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Milhares de iraquianos protestaram neste domingo em várias cidades do Iraque contra os ataques ocidentais na Síria, convocados pelo líder xiita Moqtada Sadr, e alguns queimaram bandeiras americanas.

"Parem de destruir a Síria como destruíram nosso país", gritou a multidão reunida na praça Tahrir, no centro de Bagdá, quinze anos depois da investida do Iraque liderada pelos Estados Unidos e da queda do regime de Saddam Hussein.

Dezenas de homens que erguiam bandeiras iraquianas e sírias, assim como mulheres totalmente vestidas de preto, queimaram a bandeira americanas aos gritos de "Não aos Estados Unidos, não ao bombardeio do povo sírio!".

No sábado, o Iraque expressão sua "preocupação" depois que Estados Unidos, França e Reino Unido realizaram bombardeios contra o regime de Bashar al Assad, acusado de perpetrar um ataque químico contra uma cidade rebelde em 7 de abril.

Durante os protestos do domingo, especialmente em Bagdá, Nayaf (sul) e Basora (sul), também houve gritos de ordem contra o Reino Unido e a França.

O presidente Bashar al-Assad afirmou neste domingo(15) que está convencido de que os bombardeios realizados pelos Estados Unidos, França e Reino Unido na última sexta-feira(13) contra a Síria vão "unir o país".

A declaração foi dada durante uma reunião em Damasco com deputados russos, que definiram Assad como um líder "positivo e de bom humor". A foto da delegação foi publicada no Twitter da presidência síria.

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No encontro, o presidente sírio também chegou a denunciar uma "campanha de falácias e mentiras" contra seu país por parte dos governos de Donald Trump, Emmanuel Macron e Theresa May no Conselho de Segurança da ONU. Segundo comunicado publicado no Telegram de Assad, "a agressão tripartite com mísseis contra a Síria foi acompanhada de uma campanha de falácias e mentiras no Conselho de Segurança por parte dos mesmos países agressores contra a Síria e a Rússia".

Para ele, o ataque é uma violação dos direitos internacionais, principalmente porque a Rússia e a Síria "não só estão em uma batalha contra o terrorismo, mas também para proteger a lei internacional baseada no respeito à soberania dos Estados soberanos e a vontade dos seus povos".

Da Ansa

O papa Francisco afirmou neste domingo (15) que está "profundamente perturbado" com a "incapacidade" da comunidade internacional em elaborar uma resposta comum à crise na Síria.

Após a oração do Regina Coeli, na praça São Pedro, no Vaticano, o Pontífice fez um apelo a "todos os responsáveis políticos para que prevaleça a justiça e a paz" para se tomar qualquer decisão.

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O líder da Igreja Católica fez referência aos bombardeios realizados pelos Estados Unidos, França e Reino Unido contra o regime de Bashar al-Assad, após grupos rebeldes acusarem Damasco de realizar um ataque químico em Duma.

Durante seu pronunciamento, Jorge Mario Bergoglio ainda ressaltou que reza "incessantemente pela paz" e convidou todas as pessoas de "boa vontade" para se unirem pelo bem comum.

Da Ansa

O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul-Gheit, expressou pesar e alarme sobre os mais recentes acontecimentos na Síria após o lançamento dos ataques aéreos conjuntos de Estados Unidos, Inglaterra e França para punir o presidente sírio Bashar Assad por um ataque químico na cidade de Douma.

Aboul-Gheit disse a repórteres neste sábado (14) que todas as partes envolvidas na crise, principalmente o governo sírio, são responsáveis pela deterioração da situação. Ele afirmou que o uso proibido de armas químicas contra civis "não deve ser aceito ou tolerado".

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Aboul-Gheti afirmou também que a questão requer uma solução política sustentável para a crise síria. Ele comentou o tema na cidade de Dammam, na Arábia Saudita, onde uma cúpula da Liga Árabe será realizada no domingo. Fonte: Associated Press.

O Pentágono afirmou que os próximos passos com relação ao combate ao uso de armas químicas na Síria depende do presidente sírio, Bashar al-Assad, e do apoio, ou não, dos russos à decisão do regime sírio. "Não posso falar sobre retaliação, posso dizer que estamos prontos e estamos na região", disse a porta-voz do Pentágono, Dana White, durante conferência com a imprensa.

White salientou que os ataques "não representam uma mudança na política dos EUA e não são uma tentativa de depor o regime sírio", mas reiterou que a comunidade internacional não podem permitir a "grave violação à lei internacional", em referência ao ataque químico contra civis na cidade de Douma, relatado no fim de semana passada, e que motivou a ação dos aliados. Ela também destacou que o compromisso dos EUA é derrotar o Estado Islâmico.

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Segundo a porta-voz do Pentágono, o uso de armas químicas não pode ser tolerado. "Queremos soluções diplomáticas para o conflito sírio, mas as nações civilizadas não podem permitir o que aconteceu na Síria", afirmou, referindo-se ao ataque químico. White lançou um apelo à Rússia que "honre seu compromisso" de garantir que o regime de Assad de parar de usar armas químicas. A Rússia, porém, tem declarado que não está claro se o ataque teria sido comandado pelo regime de Assad.

White disse que o governo norte-americano tomou a decisão depois de ter significativas evidências sobre o ataque químico, mas não deu detalhes sobre o assunto. Ela admitiu que ainda se analisa detalhes sobre o caso, para então falar sobre o assunto. "Os ataques foram justificados", limitou-se a dizer. Segundo a porta-voz, o governo sírio abandonou o compromisso de acabar com seu programa de armas químicas.

White também salientou que os ataques aéreos "atingiram com sucesso todos os alvos" e lembrou que a operação foi lançada para "incapacitar a habilidade da Síria de usar armas químicas no futuro", afetando "o coração" do programa sírio. Ela citou que foram atacados três diferentes alvos relacionados ao desenvolvimento e produção das armas, incluindo um centro de pesquisa, um laboratório e um bunker.

Já o tenente-general Kenneth McKenzie, diretor do Estado-Maior do Pentágono, afirmou que os ataques aéreos foram "um sério golpe" à Síria. De acordo com ele, nenhum dos mísseis lançados pelos EUA e seus aliados foi bloqueado pelas defesas aéreas sírias, rebatendo informações divulgadas pelos governos russos e sírios. "Nenhuma das nossas aeronaves ou mísseis envolvidos nesta operação foram atacados com sucesso pelas defesas aéreas sírias." Ele disse que também não há indicação de que os sistemas de defesa aérea russos foram empregados.

As forças armadas russas disseram anteriormente que o sistema de defesa antiaérea derrubou 71 dos 103 mísseis lançados pelos Estados Unidos e seus aliados. McKenzie afirmou que 105 armas foram lançadas e acrescentou que até o momento não há conhecimento de que os ataques resultaram em qualquer vítima civil.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na manhã deste sábado que o ataque contra alvos sírios relacionados a armas químicas foi "perfeitamente executado". "Não poderia ter tido um resultado melhor. Missão Cumprida!", declarou, em sua conta no Twitter.

Trump também agradeceu a seus aliados e às forças militares norte-americanas. "Obrigado à França e ao Reino Unido por sua sabedoria e pelo poder de seu excelente exército", afirmou, acrescentando que estava orgulhoso dos militares de seu país, "que em breve serão, depois do gasto de bilhões de dólares totalmente aprovados, os melhores que nosso país já teve. Não haverá nada, nem ninguém, nem perto".

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Na noite desta sexta-feira, forças militares dos EUA, Reino Unido e França lançaram ataques aéreos contra um centro de pesquisa, instalações de produção e armazenamento de armas químicas, entre outros alvos sírios, em retaliação a um suposto ataque de armas químicas liderado pelo regime de Bashar al-Assad, na semana passada que deixou 75 mortos.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse nesta sexta-feira, 13, em comunicado divulgado pelo governo que o país apoia a decisão dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França em relação ao ataque na Síria.

"Apoiamos a decisão dos países de bombardear as estruturas que o regime de Bashar al-Assad utiliza para atacar seu próprio povo com armas químicas", diz o comunicado de Trudeau.

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A ação militar ocorre uma semana depois de ONGs da Síria relatarem um ataque químico a civis na cidade de Douma, reduto rebelde próximo de Damasco, que teria deixado ao menos 70 mortos.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, afirmou na noite desta sexta-feira, 13, que os ataques aéreos contra a Síria foram pontuais e tiveram como alvo três locais nos arredores de Damasco onde se suspeita que o regime de Bashar al-Assad produza e armazene armamentos químicos.

"Neste momento, foi um tiro só", afirmou Mattis, em coletiva de imprensa no Pentágono. "Por ora, não temos novas ações planejadas."

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O bombardeio, feito pelos EUA, Reino Unido e França, ocorre uma semana depois de relatos de ONGs da Síria de um ataque químico a civis na cidade de Douma, reduto rebelde próximo de Damasco, que teria deixado ao menos 70 mortos.

Mattis destacou que o ataque é mais intenso que o de 7 de abril de 2017, quando os EUA lançaram dezenas de mísseis contra o regime de Assad em resposta a um ataque químico que deixou 80 mortos.

Segundo o general Joseph Dunford, o ataque durou menos de uma hora. Segundo a rede CNN, foram utilizados na ação militar bombardeiros B-1, invisíveis ao radar.

O secretário de Defesa destacou ainda que "não houve relato de dano" entre as forças dos EUA e dos aliados.

Cerca de uma hora antes, o presidente americano, Donald Trump, ressaltou que os ataques ocorrerão "até que o regime sírio deixe de utilizar armas químicas contra civis". "Sustentaremos esta ação tanto quanto for necessário", disse.

A Embaixada da Rússia nos Estados Unidos afirmou que o ataque ocidental contra a Síria "não ficará sem consequências".

Por meio de uma nota, o embaixador Anatoly Antonov, também militar de carreira, disse ainda que "insultar o presidente da Rússia [Vladimir Putin] é "inaceitável e inadmissível".

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"Os Estados Unidos, que possuem o maior arsenal de armas químicas, não têm direito moral de culpar outros países", afirmou o diplomata. No comunicado, ele ainda ressaltou que os avisos de Moscou foram "ignorados" e que a Rússia está sendo "ameaçada".

"Nós alertamos que tais ações não ficarão sem consequências. Toda a responsabilidade por elas reside em Washington, Londres e Paris", declarou.

Da Ansa

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, informou em comunicado que autorizou as forças armadas britânicas a conduzir uma ação coordenada com França e Estados Unidos com o objetivo de destruir unidades de armas químicas na Síria.

"O regime sírio tem histórico de utilização de armas químicas contra seu próprio povo da maneira mais cruel e abominável", afirmou May, destacando que o suposto ataque ocorrido no sábado (horário local) em Douma, no qual mais de 75 pessoas teriam morrido, "não deveria surpreender a ninguém".

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De acordo com May, um conjunto significativo de informações, que inclui o serviço de inteligência, indica que o regime sírio foi responsável por este ataque.

"Esse padrão persistente de comportamento deve ser interrompido - não apenas para proteger pessoas inocentes na Síria das terríveis mortes e baixas causadas por armas químicas, mas também porque não podemos permitir a erosão da norma internacional que impede o uso dessas armas", pontuou a premiê.

A primeira-ministra britânica afirmou que todos os canais diplomáticos foram utilizados, sem sucesso. "Portanto, não há alternativa viável ao uso da força para destruir e impedir o uso de armas químicas pelo regime sírio. Isso não se trata de intervir em uma guerra civil. Isso não é sobre mudança de regime.

Trata-se de um ataque limitado e direcionado que não agrava ainda mais as tensões na região e que faz todo o possível para evitar vítimas civis. E enquanto esta ação é especificamente sobre dissuadir o regime sírio, também enviará um sinal claro para qualquer outra pessoa que acredita que pode usar armas químicas com impunidade", destacou a premiê, que avaliou ser esta uma ação de interesse nacional.

"Não podemos permitir que o uso de armas químicas se normalize - dentro da Síria, nas ruas do Reino Unido ou em qualquer outro lugar do mundo", concluiu.

Em um dia de seguidas notícias negativas para sua imagem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (13) a realização de ataques aéreos contra alvos do regime de Bashar al Assad na Síria.

O bombardeio está acontecendo neste momento e é realizado em parceria com as Forças Armadas da França e do Reino Unido, que ao longo da última semana se juntaram desde o primeiro momento às acusações contra Assad.

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A operação é uma resposta ao ataque químico ocorrido no último sábado (7) em Duma, na região de Ghouta Oriental, e que é atribuído pelos rebeldes a Damasco. O governo sírio e a Rússia, sua principal aliada, negam o uso de armas tóxicas.

Da Ansa

O embaixador da Rússia na Organização das Nações Unidas, Vassily Nebenzia, afirmou nesta sexta-feira que os Estados Unidos parecem ter adotado uma política de "lançar um cenário militar contra a Síria". Segundo a autoridade, Moscou continua a observar preparativos militares "perigosos".

Durante reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU, Nebenzia disse que a "retórica belicosa" dos EUA aparece em todos os níveis, "inclusive nos mais altos". Segundo ele, isso "não pode ser tolerado", diante das "graves repercussões para a segurança global", especialmente com tropas russas presentes na Síria. Fonte: Associated Press.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta quinta-feira (12) que tivesse dito "quando" haveria um ataque de seu país contra a Síria. "Poderia ser muito em breve ou poderia não ser nada em breve!", afirmou Trump há pouco, em sua conta oficial no Twitter. Segundo ele, de qualquer modo, seu governo faz um "grande trabalho" em livrar a região do Estado Islâmico.

Ontem, Trump comentou que a Rússia tinha dito que derrubaria quaisquer mísseis disparados na Síria. "Fique preparada, Rússia, porque eles virão, belos e novos e "inteligentes"!", afirmou Trump na quarta-feira. Ele ainda criticou a aliança entre Moscou e o regime de Bashar al-Assad na Síria.

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"Nunca disse quando ocorreria um ataque na Síria", afirmou Trump hoje. As tensões em relação à Síria voltaram a aumentar nos últimos dias, após um suposto ataque com armas químicas que matou dezenas e afetou centenas no país. Os EUA culpam Assad por essa ação - o líder sírio é aliado da Rússia e também do Irã.

Escalando o confronto entre EUA e Rússia, o presidente Donald Trump disse nesta segunda-feira, 9, que "não há muita dúvida" de que houve um ataque com armas químicas contra civis na Síria e prometeu anunciar sua retaliação em até 48 horas, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. "Se é a Rússia, a Síria, o Irã ou todos eles juntos, vamos saber as respostas em breve. Estamos analisando uma (ação) muito forte e muito séria."

Perguntado se uma ofensiva militar estava entre as possibilidades, Trump respondeu que "nada estava fora da mesa". No fim da tarde, ele se reuniu com seus chefes militares para discutir os próximos passos. O ataque com armas químicas, no sábado, levou Trump a atacar pela primeira vez de maneira contundente o presidente russo, Vladimir Putin. "Vamos tomar uma decisão hoje (ontem) à noite ou logo depois disso", disse.

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Nesta segunda-feira, Trump disse que será "muito duro" se ficar comprovada a participação da Rússia na ofensiva. Segundo ONGs que atuam na Síria, o uso de armas químicas provocou a morte de pelo menos 49 pessoas em Douma, uma das últimas áreas em torno de Damasco que eram controladas por rebeldes.

Trump classificou o ataque de "hediondo" ao abrir reunião de seu gabinete, no início da tarde de ontem. "Foi um ataque atroz. Foi horrível. Você não vê coisas como essa. Não importa quão ruim sejam as notícias ao redor do mundo, você não vê essas imagens." Vídeos divulgados por ONGs mostram corpos amontoados dentro de casas, com espuma saindo da boca e das narinas. Em outras imagens, crianças apresentam dificuldade para respirar e aparecem com olhos e pele irritados.

Segundo o Kremlin, Putin conversou sobre o assunto por telefone com a chanceler alemã, Angela Merkel. "O lado russo disse que é inaceitável a provocação e a especulação", afirmou Moscou, em nota. Os russos sustentam que o ataque não existiu e as imagens foram fabricadas por opositores de Assad.

Representantes dos dois países trocaram acusações durante reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada para discutir a situação na Síria. O embaixador russo, Vassili Nebenzya, disse que a política de confronto dos EUA e de seus aliados com relação à Rússia supera o que foi registrado durante a Guerra Fria. "Vocês entendem o perigoso limiar para o qual estão levando o mundo?", questionou.

A embaixadora dos EUA, Nikki Haley, acusou a Rússia de ter as "mãos cobertas de sangue de crianças sírias" e de bloquear qualquer tentativa do Conselho de Segurança de agir para tentar solucionar a guerra civil que já dura sete anos. "De qualquer maneira, os EUA responderão."

Na noite de domingo, Trump conversou por telefone com o presidente francês, Emmanuel Macron, e ambos prometerem coordenar uma "forte resposta" ao ataque.

A crise na Síria marcou o primeiro dia no cargo do novo chefe do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, um falcão que defende ações militares contra Irã e Coreia do Norte. Apesar de seus instintos intervencionistas, Bolton se posicionou contra uma ofensiva contra a Síria em 2013, quando Assad ultrapassou os limites que haviam sido traçados pelo então presidente Barack Obama e realizou um ataque com armas químicas que matou centenas de pessoas.

"Acredito que um ataque limitado, que parece ser o que o presidente busca, não criará um efeito dissuasivo", declarou Bolton, na Fox News, naquela época. No ano passado, quando Trump planejava retaliação contra outro uso de armas químicas por Assad, Bolton sustentou que a ofensiva deveria ser acompanha de uma estratégia mais ampla para a Síria e a Rússia.

Uma base aérea na região central da Síria foi atacada por mísseis que deixaram 14 mortos nesta segunda-feira, 9, segundo informaram militares sírios e o governo russo. Ambos culpam Israel pela ação. De acordo com o Ministério da Defesa Sírio, dois aviões israelenses dispararam oito mísseis contra a base T4, na província de Homs, mas os sírios conseguiram derrubar cinco deles. Os outros três atingiram a parte oeste do local. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que monitora a guerra através de ativistas em solo, afirmou que os alvos do ataque eram uma unidade de defesa aérea e edifícios internos da base, mas os mísseis atingiram também postos fora do local, utilizados por iranianos e combatentes apoiados pelo Irã.

Segundo o Observatório, há iranianos e três funcionários sírios entre os 14 mortos. A agência estatal síria de notícias, Sana, inicialmente noticiou que o ataque na base T4 provavelmente era "agressão americana", mas o porta-voz do Pentágono, Christopher Sherwood, negou que os Estados Unidos estivessem por trás do ataque. Então, a agência desistiu da acusação e passou a culpar Israel. A agência ainda citou um militar anônimo ao noticiar que os disparos vieram de aviões militares israelenses do modelo F-15. Dmitry Peskov, porta-voz do presidente Vladimir Putin, afirmou a repórteres nesta segunda-feira que Israel não havia se comunicado com o presidente antes do ataque aéreo, mesmo diante da possibilidade de que conselheiros militares russos estivessem na base, o que ele descreveu como "um motivo de preocupação".

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Ataque químico

O ataque desta segunda-feira ocorreu horas depois de o presidente Trump advertir que haveria "um grande preço a pagar" depois do suposto ataque químico de sábado, que aconteceu em Douma, última remanescência de rebeldes sírios no subúrbio oriental de Damasco. Ao menos 40 pessoas morreram, incluindo famílias que foram encontradas em suas casas e abrigos, conforme informaram socorristas locais e ativistas da oposição, que culparam forças do governo sírio. O Conselho de Segurança da ONU planejava realizar uma reunião de emergência nesta segunda-feira para discutir o ataque químico. Em resposta aos relatórios, Trump culpou forças do governo sírio no domingo, pelo o que chamou de "ataque químico irracional". Numa série de tweets, o presidente culpou Rússia, Irã e o presidente sírio Bashar al-Assad como os principais responsáveis.

Histórico

O ataque de sábado aconteceu exatamente um ano após a ação americana em resposta às mortes de Khan Sheikhoun, quando os Estados Unidos lançaram dezenas de mísseis de cruzeiro Tomahawk na base de Shayrat, em resposta ao ataque químico em Khan Sheikhoun, cidade ao norte do país, que matou dezenas de pessoas. Desde 2012, Israel atingiu áreas sírias mais de 100 vezes, alvejando, em maioria, comboios suspeitos de carregar armas destinadas ao Hezbollah.

Vários mísseis atingiram uma base aérea militar na Síria na madrugada desta segunda-feira (9), informou a TV estatal do país. De acordo com a emissora, há indícios de que Israel poderia estar por trás do ataque. Os militares sírios disseram que conseguiram derrubaram oito mísseis. Diversos soldados do regime de Bashar Assad foram mortos no bombardeio, que teve como alvo a base militar T-4, na província de Homs, centro da Síria.

Questionado, o exército de Israel se recusou a comentar o ocorrido. O país segue uma política de não confirmar nem negar ataques aéreos na Síria. Os Estados Unidos negaram participação na operação, mas o presidente Donald Trump vai se reunir com seus principais assessores militares para discutir uma eventual ação na Síria.

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O ataque à base aérea ocorreu um dia após líderes mundiais condenarem um suposto ataque com armas químicas, no sábado, em uma cidade controlada pelos rebeldes no leste de Ghouta, nos arredores de Damasco. Ao menos 49 pessoas morreram.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a Síria pagaria um "grande preço" pelo suposto ataque. Trump ainda chamou Assad de "animal" no Twitter.

"Nada pode justificar" o uso de armas químicas contra populações indefesas. Foi com essa frase que o papa Francisco encerrou seu discurso tradicional de domingo, fazendo uma referência ao ataque a gás que matou mais de 40 pessoas na Síria neste fim de semana. Ele orou pelos mortos e ofereceu condolências às famílias.

"Não há uma guerra boa ou ruim, e nada pode justificar instrumentos que exterminam pessoas e populações indefesas", disse o pontífice. "Vamos rezar para que os políticos responsáveis e os líderes militares escolham outro caminho: o das negociações, o único que pode trazer paz", afirmou.

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Neste domingo, a ONG Defesa Civil Síria afirmou que foi realizado um ataque com gás venenoso ontem na cidade de Duma. De acordo com paramédicos, pessoas foram encontradas dentro de suas casas e abrigos com espuma saindo pela boca. O porta-voz do Defesa Civil Síria, Siraj Mahmoud, disse que foram contabilizadas 42 mortes, mas a ONG não conseguiu continuar as buscas devido ao forte odor e às dificuldades de respiração. Fonte: Associated Press.

Um ataque com gás venenoso nesse sábado (7) na cidade de Duma, próxima à capital da Síria, Damasco, deixou mais de 40 mortos, de acordo com a ONG Defesa Civil Síria. O acontecimento se deu em meio a uma nova ofensiva das forças do governo após o fim de uma trégua com o grupo rebelde Exército do Islã. O governo nega a autoria do ataque.

De acordo com paramédicos, pessoas foram encontradas dentro de suas casas e abrigos com espuma saindo pela boca. O porta-voz do Defesa Civil Síria, Siraj Mahmoud, disse que foram contabilizadas 42 mortes, mas a ONG não conseguiu continuar as buscas devido ao forte odor e às dificuldades de respiração.

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Em comunicado conjunto, a Defesa Civil Síria e a Sociedade Médica Síria Americana disseram que mais de 500 pessoas, a maioria mulheres e crianças, foram levadas a centros médicos com dificuldade de respirar, espumando pela boca e olhos ardendo. Os pacientes teriam descrito um cheiro semelhante a cloro. Alguns tinham a pele azulada, em sinal de privação de oxigênio. Os sintomas seriam consistentes com exposição química.

Lideranças internacionais condenaram o ataque. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse em sua conta no Twitter que o presidente russo, Vladimir Putin, a Rússia e o Irã são responsáveis por apoiar o regime de Bashar al-Assad. "Outro desastre humanitário por razão nenhuma", escreveu. O conselheiro de segurança da Casa Branca, Thomas Bossert, disse que não descarta opções em resposta ao ataque.

A Turquia, que critica o regime de Bashar al-Assad desde o início da guerra civil, disse que o governo "ignorou mais uma vez" os acordos internacionais de banimento de armas químicas.

Aliada a Assad, a Rússia negou que as forças sírias tenham usado armas químicas no ataque. Fonte: Associated Press.

 

PARA SEXTA

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A religião é um tema que tem grande importância e influência na cultura e na organização de todos os povos ao longo da história mundial. O Cristianismo, adotado por mais de uma religião com diversas igrejas espalhadas pelo mundo, tem muita influência no pensamento social, leis, costumes de alimentação, calendário e muitos outros aspectos tanto no mundo ocidental quanto no oriente médio, por exemplo. 

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aborda questões de maneira interdisciplinar, usando textos que relacionam vários temas para que os estudantes demonstrem conhecimento de mundo de forma ampla. A prova de ciências humanas trata de temas de História, Sociologia, Geografia e Atualidades de forma integrada a questões que permeiam a vida cotidiana dos estudantes, além de avaliar seus conhecimentos sobre o que acontece no restante do mundo.

Assim, a influência do Cristianismo não deixaria de aparecer na prova, quer seja de forma direta ou indireta, através da contextualização dos temas. O LeiaJá entrevistou o professor Wilson Santos, que dá aulas de História, para explicar de que maneira o Cristianismo cai no Enem e de que maneira os feras podem se preparar para, no dia da prova, ter segurança de responder às questões sem dificuldades.

Processos Históricos 

O professor Wilson explica que o Enem costuma abordar de que maneira determinados processos históricos afetam a vida cotidiana na atualidade. Ele explica que o fato de a população brasileira ser majoritariamente católica e que “isso advém do processo de colonização, ou seja, do nosso passado, um passado que ainda se faz presente”, contou o professor. 

Outro ponto que ele aponta como uma abordagem possível e que já apareceu, por exemplo, como tema de redação, é a intolerância, muito comumente associada às religiões. Para o professor, temas como conflitos religiosos, submissão da mulher, debates sobre temas como o aborto na política e perseguição a pessoas que professam religiões não-cristãs também podem ser tocados pela prova. 

Ainda nesse contexto, questões sobre Antiguidade tocam diretamente o Cristianismo ao cobrar conhecimentos sobre o Império Romano, sua influência na região onde Jesus viveu, além da perseguição, tortura e humilhação dos cristãos na Roma Antiga.

A história do povo judeu também merece uma atenção especial dos feras. O período de escravidão no Egito, a libertação e a falta de território próprio são temas importantes. Além disso, o período da Segunda Guerra Mundial e a perseguição do regime Nazista de Adolf Hitler, com suas ideias de pureza racial, massacraram os judeus no holocausto e também sempre aparece no Enem.  

Geopolítica

O Oriente Médio e os conflitos que o permeiam sempre são assuntos abordados pelo Enem. O professor explica que o fato de essa parte do mundo ser o berço de três religiões com grande número de fieis (Judaísmo, Islamismo e o Cristianismo), sendo considerada sagrada por muitos povos que vivem em uma disputa por território, além de ser rica em petróleo, colocam as questões ligadas à guerra na Síria e ao conflito entre Israel e Palestina na nossa lista. 

Cultura 

A influência cristã também é muito perceptível em vários costumes e características do povo brasileiro e também de outras nacionalidades. A arquitetura das igrejas e mosteiros, a arte sacra, a literatura e construções do período colonial são exemplos de influências visíveis e que podem aparecer nas questões de ciências humanas e também de linguagem. 

O calendário, a gastronomia e as festividades brasileiras também são muito marcados por costumes que têm sua origem no cristianismo. O professor Wilson destaca como exemplos a Páscoa, o Carnaval, as festas juninas, padroeiras e padroeiros das cidades. 

LeiaJá também 

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Centenas de rebeldes e civis sírios deixaram hoje, a bordo de ônibus, um segundo bolsão da região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital Damasco. A saída ocorre após os opositores de Bashar al-Assad, que há anos estão em conflito com o regime que governa o país e vêm sendo alvo de bombardeios pesados nas últimas semanas, aceitarem deixar enclaves rebeldes em diversas cidades e vilarejos.

De acordo com a emissora estatal al-Ikhbariya, o comboio que saiu de Ghouta Oriental neste domingo era composto por cerca de 900 pessoas. Ontem, já haviam deixado a região aproximadamente mil rebeldes, familiares dos combatentes e outros civis, segundo relato do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR, na sigla em inglês).

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Os ônibus que partem da região sitiada têm como ponto final a cidade de Idlib, um outro enclave rebelde no Noroeste da Síria. "Estamos indo para uma jornada desconhecida para os campos de refugiados em Idlib. Não sabemos qual será o nosso destino (ao chegar) lá", disse em um vídeo publicado no Twitter Muhammad Najem, um rapaz de 15 anos que participou da evacuação.

O regime de Bashar al-Assad está dando a rebeldes e a civis homens as opções de baixar as armas e se alistar no serviço militar ou partir com suas famílias das regiões ocupadas no entorno da capital e de outras cidades grandes para enclaves de oposição em outras partes da Síria. Essa última tem sido a escolha de dezenas de milhares de pessoas, que temem servir ao exército ou ser presas pelos serviços de segurança do governo. (Associated Press)

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