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Vereador do Recife, João da Costa (PT) alfinetou a comemoração de um ano da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) feita pelo movimento Vem Pra Rua durante ato na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, neste domingo (7). Para o petista, os que celebram a reclusão do ex-presidente “apoiam ladrões”.

“A gente não deve comemorar a prisão de ninguém. No Brasil, os verdadeiros ladrões  estão soltos. A turma que comemora a prisão de Lula apoia muitos deles”, disparou, em conversa com o LeiaJá, ao participar de um ato político-cultural pela liberdade de Lula na Praça do Arsenal, no bairro do Recife.

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Na ótica do parlamentar, na realidade, os brasileiros deveriam estar preocupados com o que ele chamou de “retrocessos” que aconteceram neste último ano. “A gente está preocupado é que em um ano a gente viu um grande retrocesso no Brasil. Ataque à liberdade, à democracia; a perda de soberania no Brasil com atitude de subserviência internacional e o direito dos mais pobres bastante ameaçados. Não é um ano só da prisão de Lula, mas um ano de retrocesso no Brasil”, observou.

João da Costa acredita que é preciso “exigir a liberdade de um homem que está preso sem provas” segundo o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). “Lula é um preso político e como ele, qualquer dia pode ser um de nós”, declarou.

Além de João da Costa, diversos políticos participaram do ato que integra a chamada “Jornada Lula Livre”. Entre eles, os deputados estaduais João Paulo (PCdoB) e Teresa Leitão (PT), o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), e a ex-candidata governadora Dani Portela (PSOL).  

Para Teresa Leitão, o dia foi para “reviver o que Lula disse há uma ano: eu sou uma ideia”. “Não é uma festa, poderia ser. Mas é a festa da resistência, da solidariedade. Vamos seguir nas ruas até que Lula seja livre e a democracia volte, estamos aí ameaçados por uma reforma que vai acabar a previdência pública. A rua e a tribuna é o nosso lugar”, frisou a parlamentar.

Para o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, “a prisão de Lula é e sempre foi um marco na política brasileira na atualidade porque é resultante, produto, do golpe que afastou a presidenta Dilma e levou ao ambiente as circunstâncias que levou a eleição de Bolsonaro”.

“Como é que num país em que as pessoas para estarem presas dependem de provas e se tem uma figura como Lula preso sem que até hoje se tenha um documento que comprove as acusações contra ele? É uma arbitrariedade. A liberdade para Lula é uma tarefa eminentemente política. Depende da resistência democrática e do sucesso da luta para que possamos estabelecer a plenitude da reconstrução do país... É preciso libertá-lo”, cravou Siqueira.

Lula está preso há um ano na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, cumprindo a condenação de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, um dos desdobramentos da Lava Jato. O ex-presidente, inclusive, já foi condenado a mais 12 anos de prisão, em primeira instância, no caso do sítio Atibaia. Os dois processos apontam que o líder petista recebeu propinas de empreiteiras em troca de favores no governo. Ele nega as acusações.

Manifestantes contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram no início da manhã deste domingo (7) em Curitiba, no Paraná. Segundo informações divulgadas nas redes sociais, o grupo seguiu em direção à sede da Polícia Federal (PF), onde Lula está preso há exatamente um ano. Lideranças do partido também são esperadas.

O PT e aliados organizaram para este domingo uma manifestação contra a prisão em frente à sede da PF em Curitiba. Às vésperas, o protesto foi liberado com restrições pela Justiça Estadual do Paraná, que desde o dia 21 de fevereiro voltou a proibir "todo e qualquer ato ostensivo de manifestação (pró ou contra Lula)" nas ruas do bairro onde está a PF. Em caráter excepcional, o Tribunal de Justiça autorizou as manifestações nos arredores da PF. A Polícia Militar faz pontos de bloqueios e permite o ato, com algumas restrições.

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A Polícia Militar tem ordem do desembargador Fernando Paulino da Silva Wolff Filho, do Tribunal de Justiça do Paraná, para prender manifestantes que desrespeitarem a zona delimitada. Antes tranquilo, o bairro virou área de litígio e tensão desde a chegada de Lula. Uma parte dos moradores, a prefeitura e entidades de apoio à Lava Jato pedem a remoção do grupo autointitulado Vigília Lula Livre, que se concentra em um terreno de esquina alugado na frente da PF - onde foram montadas tendas e barracas - e em quatro outros imóveis alugados. Diariamente, os participantes gritam "bom dia", "boa tarde" e "boa noite" ao ex-presidente.

No Sábado (6), a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, publicou mensagem nas redes sociais ao lado do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

Responsáveis pelo perfil do ex-presidente Lula no Twitter também citaram as manifestações.

Atos pró-Lula estão previstos em diversas cidades brasileiras. Em Brasília, está marcado protesto contra a prisão do ex-presidente na região de Planaltina às 14h. No Rio de Janeiro, às 15h, na Orla de Copacabana. Em Porto Alegre, às 15h, no Memorial Prestes e em São Paulo, às 14h, na Praça do Ciclista. Também estão marcadas manifestações no exterior.

Ato contra Lula

A favor da prisão do ex-presidente, o movimento Vem Pra Rua também organiza protestos neste domingo em diversas cidades do País. Em São Paulo, uma manifestação irá ocorrer Às 14h na Avenida Paulista com a Rua Pamplona, perto de ato pró-Lula.

Cinco pessoas estão na Delegacia de Homicídios da capital (DH), na cidade do Rio de Janeiro, para prestar depoimentos na investigação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Entre eles estão dois policiais militares, um bombeiro e dois empresários.

Quatro deles foram levados à DH por policiais civis que cumpriram hoje 16 mandados de busca e apreensão. O quinto depoente chegou sozinho à delegacia. Não há mandado de condução coercitiva contra eles, portanto os cinco foram à delegacia de forma espontânea.

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Eles serão ouvidos por terem alguma relação com os dois acusados de cometerem os homicídios: o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz. Os dois foram presos na manhã de ontem e ainda estão na DH, onde se espera que eles também prestem depoimento. Ainda não há previsão de transferência para unidades prisionais.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, espera que as prisões dos acusados de ter assassinado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018, bem como o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos, sejam “mais um passo para a elucidação completa deste grave crime e para que todos os responsáveis sejam levados à Justiça”.

Por meio da conta oficial do ministério no Twitter, Moro destacou nesta terça-feira (12) que a Polícia Federal (PF) tem contribuído com as investigações, a cargo da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro. O ministro garantiu que a PF continuará colaborando com todos os recursos necessários à continuidade das investigações, incluindo as já instauradas, para apurar supostas tentativas de obstruir o avanço do trabalho policial.

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Em uma operação conjunta, o Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro prenderam esta madrugada dois suspeitos de matar a vereadora e o motorista, em 14 de março de 2018. Os dois presos têm vínculos com a Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Um dos presos, Ronie Lessa, é policial militar reformado, tendo se aposentado depois de ser vítima de um atentado a bomba que resultou na amputação de uma de suas pernas. A suspeita é de que o atentado tenha sido motivado por uma briga entre facções criminosas.

O outro é o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, expulso da corporação depois de ter sido preso na Operação Guilhotina, deflagrada pela PF em 2011, para apurar o envolvimento de policiais militares com traficantes de drogas e com grupos milicianos. Na época, Queiroz era lotado no Batalhão de Olaria (16º BPM).

Lessa e Queiroz são os primeiros investigados a serem formalmente denunciados e presos pelo crime. Segundo o Ministério Público, os dois foram denunciados depois das análises de diversas provas obtidas ao longo de quase um ano de investigações. Ainda segundo o MP, Lessa é o autor dos disparos que atingiram Marielle e Anderson Franco. Já Elcio dirigia o veículo usado na execução.

De acordo com o MP, o crime foi planejado nos três meses que antecederam os assassinatos.

Operação

Além dos mandados de prisão, a Operação Lume cumpre mandados de busca e apreensão em endereços dos dois suspeitos, para apreender documentos, telefones celulares, computadores, armas e acessórios.

Na denúncia apresentada à Justiça, o MP também pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa, a indenização por danos morais aos familiares das vítimas e a fixação de pensão em favor do filho menor de Anderson até completar 24 anos de idade.

Segundo nota do MP, o nome da operação é uma referência a uma praça no centro da cidade do Rio de Janeiro, conhecida como Buraco do Lume, onde Marielle desenvolvia um projeto chamado Lume Feminista. No local, ela também costumava se reunir com outros defensores dos direitos humanos e integrantes do seu partido, o PSOL.

“Além de significar qualquer tipo de luz ou claridade, a palavra lume compõe a expressão 'trazer a lume', que significa trazer ao conhecimento público, vir à luz”, informa a nota.

Mesmo com a prisão nesta terça-feira (12) de dois suspeitos de matar Marielle Franco, a viúva a vereadora, Mônica Benício, ressaltou que ainda é preciso saber quem é o mandante e qual é a motivação do crime.

“A gente tem que pensar que o mais importante que prender mercenários é responder a questão mais urgente e necessária de todas, que é quem mandou matar a Marielle e qual foi a motivação para o crime. Espero não ter que aguardar mais um ano para ter essa resposta”, disse a viúva.

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Segundo ela, a elucidação do crime e a condenação de todos os envolvidos é um dever do Estado para “todos os que sofrem a perda da Marielle e também à própria democracia”.

O policial reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Queiroz foram presos na manhã de hoje depois de terem sido denunciados pelo Ministério Público pelos assassinatos de Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, e pela tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

Ronnie é acusado de ter feito os disparos que atingiram Marielle e Anderson, enquanto Élcio é apontado como o motorista do carro que levava Ronnie. A Polícia Civil ainda não divulgou, portanto, quem é o mandante dos crimes.

Ronnie foi aposentado depois de um atentado a bomba contra ele, que resultou na amputação de uma de suas pernas e que teria sido provocado por uma briga entre facções criminosas.

Élcio Queiroz chegou a ser preso em 2011 na Operação Guilhotina, da Polícia Federal, que apurou o envolvimento de policiais militares com traficantes de drogas e com grupos milicianos. Na época, Queiroz era lotado no Batalhão de Olaria (16º BPM).

Manifestações

A organização não governamental Anistia Internacional divulgou comunicado à imprensa em que ressalta a importância de haver um grupo independente de especialistas para acompanhar o restante das investigações e o processo.

“A organização reitera que ainda há muitas perguntas não respondidas e que as investigações devem continuar até que os autores e os mandantes do assassinato sejam levados à justiça”, diz a nota.

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 696/19 que isenta do pagamento da taxa de inscrição em concursos públicos o candidato que estiver desempregado há mais de 12 meses. A matéria está tramitando conclusivamente pelas comissões da Casa e não há prazo para ir à votação em Plenário.

Autor do projeto, o deputado Charles Fernandes (PSD-BA) argumenta que pesquisas sobre o número de desempregados no País mostram números alarmantes – cerca de 12 milhões de pessoas –, sem considerar os números do subemprego, que é praticado por trabalhadores informais.
“O desemprego atinge em cheio os jovens de 15 a 24 anos que querem entrar no mercado de trabalho e não dispõem de recursos e nem de qualquer auxílio do governo federal para pagar a taxa de inscrição", diz Fernandes.

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O deputado criticou ainda o que chamou de “indústria” dos concursos públicos. “A realização de concursos virou uma verdadeira indústria, com taxas que variam de R$ 50,00 a R$ 150,00”, disse. 

O projeto também obriga a contratação do candidato aprovado e classificado dentro do número de vagas oferecidas em até 360 dias após o resultado final.

O texto, por fim, também proíbe bancas de professores responsáveis pela elaboração das provas de proporem questões sobre assuntos não ministrados em grau de escolaridade, conforme diretrizes definidas pelo Ministério de Educação.

*Da Agência Câmara

 

Na madrugada da última sexta-feira (2), Túlio Gadêlha postou várias fotos com Fátima Bernardes, retribuindo uma postagem dela em comemoração ao aniversário de um ano de namoro do casal. Em seu Instagram, Fátima postou um print de uma foto antiga com o namorado, relembrando o início do romance dos dois e se declarando também e afirmando estar “muito mais feliz”.

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No texto romântico que acompanha as imagens, ele conta que para comemorar a data, os dois viajaram novamente e a sós para o lugar onde a relação teve início. Ele também relata que foi um ano intenso e desafiador, mas que está se sentindo confiante para o futuro com ela.

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A polícia de Washington estabeleceu neste domingo um perímetro de segurança em volta da Casa Branca, ante a marcha de centenas de neonazistas e supremacistas brancos, um ano depois dos distúrbios em Charlottesville, Virginia, que deixaram uma mulher morta e 19 feridos.

No aniversário de um ano daqueles incidentes, a rede de extrema direita Unite the Right protagoniza a nova concentração em Washington.

Esta organização, que esteve por trás da manifestação de Charlottesville (Virginia), obteve autorização para reunir 400 pessoas na praça Lafayette, em frente à residência presidencial, a partir de 17H30 locais e durante apenas duas horas.

Um importante dispositivo policial foi implementado no local, com várias ruas fechadas para veículos, especialmente para impedir qualquer contato entre os neonazistas e manifestantes contrários, que também devem comparecer à praça Lafayette.

Grupos antirracistas se reuniram de forma pacífica a partir de meio-dia em frente à Casa Branca, com cartazes que diziam "Não aos nazistas, não ao KuKlux Klan, e não a um Estados Unidos Fascista".

Alguns "dizem que a melhor estratégia é ignorar os supremacistas brancos, que não devemos lhes dar muita atenção. Mas nós realmente acreditamos que seria um erro enorme deixar que os fascistas pisem forte no solo da capital do país, sem oposição", disse à AFP Kei Pritsker, de 22 anos, integrante da Answer Coalition, um grupo antirracismo.

Em uma mensagem em seu site, a Unite the Right disse a seus partidários que "certamente haverá provocadores que tentarão conseguir uma reação de sua parte". "Não respondam com ira", aconselharam os organizadores.

Promotor da manifestação do ano passado, Jason Kessler havia pedido autorização para marchar de novo em Charlottesville, mas as autoridades da cidade a negaram.

A pequena cidade de Virginia, situada a menos de 200 km ao sul de Washington, não queria reviver os eventos de 12 de agosto de 2017.

A rede ultraconservadora obteve naquele momento autorização para uma concentração em Charlottesville, em protesto contra um projeto da prefeitura de retirar uma estátua do general confederado Robert E. Lee.

Após o fim da marcha houve confrontos entre os supremacistas brancos e os contra-manifestantes.

Um simpatizante neonazista avançou com seu carro na direção dos manifestantes contrários ao racismo, matando Heather Heyer, de 32 anos, e deixando 19 feridos.

- "Não são bem-vindos" -

Em uma entrevista à rádio pública NPR transmitida na sexta, Jason Kessler expressou seu desejo de que o evento de domingo seja "afastado" e tome distância pública do movimento neonazista.

"Não quero nenhum neonazista no evento", indicou. "Não são bem-vindos".

As autoridades tentarão impedir que os dois grupos entrem em contato, com um grande dispositivo policial.

O presidente Donald Trump expressou no sábado seu repúdio a todo o tipo de racismo.

"Os distúrbios em Charlottesville de um ano atrás causaram mortes insensatas e divisão", escreveu em sua conta de Twitter.

Trump foi criticado no ano passado por não ter condenado claramente os manifestantes neonazistas, após os incidentes que deixaram em evidência o avanço da extrema direita branca.

"Devemos estar unidos como nação. Condeno todo o tipo de racismo e ato de violência. Paz para TODOS os americanos", acrescentou em sua mensagem anterior à manifestação deste domingo.

Jim, um homem negro que estava contra o protesto e não quis dar seu nome completo, disse que sente que os Estados Unidos é mais racista sob o governo de Trump.

Antes "era sutil, agora não é sutil, é na sua cara, é como a Alemanha Nazista", acrescentou.

Os organizadores pediram para carregar só bandeiras dos Estados Unidos e dos Estados Confederados, e evitar emblemas neonazistas.

Todas as armas de fogo foram proibidas no local do protesto em Washington, inclusive para os que têm licença para portá-las.

Faltavam dois minutos para as 22h (horário local) do dia 28 de novembro de 2016 quando o voo 2933 da empresa boliviana LaMia caiu no morro El Gordo, a 35 quilômetros do aeroporto de Medellin, na Colômbia. A bordo, estavam 77 passageiros de um voo charter contratado pela Associação Chapecoense de Futebol, o clube de Chapecó (SC). A equipe do interior do estado catarinense acabava de realizar uma façanha: ia disputar a final da Copa Sul Americana contra o Atlético Nacional, de Medellin. A partida seria disputada no dia seguinte, no primeiro jogo pelo título.

A alegria dos jogadores, da comissão técnica, e dos jornalistas a bordo deu lugar ao horror. Na escuridão da noite o avião bateu de barriga no alto do morro, capotou e se despedaçou encosta a baixo, deixando um rastro de destruição.

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Quando as equipes dos bombeiros voluntários da cidade de La Unión conseguiram chegar ao local quase uma hora depois, apenas sete pessoas ainda estava vivas. Três eram jogadores do time: o goleiro Jackson Follman, o zagueiro Helio Zampier Neto e o lateral Alan Ruschel. Dos 20 jornalistas, apenas o locutor da Radio Oeste de Chapecó, Rafael Renzi, estava vivo. Os outros dois sobreviventes eram tripulantes: a comissária de bordo Ximena Suárez e o técnico de voo Erwin Tumiri. O sétimo passageiro encontrado com vida era o goleiro principal Marcos Danilo Padilha, que chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte.

Um piloto perdido

Minutos antes da queda, o piloto Miguel Quiroga avisou a torre de controle do aeroporto de Rionegro que estava com problemas elétricos e pediu as coordenadas para um pouso de emergência. O avião estava a menos de cinco minutos da cabeceira da pista, mas no dramático diálogo com a torre ficou gravada a desorientação de Quiroga. Ele parecia não saber ao certo sua posição e não entendia as instruções da controladora Yaneth Molina que, por sua vez, não conseguia ver a aeronave no radar. Quando finalmente Quiroga admitiu que estava sem combustível, a torre perdeu o contato.

Avisada por moradores que ouviram o barulho da queda, a Polícia Nacional da Colômbia acionou o modesto grupamento de bombeiros voluntários de La Unión que, em pouco mais de meia hora, conseguiram chegar ao Cerro El Gordo e iniciaram a busca por sobreviventes.

Um plano de voo errado

Enquanto as equipes de resgate vasculhavam os destroços em busca de sobreviventes, as autoridades aeronáuticas no Brasil, na Colômbia e na Bolívia começavam a procurar respostas para as circunstâncias do acidente. E as primeiras informações vindas da Bolívia, de onde o voo 2933 havia decolado, eram desconcertantes.

O avião tinha saído do aeroporto de Santa Cruz de la Sierra com um plano de voo que, segundo a funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea (AASANA), Celia Castedo, "estava errado". Os valores do tempo de voo até Medellin – 4 horas e 22 minutos - eram exatamente os mesmos valores da autonomia de combustível. Isso não dava a margem de segurança necessária para uma situação inesperada. Celia assegura que avisou o problema ao despachante da LaMia, que morreu no acidente.

Em seu depoimento ela disse que ele ignorou o aviso e o avião decolou. Celia, que pediu abrigo ao governo brasileiro, ainda se defende da acusação de homicídio culposo na Justiça boliviana. E se justifica: “Minha função era apenas checar o preenchimento do plano de voo e avisar sobre alguma irregularidade, mas eu não tinha autoridade para impedir a decolagem”.

Para os investigadores do acidente, o avião não poderia jamais ter levantado voo. E isso deixava uma nova pergunta sem resposta: por que o piloto havia decidido voar diretamente para Medellin, no limite de segurança do combustível, se podia ter feito uma escala para abastecimento?

E uma companhia aérea suspeita

O Avro RJ85 é um avião equipado com quatro motores que lhe dão uma autonomia de voo de até 3 mil quilômetros, segundo dados da fabricante British Aerospace. Pode transportar com segurança até 112 passageiros e nove tripulantes. O aparelho tinha sido fabricado em 1999 e comprado por uma empresa americana que o vendeu em 2007 para a City Jet, uma companhia irlandesa de linhas regionais.

Em 2013 o avião foi vendido para a LaMia (Línea Aérea Merideña Internacional de Aviación), uma empresa regional fundada em 2010 na Venezuela pelo empresário Ricardo Albacete Vidal. Antes de ingressar no ramo da aviação civil, Albacete teve empresas nos setores metalúrgicos e petrolíferos e sempre esteve envolvido em política, chegando a ser senador. Ele convidou o lobista chinês Sam Pa, para se associar à LaMia, mas não foi um bom negócio: em 2011 Sam Pa foi preso na China e Albacete dissolveu a empresa.

A LaMia ressurgiu em 2013, com o nome de Línea Aerea Margarita, mas usando o mesmo logotipo e com foco em voos internacionais. Sua estratégia para conquistar o mercado foi agressiva, oferecendo preços até 40% mais baratos do que a concorrência. Assim, a nova empresa acabou atraindo uma clientela muito lucrativa: os times de futebol que viajavam pelo continente durante os campeonatos. Informalmente, a LaMia passou a ser a transportadora preferida da Confederação Sul Americana de Futebol (Conmebol).

Quando o voo 2933 caiu na Colômbia, Albacete negou que o avião fosse da sua LaMia, que teria arrendado seus aviões para a LaMia boliviana. O que ele não mencionou foi que a LaMia boliviana tinha sido criada por ele mesmo, em sociedade com o piloto Miguel Quiroga, que comandava o fatídico voo.

Os jogadores que sobreviveram

O goleiro Jackson Follman, primeiro sobrevivente a ser resgatado dos escombros, não se lembra exatamente o que aconteceu. Tudo que ele recorda é que estava sentado perto dos três companheiros que sobreviveram com ele, o zagueiro Neto, o lateral Alan e o jornalista Rafael Renzi e todos estavam conversando animadamente. Então as luzes da cabine se apagaram e ele desmaiou.

Follman costuma dizer, em entrevistas, que se deu conta de que o avião tinha caído quando voltou a si na escuridão total, no meio dos destroços. E pensou: “O avião caiu. Todo mundo se salvou. Estão todos vivos”. Ao ver os focos das lanternas dos bombeiros no meio da mata, Follman reuniu forças para gritar por socorro. Levado de helicóptero ao hospital, ele teve parte da perna direita amputada. Em longas cirurgias, os médicos conseguiram reconstruir o calcanhar do pé esquerdo e uma vértebra cervical que, por sorte, não atingiu a medula.

O lateral Alan Ruschel também estava muito ferido e foi levado ao hospital de caminhonete, por dois moradores de La Unión. Embora estivesse consciente o tempo todo, Alan tinha um problema grave: uma fratura na coluna que poderia deixá-lo tetraplégico. Mas, nas horas seguintes, os médicos do Hospital San Vicente descartaram o risco.

O zagueiro Helio Neto ficou sete horas nos escombros e foi o último a ser resgatado. Os socorristas já tinham desistido de encontrar mais sobreviventes quando um deles ouviu gemidos e voltou para localizar o chamado. No entanto, seu estado era tão crítico que os médicos chegaram a prevenir seus familiares de que não alimentassem muitas esperanças.

E um time que ressuscitou

Quando a notícia chegou a Chapecó, já na madrugada do dia 29, os 200 mil habitantes foram sendo despertados pelos relatos da tragédia e a cidade mergulhou na dor e no luto. Do sonho de uma conquista esportiva para o pesadelo inimaginável: os chapecoenses tinham perdido seus jogadores, seus dirigentes e jornalistas que relatariam a vitória tão esperada. E só havia um lugar onde eles queriam estar: a Arena Condá, o estádio do clube.

Na noite de quarta-feira, quando o time deveria estar jogando em Medellin, os torcedores lotaram as arquibancadas para chorar, cantar o hino do clube e gritar a saudação que tinha guardada no peito: “É campeão!”. Simultaneamente, em Medellin, colombianos lotaram o estádio Atanasio Girardot, onde o jogo contra a Chapecoense deveria ocorrer, para homenagear o time brasileiro.

O luto de Chapecó se espalhou pelo Brasil e o mundo. Nas redes sociais, torcedores de equipes adversárias começaram a pintar de verde os distintivos de seus próprios times e a frase: “Somos Chape”. Era o início da reação para reconstruir o sonho e o time.

Virada

A Chapecoense já não tinha mais um time titular para entrar em campo, uma vez que quase todos os jogadores morreram no acidente. Nem uma comissão técnica, nem mesmo o presidente do clube, que morreu no acidente. Mas ali, na Arena Condá, estavam os jogadores que não tinham viajado para a Colômbia. Neles, a torcida enxergava a esperança de um recomeço para formar o novo time para a temporada de 2017.

O troféu de Campeão Sul Americano, entregue à Chapecoense pela Conmebol depois que o Atlético Nacional decidiu abrir mão do título, não era apenas simbólico. O prêmio pelo título foi de US$ 2 milhões e a vaga na Recopa rendeu mais US$ 1 milhão. Por ser campeã sul americana, a Chape garantiu também vaga na Libertadores e mais US$ 1,8 mil pelos três jogos como mandante de campo.

Com as finanças reforçadas, o clube reconstruiu o time e conquistou o título do campeonato catarinense de 2017. E mesmo depois de ter tropeçado na série A do Brasileirão, a Chape conseguiu escapar do rebaixamento e continuará em 2018 na principal divisão do futebol profissional brasileiro.

Uma das maiores emoções vividas pelo time e sua torcida depois da tragédia foi em agosto deste ano, quando a equipe pisou no gramado do Nou Camp em Barcelona para um amistoso contra o time da casa, recebendo a homenagem de um estádio lotado. As imagens dos jogadores mortos foram projetadas no telão e o ex-goleiro Follman, agora embaixador do clube, e o zagueiro Helio, deram o chute inicial da partida.

Entre os jogadores escalados para a partida, estava Alan Ruschel, que os médicos colombianos temiam que não voltasse a andar. Ele saiu de campo após 35 minutos de jogo, com a camisa assinada por Messi e a homenagem da torcida. Em Chapecó, o grito da torcida voltou a ecoar: “O campeão voltou!”.

A advogada Janaina Conceição Paschoal, autora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff ao lado dos juristas Miguel Reale Jr. e Hélio Bicudo, disse que hoje se sente "mais madura, mais velha e mais tolerante". Segundo ela, o Brasil saiu "maior" do processo de cassação da petista.

Professora de Direito Penal da USP, Janaina disse que tem o "sentimento de ter cumprido uma missão". A rotina, apesar do assédio e das polêmicas nas redes sociais, é a mesma: aulas, bancas, concursos. Para ela, Temer perdeu a "oportunidade" de ser um "estadista". Leia trechos da entrevista:

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O que mudou na sua vida nesse último ano?

Vida normal. Eu me sinto uma pessoa mais madura, mais velha em todos os sentidos, mas a vida segue normal. Dou aulas normalmente, nada mudou. Você fica mais tolerante depois de passar por tudo aquilo. Eu já era tolerante, e fiquei ainda mais tolerante.

Como avalia sua responsabilidade nesse processo?

Sobre o crime dos outros, eu não tenho responsabilidade nenhuma. Sinto um alívio muito grande, um sentimento de ter cumprido uma missão. Não me omiti, esse é o sentimento. Responsabilidade é forte demais. Trabalhei para que um comportamento ilícito tivesse consequência. O meu sentimento é de tranquilidade porque ter feito o que precisava.

Qual o balanço a senhora faz dos rumos do governo Temer nesse período?

É importante deixar bem claro que, quando eu pedi o impeachment da presidente, não foi com o objetivo de colocar Temer no poder. Pedi o impeachment por força dos crimes que foram cometidos. E o PT tinha convidado Michel Temer (para ser vice). O problema que eu vejo é que Temer poderia ter aproveitado essa oportunidade histórica para ser um estadista. Os fatos mostram que não foi assim.

O que faltou para Temer se tornar um estadista?

O problema foi a mala (entregue por um executivo da JBS ao ex-assessor do presidente Rodrigo Rocha Loures). Aconteceu algo na vida dele que dá a oportunidade de ele dar uma virada. E o sujeito pega esta oportunidade e joga no lixo. É muito grave. Nada do que ele faça na economia, em qualquer campo, nada vai apagar a mala.

Como vê o trabalho do STF, do MPF e da PF contra a corrupção?

Tenho algumas divergências pontuais, mas elas não impedem de reconhecer o mérito do trabalho do Ministério Público, da Polícia Federal, dos juízes. Com relação ao STF, tenho grandes preocupações.

Quais preocupações?

O discurso de alguns ministros é um discurso que vai no sentido de anular tudo.

Quais ministros?

As decisões do ministro (Ricardo) Lewandowski, do ministro (Dias) Toffoli, algumas libertações que eu acho que as pessoas não seriam libertadas se não fossem importantes. Agora, o discurso mais assustador é o do ministro Gilmar Mendes. É muito assustador.

E em relação à PF e ao MP que terá uma nova chefe?

Nunca soube de nada que desabonasse a doutora Raquel (Dodge). Em relação à polícia, as mudanças (na Lava Jato) não são algo assim tão incomum. No Supremo, o risco é total. O Supremo hoje é o maior perigo que o País corre nesse processo.

Passado um ano, como o Brasil saiu desse processo?

O Brasil saiu maior, porque mostrou que a gente tem a capacidade de enfrentar a nossa triste realidade.

Se a senhora for chamada ou sentir que algo precisa mudar entraria novamente numa briga tão grande quanto foi aquela?

Eu acho que sim. Mas tem de ser uma coisa que eu entenda que seja determinante para o País, como eu entendi que era naquele momento. No caso do Temer, a OAB já tomou a frente. Eu acredito que, a depender do rumo, eu entro de novo, sim.

Pretende entrar na política?

Na vida político-partidária, não tenho pretensão, mas na vida política, sim. Sou engajada há muito tempo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O dia 31 de agosto de 2016 entrou para a história do Brasil como aquele em que a presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu um impeachment e deixou o poder, após cumprir menos da metade de seu segundo mandato.

No Senado, por 61 votos favoráveis e 20 contrários, Dilma foi cassada do cargo, mas não perdeu os direitos políticos. Desde então, seu vice-presidente, Michel Temer, assumiu o comando do país com promessas de reformas e de estabilidade política. Mas, o que mudou com o representante do PMDB no poder?

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"Imediatamente após a saída de Dilma, nós tivemos um surto de expectativas quanto à economia. Mas foi apenas um surto, pois as denúncias que vieram sucessivamente, envolvendo o próprio presidente e expoentes de seu governo, refrearam essas expectativas", afirma o especialista em política da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rogério Baptistini, em entrevista à ANSA.

Sobre a economia, Baptistini destaca que, "apesar de alguns indicadores de melhora na economia, não temos a melhora desejada". "A saída da presidente não serviu para atenuar o desemprego, com a crise econômica continuando a ser muito grave", observa. Já o professor do departamento de Ciência Política da Universidade de Brasília Ricardo Caldas disse que é necessário "fazer uma separação entre a pessoa física e o governo Temer".

"O Temer pessoa física é muito impopular e mal visto pela sociedade, sendo que a imagem que prevalece é a de 'um golpista', não no sentido de algo ilegal, mas que assumiu o poder de maneira oportunista", destaca o especialista à ANSA.

"Mas, ao analisar sem emoção, o governo tem tomado medidas que têm dado resultados, como no combate à inflação, ao atrair investimentos. Ele colocou o mercado em funcionamento de novo. Porém, do ponto de vista fiscal, certamente, não houve um equilíbrio e os problemas persistem", ressalta Caldas.

Ao assumir o cargo, Temer destacou que seu governo faria uma série de reformas para recolocar o Brasil "nos trilhos" e tirar o país da grave recessão econômica em que se encontrava. No entanto, uma série de denúncias contra ele mesmo e contra alguns dos principais expoentes de seu governo acabaram atrasando ou até paralisando os debates.

"Essas denúncias atrasaram a agenda de reformas, mas não a impediram. A trabalhista saiu, mas em um ritmo mais lento. Já a da Previdência, certamente, para ser aprovada. Temer vai ter que fazer muitas concessões", diz Caldas à ANSA.

Baptistini, no entanto, lembra que as reformas demoraram a sair também por falta de habilidade de negociações do novo governo. "O presidente Temer não se mostrou um líder à altura do momento.

É lamentável para a sociedade brasileira, mas ele não soube costurar as alianças necessária para sair da crise. Para implementar reformas, era necessário ter feito uma grande coalizão, mas com o sistema de partido e políticos que nós temos, e com as denúncias se avolumando, o momento passou", enfatiza o professor à ANSA.

Segundo Baptistini, "o ímpeto reformista é falso, é da boca pra fora, porque não tem atores que sustentem isso - e a sociedade desconfia do governo".

- PT e a perda do poder: A saída de Dilma da Presidência do Brasil também encerrou um ciclo de 13 anos de poder do Partido dos Trabalhadores (PT) no cargo. Primeiramente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois com a sua sucessora, o PT tornou-se a principal força política dos últimos anos.

Porém, com a saída do poder, a sigla acabou se apequenando nas eleições municipais do ano passado e luta para tentar mostrar força. "O PT perdeu a possibilidade de fazer uma atualização. Nesse um ano fora do poder, mostrou ser extremamente dependente da personalidade do Lula, com as bases sem poder de difusão. Foi um partido que não se reformou e não apresentou para a sociedade uma autocrítica", diz Baptistini à ANSA, ressaltando que se essa postura continuar, a sigla "segue para insignificância".

Para Caldas, a situação do partido também se divide em duas partes: o PT em si tem uma grande rejeição, mas "se Lula for candidato, ele tem 30% das intenções dos votos". "Mas, ele não é o partido todo. Se Lula concorrer, o que não acredito que irá acontecer, o PT pode voltar ao poder", destaca o professor da UNB.

- Eleições 2018: Até mesmo por conta desse momento político, com as principais legendas envolvidas em escândalos como a Lava Jato, o cenário para as eleições presidenciais do ano que vem está completamente indefinido.

"A gente enfrenta um momento bastante confuso e o horizonte é de penumbra, sobretudo porque os partidos estão em descrédito.

Alguns estão tentando se reinventar, alguns fazendo mudanças estéticas, como mudar o nome numa tentativa de iludir os eleitores. É muito provável que surja um aventureiro, que surja alguém sem experiência, o que seria ruim para todos nós", finaliza Baptistini. 

Entre junho de 2015 e 2016, Kris Jenner e suas cinco filhas, Kim, Kourtey, Khloé, Kendall e Kylie, arrecadaram juntas uma quantia de 122,5 milhões de dólares, aproximadamente 418 milhões de reais. Juntas, aliás, elas conquistaram as seis primeiras posições do ranking de celebridades que mais lucraram no ano.

No topo está a mamãe de North e Saint West, que conquistou 51 milhões de dólares, aproximadamente 178 milhões de reais, muitos deles conquistados com seu jogo Kim Kardashian: Hollywood.

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A irmã que fica em segundo lugar nessa lista é Kylie Jenner, com a quantia de 18 milhões, aproximadamente 63 milhões de reais. Kendall Jenner vem em seguida com 17 milhões de dólares, mais de 59 milhões de reais, enquanto Khloé Kardashian conquistou 15 milhões, mais de 52 milhões de dólares, e Kourtney Kardashian 10 milhões de dólares, mais de 35 milhões de reais.

Apesar da tristeza e da dificuldade para "virar a página", parisienses expressaram neste domingo vontade de seguir em frente, com pedidos de tolerância, no primeiro aniversário dos atentados de 13 de novembro de 2015.

Um ano depois da explosão de bombas e dos disparos de fuzis kalashnikov, um silêncio quase religioso tomou os lugares onde uma dezena de jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) tiraram a vida de 130 pessoas e deixaram quase 400 feridos.

Diante do estádio nacional de Saint Denis, nos arredores de Paris, e nas imediações de bares e restaurantes da capital francesa, rostos estavam sérios e alguns exibiam lágrimas misturadas a gotas da chuva que acompanhou o primeiro aniversário dos atentados.

"Voltar a ver os feridos, às vezes usando muletas ou em cadeiras de rodas, fez eu me lembrar", contou Thierry, sobrevivente do ataque ao Bataclan.

"Meu nome poderia estar nesta placa", disse, apontando para o memorial dedicado às 90 pessoas que morreram no local.

Thierry considerou a cerimônia "sóbria, digna e emocionante". "Nunca pensei que ouvir o nome das vítimas me afetaria tanto", comentou.

Líderes políticos evitaram tomar a palavra, para não serem acusados de tirar proveito das circunstâncias.

O consultor Olivier, 28, ferido no bar Le Carrillon, ficou satisfeito com as homenagens, mas disse desejar que a França vá um pouco mais longe em sua reflexão.

"É importante entender como chegamos até aqui, por que há uma divisão entre estas duas juventudes", assinalou.

Muitos dos autores dos atentados eram jovens franceses radicalizados por islamitas, que decidiram atacar a juventude que se divertia em uma noite de sexta-feira na casa de shows Bataclan e em restaurantes e cafés de uma área cosmopolita do nordeste de Paris.

Neste domingo, moradores da região mostraram uma firme vontade de não ceder ao medo e à intolerância crescente na sociedade francesa.

"Sem importar a cor da pele ou a religião, todos nos encontramos hoje na tristeza", disse Brigitte, 69, que lembrou os atentados no bar La Belle Equipe, onde uma conhecida morreu.

- Nenhum 'amálgama idiota' -

Muitos deixaram flores, velas ou pequenas mensagens poéticas. "Tentaram nos enterrar, mas não sabiam que éramos sementes", dizia uma delas.

Os atentados "marcaram a vida da região", assinalou Bruno, 36 anos, que comemorou não ter ouvido "nenhum amálgama idiota sobre os muçulmanos e os terroristas em nenhum dos bares" que frequenta.

Os atentados geraram suspeita e tensão envolvendo a comunidade muçulmana na França, que ficaram em evidência nas discussões sobre o burquíni durante o verão boreal.

"Como podemos continuar vivendo depois de termos sido atingidos pelo terrorismo? Como faremos para não sermos alimentados pelo ressentimento ou pelo ódio?", questionou Michael Dias, filho de Manuel, primeira vítima dos atentados, que perdeu a vida nas imediações do estádio nacional de Saint Denis quando um dos homens-bomba que tentavam entrar no local detonou seu cinturão.

O único orador do dia disse que encontrou sentido na história de vida de seu pai, que chegou à França oriundo de Portugal, aos 18 anos, fugindo da ditadura.

"Não deixei de ouvir meu pai, ele nos diz que não devemos viver com medo. Frente a este medo de viver, de sair, devemos continuar avançando, livres (...), sem nunca cedermos àqueles que querem nos aterrorizar", refletiu.

Em relação ao tema terrorismo, "não é por uma ordem, e sim através de cultura e conhecimento, que poderemos evitar que as crianças de amanhã se humilhem como buchas de canhão", disse o homem, 31, que convocou um combate "à estigmatização e divisão".

Diante do presidente francês, François Hollande, que se manteve discreto, Dias encerrou dizendo: "Viva a tolerância, viva a inteligência e viva a França!"

Na próxima sexta-feira, (11) completa-se um ano desde que o Brasil foi oficialmente atingido por uma das maiores epidemias de sua história. Em 11 de novembro de 2015, o Ministério da Saúde decretou a epidemia do vírus Zika como Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional. Naquela data, já se passavam dois meses desde que médicos do Nordeste alertaram para o alto número de nascimentos de bebês com microcefalia em diversos estados.

Começava ali um longo período de investigação e angústia para mães, mulheres grávidas e famílias. Pesquisadores de diversas áreas mobilizaram-se até constatar que os casos de microcefalia poderiam estar relacionados a um novo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A zika passou a ser o novo vilão da saúde nacional.

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A descoberta

Os primeiros casos de infecção pelo zika no Brasil ocorreram em meados de abril de 2015, na cidade de Camaçari, região metropolitana de Salvador (BA). O infectologista Antônio Bandeira atendeu os primeiros pacientes com os sintomas do vírus ainda desconhecido no país. “Eu fiquei  impressionado com a quantidade muito grande de pessoas que estavam sendo atendidas na emergência do hospital naquele momento, que chegavam com o mesmo sintoma. Manchas no corpo, febre baixa, uma conjuntivitezinha e dores pelo corpo. Era como se fosse a espécie de uma xerox de uma pessoa para outra.”, lembra o médico.

Os exames dos pacientes de Camaçari foram enviados para a Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde foram submetidos à análise de virologistas que constataram a presença do Zika e comprovaram sua transmissão por vetor. “Quase a totalidade daquelas amostras eram positivas para zika e a gente estava diante do primeiro surto documentado do vírus no continente americano naquele momento. Nós comunicamos o Ministério da Saúde imediatamente no dia 29 de abril.”

Como nem todos os pacientes manifestam os sintomas da infecção, o registro do vírus no país só chamou a atenção a partir do segundo semestre de 2015, depois do surgimento de casos de adultos com a Síndrome de Guillain-Barré e do nascimento de centenas de bebês com microcefalia, principalmente em Pernambuco.

Zika e microcefalia

A relação do vírus Zika com a microcefalia foi descoberta pelos pesquisadores do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim (Ipesq), em Campina Grande (PB). “Na realidade, a gente complementou o trabalho que já vinha sendo feito em Pernambuco, os pesquisadores de lá já tinham levantado essa hipótese, mas não tinham conseguido encontrar o vírus. Conseguimos detectar no líquido amniótico e descobrimos que era o vírus asiático que está circulando aqui no Brasil. Ele é muito mais agressivo e tem uma predileção muito grande pelo sistema nervoso central”, esclarece Adriana Melo, especialista neonatal e coordenadora do Ipesq.

O assunto ainda não tinha sido amplamente divulgado pela imprensa quando Elaine Michele, 29 anos, percebeu em seu corpo o sinal da notícia que mudaria sua vida. Ela mora em São Lourenço da Mata, cidade da região metropolitana do Recife (PE). Como o próprio nome sugere, o município é rodeado por uma mata, condição que, aliada à falta de saneamento, favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Mãe de Eduarda, de 14 anos, Elaine esperava o segundo filho. Só não imaginava que seu sonho seria abalado por uma epidemia. No terceiro mês de gestação, ela acordou toda vermelha. As manchas no corpo passaram rápido, mas os efeitos foram permanetes em sua vida. As oito ultrassons feitas durante o pré-natal não foram suficientes para mostrar as calcificações no cérebro do bebê, descoberta somente depois do nascimento. 

“Fiz ultra com dopler colorido, fiz ultra 3D, nada mostrava. Quando ele nasceu, para mim, foi um baque. Fiquei sem chão. Mas, primeiramente, Deus e segundo, meu esposo, me deram muita força. Mas, no começo, eu não aceitava. Perguntava por que eu? Por que comigo? Me via só porque eu não sabia que existiam tantos bebês iguais ao meu. Não conhecia a microcefalia como eu conheço hoje, achei que fosse o fim”, lembra Elaine.

De acordo com o Ministério da Saúde, de outubro de 2015 até outubro de 2016, foram notificados 9.953 casos de microcefalia e outras alterações no sistema nervoso. Desse total, 4.797 casos foram descartados e 2.079 foram confirmados como microcefalia. Outros 3.077 casos suspeitos permaneciam em investigação até 22 de outubro. Do total de casos confirmados (2.079), 392 tiveram resultado positivo para o vírus Zika. O ministério, no entanto, considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.

Diagnóstico tardio

Três tipos de testes são capazes de detectar o vírus, mas apenas o chamado PCR está disponível na rede pública de sáude. Os testes rápidos que identificam em 20 minutos se o paciente já foi infectado alguma vez na vida pelo zika já estão prontos, mas ainda não estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O ministério anunciou a distribuição de 2 milhões de kits até o final deste ano e mais 1,5 milhão até fevereiro de 2017. Enquanto isso, muitas mulheres só sabem que foram infectadas com o vírus Zika depois do nascimento do bebê.

A subnotificação é resultado da dificuldade em realizar os testes. O diagnóstico rápido e preciso ainda é um desafio, aponta o Professor Universidade Federal da Bahia e Diretor do Hospital Geral Roberto Santos, Antônio Raimundo. “A grande dificuldade é o exame em si. Nós tivemos muitos problemas com o RTPCR, um exame muito caro e que você precisa fazer três vezes”. O infectologista Antônio Bandeira também se queixa de dificuldades. “Infelizmente, a gente tem o Aedes Aegypti transmitindo esses três vírus e tem que ter sistemas melhores de diagnóstico.

Investimento em pesquisa

Um ano depois do surto, especialistas já reconhecem que os efeitos do vírus Zika podem ir muito além da microcefalia. “Esse vírus já demonstrou sua associação não só com microcefalia, mas uma sequência de defeitos congênitos, de complicações neurológicas que hoje caracterizam o que a gente chama de Síndrome de Zika Congênita”,  alerta a professora de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Melânia Amorim.

A definição do conceito de Síndrome Congênita do Zika não trouxe respostas para todas as incertezas que persistem sobre a doença. O Instituto de Pesquisa de Campina Grande se dedica atualmente à investigação de bebês com microcefalia infectados pelo vírus Chicungunya, além de casos suspeitos de infecção por outros vírus. O desafio é conseguir verba para concluir as pesquisas.
“Todo mundo está trabalhando meio que voluntário, ninguém tem bolsa ou recebe para fazer pesquisa. A gente não tem insumos. A nossa sorte tem sido as parcerias, tanto com a prefeitura, quanto com a universidade privada que tem ajudado na parte do diagnóstico e, principalmente, com a Universidade Federal do Rio de Janeiro que tem nos enviado todos os reagentes para pesquisa. Do contrário, a gente estaria de braços cruzados”, relata Adriana Melo, do Ipesq.

O Hospital Geral Roberto Santos, um dos maiores da rede pública de Salvador (BA), também tem desenvolvido pesquisas sobre o vírus e luta por investimento. “Para nós não existe mais dúvida de que existe uma relação entre o vírus Zika e a microcefalia. Mas, cada vez que a gente estuda isso, surgem mais perguntas. Por quê? Por que tão grave? Qual é o  período mais perigoso? Existe alguma relação entre isso e uma infecção prévia por outro vírus? Então, nós estamos estruturando diversos projetos de pesquisa para responder a algumas dessas perguntas. Agora precisamos entender como prevenir. Você pegou zika e está grávida, tem alguma coisa a se fazer? Vai ter que fazer pesquisa para descobri isso. É preciso recurso, o Brasil tem que investir em ciência e tecnologia”, afirma Antônio Raimundo, diretor do hospital.

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou, neste sábado (16), que a preservação e ampliação dos direitos dos trabalhadores compõem “o caminho certo” para o desenvolvimento Brasil. Lembrando a PEC das Domésticas, regulamentada em lei sancionada no dia 2 de junho de 2015, a petista destacou, em publicação no Twitter, os bons resultados da legislação que fez um ano no último mês. 

“Regulamentamos a PEC das Domésticas, ampliando direitos de milhões de trabalhadoras. O acesso ao FGTS é um dos direitos conquistados pelas domésticas, igualando-as aos demais trabalhadores. Deu muito certo: cresceu 622% o número de domésticas com direito ao FGTS, passando de 190 mil para 1,37 milhão, em apenas um ano”, detalhou.

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Fazendo relação ao processo de impeachment que tramita contra ela e a tese de que o governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) tem cerceado as conquistas trabalhistas, Dilma Rousseff utilizou a hashtag #NenhumDireitoAMenos. “Este é o caminho certo para o Brasil: preservar e ampliar direitos para os trabalhadores. Na luta pela democracia, renovamos nosso lema, que é e sempre será: #NenhumDireitoAMenos!”, argumentou. 

A Dinamarca comemorou neste domingo, sob estritas medidas de segurança, o primeiro aniversário dos atentados de Copenhague perpetrados por um jovem dinamarquês radicalizado que matou um cineasta e um homem de origem judaica antes de ser abatido pela polícia.

O primeiro-ministro, Lars Løkke Rasmussen, colocou de manhã uma coroa de flores em frente ao centro cultural e à sinagoga, alvos dos ataques.

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"Os dinamarqueses querem viver em paz. É a mensagem mais importante que podemos dar hoje. Não vamos ceder, não vamos renunciar", disse o primeiro-ministro à imprensa reunida em frente ao centro cultural.

"Sempre houve ameaças sérias contra a Dinamarca. Isso mudou. Mas do nosso lado temos agido, temos reforçado nossos serviços de inteligência e nossa polícia", garantiu.

O chefe do governo vai participar de um evento organizado pela associação Finn Nørgaard, que leva o nome do cineasta que morreu em um dos atentados. Esta associação dá apoio a jovens imigrantes.

"Queremos trabalhar para que este ato injustificável que nos tirou Finn não volte a acontecer", disse à AFP o fundador da associação, Jesper Lynghus. "Copenhaga é agora uma cidade diferente do que era há um ano", conta.

Uma vigília será organizada durante a noite, entre os dois locais atacados, ligados por uma corrente que vai acender 1.800 velas. Tudo isso com uma presença policial significativa.

Em 14 de fevereiro de 2015, Omar El-Hussein, um dinamarquês de origem palestina de 22 anos, atacou com uma arma automática um centro cultural onde ocorria um debate sobre a liberdade de expressão.

Nesta conferência participava o cartunista sueco Larsk Vilks, alvo dos islamitas desde que em 2007 desenhou o profeta Maomé com o corpo de um cão.

No ataque morreu o cineasta dinamarquês Finn Nørgaard, de 55 anos, e três policiais ficaram feridos. O agressor, que conseguiu fugir, matou neste mesmo dia à noite Dan Uzan, um judeu de 37 anos, em frente a uma sinagoga.

- Um lugar no 'paraíso' -

O jovem foi abatido algumas horas depois num tiroteio com a polícia. Ele havia saído da prisão há pouco tempo, onde cumpriu pena por crime com arma branca. A investigação tem avançado neste último ano. Agora já se sabe, por exemplo, que Omar El-Hussein jurou lealdade, no Facebook, ao grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Pouco antes de sua morte, escreveu uma mensagem a seus "irmãos", comemorando o fato de já ter lugar garantido no "paraíso".

Uma rádio afirmou que o agressor levava um exemplar do Corão no bolso quando foi atingido. Mas a polícia nunca comentou publicamente as motivações do ataque. "Isso pode ser explicado pelo fato de que eles não querem associar o Islã ao terrorismo", disse Hans Jørgen Bonnichsen, um ex-alto funcionário dos serviços de segurança, citado pela agência Ritzau.

Durante o ano passado, o tom do debate sobre a integração dos muçulmanos na Dinamarca reforçou consideravelmente, e foi misturado com a política de imigração.

Dinamarca registrou 21.000 pedidos de asilo em 2015, tornando-se - em proporção à população - um dos países europeus com o maior número de refugiados, ao lado de Alemanha, Suécia, Áustria e Finlândia.

Mas o pequeno reino, ex-campeão dos direitos dos refugiados, mudou neste aspecto, sob a influência do Partido do Povo Dinamarquês, anti-imigração.

"Um ano depois, o assassino ainda está à solta": um Deus barbudo, armado com uma kalashnikov, ilustra a capa da revista satírica Charlie Hebdo na edição que chega às bancas, um ano após o primeiro de uma série de atentados que mostraram a vulnerabilidade da França.

Com uma tiragem de um milhão de cópias, incluindo dezenas de milhares expedidas para o exterior, esta edição especial da Charlie sai nesta quarta-feira (6) em meio a uma semana de cerimônias, que culminarão no domingo com uma grande manifestação em Paris.

Na presença do presidente François Hollande, uma cerimônia também foi programada na Praça da República, para lembrar as manifestações gigantescas contra o terrorismo de 11 de janeiro.

Em 7 de janeiro de 2015, dois irmãos jihadistas semearam a morte na sede da Charlie Hebdo, em um ataque que espantou o mundo, visando um pilar da democracia, a imprensa livre. "O 11 de setembro francês", descreveu o influente jornal Le Monde.

"Vingamos o profeta! Matamos Charlie Hebdo", gritaram os irmãos Said e Kouachi Sharif, antes de fugirem depois de dizimarem a redação da publicação (oito de seus membros foram mortos, incluindo cinco cartunistas), inimigos dos islamitas desde a publicação de caricaturas de Maomé em 2011. Quatro outras pessoas foram mortas no ataque.

No dia seguinte, outro muçulmano radicalizado, Amédy Coulibaly, matou uma policial perto de Paris. Na sexta-feira dia 9, ele atacou um supermercado judaico, matando quatro judeus antes de ser morto pela polícia. Os irmãos Kouachi foram mortos simultaneamente no nordeste de Paris.

Em três dias, os jihadistas, que reivindicaram pertencer à Al-Qaeda ou ao grupo Estado Islâmico (EI), mataram 17 pessoas. Em 11 de janeiro, Paris se tornou a "capital do mundo", segundo as palavras de François Hollande. O presidente francês caminhou pela capital junto a cerca de 50 líderes estrangeiros.

Fissuras

No total, quase 4 milhões de manifestantes tomaram as ruas do país, a maior mobilização popular desde o Liberation em 1944. Em Londres, Madri ou Washington, as pessoas também marcharam cantando a Marselhesa e gritando "Je suis Charlie" ("Eu sou Charlie").

Mas esta bela expressão de solidariedade não escondeu as tensões na sociedade francesa. Apesar de denunciarem a violência, alguns muçulmanos tiveram dificuldades em se solidarizar com Charlie Hebdo.

Os professores também tiveram dificuldades em impor os minutos de silêncio em homenagem às vítimas, enquanto os assassinos foram, por vezes, glorificados na internet.

A França passou a questionar seu modelo de integração. Como os jihadistas, nascidos e criados na França, chegaram ao ponto de cometer tais atos extremos? O primeiro-ministro Manuel Valls denunciou um "apartheid territorial, social, étnico" no país.

A extrema-direita acabou por se beneficiar da tensão, registrando resultados históricos nas eleições territoriais em março (25% dos votos no primeiro turno) e, em seguida, nas regionais de dezembro (quase 28%).

Uma semana depois do massacre, Charlie Hebdo publicou uma nova caricatura do profeta com uma lágrima no olho. Do Niger à Chechênia, manifestações violentas, por vezes fatais, irromperam no mundo muçulmano.

França em guerra

Após esta "edição dos sobreviventes", da qual cerca de oito milhões de cópias foram vendidas, os sobreviventes da Charlie Hebdo ainda tentam se recuperar, lutando para lidar com seus traumas, enquanto alguns deixaram o jornal.

Em outras partes, a vida retornou para os trilhos sob vigilância: as patrulhas se tornaram a norma em locais sensíveis. Apesar destas medidas, alguns judeus preferiram partir para Israel.

E este dispositivo de segurança não impediu que o horror voltasse a acontecer. Apesar de alguns ataques terem sido frustrados (contra uma igreja no subúrbio de Paris em abril) ou limitados (em um trem Thalys, em agosto), os jihadistas atingiram um novo patamar em 13 de novembro.

Naquela noite, uma dúzia de homens atacaram de maneira coordenada um estádio de futebol, bares e restaurantes e uma casa de shows. Eles matam 130 pessoas no pior ataque já cometido na França.

Desta vez, o "espírito de 11 de janeiro" não soprou sobre o país, colocado em estado de emergência. As manifestações foram proibidas, as ações policias se multiplicaram, os ataques contra o EI - que reivindicou os atentados - aumentaram na Síria e no Iraque. "A França está em guerra", insistiu François Hollande.

Já está perto de completar um ano da morte de Roberto Bolaños, o intérprete de Chaves na série de mesmo nome, e Florinda Meza, sua viúva, não deixará a data passar em branco.

Uma missa será celebrada neste sábado, dia 28, mas uma pessoa nós já garantimos que não estará lá: Maria Antonieta de las Nieves, que interpretava Chiquinha na série. A própria atriz revelou em entrevista ao programa El Gordo y laFlaca, segundo o La Opinión, que não foi convidada, mas que adoraria honrar o antigo colega de trabalho.

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- Não fui chamada. E se e chamassem agora não poderia ir porque já tenho planos, revelou ela, sem querer levantar maiores polêmicas.

Lembrando que o elenco de Chaves passou por muitas brigas e confusões.Não só Maria teve que brigar para conseguir os direitos da personagem Chiquinha, como Carlos Villagrán, o Quico, teria brigado com Bolaños por causa de Florinda, já que os dois também tiveram um affair.

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O advogado Antônio Campos (PSB) visitou, na tarde desta quinta-feira (13), os túmulos onde o avô, Miguel Arraes, e o irmão, Eduardo Campos, estão enterrados no cemitério de Santo Amaro, em bairro homônimo, no Recife. Durante a passagem pelo local, o advogado lembrou os ensinamentos de Eduardo e destacou que a “força do povo” tem ajudado a família a superar a dor.

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“É um dia difícil, mas Eduardo nos ensinou a coragem, a fé e a esperança. Essas três energias nos confortam e fazem seguir adiante”, disse, emocionado, após relutar em falar com a imprensa. “A força de Deus e a do povo são as que norteiam a vida da nossa família”, acrescentou.

Acompanhado de um dos seus filhos, em frente ao túmulo Antônio rezou, levou flores e chorou a perda precoce do irmão há um ano. “Eduardo morreu praticamente na hora que nasceu. Ele nasceu às 9h05 e o avião caiu praticamente às 9h15. Essa coincidência nos diz muito”, observou em menos de um minuto de entrevista.

Além do irmão do ex-governador, durante a tarde, segundo funcionários do cemitério, a viúva Renata Campos e os filhos João, Maria Eduarda, Pedro, José e Miguel passaram pelo local. Pela manhã, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, também visitaram os túmulos de Arraes, Campos e do jornalista Carlos Percol, assessor de Eduardo que estava no jatinho que caiu no litoral de São Paulo.

Confira a entrevista com Antônio Campos no vídeo abaixo:

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Nesta quinta-feira (23) completa-se um ano da morte do escritor Ariano Suassuna. Para registrar a data, o PSB divulgou um vídeo, nas redes sociais, em homenagem ao paraibano e vai lançar o projeto “Viva Suassuna”, organizado pela Fundação João Mangabeira, com uma linha do tempo sobre a vida do presidente de honra do partido. 

No esquete, publicado na página do PSB no Facebook, os socialistas se dizem agradecidos ao dramaturgo pela contribuição dada ao partido. “O pensador frânces Jacques Maritain disse que o Brasil estava destinado a mais bela tarefa que já foi destinada ao povo: a missão de unir e fundir a justiça e a liberdade. A meu ver, o Partido Socialista Brasileiro é o que representa este sonho”, diz Ariano no vídeo publicado pelo partido. 

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Já o “Viva Suassuna”, de acordo com a assessoria da Fundação, estará disponível até o fim do dia no site da TV João Mangabeira. Trata-se de uma linha do tempo sobre Ariano Suassuna com citações, documentos, momentos, músicas, poesias e obras de teatro, histórias inéditas do artista desde a infância até o falecimento, em julho do ano passado.

“Suassuna era um intelectual da maior qualidade, um dos maiores entre outros que o nosso País já possuiu. Para nós, o fato desse intelectual ter aceitado ser o nosso presidente de honra foi realmente uma alegria muito grande. Ariano trazia consigo o entusiasmo da militância e da direção do partido. Tinha um grande amor pelo nosso país e pelo seu povo”, pontuou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

Ariano Suassuna faleceu no dia 23 de julho de 2014, após um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico, aos 87 anos. 

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