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A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo decidiu suspender a implantação de veículos sem o posto de cobrador nos novos ônibus na cidade de São Paulo.

Após se reunir com representantes da SPTrans e do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Rodoviário Urbano de São Paulo, a prefeitura da capital paulista decidiu que o assunto será debatido pela comissão criada para desenvolver um projeto de requalificação dos cobradores de ônibus.

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O grupo é composto por representantes da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT), São Paulo Transporte S.A. (SPTrans), Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) e Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss).

Com informações da assessoria

O serviço de Zona Azul, em papel, terá o prazo de transição para o digital estendido até o dia 31 de agosto. A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) promoverá uma ação educativa, a partir da terça-feira (30), para orientar os cidadãos quanto à utilização do Cartão de Zona Azul Digital pelo aplicativo e pelos pontos de venda.

De acordo com a CTTU, já são mais de 51 mil downloads do aplicativo e cerca de 48 mil ativações. Taciana Ferreira, presidente da CTTU, destaca a necessidade de adaptação da população ao novo formato de Zona Azul. “A Zona Azul Digital requer uma adaptação da população para essa nova modalidade. Verificamos que, a cada dia, essa nova forma está se consolidando junto à população, contudo a prorrogação deste prazo visa dar maior comodidade e segurança para as pessoas que estão fazendo a migração do papel para o digital”, afirmou a gestora.

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Suporte

A Mobilicidade, plataforma de mobilidade urbana da Serttel (empresa responsável pelo desenvolvimento do sistema do aplicativo Zona Azul Digital Recife), possui um teleatendimento pelo qual o usuário pode entrar em contato em casos de dúvidas em relação ao funcionamento do aplicativo. A ligação custa o preço de uma chamada local e o serviço é oferecido de 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, e das 8h às 12h aos sábados, pelo números 3136-9187 ou 3344-6070. 

 

*Com informações da assessoria

Os terminais integrados (TI) de ônibus de Pelópidas Silveira, em Paulista, e o de Igarassu, ambos na Região Metropolitana do Recife (RMR), estão com o funcionamento comprometido na manhã desta quarta-feira (24) em decorrência das chuvas. Segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, os ônibus estão deixando o terminal, mas não conseguem retornar.

Os veículos têm enfrentado congestionamento e pontos de alagamento. Segundo o Grande Recife, há pontos de alagamento na PE-15, na altura da Cidade Tabajara; na BR-101, próximo ao bairro da Guabiraba; e na Avenida Caxangá, em frente ao TI CDU e no cruzamento com a BR-101.

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Equipes do consórcio estão nas ruas fazendo monitoramento do funcionamento do transporte público. Não há perspectiva de fechamento dos terminais.

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O projeto da Nova Conde da Boa Vista, no centro do Recife, segue a todo vapor. Na segunda-feira (15), foi liberado o primeiro trecho que havia sido interditado para as obras. Com a liberação, ficou mais fácil observar as mudanças sofridas no principal corredor de ônibus e pedestres no Recife, responsável por conectar o centro às zonas Norte e Oeste da capital.

As obras foram divididas em seis etapas. No momento, estão sendo realizadas as duas fases iniciais. No local da primeira etapa, já foram feitas obras de drenagem, melhorias nas calçadas e novas paradas de ônibus. Houve também a construção de duas faixas elevadas, na Rua da União e Rua da Saudade, a realocação de postes de iluminação pública que prejudicavam a acessibilidade e as obras elétricas, que incluem a implantação de uma nova iluminação no corredor. As novas paradas de ônibus possuem uma estrutura em vidro, criando o temor de que sejam alvo fácil de vandalismo. O LeiaJá fez algumas comparações que você pode conferir abaixo.

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Em todas as etapas serão realizadas as seguintes tarefas: execução de obras de drenagem, requalificação de passeio, alargamento de passeio, execução de canteiro central e novos mobiliários urbanos.

A fase dois prevê obras nos trechos entre as ruas da Aurora e do Hospício (subúrbio/centro); e entre José de Alencar e Soledade (centro/subúrbio). Na terceira fase os serviços serão executados entre a Rua da Soledade e a José de Alencar (subúrbio/centro) e entre Soledade e Rua Oswaldo Cruz (centro/subúrbio). A Fase 4 compreende o trecho entre as ruas da Soledade e Gonçalves Maia (subúrbio/centro). A quinta etapa realiza o trecho entre as ruas Dom Bosco e Oswaldo Cruz, nos dois sentidos. O projeto será finalizado na Fase 6, que irá beneficiar os trechos entre as ruas José de Alencar e Gervásio Pires (subúrbio/centro) e entre esta última e a Rua do Hospício (centro/subúrbio). Durante as últimas fases serão construídas as duas estações BRT na via, a Estação Hospício e a Estação Soledade, que substituíram as seis temporárias existentes. O investimento na requalificação será de cerca de R$ 15 milhões.

De acordo com a Prefeitura do Recife, os estudos tiveram início em 2016 e foram realizados pela Secretaria de Infraestrutura e Habitação e Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc). O objetivo, segundo a gestão, é oferecer uma avenida mais acolhedora, arborizada e eficiente.

O projeto conta ainda com iluminação em LED, canteiro central ajardinado e floreiras nas calçadas, plantio de 90 árvores, calçadas com ampliação de mais de dois mil metros quadrados e esquinas alongadas. De acordo com a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), rampas e pisos acessíveis serão instalados, nova sinalização nas travessias dos pedestres, ilhas de travessia, mais lixeiras e nova programação semafórica, com foco também nos pedestres. Atualmente, existem cinco locais voltados para atravessar na avenida e, no final, passarão a ser 13.

Um dos temas de atrito do projeto é a permanência de comércio informal nas calçadas. Uma promessa é que os ambulantes cadastrados serão transferidos para quiosques e mercados populares. O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Comércio Informal do Recife (Sintraci) fez um levantamento e identificou cerca de 330 ambulantes atuando na área e apenas 120 eram cadastrados. Segundo o presidente do Sintraci, Edvaldo Gomes, foi feito um acordo para que os ambulantes continuem na via durante as obras. "O sindicato está sentando na mesa com a prefeitura e organizando ambulantes em setores para não prejudicar os trabalhos. Até agora está tranquilo. O objetivo da gente é colocar todos os trabalhadores nos quiosques. Mas não somente os quiosques, mas outras alternativas, em transversais, outras ruas", explica. Em tentativas anteriores de retirada de camelôs na via, houve resistência e manifestações significativas.

Conheço outros pontos do projeto:

Rotas cicláveis - O entorno da Conde da Boa Vista deverá receber uma nova malha cicloviária. Assim, o centro da cidade ficaria interligado com os circuitos que conectam Boa Vista, Soledade, Santo Amaro, Santo Antônio, São José, Ilha do Leite, Coelhos e Bairro do Recife. O projeto prevê criação de bicicletários.

Circulação - O investimento na requalificação será de cerca de R$ 15 milhões.

A Avenida Conde da Boa Vista possui 1,6 km de extensão e 310 mil pessoas circulam na via por dia, sendo mais de 50% delas através de ônibus. No horário de pico, mais de 180 ônibus passam no local. Os cruzamentos contam com até 6,8 mil pedestres/hora. A via possui 1,5 mil unidades habitacionais e cerca de 370 estabelecimentos comerciais.

A Linha Centro do Metrô já está funcionando nesta quinta-feira (18). Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o ramal voltou a operar às 8h40. Todas as estações estão abertas.

O trecho do sistema de metrô do Recife estava sem funcionar desde o domingo (14) por causa de danos na rede aérea. Os trabalhos foram finalizados só nesta manhã, por volta das 6h.

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Durante o período em que a Linha Centro esteve sem funcionar, houve reforço e criação de linhas de ônibus. Diariamente, o metrô transporta 400 mil pessoas.

O problema no sistema do metrô ocorreu uma semana após novo reajuste de tarifa. A passagem aumentou de R$ 2,10 para R$ 2,60. A tarifa tem sofrido aumentos progressivos. Os reajustes estão previstos para ocorrer até março de 2020, quando chegará a R$ 4.

A Linha Centro do metrô do Recife deverá voltar a funcionar entre 8h30 e 9h desta quinta-feira (18), segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Os trabalhos de recuperação de cerca de um quilômetro da rede aérea da Linha Centro foram finalizados por volta das 6h desta manhã.

O trecho está paralisado desde o último domingo (14). No momento, um trem circula no ramal para testar o funcionamento. A composição já passou pelo trecho que foi danificado sem que registrasse problemas.

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Diariamente, o metrô do Recife transporta 400 mil pessoas. O Grande Recife Consórcio de Transporte fortaleceu linhas existentes e criou outras especialmente para o período de paralisação do metrô. Mesmo com o reforço, a população tem sofrido com ônibus superlotados.

 

A Linha Centro do Metrô do Recife segue sem operar nesta quarta-feira (17). A previsão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) é que os serviços sejam concluídos até a quinta-feira (18).  A Linha Centro está desativada desde o último domingo (14).

Nesta manhã, a equipe de manutenção da companhia está finalizando a instalação dos cabos que conduzem a energia na rede elétrica. A próxima etapa será de ajustes e testes em toda a área atingida, cerca de 1 quilômetro entre as estações Ipiranga e Mangueira.

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O problema no sistema do metrô ocorreu uma semana após novo reajuste de tarifa. A passagem aumentou de R$ 2,10 para R$ 2,60. A tarifa tem sofrido aumentos progressivos. Os reajustes estão previstos para ocorrer até março de 2020, quando chegará a R$ 4.

O Grande Recife Consórcio de Transporte realizou um reforço em oito linhas de ônibus e ativou três linhas especiais para atenuar a paralisação do metrô. Ao todo, foram colocados 50 ônibus a mais circulando nas ruas diariamente. Confira as linhas ativadas e reforçadas:

Linhas especiais ativadas:

- TI Barro/TI Jaboatão

- TI Joana Bezerra/TI Afogados/TI Barro

- TI Camaragibe/TI TIP

Linhas reforçadas:

2450 – TI Camaragibe (Conde da Boa Vista)

2480 – TI Camaragibe/Derby

2443 – TI CDU/TI Joana Bezerra

200 – Jaboatão (Parador)

232 – Cavaleiro

243 – Vila Dois Carneiros

346 – TI TIP (Conde da Boa Vista)

370 – TI TIP/TI Aeroporto

As fabricantes de automóveis Ford e Volkswagen anunciaram nesta sexta-feira (12) que vão trabalhar juntas para desenvolver veículos autônomos e elétricos.

A montadora alemã fará um investimento de US$ 2,6 bilhões na Argo AI, que é uma filial da Ford para construção de carros autônomos, e irá adquirir da fabricante norte-americana US$ 500 milhões em ações da Argo AI. Assim, as duas terão participações iguais no projeto.

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De acordo com as duas empresas, a Ford pretende construir mais de 600 mil veículos elétricos no continente europeu. A montadora norte-americana usará uma plataforma da Volks para carros elétricos, a MEB. Isso irá auxiliar no corte de custos das fabricantes.

As produções deverão ter início em 2023, na cidade de Colônia, na Alemanha.

"Nossa aliança global está começando a demonstrar uma promessa ainda maior, e continuamos a analisar outras áreas nas quais poderíamos colaborar", afirmou o presidente-executivo da Volkswagen, Herbert Diess.

Da Ansa

Recentemente, a Yellow, empresa brasileira de soluções de micromobilidade, chegou ao Recife trazendo bicicletas compartilhadas e patinetes elétricos. Os modais aparecem como alternativas para as bicicletas do Bike Itaú, que já faziam bastante sucesso na região. Numa tentativa de fidelizar ainda mais o público, a empresa anunciou um preço promocional para quem quiser usar os patinetes elétricos na capital pernambucana.

 A partir desta sexta-feira (5), o usuário vai pagar apenas R$ 1,50 pelo desbloqueio do equipamento + R$ 0,25 a cada minuto de uso. Antes, o valor era de R$ 3 + R$ 0,50 por minuto de uso. A ação segue por tempo indeterminado e os usuários podem utilizar o aparelho entre o Centro, Brasília Teimosa e Boa Viagem, com área total de 7km².

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Os patinetes estão disponíveis das 6 às 22 horas, todos os dias da semana e só podem ser “deixados”, nas áreas marcadas como utilizáveis. O aluguel pode ser pago com cartão de crédito ou dinheiro. Quem optar pelo pagamento em espécie, poderá fazê-lo em bancas de jornal e lojas, entre outros estabelecimentos parceiros da companhia, que devem receber o valor e transferir, na hora, o montante para o app do usuário.

No mesmo dia em que anunciou uma alteração no itinerário de linhas que chegam ao Terminal Integrado (TI) Tancredo Neves, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife, o Grande Recife Consórcio de Transporte cancelou o plano. A mudança reduziria o tempo de viagem de 17 linhas em, aproximadamente, seis minutos.

Através de nota, o consórcio informou que o cancelado ocorreu devido a "problemas operacionais". O cancelamento se dará por tempo indeterminado.

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A mudança passaria a valer nesta quinta-feira (4). Os ônibus que vêm no sentido Ibura-TI Tancredo Neves utilizariam um novo acesso à Avenida Sul após a descida do Viaduto Tancredo Neves. O plano só teria ocorrido após diálogos do Governo de Pernambuco, Prefeitura do Recife e Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros em Pernambuco (Urbana-PE) com a comunidade do Ibura.

As linhas que seriam beneficiadas:

060 - TI Tancredo Neves/TI Macaxeira

2060 - TI Tancredo Neves/TI Macaxeira

123 - Três Carneiros Baixo/TI Tancredo Neves

124 - Vila do Sesi/TI Tancredo Neves

125 - Córrego da Gameleira/TI Tancredo Neves

126 - UR-03/TI Tancredo Neves

132 - UR-02 (IBURA)/TI Tancredo Neves

133 - Três Carneiros/TI Tancredo Neves

134 - Lagoa Encantada/TI Tancredo Neves

135 - UR-10/TI Tancredo Neves

136 - UR-05/TI Tancredo Neves

137 - UR-11/TI Tancredo Neves

138 - Zumbi do Pacheco/TI Tancredo Neves

141 - Jardim Monte Verde/TI Tancredo Neves

142 - Alto Dois Carneiros/TI Tancredo Neves

143 - UR-06/TI Tancredo Neves

144 - UR-04/TI Tancredo Neves

O Grande Recife Consórcio de Transporte vai alterar o plano de circulação dos ônibus na chegada ao TI Tancredo Neves no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife, a partir da quinta-feira (4). Segundo o consórcio, a mudança reduzirá o tempo de viagem de 17 linhas em, aproximadamente, seis minutos.

A alteração ocorre após diálogos do Governo de Pernambuco, Prefeitura do Recife e Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros em Pernambuco (Urbana-PE) com a comunidade do Ibura, bairro da Zona Sul da capital. Um novo acesso à Avenida Sul foi criado após a descida do Viaduto Tancredo Neves.

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Ao todo, 22 linhas operam no terminal. As 17 linhas contempladas trafegam no sentido Ibura/TI Tancredo Neves. Conforme o consórcio, 20 mil passageiros por dia serão beneficiados.

Durante o mês de julho, a circulação das linhas será acompanhada para uma avaliação dos ganhos operacionais, que podem ser revertidos em melhorias dos serviços nos horários de pico. Com a nova circulação, deixam de ser atendidas as seguintes paradas no sentido Ibura/TI Tancredo Neves: nº 020504, localizada na Rua João Fontes, antes do cruzamento com a Avenida Mascarenhas de Moraes; nº 020053, na Avenida Mascarenhas de Moraes, em frente à UPA; e nº 020541, que fica na Rua Coronel Fabriciano, em frente ao Atacado dos Presentes. A opção para o usuário é embarcar ou desembarcar diretamente no TI Tancredo Neves.

Já aqueles que desejarem chegar à UPA podem, ao desembarcar no TI Tancredo Neves, integrar – sem o pagamento de uma nova passagem – numa das seguintes linhas: 024 – TI Tancredo Neves (Circular Boa Viagem), 167 – TI Tancredo Neves (IMIP), 168 – TI Tancredo Neves (Conde da Boa Vista). 

Veja quais linhas farão este novo itinerário:

 060 - TI Tancredo Neves/TI Macaxeira

2060 - TI Tancredo Neves/TI Macaxeira

123 - Três Carneiros Baixo/TI Tancredo Neves

124 - Vila do Sesi/TI Tancredo Neves

125 - Córrego da Gameleira/TI Tancredo Neves

126 - UR-03/TI Tancredo Neves

132 - UR-02 (IBURA)/TI Tancredo Neves

133 - Três Carneiros/TI Tancredo Neves

134 - Lagoa Encantada/TI Tancredo Neves

135 - UR-10/TI Tancredo Neves

136 - UR-05/TI Tancredo Neves

137 - UR-11/TI Tancredo Neves

138 - Zumbi do Pacheco/TI Tancredo Neves

141 - Jardim Monte Verde/TI Tancredo Neves

142 - Alto Dois Carneiros/TI Tancredo Neves

143 - UR-06/TI Tancredo Neves

144 - UR-04/TI Tancredo Neves

Um trem parou durante o trajeto e os passageiros desceram e caminharam pelos trilhos na área central do Recife na manhã desta quarta-feira (3). Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), algum passageiro apertou o botão de emergência forçando a parada da composição na Estação Joana Bezerra.

Não houve registro de confusão ou problema no vagão e a suspeita é que o botão tenha sido acionado sem necessidade. O trem não possui câmeras para identificar quem acionou o dispositivo.

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De acordo com a CBTU, o maquinista precisou ir ao vagão destravar o botão, momento em que, impacientes, os passageiros desceram para a via. Com os usuários nos trilhos, os trens precisaram operar com velocidade reduzida.

Toda a ocorrência durou 25 minutos. O metrô já funciona normalmente.

 

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A ciclorrota localizada da Rua da Aurora, no Recife, sofre com a falta de manutenção. Por toda a extensão da estrutura dedicada à circulação de bicicletas, acumulam-se buracos, além de outros problemas, trazendo risco a ciclistas e pedestres.

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 O trecho de cerca de um quilômetro é parte do Eixo Cicloviário Camilo Simões, que liga Olinda ao centro do Recife. Entre os problemas encontrados pela reportagem do LeiaJá está até uma árvore caída há vários dias, atrapalhando a passagem dos ciclistas que usam estrutura.

 A árvore caiu durante as chuvas da última quinta-feira (13), mas continuava lá, derrubada e intacta, ainda na terça (18). Na quarta de manhã, a planta caída foi podada, mas não removida. Isso se deu porque quem cuidou de tentar amenizar o problema foi o grupo de pessoas que ocupa como moradia o coreto localizado ao lado, não os órgãos competentes.

Uma tampa localizada em frente à quadra da orla da Rua da Aurora está quebrada (veja no vídeo abaixo) desde o Carnaval deste ano, no começo de março, segundo relatos de usuários da ciclorrota e da quadra colhidos em diferentes dias. A reportagem ouviu relatos também de carros da guarda municipal e da Polícia Militar transitando pela faixa destinada ao uso compartilhado de ciclistas e pedestres.

Entre os vários buracos, um já tomou mais da metade da ciclovia e continua crescendo. Outros são resultados de intervenções de manutenção que ficaram pela metade, como é possível conferir na galeria de fotos acima. 

Assista no vídeo um rápido passeio pela ciclorrota mostrando o estado da estrutura:

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 A responsabilidade pela manutenção da estrutura é, de acordo com a Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer - que construiu o eixo cicloviário - e com a Emlurb (Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife), da CTTU (Autarquia de Trânsito e Transporte Urbanos do Recife). Questionada pelo LeiaJá sobre com qual frequência são feitos serviços de manutenção no trecho, a assessoria da autarquia afirmou através de nota que "Regularmente monitora o equipamento e, havendo necessidade, o trecho é incluído no cronograma de ações". O órgão também afirma que a população pode enviar denúncias de problemas na estrutura para o e-mail da Ouvidoria Geral do Município pelo endereço ouvidoria@recife.pe.gov.br.

Leia a nota na íntegra:

"A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) informa que o Eixo Cicloviário Camilo Simões é uma obra do Governo do Estado de Pernambuco, cuja manutenção é feita pela Prefeitura do Recife. Regularmente, a CTTU monitora o equipamento e, havendo necessidade, o trecho é incluído no cronograma de ações para equipe de sinalização realizar a manutenção necessária no trecho do equipamento compreendido em Recife. A CTTU esclarece que o cidadão pode enviar sugestões e demandas para o e-mail da Ouvidoria Geral do Município pelo endereço ouvidoria@recife.pe.gov.br.

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--> Uma ciclovia feita para os carros

No primeiro fim de semana após o início das regras de patinetes elétricos em São Paulo, esses veículos desapareceram das ruas. Além do confisco de centenas de veículos pela Prefeitura desde quarta-feira (29), as duas principais empresas do setor - Grin e Yellow - ainda recolheram domingo seus patinetes, sob a justificativa de "manutenção" para reorganizar a frota.

Entre domingo e sábado, a reportagem percorreu o Largo da Batata e parte da Avenida Faria Lima, na zona oeste da cidade, e Paulista, na região central, pontos que tinham sido tomados pelo vaivém de patinetes nos últimos meses. No sábado, os apps indicavam poucos ou nenhum veículo disponível nas áreas.

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Ao acessar o app da Grin no domingo (2) pela manhã, surgia o aviso sobre manutenção. Mais tarde, a Yellow também incluiu a mensagem. Com a chuva, que deixou esses lugares mais vazios, não foram muitos os usuários a notarem a falta. Na quarta, diz a Prefeitura, 557 patinetes foram recolhidos - não houve novo balanço. Segundo a Grow, empresa responsável por Grin e Yellow, 1,5 mil dos 4 mil equipamentos da frota foram apreendidos.

"Passo por aqui (Largo da Batata) todo dia e está diferente. Umas 19 horas, sempre tem muitos andando. No fim de semana, enchia também, um 'rolezinho' de patinetes. Não tem mais nenhum", disse a estudante Ana Carolina Prado, de 18 anos.

Segundo o professor Flávio Smit, de 52 anos, este sábado foi o primeiro dia em que não viu a movimentação em duas rodas. "Na semana passada, quase fui atropelado. Eram três crianças apostando corrida. Era óbvio que ia ser um caos", contou. O uso do veículo não é permitido para menores de 18 anos.

Na Paulista, só entregadores de apps de comida passavam com patinetes. Os equipamentos que costumavam ficar no entorno de uma banca de revistas perto da Estação Trianon-Masp sumiram.

Em nota, a Grow disse que os patinetes foram recolhidos no fim de semana para "manutenção", mas não informou se vai retomar o serviço nesta segunda-feira (3). Um prestador de serviço da Yellow disse ao Estado que o objetivo era de fazer ajustes exigidos pela Prefeitura, como a velocidade máxima de 20 km/h. Sobre isso, a Grow não se manifestou.

Na semana passada, a Prefeitura disse que a Grow não tem cadastro para operar na capital. Apenas Flipon e Scoo, com frota de 550 patinetes, fizeram esse registro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e do Grande Recife Consórcio de Transporte, publicou, nesta sexta-feira (31), um edital de chamamento para o setor privado gerir os terminais integrados da Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com o governo, o objetivo é proporcionar melhorias nos terminais. O chamamento público vale para os 26 terminais integrados de ônibus do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros da RMR.

O edital está vinculado ao novo Programa de Parcerias Estratégicas do Estado (PPPE), cuja lei, 16.573/2019, foi sancionada pelo governador Paulo Câmara (PSB) no último dia 21. O PPPE, de acordo com o governo, aprimora e atualiza o antigo Programa de Parcerias Público-Privadas (PPP) ao permitir um conjunto maior de concessões para execução de empreendimentos públicos estratégicos.

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"A convocação do setor privado para contribuir com a melhoria de serviços públicos oferecidos aos cidadãos pernambucanos está embasada nas experiências exitosas de importantes capitais do país. Pernambuco é um centro de oportunidades para esforços público-privados e as parcerias trarão inovações para esses equipamentos”, afirma o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Bruto.

As propostas para o chamamento público dos terminais devem apresentar estudos de modelagem operacional, econômico-financeira, jurídica, urbanística e de engenharia e arquitetura. Entre os serviços a serem executados estão a administração, manutenção, conservação e requalificação dos terminais em troca da exploração comercial desses espaços. Os estudos podem abranger um, alguns ou a totalidade dos terminais.

A avaliação dos estudos ficará por conta da Comissão Especial de Avaliação e o prazo para o credenciamento das Propostas de Manifestação de Interesse (PMI) se encerra no dia 1° de julho. Podem participar pessoas físicas e jurídicas, nacionais ou estrangeiras, desde que preencham os requisitos constantes nos editais. Os documentos e os anexos estão disponíveis no site da Seduh. Os estudos deverão ser protocolados na sede da secretaria, na Iputinga, Zona Oeste do Recife.

Com informações da assessoria

O LeiaJá foi o grande vencedor da 15ª edição do Prêmio Urbana de Jornalismo, que reconhece as melhores reportagens de Pernambuco sobre transporte público e mobilidade urbana. O trabalho “Patrimônio afetivo, história ferroviária padece na RMR” ficou em primeiro lugar entre todas as categorias.

Os vencedores foram anunciados na noite desta terça-feira (22), em uma cerimônia realizada no Recife. Esta é a segunda vez consecutiva que o LeiaJá conquista o Urbana. Nesta edição, 38 trabalhos concorreram nas modalidades Jornalismo Impresso – Matéria Especial; Jornalismo Impresso – Série de Reportagem; Estudante; Radiojornalismo; Fotojornalismo; Telejornalismo e Jornalismo Online.

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O conteúdo é de autoria da repórter especial Marília Parente e retrata a realidade de estruturas do patrimônio ferroviário de Pernambuco, fundamentais na formação urbana das cidades onde estão localizadas. As estruturas estão abandonadas, em uma situação precária que entristece as pessoas que viveram o período.

“Duas conquistas importantes e dignas do bom trabalho que o núcleo de reportagens especiais do LeiaJá vem fazendo. Produzimos um material importante para entender como as cidades da RMR se constituíram", declarou Marília Parente.

O designer João de Lima exaltou a conquista. “Fico muito em presenciar esta vitória da reportagem de Marília Parente. Vejo esse material como um serviço de extrema importância para a sociedade, principalmente por abordar uma área por vezes esquecida do todo que é o transporte urbano”, comentou.

O repórter fotográfico Júlio Gomes comemorou a vitória e destacou o trabalho do LeiaJáImagens. “Eu contei a história de uma situação de abandono. Inacreditável chegar em uma estação em Jaboatão dos Guararapes em ruínas”, acrescentou Gomes.

No ano passado, o LeiaJá também venceu o Prêmio Urbana de Jornalismo na categoria “Online”. Na ocasião, o portal foi reconhecido por meio do especial “Um passeio para guardar na memória”, que retrata a história do transporte público na Região Metropolitana do Recife. Em 2019, nosso portal também conquisto o Grande Prêmio MPT de Jornalismo, com o especial “Trabalhador - Herança escravista, pobreza e irregularidades”.

Confira a reportagem premiada: Patrimônio afetivo, história ferroviária padece na RMR

A Prefeitura de Montevidéu elaborou um projeto para regulamentar a circulação de patinetes e bicicletas pela cidade. A iniciativa defende que os usuários possam utilizar os veículos apenas em ciclovias ou nas ruas, proibindo o uso em calçadas e nas Ramblas. A capital uruguaia tem 23 km de Rambla, que é a avenida que margeia o Rio da Prata, dos quais menos de 3 km possuem ciclovias.

De acordo com a proposta, os usuários de patinetes, patinetes elétricos, bicicletas, bicicletas elétricas, triciclos, quadriciclos e plataformas do tipo segway, deverão transitar apenas em ciclovias e ruas.

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A proposta é polêmica, uma vez que proibiria as crianças, por exemplo, de pedalarem nas ramblas da cidade. Durante os fins de semana, por exemplo, esses calçadões ficam tomados por montevideanos e turistas, que saem para passear a pé, de bicicletas e, mais recentemente, com os patinetes elétricos.

Em fevereiro deste ano desembarcaram na cidade os patinetes Grin, com grande aceitação pelos usuários. Poucos meses depois, chegou à capital a marca americana Lime. O sucesso é tanto que há uma terceira empresa de patinetes, que deve se instalar no próximo mês.

Com este decreto, que será analisado por uma Junta Departamental, o uso dos patinetes deverá ser regulamentado. Entre as novas regras, está a proibição de se estacionar os veículos em calçadas, por exemplo.

De acordo com o artigo 8º do projeto, os patinetes (elétricos ou não), as bicicletas (elétricas ou não), os triciclos (elétricos ou não) e as plataformas (segway) apenas poderão ser estacionados em zonas autorizadas pela prefeitura de Montevidéu.

Os usuários deverão respeitar uma série de regras em relação ao uso de capacetes e de faixas refletoras nos veículos.

Um ponto levantado por críticos da proposta é sobre a segurança dos consumidores seriam obrigados a trafegar pelas ruas, ao lado de automóveis e motocicletas. Há quem defenda que os riscos aumentariam.

O vereador Javier Barrios Bove, afirmou em seu Twitter que a "falta de bom senso na nova regulamentação sobre patinetes é incrível". Ele afirmou que a "Rambla é o espaço mais democrático que existe. Se querem organizar o uso das bicicletas, que invistam em ciclovias. É um perigo que adultos e crianças circulem em patinetes ou bicicletas pelas ruas".

O diretor de Mobiblidade da prefeitura de Montevidéu, Pablo Inthamoussu, disse que "se na Rambla de Montevidéu - que é um lugar de passeio e recreação - temos que lamentar que algum desses veículos não cumpra as normas e atropele um pedestre, vamos ter a regra". Ele explicou que há uma debilidade quanto à fiscalização desses veículos e que este é um grande desafio.

O uso de patinetes elétricos, que tem se tornado cena comum nos centros das grandes cidades brasileiras, também é uma alternativa cada vez mais popular entre turistas e moradores da capital uruguaia, Montevidéu. O número de veículos dobrou desde fevereiro deste ano, quando tiveram início as operações na cidade. O sucesso é tanto que as empresas já trabalham com a expectativa de aumentar a quantidade de patinetes até junho. 

Os usuários têm aprovado o serviço e aproveitam a novidade para passear pela famosa Rambla, avenida que margeia o Rio da Prata.

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É o caso da dentista brasileira Camila Fernandes, 25 anos, que visita Montevidéu com a família pela primeira vez. Natural de Ubatuba, no litoral de São Paulo, ela aprovou o serviço e disse que achou muito fácil e seguro de conduzir. "Não é perigoso para nós, adultos, que temos noções de direção. Mas realmente seria perigoso para uma criança, por exemplo".

Juntamente com a mãe, a tia e o irmão, Camila baixou o aplicativo que libera o uso dos patinetes e aproveitou o dia de passeio para conhecer o bairro de Pocitos.

Tia de Camila, Magali Fernandes disse que os patinetes são ótimos para quem, como ela, curte conhecer a arquitetura e o clima da cidade. "A vista do litoral é maravilhosa. Lá em Ubatuba também temos litoral, mas é muito diferente.”

Em Montevidéu, duas empresas operam os patinetes elétricos. A primeira a se instalar, em fevereiro deste ano, foi a mexicana Grin, que trouxe para as ruas da cidade cerca de 200 "monopatines" (como são conhecidos os patinetes). No final de abril, desembarcou no país a norte-americana Lime, com mais 300 veículos. Há ainda a expectativa da chegada da espanhola Movo, com outros 300 patinetes.

Poluição do ar

O diretor de relações governamentais da Lime para América do Sul, Felipe Daud, afirma que, além da mobilidade urbana, o uso dos patinetes elétricos é um importante aliado para a diminuição da poluição do ar.

"O tema da poluição do ar é muito importante para cidades como Bogotá, Cidade do México e Santiago do Chile, cidades muito poluídas. No Chile, por exemplo, a gente acabou de fazer uma pesquisa e descobrimos que cerca de 30% a 35% das nossas viagens substituem corridas de carro. As corridas de patinete chamamos de "última milha", pois é feita para você andar mais ou menos 1 ou 2 quilômetros, por dez ou quinze minutos, no máximo. Já se sabe que muitas das viagens de Uber ou de táxi são viagens curtas, de até dois quilômetros, com apenas um passageiro. Essa viagem pode ser facilmente substituída pelo patinete", defende Felipe.

De acordo com ele, a Lime é a maior empresa de patinetes elétricos do mundo, presente em mais de cem cidades. Apenas em Santiago, capital do Chile, já foram feitas mais de 700 mil corridas usando o patinete elétrico. Na América Latina, ele afirma que já foram registradas mais de 1 milhão de viagens e, no mundo, mais de 50 milhões.

"A gente estima que o mercado de Bogotá, por exemplo, no futuro, possa ter até 100 mil patinetes (sendo 1 patinete para cada cem habitantes). É um mercado onde você pouparia 48 milhões de toneladas cúbicas de CO2/ano", afirma Felipe.

De acordo com pesquisas globais conduzidas pela Lime em 26 cidades, aproximadamente 1 em cada 3 viagens feitas em patinete substituiu um passeio que, de outra forma, teria sido feito de carro. A empresa estima que, com isso, tenha impedido a emissão de 6.220 toneladas de carbono na atmosfera.

Segurança

Em entrevista à Agência Brasil, o secretário geral da Unidade Nacional de Segurança Viária (Unasev) do Uruguai, Adrián Bringa, explicou que o país vive um boom semelhante ao ocorrido alguns anos antes com as bicicletas elétricas. 

A regulamentação desse tipo de transporte, enquadrado com veículo elétrico, foi fruto de um trabalho técnico rigoroso para definição de regras e normas. Por enquanto, os patinetes são equiparados às bicicletas elétricas e os usuários não estão sujeitos a multas.

Ainda segundo Bringa, os usuários dos patinetes, assim como os ciclistas, devem seguir as normas de trânsito. "Devem sempre circular por ciclovias e vias, nunca nas calçadas; respeitar a velocidade máxima das vias; usar capacetes e coletes refletores. Os veículos elétricos devem ter ainda luzes dianteiras e traseiras. E apenas maiores de idade podem conduzi-los", explica.

Felipe Daud, da empresa Lime, reconhece a importância da regulamentação e afirma que a atividade também deve ser regulada ao redor do mundo. No Brasil, ainda não existem normas que regulem o uso dos patinetes.

"A gente tem uma preocupação muito grande com segurança. Recomendamos em todas as nossas comunicações e no próprio patinete, o uso do capacete. Reforçamos que os usuários não devem usar calçadas e menores de idade estão terminantemente proibidos. A gente sabe que os acidentes vão ser menores quanto melhor for a infraestrutura da cidade. A gente trabalha também com isso, na criação de ciclovias, de vias de baixa velocidade. Ruas onde o carro pode transitar até 30 km, são uma solução para o patinete", afirma.

Requisitos

No Uruguai, enquanto o uso dos patinetes não é regulamentado, o modal é  entendido como veículo elétrico.

Para usar o patinete, o usuário deve ter mais de 18 anos e estar com capacete. Não é permitido “dar carona” – ou seja, mais de uma pessoa por patinete. Os patinetes devem andar nas ruas, o mais próximo possível do meio-fio, ou em ciclovias. É proibido circular nas calçadas.

O uso de capacetes ainda não é respeitado pela maioria dos usuários. A reportagem da Agência Brasil flagrou ainda dezenas de crianças passeando nos patinetes e diversos casos de mais de uma pessoa por veículo.

Como funciona

O aluguel dos patinetes é relativamente simples. O usuário deve, em primeiro lugar, baixar o aplicativo da empresa e cadastrar um cartão de crédito para a cobrança. Uma vez dentro do aplicativo, ele consegue identificar onde estão os patinetes disponíveis mais perto. Após localizar o patinete, deve-se abrir o aplicativo e "ler" o código QR do patinete - essa ação destrava o veículo.

No Uruguai, é preciso desembolsar 20 pesos (aproximadamente R$ 2,50) para destravar o veículo. São cobrados ainda 4 pesos (aproximadamente R$ 0,50 centavos) por minuto de uso.

Em Brasília, o usuário paga R$ 3,50 para destravar o equipamento. A cada minuto de uso é debitado R$ 0,50.

Após destravado, o patinete está pronto para uso. Ao terminar o trajeto, o usuário entra novamente no aplicativo e encerra a “corrida”. Os patinetes podem ser deixados na rua, em local que não bloqueie a circulação de pessoas e de outros veículos, nem impeça acesso a rampas, garagens e paradas de ônibus.

Todos os patinetes são equipados com GPS. Desta forma, funcionários das empresas conseguem identificar os locais onde foram deixados, recolhê-los e levar para os galpões onde são recarregados durante a noite.

A recente oferta de aluguel de patinetes elétricos nas grandes cidades aliada ao aumento no número de usuários tem feito com que governos e prefeituras corram para tentar regulamentar a atividade.

Não há normas sobre o uso do novo modal o que tem transformado ruas em locais sem lei para os patinetes. A reportagem da Agência Brasil flagrou usuários de patinetes elétricos circulando entre os carros e "cortando" pedestres. A maior parte deles não usa capacete, apesar das recomendações das empresas que oferecem o serviço.

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Na avaliação do especialista em mobilidade Ronaldo Balassiano, o estabelecimento de normas para uso do equipamento trará mais segurança para motoristas, pedestres e usuários do serviço. Segundo ele, os governos têm demorado para fazer a regulamentação.

Distrito Federal

No Distrito Federal, a Secretaria de Mobilidade informou que o governo está elaborando um projeto de lei para atualizar a política de mobilidade urbana cicloviária, que já prevê o uso das bicicletas compartilhadas e dos patinetes. Entretanto, ainda não há uma data prevista para apresentar a proposta. 

Na falta de uma regulamentação sobre o serviço, a controvérsia em relação ao uso de patinetes em micro-deslocamentos urbanos fez com que as autoridades se manifestassem com orientações para evitar acidentes. Em nota, na última terça-feira (7), o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), em conjunto com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) e a Polícia Militar (PMDF), orienta o uso desses equipamentos somente em locais de circulação de pedestres, ciclovias ou ciclofaixas.

"Logo, não é permitido o trânsito de patinetes em faixas de rolamento, em razão do risco de compartilhamento de espaço com veículos automotores", diz a nota. 

"Quando houver a necessidade de atravessar a via pública, o usuário do patinete deverá procurar as passarelas, passagens subterrâneas ou faixas de pedestres. Nesse caso, o usuário do patinete deverá descer do equipamento para fazer a travessia segura."

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, a Guarda Municipal afirma que não há regulamentação para aplicação de multa a condutores de patinetes elétricos. Entretanto, a prefeitura afirma que durante o patrulhamento de rotina, os guardas atuam na orientação de condutores de patinetes, bicicletas elétricas e outros tipos de veículo para uma direção defensiva.

Em nota, a Guarda Municipal afirmou que promove ações educativas e distribui folhetos sobre o uso correto das ciclovias e das áreas de lazer na orla da cidade. Entre as informações, está a orientação para o limite de velocidade na ciclovia (20km), a proibição de andar na contramão e a necessidade de respeitar as leis de trânsito.

São Paulo

Em São Paulo, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes criou em janeiro um grupo de trabalho para estudar a regulamentação do sistema de compartilhamento de patinetes elétricos na cidade. A partir de uma chamada pública, 11 empresas demonstraram interesse em participar da elaboração dessas normas. A primeira reunião envolvendo os empreendedores e o Poder Público aconteceu no dia 19 de março.

A secretaria também está consultando outras prefeituras do mundo, como as de Nova York, nos Estados Unidos, e Paris, na França, para analisar as experiências com essa forma de transporte. Entre as preocupações, está o estabelecimento de critérios para que os equipamentos sejam seguros, confiáveis e não sejam estacionados de modo a atrapalhar a circulação de pedestres.

Empresas

As empresas que fornecem o serviço afirmam que disponibilizam as informações de segurança no momento em que o usuário se cadastra no aplicativo. Elas informam que têm como prioridade a prevenção de acidentes e que trabalham para intensificar as campanhas de conscientização em prol do uso correto dos patinetes, através do aplicativo e pelas redes sociais. A velocidade recomendada aos usuários é de 6 km/h nas calçadas e de 20 km/h nas ciclovias ou ciclofaixas.

Em nota à Agência Brasil, a Yellow – que oferece patinetes elétricos no Rio de Janeiro, em São Paulo e Brasília – afirma que a idade mínima para a utilização do equipamento é 18 anos e que demais orientações, como a importância do uso de capacete, constam do termo de uso disponível no aplicativo.

Ainda segundo a empresa, a operação dos patinetes respeita as determinações das resoluções 375 e 465 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), entre elas, a limitação da circulação desses veículos a “áreas de pedestres, ciclovias e ciclofaixas”. 

A empresa também recomenda aos usuários planejar o caminho, não trafegar com mais de uma pessoa, dar sempre preferência ao pedestre e respeitar as regras do trânsito.

Outras recomendações são: jamais conduzir o patinete se houver ingerido álcool, segurar sempre o guidão com as duas mãos e ficar atento a irregularidades nas vias, como buracos, bem como galhos e árvores que possam oferecer riscos no trajeto.

Na capital fluminense, o serviço de patinetes elétricos é oferecido por três empresas: a Yellow e a Grin, muito presentes na área central da cidade, e a Tembici, que atua em parceria com a Petrobras, na orla de Copacabana e Ipanema.

Em São Paulo, o serviço vem sendo oferecido desde agosto de 2018 pela Yellow. A primeira experiência foi com uma estação em um prédio privado na Avenida Faria Lima, na zona oeste da cidade. Desde então, a empresa expandiu a área de atuação e atualmente tem equipamentos disponíveis na Vila Madalena, Pinheiros, Jardins, Vila Mariana e Campo Belo. Atualmente, a Grin também disponibiliza patinetes para locação na cidade.

No Distrito Federal (DF), o serviço de patinetes está disponível no Plano Piloto (região central da cidade) e em Águas Claras e é oferecido pela Yellow e pela Grin, desde janeiro de 2109.

Apenas a Tembici, empresa que opera do Rio, divulga o número de patinetes. Segundo a empresa, 500 modelos elétricos ficam espalhados pela orla da zona sul. Para aumentar a segurança, ainda segundo a empresa, os equipamentos têm uma prancha mais ampla, rodas maiores e um visor que mostra a velocidade, limitada a 15 km/h, com o objetivo de reduzir o risco de acidentes e lesão ao usuário e aos pedestres. Também são oferecidos capacetes nas estações.

Grin e Yellow não divulgam os dados referentes ao número de patinetes disponíveis alegando questões estratégicas.

Quem anda pelo centro de grandes cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, certamente, já esbarrou em patinetes elétricos, verdes ou amarelos, aparentemente largados pelas esquinas ou calçadas. A alternativa de transporte surgiu de forma discreta, levantando a curiosidade do brasileiro e, aos poucos, começou a cair no gosto popular, transformando-se em “febre”. Desde a chegada do serviço de aluguel desses equipamentos, é comum ver pessoas circulando rapidamente entre os pedestres ou mesmo entre os carros em pequenos patinetes elétricos.

Na avaliação de especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a nova opção traz vantagens para a mobilidade de grandes cidades. Entretanto, é necessário que o Poder Público regulamente o uso do equipamento para que haja regras que garantam a segurança de usuários, motoristas e pedestres.

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Professor do Programa de Engenharia de Transporte do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ronaldo Balassiano defende o aumento no número de opções de transporte, sobretudo nos locais onde os carros são os grandes poluidores.

“Do ponto de vista de se locomover em distâncias pequenas, entre 5 km ou 6 km, nas redondezas de casa ou do trabalho, o patinete traz uma contribuição boa para a mobilidade urbana. O grande problema é que as nossas autoridades, responsáveis por regular esses modos, continuam na idade da pedra. O patinete já vem sendo usado nos Estados Unidos e na Europa há alguns anos. Por que nós não nos preparamos para um mínimo de regulamentação?”, questionou.

Os equipamentos, alimentados por uma bateria, podem chegar a uma velocidade máxima de 20 km por hora, tornando difícil frear ou mesmo desviar de um obstáculo a tempo de evitar uma queda ou colisão.

Especialista em mobilidade, Balassiano destacou que a regulamentação do Poder Público trará mais segurança.

Segundo ele, não se trata de “engessar” o modo de transporte, mas evitar acidentes, uma vez que os patinetes alcançam velocidades muito altas para serem usados nas calçadas. “Se atropelar um idoso, uma criança ou uma gestante, a chance de acontecer um acidente grave é muito alta. Por outro lado, nas ruas, a gente sabe que os carros e os ônibus não respeitam nem as bicicletas, o que dirá os patinetes”, advertiu Balassiano.

Na avaliação dele, o ideal é que os patinetes trafeguem em ciclovias ou ciclofaixas, juntamente com as bicicletas.

“O que precisamos é algum tipo de norma para esse veículo, para não causar acidentes com terceiros ou mesmo com os usuários. O mais razoável seria trafegarem, junto com as bicicletas, em faixas específicas e ciclovias. Mas não é isso que acontece”, lamenta o professor.

“Na França, para alugar um patinete, é preciso ter uma carteira de motorista, colocando um veículo que vai ter uma certa velocidade nas mãos de quem já tem alguma ideia de como dirigir”, completou o especialista, sugerindo o desenvolvimento de uma grande campanha conjunta, entre o Poder Público e as empresas, de conscientização dos usuários.

Mobilidade e segurança

Com quase 50 anos de profissão, o taxista Augusto César dos Santos diz que falta respeito por parte das pessoas que andam de patinete no centro do Rio de Janeiro. Eles se misturam ao pesado trânsito urbano das vias centrais, ziguezagueando entre carros e ônibus.

“Eles andam na contramão, não respeitam a legislação, é uma coisa horrível. Eu já tive diversos problemas de quase atropelar, pela imprudência e imperícia deles, principalmente aqui no centro. Tem que se tomar uma atitude, pois isso pode virar morte a qualquer momento”, reclamou o taxista.

Consciente dos riscos e dos benefícios do patinete, a atuária Samara Alce que trabalha no Centro do Rio diz que usa o modal para se deslocar com mais rapidez pelas ruas, mas tem cuidado com a velocidade e não trafega entre os carros.

“Eu tenho muito cuidado para usar o patinete. Quem sabe usar bem, sabe qual o objetivo do patinete, não vai se meter em acidente. Só se envolve em acidente quem quer se arriscar”, disse Samara, que já utilizou quatro vezes o meio de transporte, mas sente falta de que seja oferecido capacete aos usuários.

Para o estudante de direito Igor Santos, o patinete é seguro, desde que se preste atenção ao terreno e se tenha o mínimo de habilidade. Ele costuma usar o equipamento para integrar o transporte de barcas, na Praça 15, com as estações de metrô na Avenida Rio Branco. “É tranquilo. Eu pego daqui para a barca ou de lá para o metrô. É mais rápido”, disse enquanto desbloqueava o equipamento - procedimento padrão feito com o telefone celular, após um cadastramento prévio de dados, incluindo um número de cartão de crédito, para debitar o valor do uso.

Em Brasília, o casal Rodrigo Lima Costa e Claudete Rodrigues experimentou o equipamento pela primeira vez esta semana. Moradores do Entorno do DF e casados há dez anos, eles resolveram usar os patinetes para um momento de lazer, no Parque da Cidade.

“Eu vi um dia desses na rua e me perguntei porque uma pessoa deixava um patinete ali. Depois ela me falou que existia o aplicativo e hoje viemos experimentar. Vamos fazer uma experiência", disse Rodrigo.

Usuário do serviço desde que ele começou na capital, o ex-servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Leonardo Dias disse que a opção pelo patinete para lazer e pequenos deslocamento na cidade coincidiu com o aumento no preço dos combustíveis.

"Eu tenho um carro que consome muito e o patinete serviu nessas horas justamente pela economicidade e praticidade. Todo mundo fala sobre o perigo de se andar no patinete, mas é muito tranquilo. Agora mesmo rodei quase cinco quilômetros e deu R$ 12. Pela economia, eu indico", afirmou Leonardo, ressaltando a limitação dos patinetes para percorrer grandes distâncias em razão da pouca autonomia de bateria.

Em entrevista à Agência Brasil, ele afirmou não ter vivenciado problemas ao se deslocar de patinete para trabalhar, mas ressaltou que os motoristas ainda não veem a alternativa como meio de transporte, mas como equipamento de lazer.

O ex-servidor público disse ainda que, mesmo utilizando os patinetes para se deslocar na cidade, não acredita na necessidade de regulamentação do serviço. "As bikes vieram, mas logo depois vieram os patinetes e tomaram conta. Muita gente, querendo ou não, está optando pelo patinete quando o deslocamento é muito próximo. Mas como o serviço é novo, não acho ainda necessária uma regulamentação", afirmou.

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