos após a aprovação o Orçamento de 2015 pelo Congresso e o impacto sobre o Plano de Safra 2014/15. "Eu diria ao produtor que 2015 é um ano de cautela e de observação no mercado, muito mais no mercado do que no Joaquim Levy. Se o mundo estiver pedindo mais (alimentos), tenho certeza que de o Levy terá inteligência para ver", afirmou.

Ela disse que já pretendia trabalhar com menores provisões de recursos para modernizar a pasta, mas apenas no sentido dos gastos, para efetuar investimentos para modernizar o ministério, apontado por ela como "um dos mais importantes do Brasil". "Eu devo confessar que já estávamos preparando um orçamento de 1/18, mas não pretendia devolver dinheiro para o Tesouro", disse.

##RECOMENDA##

A ministra afirmou que prepara um plano de trabalho para "fazer um gasto melhor" dos recursos da Agricultura, que tem previstos R$ 11,6 bilhões para despesas em 2015. O corte orçamentário anunciado ontem pelo governo significa uma redução de R$ 47,5 milhões nessas despesas, até que o Congresso Nacional aprove o Orçamento de 2015.

Segundo a Kátia, sobre o total de recursos administrados pelo ministério, o orçamento disponível no primeiro trimestre pode ser reduzido de R$ 427 milhões para R$ 255 milhões - uma diferença de R$ 172 milhões. A expectativa é de que o Congresso aprove o Orçamento até março.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, está levando técnicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para ocupar postos estratégicos na pasta que assumiu nesta segunda-feira, 5.

A ministra já escolheu dois nomes da CNA para compor o quadro do ministério, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, afastando apadrinhados políticos do líder de seu partido na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

##RECOMENDA##

Kátia está levando a superintendente de comércio exterior da CNA, Tatiana Palermo, para assumir a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do ministério. Nascida na Rússia e brasileira naturalizada, Tatiana é vista como peça estratégica pela ministra no momento em que o governo russo abre seu mercado para produtos brasileiros - especialmente carne suína e de frango.

A nova secretária irá substituir Marcelo Junqueira Ferraz, que ascendeu ao posto por apadrinhamento do líder do PMDB. Cunha também perderá outro secretário afiançado por ele no ministério: o titular da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), Rodrigo Figueiredo. Kátia Abreu levará Décio Coutinho para o comando do órgão.

Coutinho é atualmente assessor técnico da CNA e foi o articulador da entidade na elaboração da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), ferramenta criada em parceria com Agricultura para fazer gestão operacional do setor agropecuário e reforçar o controle sanitário do rebanho bovino brasileiro.

A SDA acumula sob a gestão de Figueiredo uma série de decisões favoráveis ao frigorífico JBS, o que é negado pela empresa, embora o secretário tenha sempre evitado comentários a respeito. Em seu discurso de posse, Kátia refutou privilégios a empresas durante sua gestão. "Este será o ministério dos produtores rurais, sem nenhuma espécie de divisão ou de segregação. E das empresas, este será o ministério da produção. Mas será, acima de tudo, um ministério do diálogo e dos brasileiros", disse.

O JBS foi o maior doador da campanha eleitoral realizada neste ano no País e fez lobby contra a indicação Kátia Abreu para comandar a Agricultura, conforme revelou o Broadcast, após reunião entre empresário Joesley Batista - um dos donos do frigorífico - e o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil).

Em sua primeira coletiva de imprensa após tomar posse no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o ministro Patrus Ananias recuou do confronto indireto que havia assumido em seu discurso de posse contra a ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Ela afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que o "latifúndio não existe mais" no Brasil. Já Patrus defendeu em seu discurso de posse que o direito social da terra é base para a reforma agrária.

Ao ser questionado se a declaração no discurso havia sido uma resposta à ministra, Patrus recuou. "Essa é uma questão técnica. Uma questão de verificar inclusive a questão dos módulos rurais, que estabelece a pequena e a média propriedade", disse.

##RECOMENDA##

O ministro afirmou que prefere trabalhar com o "conceito de que nós temos no Brasil grandes propriedades". Segundo ele, "grande parte, talvez maioria (dessas propriedades), estão sendo exploradas" e, portanto, não são latifúndios.

Apesar de evitar o choque com Kátia, Patrus considerou que "existe também terras improdutivas" no País e que estas devem ser alvo da reforma agrária. "Eu penso que devemos estabelecer o princípio da função social da propriedade para nelas implantar corretamente, democraticamente, de acordo com a lei, as famílias e os trabalhadores que não têm terra", afirmou.

Em seu discurso de posse, duas horas antes da coletiva, Patrus defendeu a reforma como cumprimento constitucional do direito à terra. "O direito de propriedade não pode ser incontrastável, inquestionável, que prevalece sobre os demais direitos e sobre o projeto de realização das possibilidades nacionais", afirmou.

Ao tomar posse nesta segunda-feira, 5, a nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB) prometeu que nenhuma empresa terá privilégios em sua gestão à frente da pasta. Ela disse ainda ter recebido da presidente Dilma Rousseff metas prioritárias como criar "programas inovadores" e "ampliar a classe média rural brasileira". "A presidenta Dilma me pediu obstinação nesta tarefa", disse.

A ministra afirmou que, diante do pedido, a Agricultura irá "estabelecer dobrar a classe média rural em quatro anos". Nas contas de Kátia Abreu, essa fatia do campo é formada por 800 mil produtores da classe C. Ela apontou que cerca de 70% dos cerca de 5 milhões de produtores do País estão nas classes D e E, grupos que serão alvos do ministério. "Para que isso aconteça (dobrar classe média rural), levaremos assistência técnica para o produtor rural", afirmou.

##RECOMENDA##

Ela destacou o papel que a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) terá na sua gestão para promover uma "revolução do conhecimento no campo". "Iremos de porteira em porteira para encontrar essas pessoas", disse.

No começo do mês, um dos sócios do frigorífico JSB, o empresário Joesley Batista, esteve no Palácio do Planalto e pediu ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para que a presidente Dilma Rousseff revisse a indicação da senadora à pasta da Agricultura.

À época presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu disse que "não via" a resistência da JBS à sua indicação.

"Nunca conversei com eles sobre isso. O que eu leio é o que vocês estão vendo na imprensa. Sinto muito se for verdade, mas não vejo motivos para isso", disse. Sobre o convite, a senadora desconversou. Sorrindo, afirmou tratar-se de "especulação" e que "não trabalha sobre hipóteses". Ela destacou seu trabalho no Senado e na CNA como ações para valorizar o produtor rural e não favorecer interesses de grandes empresas.

Kátia Abreu tem sido crítica à JBS desde que a empresa iniciou a campanha da marca Friboi como sinônimo de qualidade da carne. Ela chegou a utilizar a tribuna do Senado para criticar a empresa. "A intenção em todos os momentos da minha vida e da minha luta é ter espírito público e trabalhar para o Brasil e não para corporações específicas", afirmou, ao ser questionada sobre a resistência do JBS ao seu nome para Agricultura.

Abreu aproveitou a solenidade de transmissão de cargo para agradecer a presidente Dilma Rousseff pela oportunidade de chefiar a pasta. "A presidenta Dilma tem sensibilidade e pragmatismo para resolver problemas do setor", disse. Kátia disse que descobriu as qualidades da comandante do Palácio do Planalto "poucas horas" depois de assumir a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), onde chegou como presidente em 2008. Apesar do talento da presidente Dilma para o agronegócio, a maior parte do setor não a apoiou a campanha de reeleição, preferindo os candidatos de oposição Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB).

Desburocratização

Não à toa, a nova ministra reconheceu que faltam políticas de apoio a um dos setores mais críticos ao governo da petista: o segmento sucroalcooleiro, produtor de etanol e açúcar. Kátia listou o setor como uma áreas terão mais atenção do ministério, assim como a ampliação do registro de defensivos agrícolas e a adaptação de recursos do governo na produção do Norte e Nordeste.

A ministra aproveitou o discurso também para lançar as palavras de ordem de seu ministério. "Desburocratização, modernização, eficiência e transparência serão nosso lema", sugeriu.

A bancada do PMDB no Senado não foi à posse, na tarde desta segunda-feira, 5, da nova ministra da Agricultura, a senadora do partido Kátia Abreu (TO). Dos 19 integrantes do partido na Casa, apenas três estiveram no encontro: além de Kátia, o senador licenciado Eduardo Braga (PMDB-AM), novo titular do Ministério de Minas e Energia, e um dos vice-presidentes do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).

A cúpula do partido - a maior bancada do Senado - está irritada com a reforma ministerial feita pela presidente Dilma Rousseff para seu segundo mandato. Embora o PMDB tenha ampliado de cinco para seis o número de ministérios na Esplanada, a legenda considera que conseguiu pastas com pouca força capilaridade e força política. Avaliam ainda que Kátia Abreu foi uma escolha pessoal de Dilma que, posteriormente, foi apadrinhada pela bancada.

##RECOMENDA##

Mesmo sem a presença de colegas de bancada - Kátia Abreu é recém-chegada ao PMDB -, a nova ministra fez questão de agradecer, no seu discurso em que recebeu o cargo do colega Neri Geller, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e a todos os senadores do partido, na pessoa de Valdir Raupp.

Se os peemedebistas do Senado não compareceram, o primeiro escalão do novo governo Dilma compareceu em peso à solenidade. Ao todo, 15 ministros participaram do ato, realizado na calçada do Ministério da Agricultura, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

O ex-ministro da Agricultura, Neri Geller, transmitiu o cargo nesta segunda-feira, 05, à senadora Kátia Abreu (PMDB) afirmando que deixa o ministério, após nove meses de mandato, "com o sentimento de dever" cumprido. Filiado ao PMDB, Geller agradeceu o partido por ter chefiado o ministério e se colocou à disposição da ministra. Ele é cotado para assumir a presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "Saio neste momento de cena como ministro discreto, como meus antecessores foram, para contribuir como for possível com a ministra Kátia", disse, defendendo que a pasta mantenha uma "posição firme para defender o produtor que está lá no campo no dia a dia".

Geller destacou como ações importantes de sua passagem pelo ministério, desde 2013, o trabalho para elevar o Plano Safra de R$ 116 bilhões para R$ 156 bilhões em financiamento à produção agropecuária no País. Ele apresentou como principal número de seu período na Agricultura a previsão de atingir na safra 2014/15 o recorde de 200 milhões de toneladas de grãos.

##RECOMENDA##

O ex-ministro também destacou o trabalho para levar os produtos brasileiros a mais países durante a sua gestão na Agricultura, como ações importantes para gerar superávit na balança comercial. "Só no ano passado nós abrimos o mercado de 11 países", disse.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando