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PARA SEXTA

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A religião é um tema que tem grande importância e influência na cultura e na organização de todos os povos ao longo da história mundial. O Cristianismo, adotado por mais de uma religião com diversas igrejas espalhadas pelo mundo, tem muita influência no pensamento social, leis, costumes de alimentação, calendário e muitos outros aspectos tanto no mundo ocidental quanto no oriente médio, por exemplo. 

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aborda questões de maneira interdisciplinar, usando textos que relacionam vários temas para que os estudantes demonstrem conhecimento de mundo de forma ampla. A prova de ciências humanas trata de temas de História, Sociologia, Geografia e Atualidades de forma integrada a questões que permeiam a vida cotidiana dos estudantes, além de avaliar seus conhecimentos sobre o que acontece no restante do mundo.

Assim, a influência do Cristianismo não deixaria de aparecer na prova, quer seja de forma direta ou indireta, através da contextualização dos temas. O LeiaJá entrevistou o professor Wilson Santos, que dá aulas de História, para explicar de que maneira o Cristianismo cai no Enem e de que maneira os feras podem se preparar para, no dia da prova, ter segurança de responder às questões sem dificuldades.

Processos Históricos 

O professor Wilson explica que o Enem costuma abordar de que maneira determinados processos históricos afetam a vida cotidiana na atualidade. Ele explica que o fato de a população brasileira ser majoritariamente católica e que “isso advém do processo de colonização, ou seja, do nosso passado, um passado que ainda se faz presente”, contou o professor. 

Outro ponto que ele aponta como uma abordagem possível e que já apareceu, por exemplo, como tema de redação, é a intolerância, muito comumente associada às religiões. Para o professor, temas como conflitos religiosos, submissão da mulher, debates sobre temas como o aborto na política e perseguição a pessoas que professam religiões não-cristãs também podem ser tocados pela prova. 

Ainda nesse contexto, questões sobre Antiguidade tocam diretamente o Cristianismo ao cobrar conhecimentos sobre o Império Romano, sua influência na região onde Jesus viveu, além da perseguição, tortura e humilhação dos cristãos na Roma Antiga.

A história do povo judeu também merece uma atenção especial dos feras. O período de escravidão no Egito, a libertação e a falta de território próprio são temas importantes. Além disso, o período da Segunda Guerra Mundial e a perseguição do regime Nazista de Adolf Hitler, com suas ideias de pureza racial, massacraram os judeus no holocausto e também sempre aparece no Enem.  

Geopolítica

O Oriente Médio e os conflitos que o permeiam sempre são assuntos abordados pelo Enem. O professor explica que o fato de essa parte do mundo ser o berço de três religiões com grande número de fieis (Judaísmo, Islamismo e o Cristianismo), sendo considerada sagrada por muitos povos que vivem em uma disputa por território, além de ser rica em petróleo, colocam as questões ligadas à guerra na Síria e ao conflito entre Israel e Palestina na nossa lista. 

Cultura 

A influência cristã também é muito perceptível em vários costumes e características do povo brasileiro e também de outras nacionalidades. A arquitetura das igrejas e mosteiros, a arte sacra, a literatura e construções do período colonial são exemplos de influências visíveis e que podem aparecer nas questões de ciências humanas e também de linguagem. 

O calendário, a gastronomia e as festividades brasileiras também são muito marcados por costumes que têm sua origem no cristianismo. O professor Wilson destaca como exemplos a Páscoa, o Carnaval, as festas juninas, padroeiras e padroeiros das cidades. 

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Malala Yousafzai, vencedora do Nobel da Paz em 2014 e ativista dos direitos das mulheres, retornou nesta quinta-feira ao Paquistão, na primeira visita a seu país natal desde que sobreviveu a um ataque talibã em 2012.

"Estou muito feliz. Ainda não posso acreditar que estou aqui", disse Malala, muito emocionada, em um discurso pronunciado na residência do primeiro-ministro Shahid Khaqan Abbasi em Islamabad, horas depois de sua chegada, que surpreendeu o país.

"Nos últimos cinco anos sempre sonhei em poder retornar ao meu país", disse a jovem de 20 anos. "Estamos realmente felizes de que nossa jovem, que tanto tem feito pelo nome do Paquistão, esteja de volta à casa", afirmou Abbasi. "Todo o mundo expressa seu respeito e aqui também é merecedora de um respeito absoluto", completou.

Acompanhada dos pais, Malala, de 20 anos, foi escoltada do aeroporto internacional Benazir Bhutto, em Islamabad, sob um forte esquema de segurança, segundo fotos exibidas pela TV local.

As autoridades não informaram se Malala pretende viajar a seu distrito natal de Shangla, ou à cidade de Mingora, local do atentado, ambas no vale de Swat (noroeste).

Malala se tornou um símbolo mundial de defesa dos direitos humanos e ativista da educação de meninas depois que um homem armado invadiu seu ônibus escolar no vale do Swat, em 9 de outubro de 2012, e depois de perguntar "Quem é Malala?", atirou nela.

Depois de ser operada na Inglaterra e tratada de seus ferimentos na cidade inglesa de Birmingham, onde concluiu os estudos, se tornou uma grande ativista do direito à educação para as crianças.

Malala recebeu o Nobel da Paz em 2014, ao lado do indiano Kailash Satyarthi, por seu trabalho a favor da educação infantil.

Depois de morar com a família em Birmingham, região central da Inglaterra, onde estudou em um colégio para meninas, Malala entrou para a Universidade de Oxford, onde estuda Economia, Filosofia e Ciências Políticas.

A vencedora do Nobel da Paz ganhou a inimizade dos círculos islamitas radicais de seu país, que não aceitam a emancipação das mulheres. Mas também provocou receios entre uma parte da classe média paquistanesa, que é favorável ao direito à educação, mas não suporta que falem mal do Paquistão e demonstra ceticismo a respeito da luta contra os islamitas armados, que considera inspirada pelos Estados Unidos.

Muitos paquistaneses, no entanto, celebraram sua chegada ao país em mensagens no Twitter. "Bem-vinda #MalalaYousafzai, a corajosa e resistente filha do Paquistão, de retorno a seu país", escreveu o político Syed Ali Raza Abidi. Um famoso jornalista, Hamid Mir, pediu moderação aos analistas e políticos opositores em seus comentários sobre a visita da jovem.

"A imprensa internacional acompanha de perto seu retorno e (o uso de linguagem inadequada) prejudicará a imagem do Paquistão", disse. Malala iniciou o ativismo em 2007, quando os talibãs aplicavam sua lei no vale de Swat (noroeste do Paquistão), antes uma aprazível região turística ao pé do Himalaia.

Seu pai, diretor de escola, teve grande influência sobre a jovem, cuja mãe é analfabeta. Com apenas 11 anos de idade, Malala escrevia em um blog do site da BBC em urdu, a língua nacional do Paquistão. Com o pseudônimo de Gul Makai, ela descrevia o clima de medo na região em que morava.

Em 9 de outubro de 2012, jihadistas do TTP (Movimento Talibã do Paquistão) atacaram o ônibus escolar de Malala e ela foi atingida por um tiro na cabeça.

A adolescente foi levada entre a vida e a morte para a Inglaterra, onde se recuperou.

A ativista, que se tornou um ícone mundial da luta contra o extremismo, afirmou em janeiro que esperava retornar algum dia a seu país, sonho realizado nesta quinta-feira.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse ontem (15), em Roma, que é absolutamente crucial preservar a estabilidade no Líbano, neste momento em que o Oriente Médio está uma confusão. A declaração foi feita durante um encontro ministerial do Grupo Internacional de Apoio ao Líbano. A informação é da ONU News.

Guterres explicou que “este é o momento em que a comunidade internacional precisa expressar o seu compromisso e apoio total para com a unidade e estabilidade no Líbano, mas também para com a sua soberania e integridade territorial. ”

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O chefe das Nações Unidas disse que é preciso ser claro e afirmar para a comunidade internacional que isto não é uma questão de solidariedade, é uma questão do seu próprio interesse. ” Segundo ele, “apoiar  a unidade e estabilidade libanesas, é apoiar a estabilidade em toda a região e contribuir para diminuir as ameaças dramáticas à paz que enfrentamos hoje no mundo.”

Desordem

O secretário-geral afirmou que “o Oriente Médio está uma confusão” e que “o símbolo claro dessa confusão é o infinito e sangrento conflito na Síria e o sofrimento dramático do povo sírio. ”

Mas nessa “desordem”, destacou Guterres, há uma exceção positiva que “é a sabedoria e a capacidade mostrada pelos líderes do Líbano para preservar a sua estabilidade e unidade, contra todas as probabilidades, contra um fluxo massivo de refugiados com impacto dramático na sua economia e na sociedade, e contra uma ameaça de segurança vinda do vizinho do lado, a Síria.”

Guterres concluiu dizendo que é “absolutamente crucial preservar” a ausência de conflitos no país porque “o Líbano é hoje um dos poucos pilares de estabilidade e paz na região. ”

Em meio ao deserto, sob um sol abrasador, Hussein Al Jalifa, chefe do departamento de patrimônio da Arábia Saudita, aponta para as silhuetas de camelos esculpidos na rocha, uma descoberta cercada de mistérios.

São uma dezena de esculturas, algumas danificadas pela erosão ou por atos de vandalismo, e datariam de cerca de 2.000 anos atrás. Foram descobertas há alguns anos em uma propriedade privada do deserto de Al Juf, no norte do reino.

Esculpidas sobre três promontórios rochosos, estas esculturas revelam habilidades nunca vistas em outras formas de arte rupestre do deserto saudita.

Jalifa, membro de uma missão arqueológica franco-saudita, conta que descobriu acidentalmente as esculturas, quando um amigo lhe falou de uma "montanha com forma de camelo". "Ao chegar ao local, descobri que os camelos estavam esculpidos nos afloramentos da montanha. É realmente único".

O camelo, chamado de "nave do deserto" e apreciado por sua carne, leite e resistência, é um tema recorrente nos sítios arqueológicos sauditas. Mas os de Al Juf são diferentes.

Algumas destas esculturas se encontram a uma grande altura, o que permite pressupor que houve o uso de cordas ou andaimes. Sobressai a de um camelo em frente ao que parece um asno, uma mula ou um cavalo, animais poucas vezes representados na arte rupestre da região.

Rotas da Mesopotâmia

"As esculturas em três dimensiones demonstram um grande domínio em quanto a realismo e tamanho", explica Maria Guagnin, do Instituto Max Planck de ciências da história humana, com sede na Alemanha. "Isto poderia mudar nossa compreensão da dinâmica das populações pré-históricas e de seus aspectos culturais", disse à AFP. A origem e os utensílios empregados são um mistério.

Jalifa vê a mão dos nabateus, árabes nômades conhecidos por terem fundado a cidade de Petra, na atual Jordânia, esculpida nas falésias de arenito. "Trata-se de uma descoberta científica importante que nos lembra da importante história pré-islâmica da Arábia Saudita", estima o arqueólogo Guillaume Charloux, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas na França.

"Espero que isto atraia as pessoas a descobrirem a variedade e a riqueza do passado saudita", afirma Charloux. As esculturas de Al Juf têm estilos diferentes, o que sugere que foram realizadas por vários artistas.

É possível, estimam os arqueólogos, que fosse um local de adoração, um lugar de descanso em uma rota de caravanas ou uma fronteira que delimitava duas regiões. "Minha hipótese hoje é que os escultores eram habitantes da região e que era um lugar emblemático nas rotas das caravanas para a Mesopotâmia", afirma Charloux.

'Perguntas sem resposta'

O deserto saudita é rico em lugares históricos. Alguns deles foram descobertos recentemente graças às novas tecnologias. Para encontrar respostas para todas as perguntas sobre as figuras de camelos esculpidas, é preciso investigar. Algumas são difíceis de situar no tempo; às vezes os arqueólogos estimam que foram concluídas nos primeiros séculos antes da era cristã.

"Se datam de antes da domesticação do camelo, representam espécimes selvagens que talvez caçassem", e a caça pode ter sido vital para a sobrevivência das populações locais, afirma Guagnin. Por enquanto, as autoridades sauditas monitoram o lugar para impedir o acesso aos caçadores de tesouros e tentam comprá-lo do proprietário.

As figuras de camelos não são o único enigma. Um dos promontórios, visto a partir de um ângulo, parece um rosto humano. "Há tantas perguntas sem resposta", reconhece Jalifa.

Ser vendedora de chapéus era um disfarce perfeito para as espiãs instaladas no sul do Vietnã durante a guerra. Foi com esse estratagema que Nguyen Thi Hoa passou várias informações para os comunistas, antes de pegar em armas. E seus relatos detalhados fornecidos para os oficiais militares do Norte tiveram um papel importante na preparação da grande ofensiva do Tet.

Seu trabalho e seu fervor nacionalista lhe valeram um lugar na unidade ultrassecreta chamada "Rio dos perfumes", uma unidade de combate composta apenas de mulheres que participou desse ataque surpresa e na Batalha de Hue, em janeiro de 1968. Adolescentes em sua maioria, o lema dessas 11 mulheres era: "Quando o inimigo entra em sua casa, até as mulheres devem lutar".

"Queria me libertar, libertar minha Pátria e libertar outras mulheres... O único caminho era se unir à Revolução", explica essa mulher, com 17 anos em 1965, quando se tornou espiã. Na época, nunca comentou com sua família sobre suas missões.

No início, como milhares de mulheres envolvidas na Guerra, as integrantes da unidade do "Rio dos Perfumes" faziam missões longe do front, atuando como espiãs, guias, cozinheiras, mensageiras, ou enfermeiras. Tudo mudou, porém, com a chegada da guerra a Hue.

A antiga capital imperial e então terceira maior cidade do Vietnã foi poupada dos combates até a explosão da ofensiva do Tet, lançada por mais de 80.000 combatentes norte-vietnamitas.

Esse ataque foi um duro golpe para as tropas americanas e para seus aliados do sul, deixando baixas dos dois lados. Nas fileiras do Norte, foram mais de 58.000 mortos. E, pela primeira vez, os EUA ficaram na defensiva.

'Todos no front'

A Batalla de Hue foi a mais longa e a mais letal da Guerra. Durou 26 dias. E foi preciso esperar dez dias até a unidade "Rio dos Perfumes" ser enviada para o combate, no momento em que o Norte havia perdido o controle da cidade. "Isso demonstra até que ponto estavam desesperados", afirma Mark Bowden, autor do livro "Hue 1968".

"Quando as tropas do front começaram a cair, e a situação era realmente desesperadora, todo o mundo foi enviado para a batalha, e essas jovens lutaram", acrescentou. Armada com granadas e com uma AK47, Hoa se sentia orgulhosa de participar dos combates. "Não parávamos de atirar. Estávamos muito perto do inimigo", lembra essa mulher de 68 anos.

Seus esforços foram elogiados pelo líder comunista Ho Chi Minh, falecido em 1969, antes do fim da Guerra. Eles lhes escreveu um poema em agradecimento por terem "esmagado os ossos" dos soldados americanos. "Quando recebemos esta carta, todo o mundo chorava. Não esperávamos. Éramos apenas uma pequena unidade", contou.

"Pessoas morreram, mas nós ainda estávamos vivas e até recebemos cumprimentos do Tio Ho", relembra Hoang Thi No, que lutou com Hoa e visita com frequência o túmulo de suas camaradas caídos no front. "Quando minhas camaradas morreram em combate, minha raiva aumentou e também minha determinação para combater e vingar nossas irmãs", declarou essa mulher, que hoje é avó.

Essa unidade se tornou um símbolo e "fonte de motivação", explica o diretor do Museu da Revolução em Hue, Cao Huy Hung. "Sem o apoio das mulheres, certamente não teríamos conseguido resistir por 26 dias", garantiu.

A alegria voltou a Mossul este ano, na primeira missa de Natal após a expulsão dos extremistas do Estado Islâmico. Pouco importa que os enfeites da igreja de São Paulo sejam modestos e que haja blindados no exterior. No lado de dentro, o clima é de festa.

Cinco meses depois da "libertação" da segunda cidade mais populosa do Iraque, a missa começou com a execução do hino nacional, seguido do 'zagrouta' (grito com o qual as mulheres expressam alegria).

Em meio à multidão, Hossam Abud, de 48 anos, em cadeira de rodas, está contente em assistir à missa pela primeira vez desde que retornou a Mossul no começo do mês. Quando o grupo Estado Islâmico (EI) ocupou a cidade, em junho de 2014, ele se refugiou no vizinho Curdistão iraquiano.

Esta missa, a primeira na cidade desde maio de 2014, "marca o retorno da vida a Mossul", assegura.

"Com esta missa, enviamos uma mensagem de paz e de amor porque Cristo é o mensageiro da paz e sem paz não há vida", explica à AFP o patriarca da igreja católica caldeia, monsenhor Louis Sako, que celebrou o culto.

'Todos irmãos'

Farqad Malko también voltou há um mês do Curdistão. Para ela, é uma mensagem dirigida ao EI: "com esta celebração, dizemos-lhes que todos os moradores de Mossul são irmãos, seja qual for sua religião, sua etnia e apesar de todos os anos e dos sofrimentos que lhes infligiram".

Estar aqui é "uma alegria imensa", disse em meio a canções natalinas, as primeiras entoadas desde dezembro de 2013.

Nos últimos dias, voluntários repararam os danos na igreja de São Paulo, a única ainda aberta na cidade, e instalaram cortinas brancas e vermelhas para ocultar as marcas da guerra.

Entre velas, pinheiros e lençóis brancos para tapar os buracos nas vidraças danificadas em combates e explosões, os moradores muçulmanos acompanharam neste dia os fiéis cristãos. Também estiveram presentes autoridades locais e comandos militares.

Em frente à igreja, havia uma imponente mobilização de forças de segurança, assim como nos cruzamentos por onde se chega a este templo, situado na parte leste da cidade, a menos destruída pela guerrilha urbana.

Blindados e veículos militares posicionados nos arredores da igreja e a foto de um "mártir" cristão de Mossul, assassinado pelos extremistas islâmicos, relembram os fiéis os três anos de ocupação do grupo radical, autor de uma infinidade de atrocidades e atentados.

Durante este período, os jihadistas perseguiram as minorias religiosas, em particular os yazidis e os cristãos caldeus e siríacos da planície de Nínive (província da qual Mossul é capital), o que desencadeou um êxodo em massa.

'Incentivar a volta'

Agora, "é preciso reconstruir as igrejas destruídas na cidade para incentivar a volta dos cristãos", afirma Abud, cuja família foi uma das últimas cristãs a partir.

Desde a invasão do Iraque, liderada pelos americanos em 2003, as autoridades locais estimam que cerca de 90% da população cristã tenha fugido de Mossul.

Quando os jihadistas chegaram, restavam apenas 2.000 famílias cristãs, segundo a associação Fraternidade no Iraque.

Agora que os jihadistas foram expulsos, "os cristãos deslocados no Iraque ou refugiados fora do país devem voltar rapidamente", afirma o monsenhor Sako, líder da principal igreja cristã no Iraque. E "desempenhar um papel ativo na reconstrução".

Segundo Durid Tobia, assessor do governo para assuntos cristãos, "entre 70 e 80 famílias cristãs voltaram a Mossul e outras o farão em breve".

Mina Ramez, de 20 anos, voltou para casa com sua família há dois meses. Justo a tempo para o começo das aulas na universidade.

"É nossa terra, são nossas casas, e faremos o que pudermos com nossos irmãos de todas as religiões para reconstruir Mossul", afirma à AFP."Não abandonaremos nunca a terra que nos viu nascer". A presença cristã em Mossul remonta ao século IV.

Os países da União Europeia (UE) prometeram 34.400 vagas para acolher refugiados procedentes de África e Oriente Médio, principalmente da Líbia, anunciou nesta quarta-feira (15) a Comissão Europeia.

No fim de setembro, o Executivo europeu havia fixado o objetivo de acolher "pelo menos 50 mil refugiados" em dois anos procedentes de países como Líbia ou Níger, com o objetivo de lhes oferecer uma alternativa "segura e legal" à perigosa travessia do Mediterrâneo.

"Até o momento, foram recebidos 34.400 compromissos de 16 Estados membros", anunciou a Comissão, por ocasião de uma avaliação da sua política migratória aplicada desde 2015 para fazer frente ao aumento da chegada de migrantes.

"Saímos aos poucos do modo de crise, e, agora, gerimos a migração com um espírito de associação e responsabilidade compartilhada", disse o comissário de Migração, Dimitris Avramopoulos.

O balanço é anunciado um dia depois que o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al-Hussein, criticou a política de cooperação da UE com a Líbia.

Ao denunciar a deterioração das condições de detenção dos migrantes, considerou desumana a política da UE de "assistência aos guarda-costas líbios para interceptar e devolver os migrantes no Mediterrâneo".

"A ação da UE não foi a que criou o sistema desumano na Líbia", respondeu Catherine Ray, porta-voz dos serviços exteriores da UE, em entrevista coletiva.

"Vamos continuar nosso trabalho em campo para lutar contra os traficantes (...) e criar vias legais de chegada à UE para aqueles que precisam de ajuda internacional", afirmou.

A Comissão indicou ainda que mais de 31.500 pessoas se beneficiaram do programa destinado a distribuir os refugiados que chegaram à Grécia e Itália em dois anos. Falta relocar 750 pessoas que estão na Grécia e 3100, na Itália.

Numa curta trajetória de 11 anos, o pré-sal brasileiro superou limitações tecnológicas e hoje é tão competitivo comercialmente quanto o Oriente Médio. Os investimentos em pesquisa afastaram as dúvidas sobre a viabilidade de se retirar volumes extraordinários de petróleo debaixo da camada de sal, armazenados a até 7 km de profundidade. A visão hoje é que, além de viável, esse é um dos melhores negócios do mundo.

O presidente da Shell Brasil, André Araújo, chegou a dizer recentemente ao jornal 'O Estado de S. Paulo' que "o pré-sal é onde todo mundo quer estar". Hoje, as áreas de pré-sal já são viáveis economicamente com o preço do barril de petróleo variando entre US$ 30 a US$ 40. No Oriente Médio, essa faixa de equilíbrio vai de US$ 20 a US$ 40.

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Um único poço de pré-sal é capaz de produzir até 40 mil barris por dia, volume equivalente ao de campos inteiros de pós-sal, que contam com diversos poços. Assim, a região atingiu uma marca de produtividade 30% superior à projetada na sua descoberta, em 2006, destaca Helder Queiroz, professor de Economia da Energia da UFRJ e ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Hoje, 1,5 milhão de barris são retirados do pré-sal diariamente, mais da metade da produção nacional.

É de olho nesse nível de produtividade que 14 das grandes petroleiras do mundo vão participar, no dia 27, do leilão de oito áreas do pré-sal entre Espírito Santo e Santa Catarina. A licitação foi dividida em duas - na segunda rodada serão vendidas áreas onde é certa a existência de petróleo, por serem continuações de reservatórios já definidos. Na terceira rodada serão oferecidas áreas que prometem, mas sobre as quais pouco se conhece.

A primeira rodada de licitações de pré-sal aconteceu em 2013, quando a Petrobrás, ao lado de cinco sócias - Shell, Total, CNPC e CNOOC - adquiriram Libra, na Bacia de Santos.

Desafios. Quando o pré-sal foi descoberto, há pouco mais de uma década, o cenário de preço do petróleo era o melhor já experimentado pela indústria e os custos para ultrapassar a camada de sal não assustavam tanto. A partir de 2014, quando o petróleo despencou, no entanto, a viabilidade do pré-sal passou a ser questionada.

Foi preciso investir em tecnologias e ampliar a eficiência dos projetos. Assim, em pouco mais de uma década os poços de pré-sal ficaram mais produtivos - apesar dos desvios bilionários envolvendo a Petrobrás e revelados pela Operação Lava Jato. O custo médio de extração de petróleo passou de US$ 9,1 por barril de óleo equivalente (boe), em 2014, para menos de US$ 7/boe ao fim do primeiro semestre deste ano. "É caro (produzir no pré-sal), mas tem a vantagem da produtividade. Como é produzido muito mais em cada poço, o projeto tem um equilíbrio", diz Antônio Guimarães, secretário executivo de Exploração e Produção do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), que representa os interesses de grandes petroleiras no País.

O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, classifica a região como "extraordinária" em razão do grande volume de reserva e da alta produtividade dos poços. "Vai atrair muito interesse, mas o número de atores capazes de atuar no pré-sal é limitado", afirmou na semana passada.

No início do mês, o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, foi a Nova York dizer a investidores que as oportunidades no Brasil são tão boas quanto nos principais países produtores - Estados Unidos, China, Rússia ou mesmo membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Parente afirma que a estatal consegue ganhar dinheiro com o pré-sal ainda que o preço do petróleo esteja baixo, na casa dos US$ 30, como estava no pior momento da crise, em 2014. Hoje, está na casa dos US$ 50. "Minha aposta é que dessa vez vai ter disputa de dois ou três consórcios para algumas áreas", avalia João Carlos de Luca, fundador da petroleira Barra Energia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com 500 ataques ocorridos em um intervalo de seis meses, 2017 está sendo categorizado como ano recorde no número de escolas bombardeadas e destruídas em zonas de conflito como Iêmen, Sudão do Sul e Síria, declarou uma autoridade das Nações Unidas nesta sexta-feira (13).

No último ano, as Nações Unidas registraram 753 ataques a escolas e hospitais em 20 países atingidos por conflitos ao mesmo tempo em que entidades de todo o mundo buscam mapear a violência e encontrar a melhor maneira de proteger as crianças.

Virginia Gamba, a secretária-geral para crianças em conflitos armados, declarou em uma reunião não-oficial do Conselho de Segurança que esses ataques estão em alta nesse ano.

"Não é consolador saber que somente nos últimos seis meses mais de 500 escolas foram atacadas, o que significa que podemos bater o recorde até o fim desse ano", afirmou Gamba durante a reunião do Conselho.

Definir como alvo escolas e hospitais durante conflitos armados é uma ação considerada violação da lei humanitária internacional e um crime de guerra.

Em apenas três meses, de abril a junho, as Nações Unidas contabilizaram 174 ataques a escolas na República Democrática do Congo, em sua maioria ocorridos na região de Kasai, acrescentou Gamba.

Na última semana, as Nações Unidas colocaram a coalizão saudita em combate no Iêmen em sua lista negra referente a violadores dos direitos infantis por terem organizado 38 ataques a escolas e hospitais em 2016, matando e mutilando 683 crianças.

Três quartos de todos os ataques a escolas no Iêmen aconteceram por ofensivas aéreas lideradas por coalizões, enquanto na Síria, dois terços ocorreram por meio de bombardeios realizados por forças do governo ou seus aliados.

Gamba enfatizou que o número de ataques ocorridos no último ano foi "muito maior", uma vez que o relatório apenas focou nos incidentes que as Nações Unidas conseguiram verificar.

As Nações Unidas descobriram que as tropas armadas e as forças rebeldes usam escolas para fins militares em 15 dos 20 países com áreas afetadas por conflitos.

Descrevendo uma nova forma de ataques, Gamba ressaltou que as crianças, professores e escolas estavam sendo escolhidas como alvo devido aos componentes curriculares ou caso a escola seja considerada como símbolo da autoridade do Estado.

Meninas em idade escolar são alvos frequentes na tentativa dos responsáveis pelos ataques em erradicar a educação feminina.

Joy Bishara, uma das garotas nigerianas de Chibok que buscou fugir do sequestro realizado pelo grupo Boko Haram em 2014, contou ao Conselho que os sequestradores diziam repetidamente "não vá a escola" e que ela nunca voltou a se sentir segura no local após passar por esse suplício.

O governo do Afeganistão começou a distribuir armas a centenas de civis para que ajudem a proteger as mesquitas durante a celebração de uma festa religiosa, anunciou o segundo vice-presidente do país, Sarwar Danish.

Durante a celebração do mês sagrado de Muharramm, o governo também enviará soldados e policiais adicionais aos locais de culto, sobretudo os da minoria xiita.

Os xiitas - uma minoria de três milhões de pessoas no Afeganistão, um país de maioria sunita - são alvos frequentes dos atentados do grupo extremista Estado Islâmico (EI) e acusam as autoridades afegãs de negligência em sua proteção.

"Após os infelizes incidentes recentes, as pessoas não devem confiar somente nas forças de segurança para que forneçam proteção. As pessoas, especialmente os jovens, precisam concentrar-se em manter a segurança das mesquitas durante os dias de Muharram", disse Danish após uma reunião com autoridades de segurança e líderes xiitas.

O governo também examina a possibilidade de armar 20.000 habitantes de pequenas cidades para lutar contra os islamitas. O mês sagrado de Muharram, que começa esta semana, marca o início do ano novo islâmico e do período de luto pela morte, no século VII, do imã Hussein, neto do profeta Maomé e líder espiritual do xiismo.

O décimo dia do mês de Muharram é conhecido como Ashura.

As sanções internacionais contra o Irã impedem que as gigantes tecnológicas americanas acessem este mercado, o que acabou provocando o inesperado desenvolvimento de um "Vale do Silício" local, em pleno crescimento.

Seus nomes não são muito conhecidos, mas os serviços que as empresas iranianas do setor oferecem são bem familiares: o Snapp é a versão do Uber no Irã; Digikala, da Amazon; e Pintapin, o equivalente do Booking.com. Não se trata, contudo, de "copiar e colar" um modelo comercial estrangeiro no Irã, garante Amirali Mohajer, diretor-geral do Pintapin, de 32 anos.

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"Você precisa ter conhecimentos locais, que devem ser construídos desde o início, e pode precisar de um modelo de negócios completamente diferente para que seja bem-sucedido", afirma. Seu escritório fica ao lado dos de outras start-ups, reunidos no Iran Internet Group (IIG), local de reunião da comunidade hipster de Teerã, onde trabalham jovens na casa dos 20 anos.

No caso do Pintapin, o serviço está revolucionando a indústria hoteleira do Irã. "Até pouco tempo atrás, muitas viagens eram agendadas por telefone ou fax, uma forma de funcionamento do século passado", explica Mohajer.

Sua equipe dedica grande parte do tempo a tentar convencer os hotéis a abandonarem o sistema de reservas de papel e começar a automatizá-las. Amirali Mohajer, que morou 16 anos no exterior, diz que voltou ao Irã quando se deu conta de que as novas tecnologias poderiam ter "um impacto real" no país.

"Estamos convencidos de que nosso trabalho vai permitir reconstruir uma identidade iraniana que, infelizmente, foi afetada pelos problemas políticos", explica.

Salão especializado

Em Teerã, o salão especializado Elecomp não para de crescer. Até três anos atrás, 80 start-ups participavam do evento. Na última edição, celebrada neste mês, já eram mais de 400, incluindo aplicativos de entregas à domicílio, de compras de todo tipo e de jogos.

Contudo, as empresas internacionais quase não aparecem, em consequência das sanções americanas contra o país, que se mantêm apesar do acordo internacional de 2015 de retirada das sanções em troca de o Irã abandonar seu programa nuclear.

A situação beneficia algumas companhias iranianas, como uma start-up presente no salão que compra produtos da Amazon e os vende no Irã, com uma leve alta dos preços. Mas esse isolamento econômico não agrada a todos os empreendedores.

"Há dois lados da moeda. Quando você está sob sanções, você tem a oportunidades de fazer muitas coisas você mesmo", afirma o organizador do salão, Naserali Saadat. "Mas o conjunto não é positivo. Não dá para viver ilhado neste mundo", explica.

Essa opinião é compartilhada por Ramtin Monazahian, empresário iraniano-alemão. Em 2014, ele deixou Berlim para fundar no Irã o site de comércio online Bamilo e o app Snapp, para reservar carros com motorista.

O jovem empresário sabe que dificilmente grandes companhias internacionais vão comprar suas empresas, como acontece em outros países, mas ele tem a vantagem de não precisar lutar contra grandes concorrentes, como Uber e Amazon. Com 80 milhões de habitantes e uma relevante classe média, o Irã "é provavelmente o último grande país onde ainda não há concorrência", opina.

Os investidores internacionais sabem disso, e as empresas estrangeiras, como a operadora de telefonia sul-africana MTN ou o grupo alemão Rocket Internet, já fizeram grandes investimentos no Irã.

A secretária-geral assistente da ONU para Assuntos Humanitários, Ursula Mueller,  informou nesta quinta-feira (27), durante uma reunião sobre a Síria do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que cerca de 50 mil civis permanecem presos na cidade de Al Raqqa, no sul do país, onde a situação humanitária é preocupante. A informação é da ONU News.

Falando de Amã, capital da Jordânia, Ursula contou sua visita ao campo de refugiados de Azraq, o segundo maior do país, onde vivem cerca de 35 mil refugiados sírios, muitos há anos e a maioria mulheres e crianças. Cerca de 25% vieram da cidade síria de Alepo.

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A vice-chefe do Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), elogiou a "generosidade e hospitalidade da Jordânia e outros países vizinhos" que estão abrigando refugiados.  Ela  também ressaltou o "tremendo trabalho das organizações humanitárias cujos programas permitem que famílias não apenas sobrevivam, mas levem vidas dignas, mesmo nas circunstâncias mais difíceis".

Volta pra casa

A secretária-geral assistente declarou, acima de tudo, ter ficado inspirada pela "esperança e força incríveis" das pessoas que encontrou, apesar das terríveis circunstâncias a que foram forçadas. Ela afirmou que a mensagem que recebeu dos refugiados foi clara e disse ao Conselho de Segurança que o que eles mais querem é que o conflito acabe e que possam voltar pra casa quando for seguro.

A vice-chefe do Ocha disse ao Conselho que, embora a violência continue diminuindo em algumas áreas da Síria desde um acordo de tréguas em 4 de maio, a situação humanitária e de proteção permanece extremamente difícil para civis em muitas partes do país.

Ela mencionou a retomada de operações militares na área sitiada do leste de Ghouta, na área rural de Damasco, e no bairro de Jobar na capital síria. Ursula Mueller afirmou que a ONU e parceiros estão dando assistência aos deslocados e estão prontos a fornecer apoio à cidade de Al Raqqa assim que as condições de acesso e segurança permitam.

Saúde

A situação de saúde na cidade, especialmente a escassez de serviços de assistência a traumas, é uma grande preocupação para a secretária-geral assistente, devido à intensidade dos combates. Ela afirmou que a ONU continua trabalhando no terreno para garantir que assistência médica esteja disponível para os que precisam, mas que muito mais precisa ser feito.

da ONU News

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) ainda controla 22,65% do território da Síria, apesar de ter sofrido um grande recuo desde meados de 2015, segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos. A informação é da agência EFE.

O Observatório detalhou que essa porcentagem equivale a 42 mil quilômetros quadrados de área, frente aos mais de 90 mil quilômetros quadrados que o EI dominava em 2015, mais de 50% do solo sírio.

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Já o autodenominado “Exército de Khaled bin Walid” [grupo armado jihadista vinculado ao EI e batizado com o nome de um famoso general do Império Árabe-Muçulmano do século VII], controla atualmente apenas 250 quilômetros quadrados no sul da Síria, perto das colinas de Golã, ocupadas por Israel.

O esquadrão que ocupa mais território na Síria atualmente é o das forças governamentais do país, que ampliaram as regiões sob seu domínio nos dois últimos anos com o apoio das forças russas e de milicianos sírios, libaneses, iraquianos e iranianos.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos destacou que as tropas leais ao governo de Damasco ocupam hoje 38,14% da superfície da Síria (71 mil quilômetros quadrados), contra os 22% que dominavam no final de 2015. Desde o início do conflito, em março de 2011, as autoridades perderam 117 mil efetivos, que morreram em combate.

Já as Forças da Síria Democrática (FSD), um grupo liderado por milícias curdas e apoiadas pelos Estados Unidos, têm em seu poder 22,5% da superfície do país, 41,7 mil quilômetros quadrados, sobretudo em zonas na fronteira com a Turquia. As FSD atualmente lutam para recuperar a cidade de Al Raqqa, o principal reduto do Estado Islâmico na Síria.

Da Agência EFE

A Guarda de Finanças e a Alfândega da Itália apreenderam nesta segunda-feira (26) 55 kg de cocaína proveniente do Brasil no porto de Gioia Tauro, situado na região da Calábria, sul do país.

A droga estava dentro de um contêiner de café e tinha o Líbano, no Oriente Médio, como destino final. Segundo as autoridades, a cocaína estava dividida em 50 pacotes e poderia ter gerado 11 milhões de euros em faturamento.

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Desde o começo do ano, 836 kg da substância já foram apreendidos no porto de Gioia Tauro. Em maio, por exemplo, uma carga de 25 kg originária do Brasil havia sido encontrada em um contêiner de frango congelado.

A aviação egípcia matou um dos chefes religiosos do grupo Estado Islâmico (EI) ao bombardear objetivos extremistas no Sinai (norte).

"Dezenove elementos jihadistas morreram nesses ataques", indicaram as forças armadas em um comunicado. Entre as vítimas, se encontra o líder do comitê encarregado de assuntos religiosos e chefe dos interrogatórios do grupo Ansar Beit al Maqdes, a facção local do EI, segundo a mesma fonte.

O grupo, que cometeu vários atentados contra as forças de segurança no norte do Sinai, jurou lealdade ao EI em 2014.

Desde que o exército derrubou o presidente islamita Mohamed Mursi em 2013, o norte da península do Sinai é cenário de atentados cometidos pelos jihadistas, principalmente contra policiais e militares.

O papa Francisco implorou pela paz no Oriente Médio e na Síria, onde "reinam o horror e a morte", em sua tradicional bênção "Urbi et Orbi" do Domingo de Páscoa.

Ante milhares de fiéis congregados na praça de São Pedro do Vaticano, o Papa rogou a Deus que "conceda a paz a todo o Oriente Médio" e ajude "a quem trabalha ativamente para levar alívio e consolo à população civil da Síria, vítima de uma guerra que não cessar de semear horror e morte".

Francisco denunciou "o vil ataque" ocorrido no sábado na periferia de Aleppo contra civis que fugiam e que até o momento deixou 110 mortos. O pontífice também pediu a Deus que conceda "aos representantes das Nações o valor de evitar que se propaguem os conflito e acabar com o tráfico de armas".

Nesta tradicional bênção à cidade e ao mundo após a missa pascal, o Papa argentina não esqueceu de seu próprio continente. Pediu a Deus para que "sustente os esforços de quem, especialmente na América Latina, se compromete a favor do bem comum das sociedades, tantas vezes marcadas por tensões políticas e sociais, e que, em alguns casos, é sufocado pela violência".

Ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos na Síria atingiram hoje duas regiões no norte do país matando pelo menos 21 pessoas, incluindo uma mulher e seus seis filhos, que estavam fugindo dos conflitos em um barco, segundo ativistas dos direitos humanos.

Milhares de pessoas de áreas controladas pelo Estado Islâmico estão tentando fugir da violência durante as preparações para a captura da cidade de Raqqa, no norte do país, que é considerada a capital dos extremistas. Ativistas e moradores dissertam que os militantes estão forçando os civis a ficar, para usá-los como escudos humano quando a ofensiva começar.

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Mais cedo, ativistas disseram que os ataques aéreos conduzidos pela coalizão no vilarejo de Hneida matou pelo menos 14 civis, incluindo quatro crianças. O Observatório Sírio para Direitos Humanos com sede no Reino Unido disse que 15 pessoas, incluindo quatro crianças, foram mortas por um ataque aéreo.

Além disso, a TV estatal síria disse hoje que um bomba explodiu a bordo de um ônibus que transportava trabalhadores nas proximidades da cidade de Homs, na Síria, matando uma mulher e ferindo outras 25 pessoas.

Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque até o momento. O braço do Al-Qaeda na Síria e o Estado Islâmico conduziram ataques similares no passado.

Rebeldes sírios e seus familiares estão evacuando a última vizinhança controlada por opositores do regime de Bashar al-Assad em Homs, sob um acordo com o governo. 

O suposto ataque químico que deixou 58 mortos na Síria gerou uma onda de indignação em todo mundo, com pedidos da ONU, Londres, Paris e Bruxelas para que sejam identificados os responsáveis pelo crime.

No ataque ocorrido na cidade de Khan Sheikhun morreram 58 pessoas e 170 ficaram feridas, incluindo crianças, que conseguiam respirar apenas com máscaras de oxigênio, enquanto convulsionavam. Pelo menos 11 crianças faleceram, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, disse nesta terça-feira que a organização quer "identificar claramente as responsabilidades" e que os autores do ataque "prestem contas". A oposição síria acusou o governo de ter utilizado "obuses com gás químico". Este "crime terrível" relembra um ataque cometido em 2013 próximo a Damasco, que a comunidade internacional "deixou impune".

Algumas horas depois, um ataque aéreo foi lançado contra o hospital onde eram tratadas as vítimas. O chefe negociador da oposição, Mohammed Sabra, disse que o ataque "com gás tóxico põe sob suspeita" o processo de paz, que tenta acabar com o conflito que já deixou mais de 320.000 mortos, além de milhões de deslocados e exilados.

A Casa Branca condenou o ataque, qualificando-o de "intolerável" e atribuiu sua responsabilidade ao governo de Bashar al-Assad. "O ataque químico na Síria contra pessoas inocentes, incluindo mulheres e crianças, é condenável", disse o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

Para a Síria é uma "calúnia"

O Exército sírio "negou categoricamente" estar por trás do ataque e destacou que "nunca as usou [as armas químicas] em nenhum momento, em nenhum lugar e não a usará no futuro". As acusações são uma "calúnia", disse nesta terça-feira à AFP um funcionário de alto escalão dos Serviços de Segurança sírios.

"Trata-se de uma calúnia [...] os homens armados [os rebeldes] tentam apontar uma vitória midiática depois de não terem conseguido [uma vitória] em terreno", indicou o funcionário, que pediu anonimato.

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, também assinalou o governo sírio. "A notícia de hoje é terrível [...] Obviamente, a principal responsabilidade ali recai sobre o regime, porque tem a responsabilidade de proteger seu povo e não de atacá-lo", disse em um encontro com jornalistas a chanceler europeia.

Londres também falou neste mesmo sentido. "Embora não possamos estar certos do ocorrido, isto tem todas as características dos ataques de um regime que tem usado repetidamente armas químicas", disse o ministro das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, em um comunicado.

"O incidente deve ser investigado e seus autores tem que prestar contas", acrescentou o ministro, descrevendo como "horrorosas" as informações que chegam da Síria.

"Massacre"

O presidente francês, François Hollande, acusou Bashar al-Assad nesta terça-feira de estar por trás do "massacre". "Mais uma vez o regime sírio nega a evidência de sua responsabilidade neste massacre", disse Hollande em um comunicado divulgado pela presidência francesa.

A França solicitou uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU depois do ataque. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, denunciou que o ataque "químico" na Síria foi "desumano" e que ameaça o processo de paz neste país, durante uma conversa com seu homólogo russo, Vladimir Putin, informaram responsáveis de Ancara.

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OIAC) disse estar "muito preocupada" com este "suposto ataque com armas químicas", afirmando que está tentando "reunir e analisar todas as informações de todas as fontes disponíveis".

A gigante americana das vendas pela internet Amazon estendeu seu império ao anunciar nesta terça-feira a compra do Souq.com, líder do comercio eletrônico no Oriente Médio e norte da África.

A transação, cuja quantia até agora não foi divulgada, leva a Amazon a um mercado de rápido crescimento. Enquanto isso, a companhia americana continua investindo em sua atividade de base, sua rede de venda varejista.

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A concorrência para adquirir o Souq.com parece ter sido feroz. A Amazon superou a Emaar Malls, a filial do gigante imobiliário de Dubai, que ofereceu 800 milhões de dólares.

A Amazon havia deixado as negociações pelo Souq.com, mas retornou depois com uma oferta de 650 milhões de dólares, antes da que foi feita pela Emaar Malls.

O contrato será concretizado ainda este ano "sob reserva das condições de conclusão" da transação, segundo um comunicado publicado pelos dois grupos, sem dar maiores informações.

- 45 milhões de visitas -

Fundada em 2005, Souq.com afirma ter mais de 45 milhões de acessos mensais no Oriente Médio e no norte da África, principalmente nos Emirados Árabes Unidos, Arabia Saudita e Egito, segundo o seu site, com mais de 8,4 milhões de produtos oferecidos a seus clientes.

A companhia foi criada como um site de leilões antes de se lançar ao comércio varejista pela internet.

O acordo com a Amazon é "uma etapa crucial na extensão da nossa presença no comércio eletrônico por conta de clientes em toda a região", comemorou seu presidente e co-fundador, Ronaldo Muchawar.

"Nos movemos por vários princípios idênticos aos da Amazon e essa compra constitui uma etapa essencial no crescimento de nossa presença online para os clientes da região", acrescentou, segundo o comunicado.

"Ao nos transformarmos em membros da família Amazon, ampliaremos muito mais rapidamente nossas capacidades de entrega e de seleção de clientes", continuou.

Um vice-presidente do gigante americano, Russ Grandinetti, declarou que a Amazon e o Souq.com "compartilham o mesmo DNA". "Ambos somos pilotados pelos clientes, pela criatividade e pelo pensamento de longo prazo", ressaltou.

- Venda online -

Em fevereiro de 2016, Souq.com anunciou que captou cerca de 275 milhões de dólares de investidores internacionais para financiar sua expansão.

Muchawar disse então que o comércio online no Oriente Médio registrava um "crescimento muito rápido" e devia chegar aos 20 bilhões de dólares em 2016.

Entre os investidores do Souq.com estão o Standard Chartered Private Equity e o International Finance Corporation, membro do Grupo do Banco Mundial.

A Amazon, conhecida por suas grandes operações de venda online, estendeu suas atividade a outras áreas, como a de vídeo por streaming, onde tenta rivalizar com a Netflix.

No entanto, o comércio varejista continua sendo a base de suas atividades, com negócios de 26 bilhões de dólares na América do Norte e 14 bilhões no resto do mundo, segundo dados do último trimestre de 2016.

O governo britânico, alegando questões de segurança, decidiu que passageiros que embarcam para o Reino Unido a partir de seis países do Oriente Médio e norte da África não poderão levar na bagagem de mão qualquer tipo de telefone, laptops ou tablets maiores do que 16 centímetros de comprimento, por 9,3 cm de largura e 1,5 cm de profundidade. Todos esses dispositivos precisarão ser colocados na bagagem de porão ainda antes de passar pela segurança. As restrições normais de bagagem de cabine continuarão a ser aplicadas, conforme divulgação oficial feita há pouco por um porta-voz do governo.

"A primeira-ministra, Theresa May, presidiu uma série de reuniões sobre a segurança da aviação nas últimas semanas, incluindo esta manhã, onde foi acordado que serão introduzidas novas medidas de segurança da aviação em todos os voos diretos de entrada para o Reino Unido provenientes dos seguintes países: Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita", escreveu o porta-voz em nota divulgada à imprensa.

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Segundo o comunicado, as companhias aéreas britânicas afetadas pela proibição são British Airways, EasyJet, Jet2.com, Monarch, Thomas Cook e Thomson. Já as estrangeiras que terão de seguir as novas regras são Turkish Airlines, Pegasus Airways, Atlas-Global Airlines, Middle East Airlines, Egyptair, Royal Jordanian, Tunis Air e Saudia. "A segurança do público viajante é a nossa maior prioridade. É por isso que mantemos a nossa segurança da aviação sob constante revisão e implementamos medidas que consideramos necessárias, eficazes e proporcionadas", defendeu o porta-voz.

Segundo ele, as companhias aéreas afetadas estão sendo informadas sobre os novos requisitos. "Medidas de segurança adicionais podem causar alguma interrupção para passageiros e voos, e nós compreendemos a frustração que isso causará, mas nossa prioridade máxima será sempre manter a segurança de cidadãos britânicos", argumentou.

A nota também aconselha os viajantes a manter-se atualizados sobre as mais recentes medidas de viagem do governo e a verificarem com a companhia aérea escolhida para obter mais informações sobre restrições. "As decisões de fazer alterações no nosso regime de segurança da aviação nunca são tomadas de forma leve. Não hesitaremos em agir para manter a segurança do público viajante e trabalharemos em estreita colaboração com nossos parceiros internacionais para minimizar qualquer interrupção que essas novas medidas possam causar."

EUA

O porta-voz disse ainda que o governo britânico tem estado em estrito contato com os americanos para entender completamente a posição dos Estados Unidos. Ontem, funcionários do governo norte-americano teriam proibido temporariamente que passageiros de algumas companhias aéreas usem determinados produtos eletrônicos em voos dentro e fora do país.

Em seu perfil no Twitter, a Royal Jordanian postou que "seguindo instruções dos departamentos americanos, informamos gentilmente aos nossos queridos passageiros que partem e que chegam dos EUA que é proibido transportar qualquer dispositivo eletrônico ou elétrico a bordo das cabines de voo".

A mensagem no Twitter foi posteriormente excluído, mas uma fonte do Departamento de Estado disse à rede de TV americana CNN que os países afetados e as companhias aéreas estão sendo informados da proibição, que não se aplica a telefones celulares ou dispositivos móveis, mas inclui computadores pessoais, jogos eletrônicos e câmeras. Esses itens, no entanto, podem ser guardados em bagagem despachada. Funcionários do governo americano não confirmaram nem negaram a proibição temporária.

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