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Dirigentes de partidos da coligação de apoio à pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram informados por aliados de Márcio França (PSB) que o ex-governador deve divulgar a decisão de desistir da corrida ao Palácio dos Bandeirantes em breve.

A definição da vice na chapa de Fernando Haddad (PT) deve ocorrer após o anúncio de França. O petista deseja Marina Silva (Rede) como parceira na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, mas o PSB tenta emplacar o nome de Lu Alckmin, mulher de Geraldo Alckmin, para o posto, e o PSOL cobra o espaço.

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Em troca de sair da disputa pelo governo de São Paulo, França deve aceitar a sugestão do PT e disputar uma vaga ao Senado na chapa com Haddad. O PSB ainda negocia, no entanto, mais influência na campanha paulista. Além da vaga de senador, França tem pleiteado a indicação do primeiro-suplente ao Senado.

A costura para que França desista foi feita por Lula, que mais uma vez se reuniu com o ex-governador, na sexta-feira passada, 24. Nos últimos meses, o petista tem insistido na aproximação com o aliado do PSB e trabalhado, nos bastidores, para abrir o caminho para a candidatura de Haddad em São Paulo.

Procurados, a assessoria do PSB e o próprio França não comentaram. Aliados do ex-governador, no entanto, disseram que ele ainda não esgotou as tratativas com Gilberto Kassab (PSD) e Luciano Bivar (União Brasil). Se conseguir atrair apoio de um dos partidos, tentará se manter na corrida no Estado.

Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro da Infraestrutura e candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL), no entanto, afirmou, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que também está em negociação com Kassab.

O PT esperava que o anúncio da desistência já tivesse ocorrido, pois França sinalizou que faria o movimento após se reunir com lideranças do PSB, nesta segunda-feira, 27. Ainda assim, os partidos da coligação aguardam para esta semana o anúncio.

O governo de São Paulo é considerado por Lula o principal nó a ser desatado nas tratativas com o PSB sobre os palanques estaduais. Isso porque o petista quer fazer campanha no Estado ao lado do ex-governador Alckmin, vice candidato à Presidência. Com França e Haddad concorrendo na disputa ao governo estadual, no entanto, o palanque Lula-Alckmin fica limitado.

Expectativa no PSOL

Com a circulação, nos bastidores, da informação sobre a decisão de França, cresceu no PSOL a expectativa de compor a chapa de Haddad com a indicação de um candidato a vice-governador. O partido abriu mão de ter um candidato ao Palácio do Planalto neste ano, em apoio a Lula, e o líder do movimento social por moradia MTST, Guilherme Boulos, desistiu de sua candidatura ao Estado, em apoio a Haddad.

Agora, os psolistas esperam ter os gestos reconhecidos e integrar a chapa ao Palácio dos Bandeirantes. Neste caso, o indicado pelo PSOL seria o presidente nacional da legenda, Juliano Medeiros. O partido aguarda a decisão de França, tratado como prioridade pelo PT, antes de cobrar seu lugar na campanha.

"O PSOL de São Paulo reivindica o espaço dentro da composição majoritária, que envolve a vice ou o Senado. O PT deixou claro que prioriza a negociação com Márcio França. Estamos em compasso de espera", disse Medeiros, em entrevista ao Estadão publicada neste domingo, 26.

Haddad resiste, no entanto, em ter um nome do PSOL ao seu lado na disputa. O ex-prefeito prefere uma mulher e representante de um partido de centro, para ajudar a romper resistências contra o PT no interior paulista.

A candidata ideal para Haddad, segundo aliados do petista, é a ex-ministra Marina Silva. Haddad teve o aval de Lula, segundo fontes que acompanham a negociação, para atraí-la para a chapa. A Rede, no entanto, prefere que a ex-ministra concorra a deputada federal, pois é a principal "puxadora" de votos do partido.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai disputar as eleições em outubro com uma chapa puro sangue. Isso porque ele afirmou, em entrevista na noite desse domingo (26), que pretende anunciar nos próximos dias o nome do general Walter Braga Netto como seu vice. O ex-ministro da Casa Civil também é filiado ao PL. O atual vice-presidente, gerenal Hamilton Mourão, vai concorrer ao Senado. 

“Pretendo anunciar nos próximos dias o general Braga Netto como vice. Temos outros excelentes nomes, como o da Tereza Cristina. O general Heleno [Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência] quase foi meu vice lá atrás. (…) Vice é só um. Gostaria que pudesse indicar dez, daí não teria problemas”, afirmou.

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Para justificar a escolha, Bolsonaro listou qualidades de Braga Netto. “Foi interventor por um ano aproximadamente no Rio de Janeiro, veio para o nosso governo, pegou a difícil missão da Casa Civil durante a pandemia, foi para o Ministério da Defesa e se desincompatibilizou para poder ficar livre aí para disputar um cargo eletivo”, disse.

O mandatário que concorrerá à reeleição pontuou ainda sua admiração pelo seu vice na chapa. "Eu admiro Braga Netto. É uma pessoa que vai, caso a gente consiga a reeleição, ajudar muito o Brasil aqui nos próximos anos. Eu agradeço a Braga Netto por ter aceitado o convite", declarou.

Logo após a entrevista, Bolsonaro usou sua conta no Twitter para publicar uma foto ao lado do ex-ministro.

Na corrida pelo Governo de Pernambuco, o pré-candidato pelo União Brasil, Miguel Coelho, anunciou que vai revelar sua vice de chapa em um evento na próxima quinta-feira (30), no Recife. Ainda em tom de mistério, o ex-prefeito de Petrolina garantiu que a escolha pela parceira prezou a biografia: "grande mulher".

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“Queremos fazer algo diferente. Vamos organizar um ato para que possamos trazer as mensagens, a biografia, a história e as características dessa grande mulher que vai construir conosco uma caminhada rumo à mudança em Pernambuco”, disse na noite dessa quinta (23), no Pátio de Eventos Ana das Carrancas, em Petrolina.

Com tempo para fechar alianças, Miguel afirmou que vai esperar até o fim de julho para definir seu apoio ao Senado.

 

O comando do Centrão pressiona o presidente Jair Bolsonaro (PL) a substituir o general Walter Braga Netto pela deputada Tereza Cristina (Progressistas-MS) como vice de sua chapa. O movimento se intensificou nos últimos dias, diante da estagnação de Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto, e tem potencial para provocar uma guinada na campanha pela reeleição. As articulações são para montar uma chapa Centrão "puro sangue", esvaziando o poder militar.

A possível troca foi tratada ontem durante almoço entre Tereza Cristina, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador da campanha, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ex-ministra da Agricultura, a deputada é pré-candidata ao Senado por Mato Grosso do Sul e lidera as pesquisas.

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A mudança na vice vem sendo avaliada para atrair o voto de mulheres - uma vez que Bolsonaro enfrenta forte rejeição no eleitorado feminino - e, de quebra, ampliar a adesão de líderes do agronegócio à campanha. A equipe de Bolsonaro também quer que ela ajude mais na arrecadação de doações eleitorais de ruralistas.

O presidente disse, porém, que não bateu o martelo sobre a substituição. "Como é que eu vou trocar de esposa se nem casei ainda?", desconversou, ao definir tanto Tereza Cristina como Braga Netto, ex-ministro da Defesa, como "cotadíssimos" para a vaga.

RUMO

A ala política do governo, nas mãos do Centrão, admite que a mudança de vice é delicada por desagradar aos militares, mas necessária para dar um rumo à campanha. A avaliação é a de que o presidente necessita com urgência de um "fato político" para sair de sucessivas "pautas negativas" que pesam contra o governo.

Interlocutores de Bolsonaro observaram, ainda, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), favorito nas pesquisas, tentou reeditar a "Carta ao Povo Brasileiro" de 2002 - para acalmar o mercado financeiro -, ao anunciar uma dobradinha com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), seu antigo adversário. No diagnóstico desses aliados, a entrada de uma mulher na chapa de Bolsonaro não apenas faria contraponto com Lula como daria um "empurrão" para que ele ultrapassasse o petista. Braga Netto, ao contrário, não agregaria votos.

Em conversas reservadas, no entanto, Bolsonaro já disse que a escolha do ex-ministro da Defesa para compor a chapa funciona como uma espécie de "seguro contra o impeachment", caso seja eleito. Até agora, ele resiste a fazer a mudança.

Após reiterados acenos de que escolhera o general Braga Netto (PL) para sua chapa à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta quarta-feira que a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS) ainda é "cotadíssima" para assumir o posto. "Não está batido martelo sobre Tereza Cristina, nem sobre Braga Netto", declarou em entrevista a um canal no YouTube.

"Eu nem falei que é Braga Netto meu vice, como é que vou trocar? Vou trocar de esposa se nem casei ainda?", acrescentou. Bolsonaro disse, reiteradamente, que seu candidato a vice era mineiro como Braga Netto, ao contrário de Tereza Cristina, que é sul-mato-grossense.

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O Broadcast Político já havia informado em fevereiro que o Centrão tem preferência por Tereza Cristina para a vice como forma de ampliar a aderência de Bolsonaro junto ao eleitorado feminino, segmento em que enfrenta rejeição. Mas o presidente, como mostrou a reportagem, prefere Braga Netto como um "seguro impeachment" em eventual novo mandato. Em maio, o Broadcast Político Report trouxe a informação de que o nome de Tereza, porém, seguia cotado. A articulação pela ex-ministra ganhou força nesta semana com o chefe do Executivo em dificuldades nas pesquisas de intenção de voto.

Na entrevista, Bolsonaro afirmou que a ex-ministra, pré-candidata a senadora por Mato Grosso do Sul, além de "cotadísima" é "excelente pessoa". "Mato Grosso do Sul está muito bem servido com Tereza Cristina para o Senado. Tereza Cristina é nome excepcional tanto para Senado, como para ser vice, com seu poder de articulação", declarou. Ele também chamou Braga Netto, no entanto, de "cotadíssimo" para ser vice. "O vice está praticamente acertado, mas não revelei para ninguém ainda", voltou a dizer, em mais um sinal trocado sobre sua decisão.

Bolsonaro também fez novas críticas a seu atual vice, Hamilton Mourão (Republicanos), durante a entrevista. De acordo com o presidente, a chapa nas eleições de 2018 foi escolhida "a toque de caixa". "Em 2018, a escolha de vice foi corrida, não deu tempo", afirmou o presidente sobre Mourão, pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul.

O pré-candidato a governador Miguel Coelho (União) afirmou que quer ter uma mulher como pré-candidata a vice em sua chapa. A expectativa é de que até o final de junho o nome seja definido e anunciado. Já a vaga para senador ou senadora na chapa será discutida a partir de julho. 

Segundo Miguel, a escolha de uma mulher como vice busca garantir representatividade e maior participação feminina no projeto da oposição. A prefeita de Bezerros, Lucielle Laurentino, é coordenadora do programa de governo do pré-candidato do União Brasil.

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“Estamos discutindo internamente e depois do São João, iremos anunciar o nome. O perfil já está definido, será uma mulher que traga sua história, experiência e capacidade transformadora para fortalecer nossa chapa. Como sou do Sertão, a ideia é que seja uma vice da Região Metropolitana, Mata ou Agreste para permitir ainda mais representatividade do povo pernambucano”, adianta o pré-candidato. Atualmente, Miguel tem o apoio do Podemos e do PSC. 

*Com a assessoria de imprensa

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, informou ao presidente do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), que o senador Tasso Jereissati (CE) é o nome de "convergência" da legenda tucana para ser o vice em uma chapa presidencial encabeçada pela também senadora Simone Tebet (MDB-MS). Os líderes dos dois partidos avançaram nas discussões sobre uma aliança na eleição para o Palácio do Planalto.

Tasso já indica que pode aceitar ser vice na candidatura da chamada terceira via. "Simone Tebet é a nossa candidata", afirmou ao Estadão. "Eu já tinha declarado que estava na hora de parar de ter cargos eletivos, mas não descarto nada", completou ele, ao ser questionado se aceitava ser vice.

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A formação de uma chapa conjunta só deve ser anunciada após acordos em três Estados - Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Os entraves regionais, porém, não são considerados obstáculos para o acerto nacional, a ponto de os dirigentes já estarem conversando sobre a composição da chapa.

No caso de Tasso, os tucanos esperam pela palavra final do senador. Embora esteja integrado ao projeto de Simone, ele resiste a assumir um papel de protagonismo na futura campanha. Além da convivência no Senado, o tucano e a emedebista são amigos.

Conforme mostrou o Estadão, o plano de governo de Simone pretende resgatar iniciativas já em andamento no Congresso e um dos eixos centrais é o texto da Lei de Responsabilidade Social, de autoria do senador. O projeto prevê reformulação dos programas sociais, metas para a queda da taxa geral de pobreza e cria uma poupança para famílias em situação de vulnerabilidade.

Almoço

Araújo almoçou ontem no gabinete de Tasso com o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB). O encontro selou na legenda tucana a opção pela aliança com Simone.

Leite era considerado no entorno da senadora emedebista o melhor nome para compor a chapa, mas ele deve concorrer a uma vaga no Congresso ou mesmo disputar de novo a eleição ao Palácio Piratini. Com isso, Leite deverá ajudar a encerrar o dilema local.

O diretório gaúcho do MDB espera que o próprio ex-governador entre em cena para convencer o emedebista Gabriel Souza a abrir mão de disputar o governo local, aceitando ser vice na chapa do tucano.

Simone entrou pessoalmente na articulação no Rio Grande do Sul para desatar o último impasse antes do acordo. Ontem, Leite esteve no gabinete da senadora do MDB em Brasília.

Jarbas

Em outra frente para desatar nós nos Estados, Araújo e Baleia Rossi conversaram com Jarbas Vasconcelos - quadro histórico do MDB e ex-governador - em Pernambuco. A articulação, no entanto, é que mesmo que não haja acordo, os dois partidos saiam separados no Estado sem prejuízo para o palanque da pré-candidata da terceira via.

Os presidentes do PSDB e do MDB concordaram que o ideal é anunciar o acordo nos três Estados até a próxima quarta-feira (8) e assim sacramentar a aliança.

Pressionado por partidos da terceira via para desistir de sua pré-candidatura ao Planalto, o ex-governador João Doria (PSBD) afirmou nesta sexta-feira, 20, estar "dialogando" ao ser questionado por jornalistas se aceitaria ser vice da senadora Simone Tebet (MDB-MS) na disputa presidencial. "Estamos dialogando, sempre conversando. O diálogo é a base da democracia", disse em Goiânia. Nesta semana, os presidentes de PSDB, MDB e Cidadania deram aval ao nome de Tebet, mas a indicação ainda precisa ser referendada pelas executivas nacionais dos partidos.

Acompanhado do ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), Doria afirmou que se reunirá com o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo no domingo, 22, em São Paulo, para discutir a viabilidade da candidatura. Ainda assim, o ex-governador tucano "avalia" a possibilidade de recorrer à Justiça para garantir sua participação na disputa à Presidência. "Com paz e entendimento se faz a boa política", afirmou.

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Nesta quinta-feira, PSDB, MDB e Cidadania divulgaram nota conjunta para reforçar a necessidade de união das siglas e citou falas antigas de Simone Tebet e João Doria, em que se diziam dispostos a participar do processo de escolha de um nome único. No entanto, apesar da revelação oficial estar marcada para terça-feira, 24, o nome da senadora emedebista já é tido pela cúpula dos partidos como o representante da articulação, e o PSDB sinaliza que deve ignorar o resultado das prévias vencidas pelo ex-governador paulista.

"Vamos respeitar as prévias e a vontade popular dos filiados do PSDB, mas sempre com diálogo", afirmou Doria, que tenta aglutinar apoio dentro do partido. Em Goiás, o presidenciável conta com apoio das lideranças do Estado, representadas por Perillo. "Eu apoio o candidato do meu partido, defendo que o PSDB tenha nome nas eleições e não vou apoiar um candidato que não seja do PSDB", disse Marconi à imprensa. Para o ex-governador de Goiás, o desrespeito às prévias "enfraquece" a sigla.

O aval da cúpula de PSDB, MDB e Cidadania ao nome de Tebet, questionado pela ala defensora de João Doria, teria como base os índices de rejeição da senadora, menores que o do tucanos, segundo pesquisas de intenção de voto. Os três partidos encomendaram um levantamento do Instituto Guimarães de Pesquisa e Planejamento (IGPP). A movimentação em prol da senadora desagrada, inclusive, ao grupo do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), também apoiador de candidatura própria, mas não do nome de Doria.

Em Goiás, Doria cumpriu agendas em Trindade, onde esteve no santuário e na Vila São Cottolengo, e em Goiânia, para reunião fechada com lideranças tucanas locais no Hotel Plaza Inn Augustus. O ex-governador de São Paulo defendeu o diálogo para que o País "não tenha apenas duas opções", numa referência à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O pré-candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, acenou com a possibilidade de ter a senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata do MDB, como vice em sua chapa na disputa de 2022. Para o ex-ministro, Tebet é uma pessoa "diferente" e está sendo "traída pelo próprio partido".

"Eu tenho uma pessoa dessas aí (da terceira via) que eu respeito muito. Ela é diferente. Ela não é uma viúva do bolsonarismo igual o (João) Doria. Ela é uma pessoa que acho que vai ter um papel importante, que é a Simone Tebet", disse Ciro em entrevista à Rádio Bandeirantes, ao ser questionado sobre qual pré-candidato da terceira via ele aceitaria ter na chapa.

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"Simone Tebet está sendo traída pelo próprio partido porque o Lula está corrompendo. Já está acertado com Eunício Oliveira e o Renan Calheiros, os mesmos do esquema do escândalo do Petrolão", emendou o pedetista, numa referência às articulações do senador Renan Calheiros (AL) e do ex-senador Eunício Oliveira, do MDB, em torno da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nesta quarta-feira, 11, os presidentes dos partidos da terceira via - PSDB, MDB e Cidadania - deram demonstração de sobrevida ao projeto de candidato único, ao definirem que o nome de consenso será definido a partir da análise conjunta de pesquisas quantitativas e qualitativas encomendadas pelas legendas. Hoje são considerados pré-candidatos do grupo ao Planalto: Simone Tebet e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB).

Ciro voltou a afirmar que se manterá na disputa até o fim. "O sistema me quer ver expelido. Ele não quer nem que eu tenha direito de falar. Exigem todo dia que eu tire a minha candidatura", disse. Ontem, em rede social, o ex-ministro argumentou que, sem sua candidatura, a polarização aumentaria no momento em que Lula "estagnou" e Bolsonaro se sustenta nas pesquisas de intenção de votos para a Presidência.

Para o pré-candidato do PDT, tanto Lula quanto Bolsonaro vivem em uma "estrutura de mutualismo", já que os dois políticos se "protegem" e se beneficiam da polarização. "O sistemão ganhou o Lula, então Lula e Bolsonaro estão protegendo o outro porque os dois garantem o mesmo tipo de modelo econômico e a mesma governança política", afirmou.

Propostas para a economia

Para Ciro, a inflação, que vem batendo recordes no País, é "produzida pelo governo". "Ele determina o preço dos combustíveis, do gás de cozinha, o diesel do frete que está na carne", disse. O ex-ministro destacou que o mesmo mecanismo acontece com o aumento de energia elétrica, que também impacta no valor dos alimentos.

Nesse cenário, Ciro defendeu uma política de abastecimento e preço para lidar com o aumento de produtos essenciais que são produzidos no País, como café e açúcar. "Nós fazíamos isso exemplarmente o passado. Fernando Henrique Cardoso, Lula e Bolsonaro destruíram a estrutura de abastecimento e preço do Brasil por prostração ideológica", afirmou.

A ideia do pré-candidato é que o governo seja capaz de oferecer produtos a um preço acessível para a população em momentos instáveis politicamente, como em episódios de guerras internacionais, por exemplo.

Religião

Durante a entrevista, o pré-candidato evocou expressões religiosas para explicar suas ideias. Em uma delas, usou uma frase bíblica presente no livro de Mateus que diz que "ninguém serve a dois senhores" para exemplificar a política de preços da Petrobras. Em outro momento, afirmou que tem rezado pela disputa. "Estou pedindo a Deus todo dia que ilumine as minhas palavras que não seja pra mim, que seja pra outro. mas vamos desarmar essa bomba."

O discurso religioso tem sido bastante utilizado entre os pré-candidatos como uma medida de atrair eleitores antes aliados de Bolsonaro. Em abril, Ciro participou de um ato, em Brasília, no qual o PDT lançou o Movimento Cristãos Trabalhistas, com o objetivo de aproximar o partido das igrejas evangélicas e católicas.

A mesma movimentação tem sido vista na pré-campanha de Lula, cujo responsável por essa aproximação com líderes religiosos é o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), pré-candidato a vice.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou o ex-ministro da Defesa, general Braga Netto, de "meu eterno amigo", nesta terça-feira (29), durante a solenidade do Dia do Exército. O militar é o mais cotado para ser vice do presidente nas eleições desse ano, além de já ter chefiado a Casa Civil na atual gestão.

Durante o evento, Bolsonaro fez o aceno. "A todos vocês, as minhas continências. O orgulho de já ter integrado esta força nativa, orgulho também pela missão de estar à frente da nação e poder, juntamente com meus 23 ministros, com meus comandantes de força, bem como do meu eterno amigo general Braga Netto colaborar nas políticas para bem servir o nosso Brasil”, falou.

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Sobre as eleições, o presidente afirmou que "há 90% de chance" do  militar estar ao seu lado na campanha para sua reeleição ao Planalto. Além disso, o chefe do executivo acrescentou que o general  poderá disputar qualquer cargo nas eleições, incluindo a vice-presidência.

Vale ressaltar que Braga Netto foi exonerado do comando do Ministério da Defesa no dia 31 de março, e atualmente exerce o cargo de assessor especial do gabinete pessoal do presidente da República. Segundo a lei eleitoral, os servidores públicos que desejam se candidatar a cargos eletivos devem deixar a função até três meses antes do pleito.

A pré-candidata do MDB à Presidência da República, a senadora Simone Tebet, compartilhou sua opinião sobre a realização do aborto no Brasil, em nova sabatina realizada pela Folha de S. Paulo e o UOL, nesta segunda-feira (18). Cristã, a parlamentar é contra o aborto em situações além das previstas em lei — em casos de violência sexual e risco de vida —, mas que enxerga o potencial no debate, considerando o interesse público. 

"A Constituição foi muito feliz quando permitiu o aborto em casos de estupro, em que a mulher está com a vida ameaçada e em casos de anencefalia. Mas o aborto é um assunto complexo e não pode ser tabu: deve ser debatido com seriedade, e não a cada quatro anos, em uma campanha eleitoral", afirmou Tebet.  

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Ressaltando o fato de ser cristã, a senadora e pré-candidata afirmou que o tema deve ser debatido não só ouvindo o que diz a ciência, mas também a sociedade como um todo. "Temos que ouvir todos os segmentos", disse. A fala se assemelha à feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de ser mais neutra. Em declaração anterior, Lula defendeu a ampliação do direito ao aborto como uma questão de saúde pública.

Disputa pelo Planalto 

Tebet também afirmou, durante a sabatina, que, caso seja preterida como o principal nome da coalizão a qual seu partido integra para lançar uma candidatura única ao cargo, ela se recusa a ser candidata a vice-presidente. Seu partido, o MDB, ainda não decidiu o nome que será líder da chapa, formada também pelo PSDB, União Brasil e Cidadania.  

“Eu não sou candidata a vice-presidente da República. (Se) Eu abrir mão da pré-candidatura à Presidência e aceitar o papel de vice, estaria aí diminuindo o espaço da mulher na política. Vou estar no palanque do centro democrático, vou segurar a bandeira, vou entregar santinho, mas se eu não pontuar a ponto de ser a cabeça de chapa, não vou ajudar sendo vice. Eu abro mão, para que outros possam ser, e vou estar nesse palanque como cabo eleitoral”, continuou a legisladora. 

A senadora defende seu nome como cabeça de chapa, entre outros aspectos, pela menor rejeição em pesquisas, segundo ela, em relação aos concorrentes da coalizão. Na última pesquisa Datafolha, do fim de março, Tebet marcava 1% na pesquisa, ao lado de Felipe D'Ávila (Novo) e Vera Lúcia (PSTU). Estava atrás de João Doria (PSDB), com 2%, André Janones (Avante), com 2%, e Ciro Gomes (PDT), com 6%. O ex-juiz Sergio Moro (então no Podemos) tinha 8%, mas se filiou ao União Brasil e teve a pré-candidatura à Presidência negada pelos novos correligionários. 

Ainda na sabatina, a parlamentar defendeu o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o seu governo e afirmou ainda ele tem atuado como conselheiro. "O ex-presidente Temer é um bom conselheiro, tem dado orientações. Na campanha, pode atuar como alguém que articula, que tem experiência para resolver problemas. Não vamos esquecer da sua boa gestão", completou. 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) reforçou nesta segunda-feira (11) que o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e hoje alocado em um cargo de confiança no Palácio do Planalto, é o nome mais cotado para assumir a vice na chapa pré-candidata à reeleição. "90% de chance de ser o Braga Netto", declarou o presidente em entrevista ao grupo "O Liberal", do Pará.

Braga Netto é a figura mais cotada para a vaga desde que Bolsonaro começou a sinalizar nos bastidores que gostaria de um vice militar para evitar ser alvo de um processo de impeachment em um eventual segundo mandato. Em março, o chefe do Executivo disse que seu vice seria um militar de Belo Horizonte, perfil do general.

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Bolsonaro destacou, no entanto, que a decisão ainda não foi fechada. "Meu vice, atualmente, é um general de Exército. Então, pode ser que eu continue, não estou batendo o martelo aqui, pode ser que eu continue também com outro general de Exército. Isso dá credibilidade à chapa, respeitabilidade", disse o presidente na entrevista.

Alexandre de Moraes

O chefe do Executivo aproveitou para ampliar críticas e cobranças ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na entrevista, questionou o pedido de prisão decretado contra o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), seu aliado político que usa tornozeleira eletrônica após ataques à democracia.

"Por mais errado que esteja o Daniel Silveira - ele falou muita coisa ofensiva, ninguém duvida disso aí -, a pena não pode ser cumprir preventivamente nove anos de cadeia. Um deputado federal!", afirmou Bolsonaro na entrevista,

O presidente também criticou a suposta inação de Moraes às falas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário do governo nas eleições deste ano, por incentivar militantes a "incomodar" parlamentares. "Isso é uma interferência, é um crime. Isso é um ato antidemocrático, Alexandre de Moraes. Vai ficar quieto? Vai ficar quieto?", perguntou o presidente.

Trigo

Bolsonaro também afirmou nesta segunda-feira, na entrevista, que o governo trabalha para tornar o Brasil autossuficiente em trigo e até mesmo exportador do produto. O presidente declarou que a guerra na Ucrânia levará à diminuição na oferta de trigo em todo o mundo, o que deve elevar os preços da commodity.

"Estamos trabalhando com Embrapa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária para que, em poucos anos, consigamos ser autossuficientes em produção de trigo, bem como ser exportadores", disse o chefe do Executivo,

O presidente da Embrapa, Celso Moretti, deve estar na live presidencial desta semana para explicar os trabalhos da entidade para reduzir a dependência externa de trigo, revelou Bolsonaro.

A cúpula do PSB formalizou, nesta sexta-feira (8), a indicação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), para vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. Agora o PT deve analisar a indicação pessebista e dar o veredito final. A expectativa é de aprovação, uma vez que o discurso de Lula na ocasião foi de boa receptividade do PT.

Segundo Lula, é "plenamente possível duas forças com projetos diferentes, mas com princípios iguais, se juntarem em um momento de necessidade do povo".

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"O Geraldo Alckmin foi vice do Covas por 6 anos, foi governador e tem experiência política. Nós vamos precisar da minha experiência e da experiência do Alckmin para reconstruir o país, conversando com toda a sociedade brasileira. Nós temos que provar para a sociedade brasileira que esse país precisa de amor, não de ódio, precisa de emprego, não de arma. Estamos dando uma demonstração muito forte ao Brasil hoje", argumentou o ex-presidente.

Lula também reforçou que já foi adversário de Alckmin, mas não inimigo.

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O encontro entre os partidos contou com a presença dos presidentes nacionais do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, e do PSB, Carlos Siqueira. Além de lideranças das duas legendas, como o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e o prefeito do Recife, João Campos. 

O ex-presidente Lula (PT) afirmou, na manhã desta terça-feira (5), que foi adversário do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), mas os dois não foram inimigos. Ele destaca que na época que disputaram o comando da Presidência, havia um debate civilizado. 

"Eu mudei, o Alckmin mudou e o Brasil mudou. Eu fui adversário do Alckmin, não inimigo. Feliz era o Brasil que tinha disputa entre dois partidos democráticos, porque existia debate civilizado, sobre programa de governo", disse em entrevista para a Rede T, do Paraná. 

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O pessebista foi escolhido para ser vice de Lula, o que desagradou não apenas integrantes do PT, como aliados do PCdoB e PSOL, assim como apoiadores do ex-presidente; no entanto, o PT segue adiante com a decisão. Quando adversários, Geraldo não media palavras para atacar os petistas, chegando a chamar Lula de ladrão.

Terceira via

Na manhã de hoje, o petista falou sobre a "terceira via" para as eleições de 2022. "Estão procurando alguém da terceira via. Mas o que essas pessoas fizeram? Eu tenho um legado: promover a inclusão social, aumento salarial, ajudar a agricultura a se transformar em potência. Se a pessoa quer, apareça e se submeta ao povo. Ser líder é diferente de ser candidato", disse.

Vale salientar que até o momento as pesquisas mostram que a disputa pelo Palácio do Planalto deve ser polarizada entre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e Lula. 

A terceira via ainda está sendo costurada, mas sem um candidato forte capaz de conseguir dois dígitos nas intenções de voto. A última pesquisa Ipespe divulgada no dia 25 de fevereiro, por exemplo, mostrou que o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) e o ex-governador Ciro Gomes (PDT) tinham 8% e 7% das intenções de voto, respectivamente. 

Atualmente, existe uma incerteza se Moro irá disputar a Presidência da República. Com a saída do ex-ministro, o pedetista se fortalece na terceira colocação - mas longe de Lula e Bolsonaro.

Sem Plena democracia

O petista aproveitou para alfinetar o presidente Jair Bolsonaro afirmando que ele vai terminar o seu mandato sem conversar com parte da população, além de "atacar a democracia".

"Não temos uma plena democracia hoje no Brasil. Temos um governo que vai terminar seu mandato sem conversar com sindicalistas, com movimentos sociais, sem ter visitado uma família que perdeu um parente para a Covid. E o presidente ataca a democracia e a imprensa todo dia", pontuou.

Com a entrega do mandato dos prefeitos de Jaboatão dos Guararapes, Petrolina e Caruaru, seus vices foram empossados até 2024 com a missão de dar continuidade as gestões reeleitas com uma boa avaliação. O fim do prazo para a desincompatibilização eleitoral vai servir para os vices como início da consolidação das suas próprias carreiras. 

Na corrida pelo Governo de Pernambuco, os prefeitos Anderson Ferreira (PL), Miguel Coelho (União) e Raquel Lyra (PSDB) entregaram nesta semana o comando do executivo municipal a Luiz Medeiros, Simão Durando Filho e Rodrigo Pinheiro, respectivamente. Os novos prefeitos dividem a novidade de serem titulares em cargos eletivos e a confiança dos antecessores após seis anos de atuação conjunta.  

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Para o mestre em Ciências Políticas Caio Santos Griot, os vices herdaram "um local extremamente confortável".

"A melhor coisa para quem assume uma vaga assim é manter a popularidade da gestão, ou seja, não vão fazer absolutamente nada diferente do que os titulares faziam. Mantendo essa popularidade geralmente os vices herdam os votos. Esse movimento só se quebra caso façam muita besteira”, analisou. 

"Na condição de políticos emergentes, eles devem evitar movimentos ousados até as eleições de 2024 e, após uma eventual reeleição, ganham a tranquilidade para personalizar suas gestões", complementou. 

Com um perfil mais discreto, Luiz Medeiros (PSC) já vinha sendo mais presente em eventos e ações da Prefeitura de Jaboatão para promover Anderson. Ele foi eleito pela primeira vez no mandato inicial do agora ex-prefeito após passagem pela secretaria de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e chefiado seu antigo gabinete. Aos 53 anos, Medeiros também já atuou como presidente da Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI).   

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Em Petrolina, a cadeira do Executivo passou a ser ocupada pelo amigo da família Coelho, Simão Durando Filho (União). Filho de um dos ex-prefeitos de Petrolina, aos 49 anos, o novo prefeito é formado em publicidade, mas enveredou a carreira como secretário parlamentar do irmão de Miguel, o deputado federal Fernando Filho, além de ter sido Diretor do SEST SENAT em Petrolina e secretário de Governo e Agricultura do município.  

Simão Durando Filho (União) - Foto Prefeitura de Petrolina

Outro quadro jovem que assume Caruaru é o empresário da construção civil e corretor de imóveis, Rodrigo Pinheiro (PSDB). Aos 40 anos, ele também é filho de um ex-político da cidade e conhece Raquel desde criança, tendo acompanhado a prefeita na mudança do PSB para o PSDB.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compartilhou suas expectativas para as Eleições 2022 e disse esperar que a campanha “dê um show de civilidade”. Em nova entrevista à rádio mineira Super, na manhã desta quinta-feira (24), o presidenciável aproveitou para justificar a escolha de Geraldo Alckmin (PSB) como seu candidato a vice-presidente. 

“Já tive o José Alencar de vice, que eu não conhecia antes, mas tive o prazer de conviver com uma das pessoas mais extraordinárias que conheci. O Alckmin já foi meu adversário em 2006, e isso não é problema, porque estamos tentando construir uma proposta de reconstrução do país”, esclareceu. A escolha de Alckmin como parte da chapa desagradou não apenas integrantes do PT, como aliados do PCdoB e PSOL, assim como apoiadores do ex-presidente; no entanto, o PT foi adiante com a decisão. 

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Desculpas

Lula também voltou a mencionar diretamente a Rede Globo de televisão, a quem atribui parcela de culpa pela repercussão e impacto das acusações contra si na operação Lava Jato. O petista sugeriu que a rede dos Marinho peça desculpas a ele “pelas mentiras contadas” e por terem sido “enganados pela operação de Curitiba”. 

“Um dia a Rede Globo poderia fazer um editorial com o Bonner pedindo desculpas pelas mentiras que contaram contra mim, dizendo que foram enganados pela força-tarefa de Curitiba. Eu espero que isso um dia aconteça. Eu sigo adiante, mas não esqueço o que aconteceu com a minha família, que minha esposa morreu por causa dessas mentiras, o que meus filhos sofreram, mas estou com cabeça erguida e tranquilo, porque Deus provou que a mentira tem perna curta”, declarou o ex-presidente. 

O patrono petista continuou e disse que só não dá mais atenção ao assunto pois está focado no plano que tem chamado de “recuperação do Brasil”. “Eu não tenho tempo para pensar nisso, porque o que eu quero é cuidar do povo brasileiro, que precisa de alimentação, de educação, de saúde. A Operação que fique para os livros”, finalizou no assunto. 

Suspeita de propina no MEC

Adversário principal de Jair Bolsonaro (PL), Lula não deixou de citar as denúncias recentes sobre um suposto gabinete paralelo no Ministério da Educação, envolvendo o chefe da pasta Milton Ribeiro e o próprio chefe do Executivo. O chamado lobby de pastores do MEC envolve a concessão de verbas e privilégios a pastores bolsonaristas sem cargo no Governo Federal. 

“Os governos que mais criaram instrumentos de fiscalização foram os governos do PT. Por que não aparece denúncia de alguns governos? Porque se nada é investigado, não aparece corrupção. Agora mesmo estão denunciando uma quadrilha na educação, mas onde está a investigação?”, questionou o ex-presidente. 

Confira a entrevista completa na íntegra: 

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu sinais de que vai, como previsto, escolher do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, como seu vice para as eleições deste ano. "Vou dar mais uma dica: é de Belo Horizonte e fez escola militar", disse o chefe do Executivo em entrevista à Jovem Pan nesta segunda-feira (21). Considerado o favorito para o posto, Braga Netto é natural da capital mineira e militar. "Vocês vão tomar conhecimento do meu vice pelas possíveis saídas de ministros em 31 de março", acrescentou o presidente.

Bolsonaro ainda afirmou que a possibilidade de uma terceira via nas eleições deste ano está cada vez menor e, por isso, a polarização entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se concretizar na disputa. "Eu tenho um lema: Deus, Pátria, Família e Liberdade", disse o presidente, voltando a utilizar o lema de inspiração fascista.

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A esperada escolha de Braga Netto tem sido atribuída sobretudo a uma espécie de "seguro" contra eventuais tentativas de impeachment, como o próprio presidente já sinalizou. "Tenho que ter vice que não queira ambições de assumir minha cadeira", afirmou Bolsonaro na mesma entrevista.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vai se filiar ao Progressistas no fim deste mês. De acordo com o presidente interino da legenda, o deputado Cláudio Cajado (BA), a entrada na sigla vai ocorrer durante cerimônia no Mato Grosso do Sul marcada para o dia 20 ou 21 de março.

Nas eleições de 2022, Tereza tem dito que quer concorrer a uma vaga ao Senado pelo Estado, mas também é lembrada como uma das principais opções de candidata a vice-presidente na tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Quando perguntada sobre a possibilidade de concorrer na chapa de Bolsonaro, a ministra costuma desconversar e dizer que não existe um convite.

"Como eu posso ser candidata a vice? Não existe candidatura à vice, existe convite. Isso o presidente Bolsonaro vai fazer na hora que ele entender e à pessoa que ele achar. Nunca conversei, já cansei de dizer isso", declarou em entrevista à CNN nesta quarta-feira, 2.

Cláudio Cajado repetiu o mesmo discurso da ministra e disse que, como não há convite para ser vice, o partido trabalha apenas com a ideia de ela ser candidata a senadora.

"O desejo dela é ser candidata a senadora. O partido não tem nenhuma conversa de poder encaminhar o candidato a vice, não recebemos o convite oficial. Estamos cuidando da nossa agremiação independente de conjuntura futura", afirmou ao Estadão.

O presidente interino do Progressistas também declarou que a legenda planeja uma série de eventos de filiações nos Estados e citou Paraná, Espírito Santo e Tocantins: "Vamos manter a nossa estratégia de filiar novos deputados, estar nos Estados filiando bons candidatos, que não tem mandato ainda, mas que possam robustecer a legenda".

Ao decidir entrar no Progressistas, a chefe da pasta da Agricultura sai do União Brasil. Atualmente, ela está licenciada do cargo de deputada, mas, pelas regras eleitorais, vai ter de sair do ministério e voltar ao mandato a partir de abril para poder concorrer no pleito deste ano. Tereza foi eleita deputada em 2018 pelo DEM, partido que se fundiu com o PSL e formou o União.

O Progressistas é um dos maiores partidos do Centrão e tem como principal líder o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente licenciado da legenda. A sigla também abriga o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PR), e o presidente da Casa, Arthur Lira (AL).

Ministros do Centrão pressionam o presidente Jair Bolsonaro (PL) a escolher uma mulher como candidata a vice em sua chapa. O nome que a ala política do governo tenta emplacar é o da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, hoje no DEM, mas prestes a se filiar ao Progressistas, partido do chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Pesquisas da pré-campanha indicam o machismo como um dos pontos fracos de Bolsonaro, que perde cada vez mais votos no eleitorado feminino.

A avaliação de aliados do governo é a de que Tereza Cristina, ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, pode ajudar a quebrar resistências ao presidente. No núcleo duro do Centrão, bolsonaristas argumentam ainda que, além de auxiliar na tarefa de atrair votos de mulheres, a entrada da ministra na chapa da reeleição também agregaria setores do agronegócio.

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O "agro" sempre foi visto uma das principais bases de apoio de Bolsonaro, mas hoje enfrenta divisões em relação ao governo. Tanto que, no ano passado, sete entidades da agroindústria assinaram manifesto em defesa da democracia e do respeito às instituições.

Favorito nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também deflagrou uma ofensiva para conquistar apoio do setor. Nas conversas para ter o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como vice, Lula propôs que ele ocupe o Ministério da Agricultura, caso a chapa seja vitoriosa em outubro.

O Estadão apurou que Bolsonaro confia em Tereza Cristina, mas prefere fazer dobradinha com o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, com quem se sente mais à vontade. No Palácio do Planalto, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, também chegou a se movimentar pela vaga. Em conversas reservadas, o presidente disse a aliados que a escolha de um militar como ele para vice é uma espécie de "seguro" contra processos de impeachment.

'CUNHADO'

Apesar dos atritos com o atual vice, general Hamilton Mourão, Bolsonaro já afirmou a portas fechadas, em mais de uma ocasião, que, se o cargo fosse ocupado por um político, ele já estaria fora do poder. Mesmo assim, em entrevista, comparou Mourão a um "cunhado". "Vice é igual cunhado, né? Você casa e tem que aturar o cunhado do teu lado. Você não pode mandar o cunhado embora", disse o presidente em julho do ano passado.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é um dos que tentam convencer o pai a fazer composição com Tereza Cristina, e não com um militar. Trata-se do único nome de mulher sendo discutido no momento, no Planalto. Não há um plano B.

Mas, enquanto o núcleo da pré-campanha tenta atrair o voto feminino, uma postagem do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) nas redes sociais, associando a cratera na Marginal do Tietê à contratação de engenheiras para a obra da Linha 6 do Metrô, acendeu o sinal amarelo no Planalto. Na sexta-feira, o filho do presidente publicou no Twitter vídeo da concessionária Acciona, responsável pelas obras do Metrô de São Paulo, destacando o trabalho das mulheres no projeto. Editada, a gravação apresentou trechos do desastre ocorrido dias antes, ironizando declarações das engenheiras. Acusada de misoginia, a postagem foi alvo de críticas.

O eleitorado feminino também foi uma barreira para Bolsonaro em 2018. Naquele ano, o movimento #EleNão juntou milhares de mulheres em protestos nas capitais do País.

Desde que entrou na vida política, o presidente deu diversas declarações consideradas preconceituosas. Em abril de 2019, por exemplo, Bolsonaro disse que o Brasil não podia ser o paraíso do turismo gay. "Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. Agora, não pode ficar conhecido como paraíso do mundo gay aqui dentro."

Além da defesa de uma mulher para vice, ministros de Bolsonaro têm dito a ele que a opção por um nome de outro partido traria mais votos e o ajudaria a construir uma aliança mais ampla. O presidente se filiou ao PL em novembro. Na ocasião, a entrada de Bolsonaro no partido comandado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado e preso no mensalão, provocou queixas de outras siglas do Centrão.

DISPUTA

Desde aquela época, o Progressistas de Ciro Nogueira e do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), tenta fazer o vice da chapa. A movimentação causou "ciúmes" no Republicanos, ligado à Igreja Universal, que defende um evangélico para vice. No ano passado, após meses de espera por uma sabatina no Senado, o ministro André Mendonça - definido por Bolsonaro como "terrivelmente evangélico" - conseguiu tomar posse no Supremo Tribunal Federal.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, já teve o nome citado para uma dobradinha com o presidente. Agora, porém, está inclinada a disputar o Senado por São Paulo, atendendo a pedido do próprio Bolsonaro, em composição com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que vai concorrer ao Bandeirantes.

Em público, Tereza Cristina tem dito que prefere concorrer ao Senado. "A ministra já declarou que será pré-candidata ao Senado por seu Estado (MS) e deverá se desincompatibilizar até início de abril, conforme prazo regulamentar", afirmou, por meio de nota, sua assessoria. Antes de se candidatar à Câmara dos Deputados, Tereza Cristina foi cotada para vice na chapa de Alckmin, que, em 2018, concorreu ao Palácio do Planalto pelo PSDB. À época, ela se animou com o projeto, mas a vice do então tucano acabou sendo a senadora do PP Ana Amélia.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira, 31, em entrevista à TV Record, que ainda vai esperar para a definição do nome do candidato à vice-presidente em sua campanha à reeleição. Segundo Bolsonaro, a definição caberá a ele, como combinado com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e depende do andamento de propostas do Executivo no Congresso Nacional. O presidente citou especificamente a proposta de emenda à Constituição (PEC) que permitirá a redução de impostos federais sobre combustíveis.

"Vamos esperar um pouco mais. Temos algumas coisas para passar no Parlamento ainda", afirmou Bolsonaro na entrevista, que foi concedida durante visita ao Porto do Açu, no litoral norte do Rio, e teve transmissão ao vivo pelas redes sociais do presidente.

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Bolsonaro disse ainda que não haverá surpresas com o nome do candidato a vice-presidente. "Não será novidade para vocês, porque é do nosso meio", afirmou o presidente.

STF

Bolsonaro ainda respondeu sobre a decisão de não comparecer ao depoimento na Polícia Federal, na sexta-feira passada, dia 28. Segundo o presidente, a decisão seguiu orientação da Advocacia-Geral da União (AGU). "A decisão foi do advogado, é como um médico pra mim", afirmou Bolsonaro, acrescentando que a orientação foi esperar por uma decisão do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

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