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O presidente do PSB de Pernambuco, Sileno Guedes, emitiu uma nota, neste sábado (13), avaliando a situação dos deputados da legenda que desobedeceram o fechamento de questão do partido contra a reforma da Previdência e votaram a favor do texto na Câmara dos Deputados. 

Onze pessebistas apresentaram dissidência da postura, entre eles, o pernambucano Felipe Carreras. Sileno defendeu Carreras e disse que eventual punição deve levar em conta a história dele no partido. 

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No texto, Sileno ressaltou que a postura adversa ao posicionamento do PSB por parte dos deputados que votaram a favor das novas regras para a aposentadoria é “lamentável e inaceitável”, defendeu punições, mas ponderou que “deve-se levar em conta a história de cada um”. 

“Em Pernambuco, por exemplo, o deputado Felipe Carreras, apesar da sua decisão, tem uma trajetória de muitos anos no PSB e isso não se pode negar. É sua única filiação partidária”, lembrou. 

“Felipe foi secretário nacional da Juventude Socialista Brasileira e ainda pode contribuir muito com o partido no futuro. Defendo que haja atenuantes levando-se em conta a história e a renovação de compromissos de cada um”, acrescentou.

A eventual expulsão de Carreras do PSB tem movimentado os bastidores da política em Pernambuco. Já surgem rumores de que o deputado poderia ir para o MDB e fazer oposição aos pessebistas na disputa pela prefeitura do Recife, em 2020, concorrendo ao comando da capital pernambucana.  

Veja nota na íntegra:

NOTA DO PRESIDENTE DO PSB DE PERNAMBUCO

O PSB se posicionou de forma muita clara e objetiva com relação à Reforma da Previdência. Infelizmente, um terço dos nossos deputados federais não acompanhou a decisão do partido e se posicionou a favor. Lamentável e inaceitável. 

Caberá à Comissão de Ética do partido apontar qual punição deverá recair sobre eles. Particularmente, acho que não poderá passar em branco, mas defendo que a penalidade não seja a mesma para todos. Deve-se levar em conta a história de cada um. 

Em Pernambuco, por exemplo, o deputado Felipe Carreras, apesar da sua decisão, tem uma trajetória de muitos anos no PSB e isso não se pode negar. É sua única filiação partidária. 

Felipe foi secretário nacional da Juventude Socialista Brasileira e ainda pode contribuir muito com o partido no futuro. Defendo que haja atenuantes levando-se em conta a história e a renovação de compromissos de cada um.

Sileno Guedes

Presidente Estadual do PSB

O voto da deputada federal Tabata Amaral (PDT) a favor da reforma de Previdência ainda está dando o que falar. Nesta sexta-feira (13), em um evento do PDT, em Belo Horizonte, o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, voltou a defender que Tabata e os outros sete deputados que votaram pela reforma deixem o PDT. Isso porque eles não votaram de acordo com a recomendação do partido, que fechou questão contra a reforma da Previdência. 

Antes desse episódio, Ciro sempre defendeu Tabata Amaral, pessoa que ele diz ter recrutado na favela para integrar o seu partido. No entanto, mesmo o ex-governador tendo ligado para a deputada para que ela não votasse a favor da reforma, o pedido não surtiu efeito e agora Ciro diz que o episódio lhe "doeu muito". 

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De acordo com o Yahoo!, o pedetista disse que era preciso não isolá-la porque "ela estava no erro com outros sete deputados". Na próxima quarta-feira (17), a executiva do PDT deve se reunir em Brasília para analisar as medidas que serão tomadas contra os deputados que não seguiram a orientação do partido.

Se Tabata pedir para sair, assim como os outros deputados, pode perder o mandato, a não ser que a justificativa se enquadre nos critérios definidos pela Justiça Eleitoral como justa causa - que seria: incorporação ou fusão do partido, criação de novo partido, mudança substancial ou desvio do programa partidário e discriminação pessoal. 

O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou dois destaques do PT que pretendiam reverter a mudança na fórmula de cálculo das aposentadorias da reforma da Previdência. Com a decisão, está mantida a fórmula aprovada no texto-base, que considera o valor de 60% da média de todos os salários para quem se aposenta com o tempo mínimo de contribuição, com a elevação de dois pontos percentuais a cada ano adicional de contribuição.

O primeiro destaque, que pretendia manter a fórmula atual, que despreza os 20% das menores contribuições, foi rejeitado por 346 votos a 131. O segundo, que manteria a aposentadoria integral em todos os casos, foi rejeitado por 340 votos a 129.

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No momento, o plenário analisa uma emenda para alterar a redação da emenda aprovada ontem (11) que suavizou as regras de pensões por morte. Eles querem especificar que a renda citada no cálculo das pensões vem de fonte formal (com salário de carteira assinada ou com benefícios do governo).

O texto-base tinha um trecho que permitiria ao pensionista receber menos de um salário mínimo se alguém na família tivesse outra fonte de renda. Agora, a renda que contará para o cálculo da pensão será apenas do viúvo ou da viúva. Caso o pensionista tenha um salário formal, receberá apenas 60% do salário médio do cônjuge falecido, mas, se perder a renda e cair na informalidade, a pensão automaticamente subirá para um salário mínimo.

Essa é a última emenda que falta para encerrar a votação da reforma da Previdência em primeiro turno, cuja discussão começou na terça-feira (9). Em seguida, a comissão especial da reforma reúne-se para votar o texto em segundo turno.

O presidente da comissão especial, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), convocou sessão para as 20h30. Ele informou que pretende concluir ainda hoje a votação do novo texto, após a aprovação de emendas e de destaques no plenário. Segundo Ramos, a sessão deve durar três horas.

 

O Senado deverá incluir os servidores públicos estaduais e municipais na reforma da Previdência Social por meio de uma segunda proposta de emenda à Constituição (PEC). Com isso, o texto principal da reforma (PEC 6/2019) deverá ser aprovado pelos senadores no próximo semestre sem alterações.

A nova PEC caminhará ao mesmo tempo que a PEC 6, mas permitirá que o grosso da reforma da Previdência seja promulgado mais cedo. O Senado deve analisar o texto da reforma principal em agosto e, sem efetuar mudanças sobre ele, a conclusão dependerá apenas dos prazos regimentais.

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A informação foi confirmada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da comissão especial que acompanha a reforma da Previdência. Ele disse que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já chancelou o plano. Davi vai conversar com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para garantir que a PEC paralela tenha um caminho suave entre os deputados também.

Tasso se diz “extremamente favorável” à inclusão dos estados e municípios na reforma. Eles já constavam da versão original da proposta, enviada pelo Executivo, mas foram excluídos na preparação do substitutivo da comissão especial. Para o senador, isso se deveu à atmosfera conflituosa que envolveu o assunto na Câmara. Ele acrescentou que o Senado terá mais ponderação.

“Acho que estamos todos convencidos de que a introdução dos estados e municípios é essencial para que a reforma seja completa. Foi um equívoco [da Câmara], num momento de muitas discussões. A questão foi colocada talvez de uma maneira muito emocional. Se conseguirmos passar aqui, quando voltar para Câmara, será outro clima”, avaliou.

Desde maio o Senado se reúne com os governadores para articular pautas de interesse dos estados, entre as quais está a aplicação das novas regras previdenciárias para eles de imediato. O apoio à inclusão é tido como um consenso.

O senador Humberto Costa (PE), líder do PT — partido que se opõe à maior parte da proposta do governo — também está de acordo com essa alteração.

"Não é possível existirem regras para servidores públicos federais que sejam diferentes das regras para servidores públicos estaduais e municipais. A ideia de que cada estado e município defina a sua, criaria uma absoluta balbúrdia no que diz respeito às aposentadorias", apontou.

Ele alertou, porém, que ainda não tem certeza sobre o caminho escolhido para fazer essa mudança, e evita falar na aprovação imediata da PEC 6.

Em junho, a Instituição Fiscal Independente (IFI) publicou um estudo sobre a situação dos regimes previdenciários estaduais. O documento identificou quadros graves em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, onde o sistema consome cerca de 30% da receita líquida.

O desequilíbrio decorre em grande medida de regras favoráveis aos segurados, como aposentadoria precoce e benefício em valor muito próximo ao da remuneração do servidor ativo. O problema dos estados é agravado pelo fato de cerca de metade dos seus servidores pertencerem a categorias que têm tratamento especial, notadamente professores e militares.

O analista responsável pelo estudo, Josué Pellegrini, foi confirmado na semana passada como novo diretor da IFI. Em entrevista à Rádio Senado, ele defendeu a inclusão de estados e municípios na reforma, antes que o descontrole dos gastos consuma outros setores do Orçamento.

“O deficit das previdências estaduais é bastante elevado na grande maioria dos estados e tende a crescer, pressionando e dificultando o cumprimento das outras atribuições, como saúde, educação e segurança”, afirmou.

A "PEC paralela"

O recurso da “PEC paralela” não é inédito, e inclusive, já foi usado em uma reforma previdenciária em 2003, quando o Senado analisava a proposta que se tornaria a Emenda Constitucional 41. Aquela reforma extinguiu a aposentadoria integral no serviço público e a paridade de reajustes para servidores aposentados, além de instituir cobrança sobre o valor da aposentadoria.

Na ocasião, senadores da base do governo que eram críticos do texto firmaram um acordo para não promover alterações sobre a proposta principal, de modo a permitir a sua promulgação rápida. Em troca, apresentaram uma segunda PEC sobre o mesmo assunto, que corrigiria os pontos polêmicos. Ela foi chamada de “paralela” porque tramitou ao mesmo tempo que a PEC que continha as regras que ela mudaria.

A PEC paralela de 2003 foi apresentada uma semana depois da aprovação do texto principal da reforma na comissão especial do Senado. Promulgada em 2005, ela se transformou na Emenda Constitucional 47, que, entre outros pontos, garantia a integralidade e a paridade para servidores ainda na ativa e instituía regras de transição.

O senador Paulo Paim (PT-RS) foi um dos principais articuladores daquele arranjo. Ele rejeita a perspectiva de o Senado apenas “carimbar” a PEC 6, sem fazer nenhuma alteração sobre o conteúdo que a Câmara enviar, mas observa que a estratégia de um texto à parte pode ser bem-sucedida, como aconteceu em 2003.

“Eu estava rebelde em relação à reforma e a alternativa que criamos foi a PEC paralela. Ela resolveu para melhor a situação de muitos trabalhadores. Não posso ser contra [a ideia]”, disse.

Principais pontos da reforma

Na quarta-feira (10), a Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, o texto-base da reforma da Previdência. Estudo da Instituição Fiscal Independente apresenta os principais pontos e estima o impacto fiscal do novo formato da proposta, em comparação com a versão original (veja detalhes na galeria de imagens acima). O segundo turno deve ficar para o segundo semestre. Só depois de uma nova aprovação a proposta virá para o Senado.

Nos dias seguintes, os deputados analisaram destaques que pretendiam modificar pontos específicos do texto, a maioria foi rejeitado, mas vingaram os regimes especiais para policiais da União e para professores, a redução do tempo de contribuição para homens e as novas regras sobre a concessão de pensões.

 

*Da Agência Senado

 

O deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) disse que o partido vai votar a redução de idade para aposentadoria de professores da educação básica, objeto de destaque na votação da reforma da Previdência (PEC 6/19).

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Mitraud afirmou que a mudança, ainda que pontual, vai “desidratar” a reforma, diminuir a economia, e privilegiar os professores em prejuízo de outras categorias, como caminhoneiros.

“Valorizamos os professores, mas não é em benefícios na aposentadoria que a classe vai ser valorizada. É necessário criar ambiente adequado em sala de aula, uma carreira que remunere melhor para que ele fique mais tempo em sala de aula”, disse.

O PDT, partido que apresentou o destaque, disse que há acordo para aprovação. “Os professores terão essa vitória e consequentemente poderemos, através deles, garantir o direito a uma educação de qualidade”, disse. Ele voltou a criticar a reforma como um todo. “Ao tirar dinheiro, vai gerar recessão”, disse.

Mas o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) rebateu as críticas e disse que a reforma será boa para o País. “Precisamos, ao final deste embate, mostrar para sociedade que queremos o bem para o nosso País”, disse.

Já a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) cobrou mais avanços na educação, como a aprovação do novo Fundeb – que perderá a vigência em 2020 e financia ações na educação básica.

“A votação desse destaque é um reconhecimento aos professores, mas é muito pouco. Os salários da educação são vergonhosos”, disse.

*Da Agência Câmara Notícias

 

O deputado federal Marcelo Calero (Cidadania) chamou o ex-presidente Michel Temer (MDB) de “bandido” e “canalha” durante o debate de votação dos destaques da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Calero foi ministro da Cultura no governo Temer, mas pediu demissão do comando da pasta após um imbróglio com o então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.

A fala de Calero foi em reação aos elogios que o deputado José Medeiros (Podemos) fez a Temer sobre o debate que iniciou no mandato dele em relação às mudanças nas regras da Previdência. 

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“É lamentável que a essa altura do campeonato a gente ouça um deputado defendendo ou fazendo elogios a Michel Temer, esse bandido, canalha, que já foi preso duas vezes”, disparou. 

“Eu sou testemunha da bandidagem de Michel Temer, amigo de Geddel Vieira Lima. Bandido, safado. O sujeito que queria que eu participasse de um esquema de corrupção para lavar dinheiro. Então é absurdo ouvir esse elogio nesta Casa. Isso é uma vergonha para o Brasil”, acrescentou o deputado. 

Segundo Calero, quando era ministro Geddel tentou pressioná-lo para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorizasse a construção de um empreendimento em Salvador. 

O atual tema de discussão na Câmara dos Deputados e nas ruas nas última semana é a reforma da Previdência. Sete em cada dez brasileiros, ou seja, 72% acreditam que é necessário reformar o sistema de previdência social do país, é o que aponta uma pesquisa realizada nas 27 capitais do Brasil pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Credito (SPC Brasil).

Embora a reforma seja vista como necessária, o conteúdo gera controvérsias, 26% dos entrevistados concordam com a maneira em que as mudanças foram propostas, em grande parte os homens de classe A/B. Já 46% acreditam na necessidade de uma reforma, mas não concordam com a maneira como tem sido apresentada. Entre os apoiadores, o principal motivo de aceitação é a eliminação da desigualdade entre funcionários públicos e privados (50%), o que, segundo eles, pretende tornar o sistema mais justo e igualitário.

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Por mais que uma reforma na previdência seja necessário, 81% identificam algum aspecto negativo na proposta do governo. Um dos pontos que mais gera a rejeição é o aumento no tempo de trabalho (40%), especialmente entre as mulheres (46%).

A pesquisa ainda apontou que, as discussões sobre as mudanças na Previdência fizeram com que 52% dos brasileiros mudassem a forma de agir e pensar sobre o assunto, e 21% passaram a guardar dinheiro com o objetivo de se aposentar. Por outro lado, um terço dos entrevistados, ou seja, 31% continua pensando igual, principalmente por ainda não ter refletido sobre o assunto, e 8% acredita que a reforma não vai, de fato, acontecer.

O plenário da Câmara dos Deputados abriu nesta sexta-feira (12) a sessão para votar seis destaques e duas emendas que alteram o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19) da reforma da Previdência. A expectativa do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é encerrar o primeiro turno ainda nesta sexta-feira.

O primeiro destaque que será analisado, do PDT, quer alterar o texto principal para diminuir de 100% para 50% o pedágio de uma das regras de transição, válida para os segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e do regime próprio dos servidores públicos. O pedágio é aplicado sobre o tempo de contribuição que falta para atingir o mínimo exigido para se aposentar.

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Na madrugada desta sexta-feira (12), o parlamentares aprovaram, por 467 votos a 15, a emenda do Podemos que reduz a idade mínima de aposentadoria para os policiais que servem à União. Policiais federais, policiais legislativos, policiais civis do Distrito Federal, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários e socioeducativos federais, entre outros, poderão aposentar-se aos 53 anos (homens) e 52 anos (mulheres).

Ontem (11), o plenário da Câmara aprovou proposta que aumenta a aposentadoria de trabalhadoras da iniciativa privada e permite o recebimento de pensão por morte em valor inferior a um salário mínimo. De autoria da bancada do Democratas, a emenda foi aprovada por 344 votos a 132, com 15 abstenções.

 

A aprovação só foi possível por causa de um acordo entre líderes e o governo. O texto-base tinha um trecho que permitiria ao pensionista receber menos de um salário mínimo se alguém na família tivesse outra fonte de renda. Agora, a renda que contará para o cálculo da pensão será apenas do viúvo ou da viúva. Caso o pensionista tenha um salário formal, receberá apenas 60% do salário médio do cônjuge falecido, mas, se perder a renda e cair na informalidade, a pensão automaticamente subirá para um salário mínimo.

Também foi aprovada, por 445 votos a 15, a retirada do aumento do tempo de contribuição dos homens segurados do RGPS, que havia sido ampliado de 15 para 20 anos, em destaque apresentado pelo PSB.

Os deputados também decidiram rejeitar um destaque do partido Cidadania que retiraria da reforma da Previdência uma medida antifraude na concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Por 322 votos contra 164, os deputados mantiveram a exigência de que o benefício para idosos de baixa renda seja pago apenas a famílias com renda per capita de um quarto do salário mínimo.

Esse ponto havia sido incluído pela comissão especial na semana passada depois de negociação com o Ministério da Economia. A medida deve proporcionar economia de R$ 33 bilhões em dez anos com a redução de fraudes e o fim de questionamentos judiciais.

 

Foi rejeitada na Câmara dos Deputados uma emenda aglutinativa apresentada pelo PDT para alterar o pedágio em uma das regras de transição da reforma da Previdência (PEC 6/19). Foram 195 votos a favor e 296 contra. Para a aprovação, seriam necessários 308 a favor. Os deputados continuam a análise dos destaques apresentados ao texto-base aprovado em primeiro turno na quarta-feira (10).

Para quem já está trabalhando, o relator da reforma na comissão especial da Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), sugeriu pedágio de 100% do que faltar na data da promulgação da futura emenda constitucional para atingir o tempo de contribuição de 35 anos para homens e 30 anos para mulheres. A emenda do PDT pretendia reduzir esse pedágio de 100% para 50%.

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Essa regra de transição é válida para os setores público e privado e exige idade mínima de 60 anos para os homens e 57 anos para as mulheres. Para os professores do ensino básico, a idade mínima cai dois anos (58/55) e o tempo de contribuição, cinco (30/25). No caso dos servidores, é preciso ainda pelo menos 20 anos de serviço público e 5 no cargo em que se der a aposentadoria.

O benefício de aposentadoria para os servidores que ingressaram até 31 de dezembro de 2003 corresponderá ao último salário (integralidade), com reajustes iguais aos da ativa (paridade). No caso dos demais, valerá a fórmula de cálculo geral, com média de todos os salários e percentual que varia conforme o tempo de contribuição.

Neste momento o Plenário analisa destaque apresentado pelo PDT para tentar eliminar o pedágio proposto na regra de transição. O líder do partido na Câmara, André Figueiredo (CE), encaminhou voto contrário ao texto. “Os 100% são demasiados, mas algum pedágio tem de existir”, afirmou.

*Da Agência Câmara

Desde as primeiras horas desta sexta-feira (12) a hashtag #PSLTraidor está no topo de assuntos mais comentados no Twitter. Eleitores - que se mostram arrependidos - do presidente Jair Bolsonaro (PSL) criticam o andamento da votação do projeto de reforma da Previdência.

Uma das principais críticas dos internautas é pelo fato do partido ter apoiado a emenda que altera a reforma da Previdência para prever regras de aposentadorias mais branda para algumas carreiras policiais. 

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As deputadas federais do partido, Carla Zambelli e Joice Hasselmann, estão sendo duramente criticadas nas publicações. Zambelli, no entanto, se posicionou sobre a mobilização dos usuários do Twitter.

“Passei a noite analisando os perfis. Peço aos amigos que abram os olhos. Vejam que a maioria dos perfis estão atacando a questão da Polícia, mas não os Professores. Porque será, já que há destaques no sentido de ‘beneficiar’ ambas as classes?”, questionou.

Ao ser criticada, Zambelli ainda disse que perdeu tudo que tinha para defender seus eleitores. “Fui eleita falando a verdade para meus eleitores: tratar os iguais de forma igual e os diferentes de forma diferente. E votei contra meus próprios privilégios”, garantiu.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mantém a expectativa de votar toda a reforma da Previdência ainda esta semana, mas admitiu que, se houver falta de quórum para garantir a votação, o segundo turno pode ficar para o segundo semestre.

Maia concedeu entrevista coletiva no início da madrugada desta sexta, após encerrar a votação no Plenário. Ele avalia ainda que pode ser arriscado deixar o segundo turno para sábado, já que pode correr o risco de desmobilização dos parlamentares que podem retornar para suas bases eleitorais.

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“Terminar tudo agora é melhor, mas como o Senado não vai votar agora, não tem nenhuma gravidade (deixar para o segundo semestre) ”, avaliou.

Rodrigo Maia explicou que a votação desta quinta começou tarde e isso atrasou a votação, já que vários destaques apresentados pela oposição poderiam alterar significativamente o texto principal, e a construção do acordo para derrubar esses destaques demorou. Ele também disse que encerrou a votação no início da madrugada porque o quórum já estava baixo e havia risco de derrota em outras propostas que alteravam a reforma.

“Se tivesse organizado e começado às 14h, a gente tinha votado o primeiro turno. Hoje, a gente termina os destaques, encaminha para a comissão especial e vê se consegue a mobilização para votar o segundo turno no sábado, mas é arriscado. Semana que vem também pode ser uma opção”, disse o presidente.

Em relação aos destaques que modificam pontos importantes da reforma, Maia afirmou que as alterações não desidratam o texto. Segundo ele, todos esses trechos foram negociados com a equipe econômica e o impacto é mínimo na economia pretendida.

“Não é uma desidratação: é um acordo que construímos com o secretário Rogério Marinho naquilo que era possível ceder em relação ao todo para não se perder o principal. Não vai perder muita coisa, em alguns destaques teve perda de receita, mas também teve ganho de receita”, explicou Maia.

*Da Agência Câmara

A liberação de emendas, a renegociação de dívidas para produtores rurais e a retirada de pontos polêmicos do texto garantiram o apoio da maioria dos deputados nordestinos à reforma da Previdência, contrariando expectativas de que a bancada votasse majoritariamente contra as mudanças.

A região foi a que menos entregou votos favoráveis na comparação com os demais, mas 63% dos 151 deputados disseram sim ao texto-base aprovado na noite de quarta-feira (10).

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Numa região com muitos eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os deputados sofreram intensa pressão para votarem contra a reforma. Mas o governo conseguiu, com uma série de medidas, reverter grande parte dos votos.

Nos últimos dias, houve liberação de emendas para saúde e também para obras nos municípios, o que ajuda os deputados a agradarem suas bases de apoio em um ano pré-eleitoral. Muitos deputados disputam as eleições municipais.

Houve também decreto do governo permitindo a renegociação de dívidas de produtores rurais do Nordeste e também do Norte, ao custo de R$ 2 bilhões aos cofres públicos.

Governadores também atuaram para garantir votos a favor da reforma. O Estado apurou que o cearense Camilo Santana (PT) segurou o secretário de Planejamento Mauro Filho (PDT), que, a pedido do vice-presidente do seu partido, Ciro Gomes, ia se licenciar para votar contra a reforma. Com a manobra, ele tomaria o lugar do deputado Aníbal Gomes (DEM), que, mantido no mandato, votou a favor. A bancada cearense dividiu seus votos igualitariamente, 11 para cada lado.

O governo, contudo, não enxergou o apoio dos governadores para mudar os votos. Para a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), a entrega dos votos de deputados nordestinos é resultado do trabalho do governo federal, e não do apoio dos governadores. "Nós trabalhamos bem. Os governadores não ajudaram em nada. Vamos ver se no Senado eles ajudam com a inclusão de Estados e municípios", criticou a líder.

A maioria dos votos nordestino a favor da reforma veio do Piauí, outro Estado comandado por um petista, Wellington Dias. Dos dez deputados, oito deram apoio ao texto. Dias, que enfrenta grave crise fiscal e poderia ser beneficiado pela reforma se os Estados e municípios tivessem sido mantidos no texto, porém, não conseguiu o voto da sua mulher, a petista Rejane Dias. Segundo a deputada, a decisão foi dela. "Vamos ver como o eleitorado vai reagir."

Oficialmente, a justificativa dos deputados que votaram a favor é que a retirada de pontos polêmicos, como as mudanças na aposentadoria rural e também no benefício assistencial pago a idoso e pessoas de baixa renda (BPC), mudou o posicionamento deles. "Eu não votaria sem essas alterações", disse o líder da maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Há quem reconheça que a mudança no voto foi pela conscientização da necessidade da reforma para melhorar a economia. "Os parlamentares começaram a perceber o clamor das pessoas. O grande drama do Nordeste é o desemprego. Está muito nítido que o crescimento da economia depende da reforma", afirmou João Roma (PRB-BA). / COLABOROU CAMILA TURTELLI

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após a votação - e aprovação - calorosa do texto-base do projeto de reforma da Previdência na Câmara Federal nesta quarta-feira (10), parlamentares têm aproveitado o dia desta quinta (11) para repercutir o ocorrido.

O deputado federal Delegado Éder Mauro (PSD) utilizou seu perfil oficial no Twitter para agradecer os eleitores que apoiaram o governo. “Devemos isso a cada um de vocês que fizeram campanha de graça, que foram às ruas sempre que foi preciso”, disse.

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O parlamentar ainda disse que os brasileiros fortaleceram as pautas federais. “Nos deram força e apoio para destruir o sistema corrupto que dominava esse país.”, disparou o deputado.

O texto foi aprovado na Câmara com 379 votos a favor das alterações e 131 contrários. Um dos votos mais polêmicos foi o da deputada Tabata Amaral (PDT), que contrariou seu partido e votou a favor do projeto. 

O senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho (MDB) afirmou nesta quinta-feira (11) que objetiva encerrar a votação do texto da reforma da Previdência no Senado até o dia 5 de setembro.

FBC, que é líder do governo na Casa, também disse que há o apoio dos senadores para a inclusão de estados e municípios no projeto em questão, que teve o texto-base aprovado nesta quarta-feira (10) na Câmara Federal.

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Na Câmara, foram 379 votos a favor das alterações e 131 contrários. Para o senador, é viável concluir a votação no prazo pensado por ele. "Eu acho que o prazo máximo é 45 dias. Meu palpite, 5 de setembro", sugeriu.

O parlamentar também complementou que é possível que o Senado inclua estados e municípios na proposta, como desejava inicialmente o governo. "É a mesma PEC, só que você vai incluir estados e municípios, essa é nossa expectativa", pontuou o pernambucano.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (11) que espera concluir a votação em dois turnos da proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19) da reforma da Previdência até a sexta-feira (12). O plenário retomará os trabalhos nesta quinta-feira para votar os destaques ao texto-base.

Ao chegar à Casa, Maia afirmou que vai trabalhar para concluir a etapa de votação do primeiro turno na noite desta quinta-feira. “E vamos votar o segundo turno amanhã. Essa é a minha expectativa”.

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Ontem (10) à noite, o plenário aprovou o texto original da reforma da Previdência por 379 votos a favor e 131 contra. Na sequência, os deputados rejeitaram um destaque que pretendia retirar os professores da reforma da Previdência. Por 265 a 184, com duas abstenções, os parlamentares decidiram manter as regras para os professores que constam no texto-base.

Maia continua a negociação com líderes partidários sobre destaques e emendas. Os destaques mais aguardados são o que aumenta a aposentadoria para as trabalhadoras da iniciativa privada e o que suaviza as regras de aposentadorias para policiais e agentes de segurança que servem à União.

O presidente da Câmara também disse não ter garantia de que um destaque do PDT, que diminui a idade mínima de aposentadoria dos professores da ativa para 52 para as mulheres e 55 anos para os homens será rejeitado pelo plenário. Segundo Maia, as propostas relacionadas a essa categoria são difíceis, mas destacou que, se for aprovado, o impacto fiscal ao longo dos dez anos não é tão elevado.

 

O nome da deputada federal Tabata Amaral (PDT) figura como um dos assuntos mais comentados no Twitter na tarde desta quinta-feira (11). O motivo é o posicionamento da parlamentar durante da votação do texto-base da reforma da Previdência na Câmara Federal nesta quarta-feira (10).

Amaral contrariou a recomendação do seu partido, que havia fechado questão contra o projeto, a votou favorável à reforma proposta pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

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Através da hashtag #TabataTraidora internautas fazem críticas à parlamentar e, por meio de montagens, fazem associações dela vestida com camisas de partidos como o Novo e o PSL.

“Tabata quer emenda para excluir professores da Reforma. Uai, se a reforma combate privilégios e é boa, pq (sic) tem que excluir os professores? Ela mesmo se enforca na corda que criou”, escreveu um internauta.

“Nunca me enganou, ‘discursinho’ vazio pós-política, nem esquerda nem direita. Olha aí, vendida! Esqueceu sua origem, não representa a ninguém, aliás, aos empresários que financiaram sua candidatura. Hipócrita e sonsa!”, disparou outro seguidor.

“Eu sabia desde o princípio! Eu avisei! A princesinha da meritocracia se reunindo com João Doria, Luciano Huck, tirando foto feliz e deslumbrada com o pessoal da direita. Votou a favor da reforma. Tava tudo bem evidente, só não viu quem não quis!”, afirmou um usuário da rede social. 

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) entrou, na noite dessa quarta-feira (10), com uma ação popular com pedido de tutela de urgência contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL) na Justiça Federal. O texto aponta violação dos princípios constitucionais da administração pública.

Além disso, o deputado também apresentou um mandado de segurança com pedido de liminar contra o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pela liberação de recursos públicos pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019 (Reforma da Previdência). 

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Na avaliação de Gadêlha, os dois teriam violado a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ao liberar mais de R$ 1 bilhão em emendas parlamentares às vésperas da votação da PEC 06/19, sendo que R$ 400 milhões sem autorização legislativa. Mandetta, inclusive, confirmou que a liberação de recursos se tratou de “um esforço” pela aprovação da reforma da Previdência, o que configura desvio de finalidade.

Segundo o Artigo 142, da LDO 2019, a execução da Lei Orçamentária de 2019 e dos créditos adicionais obedecerá aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência na administração pública federal, não podendo ser utilizada para influir na apreciação de proposições legislativas em tramitação no Congresso Nacional.

“Liberar emendas às vésperas de votações de interesse do governo é imoral, viola os princípios do interesse público e mostra a real face desta gestão, que diz adotar novas práticas políticas, mas é adepta do velho ‘toma lá dá cá’”, declara Gadêlha.

Caso sejam aceitas as ações, as emendas empenhadas pelo governo não poderão ser executadas. Além disso, uma das ações pede a suspensão da tramitação da PEC 06/19 até a decisão definitiva.

*Da assessoria de impresa

Com o texto-base da reforma da Previdência aprovado nesta quarta-feira (10) na Câmara dos Deputados, o projeto ainda depende da votação de alguns destaques que incluem profissionais de segurança pública, mas a comissão especial da reforma aprovou, em votação simbólica, um destaque da bancada do DEM que retirou policiais militares e bombeiros.

Para o deputado estadual Joel da Harpa (PP), a decisão foi justa. “Agora cabe ao Governo do Estado a oportunidade de, finalmente, valorizar esses profissionais mantendo os direitos já conquistados como a promoção imediata. Também é importante que sejam revistos alguns pontos como a paridade e integralidade para inativos e pensionistas, perdidos na última lei de remuneração da categoria”, comentou o parlamentar. 

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Joel da Harpa disse ainda aguardar “com ansiedade” a votação dos destaques referentes aos policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários “também sobre integralidade, paridade e idade mínima”. 

De acordo com o parlamentar, não deveria ter tratamento diferenciado dentre profissionais da mesma área que enfrentam os mesmos desafios no dia a dia. “Além de ser excludente, promove uma frustração desnecessária, desestimulando o empenho profissional”, finalizou.

A aprovação do texto base da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados contou com o voto de oito deputados do PDT, partido que fechou questão contra a proposta. Na manhã desta quinta-feira (11), o deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP) aproveitou o fato para fazer provocações ao ex-governador do Ceará e ex-candidato a presidente, Ciro Gomes. 

"Oito deputados do PDT de Ciro Gomes votaram com a gente. E aí Ciro falou que expulsaria quem votasse com a gente e agora?", indagou Frota. "O PDT de Ciro não pode expulsar ninguém se não acaba o partido", acrescentou.

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Entre os oito pedetistas favoráveis à reforma, a deputada Tabata Amaral (SP) foi a mais criticada. O que fez com que Frota oferecesse o PSL para uma eventual filiação da parlamentar. "Tabata Amaral o PSL está de braços abertos pra vc. Partido não vai faltar. Força aí", disse.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou que a população precisa parar de ligar o trabalho a algo que cause mal. Em publicação no Twitter durante o fim da noite dessa quarta-feira (10), ele ponderou que tal concepção é preciso ser modificada.

"A mentalidade de que o trabalho é algo nocivo, maléfico e indesejável também tem que mudar", escreveu Eduardo. A postura dele surgiu no dia em que as novas regras para a aposentadoria foram aprovadas, em primeiro turno, na Câmara dos Deputados. 

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O governo conseguiu aprovar o texto com 379 votos favoráveis. Um dos argumentos usados pela oposição para combater a proposta foi de que os trabalhadores correriam o risco de morrerem sem conquistar a aposentadoria caso os novos critérios fossem aprovados. 

Outro aspecto que também justifica a fala de Eduardo são as críticas que o seu pai e presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu após ponderar que não via problema em crianças trabalharem. O trabalho infantil é ilegal no Brasil.

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