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Combatentes do Estado Islâmico emboscaram uma cidade e várias aldeias no sul da Síria nesta quarta-feira, 25, provocando confrontos entre moradores e militantes que deixaram ao menos 204 pessoas mortas, segundo autoridades de saúde da província de Sweida.

Os ataques coordenados pela região incluíram diversos atentados suicidas que abalaram a calma de uma região até então isolada da violência causada pela guerra. Aparentemente, as ações de homens-bomba foram programadas para coincidir com as investidas no interior, criando caos em toda a região.

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Ao anoitecer, a diretoria de saúde provincial havia registrado 204 mortos e 180 feridos, segundo o funcionário Hassan Omar. O número marca o dia mais sangrento em Sweida desde a revolta nacional em 2011, que desencadeou a guerra civil em curso.

O sultão Bou Ammar, morador da vila de Shbiki, disse que alguns habitantes abriram suas portas inadvertidamente quando os militantes chegaram durante a madrugada. O ataque foi inesperado. "Eles sequestraram mais de 40 pessoas, todas elas mulheres ou crianças", afirmou.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), ao menos 183 pessoas foram mortas, incluindo 94 moradores que faziam parte das milícias de defesa locais, apoiadas pelo governo. Além dessas, ao menos 45 militantes do Estado Islâmico também morreram.

Imagens antigas, filmes de ficção e até mesmo vídeo games - todos os meios são usados para produzir "fake news" em uma Síria destroçada pela guerra, o que representa um trabalho gigantesco para um coletivo de mídia dedicado a desmascarar essas histórias.

Os protestos contra o regime sírio, iniciados em 2011, levaram a um conflito violento. Durante todo o processo, surgiu uma torrente interminável de "notícias" fabricadas, auxiliadas pelo alcance rápido das mídias sociais.

Para trazer clareza e verdade a uma guerra cada vez mais complexa, o ativista e jornalista Ahmad Primo, de 32 anos, fundou o Verify-sy, uma plataforma eletrônica que monitora e checa histórias sobre o conflito.

"Como repórteres, jornalistas e ativistas, nós temos uma responsabilidade", explica Primo à AFP.

"O que está acontecendo hoje será escrito como história, e não queremos que seja uma história falsa", continua.

Anos atrás, Primo participou de protestos na cidade de Aleppo (norte) e trabalhou em um website que publicou notícias sobre o movimento popular.

Depois de ser detido três vezes por forças de governo, mudou-se para o território do norte da Síria antes de partir para a Turquia.

"Fui detido por publicar a verdade sobre o que está acontecendo (no território do regime), e quando me mudei para regiões controladas pela oposição, notei que eles também manipulavam a verdade", afirma.

"Minha reação era de que não podia ficar calado até que acabássemos com esses opressores - e há muitos opressores agora na Síria", continua.

Na Síria, as "fake news" não são novidade, diz Primo.

Antes do presidente Bashar al-Assad, "nós crescemos com a ideia de que (seu pai, o presidente) Hafez al-Assad duraria para sempre. Mas, então, ele morreu. Então, o que significa 'para sempre'?"

- 'Vídeo game' -

O Verify-sy, cujos voluntários recebem algum financiamento de países europeus, trabalha com uma série de plataformas para aniquilar as "fake news".

No Twitter, publica capturas de tela de novas histórias enganosas, marcadas com um "X" em vermelho e põe ao lado versões corretas, marcadas com um sinal de visto em verde.

"Nós consideramos que qualquer foto ou texto jornalístico que seja amplamente publicado como algo que devemos monitorar e verificar", diz Primo.

Para seu colega 'fact-checker', Dirar Khattab, as notícias falsas viajam mais rápido do que a verdade.

"Qualquer um que tenha uma conta em redes sociais com muitos seguidores vira um novo canal de notícias", diz ele, também de 32 anos.

Entre as histórias que o Verify-sy desmascarou está uma foto que viralizou em maio, supostamente mostrando ataques aéreos israelenses em Damasco.

A foto, na verdade, era de um bombardeio de Israel à Faixa de Gaza em 2014.

A cada novo ataque militar na Síria, a equipe viu seu volume de trabalho disparar - eles analisam de quatro a cinco histórias por dia, pelo menos, diz Primo.

Em junho, enquanto as tropas do governo preparavam um ataque à província de Daraa, no sul da Síria, páginas da oposição publicaram a gravação de uma voz supostamente do minarete de uma mesquita, conclamando os rebeldes a pegar em armas.

O Verify-sy descobriu que que se tratava de uma gravação feita em 2015 no Iêmen.

A plataforma funcionou em inglês e árabe por anos, e recentemente abriu um serviço em turco quando rebeldes baseados em Ancara atacaram uma região curda no noroeste da Síria.

"Uma vez, saiu um vídeo clipe circulando nas páginas de notícias turcas mostrando combatentes sendo monitorados com óculos de visão noturna", lembra Primo.

"Quando checamos, descobrimos que se tratava de imagens extraídas de um video game", completa.

- Filmagem -

Os Capacetes Brancos, socorristas que ajudam vítimas de bombardeios do regime em áreas rebeldes, têm estado no centro de notícias falsas.

Em outro vídeo clipe que viralizou, homens que se apresentavam como membros dos Capacetes Brancos eram vistos representando em um set de filmagens, gerando acusações de que o grupo encenaria imagens de seus resgates.

Mas depois descobriu-se que a cena era, na verdade, de um filme produzido por um cineasta pró-regime para causar danos à imagem dos Capacetes Brancos.

A equipe de Primo conta com várias ferramentas para verificar as notícias. Eles usam métodos tradicionais, como checar com seus jornalistas e fontes no terreno.

Mas também usam a busca de imagem reversa do Google para determinar se uma foto apresentada como o flagrante de um evento na verdade é mais antiga e se refere a um acontecimento totalmente diferente.

Às vezes, os membros da equipe são capazes de identificar fotos e vídeos antigos imediatamente.

Khattab lembra, em dezembro de 2016, de ter visto o enviado das Nações Unidas para a Síria, Bashar Jaafari, exibir no Conselho de Segurança da ONU uma imagem supostamente capturada momentos antes de Aleppo recuperada pelo regime das mãos dos rebeldes.

"Eu o vi segurando uma foto de um soldado de quatro, com uma mulher pisando em suas costas para descer de um caminhão", afirmou. "Mas soube que a foto era do Iraque".

Para ajudar em seu trabalho, o grupo criou uma página no Facebook, que permite aos usuários postar supostas fraudes para que eles possam checar.

Mas com apenas seis voluntários trabalhando no projeto em seu tempo livre, a tarefa é gigantesca.

"Todo dia há 'fake news'", diz Khattab.

"Se quiséssemos monitorar as notícias da Síria minuto a minuto, não pararíamos nunca", completa.

Ao menos 54 pessoas, entre elas 28 civis, morreram em bombardeios de aviões militares contra região dominada pelo grupo terrorista Estado Islâmico no leste de Deir ez Zor, na Síria, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A Organização afirmou que a maioria dos civis eram refugiados iraquianos, e as demais vítimas eram jihadistas de nacionalidades sírias e iraquianas. O alvo dos ataques foi uma concentração de civis em uma fábrica de gelo localizado entre Al Susa e Al Baguz al Fuqani, que estão sob controle dos jihadistas.

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A ONG disse que o número de mortos deve crescer devido as dezenas de pessoas que ficaram feridas nos ataques, algumas delas em estado grave.   

A defesa antiaérea síria bloqueou nesta quarta-feira (11) um ataque de mísseis de Israel contra posições do Exército no sudoeste da Síria, em uma região próxima às Colinas de Golã, informou a agência estatal de notícias Sana.

"A aviação do inimigo israelense lançou vários mísseis, contra distintas posições do Exército", na província de Quneitra, causando danos materiais, revela o comunicado.

Mais de 20 mil crianças tiveram que se deslocar na Síria por causa dos ataques na província de Deraa, no sul do país, segundo informações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A diretora executiva do órgão, Henrietta H. Fore, pediu respeito ao princípio fundamental da proteção de civis e prioridade à segurança das crianças sírias. "As crianças e suas famílias necessitam de comida, higiene, remédios e proteção. É preciso permitir aos que fogem chegar a refúgios longe das imagens e sons da guerra", afirmou.

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Os combates também causaram a morte de quatro menores e danificaram infraestruturas civis, incluindo um hospital, o que o Unicef afirma que “viola as leis humanitárias internacionais”.

A organização das Nações Unidas (ONU) informou que pelo menos 45 mil pessoas fugiram da onda de ataques em Deraa para áreas próximas à fronteira com a Jordânia, que está fechada desde 2016. O governo jordaniano declarou que manterá fechada sua fronteira e não receberá mais refugiados.

 

Em um campo de deslocados no norte da Síria, dezenas de adultos e adolescentes se reúnem para ver as transmissões do Mundial da Rússia em uma grande barraca equipada com projetores.

Desde 14 de junho é o mesmo ritual. Em um acampamento da cidade de Ain Issa, 50 km de Raqa, a ex-"capital" do grupo Estado Islâmico, os torcedores de futebol se reúnem para ver os jogos e fugir do calor.

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Depois de sete anos de guerra, o Mundial representa um breve alívio para suas preocupações e o dia a dia no acampamento.

A barraca para as transmissões das partidas foi montada por iniciativa de uma associação de caridade local.

"É uma iniciativa muito boa poder assistir o Mundial em um acampamento. Permite atenuar o mal-estar", afirma Abdullah Fadel al Obeid, um ex-jogador de futebol.

"A gente se diverte acompanhando as partidas. Todo mundo gosta de esporte", acrescenta, o sírio de cerca de 30 anos e que fugiu há mais de um ano de Maskana, subúrbio de Aleppo, quando o regime sírio lançou uma ofensiva contra os jihadistas do EI.

- Coisa de infiéis -

Abddulah Fadel al Obeid conta como em sua localidade natal os jihadistas prendiam os jogadores alegando que o futebol era uma "tradição própria dos infiéis".

"Graças a Deus, nos livramos disso e podemos ver as partidas em liberdade. Apesar das circunstâncias difíceis, estamos felizes", comenta.

Torcedor da equipe egípcia "Faraós", ele lamenta a derrota do Egito ante o Uruguai (1-0) e a ausência do craque Mohamed Salah, ídolo no mundo árabe. "Eles o estão guardando para a próxima partida", afirma.

O entusiasmo é a única coisa que alegra este acampamento sem decorações esportivas e onde estão abrigados 13.000 deslocados, segundo a ONU.

Na barraca, os filhos se sentam junto aos pais, alguns sobre almofadas, outros em cadeiras improvisadas.

Do lado de fora, Maabad al Mohamad, de 23 anos, comenta que este Mundial acontece em um momento extremamente difícil de sua vida.

O rapaz vive no acampamento há mais de um ano, depois de ter fugido de Raqa, sua cidade natal.

"Sentimos falta de nossos amigos, da animação de vermos as partidas juntos", lamenta.

Maabad se recorda do Mundial do Brasil-2014, que acompanhou em sua cidade. Na ocasião, os membros do EI regularmente faziam batidas nos bares e obrigavam os torcedores de futebol a volta para casa.

"A guerra nos tirou tantas coisas boas, como o esporte", lamenta o torcedor incondicional da seleção brasileira.

Com mais de 350.000 mortos, o conflito sírio começou em 2011 com a repressão de manifestações pacíficas, se tornou cada vez mais complexo com múltiplos atores e potências estrangeiras intervindo militarmente no país.

Milhões de sírios tivem de se exilar.

- Tédio total -

Abdullah Abdel Baset, 47 anos, é fanático por futebol e está ativamente envolvido na vida esportiva dos jovens do acampamento de deslocados sírios, onde formou várias equipes.

A instalação de um videoprojetor preenche, segundo ele, o vazio e o tédio e permite "esquecer alguns de seus problemas".

Mas o entusiasmo deste ano não é o mesmo dos Mundiais anteriores, lamenta.

"Antes havia um grande entusiasmo, mas agora as pessoas quase não aplaudem, a não ser que se marque um gol", explica.

"A guerra afetou esta geração, privando-a dos esportes por sete anos", acrescenta.

Mas Abdullah conserva um pouco do otimismo para o futuro. "Esperamos ver o próximo Mundial em nossas casas".

Quinze civis, incluindo crianças, foram mortos neste domingo (10) em bombardeios do regime na província síria de Idlib, após um ataque extremista contra os povos que apoiam o presidente Bashar al-Assad nessa região, indicou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Os ataques atingiram uma série de localidades e povoados neste província do noroeste do país que está quase completamente controlada pelos grupos extremistas e rebeldes, de acordo com o OSDH.

Dez civis, entre eles quatro crianças, morreram na cidade de Taftanaz e outros cinco, incluindo três crianças, em setores próximos, detalhou a mesma fonte.

Várias bombas caíram perto de um hospital infantil, que ficou fora de serviço.

Ao mesmo tempo, continuaram os combates entre os extremistas e as forças pró-regime perto das cidades de Fua e Kafraya. Trata-se de duas localidades controladas pelo regime de Assad na província de Idlib e as últimas áreas ainda sitiadas na Síria, de acordo com a ONU. Lá vivem mais de 8.000 pessoas, a maioria de confissão xiita.

O cerco de cidades e povoados foi usado como tática de guerra neste conflito que devasta a Síria desde 2011.

Milhares de civis e combatentes evacuadas de áreas rebeldes que seriam retomada pelas forças pró-governo foram conduzidos nos últimos anos para a província de Idlib, na fronteira com a Turquia, onde estima-se que haja cerca de dois milhões de pessoas.

O Ministério das Relações Exteriores da Síria diz que entregou aos embaixadores em Damasco da Rússia e do Irã uma lista dos membros nomeados para uma comissão para revisar a constituição nacional.

O controle sobre o processo constitucional tem sido um ponto-chave do conflito entre o governo do presidente Bashar Assad, a comunidade internacional e a oposição síria.

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Assad disse que seu governo só considerará emendas à atual constituição, desafiando uma iniciativa da ONU para que o governo, a oposição e os independentes redijam um novo documento.

A iniciativa da ONU recebeu um impulso em fevereiro pela Rússia, que organizou um congresso sírio em Sochi para pressionar os lados em conflito a escrever uma nova constituição. Ainda assim, o governo sírio se recusou a endossar o esforço.

A declaração do Ministério das Relações Exteriores, publicada pela mídia estatal neste sábado, foi vaga sobre a questão de que governo estaria nomeando sua própria comissão ou nomeando membros para uma comissão da ONU. Também não identificou os membros nomeados na lista e disse que o governo estava satisfeito com "a atual constituição". Fonte: Associated Press.

O governo dos Estados Unidos disse que tomará "medidas firmes e apropriadas" para proteger um cessar-fogo no sul da Síria se as forças do presidente Bashar Assad atacarem os rebeldes.

Em um comunicado divulgado na sexta-feira (25), o Departamento de Estado disse estar preocupado com relatos de que as forças de Assad estavam se preparando para uma operação próxima às fronteiras da Jordânia e de Israel.

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Os EUA, a Rússia e a Jordânia concordaram no ano passado com uma "zona de desescalada" no sudoeste da Síria para congelar as linhas de conflito.

O Departamento de Estado alertou o governo sírio contra "qualquer ação que arrisque ampliar o conflito".

Os EUA e Israel estão cada vez mais preocupados com as atividades militares iranianas na Síria em apoio a Assad. Israel diz que não quer que as forças iranianas se concentrem perto das colinas ocupadas do Golan. Fonte: Associated Press.

As forças militares da Síria afirmaram que os últimos bairros de Damasco que estavam sob domínio do Estado Islâmico (EI) foram retomados nesta segunda-feira, 21, acrescentando que os arredores da capital estão "completamente seguros". O general Ali Mayhoub leu um comunicado, transmitido pela televisão estatal, e afirmou que o Exército havia retomado os redutos do EI em Yarmouk e Hajar al-Aswad, depois de uma campanha que durou um mês. O general ressaltou que as operações foram "concentradas e sucessivas" e culminaram com a derrota do extremistas na cidade.

Esta é a primeira vez que a capital síria fica totalmente sob o controle do governo do presidente Bashar Assad desde o início da guerra civil, em 2011. "Damasco e seus arredores estão completamente seguros", disse Mayhoub.

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O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), grupo que monitora o conflito, disse que cerca de 1,6 mil pessoas, incluindo centenas de militantes do EI, deixaram as áreas no sábado e no domingo. De acordo com o OSDH, as forças de Assad agora verificam o campo de refugiados próximo a Yarmouk, uma área residencial.

De acordo com a TV estatal, uma autoridade militar síria disse que uma trégua de dois dias foi estabelecida para retirar mulheres, crianças e idosos na noite de domingo em Hajar al-Aswad. O militar também negou que um acordo tenha sido feito para permitir a saída dos combatentes do EI.

A investida em Hajar al-Aswad e Yarmouk veio depois que as forças do governo retomaram os últimos subúrbios nas regiões sul e leste de Damasco, o que aumentou o poder de Assad no país. "A organização terrorista Daesh foi eliminada em Hajar al-Aswad", disse um soldado sírio não identificado à TV estatal, usando a sigla em árabe para se referir ao EI. "Vamos continuar marchando até liberarmos todas as partes da Síria."

O regime de Assad obteve ganhos significativos desde 2015, quando os russos lançaram uma campanha aérea em seu apoio. Em dezembro de 2016, forças do governo retomaram vizinhanças em bairros orientais na cidade de Alepo, no norte do país, marcando a maior vitória do presidente desde o início do conflito. Em março e abril, milhares de combatentes da oposição se renderam e foram retirados de Ghouta Oriental, nos subúrbios de Damasco, após esmagadora ofensiva do governo.

Pouco antes do meio-dia desta segunda, quando a trégua acabou em Hajar al-Aswad, aviões de guerra atacaram as posições do EI na vizinhança, enquanto tropas começaram a avançar pelo local. Segundo o OSDH, militantes do EI incendiaram seus escritórios e veículos para que os soldados não conseguissem apreender equipamentos ou documentos pertencentes ao grupo.

Os extremistas já foram expulsos de quase todos os territórios que chegaram a dominar na Síria e no Iraque, mas ainda mantêm presença remota em áreas ao longo da fronteira entre os dois países. Tanto Rússia como Irã fornecem apoio militar crucial às forças de Assad, dando vantagem às investidas do governo durante a guerra civil.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse ao colega sírio, durante reunião na semana passada, que um acordo político na Síria poderia encorajar outros países a retirarem suas tropas do país. O enviado de Putin à Síria, Alexander Lavrentyev, disse que o líder russo estava se referindo às tropas iranianas. No entanto, Teerã rejeitou a ideia nesta segunda, dizendo que suas forças serão mantidas na Síria e continuarão a lutar contra o terrorismo a pedido do governo sírio.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Bahram Ghasemi, disse que ninguém pode forçar Teerã a fazer algo que não queira. "Nossa presença na Síria tem como base um pedido do governo sírio e o Irã continuará a fornecer seu apoio enquanto (o governo sírio) quiser", ressaltou.

Militares de Israel bombardearam "dezenas" de alvos iranianos na Síria nesta quinta-feira (10), em resposta a um ataque iraniano com foguetes contra soldados israelenses posicionados nas Colinas de Golã, no mais grave confronto já ocorrido entre israelenses e iranianos.

Segundo Israel, os alvos incluíram estoques de armas, locais de logística e centros de inteligência utilizados por forças iranianas na Síria. Israel também informou ter destruído vários sistemas de defesa aérea da Síria.

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A ofensiva israelense foi a mais intensa na vizinha Síria desde o início da guerra civil local, em 2011.

Os ataques de Israel mataram 23 combatentes, incluindo cinco soldados sírios, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres.

Já a Rússia alega que a operação israelense envolveu 70 mísseis, sendo que mais de metade deles foram derrubados. Fonte: Associated Press.

Bagdá, 06/05/2018 - O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, anunciou neste domingo que o país lançou um ataque aéreo na vizinha Síria contra o grupo Estado Islâmico.

Segundo al-Abadi, a ação é a mais recente de uma série de incursões na fronteira lançada contra o grupo extremista nas últimas semanas. Forças do Iraque e da Síria tem expulsado o Estado Islâmico de todo o território que haviam ocupado, mas o grupo ainda opera em áreas remotas ao longo da fronteira.

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O anúncio ocorre dias antes das eleições nacionais no Iraque, na qual al-Abadi espera garantir um segundo mandato como primeiro-ministro. Em sua campanha ele frequentemente tem reforçado sua participação em movimentos que tem como objetivo derrotar o grupo extremista. Fonte: Associated Press.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia disse neste sábado (28)que os Estados Unidos estão tentando dividir a Síria. Durante uma reunião com seus colegas do Irã e da Turquia, Sergey Lavrov, afirmou que os recentes ataques com mísseis liderados pelos EUA contra a Síria "agravaram situação".

Ele acrescentou que as declarações sobre o apoio à integridade territorial da Síria "são apenas palavras que, aparentemente, abrangem planos de reformatação do Oriente Médio e planos para dividir a Síria em partes".

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Lavrov se reuniu com o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif e com o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu. Rússia, Irã e Turquia são os estados garantidores do chamado "processo Astana", que visa acabar com a violência na Síria.

As três autoridades concordaram em intensificar os esforços para fornecer ajuda humanitária à Síria. "Vamos garantir que esta ajuda seja fornecida da maneira mais eficaz. Nós vamos cooperar com o governo, a oposição e, claro, com nossos homólogos nas Nações Unidas, a Cruz Vermelha Internacional, a Crescente Vermelho Árabe Síria e outras organizações internacionais ", disse Lavrov. Grupos de ajuda internacional acusaram repetidamente o governo sírio, que é apoiado por Rússia e Irã, de impedir a entrega de ajuda a áreas controladas por rebeldes.

Lavrov também reiterou a visão russa de que o alegado ataque com armas químicas realizado à cidade de Douma, no início deste mês, foi um "pretexto artificial" para o lançamento de mísseis pelos EUA, Grã-Bretanha e França.

Os ministros emitiram uma declaração conjunta condenando os ataques químicos e disseram que qualquer relato do uso desse tipo de armas deve ser "investigado imediatamente e profissionalmente" pela Organização para a Proibição de Armas Químicas. Uma equipe da entidade tentou repetidas vezes chegar à Douma para investigar o ataque relatado.

O chanceler turco Cavusoglu, por sua vez, criticou os Estados Unidos por apoiarem a principal milícia curda, que desempenhou um papel fundamental no retrocesso do Estado Islâmico e agora controla muito do norte e leste da Síria. A Turquia vê os

combatentes curdos como uma extensão da insurgência curda que atua no sudeste de seu território. "Hoje, os EUA apoiam organizações terroristas e isso precisa parar"

disse.

Fonte: Associated Press

Aproximadamente 2,8 milhões de crianças e adolescentes não foram escolarizados nos últimos sete anos de conflito na Síria. O número foi divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O Unicef informou em comunicado que desde 2011 há menores de idade que nunca foram ao colégio, enquanto outros tiveram que interromper os estudos. A nota ressaltou que frequentar a escola em áreas de conflito pode ser questão de vida ou morte devido à violência.

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Na Síria mais de 300 escolas foram alvo de ataques, sendo que uma em cada três ficaram completamente fora de funcionamento por terem sido destruídas, danificadas, ou usadas para fins militares ou para receber famílias de deslocados.

De acordo com dados do Unicef, 40% dos menores de idade sem estudos têm entre 15 e 17 anos e correm o risco de serem recrutados para combater ou serem obrigados a se casar e trabalhar muito jovens. Mas apesar das dificuldades, a instituição afirmou que 4,9 milhões de crianças e adolescentes continuam tendo acesso à educação dentro da Síria e quase 2 milhões em países vizinhos que acolhem refugiados como é o caso do Líbano e da Jordânia.

Rebeldes na Síria começaram a deixar três cidades na região oriental de Qalamoun, no campo de Damasco, informou a mídia estatal do país.

De acordo com a TV Al-Ikhbariya, vários ônibus deixaram as cidades de Ruhaiba, Jayroud e

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al-Nasriya levando centenas de rebeldes e suas famílias para um território oposto no norte da Síria.

A TV afirmou que cerca de 3.200 rebeldes deixaram as três cidades neste sábado e que as saídas continuarão pelos próximos três dias. Forças do governo sírio devem assumir as cidades.

Essas saídas são as últimas de uma série de transferências da população ao redor da Capital síria, que deslocou mais de 60 mil pessoas, uma vez que o governo tem retomado o controle. Fonte: Associated Press

Na noite desta quarta-feira (18), a irmã do participante e finalista do Big Brother Brasil 18, mandou um recado para os internautas pedindo volto para o irmão: “Oi, Brasil! Por favor, vote no Kaysar”, disse ela no vídeo divulgado pelo perfil oficial dela no Instagram e do sírio no Twitter. 

Guerra na Síria 

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Em conversa com Gleici, Kaysar já revelou a guerra que ele viveu com os pais: “Lá é guerra, Gleici, quem não quer sair da guerra? É insuportável”. “Só você conseguiu sair?”, perguntou a acreana. “Minha irmã está no Líbano. Vamos dizer que eles saiam – onde eles vão ficar? Já caíram umas bombas, entrou uma bala dentro da nossa casa uma vez, quebrou o vidro”, explicou o sírio.

Se for campeão

O sonho de Kaysar é levar o prêmio de um milhão e meio e resgatar os pais, que vivem na Síria, país que vive em guerra há sete anos. Pelos prêmios que ele já ganhou desde o começo do programa, o brother acumula cerca de R$ 140 mil. Dinheiro suficiente para começar uma nova vida aqui no Brasil. 

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Por Dayvson Barros


 

 

 

O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, rejeitou uma proposta de resolução da ONU sobre a Síria proposta pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França, chamando-a de "inoportuna" e "desnecessária".

O texto rejeitado por Nebenzia era referente à tentativa dos três aliados ocidentais de que um novo órgão avaliasse a culpa por ataques químicos e bloqueio de acessos humanitários na Síria.

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O embaixador russo ressaltou que não há necessidade de um novo órgão independente determinar a responsabilidade por ataques químicos porque "eles atribuíram a culpa e já puniram os culpados".

Nebenzia disse que enviados russos estavam presentes quando especialistas do Conselho de Segurança discutiram o esboço na segunda-feira "apenas para ouvir, mas nós dissemos que este esforço agora (de uma investigação independente) é inoportuno".

A vice-embaixadora dos EUA na ONU, Kelley Currie, afirmou que a manobra russa faz parte da campanha de Moscou para "tentar distrair a comunidade internacional das atrocidades cometidas pelo regime de Bashar al-Assad". Fonte: Associated Press.

A emissora oficial do regime sírio informou nesta terça-feira (17) que o país foi alvo de uma nova "agressão", com o bombardeio de uma base aérea em Homs. O canal não informou de onde teria partido o ataque. No início do mês, o regime de Bashar Assad culpou Israel por um ataque semelhante em Homs.

Na sexta-feira (13), uma força-tarefa formada por Estados Unidos, Reino Unido e França realizou um ataque com o objetivo declarado de destruir supostas fábricas e depósitos de armas químicas na Síria. O bombardeio foi uma retaliação ao suposto uso de armas químicas contra a cidade de Douma por tropas de Assad.

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Declarações dadas neste domingo (15) por autoridades dos EUA e da França indicam que tropas americanas deverão permanecer na Síria além do prazo de seis meses sugerido pelo presidente Donald Trump para seu retorno.

"Nosso trabalho na Síria não terminou", disse a embaixadora de Washington na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, em entrevista à Fox News. Em Paris, o presidente Emmanuel Macron, disse ter "convencido" Trump a abandonar a ideia de retirar os soldados. "Eu asseguro, nós o convencemos de que é preciso permanecer por enquanto", declarou o líder francês à emissora BFMTV. À noite, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que os planos de Trump continuavam sendo de retirar as tropas "o quanto antes", sem precisar uma data.

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No sábado (14), os EUA, França e Inglaterra lançaram 105 mísseis contra três instalações de produção e armazenamento de armas químicas na Síria. Em entrevistas no dia seguinte, representantes do Pentágono afirmaram que o principal objetivo dos EUA na Síria era derrotar o Estado Islâmico. No domingo, Haley ampliou o leque para incluir a proibição do uso de armas químicas e a contenção da presença do Irã na Síria.

Ao lado de Moscou, Teerã é o maior aliado externo de Assad e participa da guerra civil com milícias e integrantes da Guarda Revolucionária iraniana. A crescente presença do país xiita na Síria é vista com apreensão por Israel, principal parceiro dos EUA no Oriente Médio e contrário à saída de tropas americanas do país. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que um novo ataque do Ocidente à Síria levaria "caos" ao mundo.

Haley mencionou que o cumprimento de três metas é necessário antes da saída dos 2 mil militares americanos da Síria: garantir que as armas químicas não sejam usadas, que o Estado Islâmico seja derrotado e que iranianos não ampliem sua presença no terreno. "O Irã é uma ameaça aos interesses americanos", afirmou. "Nós não vamos voltar para casa até que saibamos que alcançamos esses objetivos." Mas a embaixadora ressaltou que um novo ataque à Síria só ocorrerá se Assad voltar a usar armas químicas. Segundo ela, o bombardeiro provocou um "golpe" no programa de armas químicas de Assad. Trump causou controvérsia ao usar no sábado o termo "missão cumprida" para elogiar a operação. A expressão foi usada em intervenções militares contestadas, como a invasão do Iraque.

Ofensiva diplomática

Enquanto mantêm a presença militar, os EUA deverão intensificar os esforços na busca de uma saída diplomática para a crise síria e aumentar a pressão sobre a Rússia, com a imposição de novas sanções ao país. As penalidades serão anunciadas hoje e terão como alvo empresas russas relacionadas à produção de armas químicas por Assad.

Os EUA também estão interessados nas negociações de paz de Genebra e na busca de uma solução política para a Síria, afirmou Haley. Criado em 2015, o processo está paralisado em razão da decisão de Assad de não participar das conversas.

O mecanismo prevê a transição de poder na Síria, com a convocação de eleições e aprovação de uma nova Constituição. O problema é que grande parte da oposição síria foi dizimada na guerra civil e não está claro quem poderia ser uma alternativa a Assad.

A ofensiva na Síria contraria a retórica adotada por Trump durante a campanha eleitoral, quando criticou as intervenções militares no Oriente Médio patrocinadas por George W. Bush. Segundo ele, os EUA deveriam retirar tropas da região e focar em seus problemas domésticos. Mas o presidente também prometeu acabar com o Estado Islâmico e tem celebrado o recuo do grupo terrorista na Síria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou neste domingo que o ataque militar realizado em conjunto com os Estados Unidos e com o Reino Unido contra alvos sírios foram realizado em retaliação ao suposto ataque químico, que teria sido feito a mando do governo de Bashar al-Assad. Em pronunciamento, Macron disse ter evidências de que Assad usou armas químicas contra seu próprio povo.

O presidente francês comentou que os ataques foram "retaliação, não um ato de guerra". Macron disse que os aliados tinham "plena legitimidade internacional para intervir" na Síria, porque os taques eram sobre a aplicação do direito internacional humanitário. O líder francês afirmou, ainda, que os aliados foram forçados a agir DEM um mandado explícito da Organização das Nações Unidas (ONU) devido ao "constante impasse dos russos" no Conselho de Segurança. "Chegamos em um momento em que esses ataques se tornaram indispensáveis."

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Ele também afirmou que a França deseja lançar uma iniciativa diplomática sobre a Síria, que incluiria potências ocidentais, Rússia e Turquia. Macron também disse que "estamos preparando uma solução política" com o objetivo de permitir uma solução política para a Síria. Ele ressaltou que a diplomacia francesa é capaz de conversar com o Irã, Rússia e Turquia de um lado e os EUA do outro.

De acordo com Macron, "dez dias atrás, Trump queria se retirar da Síria, mas nós o convencemos a permanecer". Os EUA, a França e o Reino Unido lançaram ataques aéreos na noite de sexta-feira em três instalações de armas químicas na Síria para punir o regime de Bashar al-Assad, alegando uso de armas químicas na cidade de Douma em 7 de abril. Macron também acrescentou que os russos são "cúmplices" do uso de armas químicas pelo regime sírio porque bloquearam o Conselho de Segurança da ONU. Fonte: Associated Press.

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