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O ex-presidente Michel Temer acredita que os Poderes e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) podem ter chegado, finalmente, a um estado de resolução. Temer, que foi mediador de uma conversa entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Bolsonaro, nessa quinta-feira (9), diz que os ataques do mandatário ao STF já são coisa do passado. A declaração foi feita em entrevista à CNN, considerando o pronunciamento feito à nação no mesmo dia.

“Aquelas frases no estilo ‘não vou cumprir decisão judicial’, eu acho que a partir de hoje, pelo menos muito fortemente essa sensação na conversa muito objetiva que Bolsonaro teve comigo, eu sinto isto é coisa do passado. Como se diz, ‘olha, vamos contar o tempo a partir daqui’, é porque ele vai pautar-se por esse documento, por essa declaração que lançou no dia de hoje”, afirmou o ex-presidente.

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Em uma “declaração à nação” divulgada nesta quinta (9), Bolsonaro negou que tenha a intenção de atacar os outros Poderes ou não cumprir ordens judiciais. A ação ocorre dois dias após o presidente afirmar em discursos em Brasília e São Paulo que não acataria mais nenhuma decisão tomada por Moraes. Temer, uma outra vez, agiu como mediador e ajudou na redação da nota. O ex-presidente encontrou-se com Bolsonaro na tentativa do governo em tentar mediar as repercussões políticas após as manifestações de 7 de Setembro.

“Ao meu modo de ver, este documento que tivemos oportunidade de sugerir, colaborar, é um documento que revela um compromisso dele com a constituição, com a harmonia entre os Poderes. Faz até uma referência ao ministro Alexandre de Moraes, em face da fala que ele teve durante aquele encontro na Paulista”, continuou o emedebista.

Temer ainda afirmou que espera que este gesto sinalize um começo de pacificação na relação entre as instituições brasileiras.

“O que se espera é que os outros Poderes caminhem para a ideia da pacificação, da harmonia no nosso país. Se ocorrer, por exemplo, de um dos Poderes dizer ‘não acredito nele, não vai dar certo, nós vamos criticar’, eu penso que daí dá um pretexto para ele dizer que ‘eu tentei fazer, mas ninguém quer conversa'”, analisou.

A rotina do ex-presidente Michel Temer, aos 80 anos, deu uma guinada depois que ele tomou a segunda dose da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 no início de julho. Em mais de um ano de pandemia, ele ficou recluso em casa, de onde saiu apenas para uma viagem oficial ao Líbano em agosto do ano passado, quando chefiou, a convite do presidente Jair Bolsonaro, uma missão que ofereceu ajuda ao país após uma grande explosão no porto de Beirute.

Quase dois anos e meio depois de receber voz de prisão da Polícia Federal quando saía de sua casa, em São Paulo, o ex-presidente aceitou o conselho do amigo e marqueteiro Elsinho Mouco e mergulhou no universo das redes sociais. Em vez do tom formal que virou sua marca registrada, o emedebista aparece agora descontraído no Instagram, Twitter e Facebook.

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Após cada postagem, faz questão de conferir as interações. "Tenho curiosidade. Uma fala minha tem 19 mil visualizações, com 1.500 comentários. Vejo que tem cinco contrários para 70 favoráveis", disse o ex-presidente ao Estadão. No Twitter, que ele mesmo maneja, ainda estão presentes os 980 mil seguidores dos tempos da Presidência, mas no Instagram, que Mouco administra, Temer ainda está começando e tem "apenas" 108 mil seguidores. "Michelzinho me ajuda. Ele fez até uma entrevista comigo no YouTube", disse Temer, referindo-se ao filho de 12 anos.

Embalado pelas decisões favoráveis na Justiça, Temer adotou um ritmo intenso: voltou ao centro das articulações políticas no MDB, deflagrou um movimento em defesa do semipresidencialismo, passou a jantar e almoçar com empresários, retomou o documentário sobre seu governo, começou a escrever um livro de crônicas e tem feito longas caminhadas.

Em março, foi absolvido pela Justiça Federal das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro no setor portuário. Mais recentemente, foi absolvido no caso que ficou conhecido como "quadrilhão do MDB", que apurava suspeita de um esquema de desvios em estatais. Em outra frente, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), indicado por Temer, anulou em abril as denúncias da Lava Jato no Rio que haviam transformado o ex-presidente em réu por peculato e lavagem de dinheiro e o levaram a ser preso em março de 2019.

Em 2020, Temer também foi absolvido em segunda instância da acusação de obstrução da Justiça no caso relacionado à delação de Joesley Batista.

O ex-presidente voltou a despachar diariamente em seu escritório no Itaim, onde se divide entre a redação de pareceres jurídicos e audiências com políticos. Voltar à política é um cenário que não está descartado. "Muitas vezes você sai da vida pública, mas a vida pública não sai de você. Embora não esteja no meu horizonte, tem sido inevitável receber consultas."

Bolsonaro

Temer procura manter uma porta aberta com o Palácio do Planalto e evita criticar Bolsonaro. "Tenho uma relação cordial e respeitosa com Bolsonaro, até por uma razão singela: ele jamais fez uma crítica ao meu governo. Pelo contrário, falou elogiosamente." Apesar do cuidado, não se furta a se opor à bandeira do presidente: o voto impresso. "É uma discussão um pouco inútil. A urna eletrônica é inviolável."

Temer abraçou a causa do semipresidencialismo, uma ideia que surgiu em seu governo, após uma conversa com o então presidente do STF, Gilmar Mendes. "O semipresidencialismo elimina os traumas institucionais que o impeachment e os pedidos de impeachment causam ao País", argumentou.

Tramita na Câmara um projeto do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) que institui o modelo. Na semana passada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), enviou a deputada Margareth Coelho (Progressistas-PI) para uma conversa com Temer. "O semipresidencialismo tem maiorias estáveis. Dá responsabilidade executória ao Parlamento, que vai governar", disse. Sobre as eleições 2022, Temer afirmou que cada instituição tem de ficar no seu "quadrado" constitucional, e prega a terceira via: "É uma homenagem ao eleitorado. Tem o direito a uma outra opção, uma coluna do meio". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a pandemia do coronavírus cada vez mais fora de controle no País, o ex-presidente Michel Temer avalia que seria importante que Jair Bolsonaro liderasse um pacto nacional entre todas as instâncias de poder para tentar conter a doença. Aos 80 anos, o experiente político do MDB já foi procurado pelo presidente para trocar ideias. E disse que, se Bolsonaro quiser saber sua opinião sobre a pandemia, fará a sugestão de que ele convoque uma entrevista coletiva, reconheça erros, defenda vacinação em massa e aceite políticas de isolamento social. O novo mantra do governo deveria, segundo ele, ser "unidos e vacinados".

"Se o presidente toma uma atitude dessa natureza, o povo se tranquiliza. Ele manda um sinal", disse Temer em entrevista ao Estadão. "Não dá para ignorar a pandemia, que está num ritmo e velocidade assustadores." Para Temer, a lógica da preservação da economia é compreensível, mas não pode vir antes da saúde. "Eu sempre digo, a economia pode ir mal nesse momento. Mas ela se recupera. A vida você não recupera", afirmou. Mesmo sendo uma das vozes mais influentes no MDB, Temer destacou que esse não é o momento de o partido se ocupar com as eleições de 2022. "Não podemos deixar que essas discussões contaminem negativamente essa unidade que é indispensável agora, em 2021, para o combate ao coronavírus."

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Como o sr. analisa o impacto da pandemia na vida do País?

Naturalmente, tudo isso tumultuou muito a vida dos brasileiros. Esse é o primeiro ponto. O segundo ponto é sobre o que o presidente da República poderia fazer, aproveitando a oportunidade da mudança do ministro da Saúde. Vou dar um palpite. Poderia chamar uma entrevista coletiva e dizer: 'Olha, vocês sabem que, ao longo do tempo, eu sempre combati esse isolamento social preocupado com a economia. Nós temos de conjugar a economia com a saúde. Com a vida do cidadão. E, evidentemente, como aumentou muito a pandemia, eu vou ampliar o que já estou fazendo. Vou comprar muitas vacinas. O governo está empenhado em comprar milhões e milhões de doses. Vou propor, realmente, concordar com a hipótese de eventual isolamento social. Vou chamar os governadores e o Congresso Nacional. Vamos todos trabalhar juntos e vamos patrocinar a vacinação. O mantra que agora vale é unidos e vacinados'.

O sr. acha que é possível ele aceitar essa sugestão?

Se o presidente toma uma atitude dessa natureza, o povo se tranquiliza. Ele manda um sinal. O povo vai dizer: 'Poxa, a União, presidente e governadores e o Congresso estão trabalhando em benefício da nossa saúde. Acho que ficaria muito bem para ele, presidente da República. Ficaria bem para os governadores. Ficaria bem para o Congresso. E ficaria bem para a saúde do País. Eu acho que isso seria extremamente útil. Não dá para ignorar a pandemia, que está num ritmo e velocidade assustadores.

E a pandemia sem controle compromete a saúde e todos os outros setores...

Claro. Até por uma razão. Eu sempre digo, a economia pode ir mal nesse momento. Mas ela se recupera. A vida você não recupera. Vai embora e não volta. Dou sempre um exemplo. Quando assumi o governo, o PIB era negativo, em maio de 2016. Era menos 3,6%. Um ano e seis meses depois, em dezembro de 2017, estava em 1,3%. Acho que o grande combate, agora, é contra a pandemia. O pacto do unidos e vacinados pode produzir essa ideia de pacificação do País.

Pensa em procurar o presidente para apresentar essa ideia?

Veja bem, se ele me procurar, farei essa sugestão. Agora, não quero ser inoportuno. Se um dia for consultado, direi o que estou dizendo agora publicamente. E, com toda a franqueza, acho que é em benefício da governabilidade e do País.

Houve um fato novo com a decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações do ex-presidente Lula, o que o torna elegível. Como o sr. vê a possível entrada dele na corrida eleitoral?

Não gostaria de falar de um tema que diz respeito a 2022 quando temos um 2021 gravíssimo. Eu acho que, neste momento, temos de cuidar 2021. Para responder um pouco lateralmente à pergunta, é evidente que, com o ex-presidente Lula elegível, a sensação que tenho é de que poderá vir a disputar a eleição. Agora, é muito cedo para saber qual é o quadro que vai se desenhar para 2022. Não podemos deixar que essas discussões contaminem negativamente essa unidade que é indispensável, agora, para o combate ao coronavírus.

O sr. fala de unidade e muito se discute sobre a dificuldade do centro em produzir uma candidatura consensual. Não seria o caso dessa candidatura estar sendo discutida já? Até no MDB?

Não se deve discutir isso agora. Com muita franqueza, se pudesse dar uma sugestão, diria 'vamos deixar essa conversa para depois'. Não pode antecipar esse calendário. E você sabe que em política as coisas às vezes mudam de uma semana para a outra. Então, como é que o MDB, que sempre foi um partido muito ponderado, vai entrar, agora, numa discussão para saber quem é o candidato? Se vai ter candidato, se não vai ter. Quem deverá apoiar. Isso vai se definir lá para frente.

Ao contrário de Bolsonaro, o sr. enfrentou duas vezes pedidos de impeachment. Acredita que aqueles pedidos foram injustos?

Não só foram exagerados e políticos, como, judicialmente, estão sendo derrubados. O juiz de primeiro e de segundo grau estão derrubando as acusações. Foram dois pedidos de impeachment. E o Congresso não aprovou. E não aprovou porque não havia povo na rua.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Michel Temer recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 neste sábado (27) no posto drive-thru na praça Charles Miller, no Pacaembu, em São Paulo. Temer tem 80 anos.

O Estado de São Paulo antecipou para este sábado a vacinação de idosos entre 80 e 84 anos.  Inicialmente, o público dessa faixa etária receberia a primeira dose na próxima segunda-feira (1º), mas o cronograma foi alterado.

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Temer recebeu a dose da vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca com a Universidade de Oxford. A vacinação do político foi acompanhada pela imprensa. 

O estádio do Pacaembu é um dos cinco pontos de vacinação no formato drive-thru na capital. A fila para receber o imunizante tem causado congestionamentos na região.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, vai lançar nos próximos meses o livro "Tchau, Querida", que promete trazer grandes revelações sobre os bastidores do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). A coluna de Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, divulgou a introdução do livro. No texto, Cunha responsabiliza o ex-presidente Michel Temer (MDB), o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e o deputado federal Baleia Rossi (MDB) pelo impeachment.

No livro, Cunha, que está em prisão domiciliar, diz que Temer "foi sim o militante mais atuante e importante" na retirada de Dilma da presidência e que, sem a atuação dele, "não teria havido impeachment".

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O condenado critica Rodrigo Maia, que, segundo ele, "não tinha limites para a sua ambição e vaidade". A introdução diz que o atual presidente da Câmara estava sempre buscando os holofotes e foi em seu apartamento em que ocorreram as reuniões determinantes para o afastamento. Maia queria, inclusive, ser o relator do processo. Baleia Rossi, diz o texto, também atuou na derrubada de Dilma. 

"No momento em que assistimos ao PT apoiar Rodrigo Maia e Baleia Rossi, como se eles não tivessem tido protagonismo no impeachment, não podemos de deixar de registrar essa posição, que chega a ser hilária, para quem viveu aquele processo", escreve Eduardo Cunha.

À Folha, Rodrigo Maia disse que a versão de Cunha é mentirosa. O atual presidente da Câmara destaca que era necessário reunir traidores do governo para derrubar Dilma e que esse processo de traição foi comandado por Eduardo Cunha "depois que o PT se negou a dar três votos que o absolveriam no Conselho de Ética". 

"Um criminoso, quando é pego pela Polícia, pela Justiça, apresenta uma versão para os fatos tentando se afastar da responsabilidade pelos crimes que cometeu. Eduardo Cunha, como sabemos, é criminoso. Cumpre pena por alguns crimes já julgados, pelos quais foi condenado, e tenta fugir de outras condenações", completou Maia.

O ex-presidente Michel Temer disse defender, além do fim da reeleição para os mandatos presidenciais, a tese do semiparlamentarismo para o Brasil, sistema político em que o presidente da República dividiria espaço com um primeiro-ministro.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o ex-presidente disse ser "muito a favor de um mandato no presidencialismo de cinco ou seis anos sem reeleição". Temer comentava a opinião do também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em artigo publicado no Estadão, no qual o tucano disse ter sido "um erro" permitir a reeleição.

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"Ou se amplia para cinco ou seis anos o tempo de mandato presidencial para manter o presidencialismo ou se faz uma coisa mais radical para o futuro, que é estabelecer um sistema semipresidencialista ou semiparlamentarista, onde se elimina os traumas institucionais de impedimentos, por exemplo", disse Temer, que ascendeu à Presidência da República após impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

"Os governos caem no parlamentarismo com muita tranquilidade. Portanto, seria o melhor caminho ao meu modo de ver", completou Temer.

A Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) formou maioria, na terça-feira (25), para absolver o ex-presidente Michel Temer (MDB) do crime de obstrução de Justiça no episódio que ficou conhecido pela frase 'tem que manter isso, viu?'. A declaração foi dita em encontro com o empresário Joesley Batista no Palácio do Jaburu, em 2017.

O julgamento ainda não foi concluído e aguarda voto da desembargadora Monica Sifuentes, que pediu vista (mais tempo para analisar o caso) na sessão desta terça. Ela é a última a votar, mas o placar já conta com os votos dos desembargadores Ney Bello e Maria do Carmo Cardoso para absolver Temer.

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O recurso foi apresentado pelo Ministério Público Federal contra decisão do juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, que em outubro do ano passado absolveu Temer de obstrução de Justiça por considerar a acusação 'frágil' e que 'não suporta sequer o peso da justa causa para a inauguração de instrução criminal'.

A denúncia contra Temer foi apresentada em 2017 pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot. Ela foi embasada em uma conversa gravada entre Joesley e o então presidente em que, este dizia 'tem que manter isso, viu?'. Segundo a PGR, a fala era uma tentativa de silenciar o operador Lúcio Funaro e o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), presos pela Lava Jato.

Temer sempre negou as acusações. Quando deixou o cargo e perdeu o foro privilegiado, em janeiro do ano passado, o processo deixou o Supremo Tribunal Federal e correu na primeira instância da Justiça.

COM A PALAVRA, O EX-PRESIDENTE MICHEL TEMER

Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido contato com a defesa do ex-presidente Michel Temer. O espaço permanece aberto a manifestações.

O juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, autorizou que o ex-presidente Michel Temer (MDB) vá para o Líbano para chefiar a missão oficial brasileira que visa ajudar a capital do país, Beirute, após uma explosão no porto que devastou parte da cidade e deixou 163 mortos, mais de 6 mil feridos e 300 mil desabrigados. Temer é descendente de libaneses e foi convidado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para comandar a ação humanitária brasileira.

Temer precisou pedir autorização judicial para viajar porque está impedido de deixar o país, como medida de restrição, desde que foi preso preventivamente em março de 2019.

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Na decisão, Bretas observa que "o motivo está plenamente justificado ante a natureza humanitária da missão oficial para a qualificação foi designada, em nome da República brasileira, e que, em outras ocasiões, a instância superior concedeu-lhe permissão de viagem". 

De acordo com o decreto que institui a missão oficial ao Líbano, a delegação -composta por 14 pessoas - vai ficar no país entre os dias 12 e 15 de agosto. O voo está marcado para as 11h de quarta-feira (12).

O Brasil é um dos países que vai somar esforços para ajudar o Líbano a se recuperar da explosão ocorrida em Beirute, na última terça (4). Uma missão humanitária será enviada ao país, chefiada pelo ex-presidente brasileiro Michel Temer, que anunciou ter aceito o convite do atual chefe de Estado da nação, Jair Bolsonaro, neste domingo (9), através de comunicado publicado em sua conta no Twitter. 

Em conferência realizada com outros mandatários internacionais, Bolsonaro afirmou que enviaria ao Líbano medicamentos e outros insumos médicos, além de alimentos para ajudar o país na recuperação da explosão que vitimou mais de 100 pessoas e causou um estrago grandioso. Ele também anunciou que convidaria o ex-presidente Michel Temer, que é filho de libaneses, para chefiar a missão humanitária. 

Em seguida, na conta oficial de Temer no Twitter, foi publicada uma nota com o aceite do ex-presidente. O post dizia que Michel “está honrado com o convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar a missão humanitária do Brasil no Líbano. Quando o ato for publicado no Diário Oficial serão tomadas as medidas necessárias para viabilizar a tarefa”.

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O presidente Jair Bolsonaro anunciou, neste domingo (9), o envio de uma ajuda humanitária e técnica ao Líbano para auxiliar no combate às consequências da explosão na região portuária de Beirute, que matou mais de 100 pessoas e espalhou destruição por quilômetros. Em conferência com outros chefes de Estado, Bolsonaro disse que convidou o ex-presidente Michel Temer para chefiar a missão brasileira ao país árabe. Temer é filho de libaneses.

"Neste momento difícil, o Brasil não foge à sua responsabilidade", afirmou Bolsonaro durante a teleconferência, organizada pelo presidente da França, Emmanuel Macron. O presidente brasileiro voltou a manifestar condolências às famílias das vítimas e disse que uma união internacional é necessária para enfrentar as consequências da explosão.

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O Brasil anunciou na reunião o envio de medicamentos e insumos básicos médicos em um avião da Força Aérea Brasileira. Pelo mar, o País prometeu destinar quatro mil toneladas de arroz para atenuar os efeitos da perda de cereais. Bolsonaro também afirmou que negocia com o governo libanês o envio de uma equipe técnica para colaborar na perícia que investiga a explosão.

O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) reconduziu a seu antigo cargo o aliado do ex-presidente Michel Temer e do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, que se encontra preso. Marun fez parte do conselho de 31 de dezembro de 2018 até o último mês de março, quando a decisão de uma desembargador o afastou com base na Lei das Estatais de 2016.

A lei afirma que ministros não podem integrar conselhos administrativos, mas como Itaipu se trata de uma binacional, há divergências de interpretação. Antes de assumir a pasta no governo Temer, Marun ficou conhecido por defender Cunha, que foi preso e transferido para Bangu 1, mas hoje cumpre pena domiciliar devido ao coronavírus.

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Marun também foi um grande defensor de Temer, chegando até mesmo a visitá-lo na prisão nos momentos em que o ex-presidente foi preso. Quando a denúncia contra Temer foi barrada no Congresso, Marun chegou a dançar na Câmara dos Deputados.

Bolsonaro também reconduziu o ex-deputado federal e delatado pela Odebrecht Célio Faria Junior, o assessor-chefe da assessoria especial da Presidência Wilson Ferreira Junior, o presidente da Eletrobras, e o embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva, secretário de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas, ao conselho de Itaipu. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), José Carlos Aleluia era suspeito de receber R$ 300 mil por meio de caixa 2 para campanha eleitoral. À época, ele negou quaisquer irregularidades.

O ex-presidente Michel Temer (MDB) conversou com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no último sábado (28) e deu conselhos ao chefe do Executivo sobre a pandemia do novo coronavírus. A informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo. Segundo a publicação, Temer sugeriu que Bolsonaro baixasse um decreto de isolamento social por dez dias. 

Ainda de acordo com a colunista, o ex-presidente aconselhou que Bolsonaro afirmasse, ao impor o decreto, que a situação seria reavaliada no fim dos dez dias e, neste sentido, as ações começassem a ser concentradas na União. 

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Jair Bolsonaro teria concordado com as sugestões do seu antecessor, mas no dia seguinte resolveu circular pelas ruas de Brasília e deixar claro que tem a intenção de editar um decreto que, ao contrário dos conselhos dados por Temer, faça o comércio - restrito nos Estados - voltar a funcionar normalmente. 

Nessa segunda (30), inclusive, o presidente declarou que a crise do coronavírus “não é apenas questão de vida, é a questão da economia também, a questão do emprego. Se o emprego continuar sendo destruído da forma como está sendo, mortes virão outras por outros motivos", fazendo referência a eventuais suicídios e depressão.

O ex-presidente da República Michel Temer (MDB), que agora encontra-se afastado do círculo político, confessou, em entrevista ao Estado de São Paulo, ter votado em Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais de 2018. A justificativa do político pareceu ressentida, uma vez que ele disse ter escolhido votar "em quem não falou mal do seu governo", uma crítica ao então candidato opositor Fernando Haddad (PT). 

“Acabei votando nele (Bolsonaro) por uma razão. Eu recebia muitas críticas indevidas da outra candidatura (Fernando Haddad). Votei em quem não falou mal do meu governo”, declarou o ex-presidente em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.

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Perguntado sobre a avaliação dele para o primeiro ano de Bolsonaro na presidência, Temer respondeu que a gestão está indo bem, pois está dando sequência ao trabalho feito por ele em dois anos e meio de governo. Michel Temer afirmou que pegou “uma estrada esburacada”, ao se referir ao governo anterior de Dilma Rousseff, deposta em 2016. 

“Peguei uma estrada esburacada. O PIB estava negativo 4%. Um ano e sete meses depois o PIB estava positivo 1.1%, além da queda da inflação e da recuperação das estatais. Entreguei uma estrada asfaltada. O governo Bolsonaro, diferente do que é comum em outros governos que invalidam anterior, deu sequência. Bolsonaro está dando sequência ao que eu fiz”, explicou.

“Bolsonaro me pediu para dar conselhos”

Temer diz ter sido procurado pelo já eleito Jair Bolsonaro para dar conselhos. “Quando ele me visitou logo após a eleição, me pediu modestamente para dar conselhos. Eu disse que não daria conselhos para quem foi eleito com quase 60 milhões de votos, mas disse que daria palpites. Disse que a relação com China é importantíssima. Não podemos ser unilateralistas. E verifiquei que, tempos depois, ele foi à China”, ponderou. 

Ao mesmo tempo, Temer parece não concordar com o estilo de Jair Bolsonaro. Na opinião dele, o presidente “diz uma determinada coisa, mas a sua ação é diversa”. 

“Lula radicalizou”

Colocando-se em uma postura de pacificador, Michel Temer analisa que a soltura de Lula poderia ter sido positiva caso ele tivesse se dedicado, durante o tempo em que esteve na prisão, à “unificação do país”, o que na opinião de Temer não aconteceu. De acordo com emedebista, o petista radicalizou. 

“Se Lula radicaliza de um lado, dá chance ao Bolsonaro para ficar na posição inversa. Talvez eles tenham isso em mente”, concluiu.

Em uma tentativa de acordo na delação da Lava Jato, o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), que está preso há três anos, apontou irregularidades financeiras de 120 políticos e afirmou ter arrecadado R$ 270 milhões em cinco anos para dividir com correligionários e aliados. Desse montante, cerca de 70% originou do caixa dois.

A proposta de delação foi entregue por Cunha aos procuradores em 2017. Contudo, os relatos foram considerados pelos investigadores como superficiais demais, por isso, não houve acordo. 

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Um dos arquivos da delação foi recebido pelo jornal Folha de S. de Paulo, o qual reportou as informações nesta quinta-feira (26). No documento, o político obteve influência de dezenas de parlamentares que o elegeram como presidente da Câmara em 2015. Especialmente os do PMDB (hoje MDB), até então liderado por Michel Temer. 

Temer, que viria a se tornar presidente da República em 2016, está entre os principais alvos dos relatos de Eduardo Cunha. Assim como o ex-ministro Moreira Franco (MDB) e o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho.

No caso do ex-presidente, que é indicado em 14 anexos do assunto, Cunha afirma que todas as arrecadações de recursos para financiar aliados foram feitas no “universo de Temer” e que, além disso, também tratou de negociações no período do impeachment de Dilma. 

Segundo a reportagem, Eduardo Cunha disse na proposta de delação que o seu papel dentro do MDB cresceu a partir de 2007, quando ele deixou de ser “apenas um articulador de Garotinho” para ser coordenador da bancada no Estado fluminense. Na nova função, Cunha ficou à frente da distribuição de cargos no governo Lula e no Congresso, além da arrecadação nas campanhas eleitorais. 

De acordo com o ex-deputado, pontua a matéria, as articulações ganharam ainda mais força em 2014, no primeiro mandato de Dilma Rousseff, formado um “blocão” com parlamentares do MDB  e de outras siglas. O “blocão” serviu de base para a eleição de Cunha no comando da Câmara em 2015. 

Moreira Franco teria recebido propina 

Segundo afirmou Eduardo Cunha, conta o jornal, o ex-ministro de Dilma e Temer teria adquirido propina para um financiamento e que parte dele foi destinado mais tarde ao atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que negou o envolvimento.

Outros políticos mencionados na proposta de delação afirmaram que Cunha tentou se vingar dos seus desafetos e que por este motivo os citou no documento. A maior parte deles, segundo Eduardo Cunha, teriam arrecadado, em 2014, cerca de R$ 148,6 milhões de empreiteiras como a Odebrecht, JBS e doações de bancos.

"Mitemer", apelido usado por Michel Miguel Elias Temer Lulia Filho, publicou na noite de Natal uma entrevista com o pai, Michel Temer, para responder a dez perguntas que recebeu de seus seguidores.

"Então, fala guys! Beleza!", diz um Michelzinho à vontade em uma poltrona de Youtuber, ao iniciar o vídeo editado e publicado na internet. O pai, sem perder o tom tradicional, parece conceder uma entrevista séria, enquanto fala sobre o que mais gosta de comer, beber e de fazer no dia a dia.

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"Quinta pergunta, de Cairã Moura: o que você faz no seu tempo livre?", questiona Michelzinho, no vídeo de pouco mais de três minutos. "Eu leio. Leio bastante e assisto série também, sérias históricas que são muito úteis para o aprendizado, assim como a leitura", responde o ex-presidente.

O vídeo "Perguntas e respostas com meu pai" já ultrapassou 131 mil visualizações. O canal de Michelzinho tem 25,6 mil seguidores no Youtube. "Então, guys, esse foi o vídeo. Espero que vocês tenham gostado. Quero desejar um feliz Natal a todo mundo. E, como sempre, se você gostou, deixe o seu like. E valeu! Falou!

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Novas mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil, nesta segunda-feira (14), sugerem que os procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba divulgaram a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o caso do sítio de Atibaia de maneira estratégica. Em maio de 2017, o grupo publicizou a acusação contra o ex-presidente para tentar abafar as críticas que o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estava recebendo na época. 

Janot estava sendo bombardeado por conta de um áudio vazado sobre a colaboração premiada dos executivos da JBS que envolvia o então presidente Michel Temer (MDB). Suspeitas apontavam que o material tinha sido editado. 

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Carlos Fernando dos Santos Lima, que era procurador da Lava Jato na ocasião, chegou a escrever para os demais colegas que a denúncia contra Lula poderia "criar distração" sobre a eventual edição da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, que gerou grande repercussão naquele momento porque a gravação deixava a entender que Temer estaria articulando uma espécie de compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB). O áudio vazou em 17 de maio e a denúncia contra Lula estava marcada para o dia seguinte, mas chegou a ser adiada pela repercussão. 

Entretanto, quando surgiu a especulação de que o conteúdo havia sido editado, os procuradores, ao conversarem sobre a necessidade de um laudo técnico da Polícia Federal, também trataram de uma forma para abafar as críticas a Janot. 

“Quem sabe não seja hora de soltar a denúncia do Lula. Assim criamos alguma coisa até o laudo”, disse Carlos Fernando no grupo Filhos do Januário 1. “Vamos criar distração e mostrar serviço”, asseverou Deltan Dallagnol. O caso do sítio Atibaia foi apresentado à Justiça no dia seguinte à essa conversa. 

Veja:

Filhos do Januário 1

21 de maio de 2017

Carlos Fernando dos Santos Lima – 20:02:26 – Quem sabe não seja hora de soltar a denúncia do Lula. Assim criamos alguma coisa até o laudo.

Deltan Dallagnol – 21:03:14 – Acho que a hora tá ficando boa tb. Vou checar se tem operação em BSB, que se tiver vai roubar toda a atenção.

Após checar com a equipe de Brasília, Deltan volta a falar no grupo

Dallagnol – 21:39:51 – Nesta semana não tem op de BSB (mantenham aqui óbvio). Da pra soltar a den Lula Cf acharmos melhor

Jerusa Viecili – 21:40:51 – Faremos o release amanhã

Santos Lima – 21:45:18 – Vamos criar distração e mostrar serviço.

--

A perícia da Polícia Federal detectou que houve cortes no áudio da conversa entre Temer e Joesley, mas descartou alterações no conteúdo que foi base, posteriormente, para uma denúncia da PGR contra o ex-presidente. 

No caso de Atibaia, Lula foi condenado na primeira instância pela juíza Gabriela Hardt a 12 anos e 11 meses de prisão. O petista aguarda o julgamento de um recurso na segunda instância no Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Questionado sobre a estratégia, o Ministério Público Federal do Paraná disse que “quando nenhuma questão legal (como a existência de prazo ou risco de prescrição) ou razão de interesse público determina o momento de apresentação de uma denúncia ou manifestação, a força-tarefa ouve a equipe de comunicação quanto ao melhor momento para sua divulgação”.

O ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que se aposentou em março, não se manifestou sobre o assunto. Nem a Procuradoria-Geral da República.

O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou indícios de que pelo menos dois ministérios driblaram o Orçamento e o Congresso Nacional para gastar mais em 2018, durante a gestão do ex-presidente Michel Temer, e ainda deixaram a conta para o governo Jair Bolsonaro pagar este ano.

A prática fere a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição, e pode ser considerada crime contra as finanças públicas.

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Segundo documento obtido pelo Estadão/Broadcast, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC) executaram R$ 1,278 bilhão em despesas sem que houvesse autorização no Orçamento. Sem a dotação, os gastos não foram nem sequer alvo de empenho, que é a primeira fase do rito de gastos e sinaliza o reconhecimento daquele compromisso. Elas também escaparam de qualquer bloqueio nos gastos por falta de receitas.

Esses "esqueletos do Orçamento" foram descobertos pelo TCU porque as duas pastas registraram a dívida como passivo contábil no fim de 2018. No início deste ano, a cifra começou a ser empenhada e passou a ser paga pelo governo Bolsonaro por meio da rubrica Despesas de Exercícios Anteriores (DEA), geralmente usada em casos de exceção (como uma conta de luz que excedeu o valor previsto no último mês do ano, sem tempo hábil de ajuste) e com valores menos vultosos.

Só no primeiro semestre deste ano, o governo já desembolsou R$ 1,1 bilhão em despesas discricionárias (aquelas que o governo pode cortar ou remanejar) de exercícios anteriores, quase o mesmo que no ano inteiro de 2018 (R$ 1,2 bilhão).

O pedido de inspeção foi feito ao relator, ministro Bruno Dantas, responsável pela análise das contas deste ano, e deve avaliar ainda a conduta dos gestores atuais do Ministério da Cidadania (que incorporou atribuições do MDS) e do MCTIC diante da descoberta do passivo.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o ministro deve atender à solicitação para a nova inspeção. Dantas tem tido um alinhamento próximo com a unidade técnica do tribunal, como já aconteceu em outras questões, como a do bônus dos servidores da Receita.

O maior esqueleto foi deixado pelo MDS. De acordo com a Corte de contas, R$ 1,2 bilhão do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) ficou de fora do Orçamento em 2017 e 2018. A pasta chegou a solicitar no ano passado um crédito extra ao Congresso Nacional para conseguir executar todas as despesas previstas, mas não foi atendida. Técnicos veem a manobra como uma tentativa de "tocar a política pública na marra", contornando as decisões do Legislativo sobre o Orçamento.

Para se ter uma ideia, um terço do orçamento do FNAS no primeiro semestre serviu para quitar esses passivos. Mesmo assim, ainda resta um débito de R$ 938,3 milhões e não há espaço no Orçamento deste ano para sanar a dívida.

Outro lado

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, que foi ministro do Desenvolvimento Social na gestão Temer, informou via assessoria que quitou em 2017 todos os repasses atrasados do Sistema Único de Assistência Social e realizou um repasse de R$ 2,9 bilhões para fundos estaduais e municipais da Assistência Social. "Já em 2018, os recursos alocados vinham apresentando uma significativa redução. O ministério, à época, adotou medidas para garantir a continuidade dos serviços ofertados pela rede", afirmou.

O ex-ministro do MDS Alberto Beltrame, que comandou a pasta de abril de 2018 até o fim do governo Temer, não retornou aos pedidos da reportagem.

A assessoria do ex-ministro Gilberto Kassab informou que "a execução orçamentária do exercício de 2018 sob responsabilidade da secretaria executiva do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações seguiu estritamente a legislação vigente". Não tivemos retorno da gestão atual do MCTIC até o fechamento desta edição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, Daniel Coelho (PE), disse que as declarações do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “são uma confissão de prevaricação”. 

Em entrevista ao Estadão e à revista Veja, Janot revelou que o agora deputado federal Aécio Neves (PSDB) e o ex-presidente Michel Temer (MDB) tentaram cooptá-lo para barrar investigações que atingia a eles e seus aliados.

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Além disso, Janot pontuou ter certeza que Lula “é corrupto” e disse que teve a intenção de matar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, mas a “mão de Deus” o segurou. 

Na ótica de Daniel, “as declarações feitas pelo ex-chefe da PGR são uma confissão de prevaricação”. “Ele atesta ter participado, ter sabido e ter sido proposto a ele crimes a serem cometidos por autoridades. E preferiu o silêncio para revelá-los agora em um livro”, afirmou o deputado.

“É realmente estarrecedor que isto seja considerado normal: alguém que ocupou cargo tão importante na República brasileira ter a ciência de todos estes fatos e não ter revelado nenhum deles, guardando-os para a posteridade e, talvez, para criar uma polêmica para um livro a ser publicado”,  complementou o pernambucano. 

Prevaricação é retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente ato de ofício para satisfazer interesse pessoal.

Em sessão especial para comemorar os 40 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Palestina no Senado, o embaixador da Palestina, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, relembrou o esforço do Brasil pela paz no Oriente Médio. Ele pediu que o atual governo reafirme o compromisso pela defesa do direito de autodeterminação do povo palestino.

“Reconhecemos as contribuições dos presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Michel Temer, dos chanceleres e diplomatas brasileiros e de funcionários do Itamaraty. E o que esperamos do senhor presidente Jair Bolsonaro? Juntar-se ao esforço tradicional deste grande Brasil. Viva a amizade entre Brasil e Palestina”, disse Alzeben durante a sessão.

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O representante da Palestina afirmou que o apoio do Brasil é fundamental pelo papel que desempenha no cenário mundial e destacou que “quase todos” os líderes mundiais apoiam o pleito palestino de criação de um Estado próprio.

“Todos acompanhamos a sessão atual da Assembleia Geral das Nações Unidas. Quase (insisto na palavra “quase”) todos os discursos de líderes mundiais coincidem em seu apoio à solução de dois Estados. Todos coincidem com a posição oficial palestina de que o conflito provocado pela ocupação é político e territorial, e não religioso, e de que a solução é política”, defendeu Alzeben, que agradeceu ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e ao senador Esperidião Amin (PP-SC) pela homenagem.

O histórico de amizade entre Brasil e Palestina também foi relembrado pelo presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil, Ualid Hussein Ali Mohd Rabah.

“Apostamos muito que o Brasil saberá seguir seu caminho inexorável de superpotência e contribuirá para que tenhamos um mundo mais justo para os povos, inclusive para o povo palestino. O Brasil e a Palestina devem seguir juntos, porque seus sonhos só se realizam num novo mundo. O Brasil será maior num mundo em que a Palestina seja livre”, defendeu.

Dois Estados

Representando o governo, o diretor do Departamento de Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, Sidney Romero, disse que o Brasil quer uma solução “justa e abrangente” para o conflito Israel-Palestina.

“Em mais de uma ocasião neste ano, expressamos nosso apoio a uma solução de dois Estados. O Brasil apoia uma solução que, além de justa e abrangente, seja efetiva e definitiva. Esperamos que abordagens inovadoras tragam consigo a virtude de destravar as discussões em torno dos temas mais delicados do conflito”.

Segundo Romero, a visita de Jair Bolsonaro ao Oriente Médio em outubro demonstra a importância que o governo brasileiro confere ao relacionamento com todo o mundo árabe.

“Nossos laços culturais, econômicos e políticos com o mundo árabe são inquebrantáveis. A visita do presidente Jair Bolsonaro à Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar, em outubro próximo, a ser realizada ainda em seu primeiro ano de mandato, reforça, inequivocamente, a importância de nosso relacionamento com os países da região”, disse.

Esperidião Amin foi o autor do pedido de homenagem. Ele destacou que o Estado brasileiro sempre foi um defensor da autodeterminação e da soberania do povo palestino. Em 2010, o Brasil reconheceu oficialmente o Estado da Palestina, levando outros países da América Latina a fazer o mesmo, apontou o senador.

“Desejamos a paz entre palestinos e israelenses e uma vida melhor, cheia de prosperidade, para todos os povos do mundo e, especialmente, para os povos da região. Para isso, podem sempre contar com o Brasil”, afirmou.

*Da Agência Senado

 

O ator Pedro Cardoso comentou a fala de Michel Temer durante o programa Roda Viva em que reconheceu a queda da ex-presidenta da República, Dilma Rousseff, como um golpe. Nesta quarta-feira (18), um vídeo do ator passou a circular as redes sociais. Nele, Pedro critica a fala de Michel e cita uma democracia enfraquecida.

“Bom dia amigos, passo aqui porque é irresistível comentar o Temer no Roda Viva, que foi surpreendido pela verdade e admite o Golpe. O Temer, que raramente falou a verdade na vida, foi surpreendido por ela e lá disse golpe. A democracia brasileira fica profundamente fragilizada enquanto o golpe que tirou a Dilma do poder não for aceito como golpe que foi”, salientou.

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Mas o conteúdo do vídeo não se resumiu apenas à retirada da Dilma do Planalto. A prisão de Lula também esteve em pauta no vídeo.

“E a prisão de Lula, independente da culpa que ele possa ter ou não, faz parte do golpe e a democracia brasileira não vai ser fortalecer enquanto esse golpe permanecer parecendo um movimento político legitimo. Basta rever as pessoas que depuseram seu voto naquele dia, a grossura e falta de educação daquela gente para ver que eles não tinham amor nenhum pelo Brasil, muito menos pela democracia”, concluiu.

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