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Três dias após ser expulsa do PMDB, a senadora Kátia Abreu (TO) usou as redes sociais para criticar o presidente Michel Temer. Ironizando a popularidade do presidente, que teria desaprovação de 95% da população, a senadora escreveu que Temer não consegue se beneficiar dos resultados econômicos alcançados por seu governo. "Nem os pífios reflexos da economia o Temer consegue colar nele. É o efeito teflon ao contrário. Só rindo", afirmou.

O Conselho de Ética do PMDB decidiu expulsar Kátia Abreu na quinta-feira, 23. A medida foi acatada de imediato pelo presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), que elogiou a decisão por meio de nota à imprensa. "Demonstra nova fase de posicionamento do partido", afirmou.

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Em comunicado à imprensa, Kátia Abreu disse que foi expulsa por "defender posições que desagradaram" ao governo. "Fui expulsa exatamente por não ter feito concessão à ética na política. Fui expulsa por defender posições que desagradam ao governo. Fui expulsa pois ousei dizer não a cargos, privilégios ou regalias do poder", afirmou. Nas redes sociais, Kátia acrescentou que lutou pela democracia no partido, "mas os corruptos venceram".

Um dia depois da expulsão, a ex-presidente Dilma Rousseff publicou diversas mensagens em apoio à senadora em seu Twitter. Ela comentou que a medida foi uma violência contra os brasileiros. "A expulsão da senadora Kátia Abreu do PMDB é uma violência contra os seus eleitores do Tocantins e contra os brasileiros de todos os Estados que a respeitam e admiram", escreveu a petista. Dilma também afirmou que o PMDB tenta perseguir políticos "sérios, honestos e progressistas".

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) criticou, nesta sexta-feira (24), da decisão do Conselho de Ética do PMDB de expulsar a senadora Kátia Abreu (TO). Prestando solidariedade a aliada, a petista disse que a punição dada à parlamentar “é um jogo de cartas marcadas” e uma “violência” imposta pelo “grupo que se apossou do PMDB”. Kátia Abreu foi ministra da Agricultura no governo Dilma, votou contra o impeachment da ex-presidente e se colocou, nos últimos meses, de encontro às reformas propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB)

“Sua expulsão é um jogo de cartas marcadas com que o grupo que se apossou do PMDB tenta perseguir os políticos sérios, honestos e progressistas que pertencem ao partido e lutam pela preservação de sua história”, frisou Dilma em publicação nas redes sociais. “A expulsão da senadora Kátia Abreu do PMDB é uma violência contra os seus eleitores do Tocantins e contra os brasileiros de todos os estados que a respeitam e admiram”, acrescentou.

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Segundo a ex-presidente, a resposta ao PMDB sobre a punição da senadora virá das urnas em 2018. “Todos os tocantinenses terão oportunidade de homenagear a sua competência, coragem e decência em 2018”, previu. Ao comentar sobre o assunto, Dilma ainda destacou que Kátia Abreu honrou o cargo de ministra e “se posicionou contra o impeachment fraudulento que derrubou o governo eleito e está lutando contra todos os retrocessos sociais e econômicos impostos pelo golpe”.

A senadora Kátia Abreu (TO) criticou, nesta quinta-feira, 23, a decisão do Conselho de Ética do PMDB de expulsá-la do partido e cancelar sua filiação partidária. Em comunicado à imprensa, ela disse que foi alvo da deliberação por "defender posições que desagradaram" ao governo Michel Temer, também do PMDB.

Além disso, defendeu que o conselho optou por retirá-la da legenda por não ter feito "concessão à ética" e "dizer não a cargos, privilégios ou regalias do poder". "A Comissão de 'Ética' do PMDB decidiu pela minha expulsão do partido de Ulisses Guimarães e Tancredo Neves. Fui expulsa exatamente por não ter feito concessão à ética na política. Fui expulsa por defender posições que desagradam ao governo. Fui expulsa pois ousei dizer não a cargos, privilégios ou regalias do poder", afirmou.

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Kátia Abreu ainda ironizou o fato do partido expulsá-la enquanto evita abrir processos contra integrantes da legenda que estão "presos por corrupção e crimes contra o País". "A mesma Comissão de 'Ética' não ousou abrir processo contra membros do partido presos por corrupção e crimes contra o País. Fiquei no PMDB e não saí como queriam. Fiquei e lutei pela independência de ideias e por acreditar que um partido deve ser um espaço plural de debates", citou.

Ao final, lembrou que o PMDB já lutou contra a ditadura, mas que esta decisão imprimiu na história do partido "a mácula do sectarismo e da falta de liberdade". "Sigo na luta política. Sigo com Ética. Sigo sem medo e firme nos meus propósitos, pois respeito minha família, respeito o povo do Tocantins e do Brasil, que ainda acreditam que esse país pode ser melhor", complementou.

Leia o comunicado da senadora Kátia Abreu na íntegra:

"A comissão de 'ética' do PMDB decidiu pela minha expulsão do partido de Ulisses Guimarães e Tancredo Neves.

Fui expulsa exatamente por não ter feito concessão à ética na política. Fui expulsa por defender posições que desagradam ao governo. Fui expulsa pois ousei dizer não a cargos, privilégios ou regalias do poder.

A mesma comissão de 'ética' não ousou abrir processo contra membros do partido presos por corrupção e crimes contra o país.

Fiquei no PMDB e não saí como queriam. Fiquei e lutei pela independência de ideias e por acreditar que um partido deve ser um espaço plural de debates. A democracia não aceita a opressão.

Hoje os membros da comissão de 'ética' imprimiram na história do partido que lutou contra a ditadura a mácula do sectarismo e da falta de liberdade.

Sigo na luta política. Sigo com Ética. Sigo sem medo e firme nos meus propósitos, pois respeito minha família, respeito o povo do Tocantins e do Brasil, que ainda acreditam que esse país pode ser melhor."

O Conselho de Ética do PMDB decidiu, nesta quinta-feira, 23, expulsar do partido a senadora Kátia Abreu (TO). O colegiado acompanhou, por unanimidade, recomendação de parecer pelo cancelamento da filiação partidária da senadora. O motivo é a postura crítica dela ao governo de Michel Temer e o fato de atuar de forma contrária às orientações do Palácio do Planalto no Senado.

A medida será acatada de imediato pelo presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), que elogiou a decisão por meio de nota à imprensa. "A medida demonstra nova fase de posicionamento do partido", afirmou.

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Kátia Abreu ainda não se posicionou publicamente sobre o assunto, mas já deu indicações de que deve deixar a sigla. Segundo informações de sua assessoria de imprensa, a parlamentar está em missão oficial no Qatar, onde se reúne hoje com investidores árabes para apresentar o potencial agropecuário do Matopiba, região entre os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Antes da expulsão, o Conselho de Ética já havia suspendido a senadora das atividades partidárias temporariamente. Na época em que o processo começou a ser analisado pelo Conselho de Ética da legenda, a senadora encaminhou defesa na qual apontava "vícios processuais" no pedido de expulsão. Além disso, ela havia pedido para que fossem ouvidos 24 testemunhas, incluindo o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e os ministros Leonardo Picciani (Esportes) e Gilberto Kassab (Comunicações).

A senadora Kátia Abreu (PMDB) afirmou, nesta sexta-feira (8), que a prisão do ex-ministro do governo Temer Geddel Vieira Lima (PMDB) era o “mínimo” que o país esperava da Justiça. O novo pedido de prisão preventiva foi expedido depois que a Polícia Federal apreendeu R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador que estava sendo utilizado por Geddel como “bunker”. Para a senadora, o valor encontrado em malas e caixas não é apenas do ex-ministro. 

“Prender Geddel Vieira Lima é o mínimo que o Brasil esperava da Justiça. Vamos esperar sua delação, que não deve demorar. Ou alguém acha que os R$ 51 milhões é só dele? Não é não. Muita terra para o caminhão dele”, declarou. Kátia ABreu não esclareceu de quem ela acredita que também seria o dinheiro. Geddel foi preso na manhã de hoje em Salvador e deve ser levado para Brasília.

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Os R$ 51 milhões foram apreendidos na terça-feira (5), durante a Operação Tesouro Perdido, uma nova fase da Cui Bonno. O empresário Silvio Silveira, dono do apartamento, disse à Polícia Federal que "não sabia" que o local era utilizado para que o peemedebista guardasse dinheiro. Segundo Silveira, Geddel pediu para guardar pertences do pai no local. 

Recentemente, Kátia Abreu questionou a falta de punição interna no PMDB a investigados em esquemas de corrupção. Atualmente ela é alvo de um processo que pode resultar na expulsão da legenda por infidelidade. A senadora é contra as reformas promovidas pelo presidente.

Ao contrário do que vem sendo especulado, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) disse que não vai migrar para o PT. Em publicação nas redes sociais, depois de se reunir com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, além de dirigentes nacionais da sigla, como a senadora Gleisi Hoffmann, ela garantiu que "continua no PMDB". Kátia Abreu é alvo de um processo interno na legenda que pode levar a expulsão dela por infidelidade partidária e vem sendo crítica às reformas encabeçadas pelo presidente Michel Temer.  

“Continuo no PMDB, mas quero fazer alianças com todos os partidos que possam contribuir para a reconstrução do meu Estado, principalmente aqueles que têm experiências exitosas em desenvolvimento social e econômico”, informou Abreu. Reforçando a discussão sobre os apoios, Gleisi também chegou a publicar nas redes sociais que nem Kátia pediu para ingressar no PT e nem Lula chegou a convidá-la. 

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Kátia Abreu está se articulando para disputar o governo do Tocantins em 2018. “Precisamos unir forças de forma responsável e consciente a fim de termos uma gestão eficiente, honesta e transparente, retomarmos o crescimento e, sobretudo, recuperamos o emprego dos tocantinenses”, frisou a senadora.

Ela disse ainda que mesmo fazendo política no campo da centro-direita, era preciso aglutinar propostas exitosas da esquerda. “Não sou da esquerda, mas se há propostas na esquerda que indiquem soluções, eu vou defendê-las. O que é bom precisa ser aproveitado. Os brasileiros não querem guerra, querem resultado. E a união de muitas ideias é que fará a diferença. Sem radicalismo e sem preconceitos, nosso foco tem que ser as famílias, o sucesso das pessoas, o bem estar”, observou.

Alvo de um processo de expulsão no PMDB, a senadora Kátia Abreu vai discutir o futuro político dela com a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e o governador da Bahia, Rui Costa, todos do PT. A informação é da Coluna Painel. Segundo a publicação, a senadora acompanha Dilma na viagem que faz a Salvador neste sábado (19).

As duas vão encontrar com Lula que está em caravana pelo estado nordestino. A reunião entre os políticos será na casa do governador baiano. 

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Nos bastidores, especula-se a possibilidade de Abreu deixar o PMDB e ingressar no PT. A senadora, inclusive, foi ministra do governo Dilma e votou contra o impeachment da petista em 2016.

Na última semana, ela foi intimada pelo Conselho de Ética do PMDB a apresentar sua defesa no processo interno que corre contra ela por infidelidade partidária. Kátia Abreu vem sendo crítica as reformas encabeçadas pelo presidente Michel Temer. Ela foi uma das parlamentares que apoiou a ocupação da Mesa do Senado no dia da votação da reforma trabalhista na Casa. 

Na ocasião, ela chegou a dizer que uma reforma trabalhista era "até necessária, mas não de qualquer forma" e sem um "presidente da República eleito pelo povo".

Suspensos das atividades partidárias ou em processo de expulsão, peemedebistas passaram a questionar a direção da legenda sobre a falta de punição para membros do partido acusados de corrupção, presos e até já condenados pela Justiça, como o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). Cinco deputados federais - Jarbas Vasconcelos (PE), Celso Pansera (RJ), Vitor Valim (CE) , Veneziano Vital do Rêgo (PB), Laura Carneiro (RJ) - e dois senadores - Kátia Abreu (TO) e Roberto Requião (PR) - compõem a lista de alvos de processos partidários. 

Os deputados já estão suspensos das atividades internas por 60 dias, após votarem a favor da abertura da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva. Já os senadores, aguardam a análise da Comissão de Ética de pedidos de expulsão deles da legenda por se colocarem contrários às reformas trabalhista e previdenciária.  

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“Por que nunca puniram nenhum filiado condenado e preso por crimes graves como corrupção e formação de quadrilha?”, questionou Kátia Abreu, ao dizer que nessa quarta-feira (16) apresentou sua defesa no processo. “Minha única ‘infração’ foi fazer discursos contrários ao atual governo do Tocantins e ao presidente da República. Desproporcional, não acham?”, indagou acrescentando. Não é apenas Cunha que tem pendências com a Lava Jato, o presidente e senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) são outras figuras nacionais enroladas com denúncias de corrupção. 

Indo além do discurso, Roberto Requião encaminhou para a direção do PMDB o pedido de expulsão de Eduardo Cunha. Outra solicitação do peemedebista pede o afastamento Jucá da presidência do partido. 

“Vou forçar o PMDB a uma discussão mais profunda. Estou encaminhando o pedido de expulsão do Eduardo Cunha, que está preso e condenado, e o pedido de afastamento do senador Romero Jucá pelas posições contrárias a Constituição Cidadã e o documento Esperança e Mudança, que é a base do nosso partido. Ele precisa se dedicar em tempo integral a sua defesa, e o partido não pode ser comandado por quem tem tantas questões a resolver”, cravou. 

Requião também criticou as posturas adotadas pela legenda. “Querem me expulsar porque estaria agindo contra os princípios e teses do PMDB. Ninguém mais do que eu defender as teses do velho MDB de guerra. Hoje, o partido, comandado por essa gente, tem 1% de apoio da população brasileira. Estamos acabando. Não vou deixar barato essa atitude que tomam contra mim. Vamos ver se o PMDB é do pessoal da tornozeleira, de mil processos de desvio de recursos públicos, ou é aquele que trouxe o Brasil para a democratização depois da ditadura”, salientou. 

Deputados punidos

Os deputados do PMDB que sofreram retaliações por pedirem a continuidade da investigação contra Temer também apresentaram recursos nessa quarta. Eles estão impedidos de ocupar cargos de direção partidária ou de responder pelo partido nas comissões do Congresso por 60 dias. Além dos cinco já citados, o deputado Sérgio Zveiter (RJ), que deu parecer favorável ao prosseguimento das apurações na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), também era do PMDB e sofreu punição, mas decidiu deixar a legenda por estar recebendo ameaças.  

Já o pernambucano Jarbas Vasconcelos chegou a classificar a determinação como “algo esdrúxulo e completamente sem sentido”. "Só reforça minha avaliação de como  é fraca e despreparada a direção nacional do PMDB hoje. Fui um dos fundadores do MDB, que posteriormente deu origem ao PMDB, e ao longo de toda a minha trajetória dentro do partido nunca vi algo parecido. O respeito às ideias e posicionamentos é algo fundamental, e o caminho pelo qual está seguindo hoje o PMDB nacional ignora completamente essa condição, que é primordial para todos que exercem a política e principalmente para quem está a frente de qualquer partido numa democracia", disse.

Nova roupagem em meio a imbróglios

Ao tratarem das punições, tanto Jarbas quanto Requião lembraram do “velho MDB” e nas últimas semanas o partido vem discutindo a proposta de retirar o nome “partido” da sigla e voltar a nomenclatura de Movimento Democrático Brasileiro (MDB). A sugestão de nova roupagem surge em meio a imbróglios sobre a defesa ou não das teses que idealizam o partido e com boa parte da direção citada na Lava Jato, até mesmo com pendências de inquéritos judiciais na investigação do escândalo de corrupção. 

A decisão de mudar ou não o nome da legenda não deve amenizar as celeumas internas. MDB foi o nome do partido até 1980 e a definição sobre a proposta de retorno ao “velho MDB” deve ser conhecida na convenção nacional  da sigla marcada para  27 de setembro.

A Comissão de Ética do PMDB encaminhou nesta quarta-feira, 16, pedido para suspender temporariamente a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) das atividades partidárias. Ela é alvo de processo de expulsão do partido e o pedido deve ser analisado pela Executiva da sigla. Em relação ao senador Roberto Requião (PMDB-PR), também alvo de pedido de expulsão, a Comissão de Ética decidiu dar prosseguimento ao pedido e já designou um relator pra o caso.

Kátia e Requião são críticos ao governo de Michel Temer e têm atuado no Senado de forma contrária às orientações do Planalto. A senadora já deu indicações que deve deixar a sigla, enquanto o senador paranaense tem dito que vai brigar para permanecer na legenda a qual é filiado desde a década de 1980.

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Para pedir a suspensão de Kátia, a comissão de ética do PMDB utilizou artigo que prevê a medida em casos na qual "a demora do processo" torne a penalidade ineficaz. É o caso, por exemplo, de uma eventual mudança de legenda.

O PMDB já havia determinado a suspensão das atividades partidárias dos seis deputados da sigla que votaram a favor do andamento da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, no início do mês. Com a decisão, eles ficaram impedidos de ocupar cargos de direção no partido e podem ser afastados de eventuais posições em comissões, mas mantêm as atividades parlamentares normalmente.

Kátia afirmou, por meio de sua assessoria, que vai aguardar a decisão da Executiva do partido para comentar. Em defesa encaminhada mais cedo, a senadora aponta "vícios processuais" no pedido de expulsão e pede que sejam ouvidos 24 testemunhas, incluindo o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e os ministros Leonardo Picciani (Esportes) e Gilberto Kassab (Comunicações).

O PMDB não se manifestou.

Ameaçada de expulsão do partido desde o ano passado, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) afirmou nesta terça-feira, 1°, que o presidente do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), tenta amedrontar deputados peemedebistas. A intenção seria evitar dissidências na votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara.

"Jucá reúne Executiva para pedir minha expulsão e de (senador Roberto) Requião (PMDB-PR) do partido. E a turma da tornozeleira não vai pedir. Vai convidar Cunha e Geddel?", questionou a senadora, por meio de sua conta no Twitter. "Na verdade, Jucá está nos usando para amedrontar os deputados do PMDB no dia da votação contra Temer no plenário da Câmara."

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Kátia foi alvo de um pedido de expulsão do partido por ter se recusado a deixar o governo Dilma Rousseff quando o partido decidiu apoiar o impeachment, no ano passado. Ela era ministra da Agricultura na época. O pedido, porém, ainda não foi analisado pela Comissão de Ética da legenda.

Segundo a reportagem apurou, a senadora negocia mudar para o PDT para disputar o governo de Tocantins no ano que vem.

Já Requião protagonizou um bate-boca com Jucá por meio das redes sociais no fim de semana. O presidente do partido disse que convocaria uma reunião da Executiva para analisar irregularidades nas contas do diretório estadual do PMDB no Paraná, que é presidido por Requião.

"Estamos abertos e vamos discutir o PMDB com o senhor e quem quiser. Não estava procurando ninguém para entrar com ação no PMDB. Mas agora eu, presidente do PMDB, levarei essa história, essa situação do Paraná para a reunião da Executiva", afirmou Jucá em vídeo divulgado no último domingo, 30. Requião, por sua vez, disse que não teme qualquer medida da Executiva contra ele.

Denúncia

O partido fechou questão na votação da denúncia contra Temer, marcada para ocorrer nesta quarta-feira, 2. Também pelo Twitter, Jucá voltou a afirmar nesta terça-feira que deputados do PMDB que votarem a favor "sofrerão consequências".

"O @PMDB_Nacional fechou questão em relação à votação da denúncia contra o presidente Temer. Reafirmo que, como presidente do partido, qualquer ato em contradição a essa decisão sofrerá consequências", escreveu.

Segundo Placar do Estado, dos 63 deputados da legenda, 4 já disseram que votarão a favor da aceitação da denúncia contra o presidente da República.

Em meio ao protesto de senadoras da oposição contra a reforma trabalhista, nesta terça-feira (11), a senadora Kátia Abreu (PMDB-RO) afirmou que o país não tem presidente da República e pontuou que o momento não é o ideal para modernizar a legislação. Apesar de compor o mesmo partido do presidente Michel Temer (PMDB), a parlamentar se colocou contrária a votação da proposta. 

"Estamos apenas resistindo a esta votação de um governo que já está finalizado. Não temos presidente da República. Uma reforma neste momento em que estamos com o país acéfalo, não podemos aceitar e nem ficar fazendo cara de paisagem", declarou ao apoiar a manifestação liderada pelas senadoras Gleisi Holfmann e Fátima Bezerra, ambas do PT. "Vamos resistir pacificamente, calmamente e lindamente", acrescentou a senadora. 

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Sob a ótica de Kátia Abreu, uma reforma trabalhista é até necessária, mas "não de qualquer forma". "Muita coisa tem que ser modernizada, mas isso no futuro, quando nós tivermos um presidente da República eleito pelo povo brasileiro. Acho importante modernizar as leis, mas não é de qualquer jeito, não é de qualquer forma", frisou. 

As senadoras estão às escuras no plenário da Casa Alta para impedir que a votação da reforma trabalhista, prevista para hoje, aconteça. A senadora Fátima Bezerra estava presidindo a reunião, iniciada por volta das 11h, quando o presidente Eunício Oliveira (PMDB) chegou ao local para tomar o seu posto, mas foi impedido e em reação suspendeu a sessão, mandando apagar as luzes, suspender o som e o ar. 

O ex-diretor superintendente da Odebrecht Ambiental/Saneatins no Tocantins, Mário Amaro da Silveira, reclamou da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que teria recebido R$ 500 mil de contribuição para a campanha eleitoral. A peemedebista foi mencionada na lista do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, e foi citada nos depoimentos dos ex-executivos da empresa.

Na audiência para o Ministério Público Federal (MPF), após acordo de delação premiada, Amaro reclamou que, mesmo com as doações eleitorais, Kátia Abreu não ajudou a empresa no Estado. "A senadora foi eleita, mas nunca fez nada por nós no Tocantins", disse para a Justiça. Amaro declarou que, em setembro de 2014, foi procurado por José Carvalho, que trabalha no escritório da Odebrecht em Brasília, dizendo que Katia Abreu iria procurá-lo para pedir doações. Ao saber que poderia ser contatado, entrou em contato com Fernando Reis, presidente da Odebrecht Ambiental/Saneatins, companhia de água e saneamento básico do Estado. Na conversa, Reis autorizou que fosse feita uma doação de R$ 500 mil.

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Alguns dias depois, Amaro foi procurado por Moisés Pinto Gomes, marido da senadora, em um hotel em Palmas, capital do Estado. Gomes fez um pedido de contribuição por causa da atuação da senadora a favor da empresa durante um conflito com a prefeitura de Palmas.

Segundo Amaro, Tocantins é o único Estado do País em que a companhia de saneamento é uma empresa privada. Interessados em investir na área, a Odebrecht deu início a compra da Saneatins em 2011. O negócio custou cerca de R$ 400 milhões aos cofres da empresa. O plano era investir outros R$ 700 milhões, mas, de acordo com o depoimento de Fernando Reis, uma série de fatos prejudicaram os negócios, como a criação de uma CPI na Assembleia Legislativa para investigar a atuação da Odebrecht Ambiental/Saneatins.

A empresa suspendeu os investimentos temporariamente. Após a atuação de Kátia Abreu, além do então governador Siqueira Campos (PSDB) e do senador Vicentinho (PR/TO), a Odebrecht chegou a um acordo com a prefeitura de Palmas e o caso foi resolvido.

Após ser autorizado a fazer a doação, Amaro marcou uma reunião com Moisés em um hotel em São Paulo. Ao ser informado do valor oferecido, o marido de Katia Abreu reclamou: "É muito pouco", disse. Além disso, também não gostou do modo que a doação seria feita, através de caixa dois. "Ele ficou desconfortável", disse Amaro no depoimento.

Moisés sugeriu que a doação fosse via Braskem, braço petroquímico da Odebrecht. Mas, para ser dessa maneira, Amaro alegou que era "outro contato, outra conversa". Após o impasse inicial, em que Amaro disse que não poderia fazer uma "doação oficial", Moisés aceitou as condições. Uma nova reunião foi marcada para alguns dias depois. Nesse encontro, foram entregues os dados para a retirada do dinheiro. Segundo Amaro, o pagamento foi feito em duas parcelas de R$ 250 mil, na primeira e na segunda semana de outubro.

Por causa dessas doações, Katia Abreu é acusada de falsidade ideológica eleitoral. Em nota, a senadora nega que as doações tenham sido feitas de forma ilegal. Disse que, apesar de ainda não saber o conteúdo da decisão do ministro Edson Fachin, nunca participou de corrupção e nunca aceitou participar de qualquer movimento de "grupos fora da lei". "Estarei à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários de maneira a eliminar qualquer dúvida sobre a nossa conduta", declarou.

A senadora Kátia Abreu (PMDB) possui uma conta no Twitter cheia de polêmicas. Desta vez, a ex-ministra tentou atingir o novo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). “O prefeito de SP se fantasia de pedreiro, gari e ciclista. Alguém poderia dar um toque e dizer que é ridículo? Mas, ainda falta a de palhaço”, disparou.

Nesta terça, ela também tuitou uma matéria no qual o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que construir presídios não seria a solução para a crise carcerária. “E, muito menos, indenização para morte de assassinos, traficantes e estupradores. Não tem que aceite uma coisa dessas. As chacinas que ocorreram são inaceitáveis. Irresponsabilidade total dos gestores. Precisam ser punidos com rigor. Mas, com indenização discordo”, escreveu.

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Abreu ainda disse que o Brasil precisa de uma política “séria” de segurança internacional nas fronteiras com países da América Latina. “Temos que militarizar as fronteiras. Afinal, temos Exército para que? Para nos proteger. Eles sabem fazer e precisam ser convocados. A política externa precisa atuar. Vou levar o assunto para a Comissão de Relações Exteriores do Senado. Temos que unir forças”. 

O senador Magno Malta (PR) também se pronunciou sobre o pagamento de indenização às famílias dos mortos durante as chacinas ocorridas nos presídios. “Outra coisa que revolta a sociedade brasileira é que os presos que morreram, que estupraram, que assaltaram banco, que incendiaram ônibus, agora, as famílias serão indenizadas.  E a família daqueles que eles mataram? Que eles roubaram e incendiaram? Esses não são indenizados. Então, é essa lógica de Direitos Humanos que ninguém consegue entender e nem engolir”, indagou. 

À frente da relatoria da comissão que fará um pente-fino nos chamados supersalários nos Três Poderes, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) sustenta que é preciso enfrentar o corporativismo das entidades representativas do Judiciário, que alegam ser alvo de retaliação. "Receber o salário indevido também é corrupção", afirmou a senadora em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

Ela disse que não pretende "fulanizar" o tema para que não ocorra uma "guerra entre os poderes", mas defendeu o desmanche de permissões feitas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que garantem o pagamento de aumentos salariais em cascata a magistrados toda vez que há reajuste dos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

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Na avaliação da senadora, os benefícios como auxílio-moradia e auxílio-creche deveriam estar dentro do teto, atualmente em R$ 33.763 por mês. Ela, porém, considera "totalmente diferente" a cota parlamentar com a qual deputados e senadores custeiam suas moradias.

Amiga da presidente cassada Dilma Rousseff, Kátia Abreu afirmou que mantém apenas uma relação institucional com o presidente Michel Temer, seu correligionário.

A extinção dos supersalários tem respaldo no Congresso?

Tenho certeza que no Senado vamos aprovar as propostas. Acho que a sociedade não aceita mais. A democracia corporativa não interessa mais a ninguém. Presidentes de entidades dizem que isso é uma perseguição ao Judiciário, que tem atuado no combate à corrupção. Receber o salário indevido também é corrupção. Corrupção não é só fazer superfaturamento, pegar propina de empresa, não é só mensalão ou petrolão, tem várias formas, inclusive receber salário indevido.

Os levantamentos dos supersalários estão sendo analisados caso a caso?

Pouco importa neste momento quanto o juiz, o procurador ou servidor está ganhando. A partir de agora acabou a brincadeira. Se eu for começar a fulanizar, vira uma guerra entre os poderes. Quero apenas mostrar os números gerais e volume da economia (com o fim dos supersalários).

Então, qual é objetivo da comissão?

É a regulamentação. Por exemplo, no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) tem uma medida que permite o efeito cascata. A ministra Cármen (Lúcia, presidente do STF) disse que tomaria as providências no CNJ para desmanchar a portaria. Outra hipótese mais ampla é uma PEC da (senadora) Gleisi Hoffmann (PT-PR), que vai sanear toda a cascata indevida. O segundo ponto é regulamentação do que é o teto. Nós queremos regulamentar o óbvio que já está escrito na Constituição. O projeto deve ir a plenário no Senado no máximo até 7 de dezembro.

Como fica a questão da incorporação dos benefícios?

É preciso regulamentação do que é salário e o que é verba indenizatória, como o auxílio- moradia, creche, alimentação, transporte, mudanças. A Constituição já diz que tudo isso deve entrar no teto.

Nesse ponto também será considerado a cota parlamentar?

É totalmente diferente. O auxílio-moradia deles (dos magistrados) vem incorporado na folha do juiz que mora na mesma cidade há 30 anos, independente se usa ou não o auxílio.

Mas isso também não ocorre com os parlamentares que acumulam mais de um mandato?

O problema é que nós não moramos em Brasília. Trabalhamos em Brasília. No Congresso, ou você pega um apartamento ou apresenta um recibo do aluguel. Isso não é salário, não entra no teto. O que eles querem é receber R$ 33 mil e mais auxílios na conta.

A comissão também vai regulamentar as gratificações pagas a conselheiros das estatais?

As estatais estão fora do teto. Mas não existe uma resolução para o jeton (gratificação paga pela participação em reuniões de órgãos colegiados de deliberação, das três esferas: federal, estadual e municipal). É um problema que vamos ter de discutir. Vamos conversar com o pessoal do jurídico, analisar a Constituição e debater. Avaliar essa questão foi uma pedido e uma recomendação da ministra Cármen Lúcia.

A relatoria da comissão é um gesto de reaproximação com a cúpula do PMDB e o presidente Michel Temer?

A relatoria foi eu que pedi. Eu me sinto bem dentro do PMDB, mas tenho um processo na comissão de ética do partido. Não vou fazer nenhum lobby para não me expulsarem nem o contrário. Com o Temer, conversei uma única vez por causa da comissão. Da minha parte, tenho meus sentimentos com relação ao impeachment e vou morrer com essa avaliação. Minha relação com Temer é institucional.

Apesar da resistência de entidades do meio jurídico, a cúpula do Poder Judiciário deu aval nessa quarta-feira (16) à comissão que vai levantar os supersalários dos servidores da Justiça e magistrados. Segundo a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), relatora da comissão que vai analisar os salários que não respeitam o teto constitucional - atualmente de R$ 33.763,00 -, será feita uma "força-tarefa para o bem do País" que tem como objetivo corrigir distorções.

Kátia se reuniu nessa quarta-feira por cerca de duas horas com os presidentes dos tribunais superiores, um dia depois de alguns presidentes de tribunais afirmarem que a ofensiva capitaneada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é uma retaliação ao Judiciário.

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O tema é considerado mais delicado nas esferas estaduais da Justiça, onde os tribunais incrementam o contracheque com abonos, gratificações e auxílios, como o auxílio-moradia.

Um dos principais pontos discutidos na reunião foi uma decisão liminar, de janeiro de 2015, de um conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que determinou que os tribunais de Justiça reajustassem automaticamente os salários de juízes estaduais, sem necessidade de encaminhar projetos de lei às assembleias legislativas. A decisão liminar continua em vigor.

"Nós precisamos que o CNJ defina sobre essa liminar que autorizou essa cascata sem lei. Se os desembargadores querem aumentar seus salários, eles que aprovem em lei e não em cascata", disse a senadora. Segundo Kátia, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, acredita que isso "será prontamente resolvido".

O STF fará um levantamento sobre a jurisprudência em torno do tema, com a possibilidade de editar uma súmula vinculante, que obriga os demais órgãos do Poder Judiciário a seguir o entendimento firmado na Corte, informou a senadora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) afirmou, nesta segunda-feira (14), que não pretende fazer uma “busca às bruxas”, mas corrigir o que for preciso nas folhas de pagamentos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A peemedebista é relatora da comissão especial do Senado formada para investigar o pagamento de salários acima do teto permitido pela Constituição a servidores públicos, os chamados "supersalários". 

Abreu garantiu que não pretende “desmoralizar” os poderes com seu diagnóstico. “Sou relatora da comissão que regulamentará a proibição dos supersalários em todos os poderes. Trabalharei com racionalidade e pragmatismo. Não farei busca às bruxas e não concordo em desmoralizar os poderes. São pilares importantes da democracia. Há distorções? Sim. Vamos corrigir”, ponderou, em publicação no seu perfil do Twitter. 

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Instalado na última quinta-feira (10), o colegiado tem gerado polêmicas entre parlamentares, magistrados e servidores públicos. A comissão especial tem o prazo de 20 dias para fazer uma análise nas folhas de pagamentos. O atual teto constitucional é no valor de R$33.763,00, subsídio recebido por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Ao responder os primeiros questionamentos no Senado Federal, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta segunda-feira (29), que não tem um “apreço egoísta” pelo mandato e ressaltou, mais uma vez, que se não houver provas de crime de responsabilidade o impeachment “é golpe sim”. As declarações da petista foram em resposta a senadora Ana Amélia (PP-RS) que pontuou a presença de Dilma no Senado como um reconhecimento da legitimidade do processo de impeachment. 

“Sua presença aqui legitima o julgamento e derruba a narrativa em fazer referência a golpe. O verdadeiro golpe foi a milhões de brasileiros que ficaram desempregados ou sem o Fies e o Prouni”, salientou a progressista. “Não estamos julgando a sua biografia, seu passado, que eu respeito, mas as ações do seu governo. Que tem direta ou indiretamente suas digitais. O crime de responsabilidade detalhado não deixa margem a duvida”, acrescentou a senadora, dizendo que a responsabilidade sobre a política econômica da gestão era a presidente.

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Em contrapartida, Dilma disse que a responsabilidade dela com a economia do país foi concedida pelos 54 milhões de votos que recebeu. “Compareço ao Senado porque é um espaço democrático que tem que ser preservado e só tem uma forma, de se defender quando se trata de golpe parlamentar: abrir o diálogo, acreditar na discussão e sistematicamente lutar neste espaço político”, cravou, retomando o exemplo de que a democracia seria uma árvore e o país estava diante de um golpe de estado parlamentar e não militar, como em 1964. 

A presidente também pontuou não questionar o rito, mas a justeza do impeachment. “Não basta um rito correto, mas um conteúdo justo. Aqueles que não gostam que o nome seja golpe querem encobrir um fato. O que se esta fazendo é encobrindo uma tentativa de tirar um governo que chegou pelas urnas por um governo que não teve voto e está implantando um programa que não foi eleito. Este processo se constitui em uma eleição indireta, saibam que não tenho um apreço egoísta pelo meu mandato”, argumentou, deixando claro que seu maior desejo é que “a democracia saia ilesa deste processo”.

Antes de Ana Amélia, a primeira senadora a interpelar a presidente foi a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB). Apesar de peemdebista, a parlamentar é aliada da petista e durante os cinco minutos de fala não formulou diretamente perguntas, mas apresentou um balanço do que executou durante a gestão de Dilma na pasta de Agricultura. 

“A senhora é a presidente que mais atenção deu ao agronegócio brasileiro, uma atenção que se traduziu em muitas ações. O Plano Safra antes do seu governo era elaborado pelo ministério da Fazenda e o da Agricultura era um simples coadjuvante. A senhora elevou o ministério da Agricultura para o primeiro escalão do ministério, agindo diretamente no Plano Safra... Hoje chamam as subvenções cinicamente de pedaladas. O Plano Safra e suas subvenções foram criados pelo presidente [Fernando] Collor e só agora virou crime?”, indagou ironizando. Sem perguntas diretas, a ex-ministra pediu para que Dilma discorresse sobre a possibilidade de ser vítima de uma “injustiça”.

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) afirmou há pouco que acredita que a presidente Dilma Rousseff pode reverter seu afastamento e se livrar da cassação. Nas contas da senadora, que trabalha para tentar convencer colegas a favor da petista, há uma margem de 28 a 32 votos que Dilma pode obter a seu favor. "Se conseguirmos 28 chegaremos a 32", disse.

A senadora confidenciou que há parlamentares que nos bastidores admitem que não há crime de responsabilidade por parte de Dilma, mas que mesmo assim estão inclinados a aprovar a cassação. "Eu tenho dito que eles ainda têm tempo para mudar o voto", afirmou.

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Segundo Kátia Abreu, ela tem falado com Dilma "durante a manhã, tarde e noite". "Ela está serena e tranquila", disse. A senadora pretendia jantar hoje à noite com Dilma, mas afirmou que não será possível por conta da continuidade do julgamento do impeachment que deve terminar por volta das 22 horas.

Ao comentar sobre a expectativa em torno do depoimento que Dilma fará na segunda-feira, a senadora afirmou que o senador Jorge Viana está coordenando com os demais parlamentares a diretriz dos questionamentos que serão feitos a petista. "Vamos buscar uma alternância nas perguntas, para ter um equilíbrio, algo como três dele (oposição a Dilma) e um nosso", afirmou.

Katia disse ainda que não há como fazer acordos para que os parlamentares evitem ataques a petista. "Eu espero que não venham com tratamento indigno", disse. Segundo a senadora, Dilma fará um discurso forte e se dirigindo também à nação. "Mas não será uma prestação de contas não te entregando o jogo", afirmou. "Estou com um bom pressentimento."

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) pretende jantar com a presidente afastada Dilma Rousseff neste sábado no Palácio do Alvorada, após a sessão do terceiro dia de julgamento do impeachment da petista no Plenário do Senado. "Depende do andamento aqui. Está combinado, precisamos discutir a vinda da presidente na próxima segunda-feira", afirmou.

Segundo a senadora, que é aliada e amiga pessoal de Dilma, "tudo tem que ser combinado" e é preciso discutir a ordem das perguntas e também o tratamento que será dado a presidente afastada, que virá acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de uma comitiva de cerca de 35 pessoas. A lista é composta principalmente por ex-ministros do governo da petista, como Jaques Wagner, Aloizio Mercadante, Ricardo Berzoini, Miguel Rossetto, Patrus Ananias, Aldo Rebelo, Izabela Teixeira e Eleonora Menicucci.

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Na sessão de ontem, a senadora disse que a estratégia dos acusadores da presidente afastada no processo de impeachment é apresentá-la como "maluca e irresponsável". "A presidente é acusada de falta de responsabilidade fiscal, mas o que praticamos é a farsa fiscal", afirmou. A senadora disse que foi o governo do presidente em exercício, Michel Temer, que conseguiu aprovar um déficit de R$ 170 bilhões, e não Dilma, que havia proposto um déficit de R$ 96 bilhões.

Acerto A articulação em torno do tratamento que será dado a Dilma também foi tema de encontro entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e senadores petistas ontem à noite e deve ser pauta de um encontro com líderes ainda hoje.

Ontem, após a confusão durante o julgamento do impeachment, Renan recebeu em sua residência oficial os petistas Jorge Viana (PT-AC) e Lindbergh Farias (PT-RJ). Na conversa, os petistas fizeram um apelo para que o peemedebista pedisse aos parlamentares para que haja uma postura de respeito em relação à presidente Dilma na segunda-feira.

"A vinda dela vai ter um peso muito grande. Se passarmos do ponto, vamos nos transformar na Câmara do dia 17 de abril", disse Lindbergh, em referência ao dia da votação do impeachment na outra Casa. Lindbergh afirmou ainda que foi "organizar o jogo" com o presidente da Casa.

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) disse nesta sexta-feira, 26, que a estratégia dos acusadores da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment é apresentá-la como "maluca e irresponsável". "A presidente é acusada de falta de responsabilidade fiscal, mas o que praticamos é a farsa fiscal", afirmou, durante o processo de julgamento de Dilma no Senado.

A senadora disse que foi o governo do presidente em exercício, Michel Temer, que conseguiu aprovar um déficit de R$ 170 bilhões, e não Dilma, que havia proposto um déficit de R$ 96 bilhões. "Até agora, tivemos um déficit de R$ 23,8 bilhões no primeiro semestre", disse, em referência ao déficit do setor público consolidado divulgado pelo Banco Central (BC).

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"Eles aprovaram um déficit de R$ 170 bilhões. Isso faz parte da estratégia do impeachment para colocá-la como maluca e irresponsável", acrescentou. Ela ressaltou que, no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, o déficit é de R$ 151 bilhões, também conforme o BC. "Isso porque a presidente pagou todo o passivo, que neste ano não se repetirá."

A senadora lamentou a ausência de senadores da base do governo Temer no plenário do Senado no julgamento do impeachment. Eles deixaram o plenário e não ouvem o depoimento do economista Luiz Gonzaga Belluzzo.

O economista disse que a presidente afastada fez "despedaladas", o que ele considerou um erro de política econômica. "Eu disse que ia dar o resultado que deu. Falei que o PIB iria cair 2,5%, mas errei, caiu 3,8% no ano passado", afirmou.

Para Belluzzo, não houve operação de crédito entre o Tesouro e o Banco do Brasil no que diz respeito ao Plano Safra, mas sim subsídio. "Não há operação de crédito entre governo e banco público. Isso é operação orçamentária e fiscal, não operação de crédito", afirmou. "É subsídio, está no orçamento e é feito há muitos anos. Isso é assim em todas as partes do mundo", acrescentou o economista.

Segundo ele, os conflitos do Brasil com o exterior se dão em razão da política europeia e americana. "Nós sempre somos prejudicados porque o conjunto de subsídios é inferior ao que eles têm. Não se trata de uma operação de crédito."

O economista disse esperar que, assim que o projeto que limita o crescimento dos gastos da União à inflação do ano anterior seja aprovado no Congresso, o Banco Central decida reduzir a taxa básica de juros. Belluzzo disse que a recessão econômica não foi causada pelas políticas do governo Dilma, mas pelas medidas adotadas após a reeleição da presidente.

"Naquele momento, houve um bombardeio na economia brasileira, e não era verdade. O desastre veio depois de implantado aquilo que os críticos consideravam verdadeiro e conveniente", afirmou. "A queda das receitas em 2015 foi violentíssima, impressionante."

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