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O sistema de defesa antiaérea da Síria interceptou mísseis lançados sobre Damasco nesta terça-feira, segundo informações TV estatal local. A emissora não forneceu mais detalhes do caso ou não revelou quem está por trás do ataque.

Acredita-se que, no passado, Israel tenha realizado uma série de ataques aéreos na Síria tendo como alvo forças iranianas e do grupo Hezbollah lutando ao lado do governo no país.

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A Rússia anunciou a entrega do sistema de defesa S-300 à Síria em outubro, menos de um mês após uma aeronave de reconhecimento russa ter sido abatida pelos sistemas de defesa antiaérea sírios. A Rússia culpou Israel pela perda da aeronave, alimentando as tensões entre Moscou e Tel-Aviv, que evitavam um conflito direto na Síria. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdul-Mahdi, declarou nesta segunda-feira que seu país poderá enviar tropas para a vizinha Síria, dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciar a decisão de retirar seus militares do território sírio.

Segundo Abdul-Mahdi, o governo iraquiano está "considerando todas as opções" para proteger seu país de ameaças além das fronteiras.

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O Iraque mantém reforços nas áreas fronteiriças com a Síria para impedir a infiltração de militantes do Estado Islâmico, que controla um bolsão de território ao longo do rio Eufrates.

Arábia Saudita

Em mensagem no Twitter, Trump elogiou hoje a Arábia Saudita por concordar em gastar os recursos necessários para ajudar a reconstruir a Síria, "em vez dos Estados Unidos", que "estão a 5.000 milhas de distância". Com informações da Associated Press.

O enviado especial dos Estados Unidos na guerra contra o grupo terrorista Estado Islâmico, Brett McGurk, renunciou ao cargo por discordar da decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar tropas americanas da Síria. Segundo fontes, McGurk apresentou carta de demissão na sexta-feira (21).

Na última semana, o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, também pediu demissão.

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McGurk serviu em posições estratégias nas incursões dos EUA no Iraque e na Síria, nos últimos três mandatos presidenciais do país, começando pelo ex-presidente republicano George W. Bush.

Há uma semana, McGurk entregou a repórteres presentes no Departamento de Estado dos EUA um documento extenso explicando por que era crítico manter as tropas norte-americanas e os esforços de reconstrução da Síria para evitar uma recuperação do Estado Islâmico. McGurk lembrou que quase todos os territórios até então controlados pelo grupo tinham sido recuperados por meio de ações lideradas pelos EUA.

"Obviamente seria imprudente dizer 'o califado está derrotado, então podemos sair agora'. Acredito que qualquer um que tenha olhado para um conflito como esse concordaria", disse McGurk na ocasião aos repórteres. Na quarta-feira, Trump declarou que estava ordenando a retirada de mais de 2 mil tropas em atuação na Síria e que o Estado Islâmico havia sido derrotado no país. No mesmo dia, Mattis pediu demissão.

Neste sábado, Trump continuou defendendo sua decisão. Pelo Twitter, disse que as tropas dos EUA permanecerão na Síria por mais três meses e que a missão no país nunca foi planejada para durar muito. O presidente escreveu ainda que o "Estado Islâmico" estava "ficando louco" na época em que ele assumiu a Presidência dos EUA. "Agora o Estado Islâmico está amplamente derrotado e outros países locais, incluindo a Turquia, deveriam estar aptos a facilmente cuidar do que ficar. Estamos voltando para casa", disse na rede social. Fonte: Dow Jones Newswires.

Chérif Chekatt, principal suspeito do atentado contra um mercado de Natal de Estrasburgo, na França, teria cometido o ataque para "vingar os irmãos da Síria", segundo informou o jornal "Le Parisien".

A publicação cita o testemunho do motorista de táxi que foi feito de refém pelo terrorista no dia do ataque. Chekatt, que ainda está foragido, escapou da região do mercado natalino usando o veículo do taxista.

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Ainda segundo o jornal, o autor do ataque libertou o motorista somente depois de ele ter confessado que é "muçulmano praticante" e respeitoso de "oração".

O atentado aconteceu por volta das 20h locais, quando um homem armado abriu fogo contra as pessoas na rua Des Grandes-Arcades, no centro de Estrasburgo, muito próximo do local onde é realizado o tradicional mercado de Natal da cidade.

Chekatt, que estaria em uma lista de suspeitos de radicalização e de alta periculosidade na França, tem 29 anos e é cidadão francês originário da própria Estrasburgo.

A polícia local também informou que o agressor gritou "Allahu Akbar", expressão árabe que significa "Deus é maior" e é bastante usada por extremistas islâmicos em ataques.

Vítimas

Segundo as autoridades francesas , o balanço é de três mortos, além de uma pessoa com morte cerebral (que está sendo contabilizada como a quarta vítima), e 16 feridos, sendo dois "entre a vida e a morte", incluindo o jornalista italiano Antonio Megalizzi, 29 anos.

De acordo com o eurodeputado Mario Borghezio, que visitou Megalizzi no hospital, o italiano tem quadro de saúde "irreversível".

"Encontramos sua mãe, que recebeu indicações dos médicos de que a situação é irreversível. Ela está desesperada", disse Borghezio. 

Da Ansa

Falta pouco para Kaysar Dadour, vice-campeão do "Big Brother Brasil 18", estrear como ator na novela "Órfaos da Terra". Enquanto a trama de Thelma Guedes e Duca Rachid não vai ao ar, o sírio curte a família recém-chegada ao Brasil. 

Em entrevista ao Gshow, o ex-BBB contou que o Natal deste ano será especial ao lado dos pais e da irmã. "Passar o Natal com meu pai, minha mãe e minha irmã é uma emoção muito grande. Montamos a árvore e passei dois dias chorando, emocionado".

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Longe dos familiares desde 2011, Kaysar relembra a tristeza que a guerra da Síria deixou em sua vida. "Tem muita gente com quem passei meu último Natal lá na Síria que não está mais aqui. Passei com alguns amigos e minha família, mas bastante gente já morreu", disse.

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Um grupo jihadista da região de Idlib, no noroeste da Síria, entregou nesta segunda-feira (26) uma menina de quatro anos à sua mãe belga na fronteira com a Turquia, depois de uma disputa por sua custódia após a morte do pai, informou o grupo.

A pequena Yasmin, vestida com um casaco cor de rosa e segurando um urso de pelúcia na mão, foi levada até a fronteira turca onde sua mãe a esperava.

O encontro foi organizado pelo "governo da salvação", o braço civil do poderoso grupo jihadista Hayat Tahrir al Sham (HTS), que controla 60% da província de Idlib, último grande bastião rebelde e jihadista do país em guerra.

"Yasmin foi entregue hoje à sua mãe belga Hajer depois de resolver a disputa entre sua mãe e os que eram seus tutores aqui", declarou à AFP Fawaz Hilal, à frente desse braço civil do HTS.

Tanto as autoridades turcas como belgas não deram informações pelo momento sobre o caso.

Aviões de guerra russos atacaram áreas dominadas por rebeldes no norte da Síria pela primeira vez em semanas neste domingo, enquanto autoridades sírias disseram que mais de 100 pessoas foram tratadas em hospitais devido ao uso suspeito de um ataque de gás venenoso na cidade de Aleppo. Tanto o governo de Bashar al-Assad quanto autoridades russas culparam os rebeldes sírios pelo ataque.

Os rebeldes, que negaram a realização de ataques com gás venenoso, acusaram o governo sírio de tentar minar uma trégua alcançada pela Rússia e pela Turquia em setembro, durante uma cúpula na cidade russa de Sochi. A área alvo é controlada pelos rebeldes e abriga grupos extremistas que se opõem à trégua.

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O porta-voz do Exército russo, major-general Igor Konashenkov, disse a repórteres em Moscou que aviões de guerra russos destruíram posições de militantes no norte da Síria, culpando-os pelo ataque com gás venenoso em Aleppo. A mais recente onda de bombardeios e ataques aéreos no norte da Síria é a mais séria violação de uma trégua alcançada por russos e turcos, que trouxe relativa calma ao norte do país nos últimos dois meses.

"Os aviões das Forças de Defesa Aeroespacial da Rússia realizaram ataques às posições de artilharia detectadas de terroristas na área, de onde o bombardeio contra civis em Aleppo com munições químicas foi realizado na noite de sábado", disse Konashenkov. Fonte: Associated Press.

A Síria reabriu neste domingo seu famoso Museu Nacional de Antiguidades em Damasco, depois de seis anos fechado devido à guerra civil.

Pela primeira vez desde 2012, a grande porta deste templo da cultura e da história, fundado em 1920, foi aberta.

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Os objetos expostos neste domingo pertencem a diferentes períodos, "da pré-história à era islâmica", afirmou um responsável da Direção Geral de Antiguidades (DGA), Ahmad Dib.

As autoridades trabalham para reabrir "todo o museu" em breve, acrescentou.

Este museu localizado no centro de Damasco foi fechado um ano após o início da guerra, quando a capital, relativamente à margem dos bombardeios, se tornou alvo de tiros rebeldes.

Por medo de que o museu sofresse danos ou saques, muitas das peças foram transferidas para locais seguros.

Os jardins do museu permaneceram abertos ao público.

A Síria tem mais de 700 sítios arqueológicos, muitos dos quais foram destruídos, danificados ou saqueados desde o início da guerra. Todos os envolvidos são acusados ​​de terem participado de um saque maciço.

Entre os locais mais famosos está a cidade histórica de Palmira, incluída na lista do Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco.

As forças do regime a reconquistaram no ano passado depois de expulsar o grupo Estado Islâmico (EI).

A partir de 2012, o Departamento dos Museus armazenou cerca de 300.000 objetos e milhares de manuscritos, de todas as partes da Síria, em locais protegidos de incêndios, bombardeios e inundações.

Mais de sete anos após o início da guerra, o regime de Bashar al-Assad, apoiado pelo exército russo, controla completamente a capital e seus arredores.

Além disso, suas tropas controlam quase dois terços do território do país.

A guerra na Síria começou em 2011 após a sangrenta repressão de manifestações pró-democracia. Desde então, causou mais de 360.000 mortes.

Um jornalista japonês que foi tomado como refém por militantes islâmicos depois de ser capturado na Síria, três anos atrás, foi libertado e será levado para casa o mais cedo possível, informou na quarta-feira (24) a chancelaria do Japão.

Diplomatas japoneses na Turquia confirmaram se tratar de Jumpei Yasuda, um freelancer de 44 anos que relatou ter sido capturado por um grupo afiliado à Al-Qaeda ao entrar na Síria, em 2015. Yasuda agradeceu sua libertação em um vídeo divulgado na Turquia.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Era uma manhã de sol e muito calor no Mediterrâneo, há quatro dias, quando a fragata Liberal, a F-43 da Marinha do Brasil, encontrou a pequena lancha superlotada por 31 refugiados sírios, muitos deles crianças e mulheres, carregando mochilas, levando poucos documentos.

O grupo pretendia chegar à Ilha de Chipre, fugindo da guerra civil que já provocou 350 mil mortes. A embarcação leve estava sem combustível, à deriva havia pouco menos de uma semana. Os estoques limitados de água e comida haviam se esgotado. Todos estavam debilitados e ao menos dois casos de desidratação associada a desnutrição foram considerados graves.

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O comandante do navio brasileiro, capitão Cláudio Correa, ordenou que fosse prestado o atendimento médico de urgência. Também foram fornecidos suprimentos e remédios. O resgate dos refugiados foi feito por duas lanchas oceânicas da força naval do Líbano. A Liberal escoltou as embarcações.

Até esta segunda-feira (15), essas eram as únicas informações autorizadas pela chefia da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) a respeito do evento, o segundo do gênero em que a Marinha se envolve diretamente.

Há dois anos, em setembro de 2015, a corveta Barroso, a V-34, resgatou 220 refugiados - entre os quais, quatro bebês. Todos foram abrigados na corveta - o barco usado para tentar chegar à costa da Itália corria risco de naufragar.

A Barroso encontrou os refugiados antes de ser incorporada à missão da ONU. Bem diferente do que houve agora. A F-43 foi acionada pela Força Tarefa Marítima (FTM), comandada pelo contra-almirante Eduardo Vasquez, para localizar os refugiados empregando o radar de busca e os recursos do helicóptero de bordo, um Lynx de ataque, observação e transporte.

A lancha estava sem energia e sem capacidade de acionar os motores a cerca de 75 km do litoral de Beirute, a capital libanesa. Embora com excesso de passageiros, não havia ameaça iminente de perda da embarcação, relativamente moderna e equipada.

A Marinha do Brasil participa há sete anos da FTM-Unifil. A Liberal é a nau capitânia da força naval internacional composta por navios de Alemanha, Grécia, Indonésia, Bangladesh e Turquia. O navio com tripulação de 200 militares (times de operação da fragata, da ala aérea e de mergulhadores de combate) vai permanecer no Líbano por oito meses, cumprindo a missão de adestramento em operações navais, interdição marítima, repressão ao contrabando de armas e ao tráfico humano.

Para atuar na região, a F-43 é configurada em condição de combate. Conta com sistemas de detecção, acompanhamento, aquisição e ataque a alvos submarinos, de superfície e aéreos. Leva um sonar de casco, radares de busca, navegação, vigilância e de direção de tiro. Tem também um sistema de apoio à guerra eletrônica.

O conjunto de armas integra dois canhões, metralhadora pesada, mísseis antinavio de longo alcance (180 km) Exocet MM-40 modernizados e antiaéreos (25 km) Aspide. Pode lançar torpedos antissubmarino Mk-46 a partir do helicóptero Lynx. É a quarta vez, em seis anos, que o navio participa da Operação Líbano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo menos 106 ataques químicos foram realizados contra civis na Síria desde 2014, de acordo com uma investigação realizada pela rede britânica "BBC" e divulgada nesta segunda-feira (15).

A rede publicou em seu site um mapa detalhado dos ataques que ocorreram depois que o presidente da Síria, Bashar al Assad, assinou a Convenção Internacional de Armas Químicas (CWC) e concordou em destruir seu arsenal tóxico, em 2013.

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"A Síria ratificou a CWC um mês depois de um ataque com armas químicas em vários subúrbios da capital Damasco com o agente nervoso Sarin, que deixou centenas de pessoas mortas", informou a "BBC".

As imagens das vítimas sofrendo por conta do agente químico chocaram o mundo, e os países ocidentais culparam o governo sírio pelo ataque. Assad, por sua vez, responsabilizou grupos de oposição.

A emissora ainda acrescentou que, apesar de a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) e as Nações Unidas terem destruído 1,3 mil toneladas de produtos químicos do governo sírio, as ofensivas com esse tipo de armamento "continuaram".

Assad, por sua vez, negou no início deste ano ter armas tóxicas à sua disposição, mas, de acordo com a Opaq, pelo menos 37 operações militares entre setembro de 2013 e abril de 2018 envolveram o uso de agentes tóxicos.

A "BBC" examinou 164 relatos de suspeitas de ataques químicos na Síria desde a assinatura da CWC e concluiu que há evidências confiáveis para se ter certeza de que ocorreram ao menos 106 ofensivas com substâncias tóxicas.

A maioria ocorreu na província de Idlib. Além disso, diversas ações com armas químicas foram registradas perto de Hama e Aleppo, assim como na região de Ghouta, perto de Damasco. O pior ataque foi em abril de 2017, em Khan Sheikhoun, na província de Idlib, onde mais de 80 pessoas foram mortas, de acordo com fontes médicas.

Os EUA e outras potências ocidentais culpam o regime Assad pelos ataques, mas o presidente e sua principal aliada, a Rússia, creditam essas ações a grupos rebeldes.

Da Ansa

O presidente sírio, Bashar al Assad, atribuiu a Israel a responsabilidade pelo incidente no qual a defesa antiaérea da Síria derrubou um avião aliado russo durante um ataque de mísseis do Estado hebreu.

"Este lamentável incidente é resultado da arrogância e da selvageria israelense", declarou Assad em carta de condolências enviada ao presidente russo, Vladimir Putin, pela morte dos 15 militares que estavam no avião, abatido na noite de segunda-feira sobre a costa síria.

"Estamos convencidos de que trágicos acontecimentos como estes não nos impedirão, e nem a vocês, de prosseguir com a luta contra o terrorismo", acrescenta a mensagem, publicada pela agência oficial Sana.

Na noite de segunda-feira, o avião russo foi derrubado por erro pela defesa antiaérea síria quando decolava da província costeira de Latakia (noroeste) para interceptar disparos de mísseis israelenses contra uma posição do regime.

Trata-se do incidente mais grave entre os dois aliados desde 2015, quando Moscou começou a intervir militarmente na Síria para apoiar o regime de Damasco contra os rebeldes e grupos jihadistas.

Putin considerou na terça-feira o incidente como "uma série de circunstâncias acidentais trágicas", mas disse ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que "tais operações da força aérea israelense violam a soberania síria".

Nos últimos meses, os israelenses multiplicaram seus ataques contra tropas iranianas na Síria, insistindo que não permitirão que a República Islâmica utilize o território sírio como trampolim para ataques a Israel.

Uma nova investigação da Comissão de Inquérito da ONU sobre a Síria denuncia o regime de Bashar Assad por crimes de guerra. A iniciativa, liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, obteve novas provas de que Damasco usou armas químicas para reconquistar algumas das principais cidades que estavam sob controle da oposição e de grupos terroristas.

O relatório publicado nesta quarta-feira, 12, também revela que mais de um milhão de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas em apenas seis meses na Síria, em razão do avanço das forças militares de Assad - um nível de deslocados "sem precedentes" nos sete anos de conflito armado no país.

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De acordo com a Comissão, forças pró-Assad seriam responsáveis por ataques aéreos contra Ghouta e Yarmouk. "Para recapturar Ghouta, em abril, as forças do governo lançaram diversos ataques indiscriminados em áreas densamente ocupadas por civis, incluindo o uso de armas químicas". Os ataques ocorreram nos dias 22 de janeiro e 1º de fevereiro.

"Em ambos incidentes, vítimas e testemunhas, incluindo médicos, descreveram sintomas similares, incluindo problemas respiratórios, tosse, ardência nos olhos, irritação na garganta e náusea", diz a investigação. "Testemunhas indicaram o cheiro de cloro." Outra constatação foi o efeito lento do agente.

A Comissão também indicou que, no que se refere à munição, tem evidências materiais de que se trata de um modelo usado exclusivamente pelo governo e, raramente, por milícias pró-Assad. A investigação ainda apontou que a "munição documentada foi construída com a artilharia iraniana, conhecida por ter sido fornecida às forças comandadas pelo governo da Síria".

"A comissão conclui que, nesses dois casos, forças do governo e milícias afiliadas cometeram crimes de guerra ao usar armas proibidas e lançar ataques indiscriminados contra a população civil", completa a investigação.

A Comissão ainda analisa se outro caso de crime de guerra supostamente cometido pelo regime de Assad ocorreu no dia 7 de abril, em Duma, também por uma suspeita de uso de armas químicas, que teriam causado a morte de pelo menos 49 pessoas e deixado 650 feridos.

Alerta por Idlib

No relatório publicado nesta quarta em Genebra, a comissão alerta que crimes de guerra podem se repetir agora em Idlib, onde o governo e seus aliados russos prepararam uma ofensiva para retomar a região.

A ONU fala no risco de que a operação se transforme em uma das maiores catástrofes humanitárias da década e pede que negociações sejam conduzidas para que 3 milhões de civis que vivem na região sejam impactados o mínimo possível.

Apesar dos apelos internacionais, Pinheiro diz que os primeiros ataques contra a região já começam e os alvos incluem até hospitais. "Esse tem sido o padrão antes de uma grande ofensiva e agora vemos que isso voltou a ocorrer", alertou o brasileiro, em entrevista em Genebra.

Para ele, porém, a presença de terroristas "não é desculpa" para um ataque indiscriminado. "Estão lutando contra 10 mil homens armados. Mas 2,9 milhões de civis não podem pagar o preço da guerra contra o terrorismo", afirmou.

"Não estamos dizendo que não se deve lutar contra o terrorismo. Isso é uma obrigação. Mas temos de pensar em milhões de civis, entre eles 1 milhão de crianças", apelou o brasileiro. Apenas em 2018, 500 mil pessoas já foram afetadas na região.

Um fator que complica a situação em Idlib é o fato de que muitos sírios expulsos de outros lugares do país vivem hoje em barracões na província. "A Comissão alerta para o fato de que muitos dos deslocados na Síria estão atualmente em Idlib, onde uma nova ofensiva poderia causar uma crise humanitária catastrófica", alertaram os especialistas.

Segundo o novo estudo, a Síria vive uma "crescente militarização" e seis batalhas de grande escala desde janeiro - em Alepo, Homs, Damasco, Rif Damascus, Dara'a e Idlib - causaram um fluxo interno de sírios que não se via desde o início da guerra, em 2011.

"As batalhas foram marcadas por crimes de guerra, incluindo ataques indiscriminados, ataques deliberados a locais protegidos, uso de armas proibidas e pilhagem", afirmou a Comissão. Segundo as investigações, os crimes foram cometidos pelo governo e por grupos armados.

"Não há desculpa para que uma parte no conflito não siga as obrigações que tem diante da população civil", afirmou Pinheiro. Segundo ele, o número de pessoas que deixaram suas cidades e estão em outros locais do país já passa de 6,5 milhões.

Entre os Estados denunciados por crimes de guerra está também a Turquia, por sua atuação na recuperação da cidade de Afrin. "Membros de vários grupos armados repetidamente cometeram crimes de guerra em Afrin. Se algum desses grupos estão sob o comando efetivo das Forças turcas, as violações cometidas por eles podem ser atribuídas aos comandantes militares turcos", diz o relatório.

Outra situação destacada pela Comissão é a recuperação de Raqqa, considerada a capital do Estado Islâmico (EI) até outubro de 2017. A investigação aponta que a operação contra os terroristas levou ao deslocamento de "praticamente toda a população" da cidade.

"A Comissão teme que a destruição generalizada da cidade incluiu ataques indiscriminados e outras sérias violações do direito humanitário internacional", diz o texto em relação às operações da Coalizão liderada pelos EUA.

O relatório também disse que em março de 2017 a coalizão realizou ataques na região, matando 150 pessoas que ocupavam uma escola em Raqqa. Em junho, os EUA reconheceram a ofensiva, mas disseram que o ataque deixou 40 mortos e estava "em linha com as leis dos conflitos armados".

Acordos pela metade

A Comissão de Inquérito da ONU também afirmou que acordos entre grupos armados e o governo sírio causaram o deslocamento forçado da população. Isso ocorreu em pelo menos três ocasiões, nas quais "acordos de retirada" foram promovidos, o que, na prática, resultou na expulsão de famílias inteiras.

"Dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas dentro desses acordos", denunciou Karen AbuZayd, especialista que faz parte da comissão. Segundo ela, cabe às partes que chegaram ao acordo de retirada de civis garantir água, alimentos e abrigo a essas pessoas, mas nada disso ocorreu.

O relatório registrou a situação dramática dos sírios deslocados de Rif Damasco e apontou que muitos ainda estão detidos de forma ilegal pelas forças do governo. "A batalha para reconquistar os territórios pelo governo ocorre com um custo extremamente elevado aos civis", alertou Hanny Megally, outro membro da comissão da ONU.

Em alguns locais recuperados pelo governo, como Yarmouk ou Ghouta, a destruição seria de tal dimensão que não se poderia imaginar o retorno da população civil a esses locais. "Muitos desses civis hoje vivem em abrigos e prédios abandonados."

O papa Francisco fez um alerta neste domingo (2) sobre o perigo de uma "catástrofe humanitária" na Síria, na província de Idlib, submetida há vários dias a um intenso ataque do regime de Damasco.

"O vento da guerra ainda sopra e nos chegam notícias inquietantes sobre o risco de uma possível catástrofe humanitária na Síria, que levamos em nosso coração, na província de Idlib", declarou o papa diante de milhares de fiéis na Praça de São Pedro.

Francisco renovou o pedido de "diálogo" e "negociação" para "preservar os civis". Há vários semanas o governo sírio acumula forças militares nas fronteiras da província de Idlib, último grande reduto insurgente do noroeste da Síria.

Kahled e seu irmão tiveram tempo de subir na moto e fugir à toda velocidade graças a um sistema de alerta que os salvou de um ataque aéreo, mas destruiu a casa de seus vizinhos na província síria de Idlib.

Este jornalista cidadão de 23 anos e seu irmão poderiam ter morrido se não tivessem sido alertados, minutos antes, através do telefone celular de um ataque iminente contra seu bairro de Maaret al Shurin, na província de Idlib, último bastião da insurgência ameaçado por uma ofensiva do regime sírio e da Rússia.

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Eles se salvaram graças ao sistema Sentry, lançado há dois anos por dois americanos e um programador sírio. Nesta província do noroeste do país em guerra, o mecanismo poderia desempenhar um papel essencial em caso de ataque.

Quando os aviões de combate sírios ou russos decolam, o Sentry calcula e localiza o possível alvo do ataque, analisando as trajetórias dos voos a partir de dados fornecidos por pessoas no terreno e por uma rede de sensores.

O sistema lança alertas que os usuários recebem através de aplicativos gratuitos em seus smartphones, sobretudo via Telegram, o que lhes dá alguns minutos para ficar em segurança.

No dia do ataque, Kahled estava em casa para recolher alguns pertences que havia deixado após fugir de um primeiro bombardeio. "Recebi um alerta no Telegram, dizendo que outro avião havia decolado e se dirigia para o mesmo setor", conta à AFP.

Então saiu correndo à toda velocidade com seu irmão. "Naquele dia só ficaram feridas três crianças" no ataque.

Frequência de uso

Segundo seus criadores, o dispositivo de alerta lançado em agosto de 2016 beneficia cerca de dois milhões de pessoas na Síria, a maioria delas em Idlib.

A iniciativa resultou ser eficaz, afirmam os criadores, inclusive durante a ofensiva deste ano contra o reduto rebelde de Ghuta oriental, onde os bombardeios, principalmente aéreos, deixaram mais de 1.700 mortos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com uma rede de fontes no terreno.

"Observamos que o uso (do sistema) alcançou um ponto máximo durante esta campanha" militar, afirmou à AFP John Jaeger, cofundador da companhia Hala Systems, que desenvolveu o Sentry.

Este apaixonado por informática e ex-diplomada queria desenvolver meios que salvassem vidas de civis na Síria. Criou o Sentry com o apoio do empresário americano Dave Levin e de um codificador sírio cuja identidade é mantida em segredo.

É difícil obter estatísticas confiáveis, mas a análise dos dados mostra que o uso do Sentry reduz em 27% o número de pessoas mortas em ataques, afirma Jaeger.

O sistema, financiado segundo ele pelo Reino Unido, Canadá, Holanda e Dinamarca, necessita uma rede humana no terreno para vigilar as zonas e instalar sensores.

Oito minutos

Assim que recebem o alerta pelas redes sociais, rádios locais ou sirenes de alerta ativadas à distância pela Hala Systems, os residentes dispõem de uma média de oito minutos para encontrar um refúgio, segundo o cofundador da companhia.

Os socorristas nas zonas rebeldes, chamados de capacetes brancos, o usam com frequência.

"Os técnicos de defesa civil tentam fazer com que os civis sem conexão à internet possam acessar o serviço", afirmou à AFP o coordenador do sistema de alerta no norte da Síria, Ibrahim Abu Laith.

Nas últimas semanas foram realizadas quase 200 sessões de formação para ensinar as pessoas a usar o sistema por meio da internet, afirma o coordenador.

Segundo o OSDH, entre as mais de 350.000 pessoas mortas desde o início da guerra em 2011, 33.000 civis perderam a vida em ataques sírios ou russos.

"Tentamos evitar o maior número de mortes possível", diz Jaeger, que reconhece que às vezes não se consegue o resultado desejado.

A porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Heather Nauert, alertou os governos da Rússia e da Síria contra o uso de armas químicas em território sírio, enquanto as forças aliadas ao presidente Bashar al Assad se preparam para uma ofensiva contra uma fortaleza rebelde.

De acordo com Nauert, os EUA "responderão a qualquer uso de armas químicas verificadas em Idlib ou em qualquer outro lugar da Síria de maneira rápida e apropriada". Falando com repórteres em Washington nesta terça-feira, ela afirmou que os altos funcionários do governo americano se engajaram com seus colegas russos para "encorajar Moscou a alertar Damasco sobre a importância desse assunto".

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O governo sírio se prepara para uma ofensiva esperada na província de Idlib, que abriga cerca de 3 milhões de pessoas e tem uma grande presença da Al-Qaeda, além de grupos rebeldes sírios. Fonte: Associated Press.

O sírio Kaysar, vice-campeão do Big Brother Brasil 18, está contando os dias para reencontrar a família. No Instagram, Kaysar compartilhou com os fãs a felicidade para receber os pais e a irmã.

"Apartamento já tá alugado para a chegada da minha linda família. Morrendo de saudades. Logo, logo estamos juntos! Obrigado pelo apoio de todo mundo que está sempre comigo", escreveu o ex-BBB, mostrando aos seguidores a chave da casa.

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Desde que fugiu da guerra em Alepo, na Síria, Kaysar mora em Curitiba com os primos. 

O número de mortes em explosão no norte da Síria subiu para pelo menos 36, disse neste domingo a Defesa Civil síria comandada pela oposição, conhecida como Capacetes Brancos. Segundo a entidade, a explosão ocorreu neste domingo no vilarejo de Sarmada, perto da fronteira com a Turquia. A explosão fez desmoronar um prédio de cinco andares, soterrando muitas das vítimas. A causa não foi imediatamente esclarecida.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, calcula o número de mortes em 39, incluindo 21 mulheres e crianças. Um coletivo de mídia de oposição, conhecido como a agência de notícias Smart, disse que, entre os mortos, havia civis e membros do Comitê de Libertação do Levante, ligado à Al Qaeda.

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O observatório disse que um depósito de armas no porão de um prédio foi detonado. Segundo o órgão, o depósito era controlado por um traficante de armas ligado ao comitê.

Enquanto isso, as forças do governo sírio que combatem os rebeldes na província de Idlib enviaram mais reforços antes de uma possível ofensiva sobre a última grande fortaleza rebelde na Síria. O jornal pró-governo Al-Watan disse neste domingo que reforços militares chegaram aos arredores da província de Idlib como um passo preliminar para lançar uma ofensiva em larga escala. Citando fontes militares, o jornal apontou que as tropas alcançaram o norte da província vizinha de Hama como parte dos preparativos para recapturar Idlib. Fonte: Associated Press.

Uma explosão no norte da Síria matou pelo menos 18 pessoas e deixou vários feridos, disse a Defesa Civil síria comandada pela oposição, conhecida como Capacetes Brancos. Segundo a entidade, a explosão ocorreu neste domingo no vilarejo de Sarmada, perto da fronteira com a Turquia, e "matou e feriu dezenas". A explosão fez desmoronar um prédio de cinco andares, soterrando muitas das vítimas. A causa não foi imediatamente esclarecida.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, calcula o número de mortos em 18. Não está claro se todas as vítimas são civis. O observatório diz que um depósito de armas no porão de um prédio foi detonado. Segundo o órgão, o depósito era controlado por um traficante de armas próximo do grupo Comitê de Libertação do Levante, ligado à Al Qaeda. Enquanto isso, as forças do governo sírio estão enfrentando rebeldes na província de Idlib. Fonte: Associated Press.

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Em uma Síria fragmentada pela guerra em vários setores concorrentes, verduras, petróleo, sacos de açúcar e outras mercadorias cruzam as linhas inimigas, graças a acordos entre beligerantes, transformados em improvisados parceiros comerciais para faturar milhões de dólares.

O regime de Bashar al Assad, os rebeldes que o enfrentam, os extremistas islâmicos e até mesmo forças curdas - todos estabeleceram laços com obscuros homens de negócios para tirar proveito dos pontos de passagem deste comércio lucrativo.

Várias fontes contatadas pela AFP nas zonas rebeldes - comandantes militares, comerciantes, ativistas - confirmaram a existência destes "acordos" que permitiram aos grupos armados e aos comerciantes - alguns vinculados ao regime - enriquecer em um país dividido e devastado por sete anos de conflito.

O ponto de passagem de Morek, entre a província de Idlib (noroeste), controlada pelos jihadistas do Hayat Tahrir al Sham (HTS) e grupos rebeldes, e a de Hama (centro), nas mãos do regime, talvez seja dos mais emblemáticos. Desde novembro de 2017, tornou-se um grande ponto de distribuição destas mercadorias.

"Quando falamos de atividades comerciais entre as facções e o regime, este é o principal", diz à AFP Abu al Hoda al Sorani, que administra para o HTS esta passagem.

Todos os dias, açúcar, botijões de gás e peças de reposição para carros chegam de áreas controladas pelo governo à região de Hama antes de cruzar Morek para entrar em Idlib, segundo fontes do posto de controle.

Em sentido contrário, verduras, pistaches, roupas e biscoitos importados da vizinha Turquia chegam aos setores pró-regime.

"O dinheiro movimenta as coisas", acrescenta Sorani, ressaltando que da parte do regime, as transações são gerenciadas por um único homem de negócios, cujo nome não menciona.

- "Senhores da guerra" -

Segundo uma fonte nos territórios rebeldes, este empresário a quem apelidam de "Ghowar", paga às forças do regime pelo menos um milhão de dólares a cada poucos meses para usar exclusivamente a rota que leva a Morek.

"É ele quem fixa os percentuais pagos em cada posto de controle do regime na estrada" até chegar ao ponto de passagem, acrescenta a fonte, que assim como outras entrevistadas pela AFP, pediu para ter sua identidade preservada alegando motivos de segurança.

Do outro lado de Morek, o HTS impõe suas próprias taxas e monopoliza o comércio de açúcar, que rende muito dinheiro, segundo a mesma fonte.

Este comércio é "um fato consumado, determinado pela situação militar", afirma Bassam Abu Abdallah, diretor do Centro de Estudos Estratégicos de Damasco.

"Na Síria, assim como em todos os conflitos, surgem senhores da guerra. Cria-se uma rede de interesses que une os beligerantes, devido ao proveito" que podem tirar da situação, explica.

Segundo o especialista Ayman al Desuki, do 'think tank' Omran, com sede na Turquia, "as passagens geram milhões para as forças que as controlam e para os homens de negócios".

"Representam um maná financeiro importante para os insurgentes, após a diminuição da ajuda dos países do Golfo", afirmou.

Quanto ao regime, "os ganhos obtidos nos postos de controle permitem garantir a lealdade das forças e das milícias aliadas que as controlam", acrescentou.

- "O Bill Gates de Guta" -

Mais ao norte, também os curdos e os rebeldes apoiados pela Turquia fazem comércio, apesar de sua rivalidade.

A passagem de Hamran, na província de Aleppo, é controlada pelas milícias curdas de um lado e por um grupo rebelde do outro. Diariamente, até 60 caminhões-tanque que transportam petróleo procedentes das zonas curdas chegam a zonas rebeldes onde o petróleo é refinado, afirma um encarregado do posto.

O comércio também faz o sentido contrário, mas Ancara decide a lista de produtos. Assim, o fertilizante está proibido "porque contém substâncias químicas que podem ser usadas na fabricação de explosivos. O cimento e o ferro também porque com eles se pode construir barricadas", acrescenta.

Estes acordos existem, inclusive, nas regiões sitiadas.

Durante os cinco anos de cerco do regime à Guta Oriental, onde os moradores morriam por falta de comida e remédios, um único homem controlava tudo o que entrava na região: Mohiedin al Manfusch, dono de uma fábrica de laticínios, segundo rebeldes e comerciantes locais.

Era o único autorizado a levar arroz, farinha, açúcar e roupas a este ex-reduto rebelde perto de Damasco, reconquistado em abril pelo regime, onde estes produtos eram revendidos a preço de ouro, de acordo com estas fontes.

"O regime autorizava que alguns produtos entrassem por intermédio de Manfush. Era seu comerciante credenciado, não tinham outra opção que tratar com ele", afirmou Yaser Delwan, do grupo rebelde Yaish al Islam.

A mercadoria chegava a Guta pelo corredor de Al Wafideen, apelidado de "a passagem do milhão", em alusão às exorbitantes propinas pagas para cruzar com os produtos.

"Era o Bill Gates de Guta", dispara Abu Haitham, de 55 anos, ex-combatente rebelde. "Construiu sua fortuna com o assédio e a fome do povo".

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