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O aplicativo de vídeo chinês TikTok disse neste sábado que levará à justiça as medidas tomadas contra a plataforma pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que a acusa de servir como espiã em Pequim.

"Para garantir que o direito seja respeitado e que nossa empresa e nossos usuários sejam tratados com justiça, não temos escolha a não ser contestar o decreto (assinado por Trump) por meio do sistema judiciário", escreveu o grupo em mensagem transmitida à AFP.

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Por vários meses, Trump acusou, sem provas, a plataforma de compartilhamento de vídeo de propriedade do grupo chinês ByteDance de desviar dados de usuários dos EUA para o benefício de Pequim.

Trump assinou uma ordem executiva em 6 de agosto dando aos americanos 45 dias para pararem de fazer negócios com a Bytedance.

"Embora não concordemos em nada com as acusações do governo dos Estados Unidos, há quase um ano buscamos entrar em discussões de boa fé para encontrar uma solução", afirma o processo da empresa chinesa aberto neste sábado.

"Em vez disso, nos deparamos com uma falta de respeito aos procedimentos legais na medida em que o governo (de Trump) não se atém aos fatos e tenta se intrometer nas negociações entre empresas privadas", acrescenta a TikTok, sem especificar em qual jurisdição planeja registrar a queixa.

Citando preocupações com a segurança nacional, Trump também deu ao ByteDance até meados de novembro para vender as operações da rede nos Estados Unidos, sob pena de bloqueá-la no país.

A gigante do software Microsoft foi a primeira a expressar sua intenção de adquirir o TikTok. Mas Donald Trump recentemente expressou apoio a uma possível oferta de aquisição da Oracle, um grupo co-fundado por Larry Ellison, um fervoroso defensor do presidente republicano, que arrecadou milhões de dólares para sua campanha.

A TikTok baseou seu sucesso em ferramentas para criar e compartilhar vídeos curtos e não convencionais, tocar música e humor e distribuí-los usando algoritmos.

A plataforma de entretenimento tem quase um bilhão de usuários em todo o mundo, com uma popularidade que cresceu graças a meses de bloqueio.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, respondeu com veemência nesta terça-feira (18) os ataques da ex-primeira-dama Michelle Obama, protagonista da noite de abertura da convenção democrata e poderosa aliada do ex-vice-presidente Joe Biden, seu adversário nas eleições de novembro.

Em seu discurso na véspera, durante a evento virtual para confirmar Biden como candidato à Casa Branca, a ex-primeira-dama disse que Trump é o presidente "errado" para o país e o descreveu como um líder com absoluta "falta de empatia", que não está à altura do desafio da pandemia e da crise econômica associada.

Trump disse a repórteres na Casa Branca que, se não fosse pelo ex-presidente Barack Obama, ele nem estaria no poder. "Eu estaria em outro lugar construindo edifícios", disse.

Em sua mensagem, a ex-primeira-dama pediu aos americanos que se unam a Biden e votem em 3 de novembro.

Biden "vai dizer a verdade e vai confiar na ciência", disse ela em um golpe contra Trump, a quem acusou de ignorar os especialistas na gestão da crise do coronavírus, que deixou mais de 170.000 mortos e milhões de desempregados.

A ex-primeira-dama é uma figura muito popular nos Estados Unidos, com grande presença na mídia: ela publicou um livro de memórias de sucesso e atualmente apresenta um podcast.

"Sempre que olhamos para esta Casa Branca em busca de liderança, conforto ou alguma aparência de estabilidade, o que obtemos é caos, divisão e uma total e absoluta falta de empatia", disse a esposa do ex-presidente Barack Obama, em uma crítica sem precedentes a um presidente em exercício.

Após o discurso de Michelle Obama, a esposa de Biden, Jill, tomou a palavra antes da fala do ex-vice-presidente Bill Clinton.

- Segue o debate sobre o voto por correio -

Trump - que se gabou da força da economia, com índices de desemprego reduzidos até o início da pandemia de coronavírus - afirmou que a situação está melhorando rapidamente.

"Meu governo e eu construímos a maior economia da história, de qualquer país", tuitou o presidente, embora os Estados Unidos apresentem o balanço mais grave do coronavírus, com mais de 170.000 mortos, e o desemprego supere os 10%.

Na terça-feira, Trump alimentou o debate sobre a votação à distância, declarando que o voto universal por correio seria um "desastre", em meio a uma luta acirrada com os democratas.

"Isso vai acabar com uma eleição fraudulenta ou nunca vão divulgar o resultado e vão ter que repetir (a votação) e ninguém quer isso", alertou o presidente. Trump ameaçou bloquear fundos adicionais para o serviço postal que os democratas dizem serem necessários para processar milhões de cédulas.

Na tentativa dos democratas de cobrir todo o espectro eleitoral e promover a união, a jovem deputada de origem porto-riquenha Alexandria Ocasio-Cortez falará nesta terça-feira, em meio a uma polêmica, porque só terá 60 segundos para discursar.

A congressista foi uma das figuras centrais na tentativa do senador progressista Bernie Sanders de obter a indicação que perdeu para Biden, e também é uma figura importante para um eleitorado mais jovem de esquerda.

A programação inclui também uma estrela em ascensão do partido, Stacey Abrams.

Biden, que fez uma breve aparição na segunda-feira, falará na quinta-feira para aceitar a nomeação. Sua companheira de chapa, Kamala Harris, será a oradora principal na quarta-feira, precedida do discurso do ex-presidente Barack Obama.

A popular rede social TikTok, acusada de espionagem pelo governo Donald Trump, reforçou sua campanha de comunicação nesta segunda-feira (17) com um novo site e uma conta no Twitter dedicados a combater "rumores" contra a plataforma.

"Dados os rumores e desinformação sobre o TikTok que proliferam em Washington e na mídia, queremos deixar as coisas claras", diz a empresa em seu site, sob o slogan "o último raio de sol na Internet".

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Há meses, o presidente dos Estados Unidos acusa o aplicativo, sem provas, de fornecer dados de usuários americanos a Pequim. Trump assinou duas ordens executivas com o objetivo de obrigar a ByteDance, dona chinesa da TikTok, a vender rapidamente as operações da rede nos Estados Unidos ou encerrar suas operações no país.

"A TikTok não está disponível na China. Os dados dos usuários dos EUA são armazenados na Virgínia com um backup em Cingapura", disse a empresa. "A TikTok nunca forneceu quaisquer dados dos Estados Unidos ao governo chinês e não o faria se solicitada", acrescentou.

Em um contexto de fortes tensões comerciais e políticas com a China, a Casa Branca tomou medidas radicais contra a rede há 10 dias: proibiu transações com parceiros americanos.

Na sexta-feira, Trump assinou uma segunda ordem executiva para forçar a ByteDance a vender as operações americanas da TikTok, sua rede social internacional, em 90 dias. "Há quase um ano tentamos discutir com o governo dos Estados Unidos para encontrar uma solução", reagiu TikTok.

"Mas estamos diante de um governo que não dá peso aos fatos, não respeita os procedimentos legais e tenta interferir nas negociações entre empresas privadas". A Microsoft está em negociações avançadas para comprar o aplicativo.

A famosa rapper americana Cardi B e o candidato democrata à presidência Joe Biden conversaram via Zoom nesta segunda-feira (17) sobre o que está em jogo nas eleições de novembro, pedindo aos jovens que votem para retirar o atual presidente dos EUA, Donald Trump, do poder.

"Eu só quero que Trump vá embora", disse Cardi B, que tem 72,9 milhões de seguidores no Instagram, durante a conversa com Biden.

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O diálogo foi proposto pela revista Elle a poucos dias de Biden aceitar a indicação oficial como candidato à Casa Branca, na quinta-feira, na convenção democrata em Milwaukee.

A rapper, de 27 anos, apoiava Bernie Sanders - representante da ala mais à esquerda do Partido Democrata - e agora é uma apoiadora de Biden, de 77 anos. Na conversa, Cardi B listou suas prioridades: seguro saúde para todos, educação universitária gratuita, e "que a população negra pare de ser assassinada".

A cantora também afirmou querer um presidente que gerencie a pandemia do novo coronavírus com um plano objetivo.

Biden aproveitou para chamar os fãs de Cardi B, que estão entre os mais jovens da geração dos "Millenials" (18 a 24 anos), para votar.

O candidato democrata lembrou que se tivessem ido às urnas em 2016 na mesma proporção do resto da população, a atual presidente seria a democrata Hillary Clinton.

"O voto é importante", ressaltou Biden. Os jovens "podem mudar as coisas dramaticamente se comparecerem para votar".

O rival de Trump nas próximas eleições, em 3 de novembro, também aproveitou a oportunidade para atacar o presidente dos Estados Unidos.

Trump "está literalmente promovendo o ódio, promovendo o preconceito, promovendo o racismo", declarou Biden.

"Trata-se da ganância de fazer as pessoas se odiarem, porque é assim que ganha, nos dividindo. Mas vocês vão mudar isso, sua geração vai mudar isso", afirmou Biden à rapper do Bronx e seus fãs.

"Temos que sair e votar", concluiu Cardi B.

A menos de três meses das eleições presidenciais dos Estados Unidos, 50% dos eleitores registrados no país votariam no democrata e ex-vice-presidente Joe Biden se a votação ocorresse hoje, enquanto 41% apóiam o atual presidente, Donald Trump. Os dados são da última pesquisa realizada pelo The Wall Street Journal/NBC News, entre os dias 9 e 12 de agosto, e divulgada neste domingo. A diferença entre Biden e Trump é semelhante à vantagem de 11 pontos apurada há um mês.

As convenções de nomeação de Trump e Biden a candidatos à eleição de novembro começam neste mês. Os democratas realizarão uma convenção nacional online nesta segunda-feira, enqunato os republicanos planejam uma versão parcialmente virtual na semana seguinte.

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A avaliação positiva de Biden aumentou 5 pontos percentuais entre julho e agosto, para 39%, mas o democrata continua sendo visto de forma mais negativa do que positiva pelo eleitorado mais amplo, assim como o presidente Trump. "Esta pesquisa é um alerta aos democratas e à equipe de Biden de que ainda há muito trabalho a ser feito", disse Peter Hart, pesquisador democrata que trabalhou na pesquisa com Bill McInturff, um republicano, e Jeff Horwitt, um democrata.

Em outro sinal de potencial fragilidade do apoio dos democratas, 58% dos que votariam em Biden dizem que seu voto é mais contra Trump do que a favor do candidato escolhido. Em contrapartida, aqueles que planejam votar em Trump estão mais convictos de sua escolha: quase três quartos afirmam que seu voto é mais a favor de Trump do que contra Biden. "O voto a Biden se parece com o de Trump em 2016: mais contra seu oponente do que um apoio a ele", disse Horwitt.

A senadora Kamala Harris, da Califórnia, indicada na semana passada como companheira de chapa de Biden, teve avaliação positiva de 39% dos eleitores na pesquisa e negativa de 35%; 14% disseram que ainda não tinham uma opinião. Ela é mais popular entre as mulheres (45%) e eleitores de cor (45%) do que entre os homens (32%) e eleitores brancos (36%).

A vantagem de 9 pontos de Biden na pesquisa corresponde à vantagem de Hillary Clinton sobre Trump há quatro anos, com a diferença de que, agora, Trump é presidente e enfrenta as consequências econômicas da pandemia global de coronavírus. O índice de aprovação atual de Trump é de 44%, 2 pontos acima do de julho; 53% desaprovam seu desempenho no cargo. Na história recente, ocupantes da Casa Branca com classificações próximas a 50% ou mais geralmente venceram a reeleição. Já aqueles com números muito inferiores a esse perderam. Trump, no entanto, conquistou a maioria do Colégio Eleitoral em 2016 com apenas 46% do voto popular.

Na pesquisa, Trump obteve 10 pontos percentuais a mais do que Biden quando se questionou qual candidato lida melhor com a economia. No entanto, a maioria dos entrevistados, 58%, diz desaprovar a forma como o presidente enfrenta a pandemia de covid-19. Cerca de 53% afirmam que ele não levou a ameaça suficientemente a sério no início e ainda não lida bem com ela, ante 45% em abril.

A pesquisa identificou ainda que mais de três quartos (acima de 75%) dos entrevistados classificam a economia como razoável ou ruim, contra 68% em junho e 44% em dezembro do ano passado, antes da pandemia. Quase metade dos republicanos acha que a economia é excelente ou boa, enquanto apenas 4% dos democratas dizem isso. O uso de máscaras nos EUA está em alta, conforme o levantamento, com 79% dos participantes dizendo que sempre usam uma quando estão perto de pessoas fora de casa, contra 74% em julho e 63% em junho.

Considerando os diverss grupos demográficos incluídos na pesquisa, Trump ganha por pouco o voto masculino, enquanto Biden detém vantagem de 21 pontos entre as mulheres. O ex-vice-presidente também tem 80 pontos de vantagem entre os eleitores negros, 26 pontos entre os hispânicos e 7 pontos entre eleitores com 65 anos ou mais. Já Trump conta com 51 pontos a mais entre eleitores brancos evangélicos e 24 pontos considerando votantes brancos sem diploma universitário de quatro anos.

Além de ter melhor avaliação no que se refere à economia, Trump recebe notas um pouco mais altas quando o tema é o enfrentamento do crime. Biden é visto como mais forte em política externa, imigração, gerenciamento de coronavírus, saúde, relações raciais e unidade nacional. Ambos obtiveram resultado semelhante para a questão "saúde mental e física para ser presidente".

A pesquisa do Wall Street Journal/NBC News revelou que o interesse pela eleição é alto: 79% dos eleitores afirmaram ter o mais alto nível de interesse pela votação, 7 pontos acima do registrado na pesquisa de outubro de 2016, um mês antes da eleição de Trump. O porcentual de democratas e republicanos que declararam alto interesse é parecido (83% e 85%, respectivamente), enquanto 55% dos eleitores independentes se consideram altamente engajados.

O ex-presidente Barack Obama, importante apoiador da campanha de Biden, é visto de forma positiva por 54% dos eleitores em geral. Além disso, quando questionados sobre qual partido deve controlar o próximo Congresso, 47% dos eleitores declararam que será o Democrata, contra 42% dos que disseram que será o partido Republicano.

A pesquisa identificou que o controle do Executivo e do Legislativo por um único partido não é bem visto pela maioria dos eleitores. Metade diz que o controle republicano da Câmara, do Senado e da Casa Branca seria ruim, enquanto 44% avaliou o mesmo sobre o controle democrata.

A pesquisa do Wall Street Journal/NBC News ouviu 900 eleitores registrados e tem uma margem de erro de 3,27 pontos percentuais para mais ou para menos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Começa na segunda-feira (17) uma nova fase da eleição americana, com as convenções partidárias - que oficializam as candidaturas. A primeira é a do Partido Democrata, que pela primeira vez ocorrerá de maneira remota, em razão da pandemia. Em seu discurso, Joe Biden pretende se colocar como candidato capaz de unir os EUA.

Nos últimos meses, Biden buscou uma composição com a ala progressista do partido, ao convidar assessores de Bernie Sanders e Elizabeth Warren - adversários nas primárias - para grupos de trabalho. Sanders e Warren discursarão em horário nobre na convenção.

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Os democratas precisam de um comparecimento recorde em novembro, com apoio de jovens, mulheres e negros em escala semelhante ao que teve Barack Obama - coisa que Hillary Clinton não conseguiu.

O anúncio de Kamala Harris como vice da chapa presidencial é parte da busca para repetir a "coalizão Obama", como os democratas chamam a histórica aliança entre negros, jovens, mulheres e brancos do Meio-Oeste, que levou o primeiro negro à Casa Branca.

Kamala é a primeira mulher negra a concorrer como vice por um grande partido nos EUA e sua história pessoal como filha de imigrantes atende a anseios da parcela do eleitorado que cobra maior diversidade no Partido Democrata, ao mesmo tempo em que mantém a percepção de que o governo Biden será centrista e moderado.

Com discurso marcado para quarta-feira, Kamala terá boa parte das atenções da mídia e do público pelo caráter histórico de sua nomeação e pela perspectiva de que seja a potencial candidata democrata em 2024 - se vencer, Biden teria 82 anos e ainda não é certo que disputaria a reeleição.

Sanders discursará na segunda, no primeiro dia, que será encerrado com a fala de Michelle Obama. A programação da terça-feira prevê congressistas, como a estrela jovem Alexandria-Ocasio-Cortez, além do ex-presidente Bill Clinton. Quem encerra o segundo dia é Jill Biden, mulher do candidato.

Na quarta-feira estão previstos os discursos de Hillary, Warren, Kamala e do ex-presidente Obama. Biden aceitará a nomeação do partido no último dia, na quinta-feira, quando se tornará oficialmente o candidato democrata.

"A convenção é para todos, não importa em quem você votou no passado", disse a responsável pelo programa da convenção democrata, Stephanie Cutter, que batizou o encontro de "Unindo a América".

Em 2016, Hillary usou a convenção para pedir que os eleitores rejeitassem "forças" que ameaçavam dividir o país. O recado era para o então candidato Donald Trump, mas o discurso não foi suficiente. Quatro anos depois, Biden argumentará que o país já está dividido e precisa de uma reunificação.

O evento de quatro dias será online em razão da necessidade de isolamento social. A ideia é passar uma mensagem unificada de que todo o partido está ao lado de Biden e, mais importante, contra Trump.

"As pesquisas têm sido consistentes nos últimos meses, dando vantagem a Biden. O que vamos ver, portanto, é o que temos visto de Biden no último ano e meio: um discurso sobre seus planos e sua habilidade de restaurar a nação e unir as pessoas", afirmou Mark Feierstein, ex-assessor da Casa Branca durante a presidência de Obama.

Desta vez, a convenção será diferente da que confirmou Obama, em 2008. Na época, o candidato democrata estava tecnicamente empatado com o republicano John McCain e precisava usar o momento para reacender paixões entre o eleitorado.

Há uma semelhança, no entanto: tanto Obama, em 2008, como Biden, em 2020, buscam mostrar na convenção que são capazes de tirar o país do buraco. No caso de Obama, a crise era financeira. Biden tem a seu favor o fato de o adversário ser o atual presidente, que tem tropeçado durante as crises social, sanitária e econômica.

A média das pesquisas agregada pelo site Five Thirty Eight indica que 57,3% dos americanos desaprovam a resposta de Trump à pandemia - e 39,2% aprovam.

Os EUA são o país com maior número de vítimas da covid-19, mais de 5 milhões de infectados, 170 mil mortos e uma taxa diária de óbitos crescente, em razão da reabertura promovida de maneira desigual em diferentes partes do país. A aprovação de Trump se mantém em 41%, pouco abaixo dos 44% registrados no início do ano e antes do surto de covid.

Os democratas devem descrever Trump como uma figura polarizadora, inexperiente, com foco no próprio interesse e desprezo pelo conhecimento científico. Enquanto isso, Biden será apresentado como um político hábil e disposto a unir diferentes grupos sociais, comprometido com o serviço público, ao qual dedicou toda a carreira e assessorado por especialistas e cientistas.

Marcada para julho, a convenção precisou ser adiada para agosto em razão da pandemia e, mais recentemente, remodelada. Até o início do mês. Biden planejava fazer o discurso em Milwaukee, local do evento e maior cidade de Wisconsin, um importante Estado-chave. Mas a campanha democrata recuou e decidiu transmitir o discurso de Biden e dos demais de maneira virtual.

Uma das principais plataformas do democrata é mostrar que sua campanha trata com seriedade a pandemia, em oposição aos republicanos, o que fez Biden desistir da ideia de uma aparição presencial. Estádios lotados, barracas de venda de souvenir, voluntários, artistas e jornalistas do mundo todo andando pelas ruas darão lugar às telas de computador.

"Eles não falarão para grandes plateias, gritando e acenando. Então, a dinâmica será bem diferente, porque não terão a empolgação da plateia. Não está claro como os discursos acontecerão e se conseguirão manter o mesmo nível de entusiasmo", afirma Eric Heberlig, professor de ciência política da Universidade da Carolina do Norte e autor de livro sobre as convenções partidárias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na segunda-feira (10) que pode impor tarifas a produtos brasileiros - sem especificar quais - se o governo de Jair Bolsonaro não reduzir as tarifas impostas pelo Brasil ao etanol importado dos EUA.

"No que diz respeito ao Brasil, se eles impõem tarifas, nós temos de ter uma equalização de tarifas. Vamos apresentar algo sobre tarifas e justiça, porque muitos países têm nos cobrado tarifas e nós não cobramos deles. É chamado reciprocidade. Você pode esperar algo sobre isso muito em breve", disse Trump.

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Ele foi questionado pela reportagem da emissora GloboNews se havia pedido ao embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, para fazer a articulação com o governo brasileiro para reduzir as tarifas impostas ao etanol.

O norte-americano disse que "não discutiu muito" o tema, mas "provavelmente em algum momento" fará isso. "Não queremos as pessoas impondo tarifa a nós, embora eu tenha uma relação muito boa com o presidente Bolsonaro. Ele está indo bem, ele se recuperou da Covid-19, o que é ótimo, eu envio minhas saudações."

Atualmente, há isenção para importação de até 750 milhões de litros de etanol dos EUA por ano, mas a partir daí a tarifa é de 20%. A cota já foi flexibilizada, mas a Embaixada dos EUA no Brasil tem feito apelos ao governo para derrubar as tarifas.

Chapman tem sido pressionado por parlamentares democratas americanos a respeito do tema, já que a mudança na cota do etanol pode ser explorada politicamente por Trump com os agricultores americanos do Meio-Oeste, base do eleitorado republicano.

Em uma manifestação após críticas de deputados democratas, o embaixador informou que em nenhum momento solicitou a autoridades brasileiras que tomassem medidas em apoio a Trump.

"Como diplomata de carreira, tive o prazer de servir ao governo dos EUA sob as administrações de ambos os partidos políticos", afirmou o embaixador.

O etanol americano é produzido do milho, cuja produção já é mais barata que o brasileiro, feito da cana-de-açúcar, e ainda recebe subsídios. A pandemia reduziu a demanda e, consequentemente, os preços de gasolina e etanol.

O Brasil importou 810,92 milhões litros de etanol dos EUA neste ano. Os números vêm caindo desde 2017, quando as importações atingiram a marca de 1,8 bilhão.

A produção média de etanol nos EUA atingiu a marca de 931 mil barris por dia no início de julho. No ano passado, houve queda de 14% nas exportações de etanol ante 2018, a primeira desde 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi retirado às pressas da sala de imprensa da Casa Branca por um agente do Serviço Secreto americano, logo depois de iniciar a entrevista coletiva agendada para a tarde desta segunda-feira, 10. Cerca de dez minutos depois, Trump voltou à sala e avisou que houve um tiroteio do lado de fora da Casa Branca que já estava "sob controle".

Trump disse não ter detalhes sobre o ocorrido. Segundo ele, um suspeito foi alvejado pelas forças de segurança que protegem a residência presidencial americana. "O mundo sempre foi um lugar perigoso. Você olha para os séculos passados, o mundo sempre foi perigoso", disse Trump.

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"Gostaria de agradecer ao Serviço Secreto por fazer seu trabalho sempre rápido e muito eficaz, mas houve um tiroteio de verdade e alguém foi levado para o hospital. Não sei em que estado está a pessoa. Parece que ela foi baleada pelo Serviço Secreto, então veremos o que acontece", disse Trump, explicando que a situação já estava sob controle.

Um oficial sênior da administração confirmou a Dana Bash, da TV CNN, que havia um atirador ativo no local, mas ele já estava sob custódia. O incidente aconteceu fora dos jardins da Casa Branca, perto do Parque Lafayette.

O presidente republicano disse a repórteres que foi levado ao Salão Oval, do lado de fora da sala de entrevistas, após ser escoltado, negando que tenha sido levado a um bunker.

Ele foi retirado da sala sem nenhuma explicação aos presentes. O secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, e o diretor do Escritório de Administração e Orçamento, Russ Vought, também foram retirados da sala e as portas foram trancadas. (Com agências internacionais)

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A investida americana para banir a operação do aplicativo TikTok é o novo capítulo da mudança do cenário nos Estados Unidos para as empresas chinesas, especialmente as de tecnologia. Durante o governo Trump, a relação de Washington com Pequim piorou quando o assunto é comércio, segurança nacional ou tecnologia, mas nos últimos meses o ambiente para empresas que tentam furar a linha de separação entre as duas potências se tornou especialmente hostil.

"As relações entre EUA e a China estão no pior momento dos últimos 40 anos", afirma David Dollar, que foi emissário do Tesouro americano na China entre 2009 e 2013, e é integrante do centro de estudos John L. Thornton China Center no think tank (centro de pensamento) Brookings Institute.

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O uso da plataforma chinesa de vídeos curtos explodiu entre os adolescentes americanos e foi definida pelo jornal New York Times como "a primeira história de sucesso verdadeiramente global da internet chinesa". A ByteDance, dona do TikTok, tentou contornar a separação entre os dois países ao armazenar dados fora da China e contratar nomes americanos para gerir o aplicativo. Não foi suficiente. Os americanos argumentam que a China está engajada em uma campanha de espionagem internacional para adquirir tecnologia que dê vantagem às empresas chinesas, e que aplicativos e redes de tecnologia ameaçam a segurança nacional.

Embate

"Os anúncios recentes sobre o (bloqueio) do TikTok e do WeChat são parte de uma tendência mais ampla que começou com a Huawei e a ZTE, mas demonstram uma ampliação do escopo para além apenas de preocupações com segurança nacional para outras mais amplas sobre censura, vigilância e segurança de dados pessoais", afirma Mary Gallagher, diretora do International Institute na Universidade de Michigan University e professora do Centro para Estudos Chineses da mesma instituição.

Washington adotou a campanha de força total contra a gigante de telecomunicações Huawei, principal nome na corrida pelo oferecimento de tecnologia 5G. A empresa está banida nos EUA, assim como a ZTE, e os americanos fazem pressão para que países aliados, como o Brasil, não admitam a entrada da chinesa na rede de operação 5G. A ByteDance está sendo pressionada a vender uma fatia do aplicativo para a americana Microsoft para poder funcionar. O WeChat, de troca de mensagens chinês, também entrou na mira dos EUA.

Em parte, concordam David Dollar e Mary Gallagher, a motivação das restrições dos EUA decorre da frustração americana com práticas comerciais chinesas, especialmente com a barreira para entrada de empresas de redes sociais e tecnologia. Em março de 2016, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, anunciou sua chegada à China com uma foto na qual praticava corrida matinal na Praça da Paz Celestial da capital chinesa. "É estupendo voltar a Pequim", escreveu o americano, em um esforço institucional para tentar a liberação pelo governo chinês da operação do Facebook. Desde 2009, a rede social de Zuckerberg está bloqueada na China, um país em que quase 1 bilhão de pessoas têm acesso a internet. Empresas como Facebook, Google e Twitter estão impedidas de operar no ambiente controlado da China.

O estremecimento das relações comerciais entre os dois países não está restrito aos problemas de reciprocidade. "Faz parte também da estratégia de campanha eleitoral do Trump culpar a China pela propagação do vírus e a recessão", afirma Dollar. Trump explora a rivalidade de Washington com Pequim como plataforma eleitoral. Em 2016, ele prometeu em campanha repactuar a relação comercial com os chineses para dar vantagens e empregos aos americanos.

Xi Jingping, por sua vez, também usa a briga com os americanos para inflar o nacionalismo chinês. "Essas medidas sobre as empresas chinesas mais bem-sucedidas devem minar ainda mais o soft power dos EUA na China. É provável que afaste os consumidores da China e certamente não diminua o apoio ao Partido Comunista Chinês e ao governo chinês", afirma Mary Gallagher.

"As ações recentes são ousadas e chamativas, mas têm efeitos mistos. O maior dano é provavelmente para a imagem das empresas de tecnologia chinesas, uma vez que os EUA as pintaram publicamente como não confiáveis", afirma James Andrew Lewis, vice-presidente e diretor do programa de políticas de tecnologia do Center for Strategic and International Studies, CSIS.

Equilibrar esforços é difícil devido à interdependência das cadeias de produção dos dois países. A China é uma importante fornecedora para os EUA não só com insumos e produtos baratos, como também de tecnologia de qualidade avançada após anos de investimento maciço feito pelo governo chinês. Do outro lado, a China é um mercado relevante para empresas americanas, como a Apple.

Nesta semana, o Secretário de Estado americano, Mike Pompeo, anunciou um plano chamado "Clean Network", que em português seria o equivalente a "Redes Limpas", com orientações para eliminar o que os EUA classificam como aplicativos não confiáveis. As medidas, que não são uma lei, têm etapas para evitar que empresas de tecnologia chinesas acessem informações confidenciais dos americanos. A chancelaria chinesa afirma que os EUA tentam manter o monopólio em tecnologia e que o "Clean Network" era um "manual de bullying".

O próximo passo do governo americano é a pressão sobre companhias chinesas listadas na bolsa de valores do país. Uma iniciativa coordenada pelo Tesouro americano e pela SEC, o equivalente à Comissão de Valores Mobiliários, deve forçar companhias chinesas a se retirar do mercado de ações americano se não apresentarem auditorias contábeis às autoridades do país. Os EUA não têm acesso a documentos de autoria interna das firmas chinesas.

Bolsa

Os americanos afirmam que empresas já listadas em Bolsa terão de se adaptar ou se retirar do mercado de ações nos EUA até o início de 2022. Uma das empresas listadas é a gigante de varejo chinesa Alibaba. Não há prazo, no entanto, para que a ameaça do Tesouro americano entre em vigor. "Isso não terá muita importância prática, mas é um movimento simbólico para romper ainda mais os laços entre a China e os EUA. Podemos esperar a continuidade das medidas de separação, especialmente nas áreas de alta tecnologia", afirma Dollar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O historiador Allan Lichtman, responsável por acertar o resultado de todas as eleições presidenciais norte-americanas desde 1984, deu uma má notícia ao atual presidente Donald Trump. De acordo com o anúncio do professor profeta, quem vai assumir a cadeira na Casa Branca a partir de 2021 é o candidato democrata Joe Biden.

Em um vídeo publicado pelo The New York Times, nessa quarta-feira (5), Lichtman fez sua previsão e criticou a metodologia dos demais analistas. "Os pesquisadores e especialistas cobrem as eleições como se fossem corridas de cavalos", apontou.

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Ele fez parte da minoria que previu a vitória de Trump em 2016, mesmo com as pesquisas contrárias ao seu palpite. “A história nos diz que os eleitores não são enganados pelos truques da campanha. Os eleitores votam pragmaticamente de acordo com o quão bem o partido que mantém a Casa Branca governou o país”, esclareceu.

O presidente americano Donald Trump, reconheceu nesta quarta-feira (5) a chance dos Estados Unidos viverem uma segunda onda de Covid-19, possibilidade antes afastada por altos funcionários da Casa Branca. "Podemos ter outra onda, como aconteceu na Austrália, na França, na Espanha", disse o republicano, em entrevista à emissora Fox News.

Por outro lado, o líder da Casa Branca afirmou que uma vacina contra o novo coronavírus deve ser disponibilizada "muito antes" do fim do ano - segundo ele, graças aos esforços do governo.

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Apesar da ameaça de uma segunda onda da pandemia no país, neste momento em que os EUA já veem alta significativa de casos de Covid-19, o republicano defendeu o processo de reabertura econômica e as votações presenciais nas eleições de novembro.

"As escolas devem reabrir, crianças são praticamente imunes ao coronavírus", disse Trump durante a entrevista.

Ainda que a incidência de casos graves da covid-19 seja menor entre crianças, não há comprovação científica de que a doença não possa afetá-las. "Nosso maior problema, nesse momento, são os democratas que não querem reabrir economia", completou.

Donald Trump reiterou sua posição de que há uma recuperação econômica em curso nos EUA. "Estamos voltando a ser bons industriais", afirmou. Ele ainda citou aos entrevistadores o avanço surpreendente das encomendas indústria no país, informado ontem, e criticou governadores que insistem no lockdown para conter a pandemia. "Teremos alguns compromissos de campanha que terão de ser online, como na Carolina do Norte", chegou a dizer, sugerindo que o processo eleitoral americano será afetado pelas medidas de isolamento social. A Carolina do Norte é governada pelo democrata Roy Cooper.

Tensão com democratas

Ampliando suas críticas ao Partido Democrata, Trump também disse na entrevista que membros da legenda de oposição estão financiando o movimento social americano Antifas, que, segundo ele, é um grupo terrorista formado por "anarquistas radicais de esquerda".

O republicano também afirmou que uma eventual eleição à presidência do democrata Joe Biden despertaria interesse de China e Coreia do Norte por negociar com os EUA "no dia seguinte", por uma suposta complacência do rival com outros países.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a explosão ocorrida na região portuária de Beirute, capital do Líbano, na tarde desta terça-feira (4), parece ter sido um "ataque". Na coletiva de imprensa diária sobre a pandemia de Covid-19, o republicano disse ter conversado com generais dos EUA que não acreditam que a tragédia tenha sido causada acidentalmente. "Eles parecem pensar que foi um ataque. Foi algum tipo de bomba", declarou Trump.

O líder da Casa Branca prestou condolências às vítimas e disse que os EUA estão prontos para ajudar o Líbano. A explosão destruiu grande parte de um porto e danificou edifícios em toda a capital libanesa. Pelo menos 70 pessoas morreram e mais de 3 mil ficaram feridas, de acordo com as autoridades locais.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a mostrar otimismo com vacinas experimentais contra a Covid-19 e disse que uma imunização para a doença pode estar disponível no final do ano, "com bastante antecedência". "As vacinas estão avançando incrivelmente bem", afirmou o republicano, na coletiva de imprensa diária sobre a pandemia.

O líder da Casa Branca ressaltou que a produção de vacinas está equilibrando rapidez e segurança. "Continuamos nossa guerra para derrotar o vírus chinês", declarou, em provocação ao país asiático.

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Na coletiva, Trump também disse que a pandemia está desacelerando em Estados do Sul do país, como o Texas, que foram bastante afetados nas últimas semanas. "O vírus está recuando", afirmou.

O republicano voltou a descartar, ainda, novas quarentenas. "É importante que os americanos reconheçam que uma quarentena permanente não é um caminho viável à frente", reforçou.

Ao ser questionado sobre os impasses entre republicanos e democratas sobre o próximo pacote fiscal, Trump respondeu que pensa em cortar impostos sobre a folha de pagamento por decreto. Mais cedo, ele já havia dito que poderia "agir sozinho" se não houver consenso bipartidário.

A Microsoft informou na noite deste domingo (2) que após uma conversa entre a presidente-executiva, Satya Nadella, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a companhia está preparada para continuar as discussões e dar andamento às negociações para aquisição do aplicativo chinês TikTok no país.

"A Microsoft se moverá rapidamente para prosseguir as discussões com a controladora da TikTok, ByteDance, em questão de semanas e, em qualquer caso, concluir essas discussões até 15 de setembro de 2020. Durante esse processo, a Microsoft espera continuar o diálogo com o Governo dos Estados Unidos, inclusive com o presidente", disse a companhia em comunicado publicado em seu blog.

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Segundo a empresa, Trump está comprometido em permitir a aquisição do aplicativo, desde que seja submetido a uma revisão completa de segurança e de que a negociação forneça "benefícios econômicos adequados aos EUA". Nesse sentido, as discussões vão prosseguir baseadas em uma notificação feita entre as partes ao Comitê de Investimentos Estrangeiros do país (CFIUS, na sigla em inglês).

A Microsoft afirmou que há um interesse das duas empresas em uma proposta que envolva a compra do software nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Além disso, não é descartado um convite a outros investidores para participarem de forma minoritária no negócio.

Dentre as medidas previstas estão a adição de proteções de segurança e privacidade no modelo operacional do serviço. "A Microsoft garantiria que todos os dados privados dos usuários americanos do TikTok sejam transferidos e permaneçam nos Estados Unidos. Na medida em que esses dados estejam atualmente armazenados ou em backup fora dos EUA, a Microsoft garantirá que esses dados sejam excluídos dos servidores fora do país após a transferência", disse a companhia.

O comunicado reforça, entretanto, que as discussões ainda são preliminares e não há nenhuma garantia de que a transação evolua.

O ex-presidente Barack Obama condenou nesta quinta-feira o uso de forças federais por Donald Trump para reprimir protestos contra o racismo e a brutalidade policial nos Estados Unidos.

"Hoje testemunhamos com nossos próprios olhos como policiais se ajoelham no pescoço de negros americanos", disse Obama durante o funeral do congressista John Lewis, um símbolo da luta pelos direitos civis dos afro-americanos, referindo-se à morte do cidadão George Floyd por ação de um policial branco em março em Minneapolis.

"Podemos testemunhar nosso governo federal enviando agentes que usam gás lacrimogêneo e espancam manifestantes pacíficos com cassetetes", disse.

Obama não mencionou Trump pelo nome, mas foi claro nas referências que fez ao presidente republicano, que usou tropas da Guarda Nacional para retirar manifestantes antirracistas da Praça Lafayette, em frente à Casa Branca em Washigton, e que enviou agentes recentemente para Portland, Oregon.

Obama (2009-2017) também criticou as tentativas republicanas de suprimir a votação da minoria e os repetidos ataques de Trump à votação por correio.

"Enquanto estamos sentados aqui, há pessoas no poder que estão fazendo todo o possível para desencorajar as pessoas a votar, fechando os centros de votação e atacando minorias e estudantes com leis restritivas de identidade e atacando nossos direitos de voto com precisão cirúrgica, até prejudicando o serviço postal no período que antecede uma eleição que dependerá da votação por correio para que as pessoas não fiquem doentes" pela pandemia de coronavírus, disse Obama.

Trump lançou outro ataque à votação por correio nesta quinta-feira, que deverá desempenhar um papel maior nas eleições de novembro devido ao coronavírus.

"Com a votação universal pelo correio (não a votação ausente, que é boa), a votação de 2020 será a eleição mais IMPRECISA E FRAUDULENTA e da história. Uma grande vergonha para os Estados Unidos", disse Trump em uma postagem no Twitter.

"Atrasar as eleições até que as pessoas possam votar adequadamente, com segurança?", perguntou.

Em homenagem a Lewis, que morreu em 17 de julho aos 80 anos de idade, Obama disse que o ex-congressista democrata fez "tudo o que pôde para preservar essa democracia e, enquanto respirarmos em nossos corpos, precisamos continuar com sua causa".

A mudança de atitude de Donald Trump envolvendo a pandemia durou pouco. Nesta terça-feira (28) o presidente dos Estados Unidos voltou a criar polêmica sobre o novo coronavírus ao transmitir informações erradas sobre os tratamentos e se apresentando como uma vítima de ataques injustos sobre sua gestão da crise sanitária.

Visivelmente cansado durante uma coletiva de imprensa, Trump mostrou seu descontentamento com a popularidade do imunologista Anthony Fauci e outros cientistas do gabinete de crise da Presidência contra a pandemia. "Eles são muito respeitados, mas ninguém gosta de mim, deve ser por causa da minha personalidade", declarou Trump. A menos de 100 dias das eleições presidenciais e em um momento em que as pesquisas de intenção de voto apontam o democrata Joe Biden como favorito.

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Na noite de terça, o Twitter removeu um vídeo publicado por Trump contendo informações falsas sobre o novo coronavírus. De acordo com um porta-voz da rede social, ouvido pela agência de notícias francesa AFP, os tuítes e o vídeo violavam a política de desinformação sobre a covid-19. O mesmo vídeo foi excluído pelo Facebook sob a justificativa de que compartilhava informações falsas sobre curas e tratamentos para a doença.

As imagens do vídeo mostravam um grupo de médicos fazendo afirmações falsas sobre a pandemia do novo coronavírus. Diziam, por exemplo, que máscaras não são necessárias para conter a doença e que "existe um tratamento" para a covid-19: a hidroxicloroquina.

O presidente republicano promoveu o uso da cloroquina como solução para o coronavírus desde o início da pandemia, mas diversos estudos científicos descartaram sua eficácia. A Agência de Medicamentos americana (FDA) retirou a autorização para que o remédio fosse receitado por médicos no tratamento de casos graves.

Após ser questionado sobre o porquê da insistência no uso da hidroxicloroquina, Trump afirmou que tem "lido muito" sobre o medicamento e que o tema estava politizado. "Quando eu recomendo algo, vocês gostam de dizer 'não usem'", completou.

Em razão do efeito dos resultados de pesquisas de opinião sobre as eleições presidenciais de novembro, Trump vinha mudando a narrativa sobre a pandemia. Ele reconheceu a gravidade da crise sanitária, pediu à população que usasse máscara e alardeou sua relação excelente como os especialistas do grupo que presta assessoria à Casa Branca.

Depois de uma melhora, a pandemia ganhou ainda mais força nos Estados Unidos. Segundo levantamento da agência de notícias britânica Reuters, 1.300 pessoas morreram no país apenas na terça-feira, no maior número desde maio. Seis Estados - Arkansas, Califórnia, Flórida, Oregon e Texas - bateram o recorde diário de óbitos.

Trump x Fauci

Com o cenário desfavorável, Trump voltou a atacar Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas. Na tarde de terça, o presidente compartilhou uma teoria da conspiração segundo a qual o especialista ajudou a impulsionar o vírus a fim de evitar sua reeleição. O presidente também compartilhou um comentário de podcast em que um ex-assessor diz que Fauci enganou os americanos em vários assuntos.

"O senhor pode continuar fazendo o seu trabalho quando o presidente questiona publicamente a sua credibilidade?", perguntou a Fauci um jornalista do canal ABC. "Eu não tuíto. Sequer leio os tuítes", respondeu o pesquisador. "Não enganei os americanos sob hipótese alguma. Estamos no meio de uma crise, uma pandemia. Foi para isso que me treinei durante toda a minha vida profissional."

Ao ser perguntado sobre as pesquisas em andamento envolvendo possíveis vacinas, Fauci disse ser "cautelosamente otimista" em relação a notícias positivas que chegariam "no fim do outono e começo do inverno". (Com agências internacionais).

O Twitter "suspendeu" nesta terça-feira, 28, por 12 horas a conta na rede social de Donald Trump Jr., um dos filhos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A justificativa dada pela empresa foi que o empresário de 42 anos "compartilhou desinformação" sobre a covid-19, por isso sua conta terá "funcionalidade limitada durante 12 horas".

Por meio da conta de sua equipe de comunicação, o Twitter diz que o conteúdo precisou ser deletado, por violar as regras da rede. De acordo com a imprensa americana, o tuíte que motivou a punição, já retirado da plataforma, trazia um vídeo sobre os supostos benefícios da hidroxicloroquina no combate ao novo coronavírus.

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A imprensa americana diz ainda que o próprio presidente retuitou o mesmo vídeo, mas nesse caso não houve suspensão da funcionalidade da conta. A mensagem foi retirada, com uma mensagem de que ela "não está mais disponível", a qual remete para um site com as regras para os avisos do Twitter.

O presidente americano já criticou o Twitter várias vezes, pelo que considera um viés contrário a ideias e políticos conservadores, enquanto a rede argumenta que apenas aplica suas regras de uso.

Donald Trump tem 100 dias para inverter a tendência. Isolado, preso na nostalgia de sua vitória em 2016 e criticado em suas próprias fileiras por sua gestão da pandemia da Covid-19, o presidente americano passa por um momento ruim.

As eleições presidenciais de 3 de novembro se anunciam como muito tensas, em um momento em que o país se encontra dividido e preocupado, em meio às 140.000 mortes por Covid-19 e ao choque da crise econômica.

À medida que se aproxima a marca dos 100 dias para as eleições, neste domingo, seu estilo de confrontação se intensifica.

Trump, de 74 anos, afirma que seu rival democrata Joe Biden, de 77, é um "fantoche" da "esquerda radical" e o acusa de querer destruir o "estilo de vida americano". Em resposta, o candidato democrata afirma que o que está em jogo é "uma batalha por qual é a alma" dos Estados Unidos.

Atrás em todas as pesquisas, o magnata republicano teme os efeitos de uma derrota humilhante, que o tornaria o primeiro presidente de um único mandato em mais de um quarto de século.

Nem todas as cartas estão sobre a mesa ainda e, após três anos e meio de uma presidência instável, ainda pode haver surpresas.

Uma possibilidade é que seu rival cometa um erro monumental. Ou, que morra um dos juízes da Suprema Corte, ou que seja obtida uma vacina contra a Covid-19.

Até agora, no entanto, a pandemia enfraqueceu Trump. Segundo uma pesquisa publicada pela emissora ABC News, dois terços dos americanos desaprovam sua resposta ao coronavírus.

- "Pesquisas falsas" -

"Não estou perdendo, as pesquisas são falsas", afirma em tom de confronto.

Mas, em sua maneira de agir, algo parece mostrar que ele sabe que as coisas podem dar errado em novembro. No início da semana, ele mudou de gerente de campanha e admitiu, na quarta-feira, que a situação da Covid-19 "vai piorar antes que haja uma melhora".

"Dar exemplo é importante", disse ele ontem à tarde, quando anunciou o cancelamento de grande parte da convenção republicana prevista para o final de agosto, em Jacksonville, na Flórida.

Seu tom tem se aproximado daquele esperado de um chefe de Estado, mas ninguém sabe quanto tempo vai durar. E, considerando-se seus mais de 1.300 dias na Casa Branca, a dúvida é razoável.

No momento, os números não são positivos para o republicano.

Segundo a média de pesquisa feita pelo site RealClearPolitics, Biden acumulou, por mais de seis semanas, uma vantagem entre oito e dez pontos sobre Trump.

Desde 1980, todos os candidatos que tiveram uma vantagem tão importante neste momento venceram - à exceção do democrata Michael Dukakis, derrotado por George Bush em 1988.

No Texas, um estado em que nenhum democrata conquistou uma vitória desde Jimmy Carter, em 1976, e onde Trump venceu com facilidade em 2016, ambos os candidatos estão lado a lado. Com 38 votos no Colégio Eleitoral, esse estado no sul do país é um reduto cobiçado de qualquer candidato.

- Tensão entre republicanos -

O clima é tenso no campo republicano, que, além da Casa Branca, tentará manter sua maioria no Senado. Há alguns dias, Liz Cheney, uma das líderes da minoria republicana na Câmara, foi acusada de ser desleal.

"Liz Cheney trabalha nos bastidores (e agora em público) contra Donald Trump e seu programa", alertou Matt Gaetz, representante da Flórida.

Outra dificuldade é que Trump ainda não articula seu projeto e sua visão para os próximos quatro anos.

Por enquanto, apoia-se em seu mantra de "lei e ordem" e promete firmeza diante dos distúrbios que abalaram várias cidades americanas, devido a protestos contra o racismo e a brutalidade policial.

Seus críticos o acusam de querer chamar atenção e lembram que, a cada eleição - assim teria sido em 2016 e nas eleições de meio de mandato de 2018 -, Trump joga a mesma carta.

O presidente procura atacar Biden, que, com uma campanha em de expressão mínima, oferece-lhe poucas chances.

- Obama e a "decência" -

Antes do início dos debates após o verão (hemisfério norte), o ex-vice-presidente se contenta com algumas aparições contadas na imprensa. Nos últimos dias, somou à sua campanha seu antigo chefe: o ex-presidente Barack Obama, que promete se tornar um ímã para as massas.

A campanha de Biden divulgou um vídeo de 20 minutos que mostra os dois políticos na mesma sala, mas respeitando a distância social imposta pela COVID-19, em uma conversa cheia de cumplicidade.

"Além das políticas específicas que serão implementadas (...) Antes de tudo, há um enorme apetite por uma forma de decência", resumiu Obama, que também elogiou a "empatia" daquele que espera ver se tornar o 46º presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro de 2021.

À incerteza sobre uma campanha incomum, acrescentam-se as dúvidas sobre o processo eleitoral.

Durante semanas, Trump argumentou - sem provas - que a votação por correio, que pode ser uma das principais formas de participação este ano por causa da pandemia, pode levar a tentativas de fraude em massa.

Ao ser questionado se iria se comprometer a aceitar os resultados das urnas, Trump foi evasivo.

"Vou ver", respondeu, em entrevista à FOX News.

Alvo de críticas nos últimos meses pela forma como lidar com as publicações de Donald Trump em sua rede social, Mark Zuckerberg negou na segunda-feira (20) ter um "acordo" com o presidente americano. Em entrevista ao site Axios, Zuckerberg disse que a ideia era "ridícula" e que conversa sempre com lideranças políticas, independentemente de seus matizes políticos.

"Falo com o presidente às vezes, assim como falamos com nosso último presidente e líderes políticos em todo o mundo. Sob esse governo, enfrentamos multas recorde de US$ 5 bilhões, estamos sob investigação antitruste de várias agências e fomos alvo de uma ordem executiva", afirmou.

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Os rumores surgiram após alguns encontros entre o empresário e Trump, inclusive um jantar na Casa Branca, além da continuidade das publicações de Trump na rede social.

Zuckerberg, porém, negou que haja qualquer tipo de relação mais próxima entre eles, que pudesse apontar algum benefício nas políticas do Facebook. "Aceitei o convite para jantar porque ele é o presidente", disse Zuckerberg. "Também tive várias refeições e reuniões com Obama. O fato de ter encontrado um chefe de Estado não deve surpreender e não sugere que tenhamos algum tipo de acordo".

O Facebook tem enfrentado um boicote publicitário desde o fim de junho. Com a participação de mais de mil empresas, o protesto visa pressionar Zuckerberg para mudar as políticas de remoção de conteúdo de ódio e desinformação. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta segunda-feira, 20, que o Brasil vive uma "situação terrível" pela Covid-19 e voltou a culpar os chineses pela pandemia.

"É um problema global, ainda que causado pela China", disse a repórteres no Salão Oval, seu gabinete na Casa Branca.

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A menção ao Brasil veio durante críticas de Trump à cobertura da imprensa americana sobre a pandemia. "No fim de semana, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo atingiu recorde de casos de coronavírus. E só se fala dos EUA, como se o problema não fosse mundial. Veja o Brasil, que situação terrível. Veja o México", argumentou o republicano.

Não é a primeira vez que o presidente americano cita o avanço da covid-19 no País.

Donald Trump ainda ressaltou que os avanços recentes em estudos de vacinas e tratamentos contra o novo coronavírus, comentando especificamente sobre a utilização de remdesivir em pacientes já infectados.

Dessa vez, ele não mencionou hidroxicloroquina, medicamento que fez uso de forma preventiva, por mais que não haja comprovação científica de sua eficácia.

O líder da Casa Branca ainda informou que seu governo passará a conceder coletivas sobre o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19. Nesta segunda-feira, AstraZeneca e Pfizer relataram avanços importantes em seus estudos de uma profilaxia à doença.

Além de reforçar críticas à China, em meio à escalada de tensões entre os dois países, Trump afirmou aos repórteres presentes que Estados governados pelo Partido Democrata lidaram pior com a pandemia. "Olhe Nova York", disparou.

O Estado, governado por Andrew Cuomo, registra o maior número de mortes e casos pela doença. As falas de Trump, no entanto, vêm em ano de eleições presidenciais, para as quais seu principal rival, o democrata Joe Biden, é favorito nas pesquisas de intenção de voto.

Economia

O presidente dos Estados Unidos também voltou a defender cortes de impostos em folhas de pagamento como forma de estimular a atividade no país, golpeada pela crise.

No Congresso, parlamentares começaram nesta segunda-feira a discutir um quinto pacote fiscal.

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