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A nova tarifa do metrô começou a valer nesta sexta-feira (11). No Recife, o valor da passagem saltou de R$ 1,60 para R$ 3, um acréscimo de 87,5%. Na Estação Central da capital, no bairro de São José, movimentos sociais realizaram um ato, com entrega de panfletos para os usuários.

Com apoio de carro de som, o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP) e demais movimentos acusavam a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de autorizar um aumento absurdo. O descontentamento também fazia parte do discurso dos usuários. 

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“É um transporte péssimo. Quase sempre sem ar condicionado, durante a viagem, falta luz, segurança nenhuma, muito ambulante. É um absurdo haver esse aumento”, diz a passageira Alice Sampaio, de 21 anos, que é artista. Uma das principais reclamações dos usuários, como foi no caso de Alice, é com relação ao ar condicionado, que tem problemas constantes. 

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“Esse valor é um abuso, quase 100% de aumento. Se fosse algo em torno de 2%, 3%, tudo bem. O ar condicionado quase sempre está quebrado, quando chove tem vazamento demais. É uma pena que o povo não se una, é cada um por si”, lamenta o mecânico Elias Barbosa, 64. “Claro que não é um aumento justo. É um transporte péssimo, não tem conforto, ar condicionado é quebrado...”, complementa o cabeleireiro Marcelo de Andrade.

Para o diretor de comunicação do Sindmetro-PE, Levi Arruda, o aumento da tarifa do metrô é uma estratégia para atrair a privatização do sistema. “A gente precisa de orçamento, não aumento. O governo federal deveria prover esse orçamento maior. De onde viria o dinheiro? A União passa grande parte do tempo perdoando dívidas milionárias de empresas caloteiras e grande parte do orçamento vai para pagamento de juros a banqueiros”, critica Arruda. O integrante do sindicato destaca que não há um plano de investimento ou garantias de que melhorias ocorrerão.

Cerca de 400 mil pessoas utilizam o metrô do Recife diariamente. Desses, 56% acessam o sistema metroviário pelos terminais de integração. O último ajuste da tarifa da capital pernambucana havia ocorrido há seis anos. A expectativa com o aumento é arrecadar R$ 110 milhões por ano. 

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O deputado federal Betinho Gomes (PSDB) não criticou o aumento de 87,5% na tarifa do Metrô do Recife. A tarifa deve passar de R$ 1,60 para R$ 3, a partir desta sexta-feira (11). No entanto, o tucano propôs ao ministro de Planejamento, Esteves Colnago, que esse acréscimo aconteça de forma fracionada em até três anos. 

Betinho acredita que, dessa forma, ambos os lados saem ganhando. “Atende o metrô, cuja passagem congelada há muito tempo e não sobrecarrega o usuário com um reajuste tão alto e repentino. O ministro demonstrou simpatia à nossa proposta e se comprometeu a encaminhar a nossa sugestão ao conselho da CBTU”, contou.

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O deputado também apresentou um requerimento para que o ministro esclareça o corte no orçamento do metrô. “O transporte público é uma grande demanda do trabalhador da Região Metropolitana do Recife. Eu tenho me preocupado especialmente com a situação do metro. O Governo Federal numa decisão equivocada cortou o orçamento e nós estamos trabalhando para reverter essa decisão”.

De acordo com o Ministério do Planejamento, já foi autorizada a liberação de R$ 28 milhões para a CBTU e outro projeto será encaminhado à Câmara dos Deputados no valor de R$ 93 milhões para garantir o orçamento deste ano. 

De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos, o usuário poderá receber melhorias no sistema metroviário a partir de 2019. Para o superintendente Leonardo Villar Beltrão, o preço cobrado pelo transporte no Grande Recife é “social”, se comparado a outras regiões do Brasil.

"De todos os usuários do metrô, 56% não pagam nada, porque entram por meio do ônibus e dos terminais de integração. É uma tarifa, ainda, muito social. É por isso também que você paga uma tarifa de ônibus muito baixa. Se paga só R$ 3,20 para circular em toda a Região Metropolitana", chegou a argumentar Villar durante coletiva de imprensa.

A Justiça Federal determinou a suspensão do aumento da conta de luz acima do valor da inflação em Pernambuco. O juiz Frederico José Pinto de Azevedo, da 3ª Vara Federal de Pernambuco, reconheceu apenas o reajuste de 3%, equivalente ao acumulado da inflação em 2017.

O reajuste havia sido confirmado nesta semana pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sendo de 8,47% para baixa tensão (consumidores residenciais) e 9,90% para alta tensão (indústrias). O aumento começa a vigorar no próximo domingo (29).

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A decisão da Justiça Federal tem origem na ação popular movida pelo deputado federal Danilo Cabral (PSB). Em sua decisão, o juiz intima a Aneel e a Companhia Elétrica de Pernambuco (Celpe) a apresentarem no prazo de dez dias as razões para promover um aumento médio de 8,89% na tarifa.  

“No decorrer desse prazo, e até posterior decisão deste Juízo Federal, considerando a razoabilidade e o forte impacto sobre a sociedade pernambucana, determino que o reajuste seja restrito ao percentual da inflação de 2017, medido pelo índice oficial apresentado pelo IBGE (IPCA)”, determina o magistrado.

Um projeto que deve ser apresentado na semana que vem na Câmara dos Deputados prevê o fim da taxa extra na conta de luz, com a suspensão do regime de bandeiras tarifárias, em vigor desde 2015. O projeto é do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), Presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Conta de Luz na Câmara em 2009.

A proposta terá como base o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) que concluiu que a inclusão das bandeiras, que aumentam o preço da energia conforme a falta de chuvas, não tem cumprido sua missão de inibir o consumo, mas sim contribuído para aumentar a arrecadação do setor.

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O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para sinalizar aos consumidores o custo da produção de energia no País. O objetivo é permitir que os consumidores adotem medidas de economia para evitar que suas contas de luz fiquem mais caras nos momentos em que esse custo está em alta.

Com a estiagem, o sistema elétrico fica dependente de usinas térmicas, que geram energia mais cara, pois funcionam por meio da queima de combustíveis. "Vamos pedir para sustar as bandeiras imediatamente e entrar com pedido de ressarcimento ao prejuízo constatado pelo acórdão", disse Fonte.

O prejuízo a que o deputado se refere é o valor de R$ 18,9 bilhões que, segundo o TCU, foram pagos pelos consumidores brasileiros durante os 17 meses de adoção da bandeira tarifária vermelha, a que tem o valor mais alto, desde janeiro de 2015, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) instituiu esse regime.

Para derrubar as bandeiras tarifárias, o projeto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado com votos da maioria dos presentes. A inclusão da proposta na pauta do plenário, porém, depende dos presidentes das duas casas, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o senador Eunício Oliveira (MDB-CE). "Vamos fazer uma mobilização das entidades de defesa do consumidor. Acho que o Rodrigo não vai se opor a isso", afirmou Fonte. Ele acredita que, em ano eleitoral, o projeto de decreto tem mais chances de ser aprovado. "Este ano quem vai votar contra isso?"

No acórdão, o TCU afirma que as bandeiras tarifárias são "um mecanismo de arrecadação de recursos que visa fazer frente a importantes obrigações financeiras de curto prazo que recaem sobre o fluxo de caixa das distribuidoras". A hipótese já tinha sido levantada pela área técnica do tribunal no ano passado. Pelas regras atuais, há quatro bandeiras em vigor. Na verde, não há taxa extra. A amarela custa R$ 2 para cada 100 quilowatts (kWh) consumidos, valor que sobe para R$ 3 na bandeira vermelha "patamar 1" e para R$ 5 na vermelha "patamar 2".

O TCU deu prazo de 180 dias para que o Ministério de Minas e Energia e a Aneel façam um "realinhamento" das bandeiras aos "reais objetivos almejados" com a cobrança extra. Também deu prazo de 30 dias para que a Aneel, em articulação com o Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), publique relatórios mensais com informações detalhadas sobre as bandeiras.

Contas de abril terão bandeira verde

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que as contas de luz continuarão com bandeira verde no mês de abril. Com isso, os consumidores não terão de pagar taxa adicional no próximo mês. A bandeira verde está em vigor desde janeiro.

A bandeira verde sinaliza manutenção de condições de geração de energia favoráveis. "Apesar da bandeira verde, é importante que os consumidores mantenham as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício de energia elétrica", informou a Aneel.

O sistema leva em consideração o nível dos reservatórios das hidrelétricas e o preço da energia no mercado à vista (PLD). A bandeira verde continua sem taxa extra. Anteriormente, o custo da energia era repassado às tarifas uma vez por ano, no reajuste anual de cada empresa, e tinha a incidência da taxa básica de juros, a Selic. Agora, esse custo é cobrado mensalmente e permite ao consumidor adaptar seu consumo e evitar sustos na conta de luz. A Aneel deverá anunciar a bandeira tarifária que vigorará no mês de maio no dia 27 de abril.

O senador Magno Malta (PP), nesta terça-feira (27), criticou veemente o valor das passagens aéreas que são pagas no Brasil. De acordo com o parlamentar, os brasileiros pagam a tarifa aérea mais cara do mundo, o que definiu como “safadeza”. Magno também criticou a taxa de bagagem afirmando que era “indevida e abusiva”. 

Magno ingressou com uma ação popular em defesa do consumidor. Segundo ele, as empresas continuam reajustando os valores das passagens burlando o acordo feito com a Agência Nacional de Viação Civil (ANAC). “A Anac não está ali para isso. Eles sabiam que é uma malandragem porque, na verdade, o argumento de que se cobraria pelas malas seria, em seguida, para diminuir as tarifas. O Brasil, de fato, não melhorou, mas parou de piorar. As pessoas viajaram mais este final de ano, o turismo externo aumentou muito e com isso esperava-se que a tarifa fosse diminuir, mesmo as pessoas pagando a bagagem, mas pelo contrário, eles aumentaram o preço da passagem”, criticou. 

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O senador falou que muitas pessoas estão passando por constrangimentos. “A Anac foi criada para fiscalizar, não foi criada para beneficiar as empresas aéreas a aumentar e cobrar as bagagens. O passageiro tem o direito a um peso mínimo de dez quilos para bagagem de mão, mas tem muita gente passando constrangimento porque chega na porta do avião, mostra a mala, faz o checkin, está autorizado e quando chega lá dentro tem tomam a mala e levam para baixo”.    

Ele pediu para que o cidadão passe a ser respeitado. “Por exemplo, você sair daqui de Vitória para ir até o Piauí, é melhor ir para Miami porque você vai pagar mais barato, olha que absurdo”. Magno Malta ainda falou que há companhias aéreas cobrando pela marcação do assento. “Para marcar, agora tem que pagar. Eu vou levar essa briga até o final”, avisou. 

Entrou em vigor nesta terça-feira (20) o novo valor da passagem de ônibus em Belém. Publicado no Diário Oficial do Município, decreto do prefeito Zenaldo Coutinho fixa o valor da tarifa em R$ 3,30. O preço começou a ser cobrado à meia-noite em todas as empresas de transporte da capital e do município de Ananindeua. A meia-passagem para estudantes custa R$ 1,65.

O último reajuste foi decretado em janeiro de 2017, com o valor de R$ 3,10. O aumento deste ano foi aprovado pelo Conselho Municipal de Transporte na última quinta-feira (15) e homologado pelo prefeito Zenaldo Coutinho.

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O decreto inclui também os transportes coletivos hidroviários e seletivos, como os microônibus. Linhas especiais como a linha urbana que faz Belém/Mosqueiro passa a custar R$ 5,30 e a meia-passagem, R$ 2,65.

Por Ariela Motizuki.

Em reunião realiza na manhã desta quinta-feira (15), na sede da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), foi acordada, pelo Conselho Municipal de Transporte de Belém, a proposta para nova tarifa da passagem dos ônibus urbanos de Belém e Região Metropolitana. O valor definido por entidades da sociedade civil e o poder público foi de R$ 3,30. A decisão ainda precisa ser homologada pelo prefeito Zenaldo Coutinho.

Na assembleia foram discutidas as seguintes propostas: uma planilha elaborada pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Setranbel), que levantava uma mudança na tarifa. O valor atual, que é de R$ 3,10, iria para R$ 3,61, representando um aumento de pouco mais de 16%.  E a Semob colocou à aprovação um reajuste menor, de quase 7%, que elevaria o valor para R$ 3,31.

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Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos no Pará (Dieese-PA), nenhuma das duas propostas acata a Lei Orgânica do Município, que determina que a tarifa leve em consideração o poder aquisitivo da população afetada pela mudança tarifária.

O último reajuste no valor da passagem do transporte público de Belém ocorreu em janeiro de 2017. À época o valor era de R$2,70 e foi para R$3,10 (valor atual). Os usuários reclamam que o reajuste não se justifica por causa da péssima qualidade do transporte público na capital paraense.

Por Luiz Antonio Pinto.

Em nova decisão, o juiz da Quarta Vara da Fazenda Pública, Djalma Andrelino Nogueira Júnior, manteve a suspensão do aumento das tarifas de ônibus da Região Metropolitana do Recife, confirmando a liminar do dia 9 de janeiro em resposta a uma ação cautelar. Segundo o juiz, o aumento pode ser discutido e até deliberado, mas não poderá ser aplicado. 

Desta vez, a decisão é uma resposta à petição de fatos novos protocolada pelo Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH) e pela Rede de Articulação pela Mobilidade (RAMO) na última sexta-feira (26). A petição denuncia irregularidades na recondução de conselheiros representantes da sociedade civil do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) na reunião do dia 19 de janeiro. A RAMO lembra que tal recondução só poderia ser realizada mediante eleição em conferência específica conforme Regimento Interno do CSTM.

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"A reiteração do conteúdo da liminar é uma importante conquista para a sociedade civil, pois mostra que, mesmo após as manifestações da CTM, do CSTM e da ARPE junto ao Judiciário, o juiz validou mais uma vez os argumentos técnicos e legais da RAMO, confirmando as irregularidades e ilegalidades presentes na gestão do transporte público de ônibus pelo Consórcio Grande Recife e o Governo do Estado", diz texto da rede de articulação. O movimento defende redução das tarifas para R$ 2,70, que seria o valor do Anel A caso o índice do IPCA fosse a base do cálculo dos aumentos dos últimos três anos. 

O Grande Recife Consórcio de Transporte se posicionou através de nota. O órgão informou ter entregado todas as informações solicitadas pelo juiz dentro do prazo legal.

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Após a semana de mobilizações contra o aumento das passagens de ônibus, o governo do estado corre para não atrasar em cinco meses a votação do reajuste. Isso porque um dos itens que compõe a decisão judicial que suspende o debate acerca dos novos preços da tarifa diz respeito ao fato de alguns membros do Conselho Superior do Transporte Metropolitano estarem com o mandato vencido, não podendo votar. Nesta sexta (19), em reunião a portas fechadas, na Secretaria das Cidades, alguns dos quadros vencidos foram prorrogados, além de terem sido acrescentados mais dois nomes representantes do governo.

O Conselho em questão é o responsável por votar a favor ou contra o aumento das passagens. De um total de 24 membros, apenas 8 representam a sociedade civil. “É por isso que uma das pautas dos movimentos sociais é a distribuição paritária, ou seja, meio a meio, dessas representações, pois o governo tem dois terços dos votos”, comenta Marcos Vinícius, ativista da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), um dos movimentos sociais que compõem a Frente de Luta pelo Transporte Público.

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De acordo com o vereador Ivan Moraes (PSOL), que pôde assistir ao debate do Conselho Superior, com a prorrogação de seus mandatos, os conselheiros representantes do governo, antes impedidos, agora poderão votar. “Foi estabelecido um grupo de trabalho para organizar a conferência do transporte metropolitano e esse grupo originalmente não teria nenhuma representação da sociedade civil. Alguns dos conselheiros representantes dela demandaram que houvesse uma paridade na composição”, explica. 

Semana foi de manifestações contra o aumento das passagens. (Marília Parente/LeiaJá Imagens)

Ainda de acordo com o vereador, o presidente do Conselho e Secretário das Cidades, Francisco Papaléo, não aceitou a sugestão. “Ele acabou impondo um grupo de trabalho composto por todo o Conselho Superior. Então todo o Conselho Superior fará parte do grupo de trabalho que organizará a conferência, o que é ruim para a população, que tem poucos representantes em relação ao total”, completa.

Do lado de fora da Secretaria das Cidades, cercada por policiais civis e por agentes  da ROCAM durante toda a discussão, manifestantes e simpatizantes da Frente pelo Transporte Público também pautaram a falta de participação da sociedade civil do debate tarifário. “Tem um ofício da gente pedindo para participar da reunião de hoje. O Secretário das Cidades tinha dito que poderíamos entrar, mas quando a gente chega aqui as portas estão fechadas. E por ordem da presidência do Conselho, ou seja, do próprio Francisco Papaléo”, afirma Camila Fernandes, integrante do Meu Recife. 

A expectativa de alguns dos militantes é a de que o aumento seja votado já na próxima semana. “É possível que façam a convocatória no começo dela, para que a votação aconteça na quinta ou na sexta”, comenta Camila Fernandes. 

Proposta acima da inflação

A proposta do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) é de uma média de reajuste de 11,44%. Caso seja aprovada, o valor da tarifa do Anel A salta de R$ 3,20 para R$ 3,55 (10,94% de reajuste); o Anel B, de R$ 4,40 para R$ 4,90 (11,36%); Anel D, de R$ 3,45 para R$ 3,85 (11,59%); e Anel G, de R$ 2,10 para R$ 2,35 (11,90%). 

A sugestão corresponde a quase quatro vezes a inflação dos últimos 12 meses. “A gente lembra que o contrato de licitação diz que não pode ter reajuste de tarifa além da inflação que não seja de 4 em 4 anos. Desde 2013, contudo, a passagem sobe acima da inflação. Não é só ilegal, é imoral”, conclui Ivan Moraes.

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A Avenida Guararapes, no bairro de Santo Antônio, centro do Recife, foi bloqueada por manifestantes no final da manhã desta sexta-feira (19). O ato é contra o aumento da tarifa de ônibus.

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Entre os participantes do protesto estão integrantes da Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP) e Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE). Mais cedo, eles fizeram uma panfletagem na Estação Central de Metrô do Recife.

O ato é realizado por cerca de 15 pessoas. Apenas o sentido subúrbio da avenida está travado pelos manifestantes.

A reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) está marcada para as 15h primeira convocação e 15h30 segunda convocação. Na pauta, a posse de novos conselheiros, criação de um grupo de trabalho para elaboração da 3ª Conferência Metropolitana de Transportes e prorrogação do mandato dos conselheiros representantes dos usuários, estudantes e gratuidade. O reajuste da tarifa está proibido por força de liminar. A proposta dos empresários é de 11% de reajuste, já a proposta do governo ainda é desconhecida. 

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O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizou uma manifestação na manhã desta sexta-feira (19) contra reajustes na tarifa de ônibus. O ato faz parte do Dia de Luta em Defesa do Transporte, que culminará com um ato nesta tarde em frente à sede da Secretaria das Cidades, onde haverá reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM).

Por volta das 6h30, os manifestantes atearam fogo em pneus e entulhos e fecharam os dois sentidos da BR-101 em Jardim São Paulo, Zona Oeste do Recife, ao lado do Terminal Integrado do Barro. Eles carregam uma faixa com a frase “Pare a cidade contra o aumento! O povo tá cansado de assalto”. 

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“É um absurdo o governador Paulo Câmara, junto com os empresários, aumentar 11% da passagem. O usuário não aguenta mais”, disse uma das manifestantes. 

Os dois sentidos da via foram liberados por volta das 7h30 após a chegada do Corpo de Bombeiros. Cerca de 50 pessoas participaram do ato, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A reunião do CSTM está marcada para as 15h primeira convocação e 15h30 segunda convocação. Na pauta, a posse de novos conselheiros, criação de um grupo de trabalho para elaboração da 3ª Conferência Metropolitana de Transportes e prorrogação do mandato dos conselheiros representantes dos usuários, estudantes e gratuidade. O reajuste da tarifa está proibido por força de liminar. A proposta dos empresários é de 11% de reajuste, já a proposta do governo ainda é desconhecida. 

Panfletagem - Na Estação Central de Metrô do Recife, integrantes da Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP) com o apoio do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) realizam uma panfletagem. "Nós estamos aqui para conscientizar a população que o governo e a Urbana-PE estão tentando aumentar a passagem. A gente tem a proposta de reajuste zero e tarifa única, que é promessa de campanha de Paulo Câmara. A questão da violência e da falta de segurança só vêm aumentando e a qualidade diminuindo cada vez mais", resumiu Raísa Rabelo, coordenadora da FLTP. 

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Diante de vários movimentos contrários ao aumento das passagens de ônibus no Recife e Região Metropolitana, a Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco (FLTP) marcou uma mobilização em conjunto com os metroviários, rodoviários e movimentos de moradia. "O dia de luta em defesa do transporte público" está programado para ocorrer na próxima sexta-feira (19), dia da nova reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM)

A reunião do CSTM, que servirá para discutir o reajuste nas tarifas de ônibus no Recife e na Região Metropolitana, estava prevista para acontecer na sexta-feira (12). Mas, depois que o juiz da Quarta Vara da Fazenda Pública, Djalma Andrelino Nogueira Junior, decidiu suspender o aumento previsto para acontecer, o governador Paulo Câmara acabou adiando o encontro.

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Conforme denunciado pelos organizadores, existem inúmeras irregularidades no sistema de transporte. "A insegurança reina, os rodoviários sequer receberam o aumento salarial, o Grande Recife e as empresas de ônibus não repassam o dinheiro que é devido para o metrô, além de todos os últimos reajustes terem sido acima do Índice Nacional de Preços ao consumidor Amplo (IPCA) e da inflação", afirma nota. A Frente afirma ainda que o "Governador Paulo Câmara quer novamente aumentar as passagens de ônibus sem transparência, sem diálogo e sem a participação popular".

Os movimentos sociais de mobilidade, de transporte e de moradia, em conjunto com a Frente de Luta, irão realizar várias ações durante todo o dia, que culminará em um ato, às 14h, na sexta-feira, na Secretaria das Cidades, no DETRAN, onde acontecerá a reunião do conselho que define o aumento das passagens.

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A nova reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), que discute as passagens de ônibus, já tem data para ocorrer. O próximo encontro será na sexta-feira (19), com primeira convocação às 15h e segunda convocação para as 15h30. 

De acordo com a Secretaria das Cidades, a pauta da reunião será a posse de novos conselheiros, para estudar a necessidade de reposição. Também será debatida a aprovação da resolução nº 15/2017, que cria grupo de trabalho para elaboração e execução da 3ª Conferência Metropolitana de Transportes, e prorrogação do mandato dos Conselheiros representantes dos usuários, estudantes e gratuidade.

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A nota de divulgação da reunião não menciona reajuste de tarifa. O aumento da passagem está proibido devido a uma liminar.  A medida judicial também apontava para o quadro de conselheiros, composto por pessoas que já deviam ter encerrado o mandato. 

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A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) irá reajustar as tarifas de ônibus intermunicipais em 3,15% a partir da próxima terça-feira (16). O secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, encaminhou um oficio à Assembleia Legislativa comunicando o aumento no valor da passagem, além de ter publicado a decisão no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 8 de janeiro.

Cada região de Guarulhos tem uma tarifa intermunicipal especifica, ou seja, o reajuste de 3,15% será somado ao preço atual de cada linha. Um dos itinerários com o valor mais barato da cidade (R$ 4,40), a linha 003 Cocaia/Metrô Tucuruvi, irá aumentar com o reajuste para aproximadamente R$ 4,53. Já a linha mais cara, com o trajeto entre os bairros do Haroldo Veloso até o Brás (região central da capital), passará de R$ 6,60 para aproximadamente R$ 6,80.

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Ao todo, são 128 linhas que transitam pela cidade com destino final até São Paulo, em estações como Tucuruvi, Parada Inglesa, Portuguesa Tietê, Armênia, Carrão, Penha e Brás do Metrô.

Confira os novos valores através do link: http://www.emtu.sp.gov.br/emtu/itinerarios-e-tarifas.fss.

A Secretaria das Cidades confirmou, no final da tarde desta quinta-feira (11), ter recebido a notificação judicial que suspende reajustes na tarifa de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR).  A pasta também informou que a nova data para a reunião será definida após reunir as informações solicitadas pela justiça.

A ação judicial foi encaminhada para análise do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM). “Qualquer pronunciamento a respeito só poderá ocorrer após a apreciação”, diz a nota.

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De acordo com a secretaria, a questão da legitimidade do mandato dos conselheiros também está sendo analisada.  Na decisão, o juiz Djalma Andrelino, da Quarta Vara da Fazenda Pública de Pernambuco, destacou que há quatro conselheiros cujo mandato teria se encerrado em 2017 e que, por isso, faltaria legitimidade para participarem das deliberações da reunião. 

A decisão judicial foi tomada na quarta-feira (10) em resposta a uma ação pública. O juiz autorizou a reunião, mas impediu qualquer reajuste de tarifa que pudesse ocorrer. Na noite do mesmo dia o governo adiou a reunião.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) já sugere um reajuste de 11% no valor da passagem, saltando o anel A para R$ 3,55, anel B para R$ 4,90, anel D para R$ 3,85 e anel G para R$ 2,35. A proposta do governo será apresentada durante a reunião. 

O juiz da Quarta Vara da Fazenda Pública, Djalma Andrelino Nogueira Junior, decidiu nesta quarta-feira (10) pela suspensão do aumento previsto para acontecer na reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), na sexta-feira (12). A suspensão é uma resposta à ação popular impetrada pela Rede de Articulação pela Mobilidade (RAMO). 

Conforme o texto, não pode haver aumento até que haja apresentação do estudo técnico completo acompanhado de toda a documentação que justifique a pretendida revisão tarifária. 

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A decisão não impede a reunião, mas suspende qualquer reajuste tarifário. Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o juiz também pretende ouvir, no prazo de dez dias, os envolvidos no conselho, como o Grande Recife Consórcio de Transportes e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE).

De acordo com o Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH), o magistrado também exige a regularização do conselho que, no presente momento, não possui legitimidade para desempenhar suas atribuições. A atual composição foi eleita em 2015 para um biênio, não havendo novas eleições desde então. 

O Governo de Pernambuco está convocando o Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) para definir o reajuste da tarifa de ônibus na próxima sexta-feira (12). A proposta do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) é de uma média de reajuste de 11,44%.

Pela proposta da Urbana, o valor da tarifa do Anel A salta de R$ 3,20 para R$ 3,55 (10,94% de reajuste); o Anel B, de R$ 4,40 para R$ 4,90 (11,36%); Anel D, de R$ 3,45 para R$ 3,85 (11,59%); e Anel G, de R$ 2,10 para R$ 2,35 (11,90%). Os empresários alegam que o transporte público sofre acentuada queda de demanda e aumento do custo do setor.

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“Tal cenário ainda é agravado pelas deficiência do sistema viário da nossa Região, pela insuficiência de corredores e faixas exclusivas para o transporte coletivo e pelo grave problemas fraudes cometidas no uso do serviço (sic)”, diz texto assinado por Fernando Bandeira, presidente da Urbana-PE.

A proposta do Governo de Pernambuco só será conhecida durante a reunião da sexta-feira, que está marcada para as 8h30 na Secretaria das Cidades, no Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran). No último ano, a via em frente ao local acabou sendo palco de manifestações por parte de grupos contrários ao reajuste.

Desta vez não parece que será diferente. A Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP) já se posicionou contrária à reunião. “Infelizmente, temos um sistema de transporte sucateado, inseguro, sem investimentos, sem implementação do SIMOP (que permitiria controlar os serviços das empresas de ônibus), sem seguro (desde que - seguradora Nobre faliu, não houve contratação de uma nova), com o roubo dos créditos do VEM pela URBANA-PE, sem conclusão das obras de mobilidade e com apenas 2 lotes (dos 7 ao total) com os contratos de concessão assinados. Além do mais, os relatórios de qualidade não são publicizados, ou seja, as empresas operam sem responsabilidade alguma”, o movimento critica.

 

O vereador Ivan Moraes (PSOL) também criticou a postura do governo. “Os membros do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) que representam a sociedade civil foram comunicados hoje da data da reunião do CSTM, mas não tiveram acesso a nenhuma outra informação, como as planilhas de custo das empresas”, assinalou. 

A falta de chuvas de 2017 vai pesar no bolso dos consumidores em 2018. Após um ano com um volume de afluências abaixo da média, que levou a um elevado consumo de energia a partir de usinas térmicas, mais caras, a tarifa de luz deve subir em um ritmo maior neste ano. E isso mesmo considerando que o atual período chuvoso, iniciado em novembro, tem se mostrado mais favorável. As projeções variam, mas os reajustes das tarifas de energia devem superar os 10%, em média. Uma parcela significativa desse reajuste vem do aumento do custo da energia, pressionado pelo déficit hidrológico (GSF), estimam especialistas.

Pelos cálculos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o déficit hidrológico médio de 2017 ficou em 79%, o que significa que as hidrelétricas geraram 21% menos do que o volume de energia que tinham direito de comercializar. Para compensar a menor geração hídrica, foram acionadas termelétricas, que produzem uma energia mais cara, gerando custo adicional para o sistema. Esse custo deveria ser coberto pela receita proveniente das bandeiras tarifárias, mas tendo em vista o alto preço da energia de curto prazo registrado ao longo do ano, justamente pela geração térmica, o valor arrecadado não tem sido suficiente para fazer frente às necessidades.

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) chegou a elevar o valor da cobrança adicional com o acionamento das bandeiras, a partir de novembro, e ainda liberou um recursos proveniente de um outro encargo, a Conta de Energia de Reserva (Coner), de maneira a reduzir o descompasso entre gastos e receitas. Ainda assim, a projeção é de déficit significativo. Pelas regras do setor, quando a receita com as bandeiras tarifárias não é suficiente para cobrir os custos, as distribuidoras arcam com compromisso e, no momento do reajuste, o saldo dessa conta entra no cálculo da tarifa, de forma a zerar os passivos.

Considerando os dados até novembro, a Aneel indicou um saldo negativo de R$ 4,8 bilhões para compensação futura, por meio das bandeiras tarifárias ou dos reajustes mensais. A estimativa da Associação de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) indica que o déficit das distribuidoras com o custo hidrológico deve somar cerca de R$ 4,3 bilhões em 2017. A leve redução deve ser possível tendo em vista que em dezembro vigorou a bandeira vermelha patamar 1, que adiciona R$ 3 a cada 100 KWh consumidos, gerando receita para a Conta Bandeiras, ao mesmo tempo em que o déficit hidrológico e os preços da energia de curto prazo foram menores que o de meses anteriores.

No entanto, para janeiro, a Aneel definiu que a bandeira tarifária é verde - sem custo extra para os consumidores -, reduzindo o montante arrecadado na conta bandeiras. Com isso, o passivo a ser repassado para as tarifas pode ser maior.

A consultoria Thymos Energia estima que as distribuidoras que têm reajuste no primeiro semestre - empresas como Cemig, Enel, Light e algumas concessionárias da CPFL, por exemplo - terão um reajuste entre 10% e 15%. "O que vai acontecer é que esse saldo não vai ficar zerado e esse acúmulo, bem acentuado por conta de GSF baixo com PLD alto, vai puxar a componente de CVA", explica o presidente da Thymos, João Carlos Mello, referindo-se à Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A, um mecanismo que calcula as variações de valores de custos não gerenciáveis (Parcela A) ocorridas entre reajustes tarifários anuais das distribuidoras de energia. Na data do reajuste anual, se a CVA estiver negativa, há repasse desse montante para tarifa. Se a conta estiver positiva, o saldo é usado para abater o reajuste anual das tarifas.

Diego Aspeé, consultor da Thymos, não descarta aumentos até superiores aos 15% e lembra que o alto custo com GSF já penalizou os consumidores das distribuidoras que têm reajuste no final do ano, como CPFL Piratininga, Celg e EDP SP, que anotaram aumentos entre 15% e 24%, influenciados também por outros fatores, como o início do pagamento de indenizações às transmissoras. Para estas e outras distribuidoras com aniversário de contrato no segundo semestre, ele considera que o ritmo de reajuste dependerá do volume de chuvas nos próximos meses e do preço spot de energia. "O viés é de alta, mas vai depender da janela de CVA. Pode haver uma compensação, se o primeiro semestre for favorável", diz.

A TR Soluções, empresa especializada na análise e cálculo de estruturas tarifárias, projeta um reajuste médio das tarifas de energia de 9%, considerando 40 distribuidoras do País que respondem por cerca de 97% do mercado brasileiro. Dentre as empresas com aumento nas contas de luz acima da média nacional, segundo a empresa, estão as distribuidoras do Rio de Janeiro - Light e Enel Rio (antiga Ampla), justamente as primeiras concessionárias de grande porte a passarem por processos tarifários neste ano, em 15 de março. O aumento estimado é da ordem dos 10%.

Mais otimistas, os analistas do Banco Santander estimam um aumento médio de 5,9% nas contas de luz, no cenário base, considerando o acionamento da bandeira vermelha patamar 1 ao longo de 2018, que levaria ao equacionamento do passivo na CVA. Para a equipe, em seu cenário mais otimista, a bandeira amarela seria acionada em meados de 2018, o que poderia contribuir para um reajuste de apenas 1,9% das tarifas, sempre levando em conta que não haveria passivos a serem cobertos nos reajustes anuais. Neste cenário, o banco prevê que os reajustes devem ser mais baixos nas distribuidoras com reajuste no primeiro semestre e mais elevados para as concessionárias que têm aniversário de contrato na segunda metade do ano.

Para a equipe de análise, o acionamento da bandeira verde em janeiro antecipa o movimento de menor pressão tarifária já esperado por conta da melhora da hidrologia, provocando um impacto positivo para o consumidor. Embora considerem que o cenário mais provável ainda é de bandeira amarela para 2018, os profissionais do banco passaram a trabalhar com a probabilidade de que a bandeira verde seguirá válida por mais alguns meses.

Encargos

Além do custo com o déficit hidrológico, os especialistas também citam os encargos setoriais como fator de pressão nas tarifas de energia. No final de dezembro, a Aneel anunciou um aumento de 22,88% na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o que corresponde a um impacto médio nas tarifas de 2,14%, com diferenças no peso da cobrança por regiões. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o impacto será de 2,72%, e no Norte e Nordeste, de 0,77%, segundo cálculos da própria agência.

Mas a TR Soluções calcula que o impacto médio deve ser maior, de 3,7% nas tarifas, chegando a 4,5% para consumidores das regiões Sul e Sudeste-Centro Oeste. A consultoria explica que sua estimativa é superior à divulgada pela Aneel porque a análise considera também o componente financeiro do aumento no encargo, não apenas o econômico.

A TR lembra que haverá o impacto da retirada de componente financeiro negativo nas contas da CDE, referente a um desconto dado da ordem de R$ 10,00 por MWh, por conta de uma cobrança a maior, e que fica em vigor até o evento tarifário de cada concessionária em 2018.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), declarou neste sábado (6) que o aumento da tarifa de ônibus da cidade é "suportável". Segundo ele, a alteração no preço das passagens, de R$ 3,80 para R$ 4, tem um "olhar social para a população". O novo valor passa a vigorar a partir da meia-noite deste domingo (7) e atinge também o Metrô e a CPTM.

"Nós tivemos uma requalificação de valor bastante inferior, inclusive ao que deveria se você considerasse a inflação de dois anos", comentou Doria durante agenda do programa Cidade Linda neste sábado no Capão Redondo, zona sul da capital.

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O aumento da tarifa (em 5,2%) é inferior à inflação dos últimos dois anos (de cerca de 9%), período em que o valor da passagem se manteve em R$ 3,80. "É uma tarifa suportável para a população. Lembrando que essa será a tarifa até dezembro de 2018", disse.

Se atualizado, o preço da passagem teria de ser de R$ 4,18. A diferença será coberta com recursos do Município, que serão repassados às concessionárias de ônibus. No orçamento de 2018, esse subsídio é de R$ 2,1 bilhões.

Terminais

Durante o evento, Doria comentou também que pretende "acelerar o processo" de desestatização dos terminais de ônibus de São Paulo. Segundo ele, o edital de licitação deve ser publicado ainda no primeiro semestre de 2018. Já o Projeto de Intervenção Urbana (PIU), que determina algumas regras de construção para os espaços, foi publicado no Diário Oficial de sexta-feira, 6.

"Os terminais privatizados vão oferecer condições muito melhores para a população. Eles serão construtivamente ampliados, modificados, modernizados, terão ar condicionado em boa parte das suas áreas de atendimento", declarou.

Confira como ficam as novas tarifas de transporte a partir de domingo:

Tarifa do Metrô: de R$ 3,80 para R$ 4,00

Tarifa da CPTM: de R$ 3,80 para R$ 4,00

Tarifa dos ônibus municipais (SPTrans): de R$ 3,80 para R$ 4,00

Integração ônibus + trens (Metrô/CPTM): de R$ 6,80 para R$ 6,96

Bilhete Diário comum (24 horas): de R$ 15,00 para R$ 15,30

Bilhete Diário integrado (24 horas): de R$ 20,00 para R$ 20,50

Bilhete Mensal comum: de R$ 190,00 para R$ 194,30

Bilhete Mensal integrado: de R$ 300,00 para R$ 307,00

Documento enviado pela Prefeitura à Câmara para justificar o aumento na passagem de ônibus de R$ 3,80 para R$ 4, que passa a valer à meia-noite, prevê que neste ano o número de viagens feitas nos coletivos municipais será ainda menor do que foi em 2017. Por outro lado, há previsão de aumento do número de viagens gratuitas - para estudantes, portadores de deficiência e idosos. Os trens da CPTM e do Metrô também passam a cobrar R$ 4,00.

Hoje (6) é o último dia para comprar créditos do bilhete único com valor antigo. As catracas reconhecem a data e não descontam o valor novo quando o usuário passa pelas catracas.

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Em 2017, a previsão era de que 58,9 milhões de viagens por mês fossem gratuitas. Para este ano, a oscilação é para 59,9 milhões, ou 1 milhão a mais. Por outro lado, a previsão total é de uma média mensal de 263 milhões de viagens por mês no sistema, ante uma média de 269 milhões registradas em 2017 (dado até novembro). Os números estão em queda desde 2011.

Segundo a Prefeitura, as gratuidades crescem desde a implementação do passe estudantil, em 2015. "A projeção de gratuidades tem como base o porcentual registrado em 2017, quando 25,4% das viagens foram feitas com o benefício do bilhete gratuito", informa a São Paulo Transporte (SPTrans).

Para o mestre em Transportes pela USP Sérgio Ejzenberg, a falta de investimento é um motivo para o cenário. "De um lado, há o metrô, sem a mesma queda de passageiros. De outro, um sistema (os ônibus) que não atende às expectativas."

Atualizada pela inflação, a tarifa teria de ir para R$ 4,18. A diferença será coberta com verba da Prefeitura repassada às empresas de ônibus. O orçamento para esse subsídio neste ano é de R$ 2,1 bilhões para pagar subsídios - que também custeiam essas gratuidades. Segundo as planilhas da Prefeitura, caso não houvesse subsídio, a tarifa teria de ser de R$ 6,66 para custear todas as passagens gratuitas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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