A Polícia Militar (PM) identificou novos envolvidos no protesto realizado por cerca de 150 ambulantes na Avenida Agamenon Magalhães, no bairro do Derby, que terminou em tumulto nesta quinta-feira (11). Através das câmeras de videomonitoramento, Leonardo Carvalho de Lima, de 33 anos e Robson Almeida da Hora, de 18, foram os responsáveis por atear fogo e bloquear a via.
Ainda de acordo com a polícia, José Alexandro Vieira do Nascimento, de 39 anos foi filmado no momento em que jogou pedras nos policiais. Os três foram detidos e encaminhados para Central de Flagrantes junto com as imagens das câmeras para análise da Polícia Civil. Cerca de 25 manifestantes e integrantes do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Informal do Recife (Sintrafe) estão reunidos no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para denunciar os atos agressivos da PM.
##RECOMENDA##O promotor Maxwell Vignoli recebeu os integrantes. "Viemos denunciar a agressão abusiva da PM pelo uso de balas de borracha. Uma pessoa ficou ferida por causa da volência do (Batalhão) Choque", disse Severino Souto Alves, presidente do sindicato.
Além disso, não houve diálogo da Prefeitura com os ambulantes, segundo o Sintrafe. "Fomos retirados do nosso trabalho sem conversa. Os funcionários da Prefeitura pedem pagamento para que a gente continue trabalhando, mas nós não aceitamos isso. Queremos continuar lutando pelo nosso espaço", relata Severino.
[@#video#@]
“O Ministério Público acolheu a denúncia dos manifestantes e agora será feita uma audiência pública no próximo dia 3 de outubro, às 14h, entre as Secretarias de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e Controle Urbano da Prefeitura do Recife e Sindicato. O intuito é intermediar um diálogo para que os órgãos e ambulantes entrem em acordo”, informou o promotor Vignoli.
>> Prefeitura diz que protesto dos ambulantes foi inesperado
Em nota, PM informou ainda que foi necessário o "uso da força para a liberação da via, pois os manifestantes estavam irredutíveis em sair, bem como impediram a ação do Corpo de Bombeiros". O Batalhão de Choque permanece próximo ao Ministério Público (MPPE).
Com informações de Yasmim Dicastro