Detentas da Colônia Penal Feminina do Recife iniciaram um tumulto na manhã desta quarta-feira (19), no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste da cidade.
Familiares das presidiárias, que estão do lado de foram do presídio, afirmam que as mulheres estão protestando contra duas policiais que seriam agressivas. Elas também reclamam do horário do café da manhã (que seria servido às 10h) e superlotação.
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Em frente à Colônia, os familiares afirmam ter ouvido tiros e viram fumaça; a informação é de que as detentas tenham ateado fogo em colchões. “Minha filha está presa há um mês. Pelo que eu sei, desde ontem a situação aqui está complicada. Hoje eu vim de Igarassu, onde moro, para pegar minha carteirinha de visita e me assustei porque ouvi barulho de tiro e gritaria”, afirmou Josefa Virgínia Sobrinha.
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Por volta das 10h30, os agentes do Batalhão de Choque entraram na unidade para conter a confusão. Soldados do Corpo de Bombeiros (CBMPE) também estiveram no local para apagar o fogo, mas já deixaram o presídio.
Seis detentas ficaram feridas e estão sendo removidas da Colônia para receberem atendimento médico. Uma delas estava com a cabeça enfaixada e sangrando muito.
O superintendente da unidade prisional, coronel Clinton Dias, confirmou que a confusão começou ontem, quando uma das presas cometeu uma indisciplina e foi para o que chamou de castigo; sem especificar o que seria a punição. As outras presidiárias reclamaram, dando início ao tulmuto, que piorou por volta das 7h de hoje.
“É normal que elas reclamem do tratamento dos agentes e da superlotação. São 950 presas para cerca de 400 vagas. Vamos abrir uma sindicância para apurar o que aconteceu e saber se houve excesso em alguma das partes. No final de semana, as visitas já serão normalizadas”, afirmou.
Quanto à reclamação das detentas em relação a qualidade da alimentação, Dias garantiu que profissionais de nutrição acompanham todo o processo, e que ele sempre faz as refeições na unidade.
Segundo o tenente José Carlos Carvalho, comandante do Batalhão de Choque, 25 homens entraram na unidade, passaram cerca de 30 minutos, mas não foi necessária a atuação. “As balas ouvidas pelos familiares das presas foram anteriores à nossa entrada”.
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Com informações da Marina Meireles