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Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2020. O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira (31) que a mediana das previsões para a Selic neste ano seguiu em 2,00% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar.

Já a projeção para a Selic no fim de 2021 foi de 3,00% para 2,88% ao ano, ante 3,00% de quatro semanas atrás. No caso de 2022, a projeção seguiu em 4,50% ao ano, ante 5,00% de um mês antes. Para 2023, foi de 6,00% para 5,75%, ante 6,00% de quatro semanas atrás.

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No início de agosto, ao cortar a Selic de 2,25% para 2,00% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou que "a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno".

Em função disso, conforme o BC, "eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva."

No grupo dos analistas que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo no Focus, a mediana da taxa básica em 2020 foi de 1,88% para 1,75% ao ano, ante 1,88% de um mês antes. No caso de 2021, permaneceu em 2,00% ao ano, ante 2,25% de quatro semanas atrás.

A projeção para o fim de 2022 no Top 5 seguiu em 4,50%. Há um mês, estava no mesmo patamar. No caso de 2023, permaneceu foi de 5,75% para 5,88%, ante 5,75% de quatro semanas antes.

O inesperado crescimento das exportações chinesas alivia os mercados internacionais, apesar das continuadas preocupações com a relação comercial entre o país asiático e os EUA. Esse bom humor atinge também as commodities, com o petróleo, por exemplo, avançando perto de 10% em Nova York. Por sua vez, este quadro impulsiona o Ibovespa, que ainda se beneficiar do corte de 0,75 ponto porcentual na taxa Selic na noite de quarta-feira (6), para 3,00%. Além disso, otimismo deve ser reforçado na interpretação de que o Comitê de Política Monetária (Copom) tende a promover nova redução dessa magnitude em junho, com o juro indo a 2,25% ao ano.

Para o Itaú Unibanco, seria necessário um agravamento ainda mais intenso da situação fiscal e um nível ainda mais depreciado da taxa de câmbio para impedir que o Copom repita em junho a decisão de ontem. "Nossa opinião é que o Banco Central BC leve a taxa Selic para 2,25% ao ano no Copom do próximo mês, nível que deve ser mantido até o fim do ano", diz, em nota.

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Apesar do otimismo com a Bolsa nesta quinta-feira, a instabilidade política e o avanço dos casos de pessoas infectadas e de mortes pelo novo coronavírus no Brasil podem limitar os ganhos. "O presidente Jair Bolsonaro diz que o Paulo Guedes ministro da Economia tem total liberdade para tomar decisões. No entanto, vetou as contrapartidas pedidas pelo Guedes no projeto de socorro a Estados e municípios. Esse desgaste acaba incomodando no curto prazo", descreve um analista. O projeto de ajuda emergencial a esses entes foi aprovado ontem, assim como o chamado Orçamento de Guerra. Ambos agora seguem para sanção presidencial.

Nesta manhã, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a cobrar diálogo entre os Poderes. Maia afirmou em transmissão ao vivo do Santander, que não é preciso antecipar a sucessão na Casa para tratar da crise. Conforme ele, o Parlamento quer um presidente de diálogo e que foque nas reformas. Em sua visão, a grande trava para o setor privado é o sistema tributário e os gastos públicos. "Essa crise vai gerar realinhamento para melhorar marcos regulatórios".

Contudo, a expectativa é de que o Ibovespa avance nesta quinta-feira, mas ainda sem muita força para alçar grandes voos. Como tem reforçado o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira, em suas análises, o índice precisa firmar-se nos 80 mil pontos, ir atrás dos 83 mil pontos e, sem seguida, dos 85 mil pontos, para "tornar esse quadro mais consistente".

"Hoje, os dados da China devem ajudar o Ibovespa, além da queda da Selic", afirma Luiz Roberto Monteiro, operador de mesa institucional da Renascença.

As exportações da China subiram 3,5% em abril na comparação com o mesmo mês do ano anterior, após queda de 6,6% em março. Economistas esperavam recuo de 18,8%. Já as importações chinesas caíram 14,2% no período, depois de declínio de 0,9% em março. A projeção para abril era de recuo de 15,8%. Com isso, o superávit comercial do país chegou a US$ 45,34 bilhões no mês passado.

Monteiro completa que é preciso acompanhar como o mercado externo reagirá aos dados de emprego dos EUA, que têm sofrido bastante com os impactos da covid-19, e lembrando que amanhã será divulgado o relatório oficial do mercado de trabalho no país.

Hoje, foi informado o dado que mede os pedidos de auxílio-desemprego no país, mostrando queda de 677 mil na semana, a 3,169 milhões, ante previsão 3,050 milhões. Mais cedo, pesquisa da Challenger, Gray & Christmas informou que os anúncios de cortes de postos de trabalho por empregadores nos Estados Unidos saltaram de 222.288 em março para 671.129 em abril, número recorde de uma série histórica iniciada em janeiro de 1993 que evidencia o impacto da pandemia de coronavírus no mercado de trabalho americano.

No corporativo, foram informados os resultados do primeiro trimestre do Banco do Brasil e da Ambev. O BB registrou lucro líquido de R$ 3,395 bilhões, o que representa queda de 20,1% ante o mesmo período do ano passado. Já a o lucro líquido ajustado da Ambev cedeu 59% no período, a R$ 1,091 bilhão, enquanto o lucro líquido ajustado foi de R$ 1,227 bilhão, caindo 55,6% também na comparação anual.

O Ibovespa subia 0,92%, aos 79.793,81, por volta das 10h45, apesar dos ganhos superiores a 1% em Nova York. O dólar à vista tinha ala de 1,94%, a R$ 5,84, após máxima a R$ 5,847.

Na avaliação do economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, após o recuo da Selic, aconteceu o que já se imaginava: dólar testa novas máximas. Ele cita que os pontos gráficos de curto prazo são R$ 5,86 e, depois, uma nova resistência em R$ 6,03. "A queda do juro básico não surtirá o efeito desejado e ainda pode estressar o dólar", escreveu em análise.

A queda da taxa de juros vem provocando um nó na cabeça de boa parte dos brasileiros: o que fazer agora com os investimentos? A taxa Selic, que caiu na quarta-feira, 5, para o patamar de 4,25% ao ano, é o indexador dos principais produtos de renda fixa, como são chamadas as aplicações conservadoras, destino de R$ 8,5 em cada R$ 10 poupados no Brasil. E sua queda foi enxugando os rendimentos pagos por produtos como CDB, títulos do Tesouro Direto, fundos DI e, claro, a caderneta de poupança.

"Ficou mais complexo investir", diz Luiz Severiano Ribeiro, que lidera a área global de private bank do Itaú Unibanco. "O 'rentismo' no Brasil acabou", afirma Dan Kawa, chefe de investimentos da TAG. "Os juros caíram a tal ponto que tanto faz se 4% ou 6% ao ano. A maré virou e, mesmo que os juros subam ou caiam um pouco, a estratégia não muda muito."

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Por conta desse novo cenário, bancos e corretoras vêm mudando suas orientações para os investidores. E a recomendação unânime é que a diversificação dos produtos que integram o portfólio de cada investidor é fundamental (como se pode ver no quadro ao lado, com as recomendações de alguns bancos de como montar uma carteira, dependendo do seu perfil).

"Tem de ampliar a exposição para além da renda fixa. A Bolsa é a nossa grande recomendação. Achamos que, no médio e longo prazos, os resultados vão compensar o investimento", afirma Augusto Miranda, diretor de Private Banking do Bradesco.

Hoje, os gestores estão, gradativamente, ampliando a presença, nos portfólios de seus clientes, de produtos em fundos multimercado e ações. Os multimercados são fundos ativos, ou seja, constantemente balanceados por profissionais, que alocam o dinheiro dos investidores em uma cesta de produtos que vai da renda fixa à renda variável.

No ano passado, dados da associação das empresas do mercado financeiro, a Anbima, colocaram o multimercado na segunda posição na preferência do investidor, com R$ 66,8 bilhões em aportes, atrás apenas dos fundos de ações, que investem apenas em ativos de empresas negociados na Bolsa, que registrou R$ 86,2 bilhões em aplicações.

Bolsa de Valores.

Para Luis Azevedo, superintendente de análise da Safra Corretora, o Ibovespa pode repetir em 2020 o desempenho do ano passado, quando subiu mais de 30%. "Temos uma visão bastante otimista para a Bolsa neste ano. Tanto que nosso time de análise acabou de elevar as projeções para o Ibovespa, passando de 130 mil pontos para 140 mil pontos", diz.

Para a renda fixa, a recomendação dos gestores é a de ampliar as posições dívidas corporativas. "Se for para manter a renda fixa, entendemos que um dos melhores instrumentos seriam as debêntures incentivadas, que possuem um bom risco de crédito e spreads (diferença entre custo de compra e custo de venda de uma ação ou um título) ainda razoáveis", afirma Adriano Cantreva, sócio da Portofino Investimentos. Alvaro Bandeira, sócio e economista-chefe da corretora Modalmais, também destaca as debêntures de infraestrutura. Mas com cuidado. "Tem de avaliar risco e a liquidez do produto", afirma.

Por falar em liquidez, os analistas apontam que no atual cenário o investidor deve se resignar com prazos maiores de saque de suas aplicações. Fabio Passos, do banco Indosuez, diz que tem batido nessa tecla com os seus clientes, principalmente os mais ricos. "Os bons investimentos estão cada vez menos líquidos", diz ele, se referindo ao tempo em que o dinheiro deve ficar disponível para a aplicação. "Para as grandes fortunas, nós estamos até ampliando para 10% do portfólio a alocação em produtos que chamamos de ilíquidos, como aportes diretos em empresas de pequeno porte e com potencial de crescimento acelerado", afirma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A política do governo de redução da taxa Selic tem a concordância de 70% da população, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira, 11. Dos entrevistados, 78% também aprovam parcial ou totalmente a manutenção da meta da inflação.

Os dados da pesquisa são relacionados a perguntas que ainda não haviam sido feitas em sondagens CNI/Ibope. O levantamento foi realizado com 2 mil eleitores de 16 anos ou mais em 127 municípios de todo país, de 5 a 8 de dezembro de 2019. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais e o grau de confiança é de 95%.

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A pesquisa foi apresentada em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para homenagear o presidente da República, Jair Bolsonaro, com o Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial da confederação.

Previdência

Pouco mais da metade (52%) concorda com a proposta de reforma da Previdência, enquanto 43% discordam e 5% não souberam responder ou é indiferente. Já a apresentação do pacote anticrime no Congresso Nacional foi aprovada por 62% da população. O mesmo porcentual concorda com a aprovação da Lei de Liberdade Econômica.

Privatizações

As privatizações e concessões em infraestrutura, como de portos e aeroportos, têm a aprovação de 57% das pessoas. Outros 54% concordam com a aproximação do governo brasileiro junto aos Estados Unidos e 66% com a realização de acordo entre o Mercosul e a União Europeia e a busca de outros acordos comerciais.

Sistema bancário

Em relação ao funcionamento do sistema bancário, a permissão de abertura de agências bancárias aos sábados foi aprovada por 76%, enquanto 68% aprovam totalmente ou em parte a redução da quantidade de ministérios e o aumento para 8h na jornada de trabalho dos bancários.

Demais assuntos

Já 76% concordam com a criação do 13º salário para o Bolsa Família. Sobre a criação da carteirinha estudantil digital, 88% dos entrevistados concordam totalmente ou em parte com a medida. O mesmo porcentual concorda com a liberação dos recursos do FGTS para os trabalhadores. A carteira de trabalho verde e amarela, que garante a redução dos imposto e do FGTS na contratação de jovens, tem a aprovação de 74% dos participantes.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse neste sábado (5) que a taxa de juros no Brasil continua ainda muito alta se for levado em consideração que, no mundo desenvolvido, o juro já está em patamar negativo. O deputado fez questão de destacar que não quer com isso interferir ou sinalizar que esteja interferindo na política monetária do Banco Central. Mas afirmou entender que ainda há espaço para corte da Selic.

Ao ser questionado sobre o que acha da transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda para o BC, Maia respondeu que a estratégia foi passar para uma instituição que não corre risco de sofrer interferências políticas. "Visa a evitar interferências politicas", afirmou. Maia participou na tarde deste sábado do Festival Piauí de Jornalismo, evento da revista Piauí, em São Paulo.

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A redução da Selic para 5,5% ao ano está obrigando grandes bancos de varejo a diminuírem as taxas de administração em fundos de investimentos de renda fixa, com o objetivo de reajustar a remuneração dos clientes ao atual cenário econômico, em que a taxa básica de juros está no menor patamar histórico.

Na última quinta-feira, o Banco do Brasil, por exemplo, anunciou cortes nas taxas de três fundos, que passaram a 3% ao ano. Conforme cálculos do banco BTG Pactual, os cortes podem afetar as receitas do BB em cerca de R$ 730 milhões ao ano.

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Ainda há, porém, fundos de renda fixa no mercado com taxas de administração elevadas, chegando a 5% ao ano, segundo levantamento feito a pedido do jornal O Estado de S. Paulo pela empresa de soluções em software para o mercado financeiro Comdinheiro.

A Comdinheiro utilizou dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) de 12 meses até agosto sobre os fundos com mais de mil cotistas e patrimônio maior que R$ 1 bilhão. Constatou que o retorno do investimento nos cinco fundos mais caros é baixíssimo.

Isso porque a remuneração é atrelada ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), cujo valor é sempre próximo ao da Selic e está em 5,4% ao ano. Com isso, por mais que o investimento rendesse o prêmio total do CDI, o custo da administração de 5% ao ano engoliria a maior parte do valor, deixando o investidor com apenas 0,4%. E o maior retorno entre os cinco fundos foi de 50,05% do CDI.

"É difícil os bancos darem um retorno de 100%", diz o diretor comercial da corretora Easynvest, Fabio Macedo. Dos 83 fundos incluídos no levantamento, só três tiveram esse desempenho: Safra Executive Corporate fundo de investimento em cotas de fundo de investimento (114,41%), Bradesco Prime fundo de investimento em cotas de fundos de investimento multi-índices longo prazo (110,29%) e BB longo prazo ativo multigestor private FIC FI (107,08%). Quem investiu nos três se deu bem, já que a taxa de administração mais alta não passa de 0,9%, o que aumenta a margem de lucro.

Uma taxa de administração mais alta, explicou Macedo, só compensa em caso de investimentos com maior grau de risco pois, por se tratar de aplicação menos conservadora, o gestor terá mais alternativas de direcionamento do dinheiro, e, com isso, aumentará a chance de uma boa rentabilidade.

Diversificar. Por mais que os investimentos em renda fixa não sejam tão atraentes em situações de baixa Selic, não quer dizer que tenham perdido serventia. "É o melhor investimento para quem é bastante conservador e está querendo colocar o pezinho para fora da poupança e conhecer de fato a questão operacional do mercado", diz o especialista em fundos da Ativa Investimentos, Bernardo Teixeira.

"O fundo DI com uma alta taxa de administração é pior que a poupança. Já o fundo DI com os ajustes feitos pelos bancos é muito melhor. Ainda é atraente, só que não tem mais aquela rentabilidade alta em um investimento ultraconservador", acrescenta.

A perspectiva é que a Selic siga em baixa. Alguns analistas acreditam que a tendência é que a taxa básica de juros termine o ano em 4,5%. Com esse cenário, o investidor precisará assumir riscos se quiser ver o dinheiro render mais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sem poder contar com altas taxas de juros para multiplicar seu patrimônio, os investidores brasileiros começam a se movimentar em direção a ativos mais arriscados em busca de maiores ganhos. O fenômeno é observado, por exemplo, no aumento de pessoas físicas com ações na B3, a Bolsa paulista, número que atingiu 1,1 milhão em maio, último dado disponível.

De acordo com especialistas, muito desse crescimento é explicado pela tentativa desses investidores em compensar a queda da rentabilidade obtida com a renda fixa, já que a Selic, em 6,5% ao ano, está no menor nível histórico. Se em outros anos era possível ganhar quase 1% ao mês sem correr grandes riscos, hoje o rendimento com os juros mal fica acima da inflação.

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"Estamos vivendo o que o americano e o europeu viveram 30 anos atrás. Eles tinham um bom retorno com aplicações em títulos de governo e de bancos. Com a estabilidade econômica, você tem um fenômeno de valorização do mercado de capitais. Claro que lá há investimentos em títulos hoje, mas grande parte é em ações", afirma o diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) Miguel de Oliveira. "No Brasil, durante muitos anos, a Bolsa só tinha grandes investidores, a classe média ficava nos juros, acomodada com o alto retorno. Agora os juros menores vieram para ficar, vamos conviver com taxas mais baixas", avalia.

A busca por mais risco pode ser verificada até mesmo dentro da renda fixa: os chamados pós-fixados, papéis cuja remuneração acompanha a Selic, como o Certificado de Depósito Bancário (CDB) ou o Tesouro Selic (antiga LFT), têm perdido espaço para os que pagam taxas prefixadas. Em maio de 2018, o papel mais volátil entre os títulos públicos, o Tesouro IPCA+ (antiga NTN-B), representava uma fatia de apenas 28% dos papéis vendidos pelo Tesouro Direto, plataforma de negociação dos títulos do governo.

Um ano depois, essa parcela é de 44%. Os ativos prefixados são considerados mais arriscados porque o investidor pode perder dinheiro em caso de alta de juros após a compra, o que não ocorre com um pós-fixado. Em caso de queda dos juros, no entanto, o prefixado se valoriza.

Recomendações

Para migrar para ativos mais voláteis, entre as recomendações mais repetidas estão diversificação e paciência. A primeira diz respeito à construção de uma carteira com tipos diversos de ativos, com diferentes características, para que o investidor não dependa de apenas um cenário para ganhar dinheiro.

A segunda dica busca evitar o grande erro de comprar na alta e vender na baixa. Olhando para o longo prazo, negociando sempre aos poucos os ativos, os investidores diminuem os riscos de ter prejuízo.

Para o professor Joelson Sampaio, da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EESP), uma boa opção para se acostumar ao sobe e desce dos ativos mais voláteis é deixar o serviço a cargo de gestores profissionais, por meio dos fundos de investimento. "Olhe a taxa de administração cobrada e o histórico de rentabilidade do fundo", aconselha Sampaio.

Ele explica que, em um ambiente de juros menores no longo prazo, uma alocação hiperconservadora não trará tanta segurança quanto se pode imaginar. Isso porque o rendimento dos juros pode ficar abaixo da alta dos preços. "A inflação iria corroendo a rentabilidade dos ativos atrelados à Selic."

Corrosão

Um exemplo disso foi o resultado da caderneta de poupança, onde estão guardados cerca de R$ 790 bilhões, no primeiro semestre do ano. Como a caderneta está remunerando, pela regra atual, 70% da Selic, a taxa básica de juros no menor nível histórico fez com que a inflação avançasse sobre os rendimentos da poupança.

Quem aplicou na caderneta em primeiro de janeiro, viu seu dinheiro acumular alta de 1,87% ao fim do semestre. No mesmo período, a prévia do oficial de inflação marcada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) aponta que os preços subiram 2,33%. Ou seja, o dinheiro que ficou parado na poupança neste primeiro semestre perdeu valor.

A expectativa da aprovação da reforma da Previdência nos próximos meses - somada à mudança na política monetária do Federal Reserve, o banco central americano, que depois de ameaçar elevar os juros no ano passado agora estuda baixá-los - abre espaço para novos cortes da taxa básica no Brasil, dizem analistas.

Se o cenário projetado pelos economistas para o segundo semestre se concretizar, o rendimento da renda fixa tende a cair ainda mais, reforçando o movimento do investidor brasileiro em busca de maiores retornos.

Onde investir?

Em busca de opções que mantenham a rentabilidade, cada vez mais brasileiros têm apostado em aplicações com maior risco do que os tradicionais caderneta de poupança e Tesouro Direto - afinal, se antes era possível ter retornos de até 1% ao mês sem arriscar demais, hoje já não é tão simples assim. Para auxiliar o leitor a como navegar em mares um pouco mais turbulentos, o Estado ouviu seis grandes gestores e executivos de fundos ativos no mercado brasileiro.

Crescimento vai voltar e deve gerar ganhos, diz Parreiras, do Verde

Na contramão de boa parte do mercado, Luiz Parreiras, estrategista da Verde Asset, vê a economia brasileira se reabilitando no segundo semestre. Como uma grande fatia do mercado ainda não vislumbra a volta do crescimento, ele afirma que as melhores oportunidades de investimento no período são as ações na Bolsa de Valores.

Outro fator de otimismo é uma futura alta do mercado acionário. Para Parreiras, a aprovação da reforma da Previdência ainda não foi totalmente incorporada aos preços, o que possibilita a valorização dos ativos depois da aprovação do texto. "Vemos mais oportunidade em ações, que serão mais impactadas por um crescimento melhor", afirma. "O mercado hoje vive um pessimismo exacerbado. Estão subestimando a retomada econômica que devemos viver", acrescenta o estrategista.

Segundo ele, o menor otimismo dos analistas se deve à frustração das expectativas do mercado no primeiro semestre. "O mercado entrou em 2019 animado com o crescimento e foi se decepcionando. Nós acreditamos que a economia doméstica, puxada pelo setor privado, vai ter uma retomada", afirma.Um dos eventos mais importantes para acompanhar no segundo semestre, aponta Parreiras, virá do desenrolar do G-20, encerrado ontem no Japão.

"Vamos ver que caminho toma a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Acreditamos numa espécie de acordo temporário, em que os países continuam negociando sem grandes disrupções ao longo dos próximos meses", destaca. "Isso deixa a economia global mais ou menos na trajetória em que ela já está. Não é pujante, mas ao menos não é muito negativa."

Fundos são alternativa para iniciar migração, diz Mazzer, do BTG

Na visão de Rafael Mazzer, gestor do BTG Pactual Wealth Management, partir para fundos multimercado (que investem em vários produtos diferentes, tanto de renda fixa quanto de variável) é um movimento acertado dos investidores que não estavam habituados a tomar riscos. "Esses fundos podem ir para a Bolsa e o investidor não precisa se preocupar em tomar tantas decisões", afirma. No caso de não conhecer muito bem o perfil de gestores dos fundos, ele aconselha que se opte pelos fundos com multigestores, nos quais mais de uma pessoa fica responsável por gerir os ativos.

Na renda fixa, ele indica as debêntures de empresas de infraestrutura. Ainda que tenham reduzido seus rendimentos, elas são positivas no médio a longo prazos, diz. Para quem tem horizonte mais curto, Mazzer aconselha procurar fundos de investimento que compram essas debêntures, para poder ter retornos em menos tempo. Para quem tem horizonte mais longo e, portanto, mais apetite por risco, ele diz que investimentos atrelados à inflação ainda são uma boa opção.

"Tesouro IPCA 2045 ou 2050, com taxa de inflação mais 4% ao ano", diz. Mazzer explica que esses são títulos menos arriscados que os prefixados. "Nos papéis com IPCA, o investidor tem o para-choque da inflação. Se tudo der errado, a inflação tende a crescer", diz. "Assim, no horizonte curto, se faz uma gestão alternativa ao CDI e, no longo, aproveita-se o movimento estrutural do mundo de juros baixos e a melhora do risco de crédito do Brasil." Diz ainda que o portfólio recomendado do banco, que antes indicava 5% dos investimentos na Bolsa, agora indica 10% nesses ativos.

Investir no exterior deve deixar de ser tabu, diz Forster, do Western

A Bolsa pode muito bem bater os 120 mil pontos no curto prazo, avalia Marc Foster, diretor da Western Asset.

Isso em um cenário que prevê a aprovação da reforma da Previdência neste ano. A entrada de estrangeiros no mercado brasileiro seria um dos combustíveis para a alta. "Eles ainda esperam sinais mais contundentes de aprovação para voltar. Uma vez confirmada (a aprovação da reforma), destrava a vinda de agentes que estão mais preocupados com o longo prazo, que têm preocupação com a moeda."

Mesmo com um tom otimista, Foster recomenda que os investidores procurem ativos que não estejam atrelados ao desempenho da economia brasileira. "Se a Previdência não passa, as dicas que eu dei dão errado. A Bolsa cai porque a economia colapsa", afirma. "O exterior permite sair disso, ter alocação internacional, sem necessariamente correr risco cambial."

Como as opções para quem tem menos de R$ 1 milhão aplicado são mais restritas, ele explica que a via mais fácil para o investidor regular ter exposição no exterior é por meio de fundos multimercados que aplicam uma parte lá fora. "É um caminho que o brasileiro vai cada vez mais explorar. Aí você diversifica de verdade."

Sobre a queda dos juros, ele não recomenda uma mudança brusca da renda fixa para a variável. "A primeira solução para a Selic baixa é entender que não existe bala de prata", afirma. O correto, segundo Foster, é buscar o longo prazo, com posições diversificadas. Ele acrescenta que não basta apenas avaliar a rentabilidade dos ativos, mas ponderar o risco corrido. "O risco do paraquedismo só aparece quando o paraquedas não abre."

Na bolsa, opção é pela qualidade dos papeis, diz Hazzan, do Safra

Para Mauricio Hazzan, diretor de investimentos do Safra Private Banking, o contexto de juros baixos deve levar o investidor a buscar alternativas mais rentáveis na Bolsa de Valores, já que, em comparação com outros países, os brasileiros se expõem pouco a riscos.

"O investidor lá fora tem exposição a juros e a empresas listadas na Bolsa. O brasileiro tem menos de 5% em ativos ligados ao Ibovespa (principal índice da Bolsa). Esse número vai crescer, porque é um ativo que gera retorno melhor que o CDI (Certificado de Depósito Interbancários, título emitido por instituições financeiras) ou que investimentos que rendem pouco acima do CDI", diz.

Na Bolsa, os setores mais promissores são os impactados diretamente pela queda de juros. "São os que têm ciclos mais longos: concessões rodoviárias, energia, saneamento, shoppings ou imobiliário." Hazzan explica que setores que dependem de juros no longo prazo aproveitam esse cenário para se financiarem. Ele pondera, no entanto, que, ao olhar para esse setor, é preciso ficar atento à qualidade dos ativos e verificar a eficiência das empresas em que se pretende investir.

O diretor do Safra Private Banking ainda indica os fundos imobiliários como uma boa opção: "O mercado imobiliário sente a queda de juros na veia, pois juros mais baixos ajudam não apenas a construtora, mas a pessoa física que compra". Para o gestor, os investidores brasileiros terão também de ter mais paciência. "O jogo é de mais longo prazo. Investimento sempre foi assim, mas ficamos mal acostumados com um CDI alto, quando era possível dobrar o dinheiro investido a cada três ou quatro anos".

Ganho com renda fixa ficará perto de zero, diz Giufrida, da Garde

Além da reforma da Previdência, uma agenda positiva pode impulsionar os ativos brasileiros, diz o gestor Marcelo Giufrida, sócio da Garde Asset. Entre os fatores estão a autonomia do Banco Central, a reforma tributária e as privatizações. O BC terá um papel importante na tentativa de modernizar a legislação de câmbio e abrir mais espaço para a presença de fintechs no sistema financeiro, avalia Giufrida.

Esse quadro, e considerando que a atividade econômica vai sair do fundo poço, pode levar o Ibovespa, principal índice de ações do País, a se valorizar de 10% a 15% ainda neste ano. O caminho até lá, contudo, não deverá ser exatamente tranquilo, prevê Giufrida. "Nos últimos dias, por exemplo, quando se passou a adiar o calendário (da reforma da Previdência), o mercado sentiu, porque já tinha dado como favas contadas", afirma.

De acordo com o sócio da Garde, um dos elementos que deve aumentar as oscilações no segundo semestre são as eleições municipais, previstas apenas para o ano que vem: "Está no radar a sucessão e os deputados não querem se desgastar. O cenário eleitoral estará mais perto e muita coisa no Congresso leva em conta anos à frente", destaca.

Para o investidor conservador, ele lembra que, se ficar na renda fixa tradicional, os ganhos devem se aproximar de zero. "Esse investidor deveria considerar sofisticar a renda fixa com bons gestores especializados no mercado de crédito. Ou fundos imobiliários voltados a Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que têm isenção fiscal". Para os mais arrojados, com estômago para as oscilações, faz sentido aumentar a parcela investida na Bolsa.

Diversificar é a saída para mitigar risco maior, diz Kfouri, do BNP Paribas

Na visão de Gilberto Kfouri, diretor de renda fixa e multimercados do BNP Paribas Asset Management, o investidor tem de se acostumar a um nível de risco maior e se preocupar menos com o curto prazo. "É preciso parar de olhar para o CDI (Certificado de Depósito Interbancário, título emitido por instituições financeiras), aceitar um pouco mais de volatilidade e saber que é possível perder um pouco no dia a dia", diz.

O gestor vê que os investidores podem assumir esses riscos na renda fixa - em papéis mais longos -, em crédito privado, em títulos prefixados, NTN-B (título do tesouro atrelado à inflação) com vencimento mais longo, além da Bolsa de Valores. "A Bolsa tem uma perspectiva de ganho maior, mas o risco também é maior. Por isso, é preciso ter uma carteira diversificada."

Kfouri afirma que pessoas conservadoras podem começar por papéis de prazos maiores: títulos do tesouro prefixados ou NTN-B mais longo. O investidor moderado pode ter parte de seu dinheiro na Bolsa. Os mais agressivos, por sua vez, com horizonte de investimento maior, poderão ter um porcentual mais abrangente desses ativos e olhar para fundos imobiliários e de private equity (que levantam capital para adquirir participação em empresas já desenvolvidas).

O gestor avalia que ainda há espaço para uma alta do Ibovespa, o principal índice da Bolsa. "Com juros baixos, quando se faz a avaliação das empresas, há uma melhora pela redução do custo de oportunidade. As empresas terão um crescimento melhor do que a economia real", diz. A ressalva dele vai para o cenário internacional: "Depende-se de fluxo de estrangeiros para dar sustentação à Bolsa de Valores". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os juros futuros operam em queda na manhã desta segunda-feira (17) alinhados ao dólar, e refletindo a percepção de que o Banco Central deverá adotar uma política de afrouxamento monetário em meio à inflação comportada e fraqueza da economia, com risco de recessão, segundo profissionais de renda fixa.

A pesquisa Focus mostrou nesta manhã nova revisão para baixo para o produto Interno Bruto (PIB) deste ano e do próximo. As projeções para o PIB de 2019 recuaram de 1,00% para 0,93%, enquanto para 2020 passaram de 2,23% para 2,20%.

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Outra mudança foi a redução da estimativa para Selic de 6,50% para 5,75% em 2019 e para 2020, de 7,00% para 2020.

Às 10h55, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 5,98%, de 6,01% no ajuste de sexta-feira.

O DI para janeiro de 2023 exibia 6,93%, de 6,96%, enquanto o vencimento para janeiro de 2025 estava em 7,48%, de 7,51% no ajuste de sexta-feira.

A inflação vai terminar 2018 com um avanço menor que 4%, após finalizar o ano passado abaixo do piso da meta estipulada pelo Banco Central, afirmou o presidente da instituição financeira, Ilan Goldfajn, nesta segunda-feira (3). O mercado reduziu a estimativa de aumento da inflação de 3,94% para 3,89% para este ano. A sexta queda seguida do indicador.

Segundo a avaliação do chefe da autoridade monetária, ao prever a subida da Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) do piso atual de 6,5% ao ano para 8% ano em 2020, o mercado financeiro estimou qual seria a taxa neutra de juros, que não estimula nem contém os preços e a atividade econômica.

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A expectativa das instituições financeiras segue abaixo da meta de inflação estipulada pelo Banco Central, que é de 4,5%, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta será cumprida se o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ficar entre 3% e 6% em 2018.

Já para o próximo ano, os economistas do mercado  diminuíram a expectativa de inflação de 4,12% para 4,11%. A meta central para 2019 é de 4,25% e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia entre 2,75% e 5,75%.

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - de 2018 e 2019. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 20, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano seguiu em 4,15%. Há um mês, estava em 4,11%. A projeção para o índice em 2019 seguiu em 4,10%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00%. No caso de 2021, a expectativa foi de 3,93% para 3,90%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 4,00% e 3,95%, nesta ordem.

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A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está dentro da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

Há duas semanas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de julho foi de 0,33%, acima do 0,27% projetado pelo BC no último Relatório Trimestral de inflação (RTI), de junho. No acumulado do ano, o IPCA está em 2,94%.

No Focus, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 seguiu em 4,16%. Para 2019, a estimativa do Top 5 permaneceu em 4,20%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,09% e 4,06%, respectivamente.

No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4,00%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 seguiu em 3,75%, também igual ao visto um mês atrás.

A projeção mediana para o IPCA 2018 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis seguiu em 4,15%. Houve 37 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 4,11%.

No caso de 2019, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis passou de 4,14% para 4,13%. Há um mês, estava em 4,10%.

As projeções do IPCA que consideram apenas os últimos 5 dias úteis são uma das novidades do novo formato do Focus. As estimativas gerais do IPCA, que seguem fazendo parte do Focus, levam em conta os últimos 30 dias. Conforme o BC, a intenção de divulgar projeções com base nos últimos dias úteis tem como objetivo mostrar um retrato mais tempestivo do indicador de inflação.

Selic

Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) para o fim de 2018 e de 2019.

O Relatório de Mercado Focus trouxe que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic em 2019 permaneceu em 8,00% ao ano, igual ao verificado há quatro semanas.

No caso de 2020, a projeção para a Selic seguiu em 8,00% e, para 2021, também permaneceu em 8,00%. Há um mês, os porcentuais projetados eram de 8,00% para ambos os anos.

No início do mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou a manutenção, pela terceira vez consecutiva, da Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano. Em sua decisão, o Copom afirmou que os indicadores recentes da atividade econômica "refletem os efeitos da paralisação no setor de cargas, mas há evidências de recuperação subsequente". A instituição também reconheceu que a inflação de junho, de 1,26%, refletiu a greve dos caminhoneiros e "outros ajustes de preços relativos". No entanto, pontuou que os "dados recentes corroboram a visão de que esses efeitos devem ser temporários".

Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2018 seguiu em 6,50% ao ano, igual ao verificado um mês antes. No caso de 2019, a projeção do Top 5 para a Selic seguiu em 7,63%, também igual a quatro semanas atrás. No caso de 2020, permaneceu em 8,50% e, para 2021, também em 8,50%. Há um mês, estava em 8,50% para 2020 e 2021.

Já após os dados mais recentes de inflação, divulgados na semana passada, os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - de 2018. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 13, pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de 4,11% para 4,15%. Há um mês, estava neste mesmo patamar. A projeção para o índice em 2019 seguiu em 4,10%. Quatro semanas atrás, exibia a mesma taxa.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00%. No caso de 2021, a expectativa permaneceu em 3,93%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 4,00% para ambos os anos.

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A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está dentro da meta deste ano, cujo centro é 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de julho foi de 0,33%, acima do 0,27% projetado pelo BC no último Relatório Trimestral de inflação (RTI), de junho. No acumulado do ano, o IPCA está em 2,94%.

No Focus, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 foi de 4,10% para 4,16%. Para 2019, a estimativa do Top 5 passou de 4,07% 4,20%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,10% e 4,06%, respectivamente.

No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4,00%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 seguiu em 3,75%, também igual ao visto um mês atrás.

A projeção mediana para o IPCA 2018 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis foi de 4,11% para 4,15%. Houve 44 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 4,11%. No caso de 2019, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis passou de 4,10% para 4,14%. Há um mês, estava em 4,10%.

As projeções do IPCA que consideram apenas os últimos 5 dias úteis são uma das novidades do novo formato do Focus. As estimativas gerais do IPCA, que seguem fazendo parte do Focus, levam em conta os últimos 30 dias. Conforme o BC, a intenção de divulgar projeções com base nos últimos dias úteis tem como objetivo mostrar um retrato mais tempestivo do indicador de inflação.

Selic

Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) para o fim de 2018 e de 2019. O Relatório de Mercado Focus trouxe que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic em 2019 permaneceu em 8,00% ao ano, igual ao verificado há quatro semanas.

No caso de 2020, a projeção para a Selic seguiu em 8,00% e, para 2021, também permaneceu em 8,00%. Há um mês, os porcentuais projetados eram de 8,00% para ambos os anos.

Há duas semanas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou a manutenção, pela terceira vez consecutiva, da Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano. Em sua decisão, o Copom afirmou que os indicadores recentes da atividade econômica "refletem os efeitos da paralisação no setor de cargas, mas há evidências de recuperação subsequente".

A instituição também reconheceu que a inflação de junho, de 1,26%, refletiu a greve dos caminhoneiros e "outros ajustes de preços relativos". No entanto, pontuou que os "dados recentes corroboram a visão de que esses efeitos devem ser temporários".

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de julho foi de 0,33%, acima do 0,27% projetado pelo BC no último Relatório Trimestral de inflação (RTI), de junho. No acumulado do ano, o IPCA está em 2,94%.

Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2018 seguiu em 6,50% ao ano, igual ao verificado um mês antes. No caso de 2019, a projeção do Top 5 para a Selic seguiu em 7,63%, ante 7,75% de quatro semanas atrás. No caso de 2020, permaneceu em 8,50% e, para 2021, também em 8,50%. Há um mês, estavam em 8,50% para 2020 e 2021.

Após a reunião da última semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) para o fim de 2018 e de 2019.

O Relatório de Mercado Focus trouxe hoje que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic em 2019 permaneceu em 8,00% ao ano, igual ao verificado há quatro semanas.

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No caso de 2020, a projeção para a Selic seguiu em 8,00% e, para 2021, também permaneceu em 8,00%. Há um mês, os porcentuais projetados eram de 8,00% para ambos os anos.

Na semana passada, o Copom anunciou a manutenção, pela terceira vez consecutiva, da Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano. Em sua decisão, o Copom afirmou que os indicadores recentes da atividade econômica "refletem os efeitos da paralisação no setor de cargas, mas há evidências de recuperação subsequente". A instituição também reconheceu que a inflação de junho, de 1,26%, refletiu a greve dos caminhoneiros e "outros ajustes de preços relativos". No entanto, pontuou que os "dados recentes corroboram a visão de que esses efeitos devem ser temporários".

Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2018 seguiu em 6,50% ao ano, igual ao verificado um mês antes. No caso de 2019, a projeção do Top 5 para a Selic seguiu em 7,63% ante 7,75% de quatro semanas atrás. No caso de 2020, permaneceu em 8,50% e, para 2021, também em 8,50%. Há um mês, estavam em 8,50% para 2020 e 2021.

Câmbio

O relatório Focus mostrou manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2018 e 2019. A mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano seguiu em R$ 3,70, mesmo valor verificado há um mês.

Para 2019, a projeção para o câmbio no fim do ano também permaneceu em R$ 3,70, ante R$ 3,60 de quatro pesquisas atrás.

A estimativa de instituições financeiras para a inflação voltou a cair. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,15% para 4,11%. Os números constam na pesquisa Focus, publicação elaborada todas as semanas pelo Banco Central com estimativas para os principais indicadores econômicos.

Para as instituições bancárias, o IPCA em 2019 será de 4,10% e 4% em 2020. Para 2021, a projeção caiu de 4% para 3,95%. Essas estimativas estão abaixo da meta que deve ser atingida pelo BC para este ano e 2019. Em 2018, a meta é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

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Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic. Os bancos projetam que a taxa básica deve permanecer em 6,5% até o final deste ano. Para 2019, a estimativa é de aumento dos juros, terminando o período em 8% ao ano.

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi mantida em 1,50%, neste ano. Para 2019, a estimativa é de 2,50%. Os bancos também projetam aumento de 2,50% do PIB em 2020 e 2021. Já a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no final deste ano. Para o fim de 2019, passou de R$ 3,68 para R$ 3,70.

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4% para 4,03% em 2018. A projeção é da pesquisa Focus, elaborada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com estimativas de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

A pesquisa do BC também aponta a projeção para os próximos três anos. Para os bancos, o IPCA em 2019 será de 4,10% e de 4% em 2020 e em 2021. No entanto, as estimativas estão abaixo da meta que deve ser alcançada pelo BC.

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Em 2018, a meta é de 4,5% com limite inferior de 3% e superior a 6%. Para o ano que vem, a previsão é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, a meta é de 4% e para o ano seguinte é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos.

 Para chegar a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), atualmente em 6,5% ao ano. As instituições bancárias estimam que a Selic deverá permanecer em 6,5% ao ano até o final deste ano. Já para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, encerrando o período em 8% ao ano e permanecendo no mesmo percentual em 2020 e 2021. 

Apesar de os economistas só preverem aumento da taxa básica de juros (Selic) no ano que vem, no mercado financeiro crescem as apostas de uma alta ainda este ano, principalmente após a crise deflagrada com a greve dos caminhoneiros. As curvas de juros já mostram uma possibilidade de 50% de um aumento da Selic já na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Nesta quarta-feira (6) o juro básico está em 6,5% ao ano, e as indicações do BC são de que ficará estável por muitos meses.

Na terça-feira (5), a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 subiu de 11,35% para 11,80% no fechamento da sessão regular. A taxa do DI para janeiro de 2023 fechou na máxima de 10,95% (ante 10,57% na segunda-feira) e a do DI para janeiro de 2021 encerrou na máxima de 9,05% - na segunda-feira, fechou em 8,76%. O DI para janeiro de 2019 avançou de 6,712% para 6,900% e para janeiro de 2020 foi de 7,62% para 7,89%.

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Profissionais já avisavam que a melhora vista na segunda nos ativos não se sustentaria. É longa a lista de fatores negativos: receios de agravamento da crise fiscal após a crise dos combustíveis, possibilidade de mudança na política de reajuste de preços da gasolina, fortalecimento de candidatos com perfil heterodoxo nas pesquisas de intenção de voto para presidente e temor de aumento da ingerência política na área econômica.

Na queda de braço dentro do governo, que já resultou na saída de Pedro Parente da presidência da Petrobrás, o mercado desconfia que a equipe econômica pode ficar enfraquecida e, por isso, adiciona prêmio à curva de juros. Entre os temores do investidor, está a dúvida sobre quem vai pagar a conta dos subsídios ao diesel.

O mercado também piorou na terça-feira à medida que os leilões extraordinários de contratos de swap cambial do BC, no começo da tarde, foram incapazes de aplacar a trajetória ascendente da moeda americana. "O dólar ignorou a intervenção e o mercado foi para cima. O DI reagiu, com a leitura de que o nível do dólar pode ser uma preocupação para o BC na inflação", disse um gestor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir de hoje (28), 120 mil investidores que possuem títulos públicos federais no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) poderão obter extratos com as informações sobre suas posições de custódia em títulos públicos na página do Banco Central (BC) na internet.

Segundo nota oficial do BC, o acesso a essas informações só era possível por meio das instituições financeiras participantes do Selic com as quais os investidores se relacionavam. “A nova funcionalidade não impacta os investidores do programa Tesouro Direto, que continuarão acessando extratos pelos mesmos canais atualmente disponíveis”, informou o BC.

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O acesso poderá ser feito das seguintes formas: pelo site do Banco Central, na área destinada ao Selic no menu “Economia e Finanças”; com a utilização das credenciais do Registrato (Registro de Informações no Banco Central), sistema que oferece aos investidores informações sobre as operações de crédito; e pelo sistema financeiro e de certificados digitais e-CPFs ou e-CNPJs.

Em meio à disparada do dólar ante o real nas últimas semanas, o Banco Central surpreendeu o mercado financeiro e interrompeu o ciclo de cortes de juros no Brasil, iniciado em outubro de 2016. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou no início da noite da última quarta-feira (16) a manutenção da Selic (a taxa básica da economia) em 6,5% ao ano. Foi a primeira manutenção após 12 decisões consecutivas de corte. A instituição também deixou claro que, nos próximos meses, manterá a Selic no nível atual.

O anúncio de ontem contrariou a maior parte dos economistas do mercado, que esperavam por um último corte da Selic. De 55 instituições financeiras consultadas pelo Projeções Broadcast, 53 projetavam corte de 0,25 ponto porcentual, para 6,25% ao ano, enquanto apenas duas - o Bank of America Merrill Lynch e a Flag Asset - esperavam pela manutenção da taxa.

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A decisão do Copom foi surpreendente até porque, nas últimas semanas, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, manteve a ênfase na inflação e na atividade como os principais fatores de influência sobre a política monetária. Em 8 de maio, último dia antes de os dirigentes do BC entrarem no período de "silêncio do Copom", quando não são mais feitas declarações públicas sobre juros, Goldfajn havia reafirmado, em entrevista à GloboNews, que o Banco Central, "num regime de metas de inflação, olha para inflação, atividade; é isso o que importa na decisão".

Para a gestora de renda fixa da Mongeral Aegon Investimentos, Patricia Pereira, a decisão do BC até tem respaldo nos fundamentos econômicos, mas Goldfajn induziu o mercado a apostar que haveria mais um corte. "Não fosse a entrevista, a aposta majoritária seria para manutenção dos 6,5%", disse Patricia. "Isso afeta a credibilidade em relação às próximas comunicações."

Na última quarta-feira, ao justificar a decisão de manter a Selic, o Copom afirmou que "o cenário externo tornou-se mais desafiador e apresentou volatilidade". O BC pontuou que, com o processo de alta de juros em economias desenvolvidas, como os Estados Unidos, houve "ajustes nos mercados financeiros internacionais". "Como resultado, houve redução do apetite ao risco em relação a economias emergentes."

No Brasil, o fator mais visível desses ajustes foi a alta do dólar em relação ao real. Do fim de março até a sessão desta quarta-feira, a moeda americana disparou mais de 11%, para R$ 3,6755. Esse avanço do dólar, na visão dos economistas, vai, mais cedo ou mais tarde, ter impacto na inflação. Mas, como a atividade segue fraca, muitos profissionais avaliavam que a pressão da alta do dólar sobre os preços seria menor.

O BC, no entanto, deu peso ao movimento de alta do dólar em sua decisão. "Esses choques (externos) podem alterar o balanço de riscos ao reduzir as chances de a inflação ficar abaixo da meta no horizonte relevante", defendeu a instituição. O aumento do dólar pode encarecer produtos e serviços importados consumidos no Brasil e pressionar a inflação. O Banco Central eleva ou reduz a Selic justamente para controlar a alta dos preços.

Cautela

"A decisão do Copom de manter a taxa, em vez de reduzir como havia indicado, demonstra viés cauteloso frente à depreciação do câmbio e à volatilidade dos ativos internos", avaliou o economista-chefe do Santander, Maurício Molon.

"O BC foi extremamente prudente e responsável com o futuro. Se ele reduz a Selic nesta reunião, a possibilidade de saída de dólares do País ficaria maior e teríamos uma desvalorização ainda mais intensa do real", afirmou Paulo Dutra, coordenador do curso de economia da Faap. Isso ocorreria porque o investimento estrangeiro no Brasil ficaria menos atrativo, num momento em que os EUA estão elevando sua taxa de juros.

Neste cenário, conforme Dutra, a divisa americana poderia chegar à casa dos R$ 4,00, pressionando também os preços internos. "O custo de produtos e insumos importados ficaria muito alto. Dependendo do tamanho do impacto, a medida de aumento da taxa de juros lá na frente, para compensar a alta dos preços, poderia ser muito maior do que a manutenção agora", acrescentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Selic (taxa básica de juros) pode sofrer redução novamente na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), marcada para maio. O assunto esteve em pauta no último encontro do comitê, realizado na semana passada, quando a taxa foi reduzida em 0,25 ponto percentual (6,5% ao ano). A ata da reunião foi divulgada hoje (27), no site oficial do BC. “A evolução do cenário básico tornou adequada a redução da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual nesta reunião. Para a próxima, em maio, o comitê vê como apropriada uma flexibilização monetária moderada adicional”, diz a ata.

Para o comitê, uma nova redução da Selic, ainda em 2018, diminui o risco de alta na inflação. O Copom afirma que as expectativas de mercado para a inflação em 2018 estão em torno de 3,6%. Para 2019 e 2020, as projeções estão em cerca de 4,2% e 4%, respectivamente. A meta de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 4,5%, neste ano; 4,25%, em 2019; e 4%, em 2020. A margem de erro é de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

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Confira aqui a ata completa da última reunião do Copom.

A dois dias da decisão de março do Comitê de Política Monetária (Copom), a página do Banco Central na internet foi motivo de susto no início da noite desta segunda-feira, 19. No canto superior direito, a página informava que o patamar da taxa Selic estaria em "0,00%" e teria sido decidida em uma reunião nesta segunda-feira, 19 de março.

A taxa básica de juros está atualmente em 6,75% ao ano e haverá decisão sobre seu patamar nesta quarta-feira (21). A maior parte dos analistas espera queda de 0,25 ponto porcentual, para 6,50% ao ano.

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Procurada, a assessoria de imprensa da autoridade monetária informou que o juro em patamar quase japonês - que tem taxa negativa em 0,1% - é resultado de um erro. Por volta das 19h50, quase 40 minutos após a observação do erro pela reportagem, o juro zero continuava na página do BC na internet.

O Banco Central fez nesta quinta-feira, 22, uma clara defesa do mandato simples, de controle da inflação. A instituição afirmou ao 'Estadão/Broadcast', por meio da assessoria de imprensa, que o foco em apenas um objetivo "tem servido bem ao País" e que "a lei de autonomia do BC deve consagrar o que existe hoje de fato". A proposta, defendida pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), coloca um duplo mandato, com meta também de crescimento (ou geração de empregos).

Desde que assumiu o Banco Central, em meados de 2016,o presidente do BC, Ilan Goldfajn vem defendendo, quando questionado sobre o assunto, o mandato único para o BC. Para ele, ao controlar a inflação por meio da Selic (a taxa básica de juros), o BC contribui para a sustentabilidade do crescimento no longo prazo.

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Além disso, segundo apurou a reportagem, dentro do BC existe a avaliação de que com apenas uma ferramenta - a Selic - não se deve estabelecer duas metas conflitantes no curto prazo: inflação e crescimento.

Na quinta-feira, 22, Goldfajn voltou a demonstrar oposição ao duplo mandato, embora esteja discutindo, como é de se esperar, os vários aspectos da proposta de autonomia com o governo e o Congresso. Pela manhã, ele esteve no Palácio do Planalto em reunião com o presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Na reunião, eles trataram das 15 medidas anunciadas como prioritárias, com destaque justamente para a autonomia do BC.

Conversas como essa também fazem parte da estratégia do BC de convencimento sobre os riscos de algumas sugestões, como a do mandato duplo. Ex-presidentes e ex-diretores do BC já haviam alertado que o duplo mandato representará um retrocesso.

Isso porque, ao mirar na geração de empregos, o Banco Central pode ter problemas no controle da inflação. Economistas de fora do BC lembram que há ampla literatura econômica que corrobora isso.

Simples. "O BC opera sob o regime de metas de inflação desde 1999 (à semelhança de muitos países no mundo), com foco no objetivo de inflação, o que tem servido bem ao País", afirmou a instituição, em nota. "A lei de autonomia do BC deve consagrar o que já existe hoje de fato".

A pressão para o estabelecimento de mandato duplo vem de Jucá e da "ala política" do governo - não da "ala econômica". Um eventual anúncio de que o BC vai buscar também o crescimento poderia passar uma mensagem positiva para a população, ainda mais em ano eleitoral.

A circulação da proposta de mandato duplo no Congresso, aliás, não é novidade. Um dos defensores dessa ideia é o senador Lindbergh Faria (PT-RJ). Em 2011, o senador fazia pressão para que um projeto seu neste sentido fosse aprovado. Foi preciso que o então presidente do BC, Alexandre Tombini, conversasse diretamente com Lindbergh sobre a inconveniência da proposta.

Na época, a Presidência da República era ocupada por Dilma Rousseff, filiada ao mesmo partido de Lindbergh. Sua proposta acabou não indo para frente. O assunto esfriou, mas agora está de volta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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