Machado de Assis, o Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) foi um jornalista, contista, cronista, romancista e poeta nascido no Rio de Janeiro no dia 21 de junho de 1839. O escritor ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia Brasileira de Letras, que passou a ser conhecida também como Casa de Machado de Assis.
Filho do pintor e dourador Francisco José de Assis e da açoriana Maria Leopoldina Machado de Assis, perdeu sua mãe muito cedo. Foi criado no Morro do Livramento, cresceu sem recursos financeiros para obter a educação formal, porém estudou como pode.
##RECOMENDA##Seu primeiro trabalho literário foi publicado com 15 anos de idade, conhecido como “À Ilma, Sra. D.P.J.A”, no Periódico dos Pobres, número datado de 3 de outubro de 1854. No ano de 1856, entrou para a Imprensa Nacional como aprendiz de tipógrafo, e lá conheceu Manuel Antônio de Almeida, que se tornou seu protetor.
Seu primeiro livro publicado foi a tradução de "Queda que as mulheres têm para os tolos" (1861), impresso na tipografia de Paula Brito. No ano de 1862, tornou-se censor teatral, cargo não remunerado, porém lhe fornecia livre ingresso nos teatros da cidade.
A obra de Machado de Assis continua inspirando novos talentos no ramo da literatura e da poesia, com diversas publicações ganhando adaptações para os mais diversos veículos. Na matéria de hoje, conheça cinco livros para se iniciar na vasta obra do autor.
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)
Após ter morrido, em 1869, Brás Cubas decide narrar sua história e revisitar os fatos mais importantes de sua vida, a fim de se distrair da eternidade. A partir de então, ele relembra de amigos como Quincas Borba, de sua displicente formação acadêmica em Portugal, dos amores de sua vida e ainda do privilégio que teve de nunca ter precisado trabalhar em sua vida.
O Alienista (1882)
A obra gira em torno da história de Simão Bacamarte, médico respeitado que viajou pela Europa e pelo Brasil. Quando criou um consultório na cidade brasileira de Itaguaí, resolveu se casar com uma viúva: Dona Evarista. A relação não era baseada no amor, e sim na possibilidade de ter filhos.
O Espelho (1882)
“O espelho”, subintitulado ironicamente de “Esboço de uma nova teoria da alma humana”, é um pretenso conto filosófico que discute o processo de formação da identidade de cada indivíduo e a relação entre subjetividade e vida social, demonstrando como o olhar dos outros interfere na imagem que fazemos de nós mesmos.
Quincas Borba (1891)
Publicado em 1891, o romance conta a vida de Rubião, um pacato professor que se torna rico da noite para o dia ao receber uma herança deixada pelo filósofo Quincas Borba, criador de uma filosofia chamada Humanitismo
Esaú e Jacó (1904)
Esaú e Jacó é o penúltimo livro do escritor Machado de Assis. Publicado em 1904, quatro anos antes da morte do autor, conta a história de dois irmãos gêmeos que brigavam desde o ventre da mãe.
O romance se passa em um período de transformação na política do Brasil, a transição do Império para a República. O cenário político do país é, mais tarde, um dos motivos das brigas dos irmãos. Chamados Pedro e Paulo, os gêmeos discordam de tudo. Já adultos seguem profissões diferentes e apoiam sistemas políticos diferentes. Para completar, ambos se apaixonam pela mesma mulher, Flora, o que acentua a disputa dos dois irmãos.