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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou que vai editar um decreto para ampliar o ensino cívico-militar no Estado. A decisão contrapõe o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que decidiu acabar com o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), um dos pilares da política de educação da gestão de Jair Bolsonaro (PL), como revelou reportagem do Estadão/Broadcast nesta quarta-feira (12).

"Fui aluno de Colégio Militar e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens. O @governosp vai editar um decreto para regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de ensino com este formato em todo o Estado", disse o governador em publicação nas redes sociais.

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Além de Tarcísio, os governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), anunciaram que irão manter o programa. Os três apoiaram Bolsonaro na eleição passada - Tarcísio foi ministro da Infraestrutura do ex-presidente.

A decisão do governador é um aceno ao bolsonarismo, de quem sofreu ataques na semana passada após articular pela aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. Apoiadores do ex-presidente foram às redes sociais para criticar a decisão do governo de Lula de extinguir o programa das escolas cívico-militares. Ex-vice-presidente da República, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) chamou a medida de "revanchista".

Segundo revelou o Estadão/Broadcast, a decisão de extinguir o Pecim, tomada em conjunto pelos ministérios da Educação (MEC) e da Defesa, deve ser implementada até o fim do ano letivo, conforme documento enviado aos secretários estaduais de Educação.

Segundo o MEC, haverá desmobilização do pessoal das Forças Armadas lotado nos colégios vinculados ao programa, bem como a adoção gradual de medidas que permitam encerrar o ano na "normalidade necessária aos trabalhos e atividades educativas".

Foram quatro os motivos para o fim do programa, conforme nota técnica do MEC. Além do desvio de finalidade das Forças Armadas, a pasta entende que há um problema de execução orçamentária no programa e que os investimentos poderiam ser mobilizados em outras frentes. Outras justificativas são falta de coesão com o sistema educacional brasileiro e o modelo didático-pedagógico.

Influenciadores que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) resgataram nesta terça-feira, 11, um discurso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no qual ele elogia ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a própria Corte. As declarações foram feitas no XI Fórum Jurídico de Lisboa, organizado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, no fim de junho.

Os perfis de direita repudiaram Tarcísio por chamar membros do STF de "juristas renomados", por citar que o País tem um "guardião da Constituição" que funciona "muito bem" e por falar que o Estado Democrático de Direito brasileiro é "vibrante" e não enfrenta riscos à sua existência.

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De acordo com os influenciadores, Tarcísio exagerou na cordialidade com os ministros da Suprema Corte e manteve uma postura "nada bolsonarista" em seu discurso. Uma influenciadora questionou se ele havia dito "o que realmente acredita ou o que o governo e o STF querem ouvir".

O governador foi bastante criticado por influenciadores e políticos de direita na última semana, por ter apoiado a reforma tributária publicamente. As novas postagens dos apoiadores, porém, ocorrem após Bolsonaro e os filhos dele recuarem nas críticas a Tarcísio. Eles trocaram afagos públicos nesta semana, com o chefe do Executivo paulista reafirmando lealdade ao ex-presidente e Bolsonaro publicando foto dos dois se abraçando.

Ao iniciar o discurso, Tarcísio disse que não entendia o convite feito pelo ministro Gilmar Mendes para a participação dele no evento, já que era "um mero engenheiro no meio de juristas renomados". Em seguida, o governador cumprimentou Luís Roberto Barroso, também ministro do STF; Luis Felipe Salomão, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ); e Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, que estava na mesa ao lado de Tarcísio.

"Quem sou eu? Um mero engenheiro, ou seja, um peixe fora d'água. Então, de repente, eu tenho que falar aqui para o ministro Gilmar, para o ministro Barroso, para o ministro Salomão, com a maior cara de pau do mundo", disse o governador de São Paulo.

Um Estado Democrático 'vibrante'

Outro trecho resgatado pelos bolsonaristas nas redes é uma fala do governador sobre a importância da atuação do Estado Democrático de Direito que, segundo Tarcísio, "corre riscos baixos" de sofrer ataques. Ele também elogiou o STF, chamando a Corte de "órgão guardião da Constituição" e que "vem funcionado muito bem nos últimos anos".

"O nosso risco é baixo. Nós temos um Estado Democrático de Direito vibrante, e nós estamos caminhando na direção certa. Primeira coisa é que o Estado Democrático de Direito tem que ter o seu fundamento na soberania popular. (...) Fundamental a existência de um órgão guardião da Constituição com vontade livre, com atuação livre. E isso nós temos, então esse risco eu diria que é muito baixo, não existe. Nós temos esse guardião da Constituição, que vem funcionado muito bem nos últimos tempos", disse o governador.

Um influenciador comparou a fala de Tarcísio com a de outros bolsonaristas. Segundo ele, aliados do ex-presidente afirmam que o "STF persegue e age de forma inconstitucional", enquanto o governador diz que o Supremo "é guardião da Constituição e vem funcionando muito bem".

Outra influenciadora bolsonarista criticou o chefe do Executivo paulista por ter tido uma "postura amena e dialogável" com os juristas e que, segundo ela, essa forma de discursar seria "nada bolsonarista". "O governador de São Paulo elogiou STF e a democracia brasileira", afirmou.

Outro perfil bolsonarista acusou Tarcísio de acreditar que "o povo é ingênuo" ao afirmar sobre a existência de um Estado democrático no País. A influenciadora afirmou que o discurso do governador não seria uma estratégia política, e sim uma "fortificação de um regime autoritário" que teria sido imposto no Brasil.

Tarcísio critica a 'judicialização da política'

Ainda no evento, o governador questionou a existência de um excesso da "judicialização da política", críticas que também foram endossadas pelo ex-presidente Bolsonaro ao longo do seu governo. De acordo com Tarcísio, o Judiciário brasileiro interfere, em algumas ocasiões, nas decisões do Poder Legislativo. O trecho não aparece nas postagens dos apoiadores de Bolsonaro nesta terça.

"É importante a gente centrar na figura do legislador, porque aqui a gente tem um grande risco também, o risco da judicialização da política. É o risco de, de repente, aquilo que é definido pelo nosso legislador, que tem que ser soberano e que deve escolher as relações de Justiça que melhor se coordenam, se coadunam com as condições próprias de cada Estado. Às vezes isso não é respeitado", afirmou.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou, neste domingo (9), um "story" em sua conta no Instagram marcando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Na publicação, Bolsonaro relembra as obras de duplicação da BR-386/RS conduzidas pelo antigo Ministério da Infraestrutura, pasta comandada por Tarcísio na época. No registro, os dois aparecem se abraçando e, em destaque, há um texto com os dizeres "nossa gestão", enaltecendo a obra. O ex-presidente marcou o perfil do governador de São Paulo, mas não teve a divulgação repostada.

A publicação na rede social ocorre em meio a um contexto de desgaste entre as duas lideranças da oposição, após o vazamento do vídeo interno que revelou o racha entre membros do PL, Bolsonaro e Tarcísio quanto à defesa da reforma tributária.

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A postagem de Bolsonaro surge horas depois de o governador negar qualquer tensão entre os dois. Durante uma cerimônia em comemoração à Revolução Constitucionalista de 1932, neste domingo, Tarcísio afirmou sua lealdade e gratidão ao ex-presidente. "Sempre serei leal e terei gratidão a ele. Se estou aqui, devo a ele", disse o governador de São Paulo.

Quanto à reforma tributária, o governador de São Paulo afirmou que o texto aprovado foi o "texto possível" e que o próximo passo é acompanhar as mudanças que devem ser propostas no Senado.

Discutida há anos como necessária para aprimorar o sistema de impostos brasileiro, a reforma tributária entrou na mira do bolsonarismo para aquecer os embates entre o governo e a oposição. Bolsonaro chamou a medida de "soco no estômago dos mais pobres" nas redes sociais e antecipou que aconselharia os deputados de seu partido a votar contra.

Ele chegou a dizer que estava ‘chateado’ com a postura de seu ex-ministro em favor da aprovação da medida. Em reunião do PL, enquanto Tarcísio explicava seus argumentos em prol da reforma, foi interrompido mais de uma vez pelo ex-presidente que falou: "Pessoal, se o PL estiver unido, não apoia nada". A emenda à Constituição teve o apoio de 20 deputados do PL.

O atrito entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e seu padrinho político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não foi visto com bons olhos pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Em entrevista à GloboNews, Lira destacou a atuação do governador na aprovação da Reforma Tributária, e disse que o dirigente estadual "merecia ser tratado com mais carinho."

"O govenador Tarcísio não mereceu o que foi feito, aquilo ali não representa o sentimento da política, aquilo ali merecia uma reprimenda por parte da direção do PL", afirmou. "Falei com o presidente Bolsonaro que o que aconteceu ali merecia um carinho, um trato mais carinhoso."

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Segundo Lira, Bolsonaro "entendeu" a crítica e queria "contornar" a situação.

A relação entre Tarcísio e Bolsonaro começou a mostrar sinais de desgaste durante uma reunião do PL, que contou com a presença do governador. No encontro, Tarcísio tomou uma posição favorável à aprovação da reforma, o que não agradou Bolsonaro, que tem falado contra o projeto. O governador foi interrompido pelo ex-presidente, e vaiado pelos parlamentares reunidos no encontro.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai procurar Jair Bolsonaro para tentar convencê-lo a mudar de ideia sobre o projeto de reforma tributária em discussão na Câmara. O ex-presidente tem sido a principal voz contrária à reforma e, nesse sentido, orientou que seus aliados no PL votem contra o texto apresentado pelo relator da reforma, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Nas eleições passadas, o PL elegeu a maior bancada na Casa, com 99 integrantes.

A ofensiva de Tarcísio ocorre após o governador paulista ter se reunido nessa quarta (5), com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para negociar pontos que emperram o apoio de São Paulo à reforma. Segundo relatos, ambos se comprometeram a negociar um texto de acordo que libere o tema para votação na Câmara até sexta-feira (7), pelo menos em 1.º turno. Tarcísio também se encontrou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto

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Nos últimos dias, Tarcísio tem dito a diferentes interlocutores ser favorável à reforma, mas que seria necessário fazer "ajustes" no texto para que a proposta tenha o apoio de São Paulo. Entre outros pontos, o governador questiona a criação de um Conselho Federativo para gerir os recursos arrecadados com o novo imposto que vai reunir o ICMS (de competência estadual) e o ISS (dos municípios). Ele diz que isso representaria perda de autonomia dos Estados (mais informações nesta página).

Tarcísio se moveu para o centro da arena política na reta final da votação da reforma tributária. Se no início o governador deu sinais de que não iria interferir, para não ser tachado como o responsável por barrar a reforma, ele passou a ser o fiel da balança.

Nesse movimento, ele aglutinou críticas que provocaram modificações no relatório de Ribeiro, muitas delas com o apoio dos governadores do Sul e do Sudeste. Isso fez com que aumentasse o seu poder de fogo na negociação.

Argumento

Segundo interlocutores, Tarcísio quer mostrar a Bolsonaro que a reforma foi gestada em seu governo. As PECs 45 e 110, que são a base da atual reforma, datam de 2019, primeiro ano do mandato de Bolsonaro. Por isso, não faria sentido ser contra.

Tarcísio já disse que enxerga o PL, assim como o Republicanos, como siglas mais pró-mercado e que, por isso, não poderiam se opor à reforma, uma vez que a maior parte do setor privado é favorável à mudança tributária.

O apoio de Tarcísio será definitivo para que os parlamentares das duas siglas formem opinião sobre como votar. No Republicanos, a cúpula do partido já disse que se posicionará segundo os comandos de Tarcísio. No PL, a opinião do governador pode enterrar a ideia cogitada pela ala mais radical de fechar questão contra a reforma.

Tarcísio tem repetido que não se trata de uma questão partidária e de governo versus oposição, e que os efeitos paulatinos da reforma - cuja transição prevista hoje é de 50 anos - não serão apropriados pelo PT nem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Governador costura acordo para conselho

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), costura um acordo político com o comando da Câmara e o governo para destravar a votação da reforma tributária ainda nesta semana.

A tentativa de acordo envolve mudar a governança do Conselho Federativo para garantir que os Estados com maior população tenham participação proporcional nas decisões ao seu peso dentro da Federação brasileira, como mostrou o Estadão. A proposta foi discutida pelo governador ontem, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário extraordinário de reforma tributária, Bernard Appy.

Pela proposta, seriam criadas três etapas para as votações no conselho - que, pela proposta da reforma, será responsável pela centralização da arrecadação e distribuição do dinheiro entre Estados e municípios. Em troca, São Paulo abriria mão de brigar pela descentralização da arrecadação.

A primeira etapa considera a maioria simples nas votações das deliberações do conselho. A segunda etapa prevê maioria entre os Estados mais populosos. E a terceira etapa exige uma maioria entre as cidades mais populosas.

Esses três requisitos estão sendo cobrados para evitar que os Estados mais populosos - porém, em menor número dentro da Federação - sejam "engolidos" nas votações que vão selar as decisões sobre a arrecadação bilionária do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que será criado com a reforma para substituir o ICMS (estadual) e o ISS (municipal). Essa situação já está acontecendo no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

A proposta tem apoio dos Estados do Sul e Sudeste, que afirmam ter a mesma preocupação, embora tenham apresentado modelos diferentes para aumentar a influência nas decisões do conselho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chegou na noite desta terça-feira, 4, ao Congresso para se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e discutir a reforma tributária. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), também participará do encontro.

Mais cedo, o relator da proposta, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que está discutindo com governadores a possibilidade de incluir em seu parecer um dispositivo que determine que impostos que sejam gerados em operações de compra e venda feitas dentro de um determinado Estado fiquem nesse mesmo Estado. A mudança que mexe com o modelo de arrecadação centralizada foi antecipada pelo Estadão.

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Dessa forma, apenas as operações de compra e venda feitas entre Estados diferentes passariam a ser direcionadas ao Conselho Federativo, órgão a ser criado com a reforma e que ficaria responsável por centralizar, gerir e distribuir entre os Estados e os municípios a arrecadação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) - que vai substituir o ICMS (estadual) e o ISS (municipal).

A ideia de descentralizar arrecadação de impostos que não têm repartição entre Estados, ou seja, que não são advindos de operações interestaduais, é uma proposta que atende governadores críticos à criação do Conselho Federativo, como o governador de São Paulo. Tarcísio avalia que a proposta de criação do órgão incluída no relatório da reforma tira autonomia dos Estados e gera uma concentração de poder excessiva no Conselho.

Apesar de estar negociando nessa direção, Ribeiro afirmou, no entanto, que acatará apenas contribuições que não comprometem os princípios do novo sistema tributário, sob a ótica do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA).

Apesar das resistências, Lira está decidido a levar adiante a reforma. A Mesa Diretora da Câmara cancelou todas as reuniões de comissões temáticas e Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), além de sessões solenes, ao longo desta semana para que os parlamentares se dediquem às votações da pauta econômica. Além disso, para pressionar os deputados a virem para Brasília, a marcação remota de presença foi suspensa.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nesta quinta-feira (15), por unanimidade, manter a multa de R$ 5 mil imposta ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por propaganda eleitoral antecipada em 2022.

A Corte julgou recurso de Tarcísio contra decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Nas redes sociais, o então pré-candidato havia publicado vídeo com as expressões "São Paulo precisa de Tarcísio Gomes de Freitas no comando", "Agora chegou a nossa vez. Chegou a vez de São Paulo. É hora de Tarcísio". Os ministros consideraram que o conteúdo caracteriza pedido explícito de voto, o que é proibido antes do início oficial da campanha eleitoral.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou nesta quinta-feira (8) um vídeo nas redes sociais em que elogia a gestão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). "Eu me sinto orgulhoso por ter colaborado com a indicação de Tarcísio para o Governo do Estado de São Paulo, uma diferença enorme de governadores anteriores", diz Bolsonaro em frente a uma obra de recuperação de um trecho da rodovia Rio-Santos. Em janeiro e fevereiro, o litoral norte paulista sofreu com danos causados por temporais.

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Na postagem em que compartilha a gravação de Bolsonaro, o governador de São Paulo agradece ao ex-chefe. "Obrigado pelo reconhecimento, obrigado por tudo", diz o texto.

Freitas é visto como candidato a preencher o vácuo no espectro bolsonarista com a possível inelegibilidade de Bolsonaro. Contudo, ele não manifesta explicitamente o interesse em concorrer à Presidência nas eleições de 2026.

O ex-presidente lembra no vídeo que Freitas foi seu ministro da Infraestrutura. "Ele ficou conhecido pelo trabalho que fez conosco em Brasília. E agora em São Paulo, por atender as pessoas afetadas pela chuva", afirma. Ele ainda se dirige ao governador como "capitão".

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dividiu os torcedores no Estádio do Morumbi, zona sul de São Paulo, na noite desta quinta-feira (1°). Ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), ele assistiu de camarote a uma partida do São Paulo Futebol Clube e Sport Recife. Parte do estádio ovacionou a dupla, enquanto houve também ofensas dirigidas ao ex-presidente.

Bolsonaro passou o dia na capital paulista, onde fez exames médicos. Depois seguiu para o Palácio dos Bandeirantes, onde encontrou Tarcísio. O ex-presidente deve dormir na residência oficial. Nesta sexta-feira (2), está prevista participação dele na formatura de cadetes da Academia de Polícia Militar do Barro Branco.

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Nas imagens divulgadas pelo perfil do ex-presidente nas suas redes sociais, torcedores no estádio entoaram "uh, é Bolsonaro", enquanto ele acenava para o público, ao lado de Tarcísio, em clima de campanha. Enquanto andava pelos corredores do estádio, Bolsonaro foi chamado de "mito" por simpatizantes, que o cercaram pedindo fotos.

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A presença do ex-presidente, contudo, não foi unanimidade no estádio. Em um dos perfis da torcida organizada do São Paulo, clube que administra o local, foi compartilhado um vídeo em que torcedores entoam "ei, Jair, vai tomar no c*".

Também foram colocadas faixas na entrada do Morumbi com os dizeres "Fora Bozo" e "Bolsonaro racista". Depois do jogo, o ex-presidente deve passar a noite no Palácio do Bandeirantes, residência oficial do governador. Como mostrou o Estadão, o convite partiu de Tarcísio, que justificou o gesto pela amizade que possui com Bolsonaro.

"O ex-presidente é meu amigo. Então, é uma visita de amigos. Ele tem uma questão pessoal para resolver em São Paulo e vai ficar hospedado aqui. É um grande amigo, por quem eu tenho uma gratidão profunda. Sou muito grato por todas as portas que ele abriu para mim. Vamos estar juntos hoje e amanhã (quinta e sexta)", disse o governador durante uma entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira.

Recentemente, os dois estiveram juntos na Agrishow, a maior feita de tecnologia e agronegócio do País. Bolsonaro foi o pivô do "desconvite" de Carlos Fávaro, ministro da Agricultura de Lula, e também do cancelamento da cerimônia de abertura. Mesmo assim, o ex-presidente compareceu ao primeiro dia do evento e andou junto com Tarcísio, em aceno para simpatizantes dentro do setor.

Aos gritos de "mito" e de "Lula ladrão", o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), foi recebido pelos visitantes da principal feira agrícola do Brasil, a Agrishow, realizada nesta semana em Ribeirão Preto (SP). Bolsonaro chegou acompanhado do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e fez um breve pronunciamento em uma solenidade reservada ao governador para liberação de títulos de revitalização fundiária, entrega de tratores para produtores rurais e assinatura de títulos de assentamento estadual.

Bolsonaro reforçou a importância do agronegócio para o País e criticou a homologação de terras indígenas e quilombolas no Brasil.

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"Em uma das reservas indígenas, há 31 mil hectares e apenas nove indígenas lá, algo não está certo", disse o ex-presidente sem detalhar a que área se referia.

Bolsonaro elogiou a gestão de Tarcísio de Freitas à frente do governo do Estado de São Paulo. Sem mencionar a disputa política com o atual governo, Bolsonaro disse que há momentos que devem ser considerados "como página virada". "A nossa vida continua até o dia que Deus nos chame para a eternidade", afirmou. "Eu tenho muita coisa para falar para vocês, mas, como sou 'ex', encerro por aqui", disse o ex-presidente ao encerrar o pronunciamento no evento.

Após o pronunciamento, o Bolsonaro e o governador passearam por alguns estandes da feira, seguidos por centenas de visitantes que se aglomeravam e empurravam.

Os dois subiram em tratores e acenaram aos apoiadores. Alguns dos eleitores de Tarcísio e Bolsonaro portavam bandeiras do Brasil, cantando, em coro, o hino nacional brasileiro.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou nesta segunda-feira, 24, que o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, teria mais força política para concorrer à Presidência em 2026 do que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, aposta do PL para participar da corrida eleitoral. Segundo o parlamentar, é natural que Tarcísio venha a disputar a vaga no Planalto caso o ex-presidente Jair Bolsonaro esteja inelegível, deixando aberta a cadeira para um eventual novo nome em São Paulo.

Na manhã desta terça-feira, 25, Nogueira participou da Convenção Nacional do Partido Progressista, em Brasília, e foi reconduzido à presidência da sigla, a mesma do presidente da Câmara, Arthur Lira.

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"O Tarcísio, se não ele (Bolsonaro) não puder ser candidato, é mais forte do que ela. Me perdoem dizer isso. Política é fila", afirmou em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. "A dona Michelle é a única pessoa que se elege senadora nos 27 Estados da federação, quer alguém mais forte do que ela?" Ciro reiterou, no entanto, que se Bolsonaro puder ser candidato, ele teria mais força neste cenário do que o governador, e que Michelle poderia disputar qualquer outro cargo em função de sua "força na política brasileira".

'Imbatível'

Ao ser questionado sobre o processo que irá analisar a inelegibilidade de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido às falas do ex-presidente em reunião com embaixadores sobre a credibilidade das urnas eletrônicas, Nogueira disse que não via "nada demais", e comparou ao encontro convocado pela ex-presidente Dilma Rousseff à época do impechment. "Eu não vejo nada demais. A mesma reunião foi feita pela presidente Dilma quando foi cassada e fez a reunião com os embaixadores para denunciar um golpe", disse.

Segundo ele, a repercussão do tema o tornaria "imbatível". "Sabe qual é a grande dúvida se vão cassar Bolsonaro ou não? É vão tornar Bolsonaro imbatível. Se ele já elegeu a quantidade de pessoas que ele elegeu, imagine ele injustiçado (...) A população não vai aceitar."

Repetindo elogios ao ex-presidente, de quem foi ministro da Casa Civil, Nogueira avaliou que os principais responsáveis pela derrota de Bolsonaro nas últimas eleições foram os próprios aliados do ex-mandatário. "Nós cometemos muitos erros. Perdemos as eleições para nós mesmos", disse. "Culpa minha e de muita gente", destacou, ao lembrar dos acontecimentos envolvendo Roberto Jefferson, que atirou em policiais federais, e a deputada federal Carla Zambelli, que apontou uma arma para um homem no meio da rua. "Se não tivesse tido esses fatos nós teríamos ganhado a eleição com uma diferença maior do que o Lula ganhou."

'A narrativa de Lula Santo e Bolsonaro Bandido não vai colar'

Nogueira defendeu ainda a integridade de Bolsonaro diante do escândalo das joias que atingiu o ex-presidente. Conforme revelou o Estadão, o ex-chefe de estado recebeu três pacotes de joias do governo da Arábia Saudita quando ainda estava na gestão do Planalto.

O conjunto recebido por Bolsonaro soma entre R$ 17 milhões e R$ 18 milhões. "Eu tenho certeza da honestidade e seriedade de Bolsonaro", pontuou, e esclareceu que "a narrativa de que Lula é um santo e Bolsonaro é bandido não vai colar".

Relações Internacionais

Questionado sobre a comparação da diplomacia durante o governo Bolsonaro e a intensa agenda externa de Lula desde que assumiu o terceiro mandato, o senador subiu o tom e disse que o primeiro ato internacional do atual mandatário foi criar "um estelionato eleitoral" na Argentina. "As pessoas não são tão tolas em um país que precisa de uma infraestrutura enorme como o Brasil para fazer um gasoduto na Argentina. O Fernandes é o Lula de amanhã", citou ao criticar as ações do governo brasileiro em solo argentino.

Nogueira ainda criticou o acordo de paz proposta por Lula na guerra entre Rússia e Ucrânia e questionou que "se ele não controlou nem o Palácio do Planalto para invadir, ele vai ensinar o mundo?", frisou. "Nós estamos sem comando. O país não iniciou o seu governo", afirmou.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), teve de passar por mais uma cirurgia, no sábado (15), depois de retirar cálculo renal em Londres no final de março. Segundo a assessoria do governo, o procedimento deste fim de semana foi complementar ao de março e o governador passa bem e "seguirá agendas internas no Palácio dos Bandeirantes durante a semana".

Em março, o problema de saúde interrompeu a agenda oficial que o governador mantinha no exterior, em Londres, Madri e Paris, com o intuito de atrair investimentos para o Estado e apresentar o portfólio de parcerias público-privadas e privatizações à CEOs, empresários e fundos de investimento interessados.

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Os encontros, então, foram conduzidos por Lucas Ferraz, secretário de Negócios Internacionais do governo do Estado.

Desta vez, o procedimento de sábado levou Tarcísio a cancelar a participação na solenidade de passagem do cargo de comandante militar do Sudeste que acontece nesta segunda-feira (17), por recomendação médica.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), realizou novos exames na manhã desta quarta-feira (29) e foi liberado pela equipe médica que o acompanhava no hospital em Londres, na Inglaterra. Com a liberação, Tarcísio segue com a missão internacional do governo pela Europa e deve embarcar para Paris, na França. A agenda de compromissos oficiais ainda não foi divulgada.

O secretário de Negócios Internacionais, Lucas Ferraz, continua como representante de Tarcísio nos encontros com autoridades locais programados para a quarta em Madri, na Espanha.

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O governador deu entrada no hospital na terça-feira (28) e foi submetido a uma cirurgia para retirada de um cálculo renal.

Segundo nota divulgada no site oficial do governo de São Paulo, Tarcísio deve passar por exames complementares assim que voltar de viagem.

Na tarde da terça-feira, o governador publicou em suas redes sociais que a cirurgia tinha sido bem-sucedida e que estava se "recuperando bem" após o procedimento.

Investimentos

O objetivo da viagem pela Europa é atrair investimentos para o Estado e apresentar o portfólio de parcerias público-privadas e privatizações a CEOs, empresários e fundos de investimento interessados em consolidar negócios na capital paulista.

Antes do anúncio do afastamento de Tarcísio, o secretário Lucas Ferraz já havia participado de um almoço com representantes do setor financeiro na embaixada brasileira e de um debate com bancos, fundos de investimento e empresas na sede europeia da Bloomberg.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), teve alta hospitalar nesta terça-feira, 28, após ser submetido a uma cirurgia para retirada de um cálculo renal, em Londres, na Inglaterra. Em publicação nas redes sociais, o governador agradeceu as mensagens de apoio que recebeu e disse que estava se "recuperando bem" após o procedimento.

Tarcísio está na Europa para reuniões com representantes do mercado financeiro e encontros bilaterais, mas precisou interromper a agenda oficial devido a uma crise nos rins durante os compromissos internacionais.

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O secretário de Negócios Internacionais, Lucas Ferraz, representou o governador nos encontros programados para esta semana. A participação de Tarcísio nos demais compromissos depende de avaliação e recomendação médica. Segundo Tarcísio, "novos exames" vão definir a retomada da agenda.

O objetivo da viagem pela Europa é atrair investimentos para o Estado e apresentar o portfólio de parcerias público-privadas e privatizações a CEOs, empresários e fundos de investimento interessados em consolidar negócios na capital paulista.

A agenda do governador incluía encontros com autoridades espanholas e francesas, além de um "roadshow" com empresas locais. Antes do anúncio do afastamento de Tarcísio, o secretário Lucas Ferraz já havia participado de um almoço com representantes do setor financeiro na embaixada brasileira e de um debate com bancos, fundos de investimento e empresas na sede europeia da Bloomberg.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi submetido a uma cirurgia nesta terça-feira, 28, para retirada de um cálculo renal, em Londres. Segundo nota divulgada no site oficial do Palácio dos Bandeirantes, a cirurgia correu bem e a previsão é que o governador tenha alta ainda nesta terça-feira, 28.

Ele está bem e segue em acompanhamento médico.

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Tarcísio precisou cancelar sua agenda oficial pela Europa devido a uma crise nos rins durante os compromissos internacionais. Em seu lugar, o secretário de Negócios Internacionais, Lucas Ferraz, está representando o governador nos encontros programados para esta semana.

A nota ainda cita que a participação de Tarcísio nos demais compromissos depende de avaliação e recomendação médica.

Depois de ter sido eleito prefeito de São Paulo, em 2016, e governador, em 2018, com antipetismo como bandeira, o empresário João Doria, de 65 anos, deixou a política e agora faz gestos de aproximação com o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Nesta segunda-feira, 27, o ex-governador disse que não guarda mágoas de Lula, de quem foi um duro crítico, durante o lançamento da biografia João Doria: o poder da transformação (editora Matrix), em uma livraria na capital. O livro é assinado pelo jornalista Thales Guaracy.

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"Tudo que eu puder fazer para ajudar o presidente Lula eu farei. Não há nenhum ressentimento, nenhuma mágoa e nada que me impeça de ajudar, seja individualmente, coletivamente, através do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) ou das relações que cultivei na atividade empresarial no Brasil e fora", disse.

O ex-governador, que voltou a atuar no Lide, foi além e disse que o governo Lula teve também "um bom início", mas com "alguns percalços e algumas colocações beligerantes que talvez pudessem ser evitadas".

Apesar da crítica pontual, bem mais moderada das que fazia quando estava em campanha, João Doria exaltou as "boas conquistas" do Brasil na área ambiental. "Muitos equívocos foram cometidos no governo anterior na área ambiental e nas relações internacionais, que agora teve boas conquistas. O Brasil estava muito isolado nas relações diplomáticas. Com a ministra Marina Silva há um reposicionamento na questão ambiental", afirmou.

Doria, que deixou o PSDB após a mal-sucedida pré-candidatura à Presidência, também fez elogios ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi eleito no ano passado graças ao apoio do então presidente Jair Bolsonaro.

"Em São Paulo a proposta liberal do governador Tarcísio deu continuidade aos programas que eu realizei e estão indo em uma boa linha, e com uma equipe. Os primeiros passos estão bem dados. O governador Tarcísio está indo numa boa direção em todas as áreas".

Antes de iniciar a sessão de autógrafos, Doria foi questionado se pretende voltar à política, mas descartou a possibilidade. "Virou a chave", afirmou.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nessa segunda-feira (20), que o governo federal não tem "excelência técnica", afirmou que o PT não possui maioria política no plano nacional e "está desestruturado". Para o chefe do Executivo paulista, que é afilhado político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a "lua de mel" do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai acabar.

Questionado em entrevista à Rádio Jovem Pan, sobre o que o apresentador chamou de "inexistência de uma excelência técnica no governo do PT", Tarcísio defendeu que "além de não ter excelência técnica", Lula não tem maioria política.

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"Porque você fez uma grande distribuição de cargos, distribuiu um monte de ministério, tem 37 ministérios criados e você não tem maioria, não aprova uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição). Está confuso, está desestruturado. Eu vejo um cenário de dificuldade para aprovar reformas importantes, para mediar conflitos com o Congresso, e entregar resultados que vão ser importantes", justificou.

"A gente obviamente vê um cenário de um presidente (Lula) muito mais preso a essa ala radical, que de certa forma não é um presidente que teve lá atrás uma postura de mais pragmatismo. Eu vejo um presidente mais ideológico, mais impaciente", disse. "O governo vai ficar cada vez mais ansioso. Essa lua de mel tem dia e hora para acabar", completou.

Apesar das críticas, Tarcísio argumentou que quer manter uma boa relação com o governo federal, de modo a conquistar cooperação nas áreas da habitação, saúde e segurança pública.

No caso da defesa pela privatização do Porto de Santos, em que diverge da posição do Planalto, o governador disse que Lula se mostrou disponível a ouvir os argumentos pela desestatização da autoridade portuária.

Sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Tarcísio disse que seu ex-adversário ao governo de São Paulo "está tentando fazer o correto" na pasta. "Há de se ver com o tempo até que ponto ele vai ter autonomia e caneta para fazer o que é correto. Está tentando acertar. Eu faço votos para que acerte mesmo", afirmou.

Ainda defendeu que os ministros do Supremo Tribunal Federal são sensíveis a ouvir argumentos em votação caras ao cenário de investimentos no País. "Tenho relação muito boa (com ministros do STF), sempre que precisei recorrer ao Supremo fui bem atendido. Eu vejo razoabilidade dos ministros ao argumento."

Tarcísio voltou a elogiar Jair Bolsonaro e apostou que o ex-presidente deve retornar ao Brasil. "A paixão que as pessoas nutrem por ele é gigantesca. Isso não morreu. Se engana quem pensa que isso morreu. A grande liderança de direita no Brasil é Jair Bolsonaro. Em breve deve voltar dos Estados Unidos com capital político gigantesco", defendeu.

O governador de São Paulo voltou a defender a privatização do Porto de Santos e disse que o porto se tornou o "maior ponto de exportação de drogas do planeta".

"Quando eu falo de Santos, eu não estou preocupado com a panaceia da privatização. Eu estou preocupado com 60 mil empregos, gerar perspectiva para uma região que está empobrecendo e, pior, está sendo tomada pelo crime organizado", disse.

"O Porto de Santos virou o maior exportador de drogas do planeta. Se a gente não fizer nada, a gente perde a guerra para o crime, jovens vão perder suas vidas para o crime", completou.

O Porto de Santos foi listado em 2022 pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime como um dos pontos de maior trânsito de entorpecentes e substâncias ilícitas da América Latina, ao lado de Buenaventura, Cartagena (Colômbia) e Guaiaquil (Equador). O mesmo relatório também indica que o Brasil é o maior exportador de cocaína do mundo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deu nesta terça-feira, 28, o primeiro passo na tentativa de cumprir umas de suas principais promessas de campanha e privatizar a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). Tarcísio autorizou a contratação de estudos para avaliar a viabilidade econômico-financeira de desestatização da empresa.

A decisão foi tomada em reunião do Conselho de Desestatização do Estado, vinculado à Secretaria de Parceria em Investimentos, junto a outros 15 projetos de concessão e parcerias público-privadas que, segundo o governador, devem somar R$ 180,17 bilhões. O grupo também acompanha os estudos para a desestatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), que já foram iniciados.

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"É falso o argumento de que a privatização vai aumentar a tarifa. Não vamos fazer a privatização para fazer com que o cidadão pague mais caro pela água. Vamos estudar para ter absoluta certeza de que a água vai chegar onde não chega e a tarifa vai cair", disse Tarcísio.

Segundo o governador, se os estudos não derem a certeza de que a privatização vai aumentar a eficiência e que a tarifa vai baixar, o governo pode recuar da medida. "Tenho uma empresa que trabalha razoavelmente bem. Se você não tiver absoluta convicção, você dá um passo atrás", disse.

Como adiantou o Estadão, no pacote de projetos estão a concessão de 1,8 mil km de rodovias, a transferência da sede do governo estadual do Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, para o centro da capital e o trem entre São Paulo e Campinas, que tem leilão previsto para final de novembro.

Também serão iniciados estudos para avaliar a possibilidade de implementação de trens entre a capital e Sorocaba, Santos e São José.

Outro projeto avalia a concessão de serviços de manutenção de 500 escolas do Estado, com a possibilidade de ampliação para todas as unidades de ensino.

Ainda entra no pacote de parcerias a transformação em PPPs das travessias litorâneas do Estado, como a ligação Santos-Guarujá por balsa. A proposta viabilizaria a construção de um túnel entre os municípios, que já foi atrelada por Tarcísio, quando ministro da Infraestrutura do governo de Jair Bolsonaro, à privatização do Porto de Santos.

Bandeirantes

Sobre a transferência da sede do governo estadual ao centro da capital, o governador afirmou que o plano é encontrar imóveis para desapropriação no entorno da Praça Princesa Isabel e incorporar habitação ao redor de uma espécie de esplanada de secretarias. "Vai trazer economia de recursos, eficiência, além de ser uma ocupação nobre e icônica do centro. Entendemos que é uma questão que traz legado", disse, pontuando que a proposta é desocupar os 56 prédios atualmente ocupados pela administração pública.

Dois projetos que já tiveram seus encaminhamentos barrados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) voltam à mesa de estudos - a concessão do serviços de loterias e de trechos de rodovia no litoral norte. Segundo Tarcísio, o governo vai rever as fragilidades apontadas pela Corte de Contas e aperfeiçoar o modelo.

Mais cedo, ao falar sobre o contrato com a ViaMobilidade, investigada pelo Ministério Público por falhas no serviço das linhas de trens metropolitanos, Tarcísio disse que "no dia em que você permitir que o Ministério Público governe o Estado para você, vocês está morto".

O Ginásio do Ibirapuera também está na lista de privatizações. Mas, segundo Tarcísio, seguirá "preservando sua função esportiva". Essa é a segunda tentativa de privatização do complexo esportivo. O ex-governador João Doria (PSDB) tentou entregar o local à iniciativa privada, mas o projeto não avançou.

A tragédia das chuvas no litoral de São Paulo, com 45 mortos até a manhã desta terça-feira (21), virou munição política para aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) posar para foto ao lado do petista, que interrompeu uma viagem a Salvador para visitar áreas afetadas pela chuva, bolsonaristas passaram a questionar o que Lula fez de concreto para ajudar as vítimas. Ao mesmo tempo, apoiadores do presidente foram às redes sociais para comparar o gesto do presidente com a postura de Bolsonaro em situações de calamidade.

Ex-ministro de Bolsonaro, Tarcísio agradeceu a presença de Lula em São Sebastião (SP) na segunda-feira. Segundo o governador, a ida do presidente ao litoral paulista dá "amparo e conforto" ao Estado. "A gente precisa trabalhar em um regime de cooperação", afirmou. Em seguida, focou o discurso em medidas decretadas para recuperar a região, ao falar para jornalistas.

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Ao assumir o microfone, Lula, por sua vez, fez comparações com o passado, sem citar Bolsonaro. "Queria mostrar a vocês uma cena que há muito tempo vocês não viam: um governador, um presidente, um prefeito, sentados numa mesa em função de algo comum que atinge a todos nós", disse. O presidente tem sido criticado por manter os "olhos no retrovisor" e continuar invocando Bolsonaro em seus discursos, mesmo caminhando para o terceiro mês de mandato.

"A presença do governador e do prefeito dá demonstração de que é possível exercer nossa função na democracia mesmo quando temos partidos diferentes ou pensamos de forma divergente", acrescentou Lula. "O bem comum do povo é muito maior que nossas diferenças políticas."

Nas redes sociais, aliados de Lula reforçaram a comparação feita pelo presidente e relembraram um episódio de dezembro de 2021, quando Bolsonaro disse esperar "não ter de retornar antes" de suas férias em Santa Catarina no momento em que a Bahia enfrentava fortes chuvas. Apesar da declaração, Bolsonaro chegou a sobrevoar a região afetada pelo temporal na época e escalou ministros para trabalhar com autoridades locais.

"Preocupado com o que aconteceu, o presidente Lula parou seu feriado para ver de perto a situação. O Brasil tem presidente", publicou a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. O deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) também explorou a situação como capital político para Lula: "diferença que faz ter um presidente que cuida das pessoas", publicou. O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) publicou imagem de uma notícia antiga sobre Bolsonaro ignorar a tragédia na Bahia e escreveu: "a diferença de ter um presidente humano."

Já políticos bolsonaristas criticaram a quantia liberada pelo governo federal para socorrer as cidades atingidas pelo temporal, de R$ 2 milhões. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comparou o valor com os R$ 5 milhões captados pela atriz Cláudia Raia para um espetáculo via Lei Rouanet. "O pai dos pobres", ironizou. O dinheiro destinado à Lei Rouanet, porém, não sai diretamente dos cofres públicos. "O presidente de todos os brasileiros desde que sejam cumpanheiros! (sic)", publicou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sobre o mesmo assunto.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) relembrou quando Bolsonaro liberou crédito extra de R$ 700 milhões para atender às regiões afetadas por chuvas na Bahia e em Minas no fim de 2021. "Lula liberou R$ 2 milhões? Que tipo de presidente é este?", questionou. "Nós tínhamos presidente", completou.

Até a noite desta segunda-feira, Bolsonaro não havia se manifestado sobre as chuvas no litoral paulista. O presidente costumava passar feriados e períodos de descanso na região durante seu mandato. Em fevereiro do ano passado, quando a chuva causou deslizamentos e mortes na região de Franco da Rocha (SP), o então presidente afirmou que faltou "visão de futuro" a quem construiu moradia em locais de risco. Na ocasião, Bolsonaro fez a declaração acompanhado de Tarcísio, então ministro da Infraestrutura.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu, nessa quarta-feira (15), "racionalidade e pragmatismo" no debate político quando se trata de atender a população em situação de vulnerabilidade. Segundo ele, "o pobre não sabe o que é direita ou esquerda" na política e isso é menos importante do que levar a solução de problemas à ponta. Ele também defendeu o avanço da reforma tributária.

"O que nos cabe é trazer racionalidade e pragmatismo para o debate político. Tem uma população muito carente que depende de nós. Independentemente de eu ser um cara mais à direita", disse, durante participação online em evento promovido pelo BTG Pactual. "Não importa se você é de direita ou de esquerda, o pobre não sabe o que é direta ou esquerda. Ele precisa de teto, abrigo, precisa de proteção, de saúde, de resolução de seus problemas imediatos, de diminuição dos tempos de cirurgias. O jovem precisa de perspectivas", completou, após ser questionado sobre a polarização do País.

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Para o governador, o debate programático e a solução de problemas se perdem em um ambiente polarizado. "No final das contas, as pautas da direita e da esquerda muitas vezes convergem. (...) O que vai diferenciar a esquerda ou a direita é o caminho (com) que vamos atingir nossos objetivos."

Questionado sobre o relacionamento com o governo federal, Tarcísio disse ter uma "relação republicana" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "É necessário o apoio do governo federal, por exemplo, na política de habitação. A gente só vai ter efetividade na segurança pública se tiver a colaboração do governo federal. O mesmo vale para a saúde", disse.

"São Paulo representa um terço do PIB brasileiro, não tem como o Brasil ir bem com São Paulo indo mal", afirmou.

Reforma tributária

Com os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), presentes no evento, Tarcísio defendeu o avanço da reforma tributária para alavancar investimentos.

Os líderes divergiram sobre a viabilidade da aprovação da pauta. De acordo com Ratinho, o governo do PT não tem, historicamente, perfil reformista. "Geralmente, (para) uma reforma tributária, você precisa ter um ambiente econômico saudável, coisa que nós não temos no mundo", disse. Para ele, o governo federal e o Congresso devem avançar apenas em uma simplificação de tributos.

Na visão de Tarcísio, por outro lado, há grande possibilidade de a reforma avançar, ao citar o perfil "reformista e liberal" do Congresso, mas destacou dificuldades. "Não é fácil, quem acha que a tramitação vai ser um mar de rosas está enganado, porque envolve a relação entre entes federados e a composição entre diversos setores."

Ele disse acreditar que os Estados estão "dispostos" a abrir mão, ao defender a cobrança de tributos no destino, política que afetaria o caixa de São Paulo. "A gente acha razoável, desde que tenha um período de compensação", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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