Tópicos | Kátia Abreu

A ex-ministra do governo Dilma Rousseff, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), disse na tarde desta quinta-feira, 25, durante a sessão de julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, que o Tribunal de Contas da União (TCU) não é a "Santa Sé". Ela argumenta que o órgão não tem a última palavra na investigação sobre a presidente afastada.

Para Kátia Abreu, mesmo que o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, não concorde com as práticas incluídas no processo, o posicionamento deveria ser remetido para avaliação do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. "Ao que parece, isso ainda não foi feito", disse.

##RECOMENDA##

A ex-ministra também ressaltou que o TCU não tem a última palavra no julgamento das contas do governo. Após avaliação do órgão auxiliar, argumentou, a decisão final é do Congresso.

A Comissão de Impeachment volta a se reunir nesta quarta-feira (3) para discutir o parecer final do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), que pede o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff. Opondo-se a esse posicionamento, os senadores aliados da petista apresentaram um voto em separado, onde defendem o fim do processo.

O texto foi assinado pelos senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh Faria (PT-RJ), Humberto Costa (PT-PE), Telmário Mota (PDT-RR), Fátima Bezerra (PT-RN), Kátia Abreu (PMDB-TO) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A matéria só chegará a ser discutida no colegiado, se o relatório de Anastasia for rejeitado. A votação está marcada para esta quinta (4).

##RECOMENDA##

No voto, os oito senadores concluem que é “indevida e impertinente a motivação para que se efetive o impeachment da presidenta Dilma”. “Não há fundamentação técnica plausível para as alegações fáticas, tampouco aderência jurídica dos fatos aos tipos legais apontados. É chocante a ausência de provas, que foram catadas a qualquer custo apenas em opiniões visceralmente apaixonadas, mas sem lastro jurídico”, salientaram.

O texto também não poupa críticas à condução do processo e acusa os integrantes do PSDB de tentarem dar um golpe político. Segundo os parlamentares, o pagamento por parte dos tucanos pela elaboração da representação contra Dilma representa uma afronta à legislação do Brasil, que estabelece “legitimidade ao cidadão, não a partidos políticos, para oferecimento de denúncia por crime de responsabilidade”. A crítica segue ao relator e ao PSDB, “que nunca reconheceu a última derrota nas eleições”, além do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, segundo os senadores, agiu por vingança após o PT declarar ser favorável ao processo de cassação dele.

Para os aliados de Dilma, as razões alegadas como crime de responsabilidade são inconsistentes. “A própria perícia técnica, demandada por nós mas constituída integralmente pelos que são favoráveis à Acusação, ofereceu Laudo acachapante das teses dos denunciantes: (i) não há ato comissivo da Senhora Presidenta em relação aos procedimentos do Plano Safra; (ii) os decretos e os atrasos no pagamento dos passivos ao Banco do Brasil em relação ao Plano Safra se deram sob a presunção de legitimidade; (iii) os decretos foram assinados com base em pareceres técnicos e jurídicos atestando sua adequação e afirmando a compatibilidade das alterações orçamentárias com a obtenção da meta fiscal fixada para 2015”, justificaram.

Ele ainda citaram a conclusão do procurador do Ministério Público Federal (MPF), Ivan Claúdio Marx, que escreveu um parecer pedindo o arquivamento da denúncia contra a presidente relativa às pedaladas fiscais. "Caiu por terra todo o discurso jocoso e desrespeitoso da oposição de que a presidenta Dilma Rousseff deveria ser condenada por crime de responsabilidade em face das pedaladas fiscais", salientou Vanessa Grazziotin. "Dar prosseguimento ao processo significa a consolidação de um golpe! Golpe que, mesmo sem o uso das armas, desrespeita a ordem jurídica, fere a soberania popular e enfraquece a democracia brasileira", concluiu.

O voto fala ainda em preconceito de gênero e misoginia. "Primeira mulher a assumir a Presidência do Brasil, Dilma tem sido vítima de xingamentos sexistas, de depreciação da figura feminina e outras violências que a atacam enquanto mulher. O processo ocorre desde as eleições de 2010, mas se agravou sobremaneira nos últimos anos, quando as ações pelo golpe começaram a ser engendradas", disse Vanessa. "Foi utilizada toda espécie de argumentos, dos mais patéticos aos mais ultrajantes, não só à figura da presidenta da República e ao seu governo, como às conquistas democráticas obtidas por nosso povo", completou Gleisi Hoffmann.

Embora seja dada como certa a aprovação do relatório de Anastasia - que consequentemente fará com que o voto em separado nem seja discutido -, os senadores aliados de Dilma acreditam que o processo possa ser revertido no plenário. “A sanha ao apoderamento ilegítimo é um retrato desse golpe maquinado por um grupelho, que contou com o apoio de setores do empresariado e da mídia. A guerra ainda não acabou. Vamos à votação no plenário do Senado reverter essa situação”, disse Humberto Costa.

Enquanto os senadores discursavam no plenário do Senado Federal, antes da votação da admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff, a senadora e ministra Agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO), utilizou sua página na rede de microblogs Twitter, na madrugada desta quinta-feira, 12, para defender a presidente, de quem é amiga pessoal, e criticar os ex-ministros da gestão petista que agora defendem o seu afastamento.

Nos ataques, Kátia classificou de "hipócritas" aqueles que ocuparam cargos no executivo federal e mudaram de lado. "Oportunismo é abominável. Amigos ontem e inimigos hoje", destacou. E na defesa de Dilma, reiterou: "Esta mulher não é desonesta e não cometeu crime de responsabilidade. Falta de popularidade se cura nas urnas."

"Ter lado e defender sua tese é louvável e até admirável. Mudanças oportunistas de quem usufruiu anos e agora acusar é fácil e pusilânime", disse a ministra em outro post. Na sua avaliação, toda essa situação será um péssimo exemplo para os jovens do País.

Sem citar o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, cotado para ocupar a pasta da Fazenda na gestão de Michel Temer, ela ironizou: "Quem deu birra pra indicar presidente de banco?" Além de ter comandado o BC, Meirelles foi presidente mundial do Bank Boston.

Ainda no Twitter, Kátia Abreu disse que se a intenção é melhorar a política, não se pode aceitar o oportunismo, pois coerência é fundamental. E advertiu: "Estão jogando o seu inimigo na oposição para lhes morder em 2018. Quem viver verá." Segundo a ministra, de cada dez brasileiros, sete querem novas eleições. E voltou às críticas, dizendo que "popularidade vai e vem, mas caráter e dignidade se forem não voltam nunca mais", argumentando que não viu os detratores e ex-apoiadores de Dilma reconhecerem que participaram dos erros, só dos acertos de seu governo. "Assim é muito fácil", alfinetou.

A presidente Dilma Rousseff inaugurará na manhã deste sábado, 7, a sede da Embrapa Pesca e Aquicultura em Palmas. Ao lado da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que é do Tocantins, Dilma fará mais um evento em que deverá usar sua fala para se defender das acusações que sofre no processo de impeachment.

De acordo com a Embrapa, os investimentos do governo federal em construção da sede, compra de equipamentos e outras obras menores somaram pouco mais de R$ 50 milhões. Os recursos que financiaram a obra e o restante do projeto são integralmente provenientes do Orçamento da União, por meio do Ministério da Agricultura, ao qual a Embrapa é vinculada.

##RECOMENDA##

Dilma e o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, deverão assinar o do Projeto Embrapa - BNDES Aquicultura, com investimentos de R$ 57 milhões, sendo 80% do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), 10% do Ministério da Agricultura e 10% da própria Embrapa.

O projeto, que deve durar quatro anos, tem, de acordo com a Embrapa, o objetivo desenvolver ações estruturantes e inovação para o fortalecimento das cadeias produtivas da aquicultura no Brasil. Entre os principais desafios estão refinar tecnologias para a tilápia e o camarão marinho, gerar pacote tecnológico para o tambaqui e preencher lacunas de conhecimento para o bijupirá.

A sede da Embrapa em Palmas é de difícil acesso. Para chegar ao local, é preciso percorrer mais de um quilômetro de estrada de terra. O local não é asfaltado e mal tem placas. Já dentro do complexo que será inaugurado por Dilma, é possível encontrar ainda canteiros de obra e materiais de construção. A presença da presidente não foi divulgada na cidade. Hoje, os moradores locais ainda não sabiam que a presidente compareceria à capital do Tocantins.

Ainda no evento, que começará perto das 11h, a presidente deverá apresentado o Plano Diretor para o Matopiba (região formada pelo Tocantins e partes do Maranhão, Piauí e da Bahia).

A Embrapa Pesca e Aquicultura foi criada em agosto de 2009 e, segundo a entidade, a inauguração da unidade de Palmas representa o cumprimento de uma meta do projeto "Revitalização e modernização da capacidade intelectual e da infraestrutura física da Embrapa", constante no Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (PAC Embrapa). Além do centro no Tocantins, foram criadas a Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop, MT) e a Embrapa Cocais (São Luís, MA), com o intuito de ampliar os temas de pesquisa e ocupar regiões estratégicas para a pesquisa agropecuária que não estavam sendo cobertas plenamente pelas demais Unidades.

Entre as ações que poderão ser executadas com a sede nova estão pesquisas, desenvolvimento e inovação com eficiência. Desde sua criação, a Embrapa Pesca e Aquicultura ocupava instalações alugadas na capital tocantinense.

Durante o evento de inauguração, a Embrapa Pesca e Aquicultura apresentará dois de seus trabalhos: a identificação genética de peixes, que envolve a marcação dos animais por dispositivos de identificação e de rastreamento e a coleta de material biológico para teste de DNA, e um protótipo de entreposto móvel de pescado que foi desenvolvido em conjunto com as empresas Engmaq e Piscis e consiste numa estrutura, ainda em fase de avaliação, para processamento de peixes.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff durante o anúncio do Plano Safra 2016/17 nesta quarta-feira, 4, em Brasília. Afirmou que as acusações que constam no processo de impeachment são infundadas e que, caso responsabilizem a presidente por conceder crédito ao agronegócio, ela, Kátia, é corresponsável. "Muito me entristece ver as acusações à sua pessoa, de lutarem para tentar tomar o seu mandato", disse a ministra.

Para ela, uma das razões apontadas para afastar Dilma é de ela "ter acreditado na agricultura brasileira". "Se isso for verdade e se isso se concretizar, quero ser corresponsável nesses atos porque fui eu que disse para que investisse na agricultura e teria resposta."

##RECOMENDA##

Kátia Abreu, que está na linha de frente de defesa da presidente, fez um balanço dos seis anos de governo da Dilma e em tom de despedida disse que tem muito orgulho de participar do governo. A ministra disse que os seres humanos têm o hábito de lembrar apenas do que não conseguiram e esquecem os feitos. "A presidente Dilma entregou aos produtores R$ 905 bilhões de crédito de custeio e investimento, um aumento de 102% em seis anos", afirmou.

A ministra citou outras ações da presidente e disse confiar e ter convicção de que Dilma vai deixar um importante legado para o Brasil e para a agricultura. "Popularidade vai e vem, mas a honra nunca mais volta", afirmou. "Tenho orgulho de ter a senhora como presidente do Brasil."

Prédio evacuado

O prédio do Ministério da Agricultura em Brasília foi evacuado na manhã desta quarta-feira, depois de uma ameaça de bomba. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar fazem uma varredura no local para identificar se a ameaça é real.

A equipe da ministra Kátia Abreu, que iria passar pelo ministério antes de se dirigir ao Palácio do Planalto, onde ocorreu o anúncio do Plano Safra, foi direto para a sede do governo federal.

A ministra da Agricultura Kátia Abreu, segunda a falar na comissão do impeachment no Senado em defesa da presidente Dilma Rousseff, alertou que a subvenção agrícola não pode ser comparada a um empréstimo. “Operação de crédito é o que o produtor assume com o banco. Não há deslocamento de dinheiro do banco para o Tesouro. O banco desloca para o produtor e o Tesouro desloca para o banco” explicou.

A ministra fez a defesa de Dilma, logo depois do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Com uma exposição focada unicamente no que ficou conhecido como pedaladas fiscais – possíveis atrasos de pagamentos aos bancos públicos – Kátia Abreu afirmou que o que foi feito pela agricultura brasileira nos últimos cinco anos, durante o governo da presidente Dilma, foi um marco para o setor.

##RECOMENDA##

Segundo ela, a declaração não deve ser vista como crítica aos outros presidentes da República, mas explica como duas pessoas, de partidos diferentes, trabalham hoje juntas. Kátia Abreu é uma das ministras do PMDB que não deixou o governo, depois que seu partido anunciou ruptura na aliança, criando um impasse dentro do próprio Planalto entre Dilma e o vice-presidente Michel Temer. “Eu apoio a presidente Dilma pela reciprocidade que ela deu à agricultura brasileira nos últimos 5 anos. Acredito na idoneidade e na honestidade da presidenta”, afirmou.

Segundo ela, do saldo de R$ 10,4 bilhões que o Banco do Brasil tinha a receber do Tesouro, 60% foi aplicado no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e 40% destinado a médios e grandes produtores. A ministra lembrou que, depois de 2014, o valor foi acumulado. “O governo não paga de uma vez. Vai pagando ano a ano. É natural que o copo se encha anualmente”, afirmou.

Kátia Abreu detalhou os recursos e fontes do crédito rural relativos ao Plano Safra e destacou que houve redução nas subvenções da agricultura, por conta do ajuste fiscal. “O governo aumentou os recursos para agricultura mas também vem reduzindo esta equalização. Claro que quanto mais subvenção mais competitividade. Mas da safra anterior para esta tivemos diminuição da subvenção em torno de 56%”, destacou. “Mas não tem trazido nenhum tipo de prejuízo aos nossos agricultores”, completou.

Ao lembrar que a equalização de taxas de juros para o crédito agrícola é feita desde 1992, Kátia Abreu explicou que existem dois tipos de recursos para o setor: os livres, a partir de juros de mercado que giram em torno de 14%, e os controlados que é o administrado pelo governo para garantir taxas inferiores e reduzir custos de financiamento. “Estas taxas são o pilar da política agrícola”, afirmou ao lembrar que a medida estimula a competitividade da produção nacional.

Mais dois ministros deverão deixar o governo, mas não por estarem abandonando a presidente Dilma Rousseff, como os demais que deixaram seus cargos até agora. Os senadores e ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, e da Agricultura, Kátia Abreu, vão sair dos seus cargos poucos dias antes da votação em plenário da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, previsto para o dia 11 de maio.

O objetivo é assegurar mais dois votos e ajudar a fazer a defesa da petista no Senado, na reta final. Outra estratégia que poderá ser adotada pelo governo, em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff, é dar entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) com ação questionando se as pedaladas fiscais são crime de responsabilidade, como afirma o pedido de afastamento.

##RECOMENDA##

Vários juristas têm sugerido esta proposta ao Planalto, que ainda está em estudo. A ação, no entanto, pode ser "uma faca de dois gumes". De acordo com assessores palacianos, caso o STF dê razão ao governo, ótimo. Mas, o fato é que não há certeza sobre isso e, como o tribunal tem imposto muitas derrotas ao Planalto, há um temor de que, caso o STF diga que pedalada é crime, seja uma sentença final, antes do final do julgamento. Por isso, a decisão é considerada delicada por alguns assessores do Palácio, que ainda vão discutir mais esta estratégia com os principais assessores diretos de Dilma e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Representantes do agronegócio vão se reunir nesta quarta-feira, 27, com o vice-presidente Michel Temer. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e pelo menos mais 10 entidades devem participar do encontro, que ocorrerá no anexo II do Palácio do Planalto. O objetivo é entregar um documento de sete páginas com propostas e os principais entraves que emperram o desenvolvimento da agropecuária. Entre as ações está a proposta de extinção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O fim da companhia é tema recorrente desde o governo Fernando Collor de Mello, quando a Conab foi criada depois da fusão de três órgãos federais: Cobal, Cibrazem e CFP. O projeto original era que a Conab fosse um órgão de inteligência, o Ipea da agricultura. Além dos ruralistas, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, tem projeto semelhante.

##RECOMENDA##

Ela pretende vender armazéns e se desfazer de patrimônio e parte dos estoques públicos mantidos pela companhia, transformando a estatal em uma empresa de inteligência. Esse tema, inclusive, deve ser tratado pela ministra em uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, ainda nesta quarta, ocasião em que também devem ser acertado detalhes sobre o Plano Safra, que Kátia Abreu pretende divulgar em 4 de maio.

Entre outras propostas, os ruralistas irão apresentar medidas de governança institucional, política agrícola, acordos comerciais, direito de propriedade e segurança jurídica, meio ambiente, infraestrutura e logística, defesa agropecuária e relações trabalhistas. A reunião também será usada para dar um recado a Temer. O grupo não pretende aceitar "amadores" no comando da Pasta.

Em nota divulgada nesta quarta-feira, a FPA diz que no comando da Pasta é "imprescindível um líder diferenciado", com conhecimento do setor e estreito relacionamento com as entidades representativas e com as lideranças políticas. "Essa é a condição indispensável para que tenha o necessário apoio a fim de implantar todas as mudanças que o setor mais exitoso da economia necessita", diz a nota.

Até o momento, estão listados 12 parlamentares e dez entidades na comitiva que será recebida por Temer. Nessa lista estão também os senadores Blairo Maggi (PR-MT), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Wellington Fagundes (PR-MT).

O presidente da FPA, o deputado Marcos Montes, disse que as propostas foram desenhadas em conjunto com 38 entidades que representam quase 100% do seguimento produtivo rural. "Este é o momento certo de darmos nossa contribuição", disse. "Nossas propostas estão divididas em sete grandes eixos e compõem a pauta positiva do setor agropecuário para o desenvolvimento do Brasil", disse.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, tem feito um apelo a deputados indecisos para votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Desde a quinta-feira, 14, até a noite de sexta-feira, 15, a ministra conversou por telefone ou se reuniu com mais de 30 deputados para lhes pedir que votem no domingo, 17, em favor de Dilma, de quem é amiga pessoal. Nesta sábado, 16, segundo fontes, deve participar de um almoço para intensificar os contatos.

Senadora licenciada pelo PMDB, Kátia não restringe a sua atuação à bancada ruralista e tem procurado tanto parlamentares de seu partido quanto do PTB, do PR e do PSD. No PMDB, ela almoçou ontem com o ex-titular da Secretaria de Aviação Civil, o deputado federal Mauro Lopes (MG), que na saída disse que só decidirá seu voto sobre o assunto no domingo.

##RECOMENDA##

Um dos focos de atuação da ministra tem sido o PSD, legenda do filho dela, deputado Irajá Abreu (TO), presente em algumas conversas. Ela se encontrou ontem com o presidente da legenda, o ex-ministro das Cidades Gilberto Kassab.

Kátia tem dito a interlocutores que haverá uma reviravolta na votação de domingo. A ministra chegou a dizer que o impeachment será barrado com a atuação forte de aliados de Dilma. Ela tem falado com a presidente várias vezes ao dia para mantê-la inteirada das ações e demonstrar confiança em um resultado favorável.

Em um desses encontros, um deputado perguntou-lhe qual o motivo de ela ainda lutar pelo governo. Kátia respondeu que tem compromisso com a presidente e que nunca a deixaria sozinha neste momento. Afirmou que em sua vida não conhece a palavra "traição".

A ministra é alvo de um pedido de abertura de processo de expulsão do PMDB por ter desrespeitado a decisão da cúpula partidária do dia 29 de março de determinar aos filiados da legenda a entrega de todos os cargos no governo federal.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), afirmou, nesta segunda-feira (4), que não procurou um novo partido para se filiar e reforçou o desejo de permanecer nos quadros peemedebistas, apesar de ainda compor a gestão federal. Na semana passada o PMDB decidiu desembarcar do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e determinou a entrega imediata dos cargos. 

“Não procurei nenhum partido para me filiar. Recebi convites honrosos, mas meu partido é o PMDB. Pretendo aqui continuar”, grafou em publicação no Twitter. Outros peemedebistas, que comandam ministérios, como Marcelo Castro, devem deixar a legenda e ingressar em outros partidos. Marcelo pode ir para o PP visando permanecer no governo. 

##RECOMENDA##

“Quando me filiei foi a convite do Michel [Temer], Renan [Calheiros], [José] Sarney e tantos outros amigos. [Eles] me garantiram que eu era bem vinda e que seria bem recebida”, acrescentou Kátia Abreu no microblog.

A auxiliar da presidente Dilma é alvo de um pedido de expulsão, assinado pelo presidente do PMDB da Bahia, Geddel Vieira, que será protocolado amanhã (5) no Conselho de Ética da legenda.

Presidente estadual do PMDB da Bahia e primeiro secretário nacional da legenda, Geddel Vieira Lima ingressará no Conselho de Ética do partido na terça-feira, 5, com pedido de expulsão da ministra Kátia Abreu (Agricultura).

"Além de ela descumprir uma decisão do diretório nacional, ela tem tido um comportamento provocativo, desafiador, em relação ao partido. É um comportamento inapropriado", afirmou Geddel à reportagem. Segundo ele, o processo será acompanhado de uma liminar com pedido de suspensão imediata da ministra.

##RECOMENDA##

A ministra Kátia Abreu recorreu na semana passada às redes sociais para dizer que não pretende deixar o governo. As mensagens foram publicadas após a decisão do diretório nacional do PMDB que determinou a "saída imediata" dos integrantes da legenda do governo Dilma. "Continuaremos no governo e no PMDB. Ao lado do Brasil no enfrentamento da crise", disse a ministra no Twitter. "Deixamos a presidente à vontade caso ela necessite de espaço para recompor sua base", afirmou. "O importante é que na tempestade estaremos juntos", concluiu.

Além do ministério da Agricultura, o PMDB detém o comando das pastas de Minas e Energia, Saúde, Ciência e Tecnologia, Aviação Civil e Portos.

Segundo Geddel, os processos contra os ministros que insistirem em ficar no cargo devem ser encaminhados somente após o dia 12 de abril, quando se completará 30 dias da decisão do diretório nacional. "Num determinado momento será feito. Não dá para fazer dez de uma vez. Além disso, os demais ministros têm sido mais discretos", ressaltou o dirigente.

Depois de afirmar que fica no governo e no PMBD, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, recebeu uma comitiva de deputadas federais do Partido da República (PR) que a convidaram a mudar de legenda. As deputadas Christiane Yared (PR), Gorete Pereira (CE), Magda Mofatto (GO) e Zenaide Maia (RN) se reuniram com a ministra, na quarta-feira, 30, no gabinete dela. A assessoria da Pasta publicou fotos do encontro e informou apenas que Kátia Abreu agradeceu e disse ter ficado honrada com o convite, mas não confirmou se ela aceitou ou não.

Desde que o PMDB começou a preparar o desembarque do governo, tem se especulado sobre a saída da ministra da sigla e, até então, era dado como certa a migração para o PSD. Kátia Abreu, no entanto, negou que estivesse em negociações com o partido de Gilberto Kassab. Hoje, a ministra ainda não se manifestou sobre o assunto e cumpre agenda em Goiânia, onde participa do Seminário Agronegócios e Energias Renováveis.

##RECOMENDA##

Os ministros do PMDB e demais políticos do partido que ocupam cargos no governo federal têm o dia 12 de abril para deixar a gestão Dilma Rousseff (PT). A decisão foi tomada após o rompimento do PMDB com o governo Dilma, oficializado na terça-feira (29). 

Até o momento, um dos sete ministros peemedebistas, o do Turismo Henrique Eduardo Alves deu o primeiro passo e pediu seu afastamento. No entanto, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, já se posicionou em sua conta no Twitter na contramão da determinação de seu partido. Kátia escreveu no microblog que permanecerá no governo e no partido. 

##RECOMENDA##

"Continuaremos no governo e no PMDB. Ao lado do Brasil, enfrentaremos a crise", disse a ministra. Segundo a peemedebista, os ministros da sigla deixam a presidente a vontade para trocar os ministros. Porém, ela aponta que "O importante é que na tempestade estaremos juntos", concluiu.

Os outros ministros do PMDB que devem deixar o governo federal são: Marcelo Castro, do Ministério da Saúde; Mauro Lopes, da Secretaria de Aviação Civil; Eduardo Braga, do Ministério de Minas e Energia; Helder Barbalho, da Secretaria dos Portos; e Celso Pansera, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, sofreu uma série de ataques no microblog Twitter depois de comentar sobre o sermão feito pelo padre na igreja que frequenta. Parte dos que acompanham o perfil da ministra entenderam que a fala seria um recado político, o que ela rebateu.

"O sermão de hoje na Igreja foi sobre o julgamento e a crucificação de Cristo. É difícil crer que a turba absolveu um criminoso e condenou Jesus", disse a ministra no Twitter. Em seguida a essa mensagem, ela recebeu centenas de respostas, algumas a acusando de comparar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Jesus.

##RECOMENDA##

Parte das mensagens trazia memes, figuras de vídeo ou foto com humor e sarcasmo, que colocavam o rosto de Lula na imagem de Jesus. Muitas das mensagem eram agressivas, o que parece ter irritado a ministra.

Kátia Abreu lembrou aos seus seguidores que ontem era o último domingo da Quaresma e que no próximo domingo é a Páscoa. "Escrevo o que dá vontade. Não aceito patrulha. Não estou comparando ninguém com Jesus. Por favor, me respeitem. Não sou obcecada com um único tema", rebateu a ministra.

Depois dessa mensagem ela recebeu mais críticas e algumas pessoas fizeram piadas comparando o governo ao Titanic, navio britânico que ficou famoso depois de afundar em sua viagem inaugural em 1912.

A ministra continuou a responder e pediu mais tranquilidade por parte dos internautas. "O ódio na internet está insuportável. Estes obcecados não irão me pautar. Continuarei escrevendo o que me der vontade", disse. "Como, por exemplo, continuarei escrevendo que acredito na honestidade da presidente Dilma Rousseff até que me provem o contrário. Pedalada não é argumento", defendeu.

Em meio ao debate, a ministra recebeu mais dezenas de ataques e foi agredida virtualmente com afirmações machistas, palavrões e xingamentos. A um dos internautas que a agrediram, disse em tom grave: "Me mande seu endereço, covarde".

Em seguida, tentou apelar para o bom senso. "O ódio não ajudará em nada. De nenhum lado. Justiça e a urgência nos julgamentos têm que ser para todos", afirmou. "Que a Justiça continue fazendo o seu trabalho. Confio nisto. Tudo será esclarecido e os culpados punidos, mas pela Justiça do Brasil", disse. Kátia Abreu ainda disse aos antagonistas que enquanto for ministra continuará a trabalhar pelo agronegócio e que continuará a cumprir com o seu dever.

Na semana passada, surgiram rumores de que a ministra teria decidido sair do governo antes mesmo da decisão oficial do PMDB, prevista para o fim do mês. Fontes disseram ao Broadcast Agro que Kátia Abreu não havia digerido a entrada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no staff presidencial, como ministro da Casa Civil. Na sexta-feira, ela comentou no Twitter que não mencionou "este assunto com ninguém". "São apenas ilações."

"Só um capitão covarde abandona um navio na hora da tempestade e o PMDB não é um capitão covarde". A declaração é da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, para negar a possibilidade do partido se afastar do governo.

De acordo com a ministra, o PMDB não é sócio de ocasião do governo. "Nós somos parceiros deste governo com a vice-presidência da República, com importantes ministérios do Brasil, há cinco anos, então, nós não poderemos abandonar o Brasil à crise. O PMDB tem responsabilidade com o país e com os brasileiros. Nós somos parceiros e não é só no tempo da bonança. Nós precisamos estar principalmente juntos nas horas das dificuldades. Só um capitão covarde abandona um navio na hora da tempestade e o PMDB não é um capitão covarde", disse.

##RECOMENDA##

Segundo Kátia Abreu, a convenção nacional que o PMDB fará, neste sábado (12), se dará conforme o estatuto, que indica a eleição do presidente do partido e de todos os demais cargos da Executiva. Para a senadora, o estatudo é claro, objetivo e pragmático e, dessa forma, ela não acredita em uma discussão sobre qualquer posição de afastamento. "Não há o que fazer em temos de decisão formal no sábado. Se quiserem tratar deste assunto, uma extraordinária deve ser convocada, no futuro, para tratar de qualquer tema. Mas, no sábado, em que pese  cada parlamentar, cada membro do partido está livre democraticamente para se manifestar na tribuna sobre qualquer assunto que queira, mas em termos de decisão, a decisão é apenas eleger o presidente do partido", ressaltou.

A ministra comentou que considerou um exagero o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. Ela afirmou que  que concorda com formadores de opinião que acham desnecessária a prisão, porque Lula mora no Brasil e tem endereço certo. "O que está acontecendo com ele hoje poderá ser um nós amanhã. O Estado de Direito precisa ser preservado. Os exageros e os espetáculos não ajudam a Justiça brasileira que, assim como em qualquer parte do mundo, tem que ter um comportamento e uma aparência de respeitabilidade, de confiança absoluta do cidadão, para que possa atender, não apenas a ódios, raivas, ressentimentos, e sim, ser legítima com qualquer pessoa. Mas a Justiça brasileira tem que ser imparcial e agir de acordo com a regra, com a lei, sem espetáculos", completou.

A ministra deu as declarações durante visita às instalações para os Jogos Olímpicos de 2016, no Complexo de Deodoro, na zona norte do Rio. Kátia Abreu esteve no Centro Olímpico de Hipismo e no Centro de Pentatlo Moderno e acompanhou algumas disputas de esgrima, que fazem parte do evento-teste de pentatlo moderno, e que estão ocorrendo na Arena da Juventude. Ela ficou animada com o que viu. "Os cavalos começam a chegar no final de julho e tenho convicção de que estará tudo pronto adequadamente para receber o esporte e a Olimpíada 2016. Me impressionou muito adiantamento dessas obras", disse.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, ficará afastada do exercício do cargo no período de 11 a 26 de janeiro de 2016 para tratamento de saúde. A informação consta de despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (12). Nesse período, André Meloni Nassar exercerá o cargo de ministro interinamente. Nassar é secretário de Política Agrícola do Ministério.

[@#galeria#@]

Em visita à China, a ministra da agricultura, Kátia Abreu, na última quarta-feira (18), foi surpreendida com o interesse do país em importar um milhão de jumentos por ano para o oriente. 

##RECOMENDA##

No Brasil, a reação não foi diferente. Apesar da surpresa, criadores se mostraram entusiasmados com a ideia. No Recife, onde acontece - até o próximo domingo (22) - a 74ª Exposição Nordestina de Animais e Produtos Derivados, o assunto já estava correndo na boca dos expositores do animal. O criador Amon Rodrigues se mostrou entusiasmado com a novidade. "Tomei conhecimento da notícia e acredito que é um ponto positivo para nós criadores, embora não se saiba ainda qual raça é buscada por eles", conta. Ele ainda explica que o animal tem preço variado a depender da linhagem. "O jumento Pêga tem valor que vai de R$ 15 mil para cima por se tratar de uma linhagem mais valorizada. No entanto, acredito que o interesse dos chineses seja pelo jumento nordestino ou no vulgarmente chamado de 'jumento brasileiro'", esclarece. Afinal, esse é um animal que, apesar de apresentar força e resistência, é desvalorizado comercialmente. 

Já o presidente da Sociedade Nordestina dos Criadores, Emanuel Rocha, acredita que essa abertura de portas seja positivo para o Brasil, no entanto, acredita que o país não possui capacidade para suprir tamanha demanda. “A depender do que for resolvido pelo ministério e caso essa seja a orientação, os criadores irão se organizar para ampliar o plantel a fim de atender a procura, no entanto, no momento, nós não temos como suprir essa necessidade”, esclarece. 

O técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Jumento Pêga, Coriolano Neto, especula que o interesse dos chineses pelo animal tenha o viés científico. “Algumas pesquisas estão sendo feitas e tratam sobre o leite da jumenta. Acredita-se que ele [o leite] é o que mais se assemelha ao da mulher. Além disso, também há a possibilidade de ter relação aos estudos que falam que o leite pode servir como tratamento contra o câncer”. 

Amon conta que Pernambuco já foi tradicional na criação desses animais, no entanto, essa criação foi sofrendo redução e atualmente, no estado, só existem três criadores de jumento Pêga. Por conta disso, tanto o criador quanto Coriolano acreditam que no primeiro momento é possível que o Brasil possa suprir a necessidade da China, no entanto, caso a cadeia produtiva não seja organizada, corre o risco de escassez e até mesmo do animal entrar em extinção.  

Exportação 

Todos os anos a China abate cerca de 1,5 milhão de jegues [nome usado também para chamar os jumentos] por ano. Desse quantitativo, uma parte é produzida no próprio país e outra na Índia. Esta quantidade ainda é inferior ao habitual, pois 2015 foi considerado um ano fraco em exportação deste animal. Um comparativo é que no ano de 2008 o valor movimentado nesse comércio foi de US$ 309,3 mil, o equivalente a 22,4 toneladas, enquanto, neste ano, o número caiu para US$ 15,4 mil. Ainda em comparação a períodos anteriores, em 2010 foi alcançado o recorde de US$ 385,7 mil em vendas, o que significou 14,9 toneladas.

LeiaJá TAMBÉM:

>> Chineses querem 1 milhão de jumentos por ano, diz ministra

Confira a impressão do presidente da Sociedade Nordestina dos Criadores, Emanuel Rocha:

[@#video#@]

 

Durante missão na China, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, recebeu uma demanda inusitada de um empresário. O investidor disse ter interesse em importar 1 milhão de jumentos por ano. A história foi relatada pela própria ministra, pelo microblog Twitter.

"No seminário dos empresários chamou a atenção um investidor com um interesse que nos pareceu piada, mas não era. Ele quer importar jumentos para a China", relatou Kátia Abreu.

##RECOMENDA##

"Inacreditável, mas sua demanda é de 1 milhão de jumentos ano. Morro e não vejo tudo", disse a ministra.

A mensagem da ministra gerou comentários bem humorados na rede social. Outra demanda diferente das demais foi a de uma empresa de fármacos, que quer 10 mil toneladas de casca de tangerina por ano para produzir óleos e essências.

A ministra fica até o fim desta semana na China.

Depois de absorver o Ministério da Pesca, a pasta da Agricultura, comandada por Kátia Abreu, começa a organizar a casa. Determinou, nesta terça-feira (20), uma operação pente-fino na estrutura que recebeu de Helder Barbalho. Entre outras medidas, foi criado um grupo de trabalho para corrigir problemas encontrados pela Controladoria-Geral da União (CGU). Além disso, Kátia Abreu cortou em 70% os cargos comissionados do antigo ministério. A nova Secretaria da Pesca contará apenas com três diretorias. "Será suficiente para trabalhar", disse a ministra pelo twitter. Ela está no México, em viagem oficial.

A prisão de Clemerson José Pinheiro, ex-secretário-executivo de Helder Barbalho, apressou a reorganização do ministério. Ele foi detido na semana passada depois de a Polícia Federal revelar um esquema de propinas para obtenção de licenças ilegais de pesca que variavam de R$ 4 mil a R$ 100 mil. Diante do escândalo, Kátia Abreu trocou praticamente quase toda a equipe que veio do Ministério da Pesca. O Diário Oficial da União dos últimos dias trouxe centenas de dispensas.

##RECOMENDA##

Com as mudanças, os secretários do Ministério da Agricultura passaram a acumular funções. André Nassar, secretário de Política Agrícola, foi nomeado hoje para a Secretaria de Monitoramento e Controle da Pesca e Aquicultura. Décio Coutinho, secretário de Defesa Agropecuária acumulará a Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura; Tânia Mara Garib, da Integração e Mobilidade Social, também ocupará a secretaria de Planejamento e Ordenamento. Caio Rocha, o secretário do Produtor Rural e Cooperativismo, será também secretário de Infraestrutura e Fomento da Pesca e Aquicultura.

A ministra disse que pretende investir no segmento. "Vamos investir em aquicultura para aumentar nossa produção. Vamos fazer a identificação geográfica do peixe da Amazônia. Selo que renderá frutos", afirmou. Kátia Abreu acrescentou que parte da infraestrutura do antigo ministério, como o mobiliário, já tem destinação. Ele vai para o Centro da Embrapa de Aquicultura e Pesca no Tocantins, prédio que está em fase final de construção. A ministra ponderou que essa medida vai gerar economia. "Lá teremos estrutura fantástica, com laboratórios de última geração. O mobiliário será todo transferido do ex-Ministério da Pesca. Tudo novinho", disse.

Depois de assumir o comando da Secretaria da Pesca, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, suspendeu o período de defeso por 120 dias para coibir fraudes na concessão do seguro pago aos pescadores durante o período de reprodução em que a pesca é proibida. O prazo pode ser prorrogado.

A medida faz parte do ajuste fiscal do governo para garantir economia de gastos e reduzir o desequilíbrio fiscal das contas públicas brasileiras. Com o seguro defeso, os pescadores recebem um salário mínimo do governo federal por mês durante toda a temporada de suspensão da pesca.

##RECOMENDA##

Fontes do governo informaram que os defesos suspensos têm impacto anualizado de R$ 1,5 bilhão em 2015. O valor corresponde à metade dos benefícios pagos aos pescadores. No acumulado de 12 meses, o custo do seguro defeso é de cerca de R$ 2,7 bilhões.

A justificativa oficial para a suspensão do benefício é o recadastramento dos pescadores artesanais pelo Ministério da Agricultura. Também haverá uma revisão dos períodos de defeso.

A portaria interministerial dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente com a decisão foi publicada nesta sexta-feira, 9, no Diário Oficial da União. A portaria é assinada pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e data do dia 5 de outubro, data da posse dos novos ministros. A partir dessa data, a Secretaria da Pesca foi incorporada ao Ministério da Agricultura. A equipe econômica pressionava por mudanças no seguro defeso.

O recadastramento será presencial e solicitado por meio de formulário de requerimento de licença de pescador profissional, mediante a apresentação de originais e cópias de documentos para comprovar que o beneficiário não tem outra atividade a não ser a pesca artesanal.

O governo respalda a decisão em auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), analisada pelo plenário em abril deste ano, que apontou desvio de R$ 19,5 milhões no pagamento do benefício entre janeiro de 2012 e junho de 2013. A principal irregularidade é o pagamento de parcelas a pessoas que não se encaixam nas condições necessárias para receber o benefício. Do total de desvio, R$ 12,4 milhões foram pagos a beneficiários que possuíam emprego, além da atividade de pescador - o que descumpre a exigência para o pagamento do benefício.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando