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Os combates foram retomados na cidade síria de Aleppo neste domingo após o fim de um cessar-fogo humanitário de três dias que se encerrou sem qualquer entrega de ajuda planejada ou saída de pessoal médico.

A Rússia implementou o cessar-fogo, chamado de "pausa humanitária", junto com as forças armadas sírias leais ao presidente Bashar al-Assad para permitir a entrada de ajuda humanitária na cidade. Moscou pregou que o cessar-fogo seria uma abertura para que residentes e rebeldes deixassem as vizinhanças controladas pela oposição, mas nenhuma ajuda chegou e facções rebeldes rejeitaram os chamados para que eles saíssem, insistindo no combate.

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O porta-voz do Escritório de Coordenação para Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU), Jens Laerke, afirmou que a assistência humanitária não poderia ser promovida por falta de condições de segurança. O Ministério da Defesa da Rússia não respondeu a pedidos para que comentasse sobre o tema.

Em fotos e vídeos publicados online, residentes da parte leste de Aleppo foram vistos usando a pausa para ir às ruas protestar contra o regime sírio e declarar que não deixariam suas casas.

Quando um pequeno número de civis tentou cruzar para a parte da cidade controlada pelo regime de Assad na terça-feira, pessoas foram feridas por um atirador das forças do governo, segundo informaram residentes e equipes médicas. Logo após o fim do cessar-fogo, na noite de sábado, os bombardeios recomeçaram, apoiados por milícias xiitas estrangeiras.

O regime de Assad tem entregue panfletos e mandado mensagens de texto aos residentes do lado oriental de Alepo pedindo que eles abandonem os rebeldes e voltem para os domínios do governo. Enquanto isso, facções rebeldes dizem estar se preparando para uma ofensiva para permitir a entrada de comida e combustível na região. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco falou neste domingo dos combates e dos "assassinatos a sangue frio" nos arredores de Mossul, e pediu que as pessoas rezem por "um futuro de segurança, de reconciliação e paz" no Iraque.

"Nessas horas dramáticas me sinto perto de todo o povo do Iraque, em especial dos da cidade de Mossul", declarou o pontífice argentino diante de dezenas de milhares de fiéis durante a oração do Angelus. "Nossas almas estão assustadas com os odiosos atos de violência cometidos há muito tempo contra os cidadãos inocentes, muçulmanos, cristão e membros de outras religiões e etnias", acrescentou.

"Estou particularmente sentido ao ouvir as informações sobre esses assassinatos a sangue frio contra tantos filhos desta terra amada, entre os quais muitos são crianças. Esta crueldade nos faz chorar e nos deixa sem palavras", insistiu. Reafirmando sua solidariedade com os iraquianos, o papa disse que reza "para que o Iraque, apesar de ter sido duramente atingido, seja forte na esperança de poder avançar para um futuro de segurança, de reconciliação e paz".

Imediatamente pediu aos fiéis reunidos na praça de São Pedro, estimados em 50.000 pessoas pela gendarmeria do Vaticano, que se recolhessem em silêncio. Neste domingo, as forças iraquianas combatiam entre armadilhas, franco-atiradores e carros-bomba ativados por suicidas, tentando fechar o cerco de Mossul e de outras áreas do país, onde continuavam enfrentando os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI).

As forças curdas anunciaram uma nova ofensiva neste domingo pela manhã em Bachiqa, nordeste de Mossul, onde 10.000 combatentes participavam da tomada da cidade, ainda nas mãos do EI. O grupo extremista conta com entre 3.000 e 5.000 combatentes dentro de Mossul, e entre 1.000 e 2.000 nos arredores, pelo que se espera uma intensa guerrilha urbana nesta cidade de 1,5 milhão de habitantes.

A comunidade internacional e as ONGs presentes no local se inquietam pelo destino dos civis bloqueados na cidade.

Um grupo de muçulmanas transgênero lava o rosto, põe seus vestidos brancos e reza. Esta cena, que antes era habitual em uma escola religiosa única na Indonésia, virou um ato de resistência desde que o centro foi fechado.

A escola Al Fatah, que se apresentava como a única instituição islâmica do mundo para transgêneros, foi considerada por muito tempo um símbolo do Islã tolerante no país muçulmano mais populoso do mundo. O centro recebia mulheres transgênero para proporcionar-lhes uma educação muçulmana.

Mas a situação mudou nos últimos meses a partir do recrudescimento dos ataques contra a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) e sobretudo com as ameaças da Frente da Jihad Islâmica, milícia que pretende curar "os males da sociedade".

Desafiando a proibição e as possíveis represálias, cerca de dez ex-estudantes continuam frequentando semanalmente o centro em Yogyakarta, cidade da ilha de Java, para rezar e estudar o Islã. "Queremos provar que o Islã aceita os transgêneros, que o Islã é uma bênção para todos os gêneros humanos", explica à AFP a líder do grupo, Shinta Ratri.

Polícia acusada de cumplicidade

O fechamento desta escola, fundada em 2008 e que teve que fechar as portas em fevereiro passado, é uma das provas mais visíveis do aumento da intolerância na região de Yogyakarta, centro cultural de Java, que antes era citado como exemplo de tolerância, onde a comunidade transgênero podia, até pouco tempo atrás, realizar suas atividades normalmente.

Mas recentemente, os atos discriminatórios se multiplicaram. Em abril, partidários de uma linha dura do Islã e um grupo de policiais interromperam um festival de artes organizado por mulheres na região de Yogyakarta. As organizadoras se queixaram de terem sido atacadas verbalmente e várias participantes foram detidas brevemente.

Os adeptos mais radicais também atacam a minoria cristã, vítima de atos violentos reiterados desde 2011, e fazem tudo o possível para fechar as igrejas. A polícia local às vezes é criticada por se manter à margem e, inclusive, é acusada de cumplicidade. A indulgência das autoridades contribuiu para o aumento da intolerância, afirmam os críticos.

Ahmad Suaedy, pesquisador sobre o Islã e defensor de problemas culturais e religiosos, vinculado ao governo, admite o fracasso das autoridades em impedir atos de intolerância "em detrimento das minorias".

'Recitar o Corão é melhor que beber'

De fato, "infelizmente, durante estes últimos anos, grupos intolerantes impuseram suas crenças rígidas à população", lamenta Agnes Dwi Rusjiyati, coordenadora local da Aliança Nacional Bhinneka Tunggal Ika, cujo nome significa "Unidade na diversidade".

O objetivo de Bhinneka Tunggal Ika é dar destaque à incrível diversidade do arquipélago de 17.000 ilhas e ilhotas, onde convivem diferentes etnias, culturas e grupos religiosos. Em Yogyakarta, esta diversidade está na alça de mira dos setores mais conservadores, que atacam todas as frentes: a comunidade gay, o consumo de álcool, a pornografia. A escola Al Fatah localiza-se entre as ruelas do distrito histórico de Kotagede. É uma casa antiga, onde se rezava e recitava o Corão.

Apesar do fechamento, três pregadores seguem dando aulas a umas dez alunas das 42 que havia no centro. "É tão difícil para estas transgênero rezar na mesquita por culpa da estigmatização", explicou à AFP Arif Nuh Safri, um pregador de 32 anos. "Quando cheguei a esta escola, a primeira coisa que lhes disse é que elas tinham o direito de rezar porque fazem parte da criação de Deus", lembra.

"Querem aprender a recitar o Corão, querem fazer o bem e isto é melhor que beber", insiste um vizinho, Aris Sutanto. Mas Abdurahman, líder da Frente da Jihad Islâmica, não concorda: "Não podemos ser tolerantes em relação a uma coisa que é errada", disse. Este islamita afirma que seus partidários sempre se colocam de acordo com a polícia antes de cometer atos contra o que ele considera imoral.

Uma epidemia de cólera foi detectada no Iêmen, onde o sistema de saúde piorou muito devido à guerra civil do país, anunciou nesta sexta-feira o escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Saná, citando autoridades de saúde iemenitas.

"As autoridades de saúde anunciaram que foram confirmados casos de cólera na capital, Saná, enquanto há outras suspeitas [de casos] na cidade de Taez (sudoeste)", informou a Unicef em um comunicado. A agência da ONU acrescentou que estava trabalhando com seus sócios para "estabelecer a amplitude exata da epidemia" confirmada na quinta-feira pelas autoridades iemenitas, segundo afirmou.

"As crianças estão expostas a um risco particularmente alto se a atual epidemia de cólera não for contida urgentemente, ainda mais levando em conta que o sistema de saúde do Iêmen está arrasado com a continuação do conflito" armado, avisou o representante da Unicef no Iêmen, Julien Harneis. "Se não forem tratados, os casos graves de cólera poderão matar até 15% das pessoas afetadas em algumas horas", segundo o comunicado.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou, citando o Ministério de Saúde iemenita, que oito casos de cólera, cujo maior alvo são as crianças, haviam sido detectados em um bairro de Saná e estavam sendo tratados como desidratação aguda em uma "parte isolada" do hospital Al Sabiine da capital.

"A escassez de água potável agravou a situação de saúde, que já era ruim no Iêmen, provocando um aumento significativo dos casos de diarreia aguda, em particular entre os deslocados do interior do país" afetando "mais de três milhões de pessoas", indicou a OMS em um comunicado. Os serviços de saúde se viram muito atingidos pela guerra no Iêmen, que já dura mais de 18 meses, entre os rebeldes xiitas hutis e as forças pró-governamentais.

O conflito, que gerou uma grave crise humanitária, deixou mais de 6.700 mortos e ao menos três milhões de civis deslocados, segundo a ONU. A cólera ocasiona uma severa diarreia e desidratação que pode ser mortal. Ela é provocada pela ingestão de água ou alimentos contaminados pela bactéria Vibrio cholerae, presente nas fezes.

Os contratos matrimoniais do EI, que foram descobertos pelas forças do Governo de Unidade Líbio (GNA), na cidade de Sirte, revelaram que as esposas recebiam explosivos e armas como dote.

Os documentos, publicados pelo centro de imprensa das forças do governo da Líbia no Facebook, incluíam contratos matrimoniais e julgamentos de divórcio, os quais não tinham nomes, nem documentos de identidade. Um exemplo foi o casamento realizado em 31 de novembro de 2015, em que Abu Mansur, um tunisiano nascido em 1977, se uniu a uma nigeriana chamada Miriam, na presença de testemunhas do Sudão e do Mali.

Ao contrário das leis islâmicas, Mansur não teve que pagar um dote, mas prometeu dar uma compensação em caso de morte ou divórcio, que corresponderia a um cinturão de explosivos. Para Fátima, uma nigeriana, seu marido Abu Said prometeu compensá-la com uma submetralhadora Kalashnikov, em caso de separação ou morte de seu esposo.

Desde que o grupo ocupou a localidade, em junho de 2015, a bandeira dos extremistas tremula nos edifícios públicos ocupado por eles para impor um reinado de terror com execuções e outras atrocidades.

Desde o início da guerra na Síria, em março de 2011, mais de 300 mil pessoas, entre elas cerca de 86 mil civis, morreram no país. O alerta foi nesta terça-feira (13) pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos. As informações são da Agência Ansa.

O último balanço do grupo, que coleta os dados sobre o conflito entre rebeldes e o governo de Bashar al-Assad, registra um aumento de 9 mil mortos se comparado ao último relatório, divulgado em agosto. Entre as vítimas civis, calcula-se que mais de 15 mil eram crianças ou adolescentes.

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Trégua

Ainda de acordo com a OSDH, o cessar-fogo temporário acordado com as forças rebeldes está em vigor em grande parte do país em seu segundo dia.

No entanto, acusações de violações da trégua pelos dois lados vêm sendo denunciadas, desde ontem à noite, na imprensa local. A agência oficial de notícias Sana acusou "grupos armados" de ter atuado em Aleppo. Segundo a emissora árabe Al Jazeera, por sua vez, o regime de Assad registrou mais de 14 violações na última madrugada.

O governo da Turquia também declarou ter atacado alvos na Síria após terem registrado disparos de morteiros na fronteira entre os dois países.

ONU

O porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Jens Laerke, disse que o organismo está disposto a proporcionar ajuda humanitária para a população síria assim que as partes respeitarem a trégua, permitindo o acesso dos comboios às áreas afetadas com segurança. "Precisamos de um ambiente sem risco de morte", concluiu.

Itália

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, defendeu hoje, durante visita a Sofia, capital da Bulgária, que a União Europeia (UE) "não pode ser apenas um espectador" da crise na Síria.

Histórico

A Síria vive uma guerra civil desde 2011, quando opositores ao regime de Assad iniciaram uma rebelião armada para tirar o ditador do poder, inspirados pela Primavera Árabe. Sem sucesso, o conflito continua até hoje e o grupo extremista Estado Islâmico domina grandes porções de terra do norte do país.

Ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita contra um poço d'água no norte do Iêmen teriam matado 30 pessoas e ferido 17, afirmou nesta segunda-feira um funcionário da Organização das Nações Unidas, Jamie McGoldrick. Coordenador humanitário da ONU para o país, McGoldrick disse em comunicado que há crianças entre os mortos no ataque ocorrido na vila de Beit Saadan.

Os ataques ocorreram no sábado, na véspera do feriado muçulmano do Eid al-Adha. Trata-se de um dos episódios mais mortíferos desde o colapso das conversas de paz, há um mês. McGoldrick lamentou os ataques contra civis e a infraestrutura civil e pediu que os rivais voltem a respeitar o cessar-fogo declarado pela ONU em abril.

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A agência oficial iemenita Saba, controlada pelos rebeldes houthis, disse que 100 pessoas foram mortas ou feridas nos ataques aéreos. Testemunhas disseram que o ataque inicial matou 13 pessoas, mas membros de equipes de resgate também morreram em ataques subsequentes. As fontes pediram anonimato.

O conflito no Iêmen opõe o governo reconhecido internacionalmente, aliado da coalizão militar liderada pelos sauditas, e os rebeldes xiitas houthis e as forças leais ao ex-presidente. A coalizão liderada pelos sauditas têm realizado ataques aéreos contra os houthis e seus aliados desde março de 2015.

McGoldrick disse que os confrontos já mataram ou feriram dez mil pessoas. Os Houthis, junto com as forças leais ao presidente deposto Ali Abdullah Saleh, também lançaram ataques contra a Arábia Saudita. A coalizão, apoiada pelos Estados Unidos, acusou o Irã de armas os houthis, algo que Teerã nega. A Arábia Saudita e o Irã são rivais regionais. Fonte: Associated Press.

A União Europeia anunciou nesta quinta-feira uma ajuda de 348 milhões de euros a 1 milhão de refugiados sírios que vivem na Turquia mediante cartões de pagamento pré-pagos, que lhes permitirão escolher seus gastos a cada mês.

O objetivo é "responder às necessidades essenciais" destas populações em "alimentação, alojamento e educação", destacou em uma coletiva de imprensa Christos Stylianides, comissário europeu de Ajuda Humanitária. O sistema, que já é aplicado em outras regiões do mundo, é "revolucionário", disse o comissário, que o apresentou sob o nome "Rede de Segurança Social urgente".

Três milhões de sírios estão refugiados na Turquia. A UE prometeu em novembro de 2015, após um acordo com a Turquia, uma ajuda de 3 bilhões de euros para enfrentar a crise migratória. Mais de 90% dos refugiados sírios na Turquia vivem disseminados entre a população, e apenas uma pequena minoria permanece em campos.

Com este cartão social pré-carregado terão "a dignidade de escolher" em que poderão gastar o dinheiro, explicou. Bruxelas também apresentou a operação como uma forma de "incentivar" a economia local. A Turquia já tem em andamento um sistema de "bônus" de consumo para os mais pobres.

Os primeiros pagamentos serão realizados em outubro, até cobrir um milhão de refugiados no primeiro trimestre de 2017, disse o comissário.

Dois homens suicidas detonaram seus explosivos na capital do Afeganistão nesta segunda-feira, em uma região próxima ao ministério da Defesa. O incidente deixou ao menos 24 mortos e mais de 90 feridos, afirmaram autoridades.

A primeira explosão atingiu trabalhadores que estavam deixando o local ao fim da jornada de trabalho, próximo a uma área de portões fortificados. O segundo detonou seu colete quando pessoas chegavam para resgatar os feridos, de acordo com o porta-voz do ministério, Sediq Sediqqi. O ataque foi reivindicado pelo Taleban em um comunicado. Entre os mortos, está um general do exército e um delegado de polícia, de acordo com Sediqqi.

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O Talibã tem intensificado sua campanha contra o governo apoiado pelos Estados Unidos nos últimos meses, gradualmente piorando a situação da segurança no país desde que as forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) encerraram suas operações de combate, no fim de 2014.

O ministério da Defesa fica localizado na região central, próximo ao palácio presidencial e ao quartel-general da coalizão militar liderada pelos EUA. Ele é rodeado de outros prédios governamentais e mercados populares. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concordou em ampliar a ajuda a países no Norte da África e no Oriente Médio que são alvos do extremismo islâmico, inclusive com o uso de aeronaves de vigilância no combate ao grupo Estado Islâmico. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que os líderes da aliança também concordaram em lançar uma nova missão naval no Mediterrâneo, cujas responsabilidades devem incluir contraterrorismo.

"Hoje, tomamos decisões para fortalecer nossos parceiros e para projetar estabilidade além de nossas fronteiras", disse Stoltenberg a repórteres, no segundo dia da reunião de cúpula da organização, em Varsóvia. Ele afirmou que milhões de pessoas na África e no Oriente Médio ficaram "sem casa e desamparadas" por causa de organizações radicais como o EI, e que grupos extremistas também são responsáveis por ataques terroristas na Europa e na América.

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Segundo o secretário-geral, a Otan vai iniciar uma missão de treinamento e capacitação para as forças armadas do Iraque, um país que ele classificou como central na luta contra o EI. A Otan também está trabalhando para estabelecer um centro de inteligência na Tunísia, um importante local de recrutamento para o EI, e vai começar a fornecer apoio às forças de operações especiais do país.

Stoltenberg disse também que o presidente dos EUA, Barack Obama, e líderes dos outros 27 países membros da Otan concordaram em princípio em permitir que aeronaves de vigilância da aliança ofereçam apoio direto à coalizão liderada pelos EUA que está combatendo o EI na Síria e no Iraque.

Além disso, a Otan vai ampliar a cooperação com a Jordânia e está se preparando para ajudar o novo governo da Líbia a se defender melhor de organizações extremistas, disse. Fonte: Associated Press.

Os três homens-bomba autores do atentado terrorista no aeroporto de Ataturk, em Istambul, na terça-feira (28), eram estrangeiros. Segundo as informações da agência de notícias Dogan, os homens-bomba eram do Uzbequistão, Quirguistão e da república russa do Daguestão. 

As identidades foram reveladas após uma ação policial no apartamento alugado pelos homens e usado como base operacional do ataque. A área onde fica o imóvel, uma das mais conservadoras e com uma alta taxa de refugiados sírios, teria sido escolhida devido à facilidade logística e porque eles poderiam trabalhar sem se destacar entre os outros.

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As autoridades da Turquia informaram ainda que mais duas pessoas morreram nesta quinta, aumentando para 43 o número de vítimas fatais do ataque – 19 eram estrangeiros.

Nenhum grupo reivindicou a ação terrorista, mas o governo de Ancara acredita que o Estado Islâmico tenha sido o responsável. Isso porque o atentado teve os moldes de outro ataque do grupo ocorrido em Bruxelas, na Bélgica, no dia 22 de março.

Um vídeo divulgado neste domingo mostra a morte de cinco ativistas de mídias sírias capturados pelo grupo Estado Islâmico no ano passado. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos baseado no Reino Unido diz que os cinco foram sequestrados em outubro e acredita-se terem sido morto em dezembro, durante a cobertura de eventos na cidade síria oriental de Deir el-Zour, da qual metade está sob domínio do EI.

O chefe do Observatório, Rami Abdurrahman, explicou que a notícia da detenção e morte dos ativistas não foi divulgada antes porque nenhum corpo tinha aparecido e as famílias temiam represálias por relatar as mortes.

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No vídeo, um narrador do Estado Islâmico diz que o grupo está a enfrentar uma guerra de mídia, e adverte quem comunica aos "cruzados" e "inimigos de Deus". O narrador diz que jornalistas que cobrem o EI podem ser alvo, mesmo que residam na Europa.

Abdurrahman disse que um dos ativistas, Sami Jawdat, de 28 anos, enviou informações ao Observatório desde a eclosão da guerra civil em 2011, e continuou depois que o grupo tomou metade de Deir el-Zour em 2014. Segundo o chefe do Observatório, Jawdat havia sido detido pelo grupo extremista em ocasiões anteriores.

Segundo ele, desde as informações sobre o sequestro e assassinato dos ativistas, o seu grupo tem pedido a outros ativistas que evitem tirar fotos ou gravar vídeo em áreas controladas pelo EI.

No vídeo, cada ativista explica o que fez para mandar relatos da área, às vezes agindo escondidos para tirar fotografias ou entrevistar pessoas no mercado da cidade. Um dos ativistas diz fazer reportagens para a Al-Jazeera, e o outro diz que contribuiu para a Human Rights Watch baseado em Nova York.

A Síria é o terceiro país mais mortal no mundo para jornalistas, após Iêmen e Iraque, de acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas. Pelo menos 95 jornalistas foram mortos na Síria desde 2011. Quase não há organizações internacionais de notícias com cobertura direta na Síria por causa de sequestros por militantes, que muitas vezes matam os reféns. Fonte: Associated Press

Um comandante iraquiano declarou neste domingo que a cidade de Fallujah está "totalmente liberada" de militantes do grupo Estado Islâmico, depois de uma operação militar que durou mais de um mês. Tropas iraquianas entraram no bairro de al-Julan, no noroeste da cidade, a última área de Fallujah que permanecia sob controle do EI, segundo o chefe das forças de contraterrorismo na operação, o tenente-general Abdul-Wahab Al-Saadi.

O militar conta que a operação, que começou no final de maio, "chegou ao fim e a cidade está totalmente liberada". O exército iraquiano foi apoiado por ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA e tropas paramilitares, principalmente as milícias xiitas. "A partir do centro do bairro de al-Julan, felicitamos o povo iraquiano e o comandante-em-chefe ... e declaramos que a batalha em Fallujah terminou" disse Al-Saadi para a TV estatal iraquiana.

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Ele acrescentou que as tropas vão começar a trabalhar na remoção de bombas de ruas e edifícios da cidade.

O anúncio é feito pouco mais de uma semana depois que o premiê iraquiano, Haider al-Abadi, declarou vitória em Fallujah, depois que as forças iraquianas avançaram para o centro da cidade e assumiram o controle de um complexo do governo. Enquanto al-Abadi dizia que os grupos de combatentes do Estado Islâmico seriam batidos em questão de horas, violentos confrontos nas margens norte e oeste da cidade persistiram por dias.

A operação tem provocado um êxodo de milhares de famílias, sobrecarregando campos com os refugiados que procuram apoio do governo e de órgãos internacionais. De acordo com a Agência da ONU para os Refugiados, mais de 85.000 pessoas fugiram de Fallujah e arredores desde o início da ofensiva. Como outras agências de ajuda, o ACNUR alertou sobre as condições terríveis nos campos, onde as temperaturas são bem mais de 40 graus (104 Fahrenheit) e o abrigo é limitado, pedindo mais recursos para atender às necessidades crescentes dos deslocados.

Fallujah estava sob o controle de militantes Estado islâmico desde Janeiro de 2014. A cidade está localizado na província de Anbar, cerca de 65 quilômetros a oeste de Bagdá, e foi a primeira cidade a cair para EI em janeiro de 2014. No total, mais de 3,3 milhões de iraquianos fugiram de suas casas desde que o EI tomou conta do norte e do oeste do Iraque, segundo dados da ONU. Mais de 40% dos deslocados são da província de Anbar. Fonte: Associated Press

Ataques aéreos conduzidos pelas forças do presidente Bashar Assad e pela aviação russa atingiram a capital de fato do grupo extremista Estado Islâmico na Síria, Raqqa, causando a morte de ao menos 18 civis mortos, disseram grupos de ativistas.

Paralelamente, Assad nomeou um novo primeiro-ministro para formar o governo após as eleições parlamentares de abril. A votação, feita apenas em áreas controladas pelo presidente, foi descartada por grupos de oposição e boa parte da comunidade internacional como um "faz de conta".

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Os ataques aconteceram no final da terça-feira, após forças de Assad registrarem reveses contra o Estado Islâmico no norte. Ativistas de do grupo conhecido como "Raqqa vem sendo aniquilada silenciosamente", disseram que a ofensiva deixou outros 28 feridos.

Já o Observatório Sírios de Direitos Humanos, um grupo baseado no Reino Unido, afirmou que 25 pessoas foram mortas, incluindo seis crianças.

Ambos os grupos afirmam que os ataques foram conduzidos por forças russas e sírias. Para eles, esses governos estão autorizando esse tipo de ataque em meio a uma frustração com o mau resultado da ofensiva realizada na província desde o início de junho. Fonte: Associated Press.

A Turquia está disposta a testar um novo sistema de defesa antiaérea na fronteira com a Síria, informou o portal norte-americano Defense News, citando fontes dos serviços de defesa turcos.

Autoridades turcas planejam instalar um sistema de radar contra morteiros Serhat e também mísseis de alta mobilidade Himars. Além disso, uma parte da fronteira de 70 quilômetros será vigiada por dirigíveis, explicam as fontes.

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O sistema de defesa antiaérea será posicionado na província de Kilis, no sudeste da Turquia, perto da cidade de Elbeyli, que é um posto de passagem de fronteira. A extensão total da fronteira turco-síria é de 900 quilômetros.

Mais de 700 médicos e trabalhadores do setor de saúde morreram na Síria desde o início do conflito, há cinco anos, anunciou a ONU, que também investiga o recrutamento de centenas de menores de idade por grupos islamitas.

O presidente da Comissão de Investigação da ONU sobre os Direitos Humanos na Síria, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, denunciou em um discurso em Genebra os bombardeios aéreos contra hospitais e clínicas. "Enquanto o número de vítimas civis aumenta, o número de instalações hospitalares e de médicos diminui, o que limita ainda mais o acesso ao atendimento médico", lamentou Pinheiro.

Ele destacou que "mais de 700 médicos e trabalhadores da saúde morreram em ataques contra hospitais desde o início do conflito". A guerra na Síria começou em março de 2011, após a repressão por parte do regime de Bashar al-Assad de manifestações pró-democracia. Em um primeiro momento, os rebeldes eram contrários às forças do regime, mas, com o passar do tempo, o conflito se tornou mais complicado com o envolvimento de extremistas estrangeiros e atores regionais e internacionais.

O confronto deixou mais de 280.000 mortos e obrigou milhões de pessoas a abandonar suas casas. Pinheiro também afirmou que a comissão que ele preside está investigando o recrutamento de menores de 15 anos por grupos jihadistas na província de Idleb (norte). "A comissão está preocupada com as informações de que a Frente Al-Nosra e outros grupos afiliados à Al-Qaeda teriam recrutado centenas de meninos menores de 15 anos em Idleb", disse.

Na semana passada, a Comissão de Investigação sobre a Síria, criada pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU, acusou o Estado Islâmico (EI) de cometer um "genocídio" contra os yazidis, uma minoria de língua curda também presente no Iraque.

"Além disso, a comissão detectou muitas violações contra outros grupos étnico-religiosos e continuamos investigando os crimes do ISIS (acrônimo em inglês do grupo Estado Islâmico) contra os alauitas, assírios, cristãos, xiitas e sunitas que rejeitam sua ideologia", destacou Pinheiro.

Um homem-bomba detonou seus explosivos em um miniônibus que levava oficiais de seguranças em Cabul, matando 14 deles, afirmou hoje o Ministério do Interior do Afeganistão. O país também assistiu a uma outra explosão em um mercado de uma província no norte do país, que deixou 10 civis mortos.

Os nepaleses estavam a caminho da embaixada canadense, onde trabalham como guardas, quando a explosão aconteceu, de acordo com um dos sobreviventes. Autoridades canadenses não foram encontradas para comentar o assunto.

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Segundo o Ministério do Interior, outras nove pessoas ficaram feridas, sendo cinco nepalesas e quatro afegãs. O porta-voz do Taleban, Zabiullah Mujahid, assumiu a responsabilidade pelo ataque.

No Nepal, o porta-voz do ministério de Relações Exteriores, Bharat Raj Paudyal, afirmou que o governo tenta confirmar os nomes das vítimas e conhecer os detalhes do incidente. O Nepal não tem uma embaixada no Afeganistão e está usando seu pessoal da embaixada de Islamabad, no Paquistão, para obter as informações.

Em um comunicado que conflita com o do Taleban, O Estado Islâmico também assumiu a autoria do mesmo atentado e identificou o suicida como Erfanullah Ahmed. Fonte: Associated Press.

Islamistas radicais planejaram realizar um grande atentado terrorista em Teerã e outras regiões do Irã, informou hoje (20) o Ministério da Inteligência e da Segurança Nacional do Irã.

"Foi prevenido um dos maiores atentados terroristas que deveria ser realizado por wahhabitas que planejavam plantar bombas em Teerã e em outras províncias do Irã", disse o ministério.

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No âmbito das operações de detenção dos criminosos, foram recolhidas grandes quantidades de explosivos e bombas. Os detidos estão sendo investigados. Entretanto, não foi divulgada nenhuma informação sobre os terroristas.

O ano de 2015 estabeleceu um recorde amargo, com 65,3 milhões de refugiados obrigados a deixar suas casas ou seus países de origem em consequência das guerras ou como vítimas de perseguições, anunciou a agência da ONU para os refugiados.

Desde 2011, quando começou a guerra na Síria, o número aumenta ano após ano, de acordo com as estatísticas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). O número registrou alta de 9,7% na comparação com 2014, depois de uma estabilidade entre 1996 e 2011. Esta é a primeira vez que a quantidade de deslocados superar 60 milhões de pessoas, número equivalente à população do Reino Unido.

O alto comissário para os refugiados, Filippo Grandi, que assumiu o cargo no início de 2016, destacou que "os fatores de ameaça para os refugiados se multiplicaram". "Vivemos em um mundo desigual, há guerras, conflitos, e é inevitável que as pessoas queiram seguir para um local mais seguro", disse Grandi durante a apresentação do relatório, em Genebra, publicado no Dia Mundial do Refugiado.

Jan Egeland, secretário-geral da ONG Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC), que ajudou na elaboração do documento, afirmou que os refugiados "são vítimas de uma paralisação geral" dos governos em todo o mundo, que "renunciam a suas responsabilidades".

De acordo com Grandi, a maioria das crises que empurram os deslocados para o exílio são as mesmas, ano após ano, com a Síria como principal conflito no mundo. Mas em 2015 surgiram novas situações de emergência, do Burundi ao Sudão do Sul e o Afeganistão. Grandi indicou que atualmente os afegãos são o segundo grupo de refugiados mais numerosos em todo o planeta, atrás apenas dos sírios, que somam quase cinco milhões de pessoas.

O número representa uma forte alta na comparação com 2014, quando 59,5 milhões de pessoas se viram obrigadas a abandonar suas casas. O número de refugiados, pessoas obrigadas a deixar seu país, subiu a 21,3 milhões e a quantidade de deslocados que migraram dentro das fronteiras de seu próprio país chegou a 40,8 milhões. Os demais são 3,2 milhões de demandantes de asilo nos países ricos.

Segundo o Acnur, "um em cada 113 seres humanos no mundo hoje está desarraigado, é demandante de asilo, deslocado interno ou refugiado". Das 65,3 milhões de pessoas, 16,1 milhões dependem do Acnur, "o maior número em 20 anos". Os demais são 5,2 milhões de refugiados palestinos.

África, principal destino dos refugiados

Em 2015, mais da metade dos novos refugiados, equivalentes a um milhão de pessoas, procediam da Síria. No final do ano passado, 55% dos 16,1 milhões de refugiados que dependem do Acnur estavam na Europa ou na África subsaariana. No total, apenas na África há 4,41 milhões de refugiados, um aumento de 20%, procedentes principalmente da Somália, Sudão do Sul, República Democrática do Congo e República Centro-Africana.

A Europa é o segundo continente que recebe mais refugiados, com 4,39 milhões, o que representa um aumento de 43%. A Turquia é o país que recebe mais refugiados, com 2,5 milhões de pessoas, seguida por Paquistão, com 1,6 milhão, e Líbano, com 1,1 milhão.

Um tribunal do Catar condenou nesta segunda-feira a um ano de prisão - com suspensão condicional da pena - por "adultério" uma holandesa de 22 anos que, quando estava de férias no país do Golfo, foi detida depois de denunciar um estupro, informou uma fonte judicial.

A jovem, identificada como Laura e que não estava presente na audiência, será expulsa do Catar depois de pagar a multa de 3.000 rials (732 euros, 799 dólares), segundo a mesma fonte. Um homem, julgado pelo mesmo caso, receberá 100 chicotadas por "adultério" e outras 40 chicotadas por "consumo de álcool", o que é proibido neste emirado ultraconservador.

Laura foi detida em março por "suspeita de adultério, o que significa relações sexuais fora dos vínculos do matrimônio", proibidas no Catar, havia afirmado à AFP seu advogado, Brian Lokollo. Laura, natural de Utrecht, na região central da Holanda, compareceu a um hotel onde o consumo de bebidas alcoólicas estava autorizado.

"Ela foi dançar, mas quando retornou para sua mesa percebeu, depois do primeiro gole em sua bebida, que havia sido drogada. Não se sentia bem", disse o advogado. "Depois não se lembra de nada até a manhã, quando acordou em um quarto totalmente desconhecido e se deu conta, com grande horror, que havia sido violentada", completou o advogado.

A jovem conseguiu escapar e procurar ajuda, antes de comparecer a uma delegacia para apresentar uma denúncia contra o agressor, também de acordo com o advogado. Mas os policiais não permitiram a sua saída.

No vizinho Emirados Árabes Unidos, uma norueguesa de 24 anos que denunciou o chefe por estupro foi condenada em 2013 a 16 meses de prisão por comportamento indecente (relações sexuais fora do matrimônio), perjúrio e consumo de álcool. Ela foi posteriormente indultada pelas autoridades.

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