Tópicos | mudança de sexo

Roberta Close, a famosa modelo transexual dos anos 1980 e 1990, atualmente mora na Suíça, mas veio ao Brasil para uma série de compromissos, e aproveitou para falar, ao Blog do Amaury Jr., sobre diversos assuntos polêmicos!

Dentre os assuntos, Roberta falou sobre o rumor de que teria tido um affair com Richard Gere:

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- Namorei ele e outros e muito mais. Saíram fotografias nossas no fundo de uma festa. Agora ele está casado com uma menina maravilhosa na Espanha.

Ela também contou sobre outro caso que teve: com Jece Valadão, famoso por filmes como Rio, 40 Graus e Os Cafajestes.

- Não tivemos um grande romance, mas foi no trabalho.

Roberta, que está no Brasil, entre outros motivos para o lançamento do livro Transgêneros, de Tereza Vieira, também ficou famosa por estampar uma capa polêmica da Playboy, e falou sobre a cirurgia de mudança de sexo que realizou em Londres, no Reino Unido.

- No Brasil, era proibido. Os médicos ingleses me ajudaram e falaram que eu estava certa em fazer para ter uma qualidade melhor para se comportar como mulher e fêmea que sempre fui.

Ela contou, ainda, que ganhou a operação de presente de um rapaz - na época, o procedimento era caríssimo.

- Fui lá para fora trabalhar e numa noite, um rapaz disse: Gostei muito de você. Falei: Estou trabalhando, porque preciso levantar uma certa quantia de um sonho que eu tenho. Ele disse: É muito? Confirmei. Ele disse: E se eu der esse presente pra você? [...] Eu senti que ele estava interessado. Quando chegou, ele veio com o dinheiro e disse: Aqui está o teu sonho. Fiquei completamente gelada. Não sabia o que fazer. Fiquei muito nervosa. Não esperava.

O sucesso de Pabllo Vittar está em uma crescente exponencial e vem despertando cada vez mais a curiosidade das pessoas. Por conta da escolha de manter um nome masculino mesmo com suas contínuas aparições vestida de mulher, surgem diversos questionamentos sobre a sexualidade e o gênero da cantora. “Sou um menino gay, que faz drag e se relaciona com homens gays”, explica.

Em entrevista a Glamour, a maranhense disse não cogitar fazer cirurgia para a mudança de sexo. “Não sou trans! Não quero mexer no meu corpo, fazer cirurgias... Sou feliz como sou”, afirmou. A drag queen conta que não se prende às tradicionais regras de gênero . “Acredito que a pessoa tem que ser o que ela quiser, independente de ser homem, mulher, os dois ou não ter gênero nenhum”, diz ela.

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Questionada sobre qual é o seu pronome preferido, Pabllo diz o seguinte: “Juro que não tenho grilos com isso, não. Mas, obviamente, quando estou montada prefiro ser chamada de ‘a’ Pabllo. São horas na make, não é?” 

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Shiloh nasceu menina, a primeira filha biológica de Angelina Jolie com Brad Pitt. No entanto, agora a menina iniciou um processo para readequação de sexo, segundo a revista portuguesa Caras. De acordo com a publicação, a criança de 11 anos começou a fazer um tratamento que regula os hormônios femininos, contendo o desenvolvimento de características femininas no corpo. Juntamente a isso, também recebe acompanhamento psicológico.

A atriz Angelina Jolie já havia mencionado que Shiloh tinha costumes considerados masculinos, como os relacionados a vestimenta, por exemplo. Constantemente usava roupas de homem, pediu para cortar o cabelo bem curto e gostava de ser chamado de John. A imprensa internacional já disse algumas vezes que o pai, Brad Pitt, nem sempre soube lidar com este comportamento de Shiloh.

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A Sérvia acolhe os estrangeiros que querem mudar de sexo, principalmente as mulheres que desejam se tornar homens, um paradoxo em um país onde metade da população considera a homossexualidade uma doença.

A.T., de 38 anos, trabalha como anestesista na Itália. Antes de decidir onde faria sua cirurgia, levou em consideração o custo da operação e a formação das equipes de saúde sérvias, e chegou à conclusão de que o país era um lugar adequado para mudar de sexo.

A Sérvia conta com uma medicina de alto nível, o que é essencial para uma cirurgia de mudança de sexo de mulher para homem, mais complicada que a inversa.

A cirurgia sérvia tem uma longa tradição neste setor. No final dos anos 1980, Savo Perovic foi pioneiro em operações de mudança de sexo, e seu aluno Miroslav Djordjevic seguiu seus passos e assumiu essa função.

A.T., que começou sua transformação há 14 anos, optou pelo Center for Genital Reconstructive Surgery de Belgrado, dirigido pelo professor Djordjevic.

"Fiz muitas pesquisas e entrei em contato com muitas clínicas. Percebi que quase todos tinham sido alunos do professor Djordjevic", afirma A.T.

Na Itália, ele poderia conseguir fazer a operação de graça mas, na sua opinião, os cirurgiões locais carecem de experiência. Na Sérvia, pagou 15.000 euros. No Reino Unido, lhe teria custado 60.000.

Miroslav Djordjevic assegura que os pacientes se sentem atraídos mais pela qualidade do tratamento e não tanto pelo preço, embora reconheça que os custos no país são entre três e quatro vezes inferior aos da Europa Ocidental ou aos dos Estados Unidos.

Segundo o médico, só cerca de 20 centros no mundo são capazes de realizar uma operação de mudança de sexo de mulher para homem, e sua clínica é um deles.

"Retiramos de uma vez só os seios e os órgãos sexuais femininos", e "concluímos com a cirurgia para criar um pênis", explica este cirurgião de 51 anos.

Cem estrangeiros por ano

David Ralph, urologista radicado em Londres, é especialista em construção peniana. Ele opina que os especialistas sérvios são "bons cirurgiões", que "realizam uma boa faloplastia".

Ralph prefere realizar várias operações pequenas, em vez de fazer tudo de uma vez só, para evitar complicações. Isto é o que explica, segundo ele, a diferença de preço em relação à Sérvia.

A cada ano, uma centena de estrangeiros são operados na Sérvia para mudar de sexo. Eles vêm do Japão, Brasil, África do Sul, Austrália e Estados Unidos, entre outros. Cerca de 20 deles são procedentes da antiga Iugoslávia, e a maioria (85%) são mulheres.

Antes da cirurgia, o paciente passa por um longo processo, que reduz o risco de arrependimento, com avaliações psiquiátricas, tratamento hormonal e análise minuciosa de documentos, no caso dos estrangeiros.

Assédio

Fora das clínicas, os transexuais sofrem muita discriminação na Sérvia, um país conservador e patriarcal de sete milhões de habitantes.

"Desde a infância, os transexuais sofrem uma violência enorme, assédio, rejeição, com consequências em termos de escolarização, educação e trabalho", declara Milan Djuric, da associação Gayten-LGBT.

Em 2012, o governo passou a reembolsar dois terços da operação, mas isso "não resolve uma série de outros problemas preocupantes", acrescenta.

O país não contabiliza separadamente as agressões de carácter homofóbico nem as cometidas contra os transexuais e transgêneros. Tampouco dispõe de um procedimento legal de reconhecimento das pessoas que mudaram de sexo.

Segundo um estudo da ONU de 2013 sobre discriminação, 49% dos sérvios acreditam que a homossexualidade é uma doença e, segundo Milan Djuric, os transexuais são ainda mais rejeitados.

As associações LGBT pedem a adoção de uma lei que facilite a vida dos transexuais, principalmente para a mudança do documento de identidade e do estado civil.

Há dois meses, nascia Walleria Suri. Ativista sexual, aos 39 anos ela afirma que só nasceu, de verdade, após fazer a cirurgia de readequação sexual. "O maior medo que eu tinha era de morrer antes de fazer a operação. Era como se eu pudesse morrer antes de nascer de verdade", diz, depois de ter esperado por cinco anos na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para fazer a cirurgia.

A demora para a realização do "nascimento transexual" é uma queixa comum entre os que estão na fila de espera pela cirurgia de redesignação sexual que, segundo relatos, pode levar, em média, de dez a 12 anos.

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Bem antes de encarar a fila do SUS, Walleria conta que enfrentou crises de depressão entre a infância e a vida adulta. Foi somente aos 34 anos que conseguiu fazer a transformação: comprou roupas femininas e jogou fora todas as masculinas do armário: "Apesar do medo, da vergonha e da culpa que eu sentia no começo, estar finalmente vivenciando uma existência feminina foi tão libertador, tão compatível com meus desejos, sentimentos e instintos, que não tive mais dúvida sobre minha natureza. Realmente, eu tinha nascido mulher com corpo de homem".

Os procedimentos para adequação do corpo de quem não se identifica com o sexo biológico passaram a ser oferecidos pelo SUS em 2008, mas até hoje só são feitos em cinco Estados e em uma escala muito menor do que a demanda. No ano passado, foram feitos 3.440 procedimentos de transexualização em todo o País, entre cirurgias de redesignação sexual, retirada das mamas, plástica mamária reconstrutiva (incluindo a colocação de próteses de silicone) e tireoplastia (troca da voz).

Em São Paulo, estado onde acontece o maior evento do gênero no País, a Parada LGBT, o processo é feito somente no Ambulatório de Transexualismo do Hospital das Clínicas. Segundo a instituição, todo o procedimento dura em média três anos. Números do hospital mostram que há 72 pacientes agendados até 2021 para iniciar a genitoplastia - ou readequação do órgão sexual.

A Parada LGBT chega hoje a sua 20ª edição. Neste ano, os 17 trios da edição da Parada desfilarão na Avenida Paulista, a partir das 10h, pela defesa dos direitos de homens e mulheres transexuais e pela aprovação da Lei de Identidade de Gênero.

Agonia

Para Walleria, a maior angústia das pessoas que precisam da cirurgia é não saber quantos anos vão esperar, o que pode agravar os conflitos emocionais gerados pela "vida segregada que a sociedade as impõe". Além de terem de conviver com uma aparência física com a qual não se identificam. "O pênis era a parte do meu corpo que mais me causou repulsa a minha vida toda", conta.

A cabeleireira Patrycia Nunes, de 35 anos, esperou seis meses para conseguir o atendimento psicológico e um ano para iniciar o tratamento de hormonioterapia pelo SUS. "Comecei a minha transformação aos 14 anos e já passei a tomar hormônios femininos por conta própria. Por ter tomado hormônio por tanto tempo sem orientação, hoje tenho um tumor na hipófise, está controlado, mas ainda é grave", diz.

Foi também só depois de um ano já fazendo acompanhamento pelo SUS que Patrycia conseguiu incluir seu nome na lista de espera para a cirurgia de redesignação. "Eu preciso dessa cirurgia. É devastador acordar todos os dias e olhar para um órgão que eu não queria ter, que não quero ver nem cuidar. É muito desgastante." Ela estuda entrar com uma ação judicial para garantir o procedimento antes dos dez anos previstos.

A agente de prevenção Taiane Miyake, de 49 anos, desistiu da espera na fila do SUS em 2000. "Minha cirurgia de readequação estava agendada somente para 2025." Dezesseis anos depois, ela admite que, embora esteja "bem resolvida", ainda não se sente completamente satisfeita. "Ainda é um incômodo. Mas não quero mais a cirurgia."

Segundo Taiane, a demora na fila de espera faz com que muitas transexuais optem por caminhos alternativos e mais rápidos. Algumas viajam à Europa em busca de trabalho para arrecadar dinheiro e bancar cirurgias em clínicas particulares. Outras procuram a Tailândia, país que se tornou referência na readequação sexual. Há ainda casos extremos: mulheres transexuais que, com nojo do próprio órgão sexual biológico, deixam de lavar o pênis para que ele apodreça ou até mesmo recorrem a médicos, clandestinamente, para cortar o órgão.

O Ministério da Saúde informou que, "como o processo é irreversível", é preciso acompanhamento psicológico por pelo menos dois anos "para que o paciente tenha certeza de suas vontades". Os procedimentos ambulatoriais incluem acompanhamento multiprofissional, além de hormonioterapia, e a idade mínima para se submeter a eles é de 18 anos - e de 21 anos para a cirurgia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de lutar contra a depressão durante décadas, Betty Ann Archer, um ex-soldado, decidiu viajar para Nova Deli para mudar de sexo. Assim como ela, cada vez mais estrangeiros vão à Índia para realizar este tipo de cirurgia, atraídos pelos preços mais baixos.

Esta americana de 64 anos antes se chamava Dale Archer. Sempre se sentiu prisioneira de um corpo com o qual não se identificava e, durante a infância, experimentava em segredo os vestidos da sua mãe, para o desgosto do pai, que era militar, conta. "Tentei me suicidar duas vezes... eu não me amava. Não gostava nem um pouco do meu corpo. Não podia ser eu mesma", afirma Archer, que é do estado americano do Arizona.

"Em 2011 fiquei muito doente e quase morri", acrescenta, vestida com um sári azul e adornada com joias que comprou depois da operação em Nova Deli. "Quando estava me recuperando, cheguei à conclusão de que tinha que mudar, ou morreria". Um número reduzido — ainda que em aumento constante — de pessoas transgênero vão à Índia para mudar de sexo, porque a operação neste país conservador é mais barata que nos seus países de origem, e sem fila de espera, afirmam especialistas do setor.

Alguns inclusive preferem a Índia, pouco tolerante com os transgêneros, à Tailândia, o destino principal para este tipo de cirurgia e considerado um país mais aberto a essa comunidade. Em novembro, Archer foi ao Olmec Centre, uma clínica do norte de Nova Deli. O preço era mais baixo que os de estabelecimentos tailandeses, que considerava "caros demais".

"Aqui o preço é acessível. É uma alternativa para algumas pessoas transgênero, para que não tenham que se suicidar por não ter dinheiro para a cirurgia", afirma Archer, que pagou 6.000 dólares, ou seja, um quinto do preço que teria pago nos Estados Unidos.

De compras 

Por no máximo 22.000 dólares, Olmec oferece tratamento e hospedagem, transporte desde o aeroporto e acompanhamento pós-operatório, que inclui excursões de compras e visitas turísticas, como ao Taj Mahal.

O fundador de Olmec, o cirurgião plástico Narendra Kaushik, afirma operar cerca de 200 pessoas por ano. Os pacientes são, em sua maioria, indianos, mas cada vez mais estrangeiros saem de países ocidentais, como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, para vir à sua consulta, em busca de um preço mais em conta.

Há, também, pessoas de países em desenvolvimento, que procuram cuidados médicos de maior qualidade do que os que receberiam em casa, conta. Nos últimos anos, o número de estrangeiros operados por Kaushik passou de cinco para 20 por ano, afirma o médico, que acredita que a tendência é que esse aumento se mantenha. "Esta comunidade [transgênero] é muito conectada de maneira global. Se ficam satisfeitos com os serviços da Índia, fazem boca a boca", explica Kaushik.

O governo indiano promove o turismo médico concedendo vistos específicos, com validade de um ano. O setor, que movimenta três bilhões de dólares por ano, prevê duplicar este número antes de 2020, segundo um relatório da Confederação das Indústrias Indianas publicano no ano passado. Mais de 250.000 pacientes estrangeiros vão à Índia anualmente, segundo a empresa americana de consultoria de turismo médico Patients Beyond Borders.

Uma cifra ainda modesta se comparada com a da Tailândia, que atrai dois milhões de estrangeiros por ano, mas o diretor da empresa, Josef Woodman, estima que a Índia será o próximo líder no nicho de cirurgias de mudança de sexo. "Acredito que ainda vai levar de três a cinco anos", afirma Woodman à AFP.

o diretor diz, no entanto, que alguns estrangeiros questionam a Índia como destino, considerando que o país discrimina seus próprios transexuais, levando-os a viver à margem da sociedade, pedindo esmolas ou se prostituindo.

'Queria o melhor'

Rosy Mica Kellett, um violinista britânico aposentado, decidiu viajar à Índia para se converter em mulher após o cirurgião ter sido muito bem recomendado. A operação custou 14.000 libras (20.500 dólares), a metade do que custaria no Reino Unido.

"Aqui é muito mais barato que no Reino Unido, e bastante mais barato que na maioria dos países, inclusive a Tailândia", afirma esta mulher casada de 50 anos durante uma consulta de acompanhamento com Kaushik. "O que me contaram da Tailândia não parecia tão avançado como o trabalho do meu cirurgião", diz Kellett, que antes se chamava Michael. "Eu queria o melhor, e consegui o melhor".

Os cirurgiões indianos estão desenvolvendo suas próprias técnicas de operação, inclusive para a cirurgia de transição de mulher para homem, mais complexa, explicam os especialistas. Olhando para o futuro, Shobha Mishra Ghosh, diretora da federação patronal FICCI, espera que se crie "um ecossistema completo" no país, com a concessão rápida de vistos, postos de informação em aeroportos e mais tradutores, para consolidar o auge do setor.

Lagartos australianos que mudam de sexo em função do clima foram descritos em um estudo publicado nesta quarta-feira (1°) na revista Nature.

Pesquisadores já haviam provado que a determinação do sexo nestes lagartos dependia da temperatura de incubação dos ovos. No entanto, este fenômeno de transição de um sistema em que o sexo é determinado por cromossomos a um sistema em que o sexo é determinado pela temperatura de incubação nunca tinha sido observado na natureza.

Clare Holleley, da Universidade Nacional Australiana em Camberra, e seus colegas recolheram dados sobre 131 "dragões barbudos" adultos, os lagartos australianos. As análises mostram que onze indivíduos nascidos de ovos incubados em temperaturas mais altas tinham um conjunto de cromossomos do sexo masculino, mas eram, na verdade, do sexo feminino.

Estes indivíduos passaram facilmente de uma identidade de gênero controlada geneticamente a uma identidade controlada pela temperatura. Os pesquisadores também observaram que quando essas fêmeas de sexo invertido acasalam com os machos, o sexo de sua prole é inteiramente determinado pela temperatura de incubação dos ovos.

A prole de mães de sexo invertido tem uma maior propensão para reverter, reforçando esse modo de determinação do sexo. Além disso, essas mães colocam quase o dobro de ovos por ano do que outras mães, conduzindo a populações mais femininas.

Estes resultados confirmam que dois sistemas de determinação sexual coexistem e que o genoma do réptil é sensível ao clima. Uma maior flexibilidade na determinação do sexo poderia ser uma arma útil diante de um clima imprevisível. Porém, mais pesquisas são necessárias para entender as vantagens e desvantagens desse mecanismo, aponta o estudo.

Thammy Miranda ainda não mostrou publicamente o resultado da operação de retirada dos seios pela qual passou em dezembro de 2014 mas, na última quinta (4), ela deu uma prévia em seu Instagram. A empresária postou uma foto na qual aparecia deitada numa rede sem camisa. 

Thammy Miranda confirma que não implantará um pênis

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Thammy retira os seios em cirurgia

Em março de 2015, Thammy passou por novo procedimento para a retratação das aréolas do peito. Ela também vem fazendo uso de terapia hormonal e já exibe um pouco de barba no rosto. Os resultados estão agrando aos fãs e seguidores. Nos comentários da foto, na rede social, ela recebeu elogios como: "Vai ser lindo assim aqui em casa", "Meu sonho de consumo" e "Meu bofe escândalo".

Na mesma rede social, Thammy aproveitou para desmentir alguns sites que noticiaram que ela  estaria cobrando R$ 10 mil para mostrar o peitoral num programa de TV. Reproduzindo a chamada de capa de um deles, ela postou sua indignação: "Nunca cobrei e NÃO cobraria. Até pq minha intimidade HOJE não tem valor. Já teve um dia quando fiz revista nu. Mostro a hora que eu quiser e não quando as pessoas quiserem ver! Fiz a cirurgia PRA MIM e eu já vejo todos os dias".

Mudar de sexo no documento de identidade será mais fácil na Colômbia a partir desta semana, por um decreto oficial que permite essa transformação sem verificar a anatomia da pessoa interessada, informou o ministro da Justiça, Yesid Reyes.

O decreto 1227 de 2015, expedido na sexta-feira da semana passada, "está orientado a permitir que a mudança de sexo na cédula (documento de identificação) possa ser realizada com um simples procedimento no cartório, semelhante ao que se faz quando alguém decide mudar seu nome", disse Reyes em uma entrevista publicada neste domingo no El Espectador.

Esse procedimento agilizará um processo tradicionalmente "lento e complicado", como classificou o próprio Reyes, segundo o qual as pessoas transgênero tinham que se submeter a "inspeções corporais para determinar se haviam mudado fisicamente seu sexo" ou inclusive serem avaliadas em exames psiquiátricos.

De acordo com o titular do ministério da Justiça, a nova regra permitirá que depois da notificação ao cartório e de seu registro em escritura pública, as pessoas interessadas recorram à "Registradoria" (órgão eleitoral e de identificação na Colômbia) para que seja expedido um novo documento.

"A construção da identidade sexual e de gênero é um assunto que não depende da biologia: vai muito além e é o que estamos reconhecendo no Decreto 1227 de 2015", completou Reyes.

A Colômbia, com cerca de 48 milhões de habitantes, é um país majoritariamente católico e conservador.

Depois da polêmica entrevista de Bruce Jenner, umas das grandes dúvidas que ficaram é quando ele irá fazer a operação para mudar de

sexo, assumindo de vez um corpo feminino. Porém, no domingo, dia 17, foi ao ar um capítulo do Keeping Up With the Kardashians especial sobre o ex-atleta olímpico, revelando que ele acredita que essa mudança ocorrerá em breve, ainda neste ano.

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- Eu estou tão cansado de mentir… Sobre a minha vida, sobre quem eu sou, sobre tudo. Depois de um tempo, fica cansativo, disse em conversa com Kim Kardashian.

Jenner, que está feliz por ter dividido com o mundo a sua história, contou ainda no episódio, que coisas aparentemente simples não o fazem bem: - Os piores dias da minha vida são quando eu tenho que cortar o meu cabelo, completando ainda que: - Eu quero meu cabelo longo, mas a sociedade diz que eu tenho que cortar por ser um cara. O corte fica melhor no Bruce? Sim. Mas não fica melhor em minha alma.

A família tem se mostrado preocupada, dizendo que ele não está sendo sincero, omitindo o que exatamente vai fazer, porém ele deixou claro, que às vezes é mais fácil falar com pessoas que você não conhece sobre essa situação do que para as suas crianças, ressaltando que não vai deixar as suas filhas, não indo à lugar algum:- Kendall e Kylie são as únicas com quem eu estou realmente preocupado sobre, contou ele, já que as duas são as únicas da família Kardashian que são suas filhas biológicas.

Khloé, que já comprou roupas femininas para ele, mostrou não concordar muito com isso, já que para ela, o ex-padrasto é como um pai, o conhecendo antes de Kendall e Kylie.

Um juiz federal da cidade de São Francisco ordenou ao estado da Califórnia (oeste dos EUA) que pague a cirurgia de mudança de sexo de Michelle-Lael B. Norsworthy, uma mulher transexual condenada a 17 anos de prisão por homicídio. Na sentença emitida nessa quinta-feira (2), o juiz Jon Tigar considerou que as autoridades estaduais devem "corrigir a violação constitucional" dos direitos da detenta, que até agora lhe haviam negado a cirurgia.

Norsworthy, de 51 anos, começou a se identificar como uma mulher em meados da década de 1990 e foi diagnosticada em janeiro de 2000 com disforia de gênero, quando a identidade de uma pessoa não coincide com seu sexo. "Ela está buscando acesso a um tratamento médico prescrito, que lhe foi negado por motivos administrativos, e não médicos", escreveu o juiz.

A decisão judicial estabelece que a detenta, cujo nome de registro é Jeffrey Brian Norsworthy, receba "o tratamento médico adequado, incluindo uma cirurgia de mudança de sexo o quanto antes". O departamento que administra os presídios na Califórnia está avaliando "todas as opções, incluindo a possibilidade de apelar, ou não, da sentença", declarou a porta-voz Terry Thornton nesta sexta-feira.

A operação custaria cerca de US$ 100 mil, segundo uma fonte oficial citada pelo jornal "Los Angeles Times". Norsworthy cumpre uma condenação de 17 anos por homicídio culposo em 17 de abril de 1987.

Thammy Miranda, filha de Gretchen, contou em entrevista a um programa de rádio sobre o procedimento da mudança de sexo que ela se submeterá. A atriz está tomando injeções de hormônios masculinos, e diz que já percebeu o surgimento de alguns pelos no rosto. Thammy ainda afirmou que não pretende implantar um pênis, mas sim retirar o útero, os seios e o ovário por meio de uma cirurgia. 

"Não vou ter um pênis, continuo com a minha vagina. O que eu vou fazer é tirar o útero e o ovário. O meu objetivo não é mudar a minha genitália. Aliás, sou muito feliz com ela. Ao contrário do que as pessoas pensam, não vou implantar nenhum órgão sexual masculino em mim", explicou Thammy na entrevista a rádio FM O Dia. 

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Thammy contou que está tomando uma grande quantidade de hormônios masculinos e revelou que já não menstrua mais.

O Ministério da Saúde habilitou o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na zona oeste do Recife, a oferecer atenção especializada no atendimento a transexuais para mudança de sexo. 

A habilitação foi publicada nesta terça-feira (14) no Diário Oficial da União  e leva em conta critérios definidos pelo ministério, em 2013, para o atendimento de transexuais no Sistema Único de Saúde (SUS), como a capacitação de profissionais para garantir tratamento humanizado e sem discriminação a esses pacientes.

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O Hospital das Clínicas da UFPE já faz cirurgias de mudança de sexo, mas o serviço foi interrompido para a reformulação do atendimento e adequação às novas diretrizes do Ministério da Saúde.

As diretrizes em vigor para o atendimento a transexuais definem que os pacientes têm direito à atenção especializada com profissionais das áreas de endocrinologia, ginecologia, urologia, além de obstetras, cirurgiões plásticos, psicólogos, psiquiatras, enfermeiros e assistentes sociais.

De acordo com a portaria que habilita o hospital, assinada pelo secretário de Atenção à Saúde, Fausto Pereira dos Santos, “o custeio do impacto financeiro gerado por esta habilitação correrá por conta do orçamento do Ministério da Saúde”.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) deverão decidir em breve se é possível um transexual alterar o gênero em sua documentação sem ter sido submetido a procedimento cirúrgico para mudança de sexo. A maioria dos integrantes do STF já reconheceu que este é um caso de repercussão geral. Ou seja, a decisão tomada no recurso, que tramita em segredo de Justiça, deverá ser aplicada em processos semelhantes.

Ao defender a existência da repercussão geral, a pessoa identificada pelas iniciais STC sustentou que a discussão é importante porque envolve a necessidade ou não de realização de cirurgia para modificar o fenótipo feminino para o masculino como condição para alterar o sexo no registro civil.

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No recurso, STC ressaltou que a decisão do tribunal trará repercussões para os transexuais que buscam adequar sua identidade de sexo à identidade de gênero, mesmo sem a realização de todos os procedimentos cirúrgicos.

Em sua manifestação, favorável ao reconhecimento da repercussão geral, o ministro Dias Toffoli afirmou que os temas envolvidos no caso têm natureza constitucional. "As questões postas apresentam nítida densidade constitucional e extrapolam os interesses subjetivos das partes, pois, além de alcançarem todo o universo das pessoas que buscam adequar sua identidade de sexo à sua identidade de gênero, também repercutem no seio de toda a sociedade, revelando-se de inegável relevância jurídica e social", disse o ministro, que é o relator do caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Parlamento da Dinamarca revogou nesta quarta-feira (11) uma lei que obrigava os que desejam fazer uma mudança de sexo legal a se submeter a uma cirurgia, que envolvia a sua esterilização.

A partir de 1º de setembro, os dinamarqueses poderão pedir uma mudança de sexo legal simplesmente solicitando-a e após um período de reflexão de seis meses, explicou o governo.

"Atualmente abandonamos a esterilização obrigatória para os transsexuais que precisam de um novo número de Segurança Social no âmbito de sua mudança de sexo legal", ressaltou em um comunicado a ministra da Economia e do Interior, Margrethe Vestager.

"Isto tornará a vida mais fácil e mais digna para estas pessoas, quando, por exemplo, pedem um documento de identidade", acrescentou a ministra, em referência aos que adotaram uma aparência diferente da de seu sexo de nascimento, mas que decidiram não se submeter a uma operação de mudança de sexo.

Segundo o governo, a mudança de legislação se inscreve em uma tendência internacional para "facilitar as condições de mudança de sexo legal". O direito a mudar de sexo sem colocar fim à possibilidade de ter descendência é um longo combate dos transsexuais, que denunciam um atentado aos seus direitos fundamentais.

Uma mulher russa afundada em dívidas decidiu trocar de sexo para mudar sua identidade e escapar da justiça, indicou à AFP nesta segunda-feira (27) uma oficial da justiça.

A mulher de 38 anos, que se chamava Natalia (seu sobrenome não foi revelado), mudou se sexo para se tornar um homem chamado Andrian, depois de ter acumulado uma série de dívidas no valor de 130.000 rublos (2.800 euros), contou à AFP uma porta-voz dos oficiais de justiça de Astracã (sul da Rússia).

"Durante as investigações, descobrimos que a mulher não existia mais e que agora existia um homem", declarou Evguenia Zarynch. "E sim, ele permanecerá como responsável (por suas dívidas), apesar da mudança de sexo. Foi uma decisão inútil. Ele ainda terá que pagar o que deve. Se um devedor acredita que pode escapar desta forma, está muito enganado" acrescentou.

No entanto, a porta-voz indicou que não sabia se as dívidas eram a única razão para a mudança de sexo da mulher. Como um homem, Andrian acumulou mais dívidas ao não pagar impostos, informou Zarynch. Ele ainda está foragido.

Uma cirurgia de mudança de sexo, realizada na Tailândia, é o assunto do momento nos bastidores da segurança pública de Goiás. Há cerca de seis meses, um delegado de Polícia Civil entrou de licença médica, viajou até a Ásia, onde submeteu-se à mudança de sexo, da qual ainda se restabelece. Em fevereiro, quando deverá voltar ao posto, no lugar do delegado Thiago de Castro Teixeira, quem assumirá será a delegada Laura de Castro Teixeira.

E Laura reassumirá com a possibilidade de lotação na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (Deam) Central de Goiânia, onde a titular, Ana Elisa Gomes Martins, carente de reforço, garante uma boa recepção. "Se ela vier, será recebida com profissionalismo e para atender uma grande demanda de um público carente", informa a delegada Ana Elisa, que chefia uma especializada com três delegadas adjuntas e quatro plantonistas, todas sobrecarregadas pela violência contra a mulher.

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A mudança de nome de Thiago para Laura foi autorizada pela Justiça e por isso o novo registro civil do delegado passou a ser do sexo feminino. No Facebook, desde o final de outubro, Laura já exibia o novo visual, contrastando bastante com a imagem pública do então delegado Thiago, geralmente usando terno, camisa de mangas compridas e outras peças todas do vestuário masculino.

Na foto mais recente, postada em 13 de dezembro, a delegada aparece com o rosto maquiado e vestida com a camiseta preta padrão com o timbre da Polícia Civil, muito utilizada pelos policiais da corporação durante operações. Os cabelos longos e bem escovados nem de longe lembram as madeixas desalinhadas e amarradas, geralmente em um rabo de cavalo, mantidas presas sempre que concedia entrevistas sobre casos policiais.

A história foi revelada nesta quinta-feira, 23, pelo jornal Diário da Manhã (DM), que dá como certa a posse dela como delegada da Mulher de Goiânia. A reportagem mostrou a surpresa de alguns ex-colegas de trabalho com as mudanças feitas por Thiago. "O delegado era implacável em ações que exigiam demonstração de 'macheza' e sua conduta era de um homem que exalava testosterona, não de um indivíduo que pudesse mudar de sexo e vir a se tornar uma figura feminina", declarou um escrivão ouvido.

Policial tido como sério, com atuação firme nas operações de combate à criminalidade promovidas pela Polícia Civil, onde ingressou há cerca de quatro anos, Thiago foi delegado titular das cidades de Trindade e Senador Canedo, ambas na região Metropolitana de Goiânia. Também atuou como coordenador do grupo especial de repressão a narcóticos (Genarc) da cidade de Porangatu, no Norte de Goiás.

Outros detalhes pessoais sobre a vida do policial que vieram a público com a mudança de sexo, dizem respeito ao passado de Thiago, que foi casado e tem dois filhos.

À reportagem, uma fonte da Polícia em Goiânia informou, solicitando o anonimato, que a mudança de sexo "não foi uma surpresa de agora, já que a licença e a viagem à Tailândia eram sabidas de algumas pessoas há alguns meses". A fonte sinalizou que, nos bastidores da corporação, a condição do delegado era conhecida, "mas não comentada amplamente, inclusive porque ele tem uma atuação linha dura".

O caso é tratado com cuidados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). A assessoria de imprensa da Polícia Civil evitou informar os contatos da delegada Laura. Segundo a assessoria, o diretor geral da PC, delegado João Carlos Gorski, não comentará o caso, justificando se tratar de assunto pessoal "que não afetará em nada a parte administrativa" do cargo exercido pela delegada, já que houve autorização judicial para a mudança de nome. Ainda segundo a assessoria, não há definição - por enquanto - sobre a próxima lotação de Laura, indicando que não está confirmada ou descartada uma atuação como delegada da mulher.

Na Delegacia da Mulher, tradicionalmente, a maior parte dos postos de delegados é ocupada por mulheres, mas algumas vezes já foram ocupados por homens. Na Especializada, homossexuais homens, como travestis, não são atendidos. O atendimento é exclusivo para mulheres, entre as quais lésbicas vítimas de violência.

Considerado referência nacional no tratamento de transexuais, o Ambulatório de Transexualismo do Hospital das Clínicas de São Paulo tem hoje 158 pacientes, incluindo homens e mulheres, recebendo tratamento hormonal e fazendo psicoterapia - os dois pré-requisitos para a realização da cirurgia de mudança de sexo.

Desses 158 pacientes, 48 já cumpriram os dois anos de exigência para a realização da cirurgia e estão na fila de espera para conseguir realizar a operação. O problema é que a agenda do HC está completamente tomada até abril de 2014 - o que significa que cada paciente deve esperar no mínimo três anos para conseguir ser operado. "Vamos demorar uns 10 anos para conseguir operar todos esses pacientes, fora os novos que surgirem. Infelizmente, não temos como absorver toda essa demanda", diz a médica Elaine Cosa, coordenadora do ambulatório do hospital.

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Com recursos próprios, o HC realiza uma cirurgia de mudança de sexo por semana - todas as segundas-feiras. O hospital destina uma sala cirúrgica exclusivamente para atender esses pacientes. Só em 2012, por exemplo, foram realizadas 44 operações: 14 foram retoques (cirurgias que são refeitas em decorrência de alguma complicação no primeiro procedimento), 10 foram de mulher para homem e 20 de homem para mulher.

"Operamos transexuais desde 1998 e o índice de desistência é praticamente zero. Quem resolve sair da fila é porque decidiu pagar pela cirurgia", afirma Elaine. Apesar de o SUS não cobrir metoidioplastia (masculinização), ela diz que o HC seguirá fazendo o procedimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Saúde vai reduzir de 21 para 18 anos a idade mínima para que um transexual possa fazer cirurgia de mudança de sexo na rede pública e de 18 para 16 a idade para início do tratamento hormonal e psicológico. Também passará a pagar a operação de troca de sexo feminino para masculino - o que ainda não era contemplado. Antes mesmo de ser publicada, a nova norma já causa polêmica.

A portaria, que será publicada nesta semana no Diário Oficial da União, vai incluir o pagamento de cirurgias para retirada de mamas, útero e ovários, além da terapia hormonal para crescimento do clitóris. O investimento inicial será de R$ 390 mil por ano. A cirurgia para construção do pênis (neofaloplastia) não será paga, pois a técnica ainda é considerada experimental pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

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"Desde 2008, somos um dos únicos países do mundo a ofertar o tratamento para transexuais de maneira universal e pública. O salto agora é aumentar o acesso e ampliar a oferta de serviços que fazem a cirurgia, além de autorizar o acompanhamento em unidades ambulatoriais", diz José Eduardo Fogolin Passos, coordenador-geral de média a alta complexidade do Ministério da Saúde.

O grupo técnico que cuidou da revisão da portaria chegou à conclusão de que a idade mínima para a realização da cirurgia de mudança de sexo é de 18 anos. Como o pré-requisito é ter feito ao menos dois anos de acompanhamento psicológico, foi necessário diminuir para 16 a idade para início do processo. E é exatamente essa redução que dividiu opiniões.

Para a médica Elaine Costa, do Ambulatório de Transexualismo do Hospital das Clínicas de São Paulo, a medida é correta. "O paciente que é trans aos 18 anos vai continuar trans aos 21. Exigir que a cirurgia só possa ser feita aos 21 vai aumentar em três anos o sofrimento dele. É totalmente desnecessário."

A pesquisadora Regina Facchini, do Núcleo de Estudos de Gênero da Unicamp, segue o mesmo raciocínio. "Quanto mais cedo esse paciente tiver acesso ao tratamento hormonal, melhor será para ele. A maioria se reconhece transexual muito cedo, ainda na adolescência. E, se ele não for acolhido e receber orientação e acompanhamento adequados, vai comprar hormônio clandestinamente."

Cautela.

Já Diaulas Ribeiro, promotor de Justiça de Defesa dos Usuários da Saúde do Distrito Federal e pioneiro na luta pelos direitos dos transexuais, critica a redução da idade para início do tratamento e da cirurgia. Para ele, o governo deveria ser mais prudente.

"O jovem de 16 anos pode ser emancipado para fins civis. Meu medo é o índice de arrependimento que pode surgir, já que o diagnóstico, em geral, é fechado com mais idade. Sou contra iniciar a terapia hormonal aos 16, pois se trata de um procedimento definitivo. Se a pessoa quiser desistir, não tem mais como voltar atrás", avalia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Decisão da Justiça de Jales (SP) determina que o Governo do Estado pague a cirurgia de mudança de sexo de uma transexual de 33 anos. Sem dinheiro para pagar a cirurgia, que custa em torno de R$ 20 mil, Paulo Sérgio Lúcio da Silva recorreu à Justiça e recebeu autorização para fazer a mudança de sexo.

A sentença dada pelo juiz Fernando Antônio Lima, da Vara do Juizado Especial de Jales, ainda dá o direito a Paulo alterar o nome e o gênero que constam nos seus documentos pessoais. Agora, ele será chamado oficialmente por Paula Daniela da Silva, nome com que ele se apresenta há anos.

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A decisão determina que o Estado forneça os meios para que Paulo possa fazer a cirurgia. Se não puder ser feita por um hospital público - o Hospital das Clínicas é autorizado-, deverá ser realizada por um hospital particular mediante orçamento feito por Paulo e bloqueio de verba pública pela Justiça.

A decisão do juiz se baseou em laudos médicos apresentados pelo advogado de Paulo. Segundo a sentença, a decisão tenta evitar que o sofrimento vivido pelo autor da ação possa levá-lo ao suicídio. A Procuradoria Geral do Estado emitiu nota informando que vai recorrer da sentença assim que for notificada da decisão.

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