No dia 31 de março é celebrado o Dia Nacional da Saúde e Nutrição. A data é um lembrete para todos da importância de possuir uma alimentação saudável, e de como esse processo pode impactar significativamente nas demais áreas da vida.
Segundo a nutricionista Rafaella de Andrade, a forma de se alimentar tem uma influência direta no rendimento no trabalho, assim como em todas as atividades realizadas durante o dia. Em entrevista ao LeiaJá, a especialista esclareceu dúvidas e deu algumas dicas para manter a saúde em dia durante a rotina profissional. Confira:
Qual a melhor maneira de se alimentar?
Rafaella aponta que qualidade e a quantidade dos alimentos ingeridos são relevantes. Embora muitas pessoas escolham encher o estômago de comida, essa não é a melhor maneira de fazer o corpo funcionar. “O ideal é que a gente faça refeições pequenas e frequentes, para que o copo sempre tenha combustível”, afirma. Ela explica que órgãos cruciais como o cérebro, responsável pela concentração, necessitam de nutrientes de forma constante para obter melhor desempenho.
Um meio de lidar com agitação do cotidiano, que muitas vezes nos impede de manter uma alimentação boa e regular, é consumir comidas que podem trazer mais saciedade. De acordo com a nutricionista, os alimentos individualmente não contribuem para obter essa sensação, por isso, a melhor alternativa é combiná-los. É importante ter comidas práticas, que podem ser facilmente transportadas, como maçã, castanha e banana, por exemplo. Essas opções podem ser associadas às proteínas, que costumam ser encontradas em alimentos de origem animal: ovo, leite, carne, frango e peixe.
Quais alimentos devem ser consumidos ou evitados?
Dentro dos alimentos que devem ser consumidos, a profissional destaca as gorduras saudáveis, como abacate, castanha e azeite; o feijão, além das frutas e verduras, que são ricas em vitaminas e minerais e exigem um baixo processamento do organismo. Além disso, é indispensável a escolha das fontes de energia para o dia a dia: os carboidratos. Alimentos derivados da farinha de trigo são considerados fontes de carboidrato, mas costumam ser ruins quando consumidos em excesso. Ao invés disso, é recomendado batata doce, batata inglesa, banana comprida e arroz. “O quanto mais saudável, quanto mais natural ele for, quanto mais próximo a gente consumir da forma como ele é encontrado na natureza, melhor a fonte de energia, melhor o nosso rendimento”, declara.
Já no grupo dos prejudiciais, Rafaella elenca alguns como pão, bolo, biscoito, macarrão e sorvete. No entanto, os ultraprocessados recebem um destaque maior dentro da lista. Eles são caracterizados como alimentos que possuem mais de 5 ingredientes na composição e são industrializados. “São extremamente perigosos à saúde, aumentam o risco de diabetes, hipertensão, obesidade, porque eles são extremamente palatáveis, eles fazem com que as pessoas consumam uma grande quantidade às vezes até sem perceber, às vezes até sem estar com fome”.
O horário influencia no processo de alimentação?
Para Rafaella, o alimento que mais influencia é o café. “Muita gente diz até que não sente dificuldade para dormir quando consome o café à noite, mas o café altera o funcionamento do corpo, ele deixa a gente um pouco mais ativo, então a pessoa pode ter uma quantidade menor de horas de sono”.
Em relação aos outros alimentos, ela conta que a quantidade vai ser muito mais impactante do que o horário que foi consumido, pois esse fator interfere na digestão. “Exceto o café, se for qualquer outro tipo de alimento em quantidades adequadas não vai ter tanto prejuízo, independente de ser consumido pela manhã, à tarde ou à noite”, esclarece.