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A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) faz um alerta no Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, lembrado hoje, 26 de abril, e ressalta os cuidados essenciais, principalmente agora, por conta da pandemia do novo coronavírus.

“Durante a pandemia de coronavírus, os hipertensos merecem uma atenção especial. Eles devem tanto evitar o contágio pelo vírus, medida baseada principalmente no isolamento social, como manter os cuidados habituais para o controle da pressão arterial. E aqui me refiro ao uso regular de medicamentos, dieta equilibrada e prática de exercícios”, ressalta o assessor Científico da SOCESP, Flávio Borelli.

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O cardiologista orienta que uma alimentação balanceada, com baixo consumo de sal, também é crucial. A SOCESP recomenda até 5 gramas de sal por dia, ou uma colher de chá. “É o limite de consumo, sem esquecer que o sal está presente em boa parte dos alimentos processados, como massas e temperos industrializados, facilmente encontrados na mesa dos brasileiros, mas que deveriam ser evitados”, alerta o cardiologista. Além do sal, os fatores de risco para hipertensão arterial são a idade, excesso de peso e obesidade, ingestão de álcool, sedentarismo, fatores socioeconômicos e genéticos.

A hipertensão é um dos principais fatores de risco para as doenças do coração. Segundo a entidade, 36 milhões de adultos brasileiros têm pressão alta. Entre os idosos, a hipertensão atinge 60%. A doença é responsável, direta ou indiretamente, por metade das mortes por doenças cardiovasculares, cerca de 200 mil óbitos todos os anos, informa a SOCESP.

A hipertensão não tratada está associada a eventos como morte súbita, acidente vascular cerebral (derrame), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e doença renal crônica. “Nos casos de Covid-19, o hipertenso não controlado tem mais complicações e maior mortalidade, conforme relatos e estudos internacionais”, explica o presidente da SOCESP, o cardiologista João Fernando Monteiro Ferreira.

Nas últimas três décadas, houve uma diminuição da incidência da hipertensão no Brasil de 36,1% para 31% da população adulta, conforme uma meta-análise contemplando 40 estudos científicos nacionais e publicados na 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Para o presidente da SOCESP, se houvesse uma adesão em massa, onde todos os brasileiros controlassem a sua pressão arterial, teríamos um salto significativo na redução de mortes por doenças cardiovasculares. “Provavelmente atingiríamos a meta da Organização Mundial da Saúde em reduzir em 25% os óbitos até 2.025”, destaca Ferreira.

Vários países começarão a suspender o confinamento nas próximas semanas, uma estratégia que exige prudência e metodologia para evitar uma segunda onda epidêmica, a qual implicaria um novo confinamento e intensificaria a crise social e econômica.

"Quando a decisão" de confinamento foi tomada, "era nossa única arma para tentar controlar a epidemia de coronavírus", disse à AFP a epidemiologista Dominique Costagliola sobre esta medida em vigor na França desde meados de março.

Essa estratégia "não é suportável a longo prazo, nem para as pessoas, nem para o país", admite.

"Os efeitos sociais, econômicos e de saúde do confinamento estão se acumulando. Chegará um momento em que os custos superarão os benefícios", prevê a dra. Linda Bauld, especialista em saúde pública da Universidade de Edimburgo (Escócia).

Por um lado, muitos especialistas apontam que ficar em casa salvou milhares de vidas.

Por outro, uma recessão mundial histórica se aproxima, apelidada de "Grande Confinamento", semelhante à "Grande Depressão" de 1929, pelo economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Somam-se a isso os riscos sociais temidos pelos especialistas, como exacerbar desigualdades, violência doméstica, ansiedade, consumo de álcool e agravamento de problemas de saúde não relacionados à COVID-19.

- Corda bamba -

Depois que o confinamento terminou na China - origem da pandemia -, é a vez da Europa, com a estabilização de mortes e hospitalizações em vários países.

A França planeja lançar um "desconfinamento" progressivo a partir de 11 de maio. Outros países europeus, dos mais - Itália e Espanha - aos menos atingidos - Alemanha, Bélgica, Suíça, Dinamarca - preparam planos semelhantes para as próximas semanas.

O presidente americano, Donald Trump, considerou que é hora de "reativar os Estados Unidos", embora o país tenha se tornado o mais atingido pela pandemia, com mais de 33.000 mortes.

A progressiva reabertura de escolas e de estabelecimentos comerciais o retorno ao trabalho presencial vão caracterizar o fim do confinamento.

Mas isso vai parecer mais com alguém na corda bamba do que em uma estrada para a liberdade. E o saldo dependerá da taxa básica de reprodução da doença, ou seja, o número médio de pessoas infectadas por cada paciente.

Antes do confinamento, "era de 3,4-3,5", explicou o presidente do comitê científico que assessora o governo francês, dr. Jean-François Delfraissy.

França e Alemanha garantem que essa medida reduziu esse número para menos de 1, o que corresponde ao controle da epidemia. Com o "desconfinamento", esse índice deve subir, uma vez que o vírus voltará a circular com mais facilidade. A margem de manobra é, portanto, muito estreita.

"Com 1,1, poderíamos atingir em outubro o limite do nosso sistema de saúde em termos de leitos em UTI", alertou esta semana a chanceler alemã, Angela Merkel.

Com 1,2, isso ocorreria em julho e, com 1,3, em junho, acrescentou.

"Não passaremos do preto para o branco, mas do preto para o cinza escuro", esclareceu o dr. Delfraissy.

- Singapura, uma "advertência" -

Acima de tudo, o "desconfinamento" deve ser acompanhado de medidas precisas, que funcionaram na Coreia do Sul, país citado como exemplo no gerenciamento da pandemia: testes diagnósticos em massa, quarentena para casos positivos e monitoramento daqueles que estiveram em contato com os infectados.

Essa estratégia exige, contudo, que todos os recursos necessários estejam "disponíveis", ressalta a epidemiologista Dominique Costagliola.

Isso significa um volume suficiente de testes e uma logística que permita o monitoramento tecnológico.

A Coreia do Sul tinha "uma brigada de 20.000 pessoas" para realizar esses "rastreamentos de contatos", lembra Delfraissy, enfatizando a importância do capital humano, além do digital.

E, mesmo quando funcionam, estratégias menos radicais do que o confinamento não são uma garantia no médio prazo.

Tendo inicialmente controlado a epidemia por meio de uma política semelhante à da Coreia do Sul, Singapura agora registra uma segunda onda de infecções, desta vez forçando o governo a tomar medidas mais severas. Entre elas, está o fechamento da maioria dos locais de trabalho.

"Singapura deve ser um aviso para todos nós", comentou o dr. Vincent Rajkumar, da rede de hospitais Mayo Clinic.

"Provavelmente, por um longo período, será preciso liberar um pouco, limitar novamente, liberar, limitar", prevê Delfraissy.

É também o que recomenda um estudo americano publicado esta semana na revista "Science": será necessário alternar períodos de confinamento e de abertura até 2022, enquanto se desenvolvem tratamentos eficazes, ou uma vacina contra o coronavírus.

O Ministério da Saúde fez um alerta nesta sexta-feira, 27, sobre o uso do medicamento cloroquina no combate ao novo coronavírus. O remédio sumiu de muitas farmácias desde que o presidente Jair Bolsonaro passou a divulgar informações de que o País estaria no caminho de encontrar uma medicação de combate ao vírus.

O secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, disse que o uso da cloroquina pela população pode, na realidade, ter efeitos nocivos sobre a saúde. "A cloroquina é um medicamento indicado em condições específicas, mas ele tem contraindicações. Pode ser tóxico em médio e longo prazo", afirmou à imprensa ontem.

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"A cloroquina não é um medicamento para evitar a doença. Os estudos ainda estão sendo realizados. Estão seguindo um rito muito mais acelerado que o tradicional", disse o secretário. A medicação, que é usada no combate à malária, vai ser produzida em larga escala e distribuída em hospitais de todo o País para ser testada em pacientes em situação grave. O Ministério da Saúde informou que serão liberadas 3,4 milhões para hospitais. Hoje, há 148 pessoas na UTI, em estado grave, com a covid-19.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O plano do governo federal de fazer 12 "naufrágios artificiais" de embarcações no mar de Fernando de Noronha, com o propósito de formar novos recifes para atrair mergulhadores, traz risco de levar para a região uma espécie invasora que afeta a biodiversidade por onde passa. O alerta é de especialistas que estudam a proliferação do chamado coral-sol.

Nativo do Oceano Pacífico, esse coral chegou ao litoral brasileiro na década de 1980, incrustado em navios e plataformas utilizadas na exploração de petróleo. Depois disso, o problema é enfrentado por biólogos, por causa de seu alto poder de devastação. Os recifes artificiais, com base em afundamento de embarcações para simular naufrágios, são situações favoráveis para o aparecimento dessa praga, que não tem predador natural. Hoje a presença do coral é combatida em partes do litoral de Bahia, Espírito Santo, Rio, São Paulo e Santa Catarina.

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O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, em janeiro, o Laboratório de Ecologia Marinha da Universidade Federal do Rio Grande do Norte fez um alerta de ocorrência de novo registro de coral-sol no litoral pernambucano, mais precisamente no Parque dos Naufrágios Artificiais de Pernambuco. O problema já foi informado ao Ibama, com recomendação de que a espécie exótica seja totalmente eliminada do local.

"A introdução dessa espécie pode causar impacto profundo na fauna aquática, reduzindo ou acabando de vez com outras espécies", diz o biólogo e doutor em saúde pública Anderson Sena Barnabé.

Conforme o Estado revelou, o governo pretende afundar 12 barcos no entorno de Fernando de Noronha e liberar embarcações com 600 passageiros ou mais. A informação foi confirmada em vídeo gravado pelo senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), que esteve na ilha com o presidente da Embratur, Gilson Machado. O Estado de Pernambuco criticou o plano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cerca de 2,7 milhões de veículos com possível defeito no sistema de airbag que provocou a morte de um motorista no Rio de Janeiro no fim do mês passado ainda circulam por todo o País. Eles são de diversas marcas e estão incluídos na lista de 5,4 milhões de automóveis que foram convocados para substituição do equipamento desde 2013, conforme dados do Procon-SP - mas ainda não foram levados às concessionárias para o conserto.

Todos os veículos são equipamentos com um ou mais airbags fabricados pela antiga Takata (hoje Joyson Safety).

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O equipamento apresentou defeito de fabricação que provoca o lançamento de peças de metal quando o airbag é acionado em caso de acidente. O problema levou ao maior recall da indústria automobilística do mundo (mais de 30 milhões de veículos nos últimos sete anos), e do Brasil, com 5,4 milhões de unidades, a maior parte das japonesas Honda, Toyota e Nissan.

Há relatos de 22 mortes e mais de 200 feridos, a maioria nos Estados Unidos. No Brasil, só a Honda informou que há registros de 16 feridos, sendo um deles fatal, o motorista do Rio.

O primeiro caso no Brasil envolveu um New Civic LXS 2008. Segundo a empresa, o modelo foi convocado em 2015, mas não foi levado para substituir o inflador do airbag. A Honda não divulgou dados da vítima.

Pelos relatórios do Procon e da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), em média apenas metade dos veículos que passam por recall são levados para conserto.

A Honda disse que, ao todo, há 906,2 mil veículos da marca que deveriam substituir 1,6 milhão de insufladores, sendo que 61% já passaram pelo serviço.

A Toyota informou que convocou 1,4 milhão de modelos por causa do defeito do airbag e que 61,4% atenderam. O recall da Nissan envolve 340 mil airbags, sendo que 55% foram substituídos (a empresa não informou número de carros).

A partir deste ano, portaria do Ministério da Justiça prevê que o não atendimento ao recall em até um ano vai constar no Certificado de Registro do veículo. A medida prevê ainda ações mais efetivas para a realização do recall.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os 14 pacientes internados com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol depois de beberem a cerveja Belorizontina, da Backer, estão em estado grave e correm risco de morte, segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. Todos estão internados na rede privada hospitalar de Belo Horizonte. Até o momento, são 18 notificações de possível intoxicação pela substância, com quatro mortes, sendo três suspeitas e uma confirmada.

O número de notificações pode aumentar, segundo o superintendente de Vigilância e Saúde do Estado, Felipe Laguardia. A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte colocou em monitoramento outras 16 pessoas que procuraram a rede municipal de saúde e afirmaram terem bebido a Belorizontina.

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A diretora de Vigilância Epidemiológica da Prefeitura, Lúcia Paixão, afirmou que, com o início dos casos de intoxicação, foi registrado aumento na procura por unidades básicas de saúde e também de pronto-atendimento. Não há, porém, um porcentual que dê dimensão a esse aumento.

"O Sistema Único de Saúde (SUS) passou a ser procurado agora, com a divulgação. Muito pelo temor", justificou a diretora.

Os 14 pacientes estão sendo tratados com o antídoto para o dietilenoglicol, o etanol. As investigações apontaram também a presença de monoetilenoglicol na produção da Backer e na fábrica da cervejaria. Porém, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, todas as intoxicações foram pelo dietilenoglicol. As duas substâncias são altamente tóxicas - ambas provocam danos graves aos rins. Em relação a problemas neurológicos, o dietilenoglicol é um pouco mais brando.

Sintomas

Os pacientes apresentaram ainda cegueira, perda de movimentos de cima para baixo e paralisia facial. Os sintomas iniciais, dores abdominais e vômitos, começam a ocorrer em até 72 horas depois da ingestão da substância tóxica.

O superintendente de Vigilância Sanitária do Estado afirmou que todos os casos suspeitos que chegam são colocados para análise e só depois de confirmado que pode se tratar de contaminação pelo dietilenoglicol é que são acrescentados ao rol de notificações.

As autoridades de saúde pedem que, em relação a pessoas que tenham a cerveja em casa, não a joguem no lixo. A entrega deve ser feita, no caso de Belo Horizonte, nas administrações regionais da capital. Quanto aos bares e restaurantes, a recomendação é para que os proprietários dos estabelecimentos entrem em contato com a empresa.

A Prefeitura identificou descarte irregular de garrafas da cerveja, conforme a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), responsável pela coleta de lixo na cidade. "Com isso, passa a existir o risco de consumo da bebida por pessoas em situação mais vulnerável", explicou Lúcia Paixão.

A Secretaria de Estado da Saúde negocia com a Polícia Civil transferência de tecnologia para exames de identificação da presença do dietilenoglicol, hoje exclusivo no Estado, na rede pública, à corporação.

A prefeitura do Rio de Janeiro informou, nesta quinta-feira (3), que vai demolir mais seis edifícios na comunidade da Muzema, no Itanhangá, onde dois imóveis desabaram no dia 12 de abril deste ano, deixando 24 mortos. Os prédios são irregulares, não têm a licença municipal de construção e podem ter ligação com a milícia que controla a localidade.

Os edifícios que serão postos abaixo fazem parte do Condomínio Figueiras do Itanhangá e não têm liminar judicial impedindo sua demolição. Segundo a prefeitura, primeiramente os moradores serão notificados e, em seguida, haverá a desocupação dos imóveis, para só depois ser feita a demolição.

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“As construções na Muzema estão em situação irregular, em área de encosta (área de média a alta suscetibilidade geológica), sem obras de contenção e sem garantia quanto à segurança e conservação”, diz a prefeitura, em nota divulgada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação.

Segundo a secretaria, existe um projeto de construções de unidades pelo programa Minha Casa, Minha Vida, em uma área legalizada próxima à Muzema, nas faixas de renda que atendam às famílias do local. A iniciativa depende de negociações com o governo Federal.

Com a era da internet, novos trabalhos passaram a ser colocados em prática. Um deles é o de motorista de aplicativo. Como a demanda é alta nas principais capitais para esse serviço, o número de profissionais cresce proporcionalmente.

Pessoas que trabalham nessa área conseguem uma renda complementar e outras já assumiram como profissão principal. Porém, há riscos.

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Segundo o motorista Diego Borges, o principal cuidado que se deve ter como motorista de aplicativo, em Belém, é evitar pegar passageiros em certos bairros perigosos e em horários noturnos. Também é bom evitar pegar pessoas que pediram corridas para terceiros, pois pode ser uma clara tentativa de assalto. “É bom sempre procurar pessoas bem avaliadas pelo aplicativo”, disse.

Sobre os riscos da profissão, Diego ressaltou que os motoristas nunca sabem quem vão pegar no aplicativo, até porque andam em lugares que podem ser considerados perigosos. Sem esquecer de mencionar o trânsito extremamente caótico, Diego destaca que a impaciência pode causar acidentes.

O motorista afirma não ter sido assaltado ao transportar algum passageiro, mas admite que o risco é sempre presente. Ele não utiliza arma ou instrumento de defesa dentro do carro, pois é contra.

Questionado sobre um dia mudar de profissão, respondeu: “Não penso em mudar. Claro que futuramente eu pretendo ter um emprego fixo, mas quero continuar no aplicativo para fazer um dinheiro extra”, concluiu.

Por Cássio Kennedy.

 

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) usou as redes sociais, neste sábado (31), para lembrar do impeachment que a tirou do comando do país há três anos. A petista afirmou que, na ocasião, denunciou o “golpe” e alertou os riscos que o Brasil corria com a destituição do seu mandato. 

“Em 31 de agosto de 2016, denunciei o golpe promovido pelos conservadores ao aprovarem o meu impeachment”, recordou Dilma em publicação no Twitter. “Alertei para os riscos que o país corria e apontei os retrocessos que ocorreriam”, emendou.

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Na votação que ocorreu no Senado naquele ano, o impeachment dela foi aprovado por 61 votos. Dilma foi cassada do cargo, mas não perdeu os direitos políticos chegando a disputar, em 2018, uma vaga para a Casa Alta, mas não obteve sucesso. 

Agora, sem cargos públicos, a ex-presidente tem se dedicado a dar palestras e aulas em universidades. 

O termo “hiperconectividade” se refere a uma realidade do tempo em que vivemos. Muitas pessoas passam boa parte ou mesmo todo o dia conectadas à internet, onde quer que estejam. Somado a isso, com o uso constante de diversos aplicativos para celular, passa despercebido que cedemos dados pessoais, geográficos e mesmo de hábitos. Uma pesquisa no Google já diz muito sobre o seu perfil. Os locais que você visita, também. Há como preservar certa privacidade, mesmo dentro dessa realidade?

Do mesmo modo que a internet abriu um sem número de possibilidades, oportunidades e facilitou diversos aspectos da vida cotidiana, com o tempo surgiu uma série de riscos à privacidade – embora seja sempre importante destacar que, sozinha, ela não é culpada por isso. Para registrar um endereço de e-mail, por exemplo, ou realizar um cadastro em um site de compras, é comum termos que ceder algum tipo de informação pessoal como CPF, RG, etc., e, nem sempre nos preocupamos ou temos a garantia de que nossos dados serão guardados de forma segura. Mais que isso, muitos dados são coletados pelos aplicativos para “oferecer uma melhor experiência” – sempre com nossa permissão.

Quem nunca se pegou, por exemplo, momentos depois de uma conversa com amigos em uma mesa de bar, recebendo notificações ou ofertas sobre o tema discutido, mesmo que não tenha tocado no smartphone? As grandes empresas como a Google negam que coletam informações pelo microfone do aparelho, mas, para nós, já ficou bem claro que esse tipo de ação é realizada. É preciso saber lidar com essa situação, tornando-a um fato da vida. Hoje, ninguém que tem um smartphone consegue “se esconder” totalmente – a não ser que entre em uma caverna, sem nenhum tipo de conexão, e que não seja visto no caminho.

Creio que não devemos mais nos preocupar tanto com esse tipo de uso de nossas informações. Parece invasivo – e, de fato, não deixa de ser. Porém, acontece e dificilmente se pode fazer algo a respeito. De outro lado, é também preciso tomar cuidado com o que mostramos na web. O simples ato de ficar conectado o tempo todo nos expõe até a riscos físicos. Não é incomum acontecerem sequestros, invasões a residências e assaltos a pessoas que expõem suas vidas nas redes sociais. Não bastassem esses crimes, os internautas também estão sujeitos aos crimes virtuais como roubo de dados confidenciais e o monitoramento de conversas.

O Brasil já possui legislação que versa sobre o desenvolvimento do ambiente virtual, o Marco Civil da Internet, mas este não abarca todas as possibilidades que não param de aparecer a todo tempo – uma característica da internet, que se expande e reinventa constantemente. Necessário se faz que o Poder Legislativo mantenha-se atualizado com as inovações que surgem, a fim de garantir um nível razoável de privacidade à população. Se precisamos utilizar a internet para quase tudo na vida, é também preciso que tenhamos segurança, inclusive jurídica, para isso. O progresso é necessário, mas deve ser acompanhado dos contrapesos adequados.

O jumento, animal-símbolo do Nordeste, chamado de "nosso irmão" em música de Luiz Gonzaga dos anos 1960, está em risco de extinção. Ele perdeu espaço para motos nas propriedades rurais do semiárido e, desvalorizado, virou alvo da cobiça dos chineses.

Quando não são abandonados nas estradas e vítimas de atropelamentos, são levados para abatedouros e têm a carne exportada para a China. Entidades de defesa dos animais se mobilizaram e, em dezembro, uma liminar da Justiça suspendeu os abates na Bahia, Estado que tem o maior número de abatedouros. O governo baiano e os abatedouros entraram com recursos, ainda não julgados.

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Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento indicam que as exportações de carne de cavalos, muares e asininos deram um salto depois que os jumentos passaram a compor as cotas de abate.

Das 24,9 mil toneladas exportadas em 2016, o volume passou para 40,7 mil em 2017 e avançou para 226,4 mil toneladas no ano passado - quase dez vezes mais.

Ainda segundo a pasta, seis abatedouros ou frigoríficos brasileiros estão autorizados a abater equídeos, incluindo os asininos. São três unidades na Bahia, e outras em Minas, Paraná e Rio Grande do Sul.

O ministério informou que está vigente a decisão judicial da juíza da 1.ª Vara Federal de Salvador, Arali Maciel Duarte, em ação civil pública movida pela União Defensora dos Animais, Rede e Mobilização pela Causa Animal - Remca, Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, SOS Animais de Rua e Frente Nacional de Defesa dos Jumentos que, em 10 de dezembro de 2018, proibiu o abate de jumentos, muares e bardotos no Estado da Bahia. Conforme a pasta, atualmente o rebanho de asininos no Nordeste está quantificado em 812,4 mil cabeças, o que representa 90% do efetivo brasileiro.

A situação só não está pior para esse asininos por causa da atuação das organizações de defesa dos animais. No fim do ano passado, em Canudos, interior baiano, cerca de 200 jumentos estavam presos, em condições de extremos maus-tratos, à espera do abate para terem a carne e o couro exportados para a China. Outros 800 animais vagavam pela fazenda, doentes e com fome - carcaças achadas na propriedade revelaram que ao menos 200 já haviam morrido. A polícia descobriu que a fazenda tinha sido arrendada por chineses, que adquiriram cerca de mil animais trazidos de várias regiões do Nordeste.

Os animais seriam levados para abate em um frigorífico da região. A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar os maus-tratos. A promotora Cristina Seixas Graça, coordenadora do centro de apoio às Promotorias do Meio Ambiente da Bahia considerou que muitos animais morreram de inanição e notificou a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). A empresa dos chineses foi multada em R$ 40 mil.

A advogada Gislane Brandão, coordenadora da Frente Nacional de Defesa dos Jumentos, descreveu o cenário de horror que encontrou na fazenda de Canudos. "Havia dezenas de jumentos mortos, muitas carcaças espalhadas pelo campo. Os animais sobreviventes estavam desnutridos, pois ficaram meses sem alimentação."

Em janeiro, a ONG Fórum Nacional de Proteção e Defesa de Animal assinou acordo com a Justiça e Ministério Público para receber e cuidar dos jumentos sobreviventes. O Fórum recebeu a tutela de 800 deles, livrando-os do abate. Uma parte foi adotada por pessoas da região e criadores comprometidos com a causa animal.

Adoção

A entidade iniciou campanha para arrecadar recursos para alimentar e medicar os asininos. A ideia é que todos eles sejam dados em adoção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil é o quarto país com maior número de diabéticos do mundo, de acordo com a estimativa do International Diabetes Federation (IDF), atrás apenas dos Estados Unidos, da Índia e da China. Dados do Ministério da Saúde mostram que 12,5 milhões de brasileiros vivem com a doença.

Existem dois tipos mais comuns de diabetes, que é causado pela falha na produção de insulina – hormônio produzido pelo pâncreas, levando à hiperglicemia, aumento do nível de glicose no sangue.  O tipo 1 é uma doença autoimune, comumente diagnosticada na infância ou na adolescência. Já o tipo 2 pode ser causado por tendência genética, estilo de vida inadequado como má alimentação e sedentarismo, além de ganho excessivo de peso.

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“A diabetes geralmente é uma doença silenciosa, mas em casos mais avançados é possível observar sede excessiva, aumento da fome e da vontade de urinar, perda de peso, visão turva, cansaço nas pernas e hálito desagradável”, alerta a médica endocrinologista Cristina Farah.

Quando não controlada, a diabetes pode desencadear diversas complicações, como perda da visão a até mesmo alterações vasculares que podem resultar em amputação, principalmente dos membros inferiores. Pessoas diabéticas também são mais propensas a sofrer ataques cardíacos e derrames.

“Para não desenvolver a doença, é importante evitar a todo custo o ganho excessivo de peso e não ser sedentário. Quanto a tendência genética, não temos como interferir, no entanto, se não houver muitos erros comportamentais, como má alimentação e sedentarismo, o risco de desenvolver diabetes diminui consideravelmente”, pondera Cristina.

Confira cinco dicas para prevenir diabetes tipo 2:

1. Se alimente bem

Adote um cardápio mais saudável, eliminando a gordura da dieta como carne de porco, creme de leite, manteiga ou o uso de óleo de soja para o preparo das refeições. Invista no consumo de mais fibras e reduza calorias, apostando em frutas, legumes e verduras.

2. Faça atividade física

Pratique exercícios físicos. Uma caminhada de 40 minutos quatro vezes por semana, por exemplo, já ajuda a prevenir a doença.

3. Controle seu peso

O excesso de peso está comprovadamente ligado ao risco de desenvolver a doença. Por isso, consumir alimentos saudáveis diariamente e praticar exercícios físicos com regularidade são recomendações essenciais.

4. Evite bebidas açucaradas e alcoólicas

O consumo elevado de álcool também aumenta o risco de desenvolver a doença, já que a substância pode provocar pancreatite crônica ao reduzir a sensibilidade à insulina. A ingestão em excesso de refrigerantes, sucos ou energéticos também pode elevar o risco de ter diabetes tipo 2.

5. Faça exames regulares

Faça análises regularmente sobre o nível de glicose no sangue, especialmente se você faz parte dos grupos de maior risco: obesos, sedentários e pessoas com histórico familiar da doença.

"A barragem de Mariana se rompeu em 2015. A barragem de Brumadinho se rompeu em 2019. Vamos esperar a barragem do empreendimento Salobo também se romper? E o princípio da precaução?".

As perguntas chegaram ao desembargador federal João Batista Moreira, da 6ª turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), horas depois do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro. A tragédia já deixou 165 mortos e 160 desaparecidos.

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Fazem parte de um processo em que três entidades indígenas do povo Xikrin, representadas pelo advogado José Diogo de Oliveira Lima, pedem uma liminar que suspenda todas as atividades da barragem finos 2, do projeto Salobo Metais, da Vale, com sede em Marabá.

Citando o Relatório de Segurança de Barragens 2017, da Agência Nacional de Águas, o advogado diz, no agravo de instrumento do dia 25, que a barragem de rejeitos de mineração do projeto Salobo "detém alto potencial de dano associado, assim como a barragem de Brumadinho, não só pelo suposto risco alto, mas diante dos vazamentos identificados".

Em letras grandes, segue outra pergunta ao desembargador: "Ou, excelência, vamos esperar também pelo rompimento da barragem do empreendimento Salobo, que causará o fim das comunidades indígenas Xikrin e das diversas comunidades que vivem ao longo dos corpos hídricos? Lamentar depois, excelência, não faz sentido".

Ouvida pelo jornal O Estado de S. Paulo, a Vale disse, por sua assessoria de imprensa, que já se manifestou sobre a petição das Associações Indígenas Xikrin no TRF1, onde esclareceu "que o empreendimento Salobo está localizado abaixo da comunidade indígena e que o curso das águas em sua área de influência corre em sentido contrário à comunidade indígena, o que torna impossível a referida área ser afetada". Disse, ainda, "que a barragem do Salobo não tem as mesmas características construtivas da barragem de Brumadinho, possui risco baixo e Declaração de Controle de Estabilidade (DCE), é monitorada e rotineiramente fiscalizada pelos órgãos competentes".

A causa das três entidades indígenas de defesa do povo Xikrin contra a Vale e o projeto Salobo - pedindo a paralisação das atividades por danos ambientais e desrespeito aos direitos indígenas - entrou na justiça em julho de 2018. O valor estimado pelo advogado foi de R$ 7,7 bilhões - depois reduzido a R$ 2 bilhões pelo desembargador João Batista Moreira.

Em novembro do ano passado ele indeferiu, "por ora, o pedido de antecipação de tutela recursal". Considerou, na decisão, que "a justiça brasileira e, talvez, nenhum sistema de justiça, esteja preparado para enfrentar tão extensa e complexa, no espaço e no tempo, quanto a que é apresentada na petição inicial [340 PÁGINAS]. Envolve a revisão de todo o sistema de exploração minerária na região sul do Pará e suas consequências para o meio ambiente e as comunidades indígenas Xikrin".

Sublinhou essas dificuldades citando o filósofo René Descartes em recomendação na obra "Discurso do Método". Qual seja: "dividir as dificuldades que tenham que ser examinadas em tantas parcelas quantas possam e sejam exigidas para melhor compreensão".

Na inicial de 2018, três anos depois da tragédia de Mariana, o advogado elenca muitos problemas na barragem do Salobo, mas nem cita a possibilidade de risco. Só veio a fazê-lo em recurso de 5 de dezembro passado, com base no relatório da ANA, agravado no dia da tragédia de Brumadinho. O desembargador Batista Moreira encaminhou o pedido de liminar do dia 25 para o parecer do MPF. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho reacendeu o debate sobre a eficiência da fiscalização da atividade de mineração no País, trazendo a reboque outra questão: o que fazer se uma tragédia no futuro envolver não a gigante multinacional, com recursos para pagar multas bilionárias, mas uma empresa de pequeno porte, desativada ou até falida?

Trata-se de um perigo real, destaca O Estado de S. Paulo após ouvir especialistas do setor. As barragens mais vulneráveis de Minas Gerais, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), pertencem a empresas que hoje estão com as atividades paralisadas.

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A barragem de mais alto risco de Minas Gerais é a da Mina Engenho, da Mundo Mineração, companhia que deixou de operar no município de Rio Acima há mais de seis anos. Sem manutenção desde então, a única sinalização que a barragem recebeu foram placas que alertam para a presença de material tóxico usado na extração de ouro, como arsênico e mercúrio.

É a situação mais grave, mas longe de ser a única: o Estado apurou que outras duas minas com atividades paralisadas também são consideradas mais perigosas que a instalação da Vale em Brumadinho. A situação já chamou a atenção do Ministério Público de Minas Gerais, que investiga algumas dessas operações.

Abandono

A questão das minas abandonadas em Minas Gerais não é desconhecida do poder público. Em 2016, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), do governo mineiro, detectou nada menos do que 400 minas abandonadas ou desativadas no Estado. Embora o levantamento concentre apenas os sítios inoperantes, e não a situação das barragens, cita casos de barragens que não apresentaram relatórios de segurança sobre seus rejeitos. O levantamento da fundação traz três casos listados como preocupantes: Mundo Mineração, Minar Mineração Aredes e Topázio Imperial Mineração.

Quem entende do setor garante que as minas desativadas de Minas Gerais são uma "bomba-relógio". Para Carlos Martinez, professor da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), a situação é "desesperadora". "A conta um dia vai chegar e tem o potencial de quebrar de vez o Estado", diz ele. "Muitas dessas mineradoras sequer existem mais. E quem vai pagar a conta do desastre ambiental e social? O poder público."

Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Bruno Milanez diz que a legislação brasileira deveria prevenir que "aventureiros" se lançassem na mineração e deixassem para trás perigos ambientais e sociais. "Vários países com atividade minerária relevante exigem que as empresas provem sua viabilidade econômica antes de iniciar a exploração de uma determinada área."

A mina da Minar Mineração Aredes, companhia de Itabirito, município da Grande BH próximo a Brumadinho, fica dentro de uma área de preservação ambiental e não funciona há quase uma década. O atual dono, o empresário Lucas Cabalero, já foi notificado pelo Ministério Público Federal (MPF) a apresentar um relatório de estabilidade. Como a mina está parada, o proprietário afirma que os rejeitos estão secos e que o reservatório não corre risco de romper. Já o MP diz ter cobrado providências s e classifica o caso como "urgente".

Outro mina desativada que preocupa é a da Topázio Imperial Mineração, no distrito Rodrigo Silva, em Ouro Preto (MG). A reportagem esteve em Rodrigo Silva e, segundo os moradores, a mina não é explorada há vários anos.

Guilherme Capanema Gonçalves, que se identificou como filho de um dos sócios da companhia, disse que as atividades da mina estão paralisadas desde 2017, quando o MP entrou com ação contra a empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Hoje, durante a comemoração da chegada do Ano Novo Chinês no bairro da Liberdade, em São Paulo, o prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), falou sobre o sigilo imposto pela prefeitura às empresas contratadas para a inspeção de oito pontes e viadutos da cidade.

O termo de confidencialidade, que proibe as empresas de fornecer documentos como laudos, projetos e contratos à imprensa, prevê consequências jurídicas. "Isso é para termos total controle e saber que aquilo que vai ser divulgado é exatamente o que diz respeito ao que foi pesquisado. Pedimos esse termo para que possamos ter tranquilidade de poder divulgar tudo aquilo que as pessoas precisam saber, mas que corresponda com a realidade", diz Covas.

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O termo foi imposto após engenheiros da prefeitura confirmarem que há "risco iminente de colapso" em seis pontes e viadutos da capital. Segundo reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, o documento emitido pela Secretaria de Infraestrutura e Obras (Siurb) versa da situação de pontes e viadutos, como Cidade Jardim, Eusébio Matoso e Cidade Universitária. O documento serviu de base para a contratação emergencial e sem licitação das empresas que farão a vistoria nas vias.

O prefeito Covas reforçou que a população não precisa entrar em pânico. "Divulgaram atas que estavam mal redigidas criando confusão na população. É um problema sério [a situação das pontes e viadutos], grave e não podemos correr o risco de ter documentos parciais e laudos incompletos sendo divulgados e criando pânico quando não precisa criar pânico. Se há um risco iminente, nós vamos dizer."

Indigenistas responsáveis pelas frentes de proteção aos povos isolados e de recente contato divulgaram, nessa quinta-feira (13), um manifesto para alertar sobre novos riscos de pressão sobre esses índios.

Em uma carta pública, os coordenadores das Frentes de Proteção Etnoambiental e da Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Funai alertam sobre a "extrema complexidade e especificidade da política de proteção desses povos e a necessidade de forte atuação na defesa territorial para sua execução".

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A manutenção das políticas aos isolados, que prevê o trabalho de proteção de suas terras de intrusos - permitindo ao índio o poder de decidir se quer ou não fazer contato com pessoas de fora - tem sido questionada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro e também é criticada pela futura ministra das Mulheres, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que vai coordenar a Funai.

No documento, os indianistas da Funai lembram que as práticas da fundação se baseiam em princípios da Constituição de 1988, em especial a partir de seu artigo 231. "Esta política foi construída tendo por base as trágicas experiências de genocídio anteriores, passando a atuar por meio da proteção territorial e da política de não-contato", afirma o manifesto.

"A defesa do território é fundamental para a garantia da vida desses povos. As Frentes de Proteção Etnoambiental atuam de forma permanente na vigilância e fiscalização desses territórios."

As atividades de proteção, afirmam os indigenistas, são uma atividade de "responsabilidade e competência específica do Estado, não podendo ser relegada à segundo plano ou à terceiros, nacionais ou estrangeiros".

Os servidores da Funai voltaram a defender que o Ministério da Justiça fique com a tutela da Funai, "sem o desmembramento de suas atribuições, e para garantia da vida dos povos indígenas isolados e de recente contato".

O mesmo pedido de manutenção da fundação debaixo do Ministério da Justiça já havia sido feito publicamente pela organização Indigenistas Associados (INA), que representa os servidores da Funai. Na visão da instituição não foi dada "justificativa institucional ou técnica para a decisão" de mudar o comando sobre a Funai.

Nova ministra

Na semana passada, Damares Alves disse ao jornal O Estado de S. Paulo que não pretende "evangelizar" os índios, mas que questiona a atual política de proteção aos povos isolados. "Vamos trazê-los para o protagonismo. Não é por que estão isolados, que estão esquecidos e deixados a cuidados de ONGs. Quem vai assumir o cuidado desse povo isolado é o Estado", declarou.

Os riscos crescentes vividos pelos povos isolados, a maioria deles isolada na terra indígena Vale do Javari, no Amazonas, foram temas de reportagem especial publicada pelo Estado no ano passado.

A aversão ao risco no mercado internacional deu o tom dos negócios com ações no Brasil nesta quinta-feira, 18. Com "gordura" significativa para queimar, o Índice Bovespa caiu 2,24% e fechou aos 83.847,12 pontos, praticamente na mínima do dia. Ainda assim, contabiliza em outubro alta de 5,68%.

A aversão ao risco no mercado internacional se deu por diversos motivos. Um deles foi o tom mais "hawkish" da ata do Federal Reserve, que continuou a produzir efeitos no mercado de renda fixa dos EUA. À tarde, preocupações em torno da questão orçamentária da Itália geraram um movimento de cautela global, depois que a União Europeia classificou o plano fiscal do país como um "desvio sem precedentes". Ao longo de todo o dia, permaneceu no pano de fundo uma expectativa pessimista quanto ao PIB da China, que será divulgado às 23h (de Brasília).

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O temor de que o PIB aponte desaceleração da economia chinesa foi, segundo operadores, o principal motivo da queda de 3,91% no preço das ações da Vale. A mineradora seguiu outros papéis do setor ao longo do dia e contaminou os papéis do setor siderúrgico doméstico. Entre essas, destaque para Gerdau PN (-3,79%), Gerdau Metalúrgica PN (-3,96%) e CSN ON (-2,87%).

"Lá fora os mercados corrigiram principalmente em função da possibilidade de um aperto monetário mais forte nos Estados Unidos, o que levou a uma busca maior pela renda fixa local", disse Pedro Guilherme Lima, analista da Ativa Investimentos. De acordo com ele, o cenário eleitoral aparentemente consolidado pode levar o Ibovespa a elevar a correlação com as bolsas de Nova York nos próximos dias, depois de diversos pregões operando descolada de Wall Street.

Alguns profissionais ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, relataram algum mal estar no mercado com a notícia de que empresas estariam comprando pacotes de mensagens, em massa, para serem disparadas via WhatsApp contra a campanha Fernando Haddad (PT) à Presidência. Outros operadores negaram que a notícia tenha tido qualquer influência nos negócios do dia. À tarde, Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que não tem controle sobre ações de seus apoiadores.

De volta à análise por ações, os papéis da Petrobras caíram 3,21% (ON) e 2,84% (PN), alinhados à aversão ao risco internacional e à queda dos preços do petróleo. Entre os bancos, houve queda em bloco. Banco do Brasil ON, sensível ao risco político, terminou o dia em queda de 1,16%. Já Bradesco ON caiu 3,09% e Itaú Unibanco PN, 2,97%, ambas nas mínimas do dia.

Uma nova pesquisa em Hong Kong descobriu que os filtros UV comumente usados ​​em protetores solares estão poluindo as águas e podem colocar em risco a saúde humana, disse uma das principais universidades da cidade nesta quinta-feira (4).

Uma "quantidade extensa" de sete produtos químicos de filtros UV comuns foi encontrada na água do mar de Hong Kong, assim como em peixes, camarões e mexilhões em fazendas aquáticas, disseram cientistas da Universidade Batista de Hong Kong.

"O efeito desses contaminantes que passam ao longo da cadeia alimentar até chegar aos humanos e o impacto de longo prazo sobre a fertilidade humana não podem ser negligenciados", disse Kelvin Leung, que liderou a pesquisa.

Testes realizados em peixes-zebra, que têm uma estrutura genética semelhante à dos humanos, mostraram que a água poluída causou anormalidades e uma taxa de mortalidade mais alta nos embriões dos peixes conforme os produtos químicos entraram na cadeia alimentar.

A universidade descreveu o estudo como o primeiro do mundo a identificar os danos causados ​​por uma combinação de substâncias químicas poluentes nos filtros solares.

Os pesquisadores disseram que iriam realizar mais testes para aprender mais sobre os efeitos dos filtros UV no corpo humano.

Os produtos químicos testados no estudo do peixe-zebra incluem octocrylene (OC), benzofenona-3 (BP-3) e etilhexil metoxicinamato (EHMC), que foram os mais abundantes tipos de filtros UV químicos nas águas de Hong Kong.

A International Chemical Secretariat já estabeleceu o BP-3 como uma ameaça à saúde humana e pediu que fosse substituído por outra substância mais segura.

Leung acrescentou que esses produtos químicos podem se acumular no corpo humano e não podem ser dissolvidos ou diluídos simplesmente pela ingestão de água.

Mais uma proposta polêmica está em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O deputado estadual João Eudes (PP) quer proibir o acesso de banhistas no mar em áreas com histórico de ataques de tubarão nas praias do litoral pernambucano. O cidadão que insistir, caso vire lei, pode pagar multa no valor de R$ 300 pelo descumprimento. 

O deputado afirmou que o projeto visa proteger as pessoas. “O mar é um habitat natural dos tubarões. Os intrusos somos nós, humanos. Não pode se tornar natural as mutilações e óbitos ”, ressaltou. 

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A definição dos locais de maior risco e vulnerabilidade deverão ser indicadas pelo Poder Executivo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e do Comitê de Monitoramento e outros órgãos de estudos sobre ataques. 

O texto ainda determina que o poder público coloque, em um prazo de três anos, telas no mar nos trechos com maior risco de ataques e a instalar novas placas de alerta, com o valor da multa incluído nelas.

O Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos do mundo e com sede em Washington, apontou, em relatório divulgado nesta terça-feira, 1, que a economia mundial passa por um período de mudanças e que os riscos para os emergentes estão aumentando. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) está em um processo de elevação das taxas de juros, movimento que está afetando o mercado de câmbio de vários países emergentes.

Além disso, o crescimento da economia mundial começa a se "dessincronizar". Os EUA estão crescendo mais que outras regiões, refletindo estímulos fiscais, enquanto outras partes do mundo crescem menos. Este fator aliado ao aumento de juros pelo Fed contribuem para a valorização do dólar e "fazem a vida mais difícil para os emergentes, especialmente para aqueles com maior dependência de financiamento externo".

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Para o instituto, intervenções oficiais dos bancos centrais nos mercados de câmbio podem ser fontes de estabilidade durante períodos de moedas muito voláteis. Nesse contexto, Argentina e Turquia são os emergentes "para se observar" nesse momento, por conta dos elevados déficits em conta corrente. O relatório mostra ainda que Brasil e Indonésia também merecem ser monitorados.

Os países emergentes, incluindo os da América Latina, tendem a intervir no mercado de câmbio de forma "assimétrica", ressalta o IIF. Os BCs parecem muito mais dispostos a impedir valorizações de suas moedas aumentando as reservas internacionais do que reduzir essas reservas para conter desvalorizações quando a pressão no câmbio aumenta, de acordo com o IFF, que observa os movimentos dos BCs desde o início dos anos 2000. Entre os emergentes que têm tido maior pressão para desvalorização de suas moedas estão, pela ordem, Argentina, Turquia, Hong Kong, Brasil e Indonésia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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