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Os negociadores republicanos da Câmara dos Representantes e do Senado estão apressados para finalizar um projeto de lei tributária para que uma votação ocorra na próxima semana. Com isso, caso aprovada, a medida será encaminhada para a sanção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes do Natal, como prometido.

O principal autor do projeto dos deputados republicanos, Kevin Brady (Texas), disse que "estamos no caminho certo para terminar" o projeto final nesta semana. Brady recuou das sugestões de que os legisladores estavam preparando rapidamente uma lei complexa em apenas alguns dias. Os negociadores estão trabalhando para resolver diferenças significativas entre os projetos recentemente aprovados pela Câmara e pelo Senado. "Não é como se as pessoas não conhecessem essas questões".

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Os líderes republicanos ainda estão trabalhando para convencer republicanos de Estados com alta carga tributária, como Califórnia e Nova York, a aderirem ao projeto, mesmo que seus Estados sejam atingidos pela redução da dedução federal para impostos estaduais e municipais.

Pessoas com conhecimento das conversas apontaram que os negociadores concordaram em cortar a dedução dos juros sobre hipoteca, o que permitiria aos proprietários deduzir os juros nos primeiros US$ 750 mil de uma nova hipoteca. O projeto dos deputados aprovado na Câmara limita a dedução para os primeiros US$ 500 mil de uma nova hipoteca, enquanto o plano aprovado no Senado mantém o limite atual de US$ 1 milhão. Fonte: Associated Press.

Senadores do Partido Republicano sinalizaram nesta terça-feira que buscarão uma revogação de uma medida prevista no Obamacare. O requisito em questão é a obrigação de que a maioria dos americanos tenha seguro saúde.

Os senadores republicanos se reuniram para discutir a medida, que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse anteriormente que deveria fazer parte do plano tributário. O líder republicano no Senado, Mitch McConnell (Kentucky) disse que estava otimista de que a revogação da medida seria incluída no plano fiscal. O senador republicano Tom Cotton (Arkansas) emitiu uma declaração dizendo que a proposta estará presente na medida tributária.

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"Estou otimista de que a inserção da revogação da obrigação de ter um seguro saúde será útil", disse McConnell a repórteres nesta terça-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

As influências positivas do cenário internacional deram o tom dos negócios na bolsa brasileira, que voltou a ter ganhos nesta sexta-feira, 20, embora bastante modestos. A perspectiva de avanço da reforma tributária nos Estados Unidos e as altas dos preços das commodities foram os principais vetores da alta do Índice Bovespa, que chegou a 0,90% pela manhã, mas perdeu fôlego e terminou o dia em 0,14%, aos 76.390,51 pontos. O ganho reduzido e o volume financeiro de R$ 8,1 bilhões mostraram que o dia não chegou a ser de entusiasmo.

A aprovação do projeto de orçamento fiscal no Senado dos Estados Unidos, na noite de quinta-feira, fortaleceu as chances de aprovação da reforma tributária do presidente Donald Trump e animou os mercados globais desde cedo. Em seu twitter, Trump comentou que "isso agora permite a aprovação de cortes de impostos em larga escala (e reforma), que serão as maiores do nosso país!".

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Com o avanço de Trump no campo político, apesar do placar apertado (51 votos a 49), as bolsas de Nova York subiram com força e renovaram seus recordes históricos, o que estimulou o apetite por risco nos mercados emergentes. As commodities também contribuíram. O minério de ferro subiu no mercado à vista chinês. O petróleo chegou a enfrentar momentos de instabilidade, mas firmou-se em alta à tarde. As ações ordinárias da Vale chegaram a subir mais de 2% mais cedo, mas perderam fôlego nos minutos finais e fecharam em baixa de 0,15%. Já Petrobras ON e PN, fecharam com altas de 0,30% e 0,43%, respectivamente.

"Foi um pregão sem novidades no cenário doméstico, o que conduziu a atenção do investidor para os eventos esperados para a próxima semana", disse Luiz Roberto Monteiro, operador da Renascença corretora.

Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores altas foram de Eletrobras PNB (+5,93%) e Eletrobras ON (+5,40%), que responderam a sinalizações do governo sobre como será a privatização da estatal. A alta das ações da Eletrobras não se estendeu ao setor elétrico, que teve viés de baixa, na contramão do restante do mercado.

A desaceleração da bolsa no final do dia foi considerada um comportamento normal para uma sexta-feira, com investidores realizando lucros do intraday. As ações do setor financeiro, grupo de maior relevância na composição do índice, estiveram entre as que se desaceleraram. Bradesco PN perdeu 0,50% de seu valor, enquanto Itaú Unibanco cedeu 0,20%. A exceção foi Banco do Brasil ON, com alta de 0,89%.

A Casa Branca e republicanos do Congresso estão finalizando um plano tributário que cortaria os impostos corporativos enquanto reduz a arrecadação entre os americanos mais ricos, com o presidente Donald Trump pronto para anunciar a proposta no meio da semana.

O plano de reescrever o código tributário do país seria a primeira grande reforma em três décadas e também deve eliminar ou reduzir algumas isenções. O plano cortaria os impostos para os americanos mais ricos de 39,6% para 35%, de acordo com pessoas familiarizadas com o projeto que falaram sob condição de anonimato.

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Além disso, os principais impostos corporativos seriam reduzidos para de 35% para cerca de 20%. A proposta ainda quer simplificar o sistema tributário, reduzindo o número de parcelas do imposto de renda de sete para três.

Trump disse que quer ver uma taxa de 15% para as corporações, mas o presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, disse que isso é muito pouco e pode prejudicar a dívida da nação. O vice-presidente, Mike Pence, deve realizar eventos em Michigan e Wisconsin na quinta-feira para promover o plano tributário com líderes empresariais.

Os republicanos estão divididos com a possível eliminação de algumas isenções, ressaltando a dificuldade de reformar o código tributário mesmo com o controle republicano da Câmara e do Senado.

Trump planejou abordar o plano na quarta-feira em discurso em Indianápolis. Fonte: Associated Press.

O deputado Luis Carlos Hauly (PSDB-PR), relator da reforma tributária, disse que acredita que a reforma será aprovada este ano. "Tem de ser este ano", afirmou. Segundo ele, o governo precisa aprovar uma reforma ampla que não crie tantos problemas quanto os das reformas previdenciária e trabalhista. Ele frisou que a Reforma Tributária é de fácil compreensão e dá para visualizar que todos ganham. Na sua opinião é factível aprovar até dezembro, não só a emenda constitucional, mas também as leis complementares.

Hauly participou nesta sexta-feira (31) de painel sobre tributos no 2º Simpósio Nacional de Varejo e Shopping, promovido pela Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop), que ocorre até este sábado, dia 1º, em Punta Del Este, no Uruguai.

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A uma plateia de cerca de 100 empresários do setor, o relator afirmou que considera a reforma tributária neste momento mais importante do que a previdenciária e a trabalhista. "A reforma tributária é a mãe das reformas". Na sua avaliação, empresários, trabalhadores e governo precisam da reforma tributária, que terá impacto imediato na economia, trazendo de volta ao crescimento.

Obstáculo

Nos últimos 35 anos, o Brasil tem crescido abaixo da média mundial. Na avaliação do deputado, a questão tributária é mais da metade de todos os problemas que impediram o crescimento. Segundo ele, a tributação como está hoje distorce a formação de preços relativos.

O relator acredita que País precisa "tirar todas as gorduras trans do sistema tributário", diminuir o custo da burocracia e acabar com toda a parafernália entre União, Estados e municípios. Com essas mudanças, o sistema seria extremamente funcional, dinâmico, na sua avaliação. Hauly destacou também o papel importante da tecnologia na reforma tributária.

* A jornalista viajou a convite da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop)

Depois da tentativa frustrada de aprovar uma lei de saúde para substituir o chamado Obamacare, o presidente Donald Trump decidiu enviar esta semana ao Congresso um projeto de reforma tributária. Para votar a proposta, a liderança republicana e o próprio Trump precisarão de habilidade política, já que mudanças na lei tributária não são apreciadas desde 1986.

Em uma reunião após o cancelamento da votação para extinguir o Obamacare, Trump adiantou que quer "começar a reforma tributária" com cortes em "grandes impostos". A medida divide opiniões tanto na base do Partido Republicano como na do Democrata.

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Para aprovar a medida, além de enfrentar a complexidade do tema, o governo também terá dificuldades com o calendário. Pelas regras do Congresso, para entrar em vigor no próximo ano, a matéria teria de ser apreciada até junho.

Em uma conversa com jornalistas, o líder dos republicanos na Câmara dos Representantes (a Câmara dos Deputados), Paul Ryan, considerou o prazo "muito apertado", mas ressaltou que votar a reforma "não é uma tarefa impossível".

Expectativas

A imprensa norte-americana avaliou o risco de novos empecilhos causados pelos 30 deputados republicanos dissidentes, que impediram que o projeto para substituir o Obamacare avançasse. O grupo ultraconservador chamado House Freedom Caucus (em português, Convenção da Liberdade), no entanto, é favorável a mudanças tributárias e cortes de impostos. A medida também é aceita por parte dos parlamentares democratas.

Com um tema não votado há 31 anos e defensores e opositores dentro das duas bancadas, o governo Trump terá de mostrar habilidade política para conseguir maioria, o que não aconteceu na votação de substituto do programa de saúde conhecido como Obamacare.

Na quinta-feira passada (23), dia em que era esperada a votação da proposta, a liderença suspendeu a votação quando viu que não iria conseguir os 216 votos necessários para aprovar a matéria, mesmo tendo 237 representantes.

No dia seguinte (24), Trump mandou um recado e disse que a votação deveria ser feita de qualquer maneira, mesmo que perdesse. Na última hora, o próprio governo recuou, e o líder republicano Paul Ryan cancelou a votação. O grupo de deputados republicanos não cedeu, mesmo após o ultimato de Trump.

Na esteira da promessa do presidente Michel Temer de priorizar em 2017 a aprovação de uma reforma tributária, a Câmara dos Deputados já prepara uma proposta radical de mudança na forma de cobrança de impostos e contribuições sociais pelo governo federal, Estados e municípios.

O projeto prevê a extinção de sete tributos federais (IPI, IOF, CSLL, PIS, Pasep, Cofins e salário-educação), do ICMS (estadual) e do ISS (municipal). Em troca, seriam criados outros três: o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), o Imposto Seletivo e a Contribuição Social sobre Operações e Movimentações Financeiras. Esse último seria uma espécie de CPMF. A nova contribuição seria usada para permitir a redução das alíquotas da contribuição previdenciária paga pelas empresas e trabalhadores. Remédios e alimentos teriam tributação reduzida.

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O projeto também prevê a criação de um SuperFisco estadual responsável pelo IVA, que incidiria sobre o consumo de qualquer produto e serviço, semelhante ao modelo europeu. A Receita Federal cobraria o Imposto Seletivo, que incidiria sobre produtos específicos, como combustíveis, energia, telecomunicações e transportes.

Nota técnica emitida pela Comissão Especial de Reforma Tributária com as principais diretrizes da proposta começou a ser discutida com o setor produtivo e tributaristas para que sugestões possam ser incorporadas no projeto. O relator da proposta, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), quer apresentar o projeto em meados de fevereiro. Hauly diz que tem o apoio de Michel Temer e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para fazer uma ampla mudança no sistema tributário brasileiro, classificado por ele de "manicômio tributário", com R$ 500 bilhões de renúncia tributária e 23% de sonegação.

"A minha proposta é de reforma mesmo. Falei com o presidente Temer desse desenho e ele falou: toca para frente", diz o deputado, que foi relator da criação do Simples. Para ele, a tributária é a "mãe de todas as reformas". "Não adianta ajuste na macroeconomia se não fizer a mãe das reformas", diz ele, que acredita ser possível aprová-la ainda este ano para entrar em vigor em 2018.

O Ministério da Fazenda tem proposta pronta de reforma do PIS/Cofins que não chegou a ser encaminhada ao Congresso, que foi bastante discutida com o setor produtivo, mas enfrentou resistências do setor de serviços. A construção de consenso para aprovação de unificação da legislação do ICMS, principal tributo dos Estados, também foi tentada, mas as negociações acabaram sendo deixadas de lado em razão da crise fiscal dos Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara dos Deputados terá uma comissão especial para analisar, estudar e formular proposições relacionadas à reforma tributária. O colegiado, que será composto de 27 deputados titulares e igual número de suplentes, foi criado nessa quarta-feira (22) pelo presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Caberá aos líderes partidários indicar os deputados para integrarem a comissão. O grupo terá 30 dias para concluir os trabalhos, com a apresentação de propostas a serem votadas sobre a reforma tributária no plenário da Câmara. O prazo será contado a partir da instalação da comissão, que deverá ocorrer nos próximos dias.

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A reforma tributária vem sendo discutida há décadas, no Congresso Nacional, mas até então não houve acordo que viabilize a aprovação de pontos importantes do sistema tributário nacional.

Com informações da Agência Brasil.

 

O gabinete ministerial da Suíça concluiu as propostas de um reforma de seu sistema de tributação para as empresas, de modo a colocá-lo em conformidade com as normas internacionais e aumentar a atratividade do país para os negócios.

Conhecida como Reforma Tributária Corporativa III, ela tornará as leis fiscais suíças para empresas compatíveis com as normas introduzidas nos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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O plano foi finalizado nesta sexta-feira, depois de a Suíça e os 28 estados membros da União Europeia chegarem a um acordo sobre troca automática de informações fiscais de cidadãos, no mês passado.

Entre as mudanças propostas pelo governo suíço está o fim das vantagens fiscais para holding e empresas de gestão, que lhes permitiram registrar e pagar impostos em locais de baixa tributação, como Zug, na Suíça, em vez de pagá-los nos países onde é gerada a maior parte de seus lucros.

O governo estima que a perda resultante da mudança no resultado fiscal de cantões como Zug e Schwyz deverá chegar a cerca de 1,3 bilhão de francos suíços (US $ 1,4 bilhão) por ano, o que o governo federal deverá ajudar a compensar. Essa previsão de perda de receitas fiscais, no entanto, não inclui "quaisquer efeitos a partir do influxo ou êxodo das empresas" de ou para a Suíça, informou o gabinete, conhecido como o Conselho Federal, em um comunicado.

As propostas serão agora repassadas para o debate em parlamentos superiores e inferiores do país antes de uma versão final do projeto estar pronta para implementação, até 2017, no mínimo.

Fonte: Dow Jones Newswires

Relator da Comissão Especial do Pacto Federativo, o senador Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB) reforçou nesta quarta-feira (27), durante a Marcha dos Prefeitos, em Brasília, a urgência de uma ampla reforma do sistema tributário brasileiro. O socialista também defendeu a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional para auxílio financeiro às regiões menos desfavorecidas.

De acordo com o senador a reforma tributária será uma ação mais justa para os locais maias carentes. “Para que ele possa, de fato, ser mais justo, sobretudo com as regiões mais pobres”. Bezerra também insistiu na necessidade da definição das alíquotas interestaduais do tributo. “O ICMS precisa deixar de ser um imposto de produção para ser um imposto de consumo. É na ponta, no consumo, que se deve pagar a maior parte deste imposto”, destacou. “Esta é a grande mudança tributária pela qual o setor produtivo, os municípios e todo o país clamam desde a Constituição de 1988”, acrescentou.

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Além da reforma do ICMS, Fernando Bezerra defendeu a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional para auxílio financeiro às regiões mais carentes do país. “É importante que o Brasil tenha instrumentos para poder retirar dos mais ricos e oferecer aos mais pobres maiores oportunidades de educação, saúde e infraestrutura”, alertou.

No evento voltado a prefeitos de todo o Brasil, o parlamentar fez questão de lembrar que já atuou como gestou municipal à frente de sua cidade natal, Petrolina, por três vezes e se solidarizou com os representantes do Poder Executivo presentes. “Estão passando (os prefeitos) por um momento de crise e profunda dificuldade financeira e precisam equilibrar as contas, manter o custeio (como o pagamento de salários e benefícios trabalhistas) e realizar o mínimo de investimento”, reconheceu.

O senador prometeu no evento que defenderá, no Congresso Nacional, o estabelecimento de uma Agenda Municipalista para atender “aos reclames e às necessidades” dos prefeitos. “A comissão irá criar o consenso, aprofundar o debate e contribuir para um novo clima que possa resgatar a esperança e a confiança daqueles que governam os municípios brasileiros”, ressaltou.

Bezerra informou, ainda, que a Comissão Especial do Pacto Federativo – instalada oficialmente hoje – deverá concluir, até o próximo dia 17 de julho, a identificação de projetos de interesse dos governadores e prefeitos para que eles tramitem e sejam votados em regime de urgência. Uma das matérias deverá ser a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 172/12), proposta pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE). Conhecida como PEC do Pacto Federativo, ela proíbe o governo federal de criar encargos aos Estados e Municípios sem a devida previsão de recursos financeiros.

Além do senador, estiveram presentes à Marcha dos Prefeitos, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O vice na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, afirmou que mudanças nos encargos trabalhistas não devem ser uma prioridade, pois se trata de uma questão derivada da complexidade tributária do Brasil. "O encargo trabalhista hoje é caro porque o custo tributário do País é maior ainda", disse nesta quarta-feira (17) ao participar da série 'Entrevistas Estadão'.

O candidato a vice disse que o importante, neste momento, é o esforço da coligação que apoia Marina para vencer as eleições e poder enviar um projeto de lei com a proposta de reforma tributária ainda em janeiro de 2015. "Vamos ganhar a eleição primeiro e logo no começo do governo vamos mandar para o Congresso Nacional o projeto de lei que altere a reforma tributária", afirmou.

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Sobre a fala de ontem de Marina, de desconhecer a promessa de Eduardo Campos de apresentar um texto base, com as principais propostas para a reforma, antes da eleição, Beto disse que Marina provavelmente não sabia mesmo, mas admitiu que Campos havia assumido tal compromisso. "Talvez ela desconhecesse mesmo. O Eduardo tinha um estilo completamente diferente da Marina. Eduardo queria trabalhar com antecipação, sim."

Segundo Beto, os princípios da reforma devem se nortear pela simplificação, além de uma negociação com os entes federados. "Todas as reformas até hoje tiravam autonomia dos Estados, sem qualquer contrapartida. Eu estou dando um dado novo, a questão do endividamento dos Estados tem que estar nessa conversa", afirmou.

Para Beto, é possível acabar com a guerra fiscal em torno das diferentes alíquotas de ICMS desde que se dê uma contrapartida aos Estados, como negociação das dívidas com a União, por exemplo, e desde que a reforma seja feita de forma fatiada, com períodos de transição. "Nada entrará em vigor no primeiro semestre ou no primeiro ano de governo. Você precisa ter um calendário de quando as coisas irão acontecer."

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, defendeu para uma plateia de prefeitos um "aprofundamento com responsabilidade" do debate sobre reforma tributária e política. Disse ainda que os prefeitos podem contar com a SRI "para que esse diálogo não seja apenas um diálogo filosófico, que seja efetivamente o encaminhamento das soluções".

Em sua fala, Berzoini reconheceu os problemas enfrentados pelos municípios diante da ampliação de suas atribuições, feitas pelo Congresso, que é uma das principais queixas dos prefeitos. "Como fortalecermos de forma responsável a economia dos municípios vis à vis a ampliação das obrigações que os municípios têm recebido do Congresso Nacional o que certamente merece ter contrapartida em condições de realizar", disse o ministro, lembrando as "desigualdade entre os municípios".

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Berzoini destacou ainda a importância da revisão do pacto federativo, para que ele seja "mais eficaz para distribuir melhor o conjunto de recursos". Pregou também a necessidade de "reestruturar as relações federativas no nosso País, mais do que negociarmos o mérito superficial". O ministro lembrou que ocorreram várias mudanças constitucionais em questões tributárias desde a Constituinte, mas que "foram feitas de maneira açodada e precipitada em momentos difíceis".

Berzoini participou de almoço oferecido pelos participantes do III Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, em Brasília. Pouco antes, o prefeito de Porto Alegre e presidente da Frente Nacional de Prefeitos, José Fortunati (PDT), organizador do encontro, distribuiu uma carta que foi enviada aos 11 candidatos à Presidência, apresentando as reivindicações das prefeituras para o novo governo. Entre os pedidos mais repasses da União para os municípios e renegociação da dívida das prefeituras. Para Fortunati, a distribuição de recursos pelo governo federal é "desvantajosa" para as cidades.

A carta encaminhada aos presidenciáveis foi dividida em três tópicos. Além de pedirem melhor distribuição dos recursos, tratam da questão da mobilidade urbana, pedindo que sejam pactuadas fontes de financiamento para a gratuidades e benefícios tarifários para usuários do transporte público. Este é um dos pontos em destaques nas reivindicações de junho do ano passado. A candidata do PSB, Marina Silva, tem em sua pauta a proposta de criação do passe livre.

Na carta aos presidenciáveis, os prefeitos falam da preocupação com a criação de pisos nacionais, como o dos professores, pelo Congresso, sem a respectiva indicação da fonte para pagamento, e pedem aumento da participação dos municípios no bolo tributário, aperfeiçoando os critérios de distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O postulante à presidência da república, o socialista pernambucano Eduardo Campos (PSB) pretende estagnar a carga tributária e diminuir os impostos para a classe mais pobre. A declaração foi feita pelo candidato durante o encontro com entidades dos fiscos, realizada nesta terça-feira (5), no Rio de Janeiro. “O Brasil tem muitos tributos. Uma carga tributária alta. E quem paga mais tributo no Brasil são os mais pobres. Nós precisamos parar de aumentar tributo e fazer uma reforma para que os que podem mais possam pagar mais, do que os que podem menos”, ressaltou Campos.

Eduardo ainda criticou o pagamento do imposto de renda (IR) por pessoas que recebem cerca de R$1800,00, garantindo que a correção da tabela do IR será uma das propostas incorporadas no projeto de Reforma Tributária, que será entregue ao Congresso Nacional, na primeira semana do seu mandato, se for eleito. “Hoje, uma pessoa que ganha mil e oitocentos reais já paga Imposto de Renda. É algo totalmente inconcebível que o País continue com um sistema tributário como este. São esses desequilíbrios que fazem com que o País tenha um sistema tributário completamente injusto”, concluiu o socialista.

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O candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) disse nesta terça-feira, 22, que pretende divulgar, antes do primeiro turno das eleições, um texto-base de uma proposta para a reforma tributária. "Antes das eleições, vou apresentar o texto-base do debate com a sociedade, para que a gente possa, tão logo assumindo, mandar ao Congresso Nacional a reforma tributária tão falada", disse a jornalistas após cerimônia de inauguração do comitê da campanha estadual e nacional do PSB em Limeira, no interior paulista.

Segundo Campos, o objetivo é agilizar o processo para que "parte (da reforma tributária) tenha aplicação imediata e parte entre em funcionamento por fatias". Ele ressaltou ainda que pretende ser o primeiro presidente do Brasil a não aumentar a carga tributária, como fizeram os últimos governos do PT e do PSDB. E citou esforços que colocou em prática à frente do governo de Pernambuco para diminuir a carga de tributos.

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Sobre o programa de governo, Campos disse que deve ser divulgado na primeira semana de agosto. Ele minimizou o atraso - o programa já havia sido prometido pelo próprio Campos e por integrantes da coordenação da campanha para meados ou fim de julho. "Nós estamos atrasados? E os outros?", questionou.

O pessebista disse que ele e a vice Marina Silva já leram o texto completo de três eixos do programa e faltam agora ajustes finais aos três outros eixos para que sejam passados para a revisão dos dois candidatos.

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, voltou a dizer nesta quarta-feira (16) ao deixar palestra a empresários na sede do Itaú BBA, na capital paulista, que, caso eleito, enviará ao Congresso Nacional nos primeiros seis meses de mandato um projeto de reforma tributária. "Justiça tributária é um ponto central (do projeto), transparência, que responda a um novo pacto federativo, que elimine a cumulatividade, que possa desonerar investimento e possa ter efeito sobre formalização do emprego". Os fundamentos deste projeto, segundo Campos, estarão no programa de governo de sua chapa, que deve ser divulgado até o fim deste mês.

O candidato se mostrou contrário à ampliação da política de desonerações de alguns setores promovida pelos governos do PT. Campos falou que é hora de adotar medidas mais "transversais" em vez de optar por ações pontuais. "Nós vamos convergir para a reforma tributária todos os ajustes que temos que fazer. Para não ficarmos com um conjunto de medidas pontuais que custam caro e impactam pouco".

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Questionado sobre como incentivar o investimento no Brasil, o candidato pernambucano afirmou que aposta na construção de um ambiente seguro para a retomada da confiança do empresariado. "Você não incentiva empresários, nem do Brasil nem de fora, a investir, com palavras. Tem que ter atitudes coerentes com a palavra, tem que criar um ambiente seguro para empreender", afirmou.

Campos citou ainda a necessidade de convencer os investidores de que há uma governança no País comprometida com a inflação no centro da meta e os fundamentos do tripé macroeconômico. "Tudo isso são sinais consistentes para que a confiança seja retomada. A confiança foi quebrada e será retomada pela força das urnas e com atitudes coerentes com o que nós estamos pregando na eleição".

O governo federal tem consciência de que é preciso simplificar a estrutura tributária e desenvolver instrumentos privados de financiamento de longo prazo, para complementar o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afirmou nesta segunda-feira (12) o presidente da instituição financeira, Luciano Coutinho. "É preciso simplificar a estrutura tributária, para torná-la mais eficiente e menos onerosa para o setor produtivo", afirmou Coutinho, em discurso na abertura do XXVI Fórum Nacional, no Rio.

O presidente do BNDES citou as concessões como a forma mais rápida de recuperar e ampliar a infraestrutura, sobretudo logística. É também uma oportunidade de negócios. Segundo ele, é preciso reduzir os custos com logística, que consomem 9% do PIB. "Temos consciência do quão importante é para o futuro o desenvolvimento de instrumentos privados de financiamento para complementar o suporte do BNDES", completou.

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Todos os caminhos para a economia brasileira crescer de forma mais acelerada passam pelo aumento da produtividade. Assim o economista e consultor Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central (BC), resume o ponto central de "Complacência", livro sobre os entraves ao crescimento econômico no Brasil, escrito em coautoria com o economista Fabio Giambiagi, ex-pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e atualmente executivo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo dos autores é responder por que o Brasil cresce menos do que poderia. O livro, publicado pela Elsevier, será lançado no próximo dia 8, em São Paulo.

Segundo Schwartsman, o Brasil conseguiu crescer mais entre 2004 e 2010 porque tinha "folga", com gente desempregada. "A economia foi crescendo e a taxa de desemprego, reduzindo", diz Schwartsman. A questão, de acordo com o economista, é que o crescimento baseado apenas na expansão do emprego é insustentável. Por isso, é preciso fazer a "transição para a produtividade". Dessa forma, o livro de Schwartsman e Giambiagi se debruça sobre entraves a essa "transição para a produtividade". Aí entram maior abertura comercial, melhorias na educação e na infraestrutura e seguranças nas "regras do jogo" - leis, marcos regulatórios e bom funcionamento das instituições.

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Schwartsman destaca a reforma tributária, inserida nas "regras do jogo", como o campo a ser atacado de forma mais urgente pelo novo governo a assumir em 2015, seja num segundo mandato da presidente Dilma Rousseff ou numa vitória da oposição. "Centraria fogo e poder político na reforma tributária", sugere o economista, completando que uma simplificação e redução da burocracia do sistema de impostos já faria diferença, independentemente do tamanho da carga tributária. Ainda assim, nenhuma medida geraria efeitos em menos de dois anos.

O primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, prometeu uma reforma tributária depois dos protestos contra o aumento de impostos ganharem impulso no país. "Eu acho que é a hora de ter mais transparência e inspecionar nosso sistema de taxas", disse Ayrault durante entrevista publicada no jornal Les Echos.

Desde que assumiu o poder, em maio do ano passado, o governo socialista do presidente François Holland tem apostado fortemente no aumento de impostos para tapar buracos nas finanças públicas francesas. A estratégia, porém, não foi suficiente para o país cumprir as metas de redução do déficit fiscal e provocou também uma onda cada vez maior de protestos, forçando o governo a uma série de políticas paliativas.

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Recentemente, a Standard & Poor's rebaixou o rating de crédito do país de AA+ para AA. Na ocasião, a agência de classificação de risco advertiu que o espaço para aumento de impostos e que a flexibilidade do país para tributação e gastos diminuíram. "O sistema tributário francês se tornou muito complexo, quase incompreensível. Os franceses, muitas vezes, não compreendem a lógica ou pensam que o que pagam é injusto", disse o primeiro-ministro ao Les Echos.

Ayrault disse que vai se reunir com todos os sindicatos e representantes empresariais nos próximos dias para discutir a tributação do país, assim como outras questões da política econômica. Segundo o premiê, uma reforma na tributação não mudaria o nível geral de impostos para reduzir o déficit. O governo vai continuar apostando na limitação dos gastos.

O orçamento para 2014 inclui 15 bilhões de euros em redução de gastos. "Vai ser necessário continuar nesse ritmo em 2015, 2016 e 2017", ressaltou Ayrault. Fonte: Dow Jones Newswires.

Em discurso no plenário do Senado nessa terça-feira (16), Armando Monteiro (PTB-PE) lembrou os seis anos de aplicação do Simples Nacional, regime simplificado de tributação que beneficia as micro e pequenas empresas. Mas o senador também lamentou as disfunções do sistema e cobrou uma reforma tributária.

Para Armando, o uso indiscriminado do instrumento de substituição tributária do ICMS está anulando os benefícios que o Simples Nacional. "A antecipação e a substituição do recolhimento dos impostos só desfavorecem a expansão dos pequenos negócios. A carga tributária sobre os pequenos empreendedores tem crescido significativamente, dado que a alíquota do recolhimento pela substituição tributária no ICMS é expressivamente maior do que a alíquota no regime simplificado de tributação", criticou.

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O senador também defende uma extensão do regime simplificado para estimular o crescimento das empresas. "É preciso pensar em um regime de transição que seja uma porta de saída do Simples. Impõe-se a necessidade de estabelecer faixas nesse regime de transição para estimular as empresas a crescerem porque essa é uma condição fundamental para que se tornem mais produtivas", disse.

"Ressalto, ainda, que igualmente importante, nessa discussão de expansão do ambiente empreendedor no Brasil, é ampliar a adesão ao Simples para as áreas de serviços, da mesma forma como esta Casa agiu em favor dos advogados, do segmento dos prestadores de serviços da área jurídica, há poucas semanas, aqui no Senado", acrescentou.

Com informações da Agência Senado.

O Congresso da Colômbia deu sua aprovação final a um projeto de reforma fiscal controverso que reduzirá os impostos sobre pagamentos pagos pelos empregadores em um esforço para dissuadir companhias de pagarem os trabalhadores de maneira informal.

Votações foram realizadas mais cedo em ambas as Casas do Congresso, com o Senado aprovando a medida com 52 votos favoráveis contra 6 votos contrários, enquanto a Câmara Baixa também aprovou o projeto por maioria esmagadora. O projeto será enviado agora para o presidente Juan Manuel Santos, que deverá transformá-lo em lei para depois entrar em vigor no próximo mês.

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A arrecadação tributária da Colômbia subiu 25%, para cerca de 85 trilhões de pesos colombianos (US$ 47 bilhões), principalmente devido à forte alta dos pagamentos por grandes empresas de petróleo e carvão e em meio ao aumento dos preços das commodities. O novo projeto de reforma tributária não inclui nenhum aumento dos impostos e autoridades admitem que durante os primeiros dois anos o projeto pode realmente reduzir significantemente a arrecadação tributária total do governo.

Os críticos acusam o projeto de lei, que cortará impostos sobre os salários para 16%, de 30%, equivale a uma enorme redução de impostos para grandes empresas. Mas o governo argumenta que muitas empresas, em vez de pagar o imposto sobre folha de pagamento de 30% atualmente, simplesmente contratam seus trabalhadores de maneira ilegal e paga os salários em dinheiro, o que significa que o governo recebe zero de impostos.

Ao reduzir o impostos sobre os pagamentos, o governo espera convencer as empresas a seguirem a lei e a registrar todos os seus trabalhadores. "Essa é uma reforma muito importante que o país precisava há muito tempo", disse o ministro das Finanças, Mauricio Cárdenas, em um comentário publicado no Twitter. O ministro afirmou que como resultado da reforma tributária, um milhão de trabalhadores colombianos passarão a ser registrados.

Os legisladores aprovaram também uma medida que reduz para 14%, de 33% o imposto sobre os investidores estrangeiros nos bônus locais do país, chamados TES. Defendendo o impostos menor, Cárdenas afirmou: "isso permitirá uma redução nas taxas de juros", o que significa que o custos dos empréstimos do governo diminuirá.

A aprovação do projeto da reforma tributária também moderniza o imposto sobre valor agregado, em uma tentativa de simplificar a estrutura tributária complexa, que varia com base na classificação se os produtos são considerados itens essenciais, de luxo ou se enquadram em outras categorias. As informações são da Dow Jones.

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