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Aos 93 anos, o ex-presidente José Sarney sofreu um acidente doméstico nesse domingo (16) e precisou ser internado em um hospital no Maranhão. A filha Roseane explicou nas redes sociais que ele havido tropeçado e caído mais cedo.

A ex-governadora do Maranhão informou que o acidente não foi grave e que Sarney já aguarda a liberação do hospital. "Levamos um susto muito grande. Meu pai tropeçou e caiu. Nós o levamos para um hospital, mas graças a Deus, os exames já concluíram e ele tá muito bem. Se Deus quiser, vai ficar bom logo, logo", compartilhou Roseane Sarney. 

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Em sessão especial para comemorar os 40 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Palestina no Senado, o embaixador da Palestina, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, relembrou o esforço do Brasil pela paz no Oriente Médio. Ele pediu que o atual governo reafirme o compromisso pela defesa do direito de autodeterminação do povo palestino.

“Reconhecemos as contribuições dos presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Michel Temer, dos chanceleres e diplomatas brasileiros e de funcionários do Itamaraty. E o que esperamos do senhor presidente Jair Bolsonaro? Juntar-se ao esforço tradicional deste grande Brasil. Viva a amizade entre Brasil e Palestina”, disse Alzeben durante a sessão.

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O representante da Palestina afirmou que o apoio do Brasil é fundamental pelo papel que desempenha no cenário mundial e destacou que “quase todos” os líderes mundiais apoiam o pleito palestino de criação de um Estado próprio.

“Todos acompanhamos a sessão atual da Assembleia Geral das Nações Unidas. Quase (insisto na palavra “quase”) todos os discursos de líderes mundiais coincidem em seu apoio à solução de dois Estados. Todos coincidem com a posição oficial palestina de que o conflito provocado pela ocupação é político e territorial, e não religioso, e de que a solução é política”, defendeu Alzeben, que agradeceu ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e ao senador Esperidião Amin (PP-SC) pela homenagem.

O histórico de amizade entre Brasil e Palestina também foi relembrado pelo presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil, Ualid Hussein Ali Mohd Rabah.

“Apostamos muito que o Brasil saberá seguir seu caminho inexorável de superpotência e contribuirá para que tenhamos um mundo mais justo para os povos, inclusive para o povo palestino. O Brasil e a Palestina devem seguir juntos, porque seus sonhos só se realizam num novo mundo. O Brasil será maior num mundo em que a Palestina seja livre”, defendeu.

Dois Estados

Representando o governo, o diretor do Departamento de Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, Sidney Romero, disse que o Brasil quer uma solução “justa e abrangente” para o conflito Israel-Palestina.

“Em mais de uma ocasião neste ano, expressamos nosso apoio a uma solução de dois Estados. O Brasil apoia uma solução que, além de justa e abrangente, seja efetiva e definitiva. Esperamos que abordagens inovadoras tragam consigo a virtude de destravar as discussões em torno dos temas mais delicados do conflito”.

Segundo Romero, a visita de Jair Bolsonaro ao Oriente Médio em outubro demonstra a importância que o governo brasileiro confere ao relacionamento com todo o mundo árabe.

“Nossos laços culturais, econômicos e políticos com o mundo árabe são inquebrantáveis. A visita do presidente Jair Bolsonaro à Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar, em outubro próximo, a ser realizada ainda em seu primeiro ano de mandato, reforça, inequivocamente, a importância de nosso relacionamento com os países da região”, disse.

Esperidião Amin foi o autor do pedido de homenagem. Ele destacou que o Estado brasileiro sempre foi um defensor da autodeterminação e da soberania do povo palestino. Em 2010, o Brasil reconheceu oficialmente o Estado da Palestina, levando outros países da América Latina a fazer o mesmo, apontou o senador.

“Desejamos a paz entre palestinos e israelenses e uma vida melhor, cheia de prosperidade, para todos os povos do mundo e, especialmente, para os povos da região. Para isso, podem sempre contar com o Brasil”, afirmou.

*Da Agência Senado

 

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (21) que o ex-senador José Sarney (PMDB-AP) deve responder na Corte pelas acusações do ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, um dos delatores da Operação Lava Jato. Por 4 votos a 1, a decisão foi a primeira derrota do ministro Edson Fachin após assumir a relatoria dos processos da operação no lugar de Teori Zavascki, morto em um acidente de avião no mês passado.

A turma julgou um recurso protocolado pela defesa de Sarney contra decisão de Zavascki, que determinou o compartilhamento da investigação com a Justiça Federal de Curitiba, comandada pelo juiz federal Sérgio Moro.

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Os advogados alegaram que ex-senador deve responder às acusações no Supremo. Para a defesa, os fatos estão relacionados a crimes que teriam sido cometidos por outros senadores, que também são investigados na Corte e têm foro privilegiado.

Durante o julgamento desta terça, Fachin ponderou que não houve autorização para investigar Sarney em Curitiba, apenas um compartilhamento de um dos depoimentos de Sérgio Machado. No entanto, por 4 votos a 1, a turma seguiu o voto divergente do ministro Dias Toffoli.

Para o ministro, os fatos envolvendo Sarney estão interligados com os supostos crimes cometidos pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), que já são investigados na Corte. Dessa forma, segundo Toffoli, o ex-senador não pode ser investigado pelo juiz Sérgio Moro. Seguiram a divergência os ministros Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Gilmar Mendes.

Há duas semanas, Fachin autorizou abertura de inquérito para investigar Renan Calheiros e Jucá, além de Sarney e Sérgio Machado. Os investigados são acusados de tentar barrar ou atrapalhar as investigações da Lava Jato.

Delação

Nos depoimentos de delação premiada, o ex-presidente da Transpetro disse que repassou propina para mais de 20 políticos de vários partidos. Segundo Machado, foram repassados ao PMDB “pouco mais de R$ 100 milhões”, que tiveram origem em propinas pagas pelas empresas que tinham contratos com a Transpetro.

De acordo com os termos do acordo de delação, divulgados hoje, Sérgio Machado vai devolver R$ 75 milhões aos cofres públicos. Desse total, R$ 10 milhões deverão ser pagos 30 dias após a homologação, que ocorreu no mês passado, e R$ 65 milhões parcelados em 18 meses. Por ter delatado supostos repasses de recursos da Transpetro para políticos, Machado vai cumprir pena em regime domiciliar diferenciado.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu não comentar sobre os supostos pedidos de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), do senador Romero Jucá (RR), do ex-senador José Sarney (AP) e do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), todos do PMDB, que ele teria feito ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob a justificativa de que os políticos teriam tentado obstruir as investigações da Operação Lava Jato. 

“Não confirmo nada”, disparou Janot, ao sair de uma reunião do Conselho Superior do Ministério Público Federal. A informação do encaminhamento dos pedidos, que estariam em sigilo no STF, foi revelada pelo jornal O Globo, nesta terça-feira (7). De acordo com a publicação, o caso estaria sendo analisado há pelo menos uma semana pelo ministro Teori Zavascki. 

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Segundo a reportagem, a solicitação de Janot teria sido encaminhada após a divulgação de conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em que Sarney, Renan e Jucá foram flagrados acertando meios de derrubar as apurações sobre o esquema de corrupção na Petrobras. 

 

Os juros futuros começaram a manhã desta terça-feira, 7, com força, em alta em toda a curva, refletindo o clima de incerteza com o governo de Michel Temer potencializado pela notícia de pedidos de prisão dos grandes nomes do seu partido, o PMDB: o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL); o senador e ex-ministro Romero Jucá (RR), o ex-presidente da República e ex-senador José Sarney e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

Às 9h26, o DI para janeiro de 2018 estava a 12,60%, de 12,51% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2019 exibia 12,43%, de 12,29%. O vencimento para janeiro de 2021 a 12,47%, de 12,31% no ajuste anterior.

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Se por um lado as prisões mostram que continua o combate à corrupção na gestão Temer, por outro lado essas prisões podem afetar a governabilidade do presidente em exercício e influenciar a votação final do impeachment de Dilma Rousseff no Senado, na avaliação de profissionais do mercado financeiro consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Os pedidos de prisão foram feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a Teori Zavascki, ministro relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Temer, segundo fontes, deve conversar nesta manhã com interlocutores próximos para discutir o impacto desses pedidos. Ele não tem compromissos oficiais agendados nesta manhã.

O mercado também estará atento à sabatina do indicado à presidência do Banco Central, Ilan Goldfajn, às 10 horas, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Em novas gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, divulgadas neste sábado (28) o ex-presidente José Sarney (PMDB) afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se arrependeu de ter escolhido a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) como sua sucessora. 

Os áudios foram divulgados em reportagem exibida pelo Jornal Hoje. De acordo com o noticiário, embora o nome de Lula não seja citado, os investigadores afirmam que o petista é o objeto principal da conversa. 

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"Agora, tudo por omissão de dona Dilma", diz Machado. E Sarney responde: "Ele [Lula] chorando. O que eu ia contar era isso. Ele me disse que o único arrependimento que ele tem é ter eleito a Dilma. Único erro que ele cometeu. Foi o mais grave de todos".  

Ajuda a políticos - No trecho do diálogo divulgado hoje, Machado também menciona uma "ajuda" a diversos políticos, entre eles Sarney. Segundo o noticiário, não é possível não é possível identificar que tipo de ajuda seria essa. "Mais alguém sabe que você me ajudou?", pergunta Sarney. "Não sabe não. Ninguém sabe, presidente", responde Machado.

 

 

 

Após a divulgação de conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) divulgou nesta sexta-feira, 27, nota afirmando que nunca teve o objetivo de interferir nas investigações da Operação Lava Jato e fez um pedido de desculpas aos advogados que citou como sendo próximos ao ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). "Jamais passou pela minha cabeça interferir ou envolver-me com a operação Lava-Jato, que, de minha parte, até hoje, só tem recebido manifestações de apoio", informou o ex-presidente.

Em um dos trechos de uma conversa entre Sarney e Machado, no dia 10 de março, o ex-presidente diz que vai conversar com o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Cesar Asfor Rocha como alguém que teria proximidade com Teori. Em outra gravação, no dia seguinte, o presidente do Senado, Renan Calheiros, em diálogo com Sarney e o ex-dirigente da Transpetro, sugere o advogado Eduardo Ferrão como alguém próximo ao ministro.

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"Quero esclarecer que Sérgio Machado gozava de minha absoluta confiança e frequentava assiduamente minha casa. Por ele tinha apresso (sic). Vendo um amigo em momento de desespero, prontifiquei-me a orientá-lo e cheguei mesmo a sugerir nomes que poderiam aceitar participar de sua defesa. Daí minha ressalva de que não desejava contato com seu advogado", justificou Sarney.

De acordo com o ex-presidente, ele não conversou com Asfor Rocha nem com Ferrão sobre a possível influência dos dois em relação a Teori. "Nem tinha liberdade para isso", disse. "Não sabia, aliás, se qualquer dos dois tinha amizade com o Ministro Teori Savascki."

Sarney afirmou ainda que Sérgio Machado foi insistente ao lhe pedir ajuda. "Diante da insistência sobre como poderia ajuda-lo e julgando que estava falando coloquialmente em minha casa, invoquei o nome do Ministro Asfor Rocha, que talvez fosse de seu conhecimento e que atualmente exerce a advocacia", disse o ex-presidente, que pediu desculpas para os magistrados. "Peço desculpas ao Ministro César Rocha, que foi um dos maiores magistrados que passaram pelo STJ, bem como ao Doutor Eduardo Ferrão, por quem tenho grande admiração, pelo meu descuido, motivado pelo desejo de ajudar, que muito me amargura", afirmou.

Asfor Rocha também divulgou nota de esclarecimento na qual contesta que tenha sido procurado "em qualquer tempo e por qualquer pessoa" para tentar influenciar o ministro Teori. "A respeito da transcrição de gravações que teriam sido feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, com alguns políticos, o advogado Cesar Asfor Rocha contesta terminantemente que tenha sido procurado, em qualquer tempo e por qualquer pessoa, para tratar dos assuntos aludidos", diz a nota enviada por sua assessoria.

O ex-ministro "nega, com igual veemência", que tenha tido conversas sobre o tema com qualquer ministro do Supremo Tribunal Federal ou com qualquer outro magistrado. "Repudia, por fim, as ilações injuriosas precipitadamente extraídas da simples menção a seu nome em conversas de terceiros", completa.

No diálogo do dia 10 de março, Sarney responde a uma preocupação manifestada por Machado em relação à possibilidade de virar réu na primeira instância. O ex-presidente da Transpetro indica que, nesse caso, poderia negociar uma contribuição premiada. "Porque realmente, se me jogarem para baixo (passando a ficar sob a alçada do juiz Sérgio Moro) aí Teori ninguém consegue conversar", diz Machado. Sarney sugere o nome do ex-ministro do STJ. "(Cesar Asfor Rocha) Tem total acesso ao Teori. Muito, muito, muito, muito acesso, muito acesso. Eu preciso falar com o Cesar. A única coisa com o Cesar, com o Teori é com o Cesar."

Teori foi ministro do STJ antes de ser nomeado por Dilma para o Supremo. Asfor Rocha presidiu o STJ e, em 2009, concedeu uma liminar que barrou a Operação Castelo de Areia. A operação apurou um suposto esquema de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes financeiros e repasses para políticos envolvendo executivos da empreiteira Camargo Corrêa.

O ex-presidente José Sarney (PMDB) prometeu ajudar ao ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, para evitar que o caso dele fosse transferido para a análise do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, mas "sem meter advogado no meio". As informações são da Folha de São Paulo. 

Segundo a reportagem, publicada nesta quarta-feira (25), o peemedebista estava querendo evitar um acordo de delação premiada de Machado com o Supremo Tribunal Federal para a Operação Lava Jato. 

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Sarney manifesta preocupação em uma eventual delação premiada de Machado. "Nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles estão falando com ele em delação", argumenta o ex-presidente em diálogos gravados em março, pelo próprio Machado. O ex-presidente da Transpetro fechou acordo de delação com o STF nessa terça (24).

Na ocasião, sem a expectativa de firmar colaboração com a Justiça, Machado concordou de imediato com a ajuda sem a participação dos advogados. A estratégia, de acordo com o periódico, não fica clara, mas envolvia as conversas com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Para Sérgio Machado, a iniciativa tinha que ser política e jurídica. 

Apesar da possibilidade de tratativas com Jucá e Renan, Sarney prefere conversar apenas com Renan sobre o assunto. O ex-presidente disse que não achava "conveniente, a gente não põe muita gente".

Em resposta à Folha, José Sarney lamentou que conversas privadas tornassem-se públicas. "As conversas que teve com Machado nos últimos tempos foram sempre marcadas de minha parte pelo sentimento de solidariedade, característica de minha personalidade", disse em nota.

O ex-presidente da República José Sarney (AP) recebeu, neste sábado (12), durante a convenção nacional do PMDB, o título de presidente de honra do partido. O anúncio, feito pelo vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, foi recebido sob vaias de alguns peemedebistas. Apesar de não comentar os pedidos de desembarque imediato do governo, Sarney disse que "mais responsabilidades recaem nos ombros de Temer" neste momento.

"Temer continuará sendo a bandeira e a voz do nosso partido a serviço das causas da liberdade, da democracia e dos direitos sociais", declarou o ex-presidente, que também elogiou a gestão do vice à frente do PMDB. "Temer vem exercendo a presidência do PMDB com moderação, com espírito de diálogo, com um grande e profundo amor ao Brasil e visando sempre contribuir para a governabilidade, para a solução dos problemas nacionais", afirmou.

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No início do seu discurso, Sarney destacou que fez um "grande esforço" para comparecer ao encontro do partido. Em janeiro, ele sofreu uma queda em sua residência na Ilha de Curupu, a 20 km da capital, São Luís, e fraturou o ombro e teve escoriações no cotovelo. O ex-presidente está com o braço imobilizado e faz sessões de fisioterapia para se recuperar.

Os ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso e José Sarney serão convidados para audiências da comissão especial criada na Câmara para discutir a reformulação do pacto federativo. Os convites foram aprovados na tarde desta quarta-feira, 25. Como se trata de convite, os ex-presidentes não são obrigados a comparecer. As datas das audiências não foram marcadas.

Pelos discursos dos deputados que participaram da sessão desta tarde, a pauta principal da comissão será a distribuição de responsabilidades por parte da União a Estados e municípios sem equivalente distribuição de recursos.

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"Todos eles (ex-presidentes) falharam com os Estados e municípios", afirmou o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).

Laudo do Corpo de Bombeiros do Maranhão relata risco de incêndio e desabamento de partes do prédio do Convento das Mercês, onde funciona a Fundação da Memória Republicana Brasileira, que abriga o acervo do ex-presidente José Sarney (PMDB). O Corpo de Bombeiros concede prazo de 30 dias para a nova administração da fundação promover melhorias estruturais para evitar problemas.

Os bombeiros relatam que na vistoria feita na segunda-feira, 19, foram identificadas fissuras nas paredes do prédio e falta de um plano para evitar incêndio. O laudo é assinado pelo vistoriador Wellington Nadson Furtado Durans. Entre as melhorias solicitadas estão: apresentar plano de ação de emergência, adequar saída de emergência; apresentar laudo estrutural de toda a edificação e instalar iluminação de emergência.

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O Convento das Mercês ficou fechado até quinta-feira, 22, quando foi reaberto à visitação de exposições; Já o acervo do ex-presidente está com sua exposição fechada por tempo indeterminado.

O novo administrador da fundação, Valdênio Caminha, diz que ainda não teve acesso aos documentos e que por isso não pode comentar o assunto.

Em novembro de 2014, o Convento das Mercês recebeu a 8ª edição da Feira do Livro de São Luís e recebeu mais de 200 mil visitantes em 8 dias de programação. Na época o Corpo de Bombeiros liberou as atividades. O prédio recebe em média 900 pessoas por dia.

Polêmica

A fundação se transformou em um problema para o governo de Flávio Dino (PC do B), adversário histórico do clã que governou o Maranhão dos anos 1960 até o ano passado.

Na semana passada, Dino fechou o museu, mandou os funcionários embora e anunciou estudos para privatizar a entidade, cujo funcionamento custou aos cofres do Estado em torno de R$ 8 milhões entre 2012 e 2014. Os moradores do bairro reclamaram, já que no convento das Mercês, onde a fundação e o museu estão instalados, há cursos de reforço escolar para crianças. A nova gestão diz agora que vai reformular o projeto.

Em seu último discurso na tribuna do Senado, o senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) disse nesta quinta-feira ter se arrependido de ter voltado ao Congresso depois de ter ocupado a Presidência da República. "Eu me arrependo, acho que foi um erro que eu cometi ter voltado, depois de presidente, à vida pública", afirmou para um plenário praticamente vazio.

Sarney afirmou que seria preciso proibir os ex-presidentes de ocuparem cargos públicos. Para ele, quem já foi presidente deveria se dedicar a trabalhar pelo bem do País, independentemente das preferências partidárias. Após a morte de Tancredo Neves, Sarney ocupou a Presidência entre 1985 e 1990, no período da transição democrática. Antigo líder da UDN, partido que deu sustentação ao regime militar, o senador chamou o golpe de 1964 de "revolução" em um momento de sua fala.

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Depois do terceiro mandato consecutivo no Senado, Sarney decidiu não disputar a eleição deste ano. Em junho, ele surpreendeu o mundo político ao anunciar que iria deixar a vida pública. Durante o seu discurso, ele fez duras críticas ao atual modelo político e propôs que seja colocada em prática a reforma política. Ele afirmou também que decidiu reapresentar um projeto que regulamenta o funcionamento das estatais como o seu "último legado". Segundo ele, a medida acabaria com casos de corrupção como o da Petrobras, que "envergonham" o País.

Despedida

Apesar do seu histórico político - ele fez questão de ressaltar que era o parlamentar mais longevo do País, tendo sido eleito para o primeiro mandato como deputado em 1955 -, Sarney optou por uma despedida discreta. O ex-presidente não avisou nenhum correligionário que faria o seu último discurso nesta quinta. Vários peemedebistas correram para o plenário quando souberam que ele estava na tribuna. "Eu quis fazer cedo, para que não tivesse ninguém mesmo, para falar às cadeiras vazias, mas, infelizmente, demorei bastante, a generosidade dos colegas foi grande, de maneira que a Casa está se enchendo", brincou.

Maranhão

Apesar de ter conseguido o mandato pelo Amapá, Sarney fez questão de agradecer ao povo do Maranhão, seu Estado natal. Segundo ele, apesar de a imprensa destacar apenas aspectos negativos, o Maranhão estaria na "vanguarda" do País. Recentemente, a sua filha, Roseana Sarney, renunciou ao governo do Estado alegando problemas da saúde. Depois de décadas no comando do Estado, o grupo de Sarney perdeu as eleições de outubro para o candidato do PC do B, Flávio Dino.

O senador José Sarney (PMDB/AP) foi homenageado nesta quarta-feira (3) por dezenas de funcionários do sistema de comunicação do Senado. A homenagem foi realizada pelos serviços prestados pelo parlamentar, que foi o responsável pela criação da comunicação social da casa. 

Sarney é o parlamentar com mais tempo de carreira no Congresso Nacional e se despede da Casa em Janeiro, quando termina seu mandato. Por quase duas hora o senador ouviu depoimentos com homenagens. 

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“O Senado passou a falar diretamente ao cidadão e esse ganhou a possibilidade de comparar os fatos transmitidos ao vivo na Casa com as versões do conjunto da mídia comunicativa”, disse Sarney.

A TV Senado foi criado na primeira gestão de José Sarney na presidência da Casa e se tornou a primeira emissora do legislativo brasileiro. O senador disse acreditar que a comunicação pública será cada vez mais ativa para o exercício da democracia. 

“Com o avanço da informática, nos encontraremos dentro de alguns anos em condições de retornar às raízes da democracia, podendo alcançar aquele ideal da democracia direta de que nos afastamos pelas dimensões dos Estados modernos”, analisou Sarney.

O peemedebista José Sarney, correligionário do vice-presidente Michel Temmer e aliado do governo de Dilma Rousseff, recuou e adimitiu que votou em Aécio Neves (PSDB). Ele havia  negado, em nota, que teria direcionado o voto no tucano no segundo turno do pleito, mas o vazamento da imagem que o mostra diante da urna, fez Sarney voltar atrás. "Foi um voto de gratidão ao Tancredo", afirmou o ex-presidente.

Sarney foi escolhido por Tancredo Neves para assumir a vice-presidencia na chapa que elegeu o avô de Aécio Neves presidente do Brasil. Mas uma grave doença vitimou o presidente eleito, antes mesmo da diplomação. José Sarney assumiu o comando do país no período de 1985 a 1989. 

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Um vídeo que registra o momento em que o senador José Sarney (PMDB-AP) aparentemente digita o número 45 (do tucano Aécio Neves) em uma urna eletrônica em Macapá no último domingo está correndo a internet.

Sarney, que é aliado do PT e apoiou formalmente a reeleição da presidente Dilma Rousseff, negou que tenha votado no tucano. Segundo a assessoria de imprensa do senador, o vídeo é falso e faz parte do "jogo sujo" que marcou a disputa eleitoral nas redes sociais. O senador lembrou que o Maranhão, governado por sua filha, Roseana, foi o Estado onde Dilma teve o maior porcentual de votos no 2.º turno, 78% ante 21% do tucano.

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O vídeo que "viralizou" nas redes sociais é uma ampliação da reportagem exibida domingo pela TV Amapá, retransmissora da TV Globo no Estado. Nele, aparecem apenas a mão, a urna eletrônica, o local da votação e um paletó bege com adesivos de Dilma e do candidato do PDT ao governo do Amapá, Waldez Góes, eleito com apoio de Sarney.

Não é possível enxergar o rosto de quem está votando. A imagem mostra que o eleitor chegou a encostar o dedo na tecla de número "1", titubeou e acabou digitando 45 e confirmou. Os rostos de Aécio e seu vice, Aloysio Nunes Ferreira, aparecem na tela da urna eletrônica.

Semelhanças

Embora Sarney negue a autenticidade do vídeo, uma comparação com a cena original feita pela TV Amapá, mais aberta, na qual aparece o rosto do senador, mostra várias semelhanças. O terno e os adesivos são iguais aos de Sarney. A posição dos dedos e o ritmo da digitação também são idênticos nos dois vídeos, assim como a disposição dos móveis no local de votação.

Na segunda-feira, Dilma chegou a telefonar para agradecer aos Sarneys o apoio na disputa eleitoral. Apesar da aliança em nível federal, setores do PT ficaram contra o candidato apoiado pelo senador ao governo do Maranhão, Edison Lobão Filho (PMDB), e, no Amapá, a sigla se aliou a Camilo Capiberibe (PSB), adversário de Waldez Góes.

Além disso, Sarney tem amizade pessoal com Aécio. O maranhense foi vice de Tancredo Neves, avô do tucano, e assumiu a Presidência da República no lugar dele, em 1985. Em passagem por São Luís, no início da disputa eleitoral, Aécio fez questão de salientar que, embora apoiasse Flávio Dino (PC do B) para o governo do Maranhão, não endossaria as críticas aos Sarneys, em nome da relação pessoal.

Além de negar a autenticidade do vídeo, a assessoria de Sarney disse que o senador, por enquanto, não pensa em tomar providências legais em função da divulgação das imagens. Violar o sigilo do voto é crime punível com até dois anos de detenção, segundo o Código Eleitoral. A TV Amapá não comentou o uso das imagens. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Figura dominante da política nacional desde que governou o Maranhão na década de 1960, o senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB), de 84 anos, entrou na campanha deste ano vivendo um período de declínio. Essa "baixa" ficou evidente na última semana, quando Sarney tentou intervir no debate da eleição presidencial. Ele criticou seus aliados Lula e Dilma Rousseff. Disse que o PT corre o risco de perder a eleição e que Lula parece ter perdido a "aura de invencibilidade". Também bateu em Marina Silva (PSB), afirmando que ela "tem cara de santinha", mas é "radical" e "raivosa". As declarações em nada mudaram o cenário da disputa.

O declínio do patriarca começa no local onde ele se projetou para a política. O ex-presidente entrou na eleição maranhense deste ano apoiando o segundo colocado nas pesquisas, Edison Lobão Filho (PMDB), e sem a perspectiva de, mesmo em eleições futuras, ver um parente reassumir o governo estadual.

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Sarney não tem um herdeiro para substituí-lo após a aposentadoria - ele diz que deixará a vida pública em janeiro de 2015. Sua filha, a atual governadora Roseana (PMDB), foi reeleita em 2010 e não pôde disputar o cargo de novo. Depois de especulações sobre tentar o Senado, ela anunciou que, como o pai, vai se aposentar após terminar o atual mandato, em dezembro.

Os outros filhos do ex-presidente são o deputado federal Zeca (PV-MA) e o empresário Fernando. Mas uma rara convergência entre aliados e adversários de Sarney é a certeza de que nenhum dos filhos tem condição de assumir o lugar do pai. Um sempre se dedicou mais à carreira política em Brasília. O outro se tornou o homem forte dos negócios da família.

Políticos que estiveram com Sarney por décadas aguardam a chance de ocupar o espaço deixado por ele. Um dos primeiros da fila é o ministro de Minas e Energia e também ex-governador do Maranhão, Edison Lobão (PMDB), que emplacou seu filho como candidato do grupo "sarneyzista" neste ano.

"Edison Lobão pai era o candidato natural do grupo. Não foi candidato porque teve problema de saúde", diz o deputado Chiquinho Escórcio (PMDB-MA), um dos principais auxiliares de Sarney. O senador Lobão Filho foi escolhido, segundo Escórcio, porque pesquisas do partido indicavam sua viabilidade. Também foram cogitadas, diz o deputado, as candidaturas do ex-ministro Gastão Vieira e do presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo.

A escolha de Lobinho - como é conhecido o candidato em sua terra natal - acabou tornando a situação eleitoral de Sarney ainda mais frágil. No meio da campanha, a revista Veja publicou reportagens ligando não apenas a família Sarney, mas também Lobão pai ao esquema de corrupção montado pelo ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef. Segundo a publicação, Costa citou Roseana e o ministro entre os políticos beneficiados pelo esquema.

A relação entre o grupo de Sarney com Costa e Youssef passou a ser usada no discurso do candidato oposicionista, Flávio Dino (PC do B), ex-deputado federal que está em primeiro nas pesquisas de intenção de voto e pode até vencer no 1.º turno.

No debate entre Dino e Lobão Filho promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, o assunto foi mote de diversas rodas de conversa paralela. "Ele está foragido", disse o deputado Domingos Dutra (SDD-MA), sobre a ausência de Lobão pai no debate. Coube ao candidato defender o pai. Indagado pelo Estado sobre as acusações, Lobinho disse: "Nunca houve esse episódio. É inteiramente falacioso."

Após Lobão ser envolvido no escândalo, o PT, que entrou formalmente na coligação de Lobinho, enviou adesivos da presidente Dilma Rousseff ao lado de Flávio Dino para manifestar apoio ao candidato do PCdoB. Um dia depois, a própria presidente da República confirmou a legitimidade do material. "Eu mandei porque o Flávio Dino me apoia. Há adesivos para todos os candidatos que me apoiam", afirmou Dilma em entrevista coletiva.

O candidato de Sarney poderia ter sido outro. Até o início do ano, Roseana tentou viabilizar o peemedebista Luís Fernando Silva, ex-secretário da Casa Civil e de Infraestrutura. Mas, por ser próximo da família de Jorge Murad, marido da governadora, ele teve receio de perder influência em outras alas do PMDB.

Assim como tentou entrar no debate da eleição nacional, Sarney também participa de eventos da eleição maranhense, em que manifesta apoio a Lobinho. A depender do resultado das urnas, ele pode ter não apenas perdas políticas, mas também econômicas.

Faz parte do conjunto de promessas de Flávio Dino cortar repasses do governo para o grupo de comunicação de Sarney, que inclui a TV Mirante - retransmissora da Globo. "A TV Mirante vai ter uma participação de acordo com sua importância. Não vou eliminar a TV Mirante porque isso seria perseguição. Mas não vai ter privilégio, como hoje tem", afirmou Dino. Sarney, Roseana e Edison Lobão não quiseram conceder entrevista ao Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) defendeu nesta sexta-feira (12) as alianças com os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL). Segundo Dilma, não é papel de um presidente da República cassar e tirar direitos políticos das pessoas. Durante sabatina promovida pelo jornal O Globo, a petista também garantiu não temer "de nenhuma forma" a delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, com quem alegou haver falta de "afinidade", motivo que teria provocado a sua demissão da empresa.

"Acho extremamente enviesada essa pergunta", rebateu Dilma, ao ser questionada se sentia orgulho de ter como aliados Sarney, Collor e o deputado Paulo Maluf (PP-SP). "As pessoas podem fazer alianças e cada um manter a sua posição." Para Dilma, não é possível querer que o presidente da República "casse, tire direitos políticos, afaste pessoas".

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A candidata do PSB, Marina Silva, tem criticado Dilma pelas suas alianças e chegou a dizer que "se vencer as eleições, ela terá de agradecer a Sarney, Renan e Collor". A principal defesa de Dilma foi em relação ao ex-presidente José Sarney. "Respeito bastante o ex-presidente Sarney, acho que deu uma contribuição para o País", afirmou a petista.

Em relação aos demais, Dilma preferiu ser mais comedida: "A Justiça inocentou o Collor, não sou uma instância de condenação do Collor. O Collor não é uma pessoa absolutamente próxima do governo, o Collor tem a sua posição em Alagoas e respeito a posição dele". E procurou manter distância ainda maior de Maluf. "Não tenho nenhuma grande proximidade com o deputado Maluf. Enquanto ele estiver no exercício da sua atividade, ele está no exercício da atividade dele", desconversou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), justificou, nesta segunda-feira (11), a saída dele da gestão petista e reforçou a tese de que o tempo do PT e do PSDB no Brasil já passou. Sobre o desembarque do atual governo, o candidato citou o “protagonismo” que Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, e José Sarney (PMDB) ganharam na gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). 

“Não na minha vida mudei de lado. Sempre fui do mesmo partido. Mas às vezes na vida a gente tem que tomar atitude de coragem. Sempre participamos deste campo político e na hora que foi para o centro do governo figuras como Collor e Sarney, tivemos que mostrar que era preciso e necessário deixar aquela frente política”, afirmou durante uma sabatina ao Portal G1.

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Sobre o PSDB e o PT, frisou que “eles fizeram pelo Brasil, mas hoje não compreendem os governos que eles mesmos fizeram”. 

Indagado porque Marina Silva (PSB), candidata à vice, não é a líder da chapa, o candidato não foi direto e justificou a escolha no processo enfrentado pela Rede Sustentabilidade para legalizar o registro na Justiça Eleitoral. “No último momento ela nos procurou (o PSB) para construirmos um programa que melhore a agenda do Brasil”, disse. 

Em relação a uma possível frustração quanto aos votos da vice, que ainda não migraram para ele, Campos disse não acreditar em “transferência de voto”. “Você não tem um voto dentro de uma caixa e sai levando por aí”, disparou. 

O candidato desconversou sobre o envolvimento de políticos elencados por “velhas raposas”, como por exemplo, o deputado federal Inocêncio Oliveira (PR), no governo em Pernambuco. E confiante na passagem para o segundo turno, preferiu não dizer quem apoiaria caso não passe pela primeira fase da eleição. 

No pinga fogo, onde o postulante foi convidado a dizer se era contra ou a favor de algumas questões, Eduardo Campos se disse contra a revisão da Lei da Anistia, a legalização da maconha e o foro privilegiado para parlamentares. Ele se colocou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o imposto diferenciado para grandes fortunas e a obrigatoriedade do voto.

Veja outras respostas do candidato:

Presença de Ana Arraes no TCU

"Isso não é um problema, quando ela foi ser ministra ela nunca imaginou que o filho dela seria candidato a presidência da República. Lá só tem ela de mulher. Ela terá um ano e meio, até a compulsória, e não terá nem condições de julgar as minhas contas. Você não imagine que ela não teria meu apoio. Naquela data não imaginava que eu seria candidato. O problema do país não é este é outro". 

Inflação

"Nós precisamos e com a boa governança é possível colocar a inflação na meta dos 4,5. E ir mais adiante. Para passar segurança e vencer a crise de confiança que há no Brasil. Pois juros altos e a inflação batendo na porta fez o Brasil parar. Estamos em um cenário que nenhum economista consegue explicar. O Brasil está perdendo de sete a um não só no futebol. Vamos botar o Brasil para voltar a crescer para dar conta da nova agenda".

Aumento da Gasolina 

"Todo mundo sabe que ela mandou guardar o aumento da energia e para segurar o aumento do fluxo de caixa está emprestando dinheiro. Em outubro, eles vão dar esta resposta e o orçamento fiscal já não suporta o que eles estão fazendo. 

Plano para a Petrobras

"A primeira ação é blindar a Petrobras da política partidária. Precisamos garantir a Petrobras com regras seguras e uma gestão especializada. Vi um estaleiro que diminuiu 12 mil dos funcionários. A Petrobras será tratada com muito respeito".

Estrutura de Ministérios

"Vamos reduzir pelo menos a metade. A equipe de transição anunciará um novo organograma do estado brasileiro. Vamos reduzir não só os ministérios, mas os cargos de livre provimento. Vamos reservar ao menos 2/3 para os funcionários de cargos e carreiras. Teremos entre vinte e vinte e dois ministérios". 

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), disse nesta terça-feira (24) que a intenção do senador José Sarney (PMDB-AP) de deixar a disputa política e não concorrer à reeleição não é novidade. “Ele vem dizendo há tempos que está cansado. Ora ele anima ora desanima. A família quer que ele dê um tempo. Ele também tem um problema de saúde, de arritmia. Havia uma conversa de que, se ele saísse, entraria [o ex-senador] Gilvam Borges [presidente do PMDB no Amapá], mas ele não comunicou nada ao partido nem ao Renan [Calheiros, presidente do Senado] nem a mim”, disse.

Segundo Eunício Oliveira, além da pressão da família, da saúde frágil da mulher, Marly, outros fatores podem influenciar a questão: a idade, 84 anos, e o novo formato das alianças regionais, definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Quando o STF quebrou a verticalização [das alianças partidárias nos estados] não foi uma coisa boa para a política brasileira. Meu partido tem uma aliança com a Dilma, mas nos estados pode fechar aliança com o DEM e o PSDB, que são partidos de oposição. Essa decisão é muito ruim.”

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Nesta segunda-feira (23) a assessoria de Sarney no Amapá divulgou nota sobre a desistência do senador de tentar a reeleição. Segundo o texto, Sarney quer parar um pouco com esse ritmo de vida pública que consumiu quase 60 anos da vida dele, afastando-o do convívio familiar. O parlamentar está no último ano de mandato no Senado.

O senador passou por diversos problemas de saúde nos últimos anos. Em abril de 2012, ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e passou por um cateterismo. Em julho do ano passado, o parlamentar voltou a ser internado, no UDI Hospital, em São Luís, no Maranhão, depois de passar mal no casamento de uma das netas, sentindo calafrios e febre.

Apesar da nota publicada pela assessoria no Amapá e de amigos e assessores próximos ao senador confirmarem a intenção dele de não disputar mais eleições, o gabinete de Sarney em Brasília não confirma a informação. Diz apenas que o parlamentar confirmou presença na convenção do PMDB no Amapá marcada para sexta-feira (27), quando deve se posicionar oficialmente sobre o assunto. Até lá, nomes importantes do PMDB vão tentar convencê-lo a continuar na disputa eleitoral. “ Vou dar corda para ele ir para a luta”, disse Eunício Oliveira.

O ex-governador e pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) desembarcou na manhã deste domingo (27) no Recife. O líder do PSB se mudou para São Paulo logo depois que deixou o Governo. O pessebista deve ficar na capital pernambucana até a próxima segunda (28) e provavelmente irá se encontrar com o provável postulante ao Governo do Estado, Paulo Câmara (PSB) e ao Senado, o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB).

Desde que deixou o Governo, Eduardo Campos participa de vários eventos pelo País. A estratégia é ser mais conhecido no País e conseguir o maior número de apoio possível a sua candidatura. No último sábado (26), o pessebista participou do seminário programático regional do PSB e da Rede Sustentabilidade em Manaus. Na ocasião, o ex-gestor voltou a dizer que o povo “clama por uma alternativa política”.

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Maranhão

Também no último sábado, Eduardo Campos esteve presente no município de Timon, no Estado do Maranhão. No local, o líder do PSB relatou que, caso seja eleito presidente da república, irá colocar o senador José Sarney (PMDB) para a oposição. De acordo com o ex-gestor, “o senador será oposição durante os quatro anos” que ele estiver no Governo Federal.

A família Sarney está no poder do Maranhão há décadas. E o discurso da “velha política” tão propagado por Campos vai de encontro à maneira que o clã administra a região. Vale lembrar que José Sarney, mesmo sendo maranhense, é senador pelo Estado do Amapá. Quem governa o Maranhão, é a filha do parlamentar, Roseana Sarney (PMDB).

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