O candidato da Coligação Renova Recife, Daniel Coelho (PSDB), participou na noite desta terça-feira (2) de uma caminhada no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. Acompanhado da sua vice Débora Albuquerque (PPS), o tucano falou sobre a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) de impedir a veiculação da inserção da Frente Popular ligando o candidato ao caso das notas frias, do segundo turno e das declarações de João da Costa.
Quanto as constantes inserções no guia da Frente Popular sobre Daniel, o candidato afirmou que a coligação adversária deve satisfações à sociedade. “As pessoas vão avaliar, domingo teremos um julgamento da conduta de cada um, eu sei que ficou marcado essa questão das agressões, mas eu tenho esperança de que no fim da campanha discutiremos as propostas da cidade. A gente vai continuar no mesmo ritmo, a gente sabe que até hoje tudo indica uma presença nossa no segundo turno”.
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Em relação a um possível segundo turno, o prefeiturável afirmou que existe receio de que aconteça. “Eu sei que o medo é muito grande de haver um segundo turno em condições de igualdade. Se tem condições de igualdade em um debate, a televisão vai dar oportunidade das pessoas compararem efetivamente as propostas de cada um, o desespero dele (Geraldo Julio) é muito grande, por que ele sabe que numa comparação as pessoas perceberão que temos as melhores propostas“, disparou o candidato, que completou: "A candidatura de Geraldo nada mais é do que a continuidade de João da Costa, hoje ele já declaradamente diz que apóia a candidatura de Geraldo, isso vai ficar evidente no segundo turno, por isso o medo deles”.
Quanto a decisão da Justiça Eleitoral de ter barrado as inserções da Frente Popular que liga a candidatura de Daniel ao polêmico caso das notas frias, o tucano definiu como "reconhecimento". “A Justiça Eleitoral consentiu um direito de resposta e entendeu que era uma calúnia. Então acho que, na verdade, a grande vitória é isso, o reconhecimento da justiça de que ele está efetivamente usando informações que sabe que é falsa e da própria justiça que comprova a baixaria da campanha dele”, resumiu o tucano.
Guia Eleitoral – Quanto ao discurso do governador Eduardo Campos (PSB) na inserção de Geraldo Julio (PSB) na noite da segunda-feira (1°), afirmando que ‘Recife não precisa de um discurso bonito pois é preciso fazer bonito na prefeitura' e que 'Geraldo não veio de uma família tradicional’, Daniel disse que “é ótimo que ele esteja considerando que meu discurso é bonito, família tradicional não é a minha mas sim a dele, do próprio Eduardo, que governa Pernambuco há 50 anos”, alfinetou Daniel, referindo-se ao avô de Campos, Miguel Arraes.
Compra de voto – “O que a gente vai querer daqui para frente é que a população esteja de olho no abuso do poder econômico. A gente vê que a movimentação já começa a acontecer nos bairros, não quero fazer uma acusação leviana a ninguém, nem a nenhum candidato específico, nós não podemos deixar que o dinheiro interfira na reta final do processo democrático que é a eleição. Hoje em dia todo mundo tem um celular, pode filmar, tirar foto e se houver evidência de compra de voto, que as pessoas denunciem”, disse.