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A China anunciou nesta quarta-feira (4) restrições a seus cidadãos que viajarem para o exterior, em meio a uma nova onda de contágios por Covid-19 no país.

O coronavírus estava praticamente erradicado na China, e a vida seguia em ritmo normal, em comparação com os primeiros meses de 2020.

Novos casos de coronavírus foram detectados, porém, em julho, em Nankin (leste), um foco que se propagou rapidamente para 18 províncias do país.

Para controlar o surgimento de novos casos, os serviços de imigração deixarão de expedir, temporariamente, passaportes e outros documentos necessários para viajar para fora do país, "a menos que exista uma razão imperiosa", afirmou o diretor do departamento de imigração, Liu Haitao.

A China registrou 71 novos casos nas últimas 24 horas, o que equivale ao número de contágios diários com origem local no mês de janeiro.

Embora os novos casos sejam relativamente reduzidos na comparação com outros países, a extensão geográfica do novo foco é a mais importante dos últimos meses na China.

Com a vacinação de mais de 96 milhões de brasileiros contra a Covid-19 com, pelo menos, a primeira dose do imunizante, o número de casos e de óbitos pela doença caíram cerca de 40%, em um mês, de acordo com dados do LocalizaSUS, plataforma do Ministério da Saúde.

Os números consideram a média móvel de casos e mortes de 25 de junho a 25 de julho deste ano. No caso das mortes, a queda é de 42%: passou de uma média móvel de 1,92 mil para 1,17 mil, no período. O número de casos caiu para 42,77 mil na média móvel de domingo (25), o que representa redução de 40% em relação ao dia 25 de junho, segundo o Ministério da Saúde.

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Vacinas

O Brasil ultrapassou a marca de 60% da população vacinada com, pelo menos, uma dose de vacina contra a Covid-19. Nessa situação já são mais de 96,3 milhões de brasileiros, dos 160 milhões com mais de 18 anos. Apesar da boa marca de primeira dose, segundo dados do vacinômetro do Ministério da Saúde, o número de pessoas com ciclo de imunização completo, ou seja, que tomaram duas doses da vacina ou a dose única é de 37,9 milhões de pessoas. Para que as vacinas sejam de fato eficazes, as autoridades de saúde alertam que é necessário que as pessoas tomem as duas doses. "A medida reforça o sistema imunológico e reduz as chances de infecção grave, gravíssima e, principalmente, óbitos em decorrência da Covid-19", destaca o Ministério.

Ainda segundo balanço da pasta, das 164,4 milhões de doses enviadas para os estados, 81,5 milhões são da AstraZeneca/Oxford, 60,4 milhões são da CoronaVac/Sinovac, 17,8 milhões de Pfizer/BioNTech e 4,7 milhões da Janssen, imunizante de dose única. “Todas as vacinas estão devidamente testadas, são seguras e têm autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem aplicadas nos braços dos brasileiros”, destacou o Ministério.

Novas doses

Até o fim de 2021, a expectativa é de que mais de 600 milhões de doses de imunizantes contra o novo coronavírus, contratadas por meio de acordos com diferentes laboratórios, sejam entregues ao Programa Nacional de Imunizações. Somente para o mês de agosto, a previsão é de que a pasta receba, pelo menos, 63 milhões de doses.

Produção local

A partir de outubro, o Brasil deve entrar em uma nova fase em relação à vacinas contra a Covid-19 com a entrega das primeiras doses 100% nacionais. É que o Brasil assinou um acordo de transferência de tecnologia da AstraZeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) que permitirá a produção nacional do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina de Covid-19. Atualmente, o Brasil só produz vacina com o IFA importado.

Mais de 56% das residências de Tóquio acompanharam a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos ao vivo pela televisão, informa uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (26), que demonstra o interesse entre a população japonesa, apesar da grande oposição no país à organização do evento.

Esta é a segunda maior audiência na região para uma cerimônia de abertura olímpica, atrás apenas da registrada nos Jogos de Tóquio-1964.

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Os Jogos Olímpicos, que tiveram a cerimônia de abertura na sexta-feira, acontecem praticamente sem a presença de torcedores devido à pandemia. Pesquisas divulgadas nos últimos meses mostraram uma ampla oposição entre os japoneses, que temem o aumento dos casos de covid-19 durante o evento.

Mas isto não impediu que muitos moradores de Tóquio assistissem a cerimônia de abertura pela televisão, de acordo com a empresa Video Research Ltd.

De acordo com a pesquisa de audiência, 56,4% das residências da Grande Tóquio assistiram a cerimônia ao vivo, na qual a estrela japonesa do tênis Naomi Osaka acendeu a pira olímpica depois que o imperador do Japão declarou o início oficial dos Jogos.

A cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio-1964 foi acompanhada por 61,2% das residências da região da capital.

A audiência de sexta-feira passada supera com folga as registradas durante as cerimônias de abertura dos Jogos Olímpicos mais recentes.

Em comparação, 23,6% dos moradores de Tóquio assistiram pela televisão a cerimônia da Rio-2016, 24,9% a de Londres-2012 e 37,3% a de Pequim-2008.

A pesquisa foi realizada em 2.700 residências da região de Kanto, que inclui Tóquio e outros seis departamentos.

Um levantamento divulgado pelo Plano Vacina Recife nesta sexta-feira (9) informou que 60,55% da população acima dos 18 anos já foi vacinada com pelo menos uma dose contra a Covid-19. De acordo com a gestão, dos 1.237.614 adultos aptos à campanha, 748.464 já receberam o imunizante.

A Prefeitura ressalta que a capital pernambucana segue acima da média nacional de imunização, que gira em torno de 38%. Ao todo, 310 mil pessoas - cerca de 25% da população vacinável - já tomaram as duas doses ou encerraram o ciclo de proteção com a dose única da Janssen.

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Dados atualizados pela Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) apontam que 137.906 pessoas já contraíram o vírus e 4.747 morreram desde o início da pandemia.

Atualmente, a etapa do Plano Vacina Recife atende ao público acima dos 37 anos. Entre centros e drive-thrus, 23 pontos de vacinação estão disponíveis das 7h30 às 18h30. Confira:

Centros

UNINASSAU (Graças); Unicap (Boa Vista); na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Dois Irmãos; Parque de Exposição de Animais, no Cordeiro; na Unidade de Cuidados Integrais (UCIS) Guilherme Abath, no Hipódromo; Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro; Ginásio Geraldão, na Imbiribeira; Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), na Tamarineira; Parque da Macaxeira, na Macaxeira; UPA-E do Ibura.

Drive-thrus

Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) na Tamarineira; Parque de Exposição de Animais no Cordeiro; Fórum Ministro Artur Marinho - Justiça Federal de Pernambuco (Avenida Recife) no Jiquiá; Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Dois Irmãos; Juizados Especiais do Recife na Imbiribeira; Parque da Macaxeira na Macaxeira; Geraldão na Imbiribeira; Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na Cidade Universitária; Tribunal Regional Federal da 5ª Região no Bairro do Recife; BIG Bompreço de Boa Viagem; BIG Bompreço de Casa Forte, Unicap (Boa Vista) e Carrefour (Torre).

Metade da população alemã recebeu pelo menos uma dose de vacina contra a Covid-19 - anunciou o ministro da Saúde, Jens Spahn, nesta sexta-feira (18), ao emitir uma advertência sobre a variante Delta.

"A campanha de vacinação avança em um bom ritmo", disse ele, em uma entrevista coletiva.

"Mais de um em cada dois alemães foi vacinado pelo menos uma vez, ou seja, 50,1%, 41,5 milhões de pessoas", acrescentou.

Quase seis meses depois do lançamento da campanha de imunização, 29,6% da população já foi totalmente vacinada, ou seja, quase um terço dos 82 milhões de habitantes do país, disse o ministro.

Ele ressaltou que é preciso continuar com "este ritmo elevado".

Após um início lento, a campanha se acelerou, consideravelmente, graças ao aumento das entregas dos imunizantes, após as autorizações de vacinas por parte da União Europeia.

O ministro da Saúde confirmou que todos os adultos que vivem na Alemanha poderão receber a primeira dose até o final de julho.

Ele também pediu vigilância pelo temor de que a variante Delta, inicialmente detectada na Índia e mais contagiosa, acabe se tornando a de maior prevalência na Alemanha.

"A questão não é 'se', mas 'quando' a variante Delta será a dominante", completou Jens Spahn.

Nas últimas 24 horas, a Alemanha registrou 1.076 novos casos de contágio, segundo o Instituto Robert-Koch de Vigilância Sanitária (RKI, na sigla em inglês). Desde o início da pandemia, 90.270 pessoas morreram de covid-19 no país.

Jovens a partir dos 18 anos residentes no Arquipélago de Fernando de Noronha começaram a ser imunizados contra a Covid-19 na manhã desta segunda-feira (14/06). Com isso, toda a população elegível para essa vacinação já pode se dirigir à quadra da Escola Arquipélago para tomar a primeira dose da vacina, da fabricante Astrazeneca/Fiocruz. Com a adesão das pessoas, a expectativa é proteger a maior parte do público ainda nesta semana. 

Fernando de Noronha será a primeira localidade pernambucana a vacinar toda a população apta a receber a imunização contra o novo coronavírus. A jovem Roberta Gabriele, de 18 anos, foi uma das primeiras vacinadas nesta segunda na ilha, onde mora há 5 anos. "É importante tomarmos a vacina para tentar voltar ao novo normal. Está complicada a situação que estamos vivendo, então é importante todo mundo se vacinar", disse.

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A recepcionista Luiza Souza, 23, foi outra pessoa vacinada nesta manhã. Ela perdeu um ente querido para a Covid-19 há um mês. "A questão da vacina é um pacto social. A gente não pode pensar só na gente. Você tem que pensar no próximo. A vacina é isso, mais uma chance de viver", destacou.

A vacinação de Fernando de Noronha foi acelerada desde a última sexta-feira (11), quando a Secretaria Estadual de Saúde (PE), por meio do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), levou 1 mil doses de vacina ao arquipélago, que no mesmo dia passou a proteger os adultos a partir dos 40 anos. No sábado, foi possível baixar a idade para os 29. Em ambos os dias, mais de 700 pessoas foram imunizadas, de cerca de 2 mil que ainda faltavam se vacinar. "Percebemos uma grande adesão da população, que atendeu ao chamado e procurou o posto para tomar a primeira dose. Isso nos deu a possibilidade de antecipar a faixa etária, iniciando a semana com a vacinação para todos os maiores de 18 anos", explicou o administrador da ilha, Guilherme Rocha.

A imunização segue na quadra da escola Arquipélago até a próxima quarta-feira (16/06). Após essa data, a vacina volta a ser aplicada na Unidade de Saúde da Família. Os moradores que estão fora da ilha poderão procurar o posto assim que retornarem para receber a primeira dose.

"Esse é um grande passo para que a ilha, que tem como principal atividade econômica o turismo, possa voltar ao normal. Esperamos finalizar as primeiras doses em todos os elegíveis ainda nesta semana. Mas reforçamos que todos precisam continuar usando máscara, fazendo a higienização das mãos e, em três meses, voltem para a segunda dose e, com isso, concluam o esquema vacinal preconizado", comentou a superintendente de Imunizações da SES-PE, Ana Catarina de Melo.

Nauru, uma pequena ilha do Pacífico, celebrou um 'recorde mundial' de vacinação contra a Covid-19, depois que toda sua população adulta recebeu a primeira dose.

Este pequeno Estado, que é um dos poucos países do mundo que não registrou casos de coronavírus, anunciou que a campanha de vacinação superou as expectativas.

No período de um mês, 7.392 pessoas receberam a primeira dose, o que representa 108% da população adulta registrada no censo - o número de vacinados inclui estrangeiros.

"A força tarefa responsável pela luta contra o coronavírus celebra este recorde mundial e agradece a todos os habitantes que contribuíram para que Nauru continue sendo um lugar livre de covid-19", afirmou o governo em um comunicado.

O presidente da força tarefa, Kieren Keke, reconheceu que o menor Estado insular do mundo teve a sorte de ter doses suficientes para vacinar toda a população adulta, ao mesmo tempo que os moradores continuarão sendo submetidos a testes.

"Na chegada de qualquer viajante, existe o risco de o coronavírus entrar em Nauru e os recentes acontecimentos em Papua Nova Guiné, Fiji e Índia demonstraram a rapidez com que a situação pode evoluir ", afirmou.

Nauru recebeu doses da vacina AstraZeneca por meio do programa Covax, a iniciativa para garantir o acesso equitativo à vacinação contra a covid-19 em 200 países.

A população da China chegou no ano passado a 1,41 bilhão de habitantes, anunciou nesta terça-feira (11) o país mais populoso do mundo, ao apresentar os resultados do seu censo, realizado a cada 10 anos.

Em comparação com a pesquisa de 2010, a população chinesa cresceu em 72 milhões de habitantes, o que equivale a um aumento de 5,38% em 10 anos, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas.

O resultado do censo foi divulgado com um atraso de semanas. A China prevê que a curva de crescimento populacional irá atingir o pico em 2027, quando a Índia deverá ultrapassá-la e se tornar o país mais populoso do mundo. A população chinesa começaria, então, a diminuir, até chegar a 1,32 bilhão de habitantes em 2050.

O censo foi concluído em dezembro passado, com a ajuda de 7 milhões de voluntários. Seus resultados são considerados mais confiáveis do que as pesquisas demográficas anuais, baseadas em estimativas.

Desde 2017, a taxa de natalidade vem caindo no país, apesar da flexibilização, no ano anterior, da política do filho único, que permite o nascimento do segundo filho. A taxa caiu em 2019 a 10,48 a cada mil habitantes, nível mais baixo desde a fundação da China comunista, em 1949.

Os chineses seguem submetidos a um limite de dois filhos por família, e se levantam vozes pedindo o fim dessa barreira.

O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais, neste domingo (28), para convocar a população para um "dia de jejum e oração" pela liberdade do País. O mandatário chamou a iniciativa para esta segunda-feira (29).

"Aos que puderem, amanhã, 29/03/2021, teremos um dia de jejum e oração pelo bem e pela liberdade de nossa nação", escreveu o presidente no Twitter. "Seguiremos lutando com todas as nossas forças contra o vírus e o desemprego; pela vida, mas sem abrir mão da dignidade de cada um", acrescentou.

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Bolsonaro divulgou a iniciativa no mesmo dia em que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sofreu críticas de parlamentares depois de acusar a senadora Kátia Abreu (PP-TO) de atuar em favor de interesses do 5G da China durante um almoço reservado no Itamaraty.

 O Fórum das Centrais Sindicais está convocando a população de todo o Brasil para aderir a um lockdown na próxima quarta (24), em razão da alta de casos de Covid-19 no país. A instituição que coordenada a ação é composta por organizações como Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), que reúnem cerca de 10 milhões de trabalhadores, o correspondente a quase 80% dos sindicalizados.

“A situação do Brasil é trágica, exige a união de todos os setores da sociedade para diminuirmos o número de mortos, que não para de crescer. As instituições devem assumir a responsabilidade, tomando as medidas necessárias, pois está mais do que claro que o presidente da República tem atuado como agente do genocídio humano e da economia”, disse Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), à Revista Fórum.

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As centrais sindicais, além da quarentena rígida, são favoráveis à vacinação em massa, ao auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia, às medidas de proteção ao emprego, ao apoio às pequenas e médias empresas, bem como às populações mais vulneráveis. Na quarta, às 11h, o Fórum promoverá uma live para abordar as reivindicações. Participarão do debate todos os presidentes das centrais sindicais: Sérgio Nobre (Central Única dos Trabalhadores), Ricardo Patah (União Geral dos Trabalhadores), Adilson Araújo (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Miguel Torres (Força Sindical), Antonio Neto (Central dos Sindicatos Brasileiros) e José Reginaldo Inácio (Nova Central Sindical de Trabalhadores).

Também é prevista a participação do governador do Piauí, Wellington Dias (PT). O Fórum das Centrais realizará também atividades educativas para conscientizar a população sobre as medidas reivindicadas utilizando carros de som, panfletos, meios sindicais de comunicação e atos nos locais de trabalho e em estações de ônibus, trem e metrô.

Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte começaram a elaborar neste domingo (21) um censo que inclui, pela primeira vez, uma questão sobre identidade de gênero.

A contagem, realizada a cada dez anos, busca definir um retrato da população. Cada habitante deve responder a uma série de perguntas sobre sua idade, seu emprego, sua origem étnica e o vínculo que mantém com seus parceiros.

Desde 1801, o censo pergunta sobre sexo - masculino ou feminino - mas este ano uma pergunta foi adicionada: identidade de gênero. 

A pesquisa incluiu a seguinte pergunta: 'o gênero com o qual você se identifica é igual ao sexo com o qual você foi registrado quando nasceu?'. Se a resposta for negativa, o entrevistado pode especificar sua identidade de gênero. A pergunta é feita apenas para maiores de 16 anos e a resposta é opcional.

Com esta pergunta, será possível “medir pela primeira vez a proporção da população trans”, explicou em seu site o Instituto Nacional de Estatística (ONS), que nos últimos anos trabalhou com diversos órgãos para definir quais questões incluir no Censo.

Por força de uma decisão da máxima instância judiciária, o ONS concordou em especificar em suas instruções que a resposta à primeira questão sobre sexo deve se referir a um documento oficial, como uma certidão de nascimento.

Um grupo de ativistas, Fair Play For Women, que afirma defender "os direitos das mulheres e meninas", havia contestado o tribunal, temendo que a pergunta "Qual é o seu sexo?" possa levar à "autoidentificação sexual de forma orientada".

O Fair Play for Women reivindicou que "informações exatas sobre sexo" sejam obtidas. Vários países, como Nepal e Bangladesh, incluíram um "terceiro sexo" no censo para pessoas trans.

O censo começou a ser realizado em todo o Reino Unido, exceto na Escócia, onde foi adiado para março de 2022. Devido à pandemia do coronavírus, ele ocorrerá principalmente online.

Os que se recusarem a responder ao questionário ou fornecerem informações erradas podem ser penalizados em até 1.000 libras (1.160 euros). O último censo data de 2011.

Mais de 70% da população da Itália amanheceu nesta segunda-feira (15) sob um novo lockdown para tentar conter a pandemia de Covid-19, que já infectou mais de 3,2 milhões de pessoas e fez mais de 100 mil vítimas no país.

As regiões da Campânia, Emilia-Romagna, Friuli Veneza Giulia, Lazio, Lombardia, Marcas, Molise, Piemonte, Puglia e Vêneto, além da província autônoma de Trento, estão na "faixa vermelha", a mais restritiva da escala de risco epidemiológico do governo.

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Esses 11 territórios reúnem cerca de 42,7 milhões de habitantes, aproximadamente 71,5% da população italiana, e abrigam cidades como Roma, Milão, Nápoles, Turim e Veneza.

Na faixa vermelha, as pessoas podem sair de casa apenas por "comprovados motivos de trabalho, saúde ou necessidade", e restaurantes, bares e o comércio não essencial ficam fechados, a não ser para serviços de retirada ou delivery. É possível fazer caminhadas na rua, porém sempre perto de casa e mantendo ao menos um metro de distância para outras pessoas.

Outras oito regiões estão na faixa laranja: Abruzzo, Basilicata, Calábria, Ligúria, Sicília, Toscana, Úmbria e Vale de Aosta, além da província autônoma de Bolzano. Nesse regime, é permitido se deslocar dentro do próprio município de residência, mas bares e restaurantes continuam fechados para consumo no local.

Contudo, as visitas a outras habitações privadas são limitadas a uma por dia, sempre dentro da própria cidade, entre 5h e 22h. Já a Sardenha é a única região na "faixa branca", que permite a reabertura de academias, atendimento presencial em restaurantes e não precisa respeitar o toque de recolher noturno entre 22h e 5h.

Segundo um decreto aprovado na semana passada pelo governo de Mario Draghi, todas as regiões com índice superior a 250 novos casos semanais para cada 100 mil habitantes vão regredir para a faixa vermelha.

O parâmetro só não valerá na Páscoa, entre 3 e 5 de abril, quando todo o país ficará em regime de lockdown para conter a pandemia. Nesse período, os cidadãos poderão frequentar uma residência diariamente dentro da mesma região, entre 5h e 22h, mas limitando o grupo de visitantes a dois adultos e eventuais filhos menores de 14 anos.

Com cerca de 3,2 milhões de casos e mais de 102 mil mortes, a Itália é um dos países mais atingidos no mundo pela pandemia do novo coronavírus e tem a oitava maior taxa de mortalidade no planeta (169 óbitos/100 mil habitantes), segundo a Universidade Johns Hopkins.

A média móvel de casos em sete dias apresenta crescimento ininterrupto desde 19 de fevereiro, enquanto a de óbitos, apesar de algumas oscilações, tem tendência de alta desde o início de março.

Até o momento, cerca de 4,7 milhões de pessoas foram vacinadas na Itália, sendo que 2 milhões já receberam as duas doses, pouco mais de 3% da população.

Da Ansa

Mais da metade da população israelense recebeu pelo menos a primeira dose da vacina contra o coronavírus - informou o Ministério da Saúde de Israel nesta sexta-feira (26).

Israel lançou uma vasta campanha de vacinação em 19 de dezembro, graças a um acordo com o laboratório Pfizer, que abastece rapidamente o país em troca de dados biomédicos sobre o efeito da vacina.

O Ministério da Saúde informou que 4,65 milhões dos 9,29 milhões de habitantes já receberam a primeira dose.

A primeira dose da dupla Pfizer e BioNTech tem uma eficácia de 85% de duas a quatro semanas após sua aplicação, disse na semana passada o hospital Sheba de Israel, em um estudo publicado na revista científica The Lancet.

A vacina Pfizer também é 94% eficaz contra os casos sintomáticos de Covid-19, de acordo com um estudo realizado com 1,2 milhão de pessoas em Israel e publicado na quarta-feira, confirmando os dados publicados no país.

"Essa é a primeira prova validada pelos pares sobre a eficácia de uma vacina nas condições do mundo real", disse à AFP Ben Reis, um dos autores do estudo publicado no New England Journal of Medicine.

De toda a população de Israel, 35% já receberam a segunda dose da vacina com uma taxa superior a 85% entre as pessoas de 70 anos, ou mais, segundo o Ministério.

Apesar disso, as autoridades impuseram um toque de recolher noturno neste fim de semana, devido às celebrações do feriado religioso judeu de Purim, no qual tradicionalmente são realizados desfiles carnavalescos e festas à fantasia.

Durante esses três dias, estão proibidas as reuniões de mais de dez pessoas em locais fechados, e de mais de 20 pessoas, em locais abertos.

Israel detectou cerca de 770.000 casos de Covid-19 com 5.700 mortes.

Enquanto o país promove uma das maiores campanhas de vacinação do mundo, os palestinos receberam apenas pouco mais de 30.000 doses, incluindo 2.000 de Israel, que se comprometeu a fornecer 5.000.

Na quinta-feira, a ministra palestina da Saúde, Mai al-Kaila, alertou sobre uma situação epidemiológica "muito preocupante" na Cisjordânia ocupada, onde há um aumento no número de casos principalmente entre os jovens.

Está em análise na Câmara dos Deputados um projeto de lei (PL 238/21) que determina que companhias aéreas só poderão vender passagens aéreas no limite de 50% dos assentos de cada aeronave, para voos domésticos, enquanto não forem vacinados ao menos 80% da população brasileira contra a Covid-19.

Segundo o texto, se houver necessidade de aumento do número de voos, estes deverão ser requeridos imediatamente a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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“Os voos realizados no Brasil, apesar da pandemia que se instalou, são realizados com a possibilidade de venda de todos os assentos existentes na aeronave, e isso precisa acabar, para não colocar em risco a saúde dos passageiros”, afirma o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), autor da proposta.

“A redução da venda de passagens em 50% é necessária por medida de distanciamento social para a proteção de todos os usuários”, avalia o deputado.

*Da Agência Câmara de Notícias

Duas semanas após o início de sua campanha de imunização, o Brasil chegou à marca de 1% de sua população parcialmente vacinada contra o coronavírus Sars-CoV-2.

Segundo a plataforma Covid-19 no Brasil, que reúne dados das secretarias estaduais de Saúde, 2.102.086 pessoas já receberam a primeira dose das vacinas Coronavac (Sinovac/Butantan) e Covishield (Oxford/AstraZeneca/Instituto Serum da Índia).

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O estado que mais aplicou doses em números proporcionais é Roraima (1,70% da população), seguido por Mato Grosso do Sul (1,59%), Rio Grande do Norte (1,47%), Rio Grande do Sul (1,47%) e Distrito Federal (1,45%).

Na outra ponta do ranking estão Tocantins (0,44%), Pará (0,50%), Amapá (0,56%), Acre (0,59%) e Mato Grosso (0,71%). Em termos absolutos, São Paulo, unidade mais populosa da federação, lidera a classificação, com 406.991 vacinados (0,88%).

A comunidade científica ainda não chegou a um consenso sobre a porcentagem da população que precisa ser vacinada para derrotar a pandemia, mas a maior parte das estimativas gira em torno de 70%.

No entanto, acelerar a imunização de grupos de risco deve reduzir internações e mortes e aliviar a sobrecarga nos hospitais.

Da Ansa

Prestes a completar um ano de entrevistas por telefone na sua principal pesquisa sobre mercado de trabalho e indicadores sociais, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fez um apelo nesta quinta-feira, 28, para que a população atenda os telefonemas de seus pesquisadores.

Em 17 de março de 2020, o IBGE suspendeu as entrevistas presenciais e, desde então, vem correndo atrás para obter os números de telefone das famílias escolhidas como informantes.

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O trabalho é gigantesco. A Pnad coleta informações em 3.464 municípios. Por mês, cerca de 2 mil pesquisadores entrevistam em torno de 70 mil famílias, numa amostra que soma 211 mil municípios a cada trimestre.

Cada família selecionada para ser entrevistada dá uma entrevista por trimestre, ao longo de cinco trimestres seguidos, de forma que o conjunto de entrevistados vai mudando, lentamente, ao longo do tempo.

Dessa forma, há entrevistados que só deram entrevistas por telefone e não chegaram a ter contato pessoal com os entrevistadores, antes da pandemia. Segundo Gustavo Geaquinto, coordenador da Pnad Contínua em Minas Gerais, "pouco mais de 80%" do conjunto de entrevistados fizeram a primeira entrevista já por telefone.

"Os últimos entrevistados presencialmente estão saindo (da amostra) agora", afirmou Geaquinto.

Até agora, pelo menos uma parte dos entrevistados chegou a fazer ao menos uma entrevista presencial, no início de 2020. Com a continuidade da pandemia, a tendência é que todo o conjunto de entrevistados passe a não ter tido contato presencial com os entrevistadores, o que é um desafio adicional para o IBGE.

"É um esforço muito grande. Com tanto golpe que tem, existe sempre uma desconfiança", afirmou Eduardo Rios-Neto, diretor de Pesquisas do IBGE.

Para viabilizar as entrevistas por telefone, o IBGE ajustou sua operação. Correu atrás de bases de dados telefônicos com as operadoras de telefonia. Cruzou informações de endereços com os números de telefone. Mandou cartas e telegramas para as pessoas. Os contatos presenciais anteriores à pandemia foram insuficientes, seja porque é comum as pessoas trocarem o número do celular, seja porque a maioria da população usa linhas de celulares pré-pagos, para as quais não se exige endereço fixo.

Ao mesmo tempo, os entrevistadores, que, em sua maioria, passaram a trabalhar de casa, ganharam chips de celular para fazer as chamadas e receberam treinamento.

Para romper a desconfiança, o IBGE criou uma área em seu site - www.respondendo.ibge.gov.br - e uma central de atendimento - 0800-721-8181 - pelas quais é possível conferir a identidade do entrevistador, utilizando sua matrícula, RG ou CPF, que podem ser solicitados no primeiro contato.

Segundo o IBGE, a migração para as entrevistas por telefone não chegou a comprometer a qualidade dos dados, mas houve um aumento da proporção de entrevistas não realizadas.

Antes da pandemia, no modelo tradicional presencial, em torno de 90% das entrevistas previstas eram realizadas. Com a pandemia, caiu para a casa de 60%. Embora estudos do IBGE tenham indicado que essa queda não compromete a qualidade dos principais indicadores divulgados com base trimestral, isso prejudica a desagregação dos dados a nível municipal.

Pesquisa realizada pela Fundação Seade, e obtida com exclusividade pelo Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), mostra que a população de São Paulo quer se imunizar contra o novo coronavírus. Realizada entre 7 de novembro do ano passado e 21 deste mês, ela mostra que a parcela da população do Estado que pretende se vacinar subiu de 63% para 83%.

No mesmo período, caiu de 19% para 12% a parcela dos paulistas que não pretendem se vacinar e de 18% para apenas 5% a parcela dos que pretendem se imunizar, mas rejeitam a CoronaVac, desenvolvida em parceria pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac.

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A aceitação da população de São Paulo pela imunização contra a covid-19 aumentou depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, no dia 17 deste mês, os pedidos de uso emergencial no Brasil da CoronaVac e da AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Fiocruz, os dois primeiros imunizantes aprovados no País.

Nesse período, a parcela da população do Estado que disse querer se imunizar subiu de 77% para 83%; os que não pretendem se vacinar caiu de 15% para 12% e os que pretendem se vacinar, mas rejeitam a CoronaVac, caiu de 8% para 5%.

"A confiança crescente do uso da vacina pelos paulistas mostra que o governo de São Paulo trilhou o caminho certo no combate à pandemia com investimentos nos seus hospitais, medidas de isolamento social e os acordos para produzir a vacina. A alta na aprovação do sistema paulista de saúde nos coloca um desafio, manter este nível de satisfação para os próximos anos", afirmou ao Broadcast Político o vice-governador e secretário de governo, Rodrigo Garcia.

Ele apresentou esses indicadores da Fundação Seade em reunião do secretariado do executivo paulista com o governador João Doria.

Serviços públicos

A Fundação Seade fez ainda uma pesquisa, mais ampla, pois engloba um período de dois anos - dezembro de 2018 a dezembro de 2020 -, sobre a satisfação dos paulistas com os serviços públicos. O período abrange a pandemia do ano de 2020. Foram avaliados saúde, educação e segurança. Nessas três áreas houve aumento nos porcentuais de satisfeitos, com destaque para a saúde, seguindo uma tendência de aprovação do atendimento SUS.

No período em análise, a satisfação da população de São Paulo na área da saúde subiu de 24% para 35%, um crescimento de 11% em dois anos, com picos de 42% em abril e maio, período da primeira onda da covid-19.

Na educação, foi constatado um aumento de 7% no número de satisfeitos, passando de 34% para 41%. Na segurança pública, a satisfação foi de 51% para 55% nesses dois anos.

A população do México aumentou em quase 14 milhões de pessoas na última década para alcançar o total de 126 milhões, segundo os resultados do censo nacional, realizado em março do ano passado.

O dado, publicado nesta segunda-feira (25), compara-se com os pouco mais de 112 milhões de habitantes registrados pelo censo em 2010.

"O México ocupa o 11º lugar na população mundial, abaixo do Japão e acima da Etiópia", disse em um comunicado o instituto de estatísticas, INEGI.

O instituto acrescentou que 51,2% da população total são mulheres e o restante, homens. Também informou que a idade média da população é de 29 anos, enquanto no censo de 2010 era de 26 anos.

O INEGI disse que o estado do México, vizinho à capital, é a entidade federativa mais populosa do país, com quase 17 milhões de habitantes.

Segundo o censo, a população residente no México e nascida em outro país chega a 1,2 milhão de pessoas. Destes, 797.266 são americanos, 56.810 guatemaltecos e 52.948 de origem venezuelana.

Além disso, destacou que a taxa de analfabetismo diminuiu de 6,9% em 2010 a 4,7% em 2020, enquanto a disponibilidade de celulares nos lares mexicanos cresceu de 65,1% para 87,5% no mesmo período.

O governo da Itália vai colocar um quarto da população do país em lockdown a partir do próximo domingo (17) para conter a tendência de aceleração da pandemia do novo coronavírus.

O ministro da Saúde, Roberto Speranza, assinará nas próximas horas um decreto que põe as regiões da Lombardia e da Sicília e a província autônoma de Bolzano na faixa vermelha, regime que permite deslocamentos apenas por motivos de "trabalho, saúde ou necessidade".

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As duas regiões e a província autônoma totalizam 15,6 milhões de habitantes, quase 26% da população nacional, e apresentam índices de transmissão do novo coronavírus superiores a um, o que significa que um infectado contamina mais de uma pessoa.

A faixa vermelha também prevê o fechamento do comércio, com exceção de negócios de alimentos e itens de primeira necessidade, e de bares e restaurantes, que só podem funcionar por delivery ou para retirada.

Atualmente, nenhuma região italiana está em regime de lockdown. A partir de domingo, nove delas (Abruzzo, Friuli Veneza Giulia, Lazio, Ligúria, Marcas, Piemonte, Puglia, Úmbria e Vale de Aosta) vão regredir para a faixa laranja, se juntando a Calábria, Emilia-Romagna e Vêneto.

Nesse regime, é permitido circular livremente dentro do próprio município e o comércio pode abrir as portas, mas restaurantes e bares continuam fechados. Outras cinco regiões (Basilicata, Campânia, Molise, Sardenha e Toscana) e a província autônoma de Trento permanecem na faixa amarela, na qual é possível abrir bares e restaurantes.

Todo o país está sujeito a toque de recolher noturno entre 22h e 5h e a uma proibição de viagens entre regiões. O governo italiano também já havia confirmado a prorrogação do estado de emergência até 30 de abril e a criação de uma nova faixa de risco, a branca, para regiões com índice inferior a 50 casos semanais para cada 100 mil habitantes por três semanas consecutivas.

Essas áreas terão regras mais permissivas do que as faixas amarela, laranja e vermelha, porém nenhuma das 20 regiões do país se enquadra nesse critério atualmente.

"Piora geral"

O monitoramento semanal feito pelo Instituto Superior da Saúde (ISS) aponta uma "piora geral da situação epidemiológica no país".

Segundo o ISS, que é ligado ao Ministério da Saúde, é possível observar o "aumento do risco de uma epidemia descontrolada devido ao crescimento disseminado da probabilidade de transmissão do Sars-CoV-2".

O índice de transmissibilidade do vírus no território nacional cresceu pela quinta semana consecutiva e chegou a 1,09. "A epidemia continua em uma fase delicada, e é possível um novo aumento rápido no número de contágios nas próximas semanas, caso não sejam mantidas rigorosas medidas de mitigação", diz o ISS.

Até o momento, a Itália contabiliza pouco mais de 2,3 milhões de casos do novo coronavírus e 80.848 mortes na pandemia, segundo o Ministério da Saúde.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, o país tem a quarta maior taxa de mortalidade por Covid-19 em todo o mundo, com 133,8 óbitos para cada 100 mil habitantes, atrás apenas de San Marino (192,4/100 mil), que tem menos de 35 mil habitantes; da Bélgica (177,7/100 mil), que contabiliza todas as mortes suspeitas; e da Eslovênia (149,6/100 mil).

A Itália iniciou sua campanha de vacinação em 27 de dezembro e, até o momento, já aplicou a primeira dose em 972.099 pessoas.

Da Ansa

"Todo mundo está preocupado, o cubano vive do susto!", diz Yusbel Pozo, um comerciante de 36 anos que, como o restante de seus concidadãos, está na expectativa do forte ajuste econômico que começa neste 1º de janeiro, quando se completam 62 anos do triunfo da Revolução.

Os cubanos acordaram após o Réveillon com aumento salarial (525% no caso do mínimo), mas de ressaca devido aos aumentos substanciais de preços, que incluem cesta básica e energia elétrica, além de redução nos subsídios.

Desde que o presidente Miguel Díaz-Canel anunciou a reforma econômica há algumas semanas, os governantes têm se empenhado em explicar pela televisão cada uma das medidas para preparar os cidadãos para o chamado "dia zero".

Para Yusbel Pozo, “o futuro é incerto”. “Não sabemos o que vai acontecer. A eletricidade aumentou cinco vezes, a comida subiu”, diz perplexo.

As autoridades previram um aumento generalizado de preços de 160% e esperam que as empresas privadas aumentem os preços 300% ou mais para sobreviver. Um dos maiores descontentamentos da população que se viu nas redes sociais se deve ao aumento da energia elétrica inicialmente anunciado no Diário Oficial.

A tarifa aumentaria de nove para 40 pesos mensais para quem usa menos eletricidade, mas subiria muito mais para os setores de maior consumo. Esta semana o governo reconsiderou essas taxas e anunciou que esse aumento será de apenas quase 33 pesos.

Segundo o governo, o salário mínimo de 2.100 pesos cobre 1,3 cestas básicas, mas o economista da Universidade de Havana, Ricardo Torres, lembra que esse cálculo foi feito em junho de 2019, antes da chegada da pandemia do coronavírus e a grave escassez de produtos durante 2020.

O "xadrez não contempla tudo"

“Eles trabalharam muito, muitos grupos analisaram as diferentes questões dessa grande mudança”, mas há aspectos que fogem ao controle do governo como a possibilidade de inflação descontrolada, acrescenta Torres. O acadêmico também critica o aumento da dolarização estimulado por essas ações.

Com as novas medidas haverá muito mais dinheiro em circulação e "o perigo que corremos é que, com todas as pressões inflacionárias que temos na economia, lançar mais dinheiro sem aumento de bens e serviços pode desencadear uma inflação acima do que é" planejado, disse o especialista.

Além disso, Cuba possui uma rede de lojas onde só se pode comprar com contas em MLC (moedas livremente conversíveis), abastecidas por dólares geralmente depositados fora do país.

Nestes estabelecimentos se vende boa quantidade de produtos de consumo diário para as famílias não contempladas com a caderneta de abastecimento, com a qual é fornecida aos cubanos alimentos básicos como arroz, açúcar, ovos, frango, óleo e outros.

No entanto, os dólares dessas contas não podem ser adquiridos em bancos ou casas de câmbio em Cuba. O governo tem pensado cuidadosamente em todos os movimentos do tabuleiro, mas “neste xadrez nem tudo o que as famílias obtêm no mercado informal está contemplado e não há controle de preços ali”.

"Tudo está em dólar"

O ajuste econômico ocorre após uma queda do PIB de 11% em 2020, a pior em 27 anos, causada pelo forte golpe que a indústria do turismo, motor da economia da ilha, recebeu durante a pandemia e o aperto do bloqueio americano sob a administração de Donald Trump.

“Meus filhos não podem comer doces ou biscoitos neste Dia dos Reis. Tudo em dólares”, diz Ariadna Rodríguez, 28 anos e trabalhadora de um refeitório público, que não tem a sorte de estar entre os 50% de cubanos que recebem recursos de parentes ou amigos no exterior.

“Espero que eles percebam que estão nos prejudicando muito”, disse enquanto caminhava pela rua Amargura, na área turística de Havana.

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