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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta-feira, 2, o uso mais amplo de bloqueadores de sinais. Atualmente, esse instrumento só pode ser utilizado em presídios, cadeias e áreas de segurança. Agora, vários órgãos públicos poderão lançar mão da tecnologia, entre eles a Presidência da República, as Forças Armadas e a Agência Brasileira de Inteligência. Para o bloqueador de sinal ser usado, contudo, será necessário buscar uma anuência prévia da Anatel. A tecnologia serve para bloquear o sinal de telefones, wifi, drones e receptores de GPS.

De acordo com o conselheiro Vicente Bandeira, relator do caso na Anatel, o grande motivador das novas permissões foi contemplar situações específicas, urgentes e temporárias, por exemplo, relacionadas a segurança de eventos, operações de garantia de lei e de ordem, entre outros contextos. "Buscou-se acompanhar a evolução tecnológica e manter maior diversidade de sistemas de uso, por exemplo para contenção de drones, para evitar perturbação em grandes eventos esportivos, e proteger sistemas críticos marítimos e aeronáuticos", afirmou.

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As áreas autorizadas para bloqueio são os estabelecimentos penitenciários, portos e aeroportos, áreas de segurança pública ou militares, além de locais de interesse temporários de órgãos de segurança pública, de defesa nacional e de delegações estrangeiras.

De acordo com a resolução aprovada pela Anatel, somente pessoas naturais ou jurídicas que sejam usuários de bloqueadores ou que componham sua cadeia de fabricação e de comercialização poderão portar, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, deter, ceder e emprestar esses equipamentos.

Na lista atualizada dos usuários com permissão para usar bloqueadores estão: Presidência da República; Gabinete de Segurança Institucional; Ministério da Defesa; Ministério da Justiça e Segurança Pública; Ministério das Relações Exteriores; Forças Armadas; Agência Brasileira de Inteligência; Órgãos de Segurança Pública; Órgãos de Segurança Pública; e Órgãos de Administração Penitenciária.

Para qualquer criança que tenha deficiência auditiva desde o nascimento ou no começo da infância, a linguagem de sinais será sua primeira língua. Seu uso é importante para a comunicação, expressão e raciocínio . Libras será a primeira língua e  o português a segunda, por causa do desenvolvimento pessoal e social. Desde 2005, se tornou obrigatória a inclusão de disciplina que ensina a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em todos os cursos de formação de professores – Pedagogia, Educação Especial e todas as licenciaturas. 

Para quem deseja estudar Libras, a dicas é entender e avaliar os outros sentidos. É justamente por isso que  o ouvinte e intérprete deve evitar tocar no surdo sem fazer contato visual antes, já que ele pode se assustar com essa atitude imprevista e até mesmo brusca, por exemplo. O toque é um dos sentidos mais aguçados da pessoa surda, sendo assim, acene quando for se dirigir a ela. O olhar também é imprescindível nesse sentido, para isso, pratique bastante a comunicação olho a olho. A expressão facial é um recurso muito importante porque se trata de um recurso que auxilia na compreensão e interpretação das mensagens.  

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É necessário utilizar repetições para dar ênfase e reforçar a mensagem.  O YouTube hoje é uma plataforma digital que reúne várias pessoas fluentes na língua como profissionais e surdos. Trata-se de treinamento e conhecimento de palavras novas. Para conhecer mais sobre como fazer algumas palavras em Libras no Instagram, siga @falailibras e @ritadlibra.

Outra dica é buscar palavras específicas no dicionário online do Acessibilidade Brasil. Não se trata de apenas um cumprimento da Lei, mas também é importante para o desenvolvimento da pessoa. E na escola, é o lugar ideal para a aprendizagem.

Os outros motivos de estudar Libras e ter sua importância para os professores e instrutores são: inclusão social, formação humanizada, gerar vínculo entre aluno e professor, quebra de barreiras na comunicação, agilidade de raciocínio e de ação e contribuir para novas oportunidades profissionais. Isso promove uma educação mais igualitária e inclusiva, e um ponto de partida com um círculo social amplo. Vale ressaltar que, este aprendizado não serve apenas para os profissionais da educação, mas sim para todos aqueles que querem possuir uma comunicação abrangente.  

Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, revelaram que é possível detectar sinais precoces de demência até nove anos antes de o paciente receber um diagnóstico específico, como Alzheimer.

No trabalho publicado nesta sexta-feira, 14, na publicação Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association, o grupo de cientistas analisou informações do Biobank, o banco de dados biomédicos britânico. A equipe descobriu sinais de dificuldades em várias áreas específicas, como a solução de problemas e a lembrança de números específicos.

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"Quando olhamos para a história dos pacientes, fica muito claro que eles já apresentavam alguns sinais de problemas cognitivos muitos anos antes de os sintomas se tornaram óbvios o suficiente para gerar um diagnóstico", afirmou Nol Swaddiwudhipong, principal autor do estudo.

As descobertas levantam a possibilidade de, no futuro, pacientes em maior risco de desenvolver algum tipo de demência fossem mapeados para intervenções precoces ou para testes clínicos de novos medicamentos.

Atualmente, existem poucos tratamentos eficazes para demências ou outras doenças degenerativas, como o Parkinson. Em parte, isso ocorre porque as doenças só são diagnosticadas depois que os sintomas aparecem, embora a degeneração propriamente dita comece muito anos (e até décadas) antes. Isso significa que, quando os pacientes são recrutados para testes clínicos de novos tratamentos, pode já ser muito tarde para que o curso da doença seja alterado.

A análise das informações reunidas no banco de dados biomédicos revelou que pessoas que desenvolveram Alzheimer já apresentavam um desempenho pior do que indivíduos saudáveis em tarefas de resolução de problemas, tempo de reação a estímulos, capacidade de lembrar de números, memória prospectiva (nossa capacidade de lembrar de algo para fazer mais tarde), entre outros. Isso também foi constatado em pessoas que desenvolveram uma forma rara de demência chamada de demência frontotemporal.

Remédio para diabetes pode diminuir risco de demência

Um estudo publicado ainda esta semana na revista científica BMJ Open Diabetes Research & Care descobriu também que alguns medicamentos contra a diabete podem reduzir em até 22% o risco de demência em pacientes. Segundo os pesquisadores, as descobertas ajudam a planejar melhor a seleção de medicamentos para pacientes com diabete tipo 2 e com alto risco de demência, quadro clínico que afeta as funções cerebrais e está associado aos seus dois subtipos principais, Alzheimer e demência vascular.

Os cientistas compararam o risco de aparecimento de demência em pacientes com diabete tipo 2, a partir dos 60 anos, tratados com três classes de medicamentos: sulfonilureia (SU), tiazolidinediona (TZD) e metformina (MET). O tratamento durou pelo menos um ano e, após este período, o grupo que tomou TZD teve um risco 22% menor de ter qualquer tipo de demência em comparação aos participantes que usaram apenas a MET.

Segundo eles, os resultados trazem contribuição significativa à literatura sobre os efeitos de medicamentos contra diabetes para a demência. O estudo, entretanto, é considerado de caráter observacional. A equipe acredita que pesquisas futuras podem redirecionar agentes antidiabéticos orais para a prevenção de demência e podem considerar priorizar o uso de TZD.

Caso alguém te pergunte “quem é o médico do homem?”, provavelmente, você deve saber que é o urologista, mas quando deve consultá-lo? Alguns sinais relacionados à saúde sexual do homem e ao aparelho urinário podem indicar a necessidade de visitar o profissional, a fim de obter o diagnóstico e tratamentos efetivos e preservar sua qualidade de vida. A busca masculina por mais qualidade de vida tem colaborado com a procura pelo atendimento especializado para a saúde.  

O urologista é o médico dedicado a tratar o sistema urinário, tanto do homem quanto da mulher, ele fica responsável por diagnosticar e tratar os seguintes casos: infecções e inflamações em todo o trato urinário, cálculos renais e cânceres no sistema urinário. Já em relação ao sistema reprodutor masculino, ele é responsável por diagnosticar e tratar fimose, curvatura peniana, infertilidade e tumores que acometem o sistema reprodutor masculino.

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 Por tratar de diversas doenças, o urologista pode utilizar diversos exames para realizar um diagnóstico preciso além do exame clínico, como exames de sangue, exames de imagem, biópsia vesical, exame de toque retal, entre outros. No entanto, cabe ao urologista avaliar cada caso e decidir quais exames são necessários para chegar a um diagnóstico conclusivo. Embora seja fundamental visitar regularmente um urologista, alguns sinais indicam que essa consulta deve ser antecipada. Conheça cinco sinais que indicam que você deve consultar um urologista: 

Dores em determinadas regiões: Para um urologista, algumas regiões podem indicar diversos problemas, como na dor na região lombar indicando problemas nos rins como cálculo renal ou tumor; dor abdominal podendo sugerir infecções, cálculo renal ou tumor; dor do pênis sinalizando infecções, traumas e DST’s; dor nos testículos alertando inflamações, varicocele, cisto ou tumor.  

Sintomas urinários: Podem indicar a presença de infecção, inflamação, lesões renais ou tumor. Em homens e mulheres podem ser desconforto ao urinar, gotejamento, incontinência urinária, presença de sangue na urina, aumento da frequência urinária diurna e noturna e diminuição do fluxo urinário.  

Problemas nas relações sexuais dos homens: Quando há sinais de infecções e outros problemas no sistema reprodutor masculino, os sintomas que indicam a necessidade de procurar um urologista são ejaculação precoce, diminuição da libido sexual, desconforto durante a relação sexual, ausência de orgasmo e sangue no esperma.  

Sinais de doenças sexualmente transmissíveis: Os sintomas na região do pênis e testículos incluem coceira, vermelhidão, dor, bolhas, feridas, queimação, corrimento e verrugas penianas.  

Idade: O avanço da idade também é um indício de que você deve procurar um urologista. Todos os homens acima de 40 anos precisam procurar o profissional para realizar o exame de próstata e o PSA. Mesmo que não tenha o histórico de câncer de próstata na família, é fundamental passar por uma avaliação urológica.  

 

Sinais preocupantes sobre a saúde financeira e as perspectivas da rede social de Donald Trump, Truth Social, multiplicam-se, seis meses após o lançamento da plataforma, cujo tráfego é modesto.

A rede Fox Business reportou nesta quinta-feira (25) que a empresa havia interrompido os pagamentos ao seu provedor, RightForge, e acumulava uma conta de US$ 1,6 milhão. Nem a Trump Media & Technology Group (TMTG), empresa controladora da Truth Social, nem o RightForge fizeram comentários junto à AFP.

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Por outro lado, a fusão da matriz com a Digital World Acquisition Corp (DWAC) , que deveria lhe permitir dispor de recursos novos, ainda não se concretizou, 10 meses após ser anunciada. A DWAC publicou hoje uma convocação para uma assembleia geral extraordinária em 6 de setembro, na qual os acionistas terão o prazo de 8 de setembro de 2023 para concluir a fusão. Caso faltem votos a favor, a empresa "seria forçada à dissolução".

A fusão injetaria cerca de US$ 1,25 bilhão na TMTG, embora alguns investidores ainda possam sair do acordo e reduzir esse valor. Segundo as demonstrações financeiras divulgadas nesta semana, a DWAC dispunha no fim de junho de US$ 3.000 em espécie disponíveis, com o montante arrecadado na bolsa bloqueado à espera da fusão.

A DWAC enfrenta uma investigação das autoridades federais americanas, que apresentaram provas a um grande júri ante um possível processo criminal. A empresa também é questionada pelo regulador do mercado de ações americano (SEC).

Lançada em fevereiro, a Truth Social busca se tornar uma alternativa às grandes redes sociais, em particular o Twitter, que suspendeu a conta de Donald Trump em janeiro de 2021. Mas seis meses após a sua estreia, a plataforma está em 30º lugar nos downloads de aplicativos para o iPhone, divulgada pela empresa Apple.

A conta do ex-presidente na Truth Social tem 3,91 milhões de seguidores, bem menos do que sua conta no Twitter, que tinha 79,5 milhões quando foi suspensa.

A cotação da DWAC caiu 2,42% hoje em Wall Street e o valor do papel despencou 71% em relação à máxima deste ano, registrada no começo de março.

A legislação brasileira possui mais de uma forma de exigir a qualidade de vida, segurança e respeito à pessoa idosa, mas apesar disso, os índices apontam, anualmente, para escaladas da violência contra os idosos e situações de ferimento à dignidade humana. Ao fim do primeiro ano da pandemia, o número de registros de violência contra esse público aumentou em mais de 50%. Por mais um ano, a preocupação do Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, celebrado neste dia 15 de junho, se concentra nesse salto de registros.

O objetivo da data é a formação de uma consciência mundial, social e política, da existência da violência contra a pessoa idosa. De acordo com o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, a celebração deve-se relacionar à apresentação, ao debate e ao fortalecimento das mais diversas formas de prevenção contra a violência.

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No Brasil, o Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de 2003) considera violência contra o idoso qualquer ação ou omissão que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico. O artigo 230 da Constituição Federal de 1988 também responsabiliza o Estado e a sociedade com o cuidado e inserção da pessoa idosa à comunidade.

Levantamentos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que os idosos devem representar 25,5% da população brasileira até 2060.  Hoje, o Brasil tem 29,9 milhões de idosos, de acordo com informações disponíveis no site World Health Organization (WHO).

Em 2019, as denúncias de violência contra pessoas idosas representavam, em 2019, 30% do total de denúncias de violações de direitos humanos recebidas pelo canal telefônico Disque 100, disponibilizado pelo Governo Federal, o que somava em torno de 48,5 mil registros.

Ao fim do primeiro ano de pandemia, com o isolamento social imposto de forma preventiva, o número observado em 2019 aumentou 53%, passando para 77,18 mil denúncias. No primeiro semestre de 2021, o Disque 100 registrou mais de 33,6 mil casos de violações de direitos humanos contra o idoso, no Brasil.

Violência em Pernambuco

O Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência Contra a Pessoa Idosa (CIAPPI) registrou, de 1 de janeiro a 9 junho deste ano, 614 denúncias envolvendo 1.329 vítimas. O equipamento é associado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado (SJDH). No mesmo período de 2021, as denúncias somaram 578 com 1.498 violações.

De acordo com a Secretaria, nos dois anos, se mantiveram os três tipos de violência mais comuns. Em primeiro lugar a negligência com 297 vítimas em 2022 e 283 no ano anterior. Em segundo lugar vem a violência financeira, somando 196 ocorrências este ano e 217 em 2021. Por último, a violência verbal (2022: 173 e 2021: 215).

Sinais de violência (de acordo com a SJDH)

Expressão facial de tristeza, desesperança, passividade ou retraimento;

Estado emocional ansioso ou agitado;

Presença de hematomas e machucados;

Aspecto desnutrido, pálido, desidratado e com olheiras;

Higiene precária;

Administração incorreta de medicamentos;

Falta de cuidado com os problemas de saúde e busca tardia por assistência;

Medo ou respeito exagerado com o cuidador;

Explicações improváveis, pessoais ou de seus familiares, para determinadas lesões ou traumas;

Isolamento;

Armações de óculos quebradas.

Iniciativas locais

Fundo Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa

Equipamento criado em 2011 pela Lei 14.458, com o objetivo de captar e aplicar recursos financeiros destinados a implantar e manter o desenvolvimento das políticas voltadas à pessoa idosa em Pernambuco. Ligado a ele, está o Conselho Estadual dos Direitos do Idoso em Pernambuco (CEDPI). A este braço, composto por 32 conselheiros, é atribuída a tarefa de elaborar a proposta orçamentária anual e o Plano Plurianual de Ações (PPA), assim como convocar e organizar o Fórum Estadual do Idoso a cada dois anos.

Prova de vida sem sair de casa

A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara Municipal do Recife (CMR) aprovou, no ano passado, um projeto de lei que assegura a pessoas idosas ou com deficiência, que tenham mobilidade reduzida, o direito de realizar a comprovação de vida pelas instituições bancárias sem sair de casa. O projeto é de autoria do vereador Doduel Varela (PSL).

Meia-entrada

Desde 2020, idosos a partir de 60 anos podem comprar ingressos para espetáculos musicais, artísticos, circenses, teatrais, cinematográficos, atividades sociais, esportivas e quaisquer outras que proporcionem lazer e entretenimento com meia-entrada em Pernambuco. O benefício foi concedido pela Lei nº 16.988, de 30 de julho, publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Cartão do Idoso

As pessoas a partir de 60 anos podem solicitar no Recife o chamado cartão do idoso, documento que autoriza estacionar em vagas especiais para essa faixa etária. A credencial também é exigida para grávidas e para pessoas com deficiência. O documento é emitido desde fevereiro deste ano pela Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) na capital.

Caderneta da Pessoa Idosa (Recife)

Desde 2018, a Secretaria de Saúde do Recife utiliza, na Atenção Básica, a nova Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, do Ministério da Saúde. O instrumento permite o registro e o acompanhamento, pelo período de cinco anos, de informações sobre dados pessoais, sociais, e familiares, condições de saúde, hábitos e de vida, o rastreamento dos idosos mais vulneráveis, além de ofertas orientações para seu autocuidado. Além disso, contribui para a organização do processo de trabalho das equipes de saúde e para a otimização de ações que possibilitem uma avaliação e cuidado integral da Saúde da Pessoa Idosa.

Como denunciar

Ligação para o Disque 100

As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita, de qualquer telefone fixo ou móvel. O serviço é 24h, diariamente, incluindo sábados, domingos e feriados.

A ferramenta digital criada para facilitar a vida dos surdos no país ampliou em mais de 30%, nos últimos dois anos, o número de sinais para tradução do português para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e lança um avatar voltado ao público infantil, o Guga.

VLibras passa a oferecer a novidade nesta sexta-feira (3), Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

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O sistema de tradução, desenvolvido pelo Ministério da Economia em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, dispõe de 21 mil sinais.

Avatar infantil

Guga reúne-se aos avatares Ícaro (masculino) e Hosana (feminino), com os quais os surdos traduzem para Libras não só páginas do governo federal, reunidas na plataforma Gov.Br, mas também páginas de empresas que já aderiram à ferramenta. Alguns exemplos: Vivo, Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Sky Serviços de Banda Larga, Serasa Experian, Universidade Presbiteriana Mackenzie e Agência Brasil.

“O Gov.Br é a plataforma com maior utilização do VLibras, mas a ferramenta extrapolou o Poder Público e também beneficia cada vez mais o público da iniciativa privada. É uma ferramenta de inclusão digital”, ressalta o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade, em nota.

O VLibras é uma ferramenta de código aberto, que foi aperfeiçoado com a colaboração de pessoas surdas usuárias da ferramenta, como Lucas Silva, 25 anos, de Itabuna (BA), e Rafael Emil Korossy Marques, 36, de Recife (PE). Ambos ajudaram nas animações dos avatares que reproduzem os sinais em Libras.

“Crio para que Ícaro (avatar do VLibras) possa ser mais fluente”, diverte-se Silva, que conheceu a ferramenta nos primeiros meses de funcionamento, há cinco anos. “Sou animador surdo e os vídeos do VLibras, de como criar as animações dos sinais, são didáticos, têm legenda e janela de intérprete. Isso nos ajuda bastante a criar. Assisti os vídeos, pratiquei e vi que estou indo muito bem”, comemora.

Veja vídeo de Lucas Silva:

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"Oi, meu nome é Lucas e este é meu sinal. Crio sinais para que Ícaro (avatar do VLibras) possa ser mais fluente. Sou animador surdo e os vídeos do VLibras de como criar as animações dos sinais são didáticos, têm legenda e janela de intérprete. Isso nos ajuda bastante a criar. Assisti os vídeos, pratiquei e vi que estou indo muito bem!” - Lucas Silva, 25 anos, de Itabuna (BA).

Sites

Hoje, 48.480 sites utilizam o VLibras, incluindo o Legislativo e o Judiciário, como o da Câmara dos Deputados, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“O VLibras é uma ferramenta digital acessível para surdos, ou seja, um robô-intérprete de Libras para auxiliar a vida de surdos nos sites. Traduz o texto para Libras e também pode ajudar a encontrar um sinal por meio de uma palavra. Isso já é um ganho da comunidade surda digital, graças à tecnologia”, acrescenta Marques.

Personalização

A personalização dos avatares é gratuita no aplicativo VLibras. Ali é possível escolher cor do cabelo, da pele, dos olhos e da roupa de Ícaro, Hosana e agora do Guga.

Para ampliar a participação dos usuários, a equipe do VLibras está criando um Libraskê - ainda em fase de testes, sem data definida para ser lançado. O Libraskê permitirá aos surdos ver músicas com o uso da linguagem de sinais. O novo serviço vai trazer mais interação e diversão para o público infantojuvenil, destacou a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.

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O Transtorno Compulsivo Alimentar Periódico é caracterizado pelo consumo exacerbado e descontrolado de alimentos em um curto período de tempo. Também é possível reconhecer a compulsão em pessoas que sentem a necessidade de comer mesmo quando não estão com fome e quando já estão aparentemente saciadas.

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A compulsão alimentar pode estar associada a vários motivos, como ansiedade, estresse, depressão, além de outros gatilhos emocionais. Estudo realizado por pesquisadores e cientistas do King’s College de Londres, publicado no Brasil pela revista Veja, aponta que a pandemia da covid-19 e o isolamento social também podem ocasionar o surgimento desse transtorno, bem como agravar a situação daqueles que já tinham problemas alimentares antes disso.

A psicóloga Louise Britto explica que os excessos podem ser vistos como a necessidade que uma pessoa tem de encobrir uma falta. “A ansiedade é o medo, a angústia do que pode vir pela frente e através da compulsão alimentar podemos ter a ilusão de que estamos preenchendo esse vazio do que nos falta”, diz.

Em alguns casos, o consumo exagerado de alimentos pode gerar nos indivíduos uma sensação de culpa. De acordo com Louise, isso acontece porque a ingestão incontrolável de comida causa a sensação de rompimento com o ideal que as pessoas buscam, que geralmente é o padrão estético. Na pandemia, a psicóloga afirma que o alimento é um dos maiores recursos de enfrentamento para lidar com o isolamento social. “Então a pessoa pode buscar através da comida o alívio para sintomas de ansiedade”, analisa.

A médica nutricionista Danielle Farias afirma que compulsivos alimentares comem mais do que devem, mais do que necessitam e mais do que podem. Dessa forma, a compulsão alimentar acaba oferecendo riscos à saúde. Esses riscos podem ser o sobrepeso, obesidade e outras doenças como a aterosclerose – depósito e acúmulo de gordura no organismo e nas corrente sanguíneas -, diabetes e hipertensão. “Os compulsivos alimentares são, sim, mais sujeitos a terem outros tipos de patologias”, explica.

Danielle informa que a melhor maneira de controlar a fome e a compulsão é fazer o acompanhamento com um nutricionista e um psicólogo para que eles possam entender quais são os gatilhos emocionais do paciente e o que o faz ter a necessidade de se alimentar o tempo inteiro. Além disso, a médica cita a elaboração de estratégias para que a pessoa consuma alimentos com mais fibra, que provocam uma saciedade maior e “enganam” quem costuma se alimentar o tempo inteiro.

“Um exemplo muito clássico que a gente utiliza muito com compulsivos alimentares é o uso de castanhas, que vão ter gordura e que vão provocar essa saciedade, vão ter bastante fibra, mas o valor calórico desses alimentos não é tão grande”, destaca a nutricionista.

Danielle diz que é muito importante que a alimentação, para quem tem compulsão alimentar, ou outros transtornos alimentares como a bulimia e a anorexia, seja feita de forma individualizada e que o nutricionista deve conhecer a realidade do paciente, as limitações, os gatilhos emocionais e as necessidades dele.

Ela também informa que alguns alimentos podem estar nas estratégias nutricionais para tentar saciar e tirar a angústia do paciente pelo ato de se alimentar. “Castanhas, vegetais crus vão auxiliar nesse processo, mas no geral consumir mais fibras, barrinhas de cereais, barrinhas de proteínas, palitos de cenoura”, cita.

A nutricionista diz que, além do consumo maior de fibras, há a organização dos horários da alimentação. “O tratamento todo vai funcionar com um acompanhamento normalmente quinzenal entre nutricionistas, psicólogos, uma equipe multiprofissional pra conseguir organizar a vida, o emocional e a alimentação desse paciente”, complementa Danielle.

A psicóloga Louise Britto afirma que o processo terapêutico é uma das principais formas de entender qual lugar o alimento ocupa na vida da pessoa e como ressignificar esse lugar, a fim de ter uma relação mais saudável com a comida. Quanto ao momento para iniciar o tratamento da compulsão alimentar, Louise finaliza: “A partir dos primeiros sintomas e indícios da relação disfuncional com a comida”.

Por Isabella Cordeiro.

 

O DJ Alok irá se apresentar no próximo sábado (30), no Hopi Hari, interior de São Paulo. Para comemorar os 20 anos do parque de diversões, ele vai fazer um show especial no evento Celebration.

Segundo informações do colunista Leo Dias, a festa com a participação do músico irá receber um esquema de linguagens de sinais. No palco, Mariana Lima irá traduzir e interpretar as canções de Alok em Libras. É a primeira vez que o artista adota essa ação.

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"A música não é só o som e batida, mas também uma mistura de sentimentos e energia. Então estou muito feliz em levar essa nova experiência para a galera que curte meu trabalho, pois sinto que que precisamos estar cada vez mais próximos e mais conectados", explicou ele para a coluna do Uol.

No dia do evento, o público irá se divertir com os hits Table For TwoOceanHear Me Now, além da recém-lançada On & On.

Atraso na fala, dificuldade de comunicação, falta de interação social e de contato visual são características comuns do transtorno do espectro do autismo perceptíveis já nos primeiros anos de vida.

Foi observando características semelhantes a essas que a professora Michele Barros descobriu que o filho tem autismo. Logo cedo, a mãe percebeu que o comportamento do pequeno Emanuel era diferente do das crianças da creche onde ele entrou com 6 meses. Emanuel chegou aos 2 anos sem falar, não apontava objetos, nem a comida quando estava com fome. Começou ter comportamentos repetitivos e não interagia com outras crianças.

“Fui notando coisas que eram diferentes. Ele não gostava de ir a lugar com barulho, ia a festas de aniversário e, na hora dos parabéns, tampava os ouvidos e chorava. A professora começou a notar também que, quando contava histórias, Emanuel estava andando, olhando para a parede, não participava de nada e tinha muitas rotinas. Queria ficar só acendendo e apagando a luz, abrindo e fechando a porta, não participava [de atividades e brincadeiras] com as outras crianças.”

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Michele Barros, então, procurou especialistas para tratar do filho. Emanuel começou fazer vários tipos de terapia e, com pouco mais de um ano de tratamento, teve bons resultados. Hoje, com 4 anos, ele já fala frases, consegue demonstrar o que quer e brincar perto de outras crianças. “São muitas terapias, é pesado, mas é gratificante. Vemos que temos retorno do que estamos investindo.”

Na última terça-feira (18), Dia do Orgulho Autista, a Agência Brasil ouviu a história de Michele Barros e de outras pessoas que lidam com o transtorno para falar sobre o diagnóstico e o tratamento do autismo.

Diagnóstico

O diagnóstico do autismo é essencialmente clínico, feito por meio da observação do comportamento e com a participação de psicólogos, psiquiatras e neurologistas. Há três características principais a serem observadas no comportamento que podem indicar o autismo, explica a professora aposentada do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília, Izabel Raso Tafuri.

Uma das características é o atraso significativo da fala e da capacidade de comunicação da criança, ou seja, de se fazer entender e transmitir uma mensagem com frases. Há também  dificuldade de interação, o que leva a criança a se isolar, não conseguir brincar com as outras e se sentir excluída na sociedade. Outro traço são comportamento repetitivos, ritmados e obsessivos ou ritualísticos.

“Bebês com risco de desenvolver autismo geralmente não apresentam modulações na voz, não olham para as mães quando estão sendo amamentados e muitos não se aconchegam nos colos das mães”, explicou Izabel.

Os sintomas característicos dos transtornos do espectro do autismo estão presentes antes dos 3 anos de idade. Segundo a presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil, Viviane Guimarães, o diagnóstico é possível por volta dos 18 meses. Quanto mais cedo o transtorno for diagnosticado, mais chances o autista tem de desenvolver autonomia e se tornar um adulto mais independente, afirma Viviane.

“Quanto mais cedo a gente conseguir diagnosticar, menos atrasos a criança vai ter. Nosso cérebro fecha alguns canais de aprendizagem com determinada idade. O ideal é iniciar uma intervenção antes dos 3 anos. Conseguindo fazer isso, a criança vai ter mais autonomia. Nós, do Movimento Orgulho Autista, trabalhamos em uma lei que fala da importância de ser diagnosticado antes dos 18 meses”, acrescenta Viviane. Ela tem um filho de 18 anos, Caio, que é autista. O diagnóstico correto de Caio veio apenas perto dos 13 anos, após ele ter passado por oito médicos.

Tratamento

Segundo Viviane, após a confirmação do autismo, é importante fazer avaliação com psicólogo, neuropsicólogo, para verificar o ponto que precisa ser mais trabalhado naquela criança. Ela aconselha as mães também procurarem informação. “Não acredite em tudo que você ouve, nem em qualquer tratamento. Procure o que tem comprovação científica, estude porque você é o principal apoio que seu filho vai ter durante toda a vida.”

A Associação de Amigos do Autista recomenda que, uma vez diagnosticado o autismo, uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção específico para cada criança já que existem diferentes graus de autismo e nenhuma pessoa com autismo é igual a outra.

“Os sinais de autismo que aparecem na tenra infância, até os 3 anos de idade, podem desaparecer significativamente se o tratamento for feito a termo e se não houver nenhuma doença neurológica associada ao quadro do autismo que pode trazer incapacidade para a criança”, explica Izabel Raso Tafuri.

Mãe de um autista que está com 41 anos, Marisa Furia Silva, que é vice-presidente da Região Sudeste da Associação Brasileira de Autismo, considera um grande desafio a ser enfrentado no tratamento do autismo a necessidade de um serviço público adequado para atender essa população ao longo da vida. “O autismo hoje não tem cura, e temos que fazer o máximo possível com os serviços gratuitos. O Sistema Único de Saúde [SUS] e as escolas têm que atender a população autista de forma correta, para que, assim, essas pessoas tornem-se adultos mais produtivos e independentes com atendimento diário.”

Com mais de 40 anos de convivência diária com o autismo na criação do filho, Marisa Furia diz que as famílias que vivem a mesma situação precisam enfrentar os desafios. “Não se desespere, tem que enfrentar e lutar para que essas crianças tenham as condições necessárias para se tornar adultos o menos comprometidos possível e tenham uma vida adequada e digna.”

No Dia do Orgulho Autista, em audiência pública, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal discutiu o atendimento aos autistasno sistema público de saúde.

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Com o início do ano letivo, vem a pergunta: como está o desenvolvimento escolar do seu filho? É importante que os pais realmente estejam de olho nisso, pois há casos em que o atraso escolar se dá por conta do autismo.

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No Pará, foram matriculados 1.231 alunos com o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista, em 2018, segundo a Secretária de Educação (Seduc), mas há alunos que apresentam os sintomas e que precisam da sensibilidade do olhar dos pais e professores, explica Karina Medrado, neuropsicóloga atuante no diagnóstico e tratamento do autismo.

A especialista disse que muitas das vezes os pais levam o filho ao médico e o profissional não fecha o diagnóstico de autismo e pede para os pais aguardarem mais um tempo, tardando o início da terapia. “Ou então os pais ficam pensando que em algum momento os filhos vão desenvolver-se sozinhos, e não vão. É muito importante ter essa conscientização”, disse.

Segundo Cintia Lavratti Brandão, psicoterapeuta e professora de psicologia da UNAMA – Universidade da Amazônia, o transtorno do autismo ainda é um desafio diagnóstico, porque até três anos de idade todos os sinais e sintomas podem ficar mascarados, mas nem sempre o ritmo incomum de aquisição de interações sociais e de linguagem significa que a criança seja autista. “Ela pode ser uma criança tímida, uma criança retraída, uma criança que tem algum distúrbio de linguagem, ou algum outro diagnóstico fonoaudiológico que não necessariamente o autismo”, afirmou a professora.

Para a psicoterapeuta, independente do que a criança apresente, de quais são as dificuldades que os pais reconhecem nas interações das crianças com o mundo, quanto mais cedo for identificado o problema, melhor, por dois grandes motivos. “Quanto menor é a criança, mais ela está suscetível à estimulação e a respostas positivas. A partir do momento em que se tem uma leitura diagnóstica, posso utilizar ações que minimizem o desconforto social e a adaptabilidade daquela criança e, principalmente, orientar os pais nas ações adequadas sobre as necessidades daquele filho”, detalhou Cintia.

O autismo não é uma deficiência, é um espectro, classificado como leve, moderado e grave. A especialista Karina Medrado explica que o déficit da linguagem, chamado de autismo não verbal, se caracteriza pelo não desenvolvimento da linguagem. Nesse caso, há estereotipias motoras, que são atos repetitivos como os chamados flaps - balançar as mãos - movimentar o tronco, além da ausência de contato visual. “O autismo é muito amplo e é muito subjetivo. Cada criança desenvolve um tipo de sintoma. Umas têm a questão da hipersensibilidade, ou a hiposensibilidade sensorial, que pode ter aversão a estímulos sonoros muito intensos, ou não sentem tanta dor. Quando a gente fala de estímulos, a gente sempre fala de todos esses aspectos”, afirmou.

O transtorno do neurodesenvolvimento tem 70% de origem genética, segundo Karina. “O cérebro não faz as sinapses de maneira funcional, como acontece no cérebro de uma pessoa que é típica, e as conexões inter-hemisféricas e intra-hemisférica também não acontecem da maneira adequada. Por isso ele tem vários déficits cognitivos na atenção sustentada, na atenção compartilhada, às vezes na linguagem, na parte motora e na parte sensorial”, esclareceu.

O diagnóstico em adolescente tem crescido nos últimos anos, explica Karina. O autismo mais leve, mais sutil, é considerado como a síndrome de Asperger.  “Antigamente existia uma divisão entre síndrome de Asperger e autismo. Com o novo manual de psiquiatria, o DSM 5 (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição), foi englobado tudo num espectro. Então a Asperger, hoje em dia, faz parte do espectro autista”, explicou.

A especialista conta que quando a pessoa é diagnosticada na adolescência é porque, quando criança, não apresentava todos os sinais e sintomas. “A linguagem se desenvolveu da maneira adequada, não teve muita estereotipia motora, ela tinha mais uma questão de habilidade social. Quando isso acontece, lá na adolescência, na hora da interação, na hora de entender contexto social, aquele adolescente que é mais tímido chega ao nosso consultório com características de depressão e quando a gente vai avaliar, na verdade, apresenta critérios para autismo. Isso acontece muito com meninas, principalmente, porque meninas têm mais habilidades sociais desenvolvidas. O cérebro da menina é mais focado nessas questões de habilidades sociais”, observa a neuropsicóloga.

A adolescente autista é muita assertiva, diz Karina Medrado, tem raciocínio concreto e não fica no plano de raciocínio abstrato - aí que se dá a dificuldade de interagir e de entender esse contexto social, sinais que precisam ser observados pelos pais. “É aquela menina que não tem malícia. Ela não consegue compreender alguns contextos sociais, não consegue entender o tom de ironia, não consegue entender, às vezes, uma piada, não faz muito sentido para ela essas coisas”, disse Karina.

Diagnóstico

Cintia Brandão destaca que, em qualquer circunstância, seja do ponto de vista neuropsicológico ou interacional, o diagnóstico precoce sempre será um ganho. “Quanto mais cedo a criança tiver acesso a atendimento especializado para a dificuldade que ela apresenta, mais cedo ela pode construir respostas mais adaptativas e que minimizem o sofrimento, a exclusão, a angústia dos pais e a própria cobrança em relação à criança de aspectos que ela não pode oferecer como competência e também a possibilidade de não subestimar as capacidades e competências que a criança tem”, detalhou a psicoterapeuta.

Quanto aos sinais, segundo a psicoterapeuta, é possível perceber um déficit muito cedo, próximo aos seis meses de vida, por exemplo. “É possível perceber bebês que têm pouca resposta de sorriso social, uma criança que a gente olha e parece que ela está mais absorta no universo dela e com pouca resposta de um sorriso social quando uma pessoa faz uma brincadeira com ela. Outro aspecto importante é que a criança tem uma preferência por manipular objetos do que olhar e interagir com pessoas”, detalhou Cintia.

Essa manipulação de objeto acontece de forma atípica, explica a psicóloga. “A criança brinca com um carrinho não fazendo o barulho do carro, usando o carrinho como uma ferramenta de locomoção, ela usa o carrinho para fazer uma fila, ou para ficar vários minutos rodando as rodinhas, observando aquele movimento. A criança tende a ter, desde pequeno, movimentos estereotipados, há um atraso bem significativo na linguagem, e um déficit de busca espontânea por interação com outras crianças”, afirmou Cintia.

Segundo a psicoterapeuta, um dos sinais do autismo é a conduta motora da criança. Há possibilidade de que ela tenha hiperfocos, goste de ficar sempre fazendo a mesma coisa, com o mesmo tipo de brinquedo, desenho e movimento. “Não que a criança não possa estar com outras crianças e que em algum momento até busque algum tipo de brincadeira, mas a tendência é fazer isso de uma forma atípica. A criança tem uma dificuldade de interagir com os pares na sua faixa etária a partir das demandas das outras crianças. Gosta de brincar, de correr, de pegar objetos e não necessariamente com uma socialização que envolva uma perspectiva de coletividade”, informou Cintia.

Quando os pais identificam um desses três eixos, déficit de linguagem, alterações motoras e psicomotoras e de socialização, devem buscar ajuda especializada, que envolve geralmente uma tríade de profissionais. “Em primeira instância: fonoaudiólogo, neurologista e psicólogo ou neuropsicológo”, enfatizou Cintia.

O papel da escola

O diagnóstico é feito assim que os pais ou a escola identifica que a criança está apresentando um atraso no desenvolvimento. Esses pais devem procurar um profissional especialista no assunto. “O ideal é que seja feita uma avaliação neuropsicológica. Nessa avaliação, a gente consegue identificar se tem déficits cognitivos, como estão a atenção, a memória, a capacidade de planejar, impulsividade, incapacidade de executar uma determinada tarefa e avaliar o Q.I (Quociente intelectual) dessa criança também”, detalhou Karina Medrado.

No autismo moderado para o grave, o autista pode ter uma deficiência intelectual. “A terapia entra para trabalhar a estimulação cognitiva desses déficits e habilidades sociais, remodelar comportamento. Hoje a terapia mais indicada é a terapia comportamental, principalmente a ABA, que é a terapia de análise de comportamento. Você trabalha o tempo todo a estimulação com essa criança. A criança tem um tipo de comportamento, a gente reforça positivamente o comportamento que a gente quer que ela modifique, então é bem comportamental mesmo”, disse a neuropsicóloga.

Para Karina, os professores ainda enfrentam desafios, mas a dificuldade está diminuindo pela disseminação de informação sobre o espectro. “As pesquisas, artigos científicos estão aí para a gente ter muito acesso. O autismo já foi um grande tabu, eu sei que dar um diagnóstico de autismo, para muito profissional, ainda é muito complicado, muitos preferem aguardar um tempo. Para a escola, quando ela percebe que a criança não está dentro daqueles padrões do desenvolvimento da infância, ela precisa chamar esses pais, precisa orientá-los a buscar um profissional. Quanto mais a gente demora a iniciar essa terapia, mais atraso no desenvolvimento essa criança vai ter. Então, é um desafio que a escola tem, mas acho que hoje ela tem um pouco mais de recursos para lidar com essas questões”, declarou.

Para Rosiane Santos, pedagoga, professora da educação básica, que dá aula para crianças autistas, a base de todo trabalho se resume no amor. “Quando você acredita na potencialidade de cada criança, colocando em foco suas habilidades, tudo fica mais fácil. Quem não vai estar bem fazendo o que gosta? Além do mais, buscamos sempre descobrir através da anamnese, saber as preferências e gostos das crianças, como uma música, brinquedos, doces, enfim, o que possa servir de um provável reforçador na aprendizagem”, explicou.

Falta de informações

Segundo a neuropsicóloga Karina Medrado, faltam informações aos pais. Além disso, às vezes, há um pouco de resistência na aceitação do diagnóstico. “Você imagina, às vezes é o primeiro filho, e quando é o primeiro filho a gente não tem muito critério do que é o desenvolvimento esperado com seis meses, com um ano e assim sucessivamente. Muitos pais aguardam. Normalmente quem percebe que tem alguma coisa que não está fluindo bem é a mãe. Às vezes, quando a mãe vai comunicar isso para o pai, ou para algum outro familiar, a fala dela é desconsiderada”, explicou.

Para Karina, quando isso acontece, a mãe fica naquela situação de "será que eu estou vendo em excesso, ou realmente que lado tem razão?" e ela acaba esperando. “Entra a falta de informação dos pais, de aceitação, de que o 'meu filho tem, de fato, um atraso e eu preciso procurar um profissional, porque eu preciso entender a causa desse atraso, e se for autismo, iniciar um processo de terapia'”, afirmou.

O processo de terapia para o autismo é eficaz, explica a especialista, mas o sucesso só acontece se houver engajamento dos pais. “Pais que entendam o que é o autismo e que sejam treinados para trabalhar com o filho que recebeu esse diagnóstico. Procuro, na terapia, dez minutos antes de terminar a sessão, sempre chamar esse pai e mostrar o que foi trabalhado, mostrar o que a gente estimulou em cada sessão, porque eu vou ficar com essas crianças uma hora por semana e esses pais ficam todo o restante do dia. Eles precisam aplicar esses conhecimentos em casa para estarmos todos em conjunto. Não adianta pensar 'ah, vou levar na terapia e em casa deixo para lá', não vai dar certo desse jeito”, avaliou. 

O tratamento

O tratamento do autismo envolve equipe multidisciplinar. Segundo a especialista, a pessoa mais indicada, no inicio do diagnóstico, é o psicólogo ou o neuropediatra para fazer essa avaliação e identificar se realmente fecha os critérios para o diagnóstico. “Depois a gente vai avaliar quais são as necessidades dessa criança, se ela tem questões relacionadas a déficit de processamento sensorial, se ela vai precisar do acompanhamento de uma terapeuta ocupacional; se ela tem a questão da linguagem, vai precisar do acompanhamento de uma fonodióloga; se tem questão motora precisa de uma fisioterapeuta. Realmente é muito em equipe multi”, explicou.

O médico entra na equipe quando o autista tem alguma doença. “O médico entra, às vezes, com a questão de medicação. Existem crianças que além do autismo tem uma comorbidade. Por exemplo, ela fecha o diagnóstico de autismo e de epilepsia, então o médico entra para fazer a medicação para controle de crise. Por isso que o trabalho em equipe multi, no autismo, é muito importante”, ressaltou Karina.

Karina Medrado explica que é muito difícil entender e buscar cura para esse tipo de transtorno, mas que os estudos estão cada vez mais intensificados. “Eu estava em um simpósio e o pesquisador brasileiro estava falando 'o que significa autismo? é o alvo em movimento', como a gente tem um espectro que é muito amplo de sintomas e características. Existem estudos genéticos que estão apontando, de repente, para qual o gene causador do autismo, mas tudo ainda em caráter de pesquisa, caráter cientifico. Por isso que o tratamento tem que ser realizado”, ressaltou. 

Quanto mais precoce for esse tratamento, melhor. “A criança tem o que a gente chama de neuroplasticidade cerebral, que é a capacidade de aprender. Por exemplo, quando a gente começa a estimular uma criança de dois anos de idade ela vai ter um processo de desenvolvimento muito melhor, que se eu começar a estimular uma criança de dez anos. Existe uma diferença muito grande aí. Por isso o tratamento tem que ser precoce e contínuo, ele é um processo”, disse a especialista.

A neuropsicóloga explicou que o plano de intervenção é muito subjetivo para cada criança. “Se eu tenho uma criança que tem comportamento reativo de agressividade talvez essa criança demore mais tempo em terapia. Se eu tenho uma criança que tem mais uma questão de habilidade social, é uma criança que vai ficar menos tempo em terapia. Então vai depender dos sintomas que essa criança apresenta para mim”, declarou Karina.

 

 

Em todo o mundo, cerca de 80 milhões de pessoas são sobreviventes de um acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, sendo que mais de 50 milhões vivem com algum tipo de incapacidade permanente. No Dia Mundial do AVC, lembrado nesta segunda-feira (29), campanha global destaca que a vida após esse tipo de ocorrência pode não ser mais a mesma, mas, com o cuidado e apoio adequados, uma vida significativa ainda é possível.

Entidades médicas que encabeçam a causa explicam que o AVC acontece quando um vaso sanguíneo que leva sangue e nutrientes para o cérebro para de funcionar – ou ele é obstruído por coágulo ou placa de gordura ou ocorre uma hemorragia. Quando isso acontece, uma parte do cérebro não recebe mais sangue e oxigênio e começa a morrer. A extensão e localização do dano cerebral determina a gravidade do AVC, que pode variar de leve a catastrófico.

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Dados da campanha mostram que em torno 87% de todos os casos são do tipo isquêmico, resultado de uma obstrução num vaso sanguíneo que fornece sangue ao cérebro. Essa obstrução pode acontecer devido ao desenvolvimento de depósitos de gordura que revestem as paredes dos vasos. Já o AVC hemorrágico é responsável por cerca de 13% dos casos, resultado de um vaso enfraquecido que rompe e sangra no cérebro circundante.

Os sinais de alerta de que alguém está tendo um AVC, de acordo com a campanha, incluem: dormência súbita ou fraqueza na face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo; súbita confusão, dificuldade para falar ou compreender a fala; dificuldade súbita de enxergar em um ou ambos os olhos; súbita dificuldade para caminhar, tontura, perda de equilíbrio ou coordenação; dor de cabeça súbita, intensa, sem causa conhecida.

A orientação da campanha global é que, na presença de um ou mais desses sinais, o paciente não espere, chame um serviço médico de emergência (no Brasil, Samu 192) ou procure um hospital imediatamente.

A ambulante Valdicleia Gomes sustenta sua família com a venda dos bolos do rolo / Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

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A nova sensação das ruas do Recife tem a cara e o gosto de Pernambuco. O bolo de rolo, tradicional alimento do Nordeste, vem ganhando espaço entre os chamados “passa tempo da viagem”, que vendedores ambulantes comercializam nos sinais de trânsito da capital. O bolo é feito com recheio de goiabada e vendido em diversas regiões do Recife, concorrendo, inclusive, com o número de vendas de outra queridinha dos motoristas e passageiros, a pipoca.

Vendedora ambulante há mais de um ano, Dona Valdicleia Gomes conta que consegue vender 80 bolos por dia no sinal de trânsito localizado na Rua Benfica, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife. “Chego aqui aproximadamente de oito horas da manhã, em alguns horários com mais movimento de carros consigo vender bastante. Eu trabalho aqui de segunda-feira até o sábado, no início da semana, é o dia que as vendas costumam ser melhores. Sustento minha casa e meus filhos com o dinheiro que ganho aqui”, informou.

Os vendedores ficam de segunda-feira até o sábado nas avenidas com os produtos, chegando a vender cerca de 200 bolos de rolo por semana / Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

O jovem Renato Santana, de apenas 23 anos, vende o bolo de rolo há dois anos e afirma que toda sua renda vem das vendas que realiza na Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, também na Zona Oeste do Recife, onde coloca uma mesa todos os dias, com 30 bolos de rolo. Renato afirma que até seis da tarde, todos os bolos já foram vendidos a motoristas e transeuntes que passam pela localidade.

O ambulante recomenda o produto e afirma que os clientes ficam satisfeitos com a iguaria. “O meu bolo de rolo é o melhor da região, quem compra uma vez, não deixa mais de vir aqui e provar. Combina com café, pode ser o lanche da tarde e até mesmo pode se servido depois do jantar”, destacou.

A doceira Marta Cunha afirma que os bolos são saborosos e que é sempre bom poder provar as comidas típicas da região. Por também trabalhar com vendas e doces, Marta ressaltou que o bolo de rolo vendido nos sinais tem a massa macia e o preço acessível. “Provei o bolo de rolo que é vendido no sinal e gostei do sabor. Também sou doceira e meus doces são feitos com os ingredientes na medida certa. A massa do bolo é muito importante, e o que eu comprei estava no ponto certo. Gostei sim, comprarei outras vezes, mas tenho que dizer que o que eu faço para minhas netas é melhor”, destacou.

A venda de bolo de rolo em Recife só faz aumentar, os vendedores estão localizados em todas as regiões do capital pernambucana. Os produtos são vendidos de segunda-feira a sábado e na maioria dos pontos, custam apenas R$ 5.

Os fornecedores são de diferentes localidades da cidade. Os ambulantes preferiram não informar por quanto adquirem o produto.

A Secretaria de Políticas para as Mulheres lançou a campanha #NãoéAmorQuando nas redes sociais, nesta semana, contra os relacionamentos abusivos. Divulgada no Facebook, Twitter e Youtube, a ação pretende destacar gestos e comportamentos que indicam quando a relação caminha para a violência.

“Muitas mulheres sofrem violência e não se dão conta. Quando são xingadas, são expostas em grupos, têm sua autoestima ferida ou até mesmo perdem a autonomia sobre seu patrimônio”, explica a secretária especial de Políticas para as Mulheres, Fátima Pelaes.

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De acordo com a Lei Maria da Penha, é considerado crime contra a mulher a violência psicológica, moral, sexual, patrimonial ou física. 

Confira abaixo alguns exemplos de atitudes consideradas abusivas

- Humilhar e fazer piada a seu respeito quando vocês estão entre amigos;

- Discordar frequentemente das suas opiniões e desconsiderar suas ideias, sugestões e necessidades; 

- Fazer com que você se sinta mal a respeito de si mesma; 

- Dizer que você é “muito sensível” quando você reclama de algo;

- Quer controlar a maneira como você se comporta;  

- Quando você sente que precisa pedir permissão para sair sozinha;

- Controlar seus gastos financeiros; 

- Tentar diminuir seus sonhos, suas conquistas e esperanças; 

- Fazer com que você se sinta sempre errada.

180

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um serviço que ouve e orienta as mulheres sobre seus direitos, além de receber denúncias de violência, sugestões, reclamações, elogios e outros serviços. 

O Ligue 180 também encaminha ligações sobre outros tipos de violência contra a mulher, como, por exemplo, cárcere privado, exploração sexual e violência obstétrica.

O serviço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive aos feriados. Qualquer pessoa que precisar de informações ou queira fazer denúncia de um relacionamento abusivo pode ligar de forma gratuita e anônima para o Ligue 180.

Há momentos em que o coração acelera pelo simples fato de uma pessoa aparecer em sua frente. Bate o nervosismo, o suor fica frio, é preciso respirar fundo. Conversas e programações com a tal pessoa se tornam tão intensas que, num piscar de olhos, horas e horas passam a ser de convívio contínuo. O tempo corre despercebido. Piadas sem graça arrancam largos sorrisos, ao mesmo tempo que os gostos se mostram semelhantes e um começa a se enxergar ao lado do outro. Até mesmo o coração gelado, muitas vezes frustrado ou maltratado em relações anteriores, se permite vislumbrar uma nova emoção. Se essas ou outras situações estão acontecendo com você, são sinais de que o amor pode ter batido em sua porta.

Interações no Facebook foram o pontapé para uma relação que, pouco a pouco, se mostrou possível para dois rapazes. Os universitários Lúcio Souza, de 19 anos, e Wanderson César, 21, se conheceram por meio de grupos voltados para animes e jogos. De início, as trocas de comentários se mostravam apenas interessadas nos animes, mas depois Lúcio tomou coragem e, paulatinamente, deixou explícito que seu interesse era mesmo no companheiro. Nenhum nível de timidez foi capaz de inibir as tentativas do jovem de conquistar o coração de Wanderson.

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"As postagens dele sempre apareciam no feed. Eu curtia, comentava alguma coisa, sempre interagia. Então comecei a jogar 'uns verdes', adicionei ele e curti mais de 20 fotos antigas. Assim que abria o Facebook, ficava procurando saber se ele tinha postado alguma coisa, pois eu amava", conta Lúcio, aos risos.

"Sou ator e sempre posto fotos do meu trabalho. Pensei que ele gostava muito de teatro, pelo fato de ter curtido um monte de fotos. Achei que o interesse no grupo do Facebook era só por amizade e jogos. E eu não era um cara muito ligado em paquera. Até a gente se encontrar, foram de dois a três meses de interação", relata Wanderson (à esquerda), de forma descontraída.

Ainda no universo virtual, as trocas de informações entre os rapazes ficaram cada vez mais intensas. Até que um dia Lúcio, mais uma vez, deixou explícito seu interesse, ao postar em um grupo de Facebook que gostava de gordinhos, numa forma carinhosa de tratar Wanderson. Eles decidiram marcar um encontro, no final do ano passado, em um evento realizado no Cinema São Luiz, área central do Recife. Cara a cara, o nervosismo tomou conta da situação. "Conheci e passei a gostar muito dele. Chamei ele para um festival e na hora praticamente não conseguia falar nada", relembra Lúcio. "Nesse nosso primeiro encontro, passei horas procurando uma roupa. Cheguei lá meia hora antes de começar o evento. Não conseguia dizer nada. Comecei a notar que estava gostando dele", complementa Wanderson.

O tempo correu e até o ano passado o namoro ainda era uma possibilidade. Mas os laços e principalmente as conversas se tornaram mais intensos. "A gente sempre conversava muito e ele me contava os problemas dele. Sou uma pessoa 'maizona' e dava muitos conselhos, cuidava dele. Antes de conhecer Lúcio, eu tinha um problema muito grande de autoestima e aceitação. Mas ele sempre me ajudava nessa questão. Como sou drag queen, ele dizia que iria dar certo e que minha maquiagem estava boa. Lúcio me coloca lá em cima", conta Wanderson. Os sinais se tornaram fortes e os rapazes não podiam mais fugir do amor. Era hora de aceitar e se entregar a uma nova relação. Em janeiro deste ano, oficializaram o namoro. No vídeo a seguir, confira todos os detalhes:

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O amor não escolhe gênero, cor ou condição social. É um sentimento comum da humanidade, perpetuado ao longo da nossa história. Segundo a psicóloga especializada em sexualidade humana, Priscila Junqueira, a partir do momento em que começa a existir amor entre as pessoas, o próprio cérebro responde aos impulsos. "Para unir o casal, o cérebro se inunda de amor. Nesse caso, há um aumento na liberação dos hormônios dopamina, norepinefrina e oxitocina. Com a liberação dos hormônios, podem surgir todas as sensações típicas da paixão, como insônia e pensamento obsessivo na pessoa amada", explica a especialista.

Até entre uma amizade pode surgir vínculo de paixão. É comum inclusive ouvirmos a frase "ninguém namora com inimigos". De acordo com a psicóloga, quando uma pessoa se apaixona por um amigo, é importante que ela seja clara e que até tenha coragem para revelar o sentimento. "A transparência nas amizades é algo que precisa existir e talvez seja adequado comunicar ao outro sua paixão. Sendo negativa a resposta, ambos terão que escolher se a amizade vai continuar ou não", complementa Priscila.

Mas nem sempre a possibilidade de um namoro ou relação mais séria é percebida de forma clara. É possível que uma das partes demore a compreender que está sendo amada. "Muitas vezes não se enxerga os primeiros sinais, que é a fase da construção do gostar de alguém, mas se percebe que algo mudou. Os sorrisos são mais frequentes, mesmo sem motivos aparentes, as conversas fluem, a admiração toma conta e aumenta a vontade de estar ao lado desta pessoa que aos pouquinhos começa a bater na porta da sua vida", comenta a coach Eduarda Menelau, que atua com orientações para várias vertentes, inclusive em relacionamentos. 

Existem alguns sinais que ajudam a entender quando as pessoas estão caminhando para um namoro. Eduarda Menelau separou dez deles. Confira a seguir: 

1 - Sensação de paz e tranquilidade e ser você mesmo sem tentar mudar ou agradar

2 - A percepção das afinidades fica muito evidente

3 -  Aumenta a frequência de contatos, seja por telefone ou mensagens

4 - Surgem os interesses de perguntar mais e mais sobre o que o outro pensa e gosta de fazer

5 - Marcam programações e querem se ver mais frequentemente

6 - Já andam de mãos dadas ao saírem juntos

7 - Vontade de expressar para o outro seus gostos, proporcionando clareza e facilitando a relação a dois

8 - Fazem planos para um futuro próximo

9 - Os dois tendem a inserir um ao outro no ciclo de amizade

10 - Já imaginam o que comprar em alguma data comemorativa próxima.

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--> Será que seu relacionamento está perto do fim?

Ninguém entra em um relacionamento pensando em terminá-lo, pelo contrário, no início tudo é lindo. Você acha que encontrou a pessoa certa, aquela que vai te acompanhar pelo resto da vida e que vai te fazer feliz "para sempre". Mas nem sempre esse é o desfecho. É preciso muito "jogo de cintura" para manter a relação em equilíbrio. Afinal, ninguém é igual e há vários fatores na vida de cada um que podem atrapalhar a relação. 

Para a sexóloga Valéria Walfrido, com o passar dos meses a relação a dois prossegue para um outro estágio. O deslumbramento fica para trás, a relação toma outro rumo e muitos relacionamentos tendem a enfraquecer ao invés de fortalecer os elos.  “Aquele ciúme que fazia sentir-se único (a), agora irrita, as mensagens já não são tão frequentes, quase não fazem programas juntos, preferem ficar em casa vendo tv no sofá da sala e quando vão para cama é para dormir. O sexo que era o ponto alto da relação, hoje é morno, os beijos não são mais ardentes e estonteantes, pois o desejo já não mais impera”, explica.

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Segundo a coach Eduarda Menelau, existem alguns sinais básicos que mostram que a relação não está bem. Confira a seguir:  

1 - O interesse e admiração somem. Não se interessam em saber da vida do outro e não compartilham mais projetos juntos, principalmente a longo prazo. 

2 - Os pequenos defeitos tornam-se enormes, as críticas aumentam, a impaciência, a irritação, nada no outro está bom.

3 - Programação a dois menos frequentes. As atividades físicas, os passeios, eventos comemorativos ou certas coisas que faziam juntos, já não fazem mais.

Porém, Eduarda explica que quando o relacionamento está nessa fase, há maneiras de reverter a situação. De acordo com a coach, existem diversos fatores na vida individual que acabam atrapalhando a relação a dois. “A gente costuma botar logo a culpa no relacionamento e não avalia outros fatores como realização pessoal e profissional. É muito importante você ter planos e gerenciar os pilares que regem sua vida”, enfatiza. No vídeo abaixo, a coach dá dicas de como melhorar a “crise” no relacionamento:

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Sue Klebold, de 66 anos, mãe do garoto que protagonizou um dos piores assassinatos em massa na história dos Estados Unidos, confessou que não viu sinais de desordens mentais no filho - em sua primeira entrevista televisionada desde o massacre em 1999.

Dylan, então com 17 anos, e seu melhor amigo Eric Harris, com 18, chegaram ao Instituto Columbine, onde estudavam, em 20 de abril de 1999, vestidos com capas de chuva pretas e carregando quatro armas. Abriram fogo, matando 13 pessoas e deixando 24 feridos, e se suicidaram.

Em entrevista ao programa 20/20 do canal ABC, quase 17 anos depois da tragédia, Klebold afirmou que, desde então, sente-se culpada e pediu desculpas por tudo que aconteceu. "Lamento muito pelo que meu filho fez, ainda que eu saiba que só dizer desculpas é uma resposta inadequada a todo este sofrimento", afirmou.

"Não há um único dia em que eu não pense nas pessoas que Dylan feriu", desabafou. Sue admitiu que "é muito difícil viver com o fato de que alguém que você amou e criou" foi capaz de matar "pessoas brutalmente, de uma maneira horrível".

"Os últimos momentos de sua vida foram de violência, sadismo. Você sabe, ele foi cruel e estava cheio de ódio, e eu tenho de reconhecer isto", completou. Esta mãe afirmou que, se um jovem houvesse atirado contra seu filho, ela mesma teria culpado os pais imediatamente.

"Gostamos de acreditar que nosso amor e compreensão são protetores e que, se houver algo de errado com nossos filhos, nós saberemos. Mas eu não sabia. Eu não fui capaz de evitar que machucasse outras pessoas. E não fui capaz de evitar que machucasse a si mesmo", declarou.

Não havia sinais das tendências criminosas de Dylan. "Se tivesse reconhecido que estava passando por problemas mentais reais, ele não estaria ali. Ele teria recebido ajuda", frisou.

A entrevista de Klebold coincide com o lançamento de seu livro "A Mother's Reckoning" ("O balanço de uma mãe", em tradução livre), no qual conta sua experiência. Ela informou que o dinheiro arrecadado com as vendas será revertido para instituições beneficentes dedicadas a pessoas com problemas mentais.

A agência que lidera as buscas pelo voo MH370 da Malaysia Airlines informou neste domingo (6) que navios chineses e australianos separadamente comunicaram a detecção de sinais de pulso que podem ter sido emitidos pela caixa-preta da aeronave desaparecida.

A notícia, recebida com cautela pelas autoridades que coordenam os trabalhos, trouxe dados de satélite "corrigidos", mudando o foco geográfico das buscas. Análises sugerem que o avião desaparecido pode ter se deslocado mais ao sul do que se pensava anteriormente.

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O Centro de Coordenação de Agências Conjuntas da Austrália (Jacc, em inglês) revelou que uma embarcação naval chinesa envolvida nas buscas, o Haixun 01, detectou vários "sinais acústicos" na sexta-feira e no sábado. Os sinais, que ontem duraram por aproximadamente 90 segundos, seriam consistentes com as frequências pertencentes à caixa-preta do Boeing 777-200 desaparecido.

O HMS Echo, um navio da marinha real britânica que participa das buscas no sul do Oceano Índico, e aeronaves militares foram enviados para ajudar nas investigações. A cerca de 300 milhas náuticas, um navio australiano, o Ocean Shield, captou sinais de pulso no domingo, que também estão sendo investigados.

A Jacc revelou, contudo, que está tratando o relatório do Haixun 01 como mais promissor por enquanto. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo sul-africano está ciente de que o falso intérprete de sinais que participou da missa campal em homenagem a Nelson Mandela é acusado de homicídio e informou nesta sexta-feira que ele está sendo investigado.

Phumla Williams, funcionário da secretária de comunicação do governo, disse que as autoridades investigam a situação de Thamsanqa Jantjie e tentam determinar como ele foi selecionado para fazer erroneamente a tradução para surdos-mudos.

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No evento, Jantjie ficou perto do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e de outros líderes mundiais.

Mais cedo, o ministro de Cultura e Artes da África do Sul, Paul Mashatile, pediu desculpas pelo ocorrido e defendeu a implementação de reformas para que incidentes como o de terça-feira não se repitam. Fonte: Associated Press.

Nesta segunda-feira (8), o prefeito Geraldo Julio lança edital para a modernização da rede semafórica do Recife com aquisição de 200 novos “no breaks”. Os aparelhos serão instalados em sinais de trânsito da cidade e permitem o funcionamento da sinalização durante a falta ou variação da energia elétrica, principalmente nos dias de chuvas intensas.

Com o sistema, o semáforo apresenta uma autonomia de três a quatro horas, sem interrupção de sua operação. O ato conta ainda com a ampliação do número de terminais portáteis eletrônicos de infração, passando de 17 para 100 equipamentos.

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