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Após a baleia azul e a boneca momo, um novo ataque na internet alerta os pais e as autoridades, que já monitoram contas no Facebook em busca do 'homem pateta'. Em conversas privadas, a imagem humanizada do personagem da Disney ameaça e tenta induzir as crianças ao suicídio.

A Polícia Federal (PF) explica que os menores estão mais vulneráveis no cenário atual por passar mais tempo conectadas devido a suspensão das aulas presenciais. O perfil falso identifica-se como Jonatan Galindo e envia vídeos, textos, áudios e até realiza chamadas de vídeo para propor desafios. Ele ensina técnicas de mutilação e suicídio, e ameaça as vítimas para que a conversa seja excluída.

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A primeira conta do homem pateta surgiu no México, em 2017, e diversos perfis já foram criados com esse nome, no entanto, ainda não houve vítimas no Brasil, informa a PF. A repercussão fez com que, em dezembro 2019, a Câmara dos Deputados aprovasse a Lei 13.968, que aumentou as penas para quem estimular automutilação e incitar o suicídio de menores.

"Uma criança sozinha no meio da rua de madrugada é vulnerável e está sujeita a todo e qualquer risco. Na internet é a mesma situação", reforça a PF em comunicado. Para evitar que o homem pateta faça vítimas no Brasil, a polícia propôs uma série de dicas de segurança. Acompanhe:

- Vínculo de amizade e confiança com os filhos: Gaste pelo menos dez minutos com seu filho para saber como foi o dia dele com perguntas do gênero: Como foi o seu dia hoje? Conheceu novas amizades? Notou alguma coisa ou alguém estranho próximo de você? Ficou chateado com alguém? Alguém postou algo esquisito ou estranho em seu perfil do Facebook? Tais perguntas vão proporcionar cumplicidade e um hábito extremamente saudável entre pais e filhos. Ao menor perigo, a criança vai procurar os pais;

- Conhecimento sobre internet e redes sociais: Não precisam ser usuários assíduos ou experts das redes sociais, mas sim conhecê-las e entender como funciona. Crie uma conta para conhecer os mecanismos e instruir seus filhos;

- Supervisão do acesso: Proibir muitas vezes não educa e nem previne. O melhor caminho é o diálogo e a orientação. Quando o diálogo entre pais e filhos é natural, a amizade entre eles no meio digital se torna uma extensão da relação doméstica. Entre regularmente no perfil do seu filho para ver o que ele tem postado e com quem tem iniciado amizades. A senha deve ser acionada apenas se houver indícios sérios de que algo está errado e com consentimento do jovem;

- Conscientização para proteger dos perigos: Não colocar informação pessoais em demasia tais como: números de documentos, endereço residencial ou da escola, nome dos pais, foto da frente de casa, foto do carro com a placa exposta, da fachada do colégio, fotos com rol de amigos e jamais adicionar quem não se conhece;

- O computador em um local visível da casa: A máquina deve ficar em um cômodo exposto para que em qualquer momento possa ser visualizado o que a criança está acessando;

- Proíba muito tempo de exposição na internet: Alguns adolescentes ultrapassam a linha da normalidade rumo à compulsão. Neste caso ofereça alternativas ao seu filho, como passar tempo juntos em cinemas, corridas, teatros, restaurantes, shoppings, parques, praias e etc;

- Não postar fotos em excesso: Evite expor suas fotos íntimas ou com pessoas, carros com placas expostas, casas, escolas;

- Jamais inclua desconhecidos aos contatos: Cabe aos pais alertar sobre a presença de perfis falsos, pedófilos e grupos com conteúdo inadequado nas redes sociais. Mantenha apenas na lista de contatos pessoas que conhece fora do ambiente virtual;

- A privacidade e a intimidade devem ser preservadas: Nunca confie cegamente em namorados, amigos, parentes, vizinhos, e colegas de trabalho repassando, compartilhando, filmando ou cedendo para eles registros íntimos de fotos ou vídeos feitos em aparelhos celulares ou qualquer outro mecanismo de gravação.

Foto: Divulgação/Polícia Federal

O cardeal George Pell estava a par dos abusos sexuais contra menores de idade na Igreja australiana desde os anos 1970, mas não fez nada para afastar os padres envolvidos - afirma uma investigação publicada nesta quinta-feira (7).

Pell, que foi tesoureiro do Vaticano, foi acusado de abusos sexuais contra menores e passou mais de um ano detido. No mês passado, foi absolvido de todas as acusações pela Alta Corte australiana e liberado da prisão.

O relatório da Royal Commission - comissão de investigação pública que ouviu milhares de testemunhas - foi concluído em 2017, mas havia muitas partes censuradas para não influenciar os julgamentos em curso e que agora foram publicadas.

A comissão determinou que, em 1973, quando era padre na diocese rural de Ballarat, estado de Victoria, Pell já sabia que Gerald Ridsdale, um padre católico agora detido, levava meninos para passeios noturnos no campo.

"Naquele momento, já tinha conhecimento de abuso sexual contra menores", afirma o relatório.

"Também estamos convencidos de que, em 1973, o cardeal Pell não apenas estava ciente dos abusos sexuais a crianças por parte do clero, como também considerou medidas para evitar situações que provocassem rumores sobre o tema", completa o documento.

Os investigadores afirmam que "é provável que soubesse das transgressões sexuais Ridsdale" em 1977, quando Pell participou em uma reunião que debateu a transferência do padre para outra paróquia.

Pell, que em 1973 morou com Ridsdale e o apoiou em seu primeiro julgamento em 1993, afirma que não lembra de acusações contra ele quando estava em Ballarat.

Em um comunicado, o cardeal declara que está "surpreso com algumas opiniões da Royal Commission", que segundo ele "não são baseadas em provas".

A comissão também determinou que Pell deveria ter tentado expulsar outro padre, Peter Searson, depois de receber uma lista de reclamações de uma delegação de professores em 1989, quando Pell era vice-arcebispo de Melbourne.

Searson foi objeto de várias queixas entre os anos 1970 e 1990, incluindo sobre abusos sexuais de meninos e por seu comportamento "desagradável, agressivo e violento", de acordo com a comissão.

Pell admitiu que sua investigação poderia ter sido "um pouco mais agressiva" para recomendar medidas ao arcebispo, mas a comissão considera que ele deveria ter atuado contra Searson em 1989. Veio a fazer isso somente em 1997.

Em seu comunicado desta quinta-feira, Pell alega que a delegação de professores "não mencionou agressões sexuais, nem pediu a saída de Searson".

Searson se declarou culpado em 1997 de agredir fisicamente um menino, mas nunca foi acusado por abusos sexuais. Morreu em 2009.

Em 2012, quando foi anunciada a investigação da Royal Commission, Pell, então arcebispo de Sydney, disse que os abusos na Igreja Católica eram "exagerados".

A investigação ouviu mais de 4.000 supostas vítimas de abusos sexuais em instituições religiosas e concluiu que, em algumas dioceses, mais de 15% dos padres eram agressores.

Pell, de 78, passou mais de um ano na prisão após a condenação em dezembro de 2018 por abusos sexuais de dois coroinhas na década de 1990, quando era arcebispo de Melbourne.

Ele sempre negou as acusações e foi absolvido pelo Alto Tribunal australiano, após um segundo processo de apelação.

Um menino, de 10 anos, morador de Jaboatão dos Guararapes, e uma adolescente, de 16, residente do Recife, são os primeiros casos confirmados do novo coronavírus envolvendo menores em Pernambuco. Ambos têm histórico de viagem para os Estados Unidos, confirmou a Secretaria de Saúde do Estado (SES). Nessa segunda-feira (16), o primeiro caso no interior de Pernambuco também foi registrado.

Desde o dia 25 de fevereiro, já foram notificados nove suspeitos com faixa etária entre 11 e 20 anos. Contudo, os dois jovens são os primeiros pacientes infectados pelo Covid-19. Vale destacar que toda rede de ensino já foi suspensa para evitar a proliferação em escolas e universidades.

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Fora da RMR- Após uma viagem à Itália, a contaminação de um morador do município de Belo Jardim, no Agreste, aponta o primeiro registro no Interior de Pernambuco. Segundo a SES, o paciente tem 57 anos.

Ao todo, 18 casos já foram confirmados, em sua maioria no Grande Recife. Quatro são de pessoas que tiveram contato com confirmados, o que configura transmissão local da patologia. "A cada dia novas avaliações são feitas. Passamos de 8 para 18 casos confirmados. Desses 10 novos casos três foram com transmissão local", afirmou Paulo Câmara em coletiva realizada nessa segunda-feira (16).

Uma ação em conjunto das polícias Civil e Militar evitou uma tragédia no interior de São Paulo. Na última quarta-feira (11), os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão nas casas de três adolescentes suspeitos de tramar um plano para atacar uma escola pública de Avaré (265 km da capital). Durante as buscas, foram apreendidas armas brancas, um revólver com silenciador e aparelhos celulares.

A investigação recaiu sobre os acusados por meio do Gabinete Integrado de Segurança e Proteção Escolar (Gispec). O órgão criado em julho de 2019 denunciou os menores após a identificação de publicações realizadas nas redes sociais. Nas postagens, os suspeitos ameaçavam estudantes e profissionais da educação.

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Durante o trabalho das equipes policiais, foram apreendidos um revólver calibre 22 com silenciador, dois simulacros de pistola, munições, além de dois canivetes, uma faca e 15 lâminas de bisturi. Nos celulares recolhidos havia conteúdo alusivo a outros ataques praticados em ambientes escolares. Ainda na ação, o pai de um dos menores foi preso por posse irregular de arma de fogo.

Os menores foram encaminhados para a Vara da Infância e Juventude com o pedido para apreensão junto ao Conselho Tutelar.

Após os ataques de grupos bolsonaristas à detenta Suzy Oliveira e ao médico Dráuzio Varella, foi divulgada uma foto do senador Flávio Bolsonaro (sem partido) ao lado de um coronel preso em flagrante por estuprar uma menina de dois anos. Ele é acusado de manter um imóvel para abusar sexualmente de menores.

Na foto feita durante as eleições de 2018, Flávio sorri ao lado do coronel da Polícia Militar Pedro Chavarry Duarte. O comandante foi preso em 2016, com 65 anos, após estuprar uma garota de dois anos, que foi encontrada sem roupas, no banco de trás do seu carro. O Ministério Público do Rio de Janeiro destaca que os crimes eram recorrentes.

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O coronel Chavarry e mais 10 homens são investigados por manter um imóvel na Zona Norte, utilizado para estuprar crianças. Conforme informações da Revista Fórum, a Polícia Militar aponta que uma criança e um adolescente eram vendados e tinham as bocas tapadas com fitas para não levantar suspeitas sobre os crimes.

A reportagem exibida no último domingo (1º) comoveu o Brasil e rendeu elogios ao médico. A matéria retratava a solidão vivida pela trans atrás das grades, que relatou não receber visitas há oito anos. A divulgação da suposta sentença de Suzy aponta que ela estuprou e asfixiou um garoto de nove anos em 2010.

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A confusão referente à paternidade de uma adolescente russa ganhou um novo capítulo. Após apontar que o pai do seu bebê seria um amigo, de apenas 10 anos, a família da jovem Darya, de 13, denunciou outro adolescente. Ele foi posto em prisão domiciliar na Rússia.

Alegando que tinha mantido relação sexual apenas com o pequeno, a história da gestação de Darya ganhou repercussão internacional e os menores chegaram a participar de um programa televisivo, no qual especialistas afirmaram que o Ivan não tinha maturidade sexual para procriar. Ainda assim, as famílias estavam convencidas da paternidade.

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Segundo o jornal Komsomolskaya Pravda, a família da garota acabou descobrindo um envolvimento com outro jovem, de 15 anos, e o denunciou às autoridades. Na Sibéria, a idade legal para fazer sexo é 16 anos, por isso, ele está mantido em prisão domiciliar.

Um médico foi acusado de abusar sexualmente de pelo menos 109 pacientes menores, informou a promotoria de Wels, na Áustria, nesta segunda-feira (10). As autoridades determinaram que o homem de 57 anos, cuja identidade não foi revelada, seja levado a julgamento. Um relatório inicial revela que ele sofre de um grave distúrbio mental.

Segundo a investigação, o médico disse a suas vítimas, todos meninos e cerca de 40 deles com menos de 14 anos, que essas práticas faziam parte do tratamento, o que permitiu a ele manter os abusos desde 2000, sem ser denunciado. Em alguns casos, o homem teria fornecido maconha para um dos meninos e levado outro para sua casa de férias no lago Attersee.

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Em outra situação, ele levou uma criança de 12 anos para o Mar Vermelho, justificando a viagem como uma possibilidade de cura. A primeira acusação foi registrada em janeiro deste ano quando a mãe de um menino de 15 anos o denunciou.

Da Ansa

Pelo menos 175 menores de idade foram vítimas de abusos sexuais cometidos por membros dos Legionários de Cristo entre 1941 e 2019, 60 deles por seu fundador Marcial Maciel, de acordo com um relatório interno da poderosa congregação católica divulgado nessa sábado (21).

Os abusos foram cometidos por 33 religiosos, sacerdotes ou diáconos, de acordo com o relatório elaborado pela "Comissão de casos de abuso infantil do passado e atenção às pessoas envolvidas" e que abrange desde a fundação da congregação, em 1941, até 16 de dezembro deste ano.

"A maioria das vítimas eram crianças adolescentes com entre 11 e 16 anos", detalha o relatório divulgado no site zeroabusos.org. O relatório foi publicado depois que o papa Francisco eliminou o segredo pontifício para as denúncias de abuso sexual, um pedido das vítimas que garantirá maior transparência diante de uma realidade escandalosa que desacreditou a Igreja Católica.

A congregação, fundada em 1941 pelo mexicano Maciel (1920-2008), argumenta que avançou junto a 45 das vítimas num processo de "reparação e reconciliação", embora reconheça a necessidade de facilitar esse processo para outras.

O relatório indica que dos 33 padres que cometeram abusos, sem considerar Maciel, 18 ainda fazem parte da congregação, mas estão afastados de obras públicas ou que envolvam contato com menores.

Dos 33 padres que cometeram abusos, 14 foram vítimas na Congregação, o que evidencia a existência de "cadeias de abuso" onde "a vítima de um legionário, com o passar dos anos, se tornou agressor".

"Nesse sentido, é emblemático que 111 dos menores abusados na Congregação tenham sido vítimas de Maciel, de uma de suas vítimas ou de uma de suas vítimas", afirmou.

A comissão, criada em 20 de junho pelo superior geral dos Legionários de Cristo, padre Eduardo Robles-Gil, afirmou que "não acredita que seu estudo tenha sido capaz de descobrir todos os casos", uma vez que ocorrem no ocultismo.

Por dia, ao menos 233 crianças e adolescentes são agredidos, sofrem violência psicológica ou são vítimas de tortura no País. Mas esses dados se referem apenas aos casos notificados, de modo que o número de pessoas de 0 a 19 anos que são alvo de violência pode ser muito maior. A avaliação é da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que pela primeira vez fez um levantamento sobre o tema a fim de alertar a sociedade e iniciar uma campanha de orientação para os pediatras.

O relatório tem como base dados coletados pelo Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, de 2009 a 2017, último ano com informações disponíveis e que contabilizou 85.293 registros. Em todo o período, foram 471.178 notificações.

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"Precisamos ter mais conceitos desse conjunto e ir além dos números. A violência é uma doença crônica, epidêmica e contagiosa. Ela tem uma história, tem exames que comprovam, tem tratamento, tem orientação a se fazer. É uma condição que tem de ser tratada de forma multiprofissional. Outra característica é que ela acontece em todas as classes sociais e não tem relação com escolaridade", explica Marco Antônio Chaves Gama, presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da SBP.

Segundo ele, a maioria dos casos ocorre em casa e é praticada pelos pais. "O nível de repetição é de 40%. A família da criança que é agredida tem de ser muito bem avaliada por multiprofissionais que tiveram treinamento sobre isso. Baseado nesse diagnóstico, é possível determinar se a família tem condição de se recuperar ou se a criança precisa ser abrigada."

Presidente da sociedade, Luciana Rodrigues Silva afirma que, apesar da possível subnotificação, o número de casos tem crescido ano a ano. "Não só porque (as ocorrências) têm aumentado, mas porque as denúncias vêm crescendo. Há uma preocupação muito grande, porque temos, de forma incansável, de proteger cada criança e adolescente", analisa.

A partir de janeiro, a SBP vai iniciar uma campanha com os pediatras para ajudá-los a reconhecer sinais de violência física e psicológica, além de orientações para notificação dos casos.

"É preciso que a população saiba que o pediatra cuida desde antes do nascimento até os 19 anos. O Brasil está aquém dessas questões de acompanhamento psicológico e familiar. Os pais devem ser orientados desde a primeira infância e é preciso que os gestores se voltem para essa questão. Vamos fazer a campanha com os profissionais e ampliar o levantamento. Precisamos aumentar a nossa percepção de que os problemas existem e não podemos nos omitir", explica.

A entidade também quer evitar os casos de óbito por agressão. Um recorte de 2009 a 2014 feito pela SBP mostrou que ocorreram 35.855 encaminhamentos para hospitalização e 3.296 mortes no período. De acordo com a entidade, um grupo de trabalho formado por membros da SBP, do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos tem se reunido para desenvolver estratégias que possam reverter essa situação.

Informações

Juíza na Vara de Violência Doméstica e Familiar Leste 2, Tatiane Moreira Lima diz que muitas famílias ainda usam a agressão como forma de educar e que os pais precisam receber informações sobre métodos para solucionar conflitos. "Embora tenha leis proibindo, percebo que mães e pais que agridem passam a imagem de que é normal, que batem porque amam e querem corrigir. E isso é perpetuado nas famílias. Os pais precisam aprender a educar e interagir com essas crianças de forma que não seja por castigos físicos."

De acordo com a juíza, as vítimas são, principalmente, do sexo feminino. "A mulher apanha ao longo de toda a sua vida. Dos pais, quando é criança. Dos parceiros, quando é adulta, e dos filhos, quando é idosa."

Os dados levantados pela SBP realmente mostram as meninas como principais vítimas. Em 2017, foram notificadas 53.101 agressões contra meninas e 32.169 contra garotos.

Cicatrizes

No ano passado, o analista Jefferson Vicentini Leon, de 43 anos, e o companheiro adotaram dois irmãos gêmeos vítimas de agressão do pai biológico. As marcas do trauma ainda são visíveis - um deles tem leves cicatrizes no rosto. "Eles estão começando a aprender o que é gostar, o que é uma família, o que são as obrigações e os valores que as pessoas têm, porque só conheceram a violência e o desprezo", diz sobre os filhos, que estão com 14 anos.

Por causa da rotina de agressões, a mãe dos jovens os abandonou em um abrigo quando eles tinham apenas 6 anos. Eles chegaram a ser adotados por uma família, mas foram devolvidos. Leon diz que também tem aprendido com os garotos.

"A convivência trouxe muito aprendizado de como ser humano, de como lidar com a dor e com o passado. A gente teve de se moldar para não trazer o sofrimento de volta e não omitir nada disso, porque é a história deles. Por mais que tenham sido momentos difíceis", diz.

Capacitação

O levantamento organizado pela sociedade aponta ainda que as agressões ocorrem mais entre jovens de 10 a 14 anos e de 15 a 19 anos. Ao todo, foram 66.976 notificações em 2017. Em 2009, primeiro ano do levantamento, as duas faixas contabilizaram 9.309 registros.

Uma das sócias-fundadoras e voluntária da ONG Ciranda para o Amanhã, Isabella Britto afirma que os menores de idade que são encaminhados para esses abrigos têm dificuldade para conseguir uma família e precisam de suporte para iniciar uma nova vida ao atingir a maioridade.

"Ao completar 18 anos, eles são obrigados a deixar o abrigo e têm necessidade de ter uma capacitação, porque são obrigados a tocar a vida sozinhos." Diante desse quadro, a entidade oferece, por exemplo, reforço escolar e capacitação para os adolescentes por meio do apadrinhamento das vítimas.

"Esse trabalho começou em dezembro de 2015 de uma maneira menos pretensiosa, com sacolinhas de Natal para trazer momentos de alegria e levando em bufês para colorir a realidade deles", explica. A violência causa impactos devastadores, segundo Isabella. "Em exames simples e indolores, elas têm terror, gritam."

Lei da Palmada

Em vigor desde 2014, a Lei Menino Bernardo, também chamada de Lei da Palmada, alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e estabeleceu que crianças e adolescentes têm direito a receber cuidados e educação sem uso de castigos físicos nem tratamento cruel ou degradante. O nome da lei se refere a Bernardo Boldrini, morto aos 11 anos por ingestão excessiva de medicamentos. O pai e a madrasta foram condenados pelo crime. A punição engloba encaminhamento para programas de proteção à família, tratamento psicológico, participação em cursos e advertência. Os responsáveis podem perder a guarda da criança.

"A sociedade enxerga essa lei, mas ainda há quem diga que ela veio para tirar a autoridade dos pais. As pessoas entendem que não podem bater nas crianças, mas algumas acham que é melhor dar um tapa no filho do que ele apanhar da polícia ou de outras pessoas no futuro", avalia Valdison Pereira, diretor jurídico da Associação Paulistana de Conselheiros e Ex-conselheiros Tutelares (APCT). Para Pereira, além do fortalecimento dos conselhos tutelares, delegacias especializadas deveriam ser criadas para atender esses casos. Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) informou que "as 133 Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) também atendem crianças e adolescentes". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um homem, de 54 anos, foi preso em flagrante por envolvimento com pornografia infantil. Na última sexta-feira (22), a Polícia Federal (PF) realizou buscas e, além de encontrar o conteúdo sexual, apreendeu duas armas de fogo em uma residência no município de Buíque, região Agreste de Pernambuco. As investigações iniciaram após autoridades canadenses constatarem que uma conta brasileira compartilhava imagens e vídeos de crianças em um aplicativo de mensagens. 

Em posse das informações enviadas do Canadá, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos e as autoridades confirmaram que o suspeito mantinha material pornográfico envolvendo menores. Na residência, foram apreendidos dois celulares, um notebook, um revólver e 13 munições de calibre 38, uma espingarda, 11 munições de 63,5 mm, uma máquina fotográfica digital e dois cartões de memória.

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Após a perícia preliminar dos eletroeletrônicos, o conteúdo impróprio foi detectado e o homem preso por ferir o artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que trata do armazenamento e compartilhamento de pornografia envolvendo menores. Para tal crime, está prevista a pena de um a quatro anos de reclusão. Devido a posse do armamento, o suspeito também pode receber a pena de um a três anos, além do pagamento de multa.

"Ao analisar o aparelho celular dele, nós encontramos várias fotos e vários vídeo com pornografia infantil, incluindo homens tendo relações sexuais com crianças e adolescentes", explicou Giovani Santoro.

Durante interrogatório, ele confessou que participa de três grupos internacionais de compartilhamento de sexo explícito envolvendo apenas crianças e que as fotos em seu celular foram baixadas da internet. Em relação às armas, revelou que adquiriu em uma feira no município vizinho de Arcoverde e em Buíque, e não conseguiria identificar os vendedores.

Após a audiência de custódia, ele pagou a fiança no valor de R$ 5 mil e foi liberado. O acusado responderá ao processo em liberdade. O nome do suspeito não foi divulgado para que a população "não faça justiça com as próprias mãos", finalizou o representante da PF.

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina confirmou nesta terça, 12, a condenação de um advogado por abuso sexual de crianças durante mais de uma década. Ele foi sentenciado a 33 anos e nove meses de reclusão em regime fechado.

Os desembargadores também decretaram a prisão preventiva do advogado. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público Estadual, que alegou necessidade da garantia da lei penal e argumentou que a condenação superava quatro anos de reclusão.

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Durante o julgamento, o desembargador Ernani Guetten ainda justificou o voto favorável à prisão preventiva mencionando a recente decisão do Supremo Tribunal Federal que derrubou, por 6 votos a 5, a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.

"A única unanimidade entre os ministros do STF para a prisão após 2ª instância é quando são preenchidos os requisitos do Código de Processo Penal, que apontam a necessidade da prisão. É óbvio que não vamos determinar a preventiva em cada decisão, mas situações excepcionais exigem medidas extremas", disse.

As informações foram divulgadas pela Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Segundo o processo, o advogado começou a abusar sexualmente da cunhada de quatro anos, em 1993, em uma cidade do oeste de Santa Catarina.

Quando a menina tinha 14 anos, o homem passou ameaçar a jovem. Ela acabou se mudando para outro Estado, mas ainda assim o advogado a perseguia.

A moça então resolveu revelar os abusos para uma irmã adotiva. Esta, por sua vez, também afirmou que sofria abusos do advogado.

A denúncia da Promotoria foi oferecida em 2006, mas o advogado só foi condenado em 2018, a 12 anos de prisão.

Ao longo do processo, a defesa entrou com diferentes recursos: cartas precatórias, embargos de declaração, habeas corpus e pedido de insanidade. Em certo momento, os advogados renunciaram a defesa, alegando "foro íntimo".

O advogado chegou a assumir sua própria causa por duas vezes. Na segunda, no último dia do prazo, solicitou novas diligências e o aditamento dos depoimentos pelo Ministério Público. Uma nova audiência foi marcada para que o homem fosse ouvido por último no processo, mas ele não compareceu, apresentando documentos de que estaria internado com "síndrome do pânico".

No Tribunal de Justiça, os desembargadores avaliaram um recurso da defesa do advogado, hoje com 48 anos, que pedia que fosse declarada a nulidade do processo, uma vez que ele não teria sido o último a prestar depoimento no processo.

Neste domingo (6) ocorrem em todo o Brasil as eleições para o Conselho Tutelar. No Recife, cerca de 1,1 milhão de eleitores vão escolher os profissionais responsáveis pelo cumprimento das determinações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em contato permanente com o Ministério Público, durante quatro anos, os eleitos devem garantir proteção e dignidade aos menores de idades do município.

Para ocupar uma das 40 vagas, dispostas em oito Conselhos Tutelares espalhados por seis regiões político-administrativas do Recife (RPAs), os 93 candidatos passaram por prova escrita, avaliação psicológica e precisaram comprovar experiência mínima de dois anos na área dos cuidados com menores, em organizações distintas. Os eleitos recebem um salário bruto em torno de R$ 3,7 mil, que é mantido pela Prefeitura do Recife.

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Também houve a necessidade de apresentar ficha criminal sem registros, visto que, o conselheiro deve ter "reconhecida idoneidade moral, idade superior a 21 anos e residir no município", segundo o art. 133 do ECA.

A coordenadora do Abrigo Jesus Menino, localizado no Barro, Zona Oeste do Recife, explicou a relação mantida com os conselheiros. Eles entram em contato com as organizações para acompanhar o acolhimento e saber a disponibilidade para receber novas crianças. Ainda segundo Tarcísia Moura, quando convocados, participam das audiências envolvendo menores para assegurar os direitos jurídicos.

O Conselho Tutelar é um órgão colegiado com cinco membros eleitos. Juntos, atendem crianças e adolescentes expostos a abusos e situações violentas; além de garantir saúde, alimentação e segurança, como lembrou a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA-Recife), Ana Farias.

Quem pode votar?

Assim como nas eleições para o poder executivo, os cidadãos devem ser maiores de 16 anos, inscritos regularmente como eleitores do Recife -em até 90 dias antes do pleito. Das 9h às 17h, eles devem se deslocar aos 107 locais de votação em posse do título de eleitor, comprovante de quitação eleitoral e documento oficial com foto. Vale ressaltar que o voto é facultativo.

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O bilionário americano Jeffrey Epstein, que fez fortuna em um fundo de investimentos e é amigo de políticos e famosos, foi acusado, nesta segunda-feira, de exploração sexual de dezenas de menores de idade entre 2002 e 2005.

Epstein, de 66 anos, foi preso no sábado em um aeroporto de Nova Jersey ao voltar aos Estados Unidos vindo de Paris em seu avião particular.

Epstein é acusado de tráfico sexual de menores e de conspiração para cometer tráfico sexual de menores pelo Ministério Público do distrito sul de Nova York, crimes que podem receber pena máxima de 45 anos de prisão.

Epstein "explorou e abusou sexualmente de dezenas de meninas menores de idade e suas residências de Manhattan, Nova York e de Palm Beach, Flórida, entre outros lugares", afirma a acusação.

Ele convidava as meninas a sua mansão, onde tinham relações sexuais, e "em seguida pagava às vítimas centenas de dólares em dinheiro". "Também pagava mais para algumas de suas vítimas recrutarem outras meninas para serem acusadas", de acordo com a acusação.

"Epstein estava muito consciente de que diversas de suas vítimas eram menores de idade e, não surpreendentemente, algumas das meninas que Epstein teria vitimado eram especialmente vulneráveis à exploração", disse o procurador do distrito sul de Nova York, Geoffrey Berman, em entrevista coletiva.

Epstein, especialista em finanças entre cujos amigos estão o presidente Donald Trump, o ex-presidente Bill Clinton e o príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II da Inglaterra, já tinha sido declarado culpado de pagar menores de idade para fazerem massagens sexuais nele em sua mansão de Palm Beach.

Mas ele conseguiu evitar ser acusado criminalmente por esses casos ao assinar um acordo de culpabilidade em 2007 negociado por seus advogados com Alexander Acosta - hoje secretário de Trabalho do governo Trump.

Por este acordo secreto, ele se declarou culpado de um delito estatal de solicitar prostituição a um menor de idade e passou 13 meses em uma prisão do condado.

Acosta, que era então o mais alto procurador federal em Miami, é alvo de uma campanha que exige sua renúncia devido à pena relativamente menor imposta a Epstein.

Em 2002, Trump disse à revista do New York Times que Epstein era "um cara magnífico" que conhecia há 15 anos. "É muito divertido estar com ele", afirmou Trump à época.

Berman disse que o acordo negociado na Flórida não libera Epstein de suas acusações perante o sistema judiciário em Nova York, e que, embora tenham passado vários anos desde os supostos crimes, "é muito importante para as vítimas" que a justiça seja feita.

A Justiça de São Paulo condenou um pastor por abuso sexual de pelo menos três fiéis de sua igreja, entre eles dois menores de idade, entre 2015 e 2018. A juíza Tatiane Moreira Lima, do Setor de Atendimento de Crimes da Violência contra o Infante, Idoso, Pessoa com Deficiência e Vítima de Tráfico Interno de Pessoa (SANCTVS), determinou que o homem cumpra pena de 44 anos de prisão em regime inicial fechado.

Cabe recurso da decisão, mas o pastor não poderá apelar em liberdade. O processo corre em segredo de justiça.

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Segundo os autos do processo, o pastor dizia que incorporava um anjo que livraria os jovens de pecados, indicam as informações divulgadas pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça.

As vítimas acabaram se encontrando, conversaram e decidiram denunciar o caso à polícia. O líder da igreja evangélica chegou a ameaçar os jovens para que os abusos não chegassem às autoridades.

Na avaliação de Tatiane a prática de atos libidinosos mediante fraude é "indubitável".

Para a juíza, a palavra das vítimas foi suficiente para a tomada de decisão, embora não haja testemunhas presenciais.

Tatiane observou ainda que os depoimentos das vítimas tem "peculiaridades que somente quem foi submetido a situações dessa natureza seria capaz de relatar".

"É inconteste que os fatos aqui relatados não poderiam ser fruto de mera imaginação infantil", indicou.

Um levantamento feito pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e das Medidas Socioeducativas do Conselho Nacional de Justiça (DMF/CNJ) sobre o quantidade de menores infratores em regime de internação no Brasil apontou que existem hoje mais de 22 mil jovens internados nas 461 unidades socioeducativas em funcionamento no Brasil.

De acordo com o CNJ, desses 22 mil, 841 meninas estão com liberdade restrita no País (excluindo os dados de Minas Gerais, Sergipe e Amazonas que não foram entregues).

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Segundo Márcio da Silva Alexandre, juiz auxiliar da presidência do CNJ designado para atuar no DMF, adolescentes do sexo masculino se envolvem mais em crimes, grande parte deles roubos, furtos e outros atos ilícitos, como tráfico de drogas.

O documento inclui apenas os adolescentes que estão internados e não aqueles que cumprem outras medidas, como a semiliberdade e a liberdade assistida. A internação é a opção mais rigorosa e não podendo exceder três anos - sua manutenção deve ser reavaliada pelo juiz a cada seis meses.

Segundo a pesquisa, São Paulo é o Estado com o maior número de menores internados, mais de 6 mil, seguido pelo Rio de Janeiro. No entanto, o Estado do Acre é o que chama mais atenção: apesar de ter apenas 545 menores internados, estes correspondem a 62,7 de cada 100 mil habitantes no Estado.

Outra Unidade da Federação que chama a atenção na conta por 100 mil habitantes é o Distrito Federal, que fica em segundo lugar, a frente de Estados bem mais populosos e considerados mais violentos, como São Paulo e Rio de Janeiro. Já o Estado do Amazonas possui a maior proporção de adolescentes internados por decisão provisória (sem uma sentença do juiz): 44,15% do total de internados, seguido por Ceará, Maranhão, Piauí e Tocantins.

De acordo com o juiz Márcio Alexandre, a pesquisa foi feita para obter dados do sistema socioeducativo no País, logo no início da gestão do ministro Dias Toffoli, presidente do CNJ, e para que possam ser estabelecidas prioridades e programas no âmbito do sistema no Brasil.

"Uma das ações será conhecer de perto a realidade de alguns Estados que possuem um número elevado de adolescentes internados provisoriamente, quando comparados com os demais, para que essas discrepâncias possam ser analisadas e, eventualmente, corrigidas", explicou o juiz.

Uma importante operação da Europol, da qual agentes de mais de vinte países participaram, tornou possível identificar mais de 240 crianças vítimas de abuso sexual desde 2014 em todo o mundo, informou a agência de polícia criminal europeia nesta sexta-feira (26).

É a primeira vez que a Europol publica os números obtidos pelo grupo de investigação anual sobre a identidade das vítimas de abuso sexual. Nesta sexta-feira foi concluída a quinta operação deste grupo, que durou duas semanas.

Depois dessas investigações, a agência europeia "conseguiu identificar e salvar 241 vítimas no mundo" durante os últimos quatro anos, disse Fernando Ruiz, diretor do centro de cibercrime da Europol. "Noventa e quatro suspeitos foram perseguidos judicialmente em 28 países", afirmou Ruiz à AFP.

Este ano, 27 agentes de 21 nacionalidades diferentes participaram das investigações, incluindo agentes dos Estados Unidos e da Austrália. A AFP teve acesso ao coração do Centro Europeu de Luta contra o Cibercrime (EC3), no qual agentes analisam milhões de imagens de vídeo para encontrar evidências de abuso sexual.

Em seguida, eles alertam os países em que as vítimas e os agressores foram identificados. A Europol igualmente elogiou os esforços do público no sentido de fornecer informações sobre suspeitos e vítimas de abuso sexual através do website "Stop Child Abuse", promovido no ano passado pelo organismo europeu de polícia criminal.

Uma avó foi flagrada por vídeos, que ela mesma filmava, estuprando os próprios netos. As vítimas são três meninas com um, dois e quatro anos de idade, além de um garoto de seis anos. A acusada foi presa pela Polícia Civil do Distrito Federal na noite dessa sexta-feira (19).

De acordo com investigações da Polícia Civil, tudo começou quando a mãe das crianças, filha da suspeita, conseguiu um emprego e deixou os menores aos cuidados da avó. A partir daí, familiares começaram a perceber comportamentos erotizados por parte das crianças e tentaram desvendar a origem das atitudes dos menores.

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Assim, descobriram vídeos e fotos feitos pela abusadora, em que ela aparece fazendo sexo oral no menino de seis anos e manipulando as genitálias das meninas. Com a investigação da polícia, foram encontrados outros vários arquivos de pornografia infantil no celular da avó.

Em entrevista ao site Metrópoles, o delegado da 19ª DP, Ricardo Bispo Farias, informou que o caso chocou todos os policiais e várias equipes foram mobilizadas para localizar e prender a autora dos crimes. "A liberdade de alguém que pratica algo tão grave contra os netos certamente coloca em risco toda a população", aponta o delegado.

A mulher foi presa em flagrante por manter os vídeos pornográficos com crianças e um inquérito policial foi instaurado para apurar o crime de estupro de vulnerável contra os quatro netos.

Um adolescente de 15 anos foi a vítima mais jovem do massacre em um centro de ensino profissionalizante da Crimeia, onde um aluno matou nesta quarta-feira 20 pessoas, incluindo nove menores de idade, antes de cometer suicídio, informaram as autoridades.

Sete feridos permanecem em estado "extremamente grave", afirmou a ministra da Saúde, Veronika Skvortsova.

A ministra explicou que os médicos foram obrigados a amputar membros ("pés e pernas", disse) de várias pessoas em consequência dos ferimentos provocados por pedaços de metal acoplados à bomba da fabricação caseira detonada pelo autor do massacre.

Em alguns casos, os músculos das vítimas foram literalmente "pulverizados", disse.

Um aluno de 18 anos de uma escola politécnica de Kerch, na península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, detonou uma bomba na quarta-feira no centro de ensino e depois matou, com um fuzil, estudantes e funcionários do local. As autoridades ainda não conseguiram determinar as causas do ataque.

Das 20 pessoas mortas, de acordo com balanço atualizado, nove eram menores de idade, informou o governo municipal de Kerch.

Quinze alunos da escola morreram no ataque, indicou o vice-prefeito de Kerch, Diliarver Melgaziev.

As outras cinco vítimas fatais trabalhavam no centro de ensino, completou Melgaziev. O jornal Moskovski Komsomolets informou que entre os mortos estão uma mãe e sua filha, ambas professoras.

As autoridades de Kerch também publicaram uma lista com os nomes de 44 feridos. Duas pessoas ainda não foram identificadas.

De acordo com a relação, 23 feridos são menores de idade.

A cada oito horas um menor é assassinado na Venezuela, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (3) pelo Observatório Venezuelano de Violência (OVV) e pela Cecodap, ONG de defesa dos direitos humanos. Segundo o relatório "Somos Notícia", 1.134 crianças ou adolescentes foram assassinados na Venezuela em 2017.

"As estatísticas permitem analisar que, no ano de 2017, a cada dia, foram assassinadas três crianças ou adolescentes entre 15 e 17 anos na Venezuela. A cada oito horas, um menino, uma menina ou um adolescente morreu de forma violenta", afirma o relatório.

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Segundo o documento, a violência na Venezuela "não tem limites" e afeta crianças "de todas as idades e ambientes, famílias, comunidades e escolas". "Os dados indicam que 76 crianças de até 4 anos de idade morreram assassinadas. Nem sequer a sua pouca idade ou condição de vulnerabilidade detiveram a ação criminosa", afirma o texto da ONG.

Quanto aos motivos que levaram ao homicídio, em 643 casos foram "ajustes de contas (vingança)", em 92 a razão foi roubo e 24 casos estão ligados a "razões passionais". Ocorreram ainda 21 mortes por "encomenda" e 19 por brigas.

"A pobreza, a inflação, a grave falta de abastecimento e o controle na distribuição e venda de alimentos têm afetado muito as crianças e adolescentes, com resultados dolorosos e irreparáveis, como a morte por desnutrição ou doenças, graves casos desnutrição, perda de tamanho e peso em números consideráveis da população", diz o texto.

Os homicídios não são o único problema, dizem as ONGs. Segundo o relatório, tem havido "situações inéditas" em que as crianças são tiradas da escola "por não terem comida ou meios de transporte".

"A presença de crianças e jovens procurando alimento no lixo, a separação porque os pais não podem mantê-las e o aumento de casos de pais que imigram, deixando os filhos sozinhos ou com parentes, concretizam situações de desintegração familiar, abandono e deterioração da qualidade de vida das crianças", afirma o documento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No final da manhã desta quarta-feira (26), policiais militares do 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM) apreenderam três adolescentes no bairro do Sancho, na vizinhança do Complexo Prisional do Curado, Zona Oeste do Recife. O material que seria arremessado consistia de três tubos de cola, uma faca, três carregadores de celular e um fone de ouvido.

Os policiais realizavam rondas quando notaram que o trio tentava arremessar objetos dentro do presídio. Os jovens e o material apreendido foram encaminhados ao Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) para as medidas cabíveis. 

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