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Motoristas de aplicativo da Região Metropolitana do Recife (RMR) realizam um ato cobrando reajustes de tarifas e melhores condições de trabalho nesta quarta-feira (8). A paralisação não parece ter grande adesão, mas os motoristas pretendem entregar uma pauta de reivindicações nas sedes da Uber e da 99.

Integrantes da categoria se reuniram no Aeroporto Internacional do Recife, na Zona Sul da capital, e também no Hemope, nas Graças, Zona Norte, onde pretendem doar sangue em um ato simbólico. O objetivo do grupo é manter os aplicativos de transporte desligados por 24 horas, começando da 0h da quarta-feira (8) até a 0h da quinta (9).

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Confira os tópicos da pauta de reivindicações:

1 – Aumento no valor cobrado por quilômetro rodado e minuto de viagem;

2 – aumento na taxa mínima cobrada ao passageiro;

3 – ver o destino das viagens e nota do passageiro;

4 – preço adicional no quilômetro por passageiro adicional;

5 – recadastro com foto e verificação de documento;

6 – parcerias com desconto para motoristas;

7 – em caso de banimento da plataforma, o motorista deverá ter o direito e resposta e saber o motivo da punição;

8 – em relação à Uber, diminuir o tempo de espera do passageiro, que hoje é de cinco minutos, para três minutos durante o dia e para um minuto e 30 segundos da 0h às 5h;

9 – taxa adicional de 25% para corridas originadas da 0h às 5h;

10 – quando o passageiro cancelar a corrida após o motorista ter se deslocado até ele, gerar uma taxa de cancelamento automática para custear tempo e combustível gastos;

11 – rever método de avaliação sobre motoristas;

12 – acabar com a taxa reduzida;

13 – implementar função ‘Adicionar Parada’ no 99Pop;

14 – caso o passageiro não pague a viagem em dinheiro, ou seja, dê calote, deve ter cadastro bloqueado até quitar essa dívida via boleto ou cartão e então o aplicativo repassará o valor ao motorista e descontará a taxa.

Produzido em Campinas, São Paulo, um ônibus 100% elétrico foi testado nas ruas de Salvador, capital da Bahia. O veículo da empresa chinesa BYD tem capacidade para transportar 51 passageiros em pé e 26 sentados e não transmite qualquer tipo de poluição ao meio ambiente.

O ônibus possui dois motores, sendo um em cada roda, freio ABS, potência de 400cv e consegue rodar em 250 km com a bateria completa, que leva até 4h para ser recarregada. O sistema de carregamento da bateria é feito em uma central de abastecimento, que pode ser instalada na garagem dos ônibus.

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O veículo é conectado em uma tomada até concluir o processo. “Nós estamos testando as questões da autonomia e da logística do carregamento, assim como a funcionalidade do veículo. A gente precisa garantir que o ônibus elétrico tenha as mesmas condições que tem um ônibus a diesel”, frisa Fábio Mota, secretário de mobilidade de Salvador.

A assessoria de Salvador aponta que os testes estão servindo para ver como é a funcionalidade desses veículos e já estudam possibilitar esta realidade automotiva para a população.

A Justiça Federal derrubou a liminar que suspendia o aumento das tarifas do metrô do Recife e mais quatro capitais. Com a decisão, a tarifa do metrô da capital pernambucana deve voltar aos R$ 3.

Segundo o superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Recife, Leonardo Villar Beltrão, a equipe jurídica está analisando a decisão. "Eles estão estudando, por exemplo, se tem risco de outra ação anular essa decisão, se o reajuste já pode ser programado", citou Beltrão. Além do Recife, a decisão atinge também Belo Horizonte-MG, Natal-RN, Maceió-AL e João Pessoa-PB.

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A suspensão do aumento ocorreu em novembro de 2018. A ação coletiva que solicitava a suspensão argumentava que o aumento, aplicado em junho de 2018, era elevado e repentino. O texto pontuava também que a CBTU não implementou medidas para oferta de um transporte público de qualidade que justificasse o aumento.

No Recife, a tarifa sofreu uma recomposição de 87,5%, saltando o valor de R$ 1,60 para R$ 3. A CBTU defende que o chamado ‘reequilíbrio tarifário’ representa uma necessidade orçamentária diante de anos de congelamento de tarifas e aumento de custos operacionais e manutenção. A capital pernambucana ficou seis anos sem aumento. Ainda não há uma data para a tarifa de Recife voltar aos R$ 3, mas a companhia garante que haverá ampla divulgação à população.

A partir desta terça-feira (23) até o próximo dia 2 de maio, 60 novos ônibus com ar-condicionado entrarão em operação no Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP-RMR). Os veículos atenderão 65 mil passageiros por dia.

As linhas que receberão os veículos são PE-15 Afogados (14 veículos), TI Xamba/Príncipe (14 veículos), Jaboatão (Parador) (oito veículos), Circular/Príncipe (nove veículos), Circular/Conde da Boa Vista (três veículos) e Circular/Rua do Sol (oito veículos). Os quatro veículos restantes farão parte da frota reserva, dois para operadora Caxangá e outros dois para a Metropolitana.

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Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, a inclusão desses ônibus faz parte de um esforço do Governo de Pernambuco para oferecer condições melhores nos serviços oferecidos aos passageiros. Com esses 60 ônibus, a frota da RMR possui um total de 289 veículos com ar-condicionado, atingindo mais de 300 mil passageiros diariamente.

Em fevereiro, o movimento Frente de Luta Pelo Transporte Público (FLTP) fez uma denúncia de que ônibus com ar-condicionado estavam parados nas garagens das empresas. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) entrou no caso e cobrou explicações do Grande Recife Consórcio de Transporte. Na época, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Bruto, argumentou que as aquisições eram um investimento das empresas e que o governo não poderia cobrar que os veículos fossem colocados nas ruas. No mês seguinte, o Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), presidido pelo secretário, definiu que as empresas Caxangá e Metropolitana deveriam colocar ônibus novos com ar-condicionado no prazo de 30 dias.

De acordo com a secretaria, o governo aportará R$ 253,5 milhões em subsídios em itens como concessão, gestão, fiscalização, terminais integrados, estações de BRT, linhas alimentadoras, passe livre estudantil e ICMS do óleo diesel e dos ônibus novos. Também em fevereiro, a tarifa de ônibus da RMR foi aumentada em 7,07%.

Cerca de cinco meses após ser sancionado, foi publicado no Diário Oficial de Recife, neste sábado (13), o decreto referente à regulamentação dos transportes de passageiros por aplicativo. A lei municipal nº 18.528, assinada pelo prefeito Geraldo Júlio, vem após recentes protestos organizados por taxistas.

Com a regulamentação, as empresas de transporte privado só realizarão o credenciamento junto à Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) caso tenham domicílio fiscal e cadastro mercantil no município. Além disso, será cobrado um percentual pelo uso intensivo da infraestrutura das vias, aos veículos que realizem no mínimo uma viagem por mês.

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O recolhimento do valor pelo uso das vias será realizado através do Documento de Arrecadação Municipal (DAM), até 10 dias após o mês seguinte ao da apuração. O decreto também indica que as empresas tenham até 10 dias para relatar ao órgão informações sobre um possível afastamento ou descredenciamento dos condutores que tenham cometido infrações administrativas ou penal.

Dentre as regras previstas também estão a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais e curso específico de capacitação para os motoristas de transporte remunerado privado. Além disso, os veículos devem ter no máximo oito anos.

De acordo com a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) e a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), 61 vagas de Zona Azul serão implantadas na Rua Doutor João Santos Filho, no bairro de Casa Forte. O projeto também prevê a criação de uma nova área de circulação para os pedestres. A iniciativa entra em vigor a partir da próxima segunda-feira (8).

Dentre as 61 vagas de estacionamento rotativo implantadas na via, três serão destinadas às pessoas idosas e duas às pessoas com deficiências. A medida atende exigências estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que determina a destinação de 5% e 2% do total de vagas para, respectivamente, idosos e pessoas com deficiência. A Zona Azul na Rua Doutor João Santos Filho funcionará todos os dias da semana, das 8h às 20h.

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O tempo de permanência máxima de todas as vagas será de 2 horas. Para viabilizar a implantação dos estacionamentos rotativos, um ponto autorizado venda de Zona Azul já foi cadastrado no Plaza Shopping.

De acordo com a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, a ação tem o intuito de ordenar as vagas de estacionamento existente na área pública do entorno do shopping, assim como já foi feito em outras áreas de interesse comercial. "A intervenção na Rua Dr. João Santos Filho consiste não apenas na implantação da Zona Azul para melhorar a mobilidade, mas também viabiliza ampliação da área de circulação do pedestre, que terá mais acessibilidade e segurança viária", afirma.

A multa para quem estacionar de forma irregular nas vagas de Zona Azul é grave: R$ 195,23, mais cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação e o veículo está passível de remoção ao depósito.

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A confusão envolvendo o Cais José Estelita parece estar longe do fim. Na noite desta quinta-feira (28), após a retomada da demolição do cais, discussões e princípios de confusão entre os ativistas e os policias militares agitaram os ânimos de quem estava pelo local. 

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De acordo com os próprios militantes, algumas mulheres chegaram a serem agredidas pelos policiais que obrigavam a saída de quem estava na área mais próxima do maquinário que estava sendo usado para a demolição do armazém. Polícias com metralhadoras reforçam a segurança e dizem que o que eles estão fazendo é para evitar que os ativistas sejam atingidos por algum tijolo ou objeto no momento da demolição do cais.

O documento que autoriza a retomada da demolição do Cais José Estelita ainda não chegou no galpão. Pelo menos foi o que informou um policial militar, que está sem identificação visível. O agente confirmou a Jô Lima, codeputada estadual, que solicitou o documento para poder analisar. O PM disse que não estava com o documento e que "ouviu falar que o advogado do Consórcio Novo Recife era quem chegaria para conversar com os ativistas e autoridades políticas" que estão no local.

Aguns dos ativistas que estavam acampando em frente ao cais estão resistindo e tentando impedir que os trabalhadores continuem demolindo os galpões. O comandante dos militares levou Jô Lima para acompanhar como estava a situação dos ativistas. Ele ainda solicitou que a codeputada ajude no convencimento para que os ativistas saiam de dentro do cais.

A Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP) protocou um pedido de esclarecimentos sobre a diminuição de uma linha de ônibus que percorre a Região Metropolitana do Recife (RMR). O movimento alega que haverá redução na linha 1967 - TI Igarassu (Dantas Barreto), que corta os municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife.

Segundo a FLTP, existe a informação de que haverá uma reformulação na quantidade de veículos da linha a partir de abril deste ano. A linha conta com 14 ônibus da Conorte, concessionária do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STTP), sendo sete ônibus normais e sete ônibus articulados, que valeriam por dois normais.

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O Grande Recife Consórcio de Transporte teria anunciado a retirada de todos os veículos articulados e o acréscimo de três novos ônibus normais. "Todavia, como cada veículo articulado equivale a 2 veículos normais, entende-se que estaria havendo uma diminuição na oferta do serviço, o que se configura como ilegal e prejudicará de forma evidente a população, em especial os usuários de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista e Olinda", diz o movimento.

Caso não obtenha respostas, a FLTP ameaça fazer uma representação ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O grupo também organiza um ato no próximo dia 1º de abril contra o governador Paulo Câmara (PSB) por promessas não cumpridas, como a implementação da tarifa única. O LeiaJá aguarda posicionado do Grande Recife Consórcio de Transporte.

Conhecida em todo mundo por seus automóveis americanos antigos, a capital de Cuba também é o paraíso de motocicletas com sidecar originárias de países que não existem mais, como União Soviética, Checoslováquia e Alemanha Oriental, de um período no qual a ilha vivia na órbita soviética.

Ao volante de uma Jawa 350, fabricada em 1989, e de cor vermelha brilhante, Alejandro Prohenza se enche de orgulho: "Muitos turistas gostam de tirar fotos dela. Não sei, talvez vejam como algo de uma era passada".

Um dia, "um boliviano me disse que nunca tinha visto este tipo de moto, que só tinha visto uma moto com sidecar nos filmes (sobre) nazistas".

Gerente de um "paladar" (restaurante privado), este homem de 48 anos recebe regularmente ofertas de compra. Mas não cogita vender o veículo, no qual viajam a mulher e o filho, transporta mercadorias e leva compras para o restaurante.

"São bem práticas!", afirma Alejandro, que considera a motocicleta como sua "segunda" filha e está feliz por não ter que levá-la sempre ao mecânico.

Raras na Europa, estas motos, que trazem presas ao lado um compartimento para passageiro com uma única roda, circulam às centenas pelas ruas de Havana.

E sua história também reflete a de Cuba, que após a revolução socialista em 1959, se distanciou politicamente dos Estados Unidos e encontrou na ex-URSS um oportuno irmão mais velho até a década de 1990.

As marcas das motos que trafegam pelas ruas e estradas da ilha são um convite para uma viagem no tempo: Ural, Dnieper e Júpiter (da ex-URSS), Jawa e CZ (da extinta Tchecoslováquia) e MZ (da antiga República Democrática Alemã).

Chegaram a Cuba nas décadas de 1960 e 1970, sendo adotadas primeiramente pelo exército, empresas públicas e agricultores, antes de serem gradualmente adquiridas pelo restante da sociedade.

"Normal" em Cuba

Foi assim como José Antonio Ceoane Núñez, de 46 anos, obteve sua Júpiter 3 vermelho brilhante: "Quando o governo cubano as comprou dos russos em 1981, foi para empresas estatais".

Mais tarde, "foram vendidas aos funcionários mais destacados por seus méritos profissionais". E foi assim que o pai de Ceoane, que trabalhava numa empresa de estatísticas, conseguiu uma.

"Não a venderei de maneira alguma porque com ela me movo e trabalho. É meu meio de transporte, e em Cuba não há muitos", garante José Antonio, que viaja regularmente com o sobrinho, um amigo, ou com a namorada e a cunhada.

Seu aspecto obsoleto é o que chama a atenção dos turistas, que os leva a viajar no tempo, mas "aqui é comum, normal", confessa Enrique Oropesa, um instrutor de direção de 59 anos, que ensina como pilotar motos com sidecar.

Oropesa tem uma Ural verde ano 1977, que cuida com todo carinho: "Gosto muito, em primeiro lugar porque é o meio de transporte da minha família, e em segundo lugar porque é uma fonte de renda".

Apesar de custar menos que um automóvel, muitos cubanos não têm como comprar uma.

Sentado no compartimento do passageiro, Enrique ensina aos aspirantes à licença que permite dirigir este veículo todas as dicas de pilotagem "O mais difícil é (aprender a conduzir) sem o sidecar, porque com um sidecar você se sente mais seguro", graças ao apoio desse compartimento lateral.

Vivendo na ilha com a esposa cubana há dois anos, Philippe Ruiz, um francês de 38 anos, não percebeu inicialmente a grande quantidade destes veículos circulando por Havana.

"Quando comecei a me interessar por isso, me dei conta que via 50, 100 por dia".

Empenhado em reformar uma casa, observou que muitas motos com sidecar são utilizadas para transportar materiais de construção.

Graças a um anúncio na internet, encontrou há alguns meses uma Ural azul ano 1979, por "6.500 euros com pequeno reboque".

"É um ano mais velha do que eu e eu estou em pior estado", brinca. "Mas quando chegamos em casa, as coisas começaram a complicar. A moto esteve bem até chegarmos aqui, mas depois tivemos que fazer consertos nela por todos os lados".

Por conta da falta de peças em Cuba, "as pessoas se veem obrigadas a trazê-las do exterior", o que atrasa o reparo.

Mas não se arrepende da compra. Motociclista na França, Ruiz descobriu novas sensações ao volante do motor russo: "É muito divertido, é muito diferente de conduzir uma moto sem sidecar, porque não podemos virar igual, não pode sair de lado, assim é necessário aprender a pilotar novamente".

"É especialmente divertido em família, porque você pode colocar uma criança no sidecar, minha esposa e as malas", acrescentou este pai de um menino de oito anos.

Assim que tiver consertado a moto, o francês pretende trabalhar com ela. Levando turistas para percorrer Havana no veículo. "Penso que isto será algo diferente do aluguel de carros conversíveis (americanos) que temos aqui".

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Agentes da CTTU, policiais militares e viaturas do BPTran já se posicionam na praça do Derby, na área central do Recife, para acompanhar a caminhada em manifestação contra a reforma da previdência. Os participantes vão seguir em caminhada pelas ruas do centro da capital pernambucana, até chegarem na rua da Aurora.

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As centrais sindicais e os apoiadores devem começar a deixar a concentração a partir das 17h. O trânsito na avenida agamenon Magalhães, principal via do Recife, já começa a ter uma movimentação mais intensa.

A lentidão ficará maior quando os manifestantes iniciarem a caminhada. De acordo com a organização do ato, o bloqueio da agamenon só durará enquanto as pessoas estiverem em passeata no local, que deve durar cerca de vinte minutos.

A CTTU recomenda que, quem puder, evite passar pela região, já que os ativistas começarão a andar em um horário que coincide com grande fluxo natural de veículos pelos arredores.

Dois trios elétricos guiam a caminhada dos presentes, que gritam a todo momento palavras de ordem em favor de direitos, contra a reforma da previdência, a favor do ex-presidente Lula e contra o atual presidente Jair Bolsonaro.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou inquérito civil público para investigar a necessidade de ordenamento do comércio informal na Avenida Conde da Boa Vista, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. O objetivo, segundo o órgão, é permitir a mobilidade e garantir a acessibilidade dos transeuntes.

De fato, em horários de pico, caminhar pela Avenida Conde da Boa Vista se torna um desafio. Nas calçadas, ambulantes vendem principalmente capas de celular, óculos e caixas de som. Em 2015, a Prefeitura do Recife retirou vários camelôs da via, na altura do Shopping Boa Vista. Vários protestos foram realizados nos dias que seguiram. Atualmente, a situação já se assemelha a de 2015 antes das retiradas.

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Na época, a gestão municipal afirmava que ambulantes haviam sido cadastrados após trabalho de acompanhamento de fiscais e que seriam direcionados para mercados populares. Aqueles que eram retirados não estariam cadastrados. O plano de sair da rua para um mercado não agrada os camelôs, que temem perder receita.

A instauração do inquérito civil público agora pode resultar em ajustamento de conduta, ação civil pública ou arquivamento do caso. A promotora que assina o texto, Maria Lizandra Lira de Carvalho, solicita que a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife se pronuncie em 30 dias sobre as medidas adotadas e encaminhe o Projeto de Revitalização da Avenida Conde da Boa Vista.

O projeto ao qual a promotora se refere foi apresentado em novembro de 2018. Com investimento de R$ 15 milhões, a promessa é que a revitalização desestimule o uso de transporte individual motorizado.  Com relação ao comércio, a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano afirmou que apenas 40 fiteiros serão fixados ao longo da via e os ambulantes serão instalados em outros locais do centro do Recife.

“Isso é um desrespeito, é horrível”, resmungava a aposentada Bernadete Silva, de 72 anos, enquanto saía da estação de Bus Rapid Transit (BRT) do Derby, no centro do Recife. Os funcionários das estações estão se acostumando com as reclamações dos passageiros que trafegam pelo local. Como se já não bastasse os tradicionais problemas como superlotação e insegurança, os usuários agora se queixam do novo modelo de catraca instalado nas estações de BRT.

A catraca é maior, com “borboletas” na parte inferior e superior. A estrutura é mais apertada e exige maior força para girar. É comum ver pessoas mais gordas ou carregando mochilas tendo dificuldades para passar. “Os pequenos são sempre o que sofrem”, resumiu Bernadete enquanto se afastava apressada.

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Não é de agora que essas catracas estão sendo colocadas nas estações de BRT. A primeira a recebê-las foi a Estação Benfica, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife, ainda em agosto de 2017 durante fase de testes. Na Estação do Derby, bastante movimentada, a mudança foi feita há cerca de um mês. Na também movimentada Estação Guararapes, na área central do Recife, a alteração ocorreu na última semana.

Na época da primeira instalação, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) informou que a medida tinha o objetivo de impedir que pessoas entrassem nas estações pulando as catracas, passando por baixo ou entrando juntamente com outro passageiro. Desta vez, o Grande Recife Consórcio de Transportes foi quem respondeu ao LeiaJá. O órgão informou que as catracas estão sendo trocadas devido ao mau uso do equipamento. “Juntamente aos vidros, as catracas são alvos constantes da ação de vândalos, o que facilita ainda a entrada irregular de passageiros. Por isso, equipamentos mais robustos, similares aos utilizados nos ônibus, estão sendo instalados nas estações”, disse o Grande Recife em nota, apesar da similaridade com as catracas dos ônibus não ser tão evidente.

Uma das fragilidades da medida é que a principal forma de invasão das estações de BRT é pelo lado externo. Ou seja, quando o ônibus está se aproximando, os burladores sobem na estação pelo lado de fora, sem precisar passar pela catraca. Partindo disso, o mais prejudicado com a alteração seria o usuário que costuma pagar corretamente. Quem percebe isso é o cobrador de ônibus Maurício José Barbosa, de 24 anos. “Eu vejo as pessoas entrando por fora. Não vejo pulando a catraca”. Ele, porém, evitou tecer maiores críticas. “Não senti que interferiu muito para mim. Pessoas com mochila têm maiores dificuldades, mas acho que essa mudança tem um lado bom”, o cobrador opinou.

Na Estação do Derby, os funcionários estavam abrindo uma entrada alternativa, utilizada principalmente para a passagem de pessoas com dificuldade de locomoção e idosos. Os operadores permitiam a passagem pela entrada alternativa para gestantes, idosos e usuários com sacolas grandes, assim, a catraca era girada pelo próprio funcionário enquanto o passageiro passava sem maior esforço. Segundo um funcionário, essa foi uma determinação emitida por superiores. Entretanto, o fluxo impede que eles consigam atender a todos que preencham esses requisitos. O LeiaJá visualizou uma grávida de oito meses tendo que se apertar no equipamento.

“Não gostei da nova catraca. É muito apertado, era melhor da outra forma”, explicou a gestante e decoradora Ana Carolina da Silva, de 30 anos. A técnica em segurança do trabalho Júlia Esteves, de 24 anos, costuma pegar o BRT na Estação Cordeiro, na Zona Oeste da capital. Júlia é mais uma a tecer críticas. “As catracas muitas vezes causam constrangimentos a quem está tentando acessar o local, deixando os passageiros ou seus pertences presos na estrutura. A mudança realizada não foi pensada na quantidade de pessoas que entram e saem, muito menos nos seus biotipos corporais”, ressalta Esteves.

O LeiaJá procurou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e descobriu que já existe uma investigação no órgão sobre o modelo de catraca. Segundo o MPPE, cidadãos protocolaram denúncias, o que ensejou a abertura de um procedimento investigativo em 2018. Como a apuração está em curso, o MPPE não deu maiores detalhes. O Programa de Orientação ao Consumidor de Pernambuco (Procon-PE) também foi procurado pelo LeiaJá, mas o órgão informou não ter registros da questão.

As linhas do BRT estão incluídas no Anel A do sistema de transporte público da Região Metropolitana do Recife (RMR), com valor de tarifa de R$ 3,20. Neste mês de janeiro está sendo discutida a recomposição tarifária dos ônibus, tendo a definição de reajuste sido adiada duas vezes por decisões judiciais. A Urbana-PE defende um aumento de 16,18%, saltando o valor do Anel A para R$ 3,70. A proposta do Governo de Pernambuco, através do Grande Recife Consórcio de Transporte, é de 7,07%, com o Anel A aumentando para R$ 3,45. Outra proposta oficializada é a de conselheiros da sociedade civil do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), que pedem redução da passagem para R$ 2,90.

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Alunos da Universidade Federal de Pernambuco poderão se inscrever no Programa de Mobilidade Internacional (PMI) da instituição entre os dias 18 e 28 de fevereiro. O programa é voltado para alunos que queiram cursar um semestre em uma universidade de outro país que seja conveniada à UFPE.

Os alunos com interesse em participar do programa devem se enquadrar em uma série de pré-requisitos: ter concluído um ano de um curso de graduação da universidade; possuir média geral igual ou superior a 6; apresentar, no máximo, duas reprovações não recuperadas, apresentar comprovante de idioma falado no país estrangeiro e não estar em semestre de colação de grau.

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É necessário também que o curso procurado pelo estudante esteja disponível na instituição parceira da UFPE. Todos os documentos listados no edital precisam ser enviados para o e-mail da Diretoria de Relações Internacionais da UFPE. O resultado vai ser divulgado de acordo com o calendário de cada instituição diretamente para o aluno candidato. Todos os custos de viagem devem ser cobertos pelo aluno. Confira edital clicando aqui. 

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que, às 11h13 desta quinta-feira (31), o trecho entre as estações Coqueiral e Camaragibe do Metrô do Recife voltou a funcionar e as estações foram abertas ao público. Desde a noite da quarta-feira (30) uma ruptura na fiação aérea do sistema impediu a alimentação dos trens.

Conforme a nota enviada pela CBTU, o problema não foi causado por roubo de cabos, como havia a suspeita. A companhia não informou as causas do ocorrido.

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Aproximadamente 45 mil pessoas foram prejudicadas pela falha no metrô, que amanheceu com seis estações do ramal Camaragibe, da Linha Centro, fechadas. Durante o problema, o Grande Recife Consórcio de Transportes chegou a reforçar as linhas de ônibus para atenuar a situação.

 

O trecho da linha Centro do Metrô que vai da Estação Camaragibe, na Região Metropolitana, até a Estação Coqueiral, no Recife, está sem funcionar desde a noite da quarta-feira (30). Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), houve ruptura de uma fiação, mas a previsão é que o sistema seja normalizado até as 12h desta quinta-feira (31).

Por conta da situação no ramal Camaragibe, o Grande Recife Consórcio de Transporte reforçou as linhas de ônibus que operam nos Terminais Integrados de Camaragibe, Barro, Macaxeira e TIP. Segundo o consórcio, os usuários que vêm de Camaragibe em direção ao bairro do Barro, na Zona Oeste do Recife, devem optar pelo embarque nas linhas 2490 – TI Camaragibe/TI Macaxeira e 207 – Barro/Macaxeira (BR-101).

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O gerente operacional da CBTU, Murilo Barros, explica que 45 mil usuários foram prejudicados com o rompimento da fiação desde a noite da quarta-feira. “Foi uma ruptura no cabo que alimenta o metrô. A nossa equipe de manutenção está desde ontem no local trabalhando para investigar o que aconteceu com essa rede aérea. Tudo indica que hoje de manhã a gente normaliza o trecho”, resume Murilo Barros. Uma suspeita é de que tenha havido furto ou tentativa de furto da fiação.

Os usuários do sistema acabaram sendo surpreendidos com os portões fechados nesta manhã, mas Barros afirma que as pessoas estão sendo comunicadas da situação. “A primeira coisa que a gente fez foi informar o consórcio Grande Recife, para não prejudicar o usuário. Hoje de manhã está sendo providenciada a comunicação nas estações. Mas a gente está dando aviso dentro do trem, nas estações. Quando a pessoa entra na estação, a gente está avisando”. Além das Estações Camaragibe e Coqueiral, estão fechadas as de Cosme e Damião, Rodoviária, Curado e Alto do Céu.

O acesso gratuito à internet começou a ser disponibilizado para passageiros do transporte coletivo da Empresa Pedrosa esta semana. A novidade ainda está em fase de testes, mas já pode ser utilizada em 25 ônibus da frota, adesivados com a descrição "Wi-Fi".

Para aproveitar a conectividade gratuita, o usuário deverá realizar um cadastro com nome, e-mail e telefone. Após o processo, ele estará habilitado a utilizar a rede de internet em todos os veículos da empresa que estiverem aptos à novidade.

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Em parceria com a OnBus Digital, especialista em gerenciamento e manutenção de redes de comunicação, a empresa de mobilidade urbana afirma que adotou a medida com o objetivo de melhorar a experiência dos passageiros durante o translado. "Além de tornar possível o acesso às redes sociais, o usuário poderá utilizar aplicativos de transporte público, que fornecem a opção de recarga do VEM”, afirmou o diretor executivo da Pedrosa Marcelo Bandeira. 

CONFIRA AS LINHAS COM ACESSO WI-FI:

Córrego do Inácio (517);

Vasco da Gama/Afogados (680);

TI Macaxeira/Encruzilhada (641);

TI Macaxeira/Av. Norte (645).

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Com informações da assessoria

A UNINASSAU comemora, no próximo domingo (16), o aniversário de dois anos do projeto Bike Sem Barreiras, que promove saúde, lazer e bem-estar para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.  

O evento acontece na avenida Marques de Olinda, Recife Antigo, na ciclofaixa nos arredores do Marco Zero, das 9h às 16h. Às 10h30 será cortado o bolo e cantado os parabéns.  

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Além do passeio de bicicleta, os usuários poderão fazer um alongamento acessível que será ministrado pelos monitores dos cursos de Fisioterapia e Educação Física, seguido de um café da manhã e diversas atividades de lazer como: gincanas, torneio de dominó e jogos de perguntas e respostas. 

Segundo o coordenador de Responsabilidade Social da UNINASSAU, Sérgio Murilo, a comemoração é uma forma de agradecer todas as pessoas que se envolveram no projeto.  

"Estamos muito felizes com o sucesso do Bike Sem Barreiras e com tudo que alcançamos até agora. Essa comemoração é uma forma de retribuir o carinho de todos os usuários do projeto, além dos nossos parceiros e colaboradores que acreditaram no projeto", afirmou.

 

A Prefeitura de Madri anunciou nesta terça-feira (4) que não concederá licenças a três empresas de aluguel de patinetes elétricos, e deu a elas 72 horas para retirar seus veículos das ruas da capital espanhola.

O consistório alegou que as empresas Lime, Wind e VOI não deram informações suficientes aos clientes sobre as suas condições de uso.

A Lime, de propriedade da Uber e da empresa da Google Alphabet, e as outras duas empresas, haviam começado a operar este ano na capital espanhola sem autorização oficial.

A sua chegada forçou Madri e outras cidades espanholas a regular seu uso.

Na capital, os patinetes não podem circular nas calçadas nem nas áreas de pedestres, mas podem transitar na ciclovia e nas vias onde a velocidade é limitada a 30 km/h, algo que acontece em 80% de sua ruas.

As empresas afetadas podem enviar "a qualquer momento" uma nova solicitação de licença, informou a Prefeitura em em comunicado, no qual afirma que um total de 18 empresas manifestaram interesse em oferecer este serviço.

Contactada pela AFP, a empresa californiana Lime, que havia distribuído a maioria dos patinetes afetados pela medida, não reagiu imediatamente à decisão municipal.

Em Barcelona, a segunda cidade espanhola, que enfrenta um turismo maciço, já é proibido o uso de patinetes elétricos compartilhados. De acordo com seu regulamento, qualquer pessoa que pague para usar esses veículos deve ser acompanhada por um guia.

Em outras cidades europeias, como Paris, Viena e Zurique, foram introduzidos programas similares de aluguel de patinetes.

Diferentemente das bicicletas de aluguel, que normalmente devem ser deixadas em estações designadas, no caso dos patinetes são os usuários que se responsabilizam por estacioná-los em um local seguro.

O próximo usuário pode encontrar o veículo mais próximo com um aplicativo em seu celular, desbloqueá-lo e usá-lo pagando as taxas indicadas.

A partir deste sábado (1º), passageiros que utilizam táxis no Recife e Olinda, na Região Metropolitana, podem embarcar nos dois municípios livremente. A medida começa a valer por conta de um convênio entre os prefeitos Geraldo Julio (PSB), do Recife, e Professor Lupércio (SD), de Olinda.

O objetivo da medida é aumentar a frota no período de festas de fim de ano, prévias carnavalescas e o Carnaval de 2019. Segundo a Prefeitura de Olinda, a população terá 6.806 veículos à disposição com o acordo.

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O convênio para os taxistas circularem pelos dois municípios é válido até a Quarta-Feira de Cinzas do próximo ano, que cai no dia 6 de março. Recife tem seis mil táxis cadastrados, enquanto Olinda possui 806.

 

O Brasil receberá o serviço de compartilhamento de bicicletas elétricas da Uber em breve. As bicicletas da Jump, empresa adquirida pelo aplicativo em maio de 2018, devem chegar aos poucos ao país em 2019.

Apesar de ainda não ter sido divulgada uma data para a chegada do serviço, um anúncio inicial para uma provável área restrita de São Paulo deverá ocorrer em breve, segundo o Uol. A Jump já funciona em dez cidades dos Estados Unidos, tendo anunciado uma recente expansão para a Europa.

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A plataforma funciona dentro do aplicativo principal da Uber. Dentro do app, o usuário escolhe a opção "pedalar" e, então, aparecerá as bicicletas disponíveis na sua área.

O usuário pode deixar a bicicleta em qualquer lugar, não sendo necessário deixar em estações como o sistema de bicicletas do Itaú, segundo o Uol. A própria empresa pega as bicicletas ao fim do dia e faz o recarregamento. A bateria dura cerca de 60 km.

Nos Estados Unidos, 30 minutos de uso custa US$ 2, cerca de R$ 8. Após meia hora, é cobrado por minuto. Ainda não há informação sobre o preço que será praticado no Brasil.

Apesar de vandalismo e roubos serem temores da Uber, a empresa afirma que a maioria dos componentes da bicicleta são inúteis depois de retirados, até mesmo a bateria e a parte elétrica. Também são necessárias ferramentas especiais para a abertura da bicicleta.

Patinete

A Jump passou a trabalhar recentemente também com patinetes elétricos. Atualmente, eles só circulam em Santa Monica e Austin, nos Estados Unidos. O equipamento requer apenas um impulso. Depois, o usuário pode acelerar e frear com os botões no guidão. 

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