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Mesmo com a ameaça de expulsão, 19 deputados de partidos de oposição que fecharam questão contra votaram a reforma da Previdência votaram a favor do texto. O plenário da Câmara dos Deputados aprovou em 1º turno, por 379 votos a 131, o texto-base e deve votar, nesta quinta-feira (11), os destaques. 

Do PSB, que ferrenhamente desde o início se posicionou contra a proposta apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), 11 parlamentares foram favoráveis, entre eles o pernambucano Felipe Carreras. 

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O outro partido oposicionista que despontou em segundo lugar nas dissidências foi o PDT. Foram oito pedetistas pela reforma, entre os quais está a deputada paulista Tabata Amaral, que foi amplamente criticada, mas chegou a dizer que seu voto não era vendido, mas por convicção. Os deputados do PT, PCdoB e PSOL foram todos contrários à matéria. 

O texto-base aprovado é o substitutivo do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que aumenta o tempo para se aposentar, limita o benefício à média de todos os salários, eleva as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS e estabelece regras de transição para os atuais assalariados.

Veja a lista completa dos deputados de partidos de oposição que votaram a favor da reforma:

PSB

Átila Lira (PI)

Emidinho Madeira (MG)

Felipe Carreras (PE)

Felipe Rigoni (ES)

Jeferson Campos (SP)

Liziane Bayer (RS)

Luiz Flávio Gomes (SP)

Rodrigo Agostinho (SP)

Rodrigo Coelho (SC)

Rosana Valle (SP)

Ted Conti (ES)

PDT

Alex Santana (BA)

Flávio Nogueira (PI)

Gil Cutrim (MA)

Jesus Sérgio (AC)

Marlon Santos (RS)

Silvia Cristina (RO)

Subtenente Gonzaga (MG)

Tabata Amaral (SP)

Em pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados, o líder do PSB, deputado Tadeu Alencar (PE), afirmou que o dia de ontem ficará conhecido como “o dia do enterro da Previdência Social no Brasil” e conclamou os parlamentares a não aprovarem o texto da proposta, que ele colocou como responsável pelo aumento das desigualdades e do fosso entre ricos e pobres no país. Para o parlamentar, o povo trabalhador não tem mais como fazer sacrifícios, muito menos continuar assistindo a elite não ser ameaçada em seus privilégios.

“Este dia de hoje vai ficar marcado como o do enterro da Previdência Social no Brasil, que redistribuindo recursos, é responsável, em 30 anos, por diminuir as desigualdades”, afirmou o socialista, acrescentando: “Ninguém aqui apontou quais são os privilégios que (o governo) diz combater. E nós sabemos perfeitamente quais são os privilégios de um modelo econômico que sacrifica a população mais pobre, que atinge cruelmente também a classe média, mas que não toca num fio de cabelo dos interesses da elite brasileira. Não são os pobres que têm mais qualquer sacrifício a oferecer. Os pobres precisam de trabalho, de oportunidades, de educação de qualidade”.

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Tadeu lembrou que o seu partido, o PSB, que fechou questão contra a reforma nos moldes propostos pelo governo e sua base aliada, tem uma história marcada pela defesa do povo trabalhador e que não poderia ter outra posição que não fosse contrária a essa proposta. “O PSB tem mais de 70 anos de história e sempre defendeu o combate às desigualdades no Brasil. O nosso partido defende, sim, ajustes na previdência, como ocorreram em governos de vários perfis, como os de FHC, Lula e Dilma. Mas os ajustes que nós defendemos devem ser proporcionais à capacidade de oferecer sacrifícios ao Brasil, segundo a sua capacidade econômica”, afirmou.

O deputado disse que a oposição tem a responsabilidade histórica de denunciar o momento que o País atravessa e a intenção do governo de agravá-lo com uma reforma que não atende aos interesses da população. “Temos que fazer uma denúncia política sobre os efeitos dramáticos de um país que já tem desigualdades enormes, que tem mais de 13 milhões de desempregados, que contabiliza mais de 30 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. Essa que deveria ser a pauta do Congresso Nacional”, apontou.

Tadeu Alencar também considerou que o governo agride a população mais pobre e, em particular, os servidores públicos, ao colocá-los como os grandes vilões do País ao longo da discussão sobre os problemas da Previdência: “Não há políticas públicas que possam ser desenvolvidas se não for pelos servidores”, concluiu.

*Da Assessoria de Imprensa 

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou em 1º turno, por 379 votos a 131, o texto-base da reforma da Previdência (PEC 6/19). Agora os parlamentares começarão a votar os destaques apresentados à proposta.

Os destaques podem ser de emenda ou de texto. Para aprovar uma emenda, seus apoiadores precisam de 308 votos favoráveis. No caso do texto separado para votação à parte, aqueles que pretendem incluí-lo novamente na redação final da PEC é que precisam garantir esse quórum favorável ao trecho destacado.

A matéria foi aprovada na forma do substitutivo do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que apresenta novas regras para aposentadoria e pensões.

O texto aumenta o tempo para se aposentar, limita o benefício à média de todos os salários, aumenta as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS e estabelece regras de transição para os atuais assalariados.

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Outros pontos

Ficaram de fora da proposta a capitalização (poupança individual) e mudanças na aposentadoria de pequenos produtores e trabalhadores rurais.

Na nova regra geral para servidores e trabalhadores da iniciativa privada que se tornarem segurados após a reforma, fica garantida na Constituição somente a idade mínima. O tempo de contribuição exigido e outras condições serão fixados definitivamente em lei. Até lá, vale uma regra transitória.

Para todos os trabalhadores que ainda não tenham atingido os requisitos para se aposentar, regras definitivas de pensão por morte, de acúmulo de pensões e de cálculo dos benefícios dependerão de lei futura, mas o texto traz normas transitórias até ela ser feita.

Obstrução

A oposição obstruiu os trabalhos por ser contra os termos do substitutivo, argumentando que as regras são rígidas demais, principalmente para os trabalhadores de baixa renda.

 

*Da Agência Câmara Notícias

 

O líder da maioria na Câmara dos Deputados, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), confirmou o fechamento de um acordo para suavizar as regras de aposentadoria para os policiais e agentes de segurança que servem à União.

De acordo com o líder, a categoria poderá aposentar-se com idade mínima de 53 anos para homens e 52 anos para mulheres. Eles também terão pedágio de 100% na regra de transição. Dessa forma, o policial que se aposentaria em dois anos pelas regras atuais teria de trabalhar mais dois anos para passar para a inatividade a partir da promulgação da reforma da Previdência.

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Segundo Ribeiro, o acordo é o mesmo recusado pela categoria na semana passada, na votação da Comissão Especial da Reforma da Previdência. As carreiras beneficiadas abrangem policiais federais, policiais legislativos, agentes penitenciários da União e policiais rodoviários federais. Policiais militares e bombeiros foram excluídos da reforma da Previdência e terão as regras definidas pelos estados.

“Quanto aos policiais [da União], foi feito um acordo com eles. O acordo que eles recusaram na comissão, eles toparam. Não mudou nada [em relação à proposta da semana passada]: 100% de pedágio e idade mínima de 53 anos para homens e 52 anos para mulheres. A informação que tenho é que categoria aquiesceu. Toparam, por isso está sendo cuidado no texto”, disse o líder.

Ribeiro defendeu que a suavização das regras para os policiais que servem à União e o aumento do benefício as mulheres da iniciativa privada a partir do 16º ano de contribuição sejam incluídas numa emenda aglutinativa única para acelerar a votação. “Estamos sugerindo que se faça uma emenda com todas as correções para economia de procedimentos”, defendeu.

Confiança

O líder da maioria disse ter confiança na aprovação da reforma da Previdência. Segundo ele, a retirada dos principais pontos de conflito, como a mudança na aposentadoria rural e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), aumentou as chances de aceitação do texto da comissão especial. Para ele, o texto atual conseguiu preservar os principais direitos sociais, mantendo uma economia elevada para os próximos dez anos.

“Acho que o próprio ambiente no país está mais favorável. As pesquisas de opinião que saíram também ajudam. Alguns estados deram uma presença de movimentos pró-reforma. Isso só ajuda. Os principais pontos de conflito foram retirados. Aposentadoria rural e BPC, tudo saiu. A gente conseguiu construir um texto com preservação de direitos, mas com potência fiscal grande. Vai ter pouco mais de R$ 900 bilhões de economia [em dez anos]”, declarou.

Pela proposta do governo, os policiais e agentes de segurança da União se aposentariam aos 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição e 25 anos de exercício efetivo na carreira, independentemente de distinção de sexo.

 

A deputada federal Tabata Amaral (PDT) divulgou um vídeo em suas redes sociais nesta quarta-feira (10) explicando os motivos pelos quais ela contrariou a recomendação do seu partido e votou de forma favorável ao projeto de reforma da Previdência na Câmara Federal.

“Meu voto pela reforma da Previdência é um voto de consciência não é um voto vendido, não é um voto por dinheiro de emendas. É um voto que segue as minhas convicções e tudo que estudei até aqui. Ao tomar essa decisão, eu olho para o futuro do país e não para o próximo processo eleitoral”, explicou a parlamentar.

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O PDT ameaçou expulsar Tabata se ela votasse a favor do projeto. Em reunião realizada nesta terça-feira (9), com a bancada do PDT na Câmara, o presidente do partido, Carlos Lupi, disse que quem apoiar as mudanças nas regras de aposentadoria propostas pelo governo de Jair Bolsonaro será punido com o desligamento.

“Quem me conhece, sabe da minha luta pelos mais pobres, sabe da minha trajetória e hoje a previdência tira dinheiro de quem menos tem e transfere para os mais ricos. Ela aumenta a desigualdade do Brasil em um quinto. É um impasse para o desenvolvimento do país. Ser de esquerda não pode significar que a gente vai ser contra um projeto que pode de fato transformar o Brasil”, continuou a parlamentar.

No último dia 18 de março, em uma convenção nacional, o PDT fechou questão contra o projeto de reforma da Previdência. Entretanto, Tabata Amaral foi na contramão do partido e se posicionou favorável, mas explicou que, com isso, não está abraçando o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) 

“O ‘sim’ que eu digo à reforma não é o ‘sim’ ao governo. Também não é um ‘não’ a decisões partidárias. Em momentos como esse, temos que olhar para o futuro do país, a gente tem que ter coragem de olhar de frente pros problemas e saber tomar decisões, mesmo que seja doloroso”, argumentou.

A votação do projeto de reforma da Previdência na Câmara Federal segue deixando os ânimos dos parlamentares à flor da pele nesta quarta-feira (10). Os deputados se reúnem para votar o projeto em primeiro turno.

A proposta prevê idade mínima de aposentadoria, tempo de contribuição e regras de transição. A oposição chegou a protocolar diversos requerimentos para atrasar a votação, mas todos foram rejeitados.

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Em seu perfil oficial no Twitter, o deputado Carlos Jordy (PSL) sugeriu que o também deputado Ivan Valente (PSOL) abrisse mão de sua aposentadoria logo após o parlamentar discursar no plenário.

“Ivan Valente falou em plenário agora que essa Previdência não ataca o direito dos ricos. Eu entendi bem ou ele está dizendo que quer uma reforma que atinja o benefício dele? Abre mão da sua aposentadoria especial de deputado, Valente Milionário!”, disparou Jordy.

Como se trata de uma PEC, proposta que altera a Constituição, são exigidos pelo menos 308 dos 513 votos em plenário. Se for aprovada nesta quarta, a reforma será submetida a uma 2ª votação na Câmara. Depois, serão mais duas votações no Senado.

Nesta quarta-feira (10), dia de votação do projeto de reforma da Previdência, o vereador Ivan Moraes (PSOL) utilizou seu perfil oficial no Twitter para repercutir o discurso dos parlamentares para endossar voto favorável à pauta.

“Bancos, agronegócio e empreiteiras compram políticos e seus mandatos. Junto com partidos, organizam caixa dois e elegem presidentes”, escreveu Ivan, alfinetando o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seus aliados. 

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O vereador também sugeriu a compra de votos para a obtenção de pautas favoráveis. “Presidentes usam o orçamento público para fazerem acordos e comprar o Congresso para aprovar o que bancos, empreiteiras e agronegócio quiserem. É por aí”, complementou.

Os parlamentares sobem à tribuna da Câmara Federal para defenderem seu ponto de vista com relação à Nova Previdência. Esse é o principal projeto do governo Bolsonaro desde que o presidente tomou posse no começo do ano.

Na tarde desta quarta-feira (10) parlamentares subiram à tribuna da Câmara Federal para discursar na votação do projeto de reforma da Previdência. A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL), aproveitou seu tempo para dizer que a reforma empregará o dinheiro da população em um bom lugar.

“O dinheiro do povo brasileiro tem que ser bem empregado em serviços para o povo brasileiro. Todo meu respeito a cada parlamentar que teve coragem de colocar sua digital nesse processo que vai ajudar a salvar o Brasil. O povo vai lembrar, também, dos parlamentares que subiram na tribuna para dizer ‘não’ a esse projeto”, disse Hasselmann.

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A líder do governo também utilizou seu tempo para exaltar o agronegócio no país. “O agronegócio carrega esse país nas costas. É por conta dele que estamos bem. Se não fosse isso, o país estava mais lascado ainda. Todo o meu respeito ao homem do campo”, agradeceu.

“O nosso brasil não é o mesmo país que era enganado, há poucos anos atrás. Nosso povo sabe o que quer e pela primeira vez na história foi às ruas pedir uma uma reforma da Previdência. Nós vamos fazer a melhor reforma que nós poderíamos empregar ao povo”, finalizou.

O deputado federal João Campos (PSB) afirmou, nesta quarta-feira (10), que o texto da reforma da Previdência em análise na Câmara dos Deputados é uma “covardia” com a população mais carente. Além disso, para o parlamentar pernambucano a proposta “já nasceu de forma errada”. 

“Não estamos falando que punir apenas o aposentado, vamos criar uma catastrofe economica, o dinheiro vai circular de maneira reduzida nos municípios. O governo erra ao vincular essa reforma ao emprego. Não vai gerar emprego, muito pelo contrário. Fazem isso para tentar ter apoio popular, usando os mais de 15 milhões de desempregados do país. Isso é covardia”, observou João, em discurso na Câmara. 

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Filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, falecido em 2014, João também mencionou o pai e o avô durante a fala para endossar o fechamento de questão do PSB contra a reforma. 

“Como é que Miguel Arraes e Eduardo Campos votariam se estivessem aqui? Ao lado do povo. Nosso partido nunca negou a necessidade de se fazer uma reforma no sistema previdenciário, mas essa reforma esta errada. O governo equivocou, colocou demais aonde não precisava. Nós não vamos cometer o equívoco de colocar nossa digital nessa reforma”, afirmou.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a votação do texto principal da reforma da Previdência (PEC 6/19) deve ter início nesta quarta-feira por volta das 15h. Segundo ele, é possível terminar a votação dos dois turnos até sexta-feira (12). Para ser aprovado, o texto precisa dos votos favoráveis de 308 deputados em cada turno, para ser enviado ao Senado. Neste momento, há 234 deputados na sessão do Plenário.

Maia afirmou estar confiante com a aprovação da reforma. Ele lembrou que o requerimento de encerramento de votação foi aprovado por 353 deputados e disse que isso é um bom indicativo de que o texto vai ser aprovado.

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Destaques

Em relação aos destaques, Maia acreditam que serão apresentados 11 após a votação do texto principal: nove da oposição, um da maioria, atendendo às reinvindicações da bancada feminina, e talvez um do PL, relacionado aos professores.

O destaque que reinsere Estados e municípios no texto, do Novo, não deve prosperar, já que Maia afirma que isso pode prejudicar a votação da reforma. Maia destacou que a alteração pode ser feita no Senado e ser debatida como uma PEC paralela na Câmara no segundo semestre.

“A gente precisa resolver Estados e municípios: acho que incluir agora e ter uma derrota acho que vai azedar a relação do Parlamento com os governadores. Não foi possível incluir agora, vamos ver se o Senado consegue por ser menor, ajustar isso e, a partir daí, volta como PEC paralela e a gente faz o debate com um ambiente menos tensionado”, afirmou o presidente.

Rodrigo Maia destacou ainda o protagonismo do Congresso na aprovação da reforma da Previdência. Segundo ele, a relação entre Executivo e Legislativo é de independência e que isso fortalece o Parlamento.

“Como não há um governo de coalizão, no qual os partidos indicam ministros no governo, há uma maior independência, e respeitosa. É bom para democracia, bom para deputados e senadores. Nós temos responsabilidade e boas ideias para ajudar o Brasil a votar a crescer”, disse.

*Da Agência Câmara

A deputada federal Marília Arraes (PT-PE) afirmou, nesta quarta-feira (10), que a base governista ainda não conquistou os apoios necessários para que a reforma da Previdência seja aprovada na Câmara dos Deputados. Às vésperas da reabertura da sessão que deverá votar o texto, a petista salientou que o clima na Casa é de articulações constantes e de arrependimento e confusão entre alguns parlamentares que se comprometeram com o governo Bolsonaro em troca da liberação de emendas.

“O que aconteceu é que trocaram os votos por um aumento nas emendas e pagaram com moedas podres, uma espécie de cheque sem fundos, e isso gerou uma crise entre os parlamentares que haviam se comprometido em votar pelo reforma e eles tiveram que ter mais tempo para negociar”, disse Marília em conversa com o LeiaJá

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“Na verdade o governo ainda não conseguiu os votos necessários para a aprovação”, emendou a deputada, que já aguarda a retomada dos trabalhos em Brasília. Segundo ela, a previsão é de que a reforma seja votada nos dois turnos ainda nesta semana. 

Sobre a projeção do deputado Onyx Lorenzoni (DEM), que é ministro da Casa Civil, mas foi exonerado para a votação, de um placar de 330 votos favoráveis a reforma, Marília observou que “não é real”, principalmente pelo resultado da “manobra que eles fizeram para publicar as emendas”. “Foi uma [manobra] que não tem como pagar”, disse, pontuando que não há previsão orçamentária no governo para tal. 

Indagada se a oposição ainda estava otimista para uma eventual rejeição da reforma, ela disse que sim. “Otimista temos sempre que ser, mas sabemos que é difícil. Estamos em um momento que é necessário explicar o óbvio, como a terra plana não é plana, o trabalho infantil é ilegal e um juiz precisa ser imparcial”, considerou.

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) denunciou, em publicação nas redes sociais, que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) comprou votos de deputados a favor da reforma da Previdência. A acusação de Gadêlha refere-se a R$ 444 milhões liberados para emendas que, segundo ele, não foram autorizadas pelo Congresso Nacional. O governo empenhou mais de R$1 bilhão em emendas para área da saúde apenas na última segunda-feira (8).

“Foram liberados R$ 444 milhões para comprar votos de deputados para aprovar a Reforma da Previdência. Por esse motivo, Bolsonaro pode ter cometido crime de responsabilidade”, denunciou Túlio. “Isso mesmo, o governo liberou mais de R$ 1 bilhão em emendas. Desse valor, R$ 444.513.894,00 não têm autorização legislativa, o que é irregular e pode ser enquadrado em crime de responsabilidade”, detalhou, completando. 

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De acordo com Túlio, “despesas públicas dependem de autorização expressa do legislativo”. “O governo pode executar uma emenda na sua totalidade, mas não pode extrapolar o valor autorizado pelo legislativo. Isso é crime”, disparou o parlamentar, adiantando que entraria com uma ação popular e uma ação de tutela de urgência para “evitar dano ao povo brasileiro”.

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Um levantamento feito pelo gabinete do líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), no sistema Tesouro Gerencial, que usa dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o governo intensificou a liberação de emendas, que somaram R$ 2,6 bilhões nos seis primeiros dias úteis de julho. Em todo o mês passado, foi empenhado R$ 1,5 bilhão, segundo os dados. 

O texto da reforma da Previdência deve ser votada nesta quarta-feira (10). A sessão na Câmara dos Deputados está marcada para iniciar às 9h. Como a matéria já foi discutida, a expectativa é de que se vá direto para a votação, a depender do quórum.

O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu, no início da madrugada desta quarta-feira (10), a discussão do texto da reforma da Previdência (PEC 6/19). A votação foi transferida para a manhã desta quarta-feira. O texto precisa ser votado em dois turnos, com voto favorável de 308 deputados, para ser enviado ao Senado.

A discussão foi encerrada após mais de 3 horas de obstrução. O governo, no entanto, demonstrou força ao arregimentar 331 votos favoráveis ao início da votação da matéria, placar superior ao mínimo necessário para a aprovação. Para encerar a discussão, foram 353 votos favoráveis.

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Negociações

O dia dessa terça foi de intensas negociações e discussão em Plenário: antes mesmo de entrar na pauta, a Previdência já tinha sido citada mais de 300 vezes em discursos ao longo do dia.

O líder do Cidadania, deputado Daniel Coelho (PE), destacou que o placar aponta a maioria em favor da proposta. “O Cidadania ressalta o sentimento do Plenário para o Brasil: foram 331 votos no último requerimento. Já está comprovada a formação de maioria”, disse.

Em termos gerais, a reforma da Previdência estabelece uma idade mínima para a aposentadoria: 65 anos para homens e 62 para mulheres. São impostas também mudanças no cálculo dos benefícios, que vai contabilizar a média de todas as contribuições e exigir mais tempo na ativa para um valor maior na aposentadoria. Serão exigidos 40 anos de contribuição para um benefício igual a 100% da média das contribuições, enquanto o piso será de 60% da média. Há regras de transição para quem já está na ativa.

A proposta também aumenta as alíquotas de contribuição previdenciária.

Regras para mulheres

A bancada feminina em peso foi ao Plenário pedir apoio para mudanças em três pontos: pensão por morte, proteção à maternidade e regras de cálculo de aposentadoria mais favoráveis às mulheres. Deputados demonstraram intenção de apoiar o pleito das deputadas.

“As condições de inserção da mulher na sociedade nos colocam na situação de requerer um olhar diferenciado do País, desta Casa e, acima de tudo, um compromisso de reverter e reconhecer que a mulher precisa ser olhada de maneira diferenciada”, disse a coordenadora da bancada, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-GO).

Estados e municípios

O líder do Novo, deputado Marcel Van Hattem (RS), disse que o partido vai brigar para colocar estados e municípios na reforma. “Esperamos que este Plenário possa, com sabedoria, reincluir estados e municípios”. Já o líder do Podemos, deputado José Nelto (GO), adiantou que é contra a proposta do Novo.

Também há expectativas para negociações sobre critérios diferenciados para policiais.

*Da Agência Câmara

Após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que os profissionais de segurança pública poderiam ser excluídos da reforma da Previdência, o Palácio do Planalto informou que todas as categorias de trabalhadores vão dar sua "cota de sacrifício" no endurecimento das regras de aposentadoria.

"Neste momento, não convém ficarmos identificando pontualmente determinadas categorias porque o presidente entende que todo mundo vai ter sua cota de sacrifício", afirmou o porta-voz do governo, Otávio Rêgo Barros, durante entrevista com jornalistas, na tarde desta terça-feira (9). Mais cedo, o próprio presidente indicou que trabalhadores da segurança pública poderiam ter as regras de aposentadoria definidas em um projeto de lei complementar. Nesse cenário, eles seriam retirados da Proposta de Emenda Constitucional que começou a ser debatida no plenário da Câmara dos Deputados e precisa ser aprovada com 60% dos votos dos parlamentares em dois turnos de votação. 

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A medida poderia atingir policiais federais, rodoviários federais e legislativos, além de agentes penitenciários federais. Pelo texto-base aprovado na comissão especial, na semana passada, essas categorias se aposentariam aos 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição e 25 anos de exercício efetivo na carreira, independentemente de distinção de sexo. O tempo de contribuição seria progressivo até chegar em 20 anos para mulheres e 25 para homens.

Segmentos como bombeiros e policiais militares já estão fora da reforma da Previdência, uma vez que servidores públicos de estados e municípios foram excluídos da mudança ainda durante a tramitação da medida na comissão especial. Eles devem ser incluídos nas mesmas regras da reforma da Previdência das Forças Armadas, que tramita em um projeto paralelo. 

Trâmite Formal

Segundo Rêgo Barros, eventuais mudanças para algumas categorias serão tomadas pelos próprios parlamentares em plenário. "O processo de aprovação da Nova Previdência está seguindo seu trâmite normal, formal, com as discussões previstas no Parlamento, para o aperfeiçoamento das propostas, que atendam, ao máximo, os anseios da população", acrescentou.

Ainda de acordo com o porta-voz do governo, o presidente Jair Bolsonaro tem uma preocupação específica com profissionais da segurança pública porque ele conhece a realidade da categoria. "Ele tem preocupação, não de agora, de atender aquelas categorias da área de segurança pública, com as quais ele tem uma ligação mais afetiva. E mais do que afetiva, ele conhece com profundidade as vicissitudes que essas categorias sofrem no decorrer do seus trabalhos, no decorrer do seu dia a dia. (...) Ele demonstra preocupações que são pontuais, mas quero reforçar: o presidente entende que é muito importante que a Nova Previdência seja aprovada para proporcionar ao país essa fortaleza fiscal de cerca de R$ 1 trilhão e que todos, na percepção de que isso é bom para a sociedade, têm que colaborar, inclusive sofrendo na própria carne".

 

Uma denúncia formalizada nesta terça-feira (9) pelo líder do PSOL na Câmara dos Deputados, Ivan Valente, afirma que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) cometeu um crime de responsabilidade na liberação de emendas, na intenção de comprar votos de deputados para aprovar o projeto de reforma da Previdência.

O Diário Oficial desta segunda-feira (8) traz a informação de que o governo liberou mais de R$ 93 milhões em uma emenda aprovada originalmente na Comissão de Seguridade da Câmara dos Deputados.

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Essa emenda tinha valor total de R$ 2 milhões, destinada a “incremento temporário ao custeio de serviços de assistência hospitalar e ambulatorial”. Segundo a denúncia, na prática o governo teria autorizado o empenho de mais de R$ 91 milhões sem autorização legislativa.

“Urgente! No afã de comprar votos para aprovar a Reforma da Previdência, Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade. Ele liberou dinheiro sem autorização do Congresso para pagar emendas a parlamentares em troca do voto favorável. PSOL está analisando as medidas que serão adotadas”, escreveu o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) em seu perfil no Twitter.

A deputada federal Talíria Petrone (PSOL) também se posicionou sobre o caso. “Gravíssimo! Governo Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao liberar R$ 90 mi a mais de emendas parlamentares do que estava previsto, sem a LDO ter sido votada ainda. Uma tentativa desesperada e criminosa de comprar votos na Reforma da Previdência”, opinou.

Em 2016, a então presidente Dilma Rousserff (PT) sofreu um processo de impeachment por supostamente ter cometido crime de responsabilidade consistente nas “pedaladas fiscais” e na edição de decretos de créditos suplementares.

A oposição decidiu manter a obstrução (recursos regimentais para atrasar os trabalhos) em plenário para adiar a votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Após reunião na tarde desta terça-feira (9), o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que os deputados contrários à reforma vão apresentar o chamado kit obstrução com pedidos de adiamento da sessão ou de retirada de pauta para atrasar o início da votação da proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19).

“A nossa obstrução tem o objetivo de debater o texto e virar votos contra a proposta”, disse Molon, que avalia que o governo ainda não tem os votos suficientes para aprovar a reforma.

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Mais cedo, líderes da base governista propuseram à oposição que retirasse a obstrução em plenário para que os deputados debatessem a proposta. A ideia seria votar a matéria amanhã (10), com apenas dois requerimentos de obstrução.

A oposição também vai apresentar nove destaques com sugestões de mudanças na proposta, que terão de ser apreciados após a votação do texto-base da PEC, entre eles a reoneração para exportadores rurais. Durante a votação do relatório da reforma na comissão especial, foi aprovado um destaque que devolveu a isenção da contribuição previdenciária para exportadores rurais, o que renderia R$ 83,9 bilhões aos cofres federais em uma década.

Com a manutenção do benefício para exportadores rurais, a economia final com a reforma da Previdência caiu de R$ 1,072 trilhão para R$ 987,5 bilhões. O valor ficou um pouco abaixo da economia mínima de R$ 1 trilhão pedida pelo Ministério da Economia.

Tramitação

Mais cedo, ao chegar à reunião de líderes para discutir a votação da reforma da Previdência no plenário, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que vai trabalhar para que o texto-base da proposta seja aprovado entre hoje e amanhã (10).

“Vamos trabalhar para isso. Não é uma votação simples: 308 votos é um número enorme de parlamentares. Ainda tem algumas conversas sendo feitas, mas a nossa intenção é que a gente possa fazer um bom debate durante o dia e, a partir do início da noite, tentar começar a construir o processo de votação. Tem que esperar para garantir quórum. Temos que chegar a 490 deputados [em plenário] para não ter risco de perder a votação”, afirmou.

Maia disse estar otimista em votar o texto-base e os destaques com sugestões de mudanças na proposta em primeiro e segundo turno até o fim desta semana. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, a matéria precisa do voto favorável de pelo menos 308 deputados em dois turnos de votação para, então, seguir para análise do Senado.

No domingo (7), o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, demonstrou otimismo com a votação da proposta em primeiro turno na Câmara. “Temos um cálculo realista ao redor de 330, com pé bem no chão, e caminhamos para ter algo em torno de 330 e pode ser até mais do que isso. É uma margem que a gente acredita ser possível”, afirmou.

 

O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta terça-feira (9), que o país vive momento de “confusões” e mesmo com as dificuldades na relação do Estado com a União é preciso buscar unidade com os municípios para garantir os serviços à população. As declarações do pessebista foram expostas durante a abertura do Seminário dos Municípios Pernambucanos, em Olinda. 

“Em um momento difícil por que passa o Brasil, numa crise que tem dificultado o dia a dia dos Estados e as administrações dos municípios, a gente vê cada vez mais a necessidade de unidade na discussão em relação aos temas nacionais, que são urgentes e imprescindíveis, mas que sempre estão ficando à margem de uma discussão necessária em relação à federação brasileira”, argumentou Paulo Câmara. 

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Para uma plateia de prefeitos e gestores municipais, o governador ressaltou também a necessidade de “trabalhar de forma integrada, juntos, União, Estados e municípios, e buscar, principalmente nos municípios, as diretrizes necessárias para alcançar as pessoas”. 

“As dificuldades federativas reconhecemos. As dificuldades de relação com a União diante dessas confusões que vemos no Brasil são claras”, observou, sem detalhar que confusões seriam essas. “Então temos que buscar, entre os entes que estão juntos, as diretrizes necessárias para alcançar as pessoas. A ponta é que precisa realmente do trabalho. Olhar para todos. Não dá para governar olhando região A, B ou C; e lutar, principalmente, do lado do que mais precisa, do mais pobre e mais vulnerável”, acrescentou. 

Ainda no discurso, após fazer um apanhado das ações do seu governo e projetar expectativas para este semestre, o governador pernambucano ressaltou também que estava trabalhando para “construir o caminho da minoria” e “nesse sentido, em contraponto a muita coisa que a gente não concorda e está acontecendo no Brasil, não podemos deixar essas confusões em Brasília chegar a Pernambuco”. 

Logo após o evento, Paulo deixou o auditório do Centro de Convenções sem falar com a imprensa. Apesar de não citar diretamente, uma das confusões que o governador deixou a entender que Brasília enfrentava é a reforma da Previdência, que está sendo discutida hoje no plenário da Câmara dos Deputados. O texto exclui Estados e municípios da mudança nas regras da aposentadoria.

Presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e prefeito de Afogados da Ingazeira, no Sertão, José Patriota (PSB), afirmou nesta terça-feira (9) que ainda tem esperança de que sejam incluídos os Estados e municípios na proposta que promove a reforma da Previdência, que começou a ser discutida no plenário da Câmara dos Deputados e deve ser votada ainda hoje. 

“O tema tá pegando fogo lá no Congresso, mas não podemos entregar os pontos. Não podemos entregar o jogo antes do juiz apitar. Junto da CNM [Confederação Nacional dos Municípios] e todos os Estados estamos trabalhando para recolocar o tema na reforma. Estamos com uma mobilização em Brasília. A nossa esperança está mantida”, declarou durante discurso na abertura do Seminário dos Municípios Pernambucanos, que acontece em Olinda, no fim da manhã de hoje.

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José Patriota informou, inclusive, que o Partido Novo vai apresentar uma emenda de plenário propondo a reinclusão de Estados e municípios no texto base. O pessebista acredita que distribuindo a responsabilidade para todos os deputados e não ao recorte que fazia parte da comissão especial ficará mais fácil do assunto ser aprovado e as regras em análise passarem a valer para todos os entes federativos.

Para o presidente da Amupe, caso o cenário permaneça como o atual, vai se configurar o que chamou de “anomalia jurídica”. “Não é possível termos regras desencontradas. O Brasil é um só país, uma só nação. O SUS [Sistema Único de Saúde] é um exemplo disso. A Previdência também tem que ser única. O brasileiro é um só. [Deixar Estados e municípios de fora] É uma anomalia, um absurdo jurídico. Não tem uma razão técnica de nível elevado que justifique. Não podemos legislar pensando na eleição de amanhã, mas no futuro”, argumentou. 

“Imagine em um ambiente pré-eleitoral as Câmaras de Vereadores, cada uma com um projeto de lei. Cria uma dificuldade grande para legislar sobre um assunto que teria que ser nacional. Isso prejudica os servidores… Se os municípios continuarem de fora é um desastre. Não é que [com a inclusão] vamos ter dinheiro imediato para pagar a dívida deficitária, mas cria uma perspectiva para o futuro e de viabilidade econômica”, emendou. 

Prefeitos de diversas regiões do Estado se reúnem, nesta terça-feira (9), no Centro de Convenções, em Olinda, para discutir o cenário político nacional e debater questões municipais no Seminário dos Municípios Pernambucanos. Serão mesas de discussões temáticas durante todo o dia sobre temas como reforma da Previdência, gestão de segurança pública, o futuro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e combate à endemias.

A abertura do encontro aconteceu durante a manhã de hoje com a participação do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); do presidente da Associação Municipalista de Pernambuco, José Patriota; do presidente da Assembleia Legislativa (Alepe), Eriberto Medeiros; do prefeito de Olinda, Lupércio Nascimento; do ex-prefeito de Medellín, Alonso Salazar; secretários estaduais e outras autoridades. 

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Além de dar o pontapé inicial para os debates, durante a cerimônia de abertura também foi lançada a XIII Cúpula Hemisférica de Prefeitos e Governos Locais da América-Latina, um evento que acontecerá em Pernambuco, entre 17 e 20 de março de 2020, e deve reunir gestores dos países da região. 

Será a segunda vez que o encontro acontecerá no Brasil, o último foi em Florianópolis há oito anos. O Estado foi escolhido como sede durante a edição deste ano que aconteceu em Santiago, no Chile. Segundo a organização, o objetivo do encontro é levantar um grande debate político sobre o municipalismo com base no tema "cidades inovadoras para as pessoas". 

De acordo com o secretário-executivo da Federação Latinoamericana das Cidades, Municípios e Associações Municipalistas (FLACMA), Sérgio Arredondo, a expectativa é de que essa Cúpula seja um divisor de águas na luta municipalista. 

“Vamos nos encontrar para encontrar soluções para os desafios da nossa gente e debruçar sobre reformas estruturais para os nossos países que são centralistas. É nessa visão que decidimos vir ao Brasil. É um dos países mais importante da região e vai liderar esse movimento municipalista. Queremos somar forças para impulsionar as reformas em toda a região. Nossa expectativa é que a cúpula seja um divisor de águas. Que os debates nos permitam encontrar soluções concretas para resolver os problemas que cotidianamente se apresenta para nós”, detalhou durante a abertura do Seminário.  

Presidente de honra da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, também detalhou que “esse evento congrega a América Latina e o Caribe”. “Temos que trabalhar unidos, somando esforços, para a construção de um grande movimento”, frisou.

Entusiasta da cúpula em Pernambuco, Patriota demonstrou boas expectativas sobre o evento. "Pernambuco vai ter um papel preponderante. Estamos, como sempre, ousados, mas contando com a ajuda, boa vontade e valentia de todos. Todas as temáticas do desenvolvimento humano, criatividade e princípio de colocar o ser humano como centro das atenções vamos debater. É a esperança de um futuro melhor para a América Latina", disse, pontuando que isso é o sentido de ser gestor. 

Vice-presidente da comissão especial que discutiu a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Silvio Costa Filho (PRB-PE) demonstrou, nesta terça-feira (9), estar está otimista com a votação da proposta no plenário da Casa. A matéria está na pauta da ordem do dia de hoje e, se nada mudar, deve passar pela avaliação dos deputados. A primeira sessão deliberativa está marcada para iniciar às 9h. 

Silvio Costa Filho disse que hoje “é um dia histórico para o país” e ponderou que confiava nos efeitos positivos da eventual vigência das novas regras da aposentadoria. “Tenho muita confiança que depois da reforma aprovada, o Brasil vai voltar a crescer, gerando emprego e renda para a população! É preciso coragem para mudar o Brasil!”, escreveu em publicação no Twitter.

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Para ser aprovada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) precisa do voto favorável de pelo menos 308 deputados em dois turnos. A votação, contudo, não deve ser tão tranquila pois parlamentares de partidos da oposição já adiantaram que vão utilizar o chamado “kit obstrução” para tentar adiar a votação do texto. 

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