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Tema recorrente durante as eleições municipais deste ano, a possibilidade de impressão de votos segue em discussão no Congresso, mas não há consenso entre os senadores. Neste domingo (29), o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar em fraudes e defendeu o voto impresso. Já o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, defendeu as urnas eletrônicas e afirmou que o voto impresso traria “grande tumulto” ao processo eleitoral.

Defensor da possibilidade de impressão do voto, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) manifestou apoio à Proposta de Emenda à Constituição 135 de 2019, conhecida como PEC do Voto Impresso, apresentada pela deputada Bia Kicis (PSL-DF). A ideia é que o eleitor possa conferir o voto após escolher seus candidatos na urna. Os papéis ficariam armazenados em um recipiente acoplado à urna e serviriam para auditoria. O senador chegou a cogitar a possibilidade de apresentar uma PEC com teor semelhante, mas decidiu apoiar a medida que já está em discussão na Câmara dos Deputados. Plínio acredita que o direito à conferência do voto é um anseio do eleitor e que a palavra final sobre o tema é do Congresso.

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“Eu acho que essa questão do comprovante impresso não pode ser discutido assim: o ministro chegar e dizer que não pode. O ministro Barroso quer ser o dono da verdade, mas não é o dono da verdade. Eu acho que a gente tem que discutir. É um anseio da população. A gente quando fala nisso não está colocando em xeque o sistema. O sistema é confiável, funciona da urna eletrônica, mas não dá para auditar. Cabe a nós, o Congresso, nós, legisladores, discutir e ver se queremos ou não. Se a gente quiser, não vai ser a vontade do ministro que vai nos impedir de fazer. Mas é uma discussão. Não vou apresentar mais a PEC porque estamos priorizando a da deputada federal Bia Kicis, que está andando. Não é voto impresso. É comprovante de voto. Sou a favor do que a população quer”, disse o senador à Agência Senado.

Sem registro de fraudes

Na entrevista coletiva após a apuração dos votos do segundo turno da eleição municipal deste ano, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que nunca houve comprovação de fraudes desde que as urnas eletrônicas começaram a ser usadas.

“ A verdade porém é que o Supremo Tribunal Federal já entendeu pela inconstitucionalidade do voto impresso. E não apenas pelo custo, de R$ 2,5 bilhões, mas porque representaria um risco real ao sigilo para o voto. Eu penso que o voto impresso traria grande tumulto para o processo eleitoral brasileiro, porque todo candidato derrotado ia pedir recontagem, ia haver impugnações, alegações de nulidade e judicialização do processo eleitoral”, disse.

O presidente do TSE reforçou que a Justiça Eleitoral teria a obrigação de acatar o voto impresso se o Congresso aprovasse uma mudança na Constituição que não colocasse em risco o sigilo do voto.

“Há uma clausula pétrea na Constituição que diz que o voto tem que ser sigiloso, secreto. Se a PEC for aprovada e considerada constitucional, o papel dos juízes eleitorais é o de cumprir o que a nova norma determinar. Se houver emenda constitucional nesse sentido e for considerada válida, o papel de todos os juízes e da sociedade é cumprir”, apontou.

Aprovada pelo Congresso Nacional em 2015, a minirreforma eleitoral (Lei 13.165, de 2015) previa a impressão do voto. A então presidente Dilma Rousseff vetou o dispositivo, mas os parlamentares derrubaram o veto. Assim, a lei foi promulgada com a previsão de impressão do voto. Em junho de 2018, o STF suspendeu a medida por meio de uma liminar. Em setembro daquele ano, o STF firmou maioria e considerou a regra inconstitucional sob o argumento de que a regra poderia comprometer o sigilo e a liberdade do voto, decisão que divide a opinião dos parlamentares. Na ocasião, o senador Humberto Costa (PT-PE) defendeu a legitimidade do sistema eleitoral.

“Nosso sistema eleitoral é bastante seguro. Jamais teve qualquer fraude comprovada”, apontou o senador em setembro.

*Da Agência Senado

 

Além de ter sido realizado num cenário de pandemia e adiado por algumas semanas, o processo eleitoral de 2020 também será lembrado como o que apresentou abstenção acima da média. No segundo turno, realizado no domingo (29), 29,5% dos eleitores habilitados optaram por não comparecer às urnas, num país em que o voto é obrigatório.

“Foi um número maior que o desejável. Mas precisamos ter em conta que fizemos as eleições em meio a uma pandemia que consumiu 170 mil vidas, e pessoas com temor deixaram de votar, muitas por medo, outras por estarem com a doença e muitas por estarem com os sintomas”, disse em entrevista coletiva o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, na noite de domingo.

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A abstenção no processo eleitoral de 2020 é a maior verificada nas últimas décadas. Um número bem superior aos processos eleitorais mais recentes (2018, 2016 e 2014), quando o índice ficou em torno de 21%. Número também muito superior ao verificado nos demais pleitos para prefeitos e vereadores em 2012 (19,12%), 2008 (18,09%), 2004 (17,3%), 2000 (16,2%) e 1996 (19,99%). Ainda assim, Barroso interpreta que o índice de comparecimento em 2020 deve ser celebrado.

“Prefiro ver este copo 'meio cheio' do que 'meio vazio'. Quando iniciou-se o processo eleitoral, temia-se uma abstenção colossal devido à pandemia, e não foi o que ocorreu. Fizemos o processo eleitoral dentro das mais rigorosas diretrizes de segurança sanitária, e as pessoas compareceram”, reiterou.  

Culpa da pandemia

Para o consultor legislativo Gilberto Guerzoni, especialista em Direito Eleitoral que assessorou a elaboração da Lei das Eleições (Lei 9.504, de 1997) e de suas revisões, a abstenção verificada em 2020 "de fato chama a atenção".

Ele alerta para índices recordes em grandes capitais, como Rio de Janeiro (35,4%), Porto Alegre (32,8%) e São Paulo (30,8%). Outras cidades que tiveram alto percentual de eleitores ausentes foram Goiânia (36,7%), Petrópolis (35,6%), Ribeirão Preto (35,6%), Blumenau (31%), Joinville (28%) e Aracaju (27,8%). Na maioria desses municípios, a abstenção, somada aos votos nulos e brancos, supera a votação obtida pelo vencedor do pleito. Guerzoni avalia que a pandemia foi a responsável direta pelos índices recordes, e como o ministro Barroso, preferiu se concentrar no comparecimento. 

“Índices de abstenção próximos de 40% em algumas cidades não podem ser ignorados. A abstenção tem subido a cada processo eleitoral, o que a maioria dos analistas atribui à desilusão de parte expressiva do eleitorado com a política brasileira. Mas o salto verificado em 2020 é muito significativo, se comparado ao de 2018, que foi próximo de 20%. Este processo eleitoral foi totalmente atípico, devido à pandemia. Desde o início já se esperava uma grande abstenção, por causa do medo das pessoas. Alguns senadores chegaram a propor que o voto fosse facultativo em 2020, para todos ou pelo menos para os grupos de risco. Naquela época, temia-se que a abstenção fosse de 50%, o que não ocorreu”, releva Guerzoni em entrevista à Agência Senado.

Apesar da visão otimista, o consultor avalia que o sistema político precisa estar atento ao que ocorrer nos próximos pleitos, devido à tendência histórica de aumento dos índices de abstenção. Só aí será possível avaliar, de fato, se o que ocorreu em 2020 "foi um ponto fora da curva".

Desinteresse eleitoral

Para o sociólogo Marcos Coimbra, presidente do instituto Vox Populi, a pandemia influiu nos índices recordes de abstenção verificados em 2020, "mas não explica o fenômeno sozinha". Ele entende que as recentes revisões nas regras eleitorais desestimulam o debate e a participação cívica, quadro agravado pela crise econômica decorrente da pandemia. Para Coimbra, o atual modelo eleitoral limita o engajamento cidadão desde o primeiro turno, e o pouco tempo de campanha no segundo turno em 2020 (apenas duas semanas) não foi suficiente para reverter estruturalmente o cenário. 

“Os processos eleitorais têm se tornado cada vez mais frios, no que tange ao aprofundamento das pautas que afetam mais diretamente o povo. A propaganda dos candidatos na TV e no rádio tornou-se algo quase impossível, porque o tempo de exposição de propostas foi reduzido ao mínimo, num quadro de pulverização de candidaturas, também estimulado pela lei eleitoral. Em diversas capitais, onde tradicionalmente havia entre cinco a sete candidatos para prefeito, este ano tivemos entre 12 a 14 candidaturas, às vezes até mais. Dividindo no máximo dez minutos de tempo total entre eles para apresentarem as propostas. Como é possível ter um debate profundo sobre os graves problemas sociais das cidades brasileiras em menos de um minuto?”, reclama o sociólogo em entrevista à Agência Senado, acrescentando que o quadro foi ainda mais dramático nas eleições para vereadores, com milhares de candidatos nas grandes cidades.

O sociólogo alerta que o índice de eleitores que ainda não usa a internet para se informar sobre o pleito "é expressivo, e não pode ser ignorado". Suas pesquisas indicam que a maioria dos eleitores acabou não se empolgando com o processo eleitoral deste ano, diante do quadro de grandes dificuldades.

“A abstenção reflete também o modelo eleitoral adotado, e como a cidadania reage a ele. A escolha de prefeitos e vereadores, que eu entendo ter grande importância, acabou não sendo percebida dessa forma por parte expressiva do eleitorado. A crise econômica, a redução da renda, o aumento do desemprego e o fim do auxílio emergencial são questões que afetam muito mais a vida real das pessoas, e acabaram não tendo o debate aprofundado. A pandemia também reduziu ao mínimo os comícios, passeatas e eventos políticos presenciais. Enfim, foi um processo em que a mobilização cidadã e o aprofundamento do debate enfrentou um cenário desfavorável, e a meu ver, isso também contribuiu para a abstenção recorde”,  acrescenta o sociólogo.

Diante do cenário, Coimbra ainda avalia que está na hora de o Parlamento enfrentar o debate sobre a obrigatoriedade do voto.

“Essa é uma discussão que precisa ser feita. Esse voto obrigatório é um resquício do regime militar que vigorou até 1985. Uma parte do eleitorado já não elege ninguém, o que é visto com desprezo por setores de tendência elitista na nossa sociedade. Mas penso que é uma visão equivocada. O voto deve ser percebido pelas pessoas como um direito, não como uma obrigação. Não querer votar é uma opção do eleitor como qualquer outra. Defendo que o Parlamento deve enfrentar esta discussão, dentro de uma ampla revisão do modelo político em vigor neste país”, finaliza Coimbra.

*Da Agência Senado

 

O prefeito Geraldo Julio votou por volta do meio-dia deste domingo (29), no segundo turno das eleições municipais. O prefeito chegou ao Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, na Madalena, seu local de votação, acompanhado da família e de aliados.

“Estamos muito confiantes na vitória. Fizemos uma campanha bonita, propositiva e a gente está muito confiante na vitória agora no segundo turno”, disse o prefeito. 

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O governador Paulo Câmara votou, na tarde deste domingo (29), acompanhado da primeira-dama, Ana Luiza Câmara, e da filha mais velha, Clara Câmara, na Fundação Cecosne, no bairro da Madalena, no Recife. Após finalizar o voto, por volta das 12h, Paulo Câmara falou sobre democracia e necessidade de parcerias.

“Os desafios são grandes. O País está numa recessão há muito tempo. Precisa gerar empregos, renda e os serviços públicos precisam funcionar melhor. Mas a função do Estado, junto com os municípios, é buscar parcerias. O Governo do Estado tem todo esse planejamento para buscar as parcerias, avançar e buscar melhorar os serviços públicos cada vez mais para a população, gerando emprego, renda e enfrentando os desafios para seguir em frente”, ressaltou Paulo Câmara.

O governador também falou sobre o processo democrático no segundo turno das eleições municipais. “Está transcorrendo com normalidade, assim como foi o primeiro turno, em apenas duas cidades em Pernambuco, Recife e Paulista. Espero, realmente, que tenhamos mais um dia da democracia favorável ao Recife, Paulista, Pernambuco e Brasil”, completou.

*Da assessoria de imprensa

A candidata à Prefeitura do Recife, Marília Arraes (PT), registrou seu voto, neste domingo (29), perto das 14h, no Clube Alemão, bairro do Paranamirim, Zona Norte da Cidade. Ela chegou com a filha, Maria Isabel, de cinco anos, e a enteada, Maria Rita, de dez, além do esposo, André Cacau.

Muitos apoiadores a aguardavam no local, incluindo Valter Pomar, um dos dirigentes nacionais do PT; e o deputado federal Carlos Veras (PT). Entre bandeiras, buzinaços e muita gritaria, parte da militância do partido demonstrou seu apoio à candidata em frente ao local de votação, chamando- a de "prefeita".

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A candidata registrou seu voto junto às crianças e posou para fotos fazendo o 'V' de vitória. Ela não quis falar à imprensa, a exemplo do que fez no primeiro turno. Nesse sábado (28), porém, ela postou no Twitter: "Cada voto conta".

Marília Arraes chegou ao segundo turno em meio à uma acirrada disputa com seu oponente, João Campos (PSB). Nas últimas pesquisas, os candidatos apareceram empatados nas intenções de votos.

O resultado das eleições para a Prefeitura da Cidade do Recife começará a ser divulgado após as 17h. É possível acompanhar a apuração em tempo real pelo site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o órgão, as atualizações ocorrerão de 10 em 10 minutos.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relembrou nesta sexta-feira (27) que o eleitor deverá baixar o aplicativo e-Título até as 23h59 deste sábado (28) para realizar a justificativa eleitoral. O cadastro para habilitar o dispositivo também deve ser feito no mesmo dia.

A medida foi tomada para evitar a instabilidade do aplicativo. No primeiro turno, devido ao grande número de acessos simultâneos, eleitores tiveram dificuldade para realizar o processo de justificativa por não comparecem à seção eleitoral. O procedimento é necessário porque o voto é obrigatório para a maioria da população.

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Segundo o TSE, no domingo (29), dia da votação, o e-Título poderá ser baixado nas lojas virtuais de aplicativos, mas a habilitação para uso da ferramenta não estará disponível. O app voltará ao funcionamento normal na segunda-feira (30).

Além da justificativa, o eleitor que baixar o aplicativo poderá checar seu local de votação e usá-lo na ausência de documento oficial com foto.

No domingo, eleitores de 57 municípios voltam às urnas para o segundo turno das eleições municipais.  

 

O segundo turno das eleições municipais vai mobilizar mais de 38 milhões de brasileiros aptos a irem às urnas no próximo domingo (29). Os votantes de 57 cidades do país decidem a chefia do executivo municipal na segunda etapa do pleito, que só é realizado em localidades nas quais a população supera 200 mil eleitores.

Ao todo, 18 capitais de estados vão escolher os respectivos prefeitos no segundo turno. Na região norte, eleitores de Belém (PA), Boa Vista (RR), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) voltam às urnas no domingo.

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No nordeste do país, a população vai votar em centros como Aracaju (SE), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Recife (PE), São Luís (MA) e Teresina (PI).

Já no Centro-Oeste, cuiabanos e goianos vão às seções eleitorais novamente.

No Sudeste, além das duas maiores cidades do Brasil, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), os capixabas de Vitória (ES) decidem o novo administrador da prefeitura.

Na região sul, apenas os votantes da capital gaúcha Porto Alegre (RS) escolhem o representante do município para os próximos quatro anos.

Das 95 cidades brasileiras em que há mais 200 mil eleitores, 49 vão escolher prefeito no domingo. Apenas a capital amapaense, o município de Macapá, ainda não terá o chefe do executivo definido. Devido à crise de energia elétrica que assolou o estado nortista durante os últimos 22 dias, o TSE adiou as eleições na cidade para o próximo dia 6 de dezembro. Caso haja necessidade de decidir no segundo turno, a disputa está programada marcada para o dia 20 do mesmo mês.

Medidas sanitárias

O TSE alerta a população das cidades em que ocorre o segundo turno das eleições para que sigam as orientações sanitárias postas em prática no pleito do último dia 15 de novembro. As medidas como o uso de máscara, álcool em gel para higienização das mãos e de uma caneta própria para assinar o caderno de votação, seguem valendo contra a Covid-19.

Os mesários e presidentes de seção vão utilizar Equipamentos de Proteção Individual para evitar ao máximo as chances de contágio pelo coronavírus.

Acusado de 'virar a casaca' na semana que antecede a segundo turno da disputa à Prefeitura do Recife, MC Tróia gravou um depoimento, nessa sexta-feira (20), para desmentir seu suposto apoio ao candidato da situação, João Campos (PSB). Eleitor declarado de Marília Arraes (PT), o artista é responsável pela nova música de campanha da candidata e tratou a situação como fake news.

A polêmica começou quando a equipe de João convidou cantor, junto a outros personagens da cultura Brega Funk, para debater sobre projetos voltados ao ritmo pernambucano. Após a reunião, o MC fez uma foto com o candidato e a polêmica tomou as redes sociais.

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No perfil do representante do PSB, a imagem foi usada para reforçar a campanha de 'virada' de votos, tendo em vista que Marília assumiu a dianteira nas intenções de voto com 41% contra 34%, de acordo com a última pesquisa do DataFolha. "Esse voto a gente já virou", destaca a conta de João Campos, que aparece ao lado do artista. Foto foi excluída, após a polêmica, da rede social.

Acusado de 'traíra', prontamente Troia deu sua versão em um vídeo publicado no seu perfil. "Tô aqui muito bolado para falar de uma situação na qual vem mostrando minha imagem, em fake news. Acho que foi um erro", disse. Na legenda, o cantor também se posicionou, "dá uma segurada aí, só participei de uma reunião, o qual fui chamado, ouvi, mas tô aqui mantendo a minha escolha" (sic).

No primeiro turno, Tróia foi um dos expoentes da cena cultural periférica do Recife que declarou o voto e, inclusive, potencializou a campanha da candidata do PT, como explica, "desde o começo, desde o princípio, eu sou 13, fui 13 e mostrei muito bem a todos vocês qual a prefeita que estava apoiando. E todo mundo sabe que meu apoio é e sempre vai ser Marília", reforçou, para pôr fim à polêmica.

Na publicação do MC, o perfil de Marília condenou a estratégia da equipe de João Campos. "Aqui o oportunismo não se cria. Tamo junto, Tróia!", rebateu.

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Os sete prefeitos eleitos em 1.º turno nas capitais apresentam desempenhos distintos quando a comparação é o custo por voto. Rafael Greca (DEM), reeleito em Curitiba, gastou R$ 4,24 na campanha para cada apoio conquistado nas urnas. Já o novo mandato de Cinthia Ribeiro (PSDB), em Palmas, exigiu um valor 15 vezes maior, R$ 65,10.

O Estadão fez o cálculo a partir de dados da prestação de contas dos candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acessados na tarde dessa terça-feira. O custo por voto foi obtido pela divisão entre as despesas contratadas na campanha e o número de votos recebidos. O resultado ainda não é definitivo, pois os candidatos podem relatar gastos até 15 de dezembro, segundo o calendário oficial das eleições.

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Greca teve a preferência de 499.821 eleitores, 59,74% dos votos válidos. Em números absolutos, ele foi o segundo candidato da capital paranaense que mais investiu, R$ 2,1 milhões. Segundo colocado na disputa curitibana, Goura (PDT) fez 110 mil votos gastando quase R$ 743 mil - R$ 6,69 por voto. A relação investimento por voto mais alta em Curitiba é a de Christiane Yared (PL), que gastou mais do que o prefeito eleito, R$ 2,9 milhões, e teve pouco mais de 32 mil votos - R$ 89,27 cada.

Em Palmas, Cinthia Ribeiro venceu com 36,24% dos votos válidos. A cidade é a única capital com menos de 200 mil eleitores, o que inviabiliza uma segunda votação. Ela informou R$ 3 milhões de gastos e teve o maior custo por voto entre os eleitos nas capitais. Ainda assim, é superada por outros quatro adversários locais - o caso mais extremo é o de Vanda Monteiro (PSL), que ficou em 5.º lugar mesmo despejando R$ 3,16 milhões na campanha, ou R$ 284,98 por voto.

Em números absolutos, o maior investimento entre os prefeitos eleitos foi o de Bruno Reis (DEM), eleito em Salvador com apoio do prefeito ACM Neto. Até ontem, Reis havia informado despesas de R$ 10,2 milhões - o dobro dos gastos de todos os adversários somados. O custo por voto, porém, é apenas o terceiro maior entre eleitos nas capitais, R$ 13,13, em razão de sua votação expressiva.

A campanha de Alexandre Kalil (PSD), em Belo Horizonte, informou despesa de R$ 5,49 milhões, ou R$ 7,01 por voto. Marquinhos Trad (PSD), reeleito em Campo Grande, apresentou gastos por voto de R$ 4,78. Em Florianópolis, Gean Loureiro (DEM) gastou R$ 16,19. A relação entre investimento e voto do prefeito reeleito em Natal, Álvaro Dias (PSDB), foi de R$ 12,73. 

Cada voto obtido pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), candidato mais votado no primeiro turno destas eleições "custou" R$ 8,73, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse é o valor da razão entre a receita arrecadada pela campanha e os votos que ele obteve. É duas vezes e meia mais do que o adversário, Guilherme Boulos (PSOL), que teve um "custo" de R$ 3,67 por voto, mais baixo do que o de candidatos a vereadores. Em São Paulo, o custo por voto para ser eleito, neste ano, variou de R$ 0,21 até quase R$ 40.

Quem foi mais "eficiente" nos gastos foi Marlon do Uber (Patriota), que investiu R$ 3 mil do próprio bolso na campanha e obteve outros R$ 2 mil com um financiamento coletivo. Youtuber com mais de 611 mil seguidores, não precisou mais do que isso para ser eleito. "Fizemos a campanha na nossa rede", disse o vereador eleito ao Estadão, após se dizer surpreso por ter sido o que conseguiu pagar menos por cada voto. "Vou conversar com o meu contador", afirmou.

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Na outra ponta está a vereadora Edir Sales (PSD), que investiu cerca de R$ 900 mil na campanha e obteve 23,1 mil votos (R$ 38,96 por voto). A vereadora está ininterruptamente na Câmara desde 2008 e tem forte atuação na zona leste. Por isso, foi uma das apostas do PSD, que lhe repassou R$ 700 mil do fundo eleitoral para viabilizar sua campanha. "Teve a questão da cota para mulheres também", disse Edir, ao falar do repasse. "Neste ano, com quase 30% de abstenção, por causa da pandemia, todos os vereadores tiveram votação menor. Foi uma eleição muito difícil", afirmou.

O fato de ter sido o vereador mais votado, com mais de 130 mil votos, derrubou o custo de Eduardo Suplicy (PT): R$ 1,40. O vereador já havia obtido R$ 150 mil seu partido, que o tinha como o principal puxador de votos para a legenda - o que de fato ocorreu. Mas sua campanha arrecadou mais R$ 83 mil com doadores privados.

Ainda na disputa pela Prefeitura, duas candidaturas mais robustas financeiramente tiveram desempenho pior do que os que avançaram para o segundo turno. Joice Hasselmann (PSL) declarou receita de R$ 6 milhões e obteve 98,3 mil votos, ou R$ 61,67 por voto, o mais caro das eleições. Jilmar Tatto (PT), com 461 mil votos e uma receita de R$ 4,9 milhões, teve um custo de R$ 10,77 por voto, acima de Covas e Boulos.

Mas nem todos os derrotados tiveram menos eficiência em converter recursos de campanha em votos. Arthur do Val (Patriota), que tinha como bandeira o não uso de verba pública na campanha, obteve mais votos do que Tatto gastando 19% do que obteve a campanha do petista.

E Celso Russomanno (Republicanos), que chegou a citar Jânio Quadros e dizer que sua campanha era "do tostão contra o milhão", gastou R$ 2,75 para cada um dos 1,5 milhão de votos que obteve. Neste ano, a maior parte dos recursos disponíveis para as campanhas tem origem pública (R$ 2,6 bilhões dos fundos eleitoral e partidário). 

Com recorrentes casos de corrupção, que permeia entre partidos, há eleitores que não votam como protesto contra o sistema político brasileiro. No entanto, é difícil compreender quando o próprio candidato, que teoricamente investiu e brigou por votos durante a campanha, deixa de votar em si próprio. Em Pernambuco, o resultado das eleições indicou que as mulheres são maioria nesses casos e reforçou a desconfiança à prática de candidaturas ‘laranja’.

Compra de votos, derramamento de santinhos e campanha no dia do pleito são algumas infrações eleitorais que, infelizmente, fazem parte da tradição nas urnas. Os candidatos com zero votos também já são conhecidos dos eleitores e deixam uma pulga atrás da orelha quanto ao financiamento de campanhas falsas. Em Recife e mais seis cidades da Região Metropolitana, 52 concorrentes não obtiveram votos, com destaque para Paulista.

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Independente de ideologia progressista ou conservadora, o fenômeno foi percebido com mais incidência em partidos de centro-direita. As mulheres comandam as candidaturas “zeradas” no Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, que registraram apenas 13 candidatos homens sem voto.

Confira a lista dos candidatos zerados nos municípios da RMR:

Recife (4)

Fátima Pragana (PTC)

Marta Motoqueira (DC)

Maria Imaculada (PTB)

Inês Medeiros (PTB)

 

Olinda (7)

Irmã Conceição (PTC)

Ninah (DC)

Cláudia Alves (Avante)

Leide da Base Rural (Podemos)

Drulianne Santana (Avante)

Joana da Tabajara (Podemos)

Luanna Gregorio (Avante)

 

Paulista (16)

Di do Parque (PTC)

Zeza Rocha (PSOL)

Adriana Rodrigues (PP)

Almir Promete e Faz (PSL)

Ednildo Marcos (Podemos)

Eliude (PMB)

Geraldine Barros (DEM)

Zenilza Pereira (Podemos)

Débora Silva (PMB)

Michelle Vasconcelos (DEM)

Neidson Oliveira (Podemos)

Roseane (PMB)

Jonas Pereira (Podemos)

Lucimare Silva (Podemos)

Marlene Pereira (Podemos)

Rebeka Azevedo (Podemos)

 

Jaboatão dos Guararapes (8)

Maria Lucia (PRTB)

Madalena (Avante)

Sergio Araújo (DC)

Josiane Silva (PRTB)

Cláudia Viana (DC)

Rico de Santo Antônio (Avante)

Virginia Ferreira (DC)

Leda Barros (DC)

 

Camaragibe (5)

Careca Filho de Café (PSC)

Deyvison de Lima (Rede)

Ana Karolyne (PMB)

Juliana Lapenda (Rede)

Talita Guedes (PMB)

 

São Lourenço da Mata (2)

Lane (Cidadania)

Rodolfo da Balança (Cidadania)

 

Cabo de Santo Agostinho (10)

Silvio de Andrade (PCdoB)

Irmã Lúcia (Cidadania)

Abimael do Armazém (Solidariedade)

Miriam da Silva (Patriota)

Carlos Candeias (PSL)

Professora Lidia (Rede)

Angela Maria (PSOL)

Geynn Heyrr (Republicanos)

Rosilene (PSOL)

Tamires Barbosa (Republicanos)

Cerca de cinquenta prefeitos já foram eleitos em municípios do Interior de Pernambuco, neste domingo (15). Em três cidades, a eleição foi 'entregue' aos candidatos, pois não havia concorrentes no páreo.

Em Alagoinha, Terezinha e Jupi, não houve oposição para Uilas Leal (PSB), Matheus Martins (PSB), Marcos Patriota (DEM), que foram eleitos sem esforço, mesmo antes do fim da contagem de votos.

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Os demais municípios de Pernambuco com prefeitos eleitos antecipadamente foram:

Solidão, com Djalma da Padaria (PSB), que conquistou 3.029 votos, equivalente ao índice de 66,21%;

Ibirajuba, com Izalta (Republicanos), que conquistou 3.396 votos, equivalente ao índice de 58,8%;

São Benedito do Sul, com Juninho Amorim (AVANTE), que conseguiu 3.789 votos, equivalente a 64,47%;

*Moreilândia, com Teto Teixeira (PDT), que conquistou 4.074, equivalente a 56,85%;

Angelim, com Douglas Duarte (PSB), que conquistou 3.983 votos, correspondente a 54,7%;

*Betânia, com Mário Flor (Republicanos), que conseguiu 4.141 votos, equivalente a 56,73%;

*Primavera, com Dayse Juliana (PSB), que obteve 4.514 votos, correspondente a 60,66%

Santa Cruz da Baixa Verde, com Irlando Parabolica (PP), que registrou 3.818 votos, equivalente a 51,92%;

Curamaru, com Mariana Medeiros (PP), que conseguiu 5.025 votos, correspondente a  42,26%;

*Santa Cruz, com Eliane Soares (Avante), que conquistou 6.248 votos, equivalente a 77,62%;

Lagoa do Ouro, com Edson Quebra Santo (PP), que atingiu 4.415 votos, correspondente a 54,76%;

Tacaimbó, com Alvaro Marques (PT), que conquistou 4.315, equivalente a 53,33%;

Macaparana, com Paquinha (PP), que conquistou 7.436 votos, correspondente a 50,2%;

*Jurema, com Branco de Geraldo (PDT), que somou 5.080 votos, correspondente a 57,93%;

Machados, com Juarez da Banana (PSB), que atingiu 4.429 votos, equivalente a 52,11%

Triunfo, com Luciano Bonfim (Avante), que registrou 6.082 votos, equivalente a 73,45%;

*Buenos Aires, com Fabinho Queiroz (PSD), que recebeu 5.527 votos, correspondente a 62,64%;

Lagoa dos Gatos, com Stênio (PP), que obteve 4.594 votos, equivalente a 50,32%;

Mirandiba, com Dr. Evaldo Bezerra (PSB), que conseguiu 4.901 votos, equivalente a 54,72%;

Itapetim, com Andelmo Moura (PSB), que registrou 5.356 votos, equivalente a 57,07%;

Joaquim Nabuco, com Neto Barreto (PTB), que somou 5.498 votos, equivalente a 52,32%

São Vicente Férrer, com Marcone (PP), que obteve 6.897 votos, correspondente a 64,01%;

Cachoeirinha, com Ivaldo (PSB), que somou 7.209 votos, equivalente a 68,87%;

Camocim de São Félix, com Giorge de Neno (PSD), que conquistou 6.781 votos, equivalente a 59,59%;

Gameleira, com Dr. Leandro (PL), que conseguiu 6.356 votos, equivalente a 53,83%

*Dormentes, com Josimara Cavalcanti (PSB), que obteve 6.810 votos, correspondente a 57,9%

Quipapá, com Alvinho Porto (DEM), que conquistou 6.438 votos, correspondente a 54,48%;

Aliança, com Xisto Freitas (PSD), que recebeu 11.585 votos, correspondente a 70,68%;

Sanharó, com Cesar Freitas (PCdoB), que alcançou 6.770 votos, correspondente 53,7% (6.770)

Altinho, com Orlando José (PSB), que registrou 7.508 votos, equivalente a 61,8%;

Vertentes, com Romero Leal (PSDB), que conquistou 6.650 votos, correspondente 51,63%;

*Amaraji, com Aline Gouveia (PSB), que obteve 6.481 votos, correspondente a 50,7%;

*Afrânio, com Rafael (PSB), que recebeu 8.476 votos, equivalente a 62,87%;

*Vicência, com Guiga (Cidadania), que registrou 11.986 votos, equivalente a 84,52%;

*Panelas, com Ruben (PSB), que atingiu 8.550 votos, equivalente a 56,09%;

*São José do Belmonte, com Romonilson Mariano (PSB), que recebeu 12.087 votos, correspondente a 81%;

Taquaritinga do Norte, com Lero (PSB), que recebeu 7.778 votos, equivalente a 47,63%;

Tabira, com Nicinha de Dinca (MDB), que obteve 8.203 votos, correspondente 50,65%;

*Glória do Goitá, com Adriana Paes (PSD), que conquistou 9.940 votos, equivalente a 63,01%;

Sertânia, com Ângelo Ferreira (PSB), que recebeu 11.854 votos, equivalente a 68,61%;

*Custódia, com Manuca de Zé do Povo (PSD), que somou 11.570 votos, correspondente a 64,94%;

Catende, com Dona Graça (PTB), que totalizou 6.790 votos, equivalente a 36,91%;

*Bom Jardim, com Janjão (PL), que conquistou 11.663 votos, equivalente a 60,11%;

*Barreiros, com Carlinhos da Pedreira (PP), que obteve 10.012 votos, correspondente a 51,03%;

São Bento do Una, com Alexandre Batité (MDB), que somou 11.198 votos, equivalente a 43,45%.

*Cidades que, mesmo com a vitória dos respectivos candidatos, ainda não haviam apurado todas as urnas no momento da reportagem

A preferência pelo candidato da situação, João Campos (PSB), foi correspondida nas urnas, neste domingo (15). Com 29,17% dos votos válidos, o deputado federal vai disputar a Prefeitura do Recife com Marília Arraes (PT), que conquistou 27,95%. O resultado para o segundo turno acirrou ainda mais a já tradicional competição familiar. O candidato do DEM, Mendonça Filho ficou na terceira posição, com 25,11% dos votos. 

As pesquisas do Datafolha e IBOPE, divulgadas um dia antes do pleito, nesse sábado (14), já indicavam a ampla vantagem de João. O representante do PSB alcançou 34% e 39% nas intenções de voto dos entrevistados pelas respectivas empresas. Desde o início da campanha, ele não perdeu a liderança nas projeções da eleição no Recife.

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Já Marília, reverteu a desconfiança nacional que recai sobre o PT e constatou o tradicional alinhamento dos recifenses com o partido. Durante a campanha, a candidata passou de desacreditada à papel destaque e foi crescendo nas pesquisas. No último levantamento referente às intenções de voto, a deputada federal assumia 25% e 26%, respectivamente, e já era esperada como a adversária com o primo no segundo turno.

Mais próximos do cobiçado cargo de gestor municipal, os candidatos deixaram para trás Mendonça Filho (DEM), Delegada Patrícia (Podemos), 14,06%; Carlos Andrade Lima (PSL), 1,74%; Charbel Maroun (Novo), 0,48%; Coronel Feitosa (PSC), 0,18%; Cláudia Ribeiro (PSTU), 0,15% e Thiago Santos (UP), 0,15%. 

O que esperar do Segundo Turno

Agendado para o dia 29 de novembro, o segundo turno que define o futuro Prefeito de Recife segue em aberto. No entanto, os índices de rejeição contra os postulantes à disputa, também apresentados pelo IBOPE, dão uma pequena vantagem à candidata do PT.

João Campos sofre as consequências dos erros da gestão do PSB e 26% dos eleitores abordados afirmaram que não votaria nele. Enquanto Marília Arraes possui uma pequena diferença, com 23% da rejeição. Em relação ao quarteto destaque da Eleição do Recife, a dupla assumiu as posições mais inferiores. Atrás da Delegada Patrícia (Podemos), com 42%, e Mendonça Filho (DEM), com 27%.

Com 30,25% das urnas do Recife apuradas, Marília Arraes (PT) assume a liderança da disputa com 29,05% dos votos, equivalente a 69.723. Até o momento, ela vai disputar o segundo turno com João Campos, que conquistou 27,09% dos votos, correspondente a 65.020 eleitores.

Cerca de 240 mil votos válidos já foram computados. Mendonça Filho (DEM) conquistou 26,63% da escolha dos eleitores, o que representa 63.920 votos. Já a Delegada Patrícia (Podemos) está na última posição dos candidatos em maior destaque durante a campanha e só alcançou 13,62%, divididos em 32.693 votos.

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Até a última atualização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram registrados 12.684 brancos (4,60%) e 22.604 nulos (8,20%).

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Na noite deste domingo (15), a Polícia Federal (PF) emitiu o balanço das ocorrências envolvendo as eleições municipais de Pernambuco. As autoridades usaram drones em algumas localidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) para identificar e reprimir crimes eleitorais ou infrações em relação aos cuidados com a pandemia.

Durante a movimentação nas urnas, duas pessoas foram detidas na área Central do Recife e seguiram para a delegacia, onde assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O primeiro autuado realizava boca de urna e entregava santinhos aos eleitores de Joana Bezerra. Já a outra detenção foi de uma mulher, que também jogavam materiais de campanha impressos nas proximidades do Colégio José Maria, bairro de Santo Amaro.

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O clima tenso da eleição em Itaíba, no Sertão, fez com que a entidade montasse a Operação Novo Cabresto, ainda na quarta-feira (11). Nove mandados de busca e apreensão foram expedidos para apurar o envolvimento de pessoas que tentavam tumultuar a "lisura do pleito eleitoral", informa.

De acordo com a denúncia, policiais militares escoltavam políticos e ameaçam eleitores contrários durante a campanha. Alguns cidadãos estariam com armas na região para fins de “ilícitos eleitorais", pontua a PF. No sábado (14), Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos, mas não foram encontrados elementos que configurassem crimes eleitorais.

Ainda no sábado (14), quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Agrestina, no Agreste. Os suspeitos prestaram depoimento e celulares foram apreendidos para perícia.

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Neste domingo (15), dois cabos eleitorais foram presos em flagrante por Transporte Irregular de Eleitor, no município de Água Preta, localizado na Zona da Mara Sul. Além das prisões, o veículo e os aparelhos celulares dos suspeitos foram apreendidos.

Um trio elétrico, que puxava uma carreata em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, foi apreendido. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado.

Já em Salgueiro, no Sertão, uma militante precisou assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por realizar boca de urna, nesse domingo (15). Com ela foram encontrados centenas de santinhos, folders e uma bandeira de um candidato a vereador, que eram entregues em frente à escola Don Malan.

Dentro da própria zona eleitoral, um candidato a vereador em Araripina, no Sertão, que não teve a identidade revelada pela PF, foi detido ao divulgar sua campanha com distribuição de adesivos e santinhos no corredor do prédio. Um suspeito por violação do sigilo do voto também foi detido neste domingo (15) e dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade.

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O governador Paulo Câmara votou, na tarde deste domingo (15), acompanhado da primeira-dama, Ana Luiza Câmara, na Fundação Cecosne, no bairro da Madalena, no Recife. Após o voto, que aconteceu por volta das 13h, Paulo Câmara falou sobre o processo eleitoral no Estado.

“Pernambuco, mais uma vez, dá um exemplo importante de democracia. As eleições estão transcorrendo em todo o Estado de maneira muito tranquila e, agora, vamos acompanhar o resto do dia e trabalhar para que tudo dê certo e a gente tenha uma verdadeira democracia ocorrendo não só em Pernambuco, mas em todo o Brasil”, destacou Paulo Câmara.

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O governador também ressaltou o bom desempenho do Sistema Integrado de Comando e Controle da Secretaria de Defesa Social (SDS). “A segurança está reforçada em todo o Estado. Desde a sexta-feira, todas as nossas operativas estão trabalhando visando realmente dar segurança para os nossos eleitores”, finalizou Paulo Câmara.

COORDENAÇÃO E MONITORAMENTO DAS AÇÕES - O Sistema Integrado coordena todas as ações de segurança a partir de três centros de comando: um no Recife (na sede do Ciods, no bairro de São José), um em Caruaru (Agreste) e outro em Serra Talhada (Sertão).

Nesses locais, estão trabalhando, de forma integrada e em regime de plantão, gestores e profissionais de todos os órgãos de segurança envolvidos na Operação Eleições 2020. O monitoramento, no entanto, já começou desde a última sexta-feira (13), quando ocorrências relacionadas às eleições passaram a ser acompanhadas em tempo real por meio do Sistema de Ocorrências Eleitorais de Pernambuco (Soepe).

 *Da assessoria de imprensa  

 

O prefeito de Olinda e candidato à reeleição, Professor Lupércio (SD), foi à urna na tarde deste domingo, 15, para cumprir o importante ato para a democracia. O gestor votou na Escola Bandeira de Melo, localizada em Rio Doce.

Completando 53 anos hoje, Lupércio demonstrou confiança na vitória no primeiro turno. Ele ainda destacou que fez questão de realizar uma campanha limpa e de forma transparente, sem tecer comentários agressivos aos adversários.

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"A gente teve todo o cuidado de não subestimar ninguém, respeitando sempre cada um, e sem baixar o nível, até porque cada candidato tem uma família e a população de Olinda merece respeito. A população quer propostas e tem visto o que estamos fazendo, sabendo que vamos fazer muito mais pela cidade”, comentou Lupércio.

*Da assessoria 

O candidato à reeleição pelo MDB, Miguel Coelho, votou na manhã deste domingo (15), no Colégio Dom Bosco, na área central de Petrolina. O político sertanejo foi acompanhado pela esposa Lara Secchi Coelho, o filho Miguel, o candidato a vice, Simão Durando, além de familiares.

Antes de votar, Miguel concedeu uma entrevista para a imprensa local e fez um balanço das eleições. O candidato do MDB ressaltou sua campanha propositiva, sem ataques, priorizando a apresentação de novos projetos para Petrolina e um balanço do primeiro mandato.

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Miguel disse estar confiante na vitória no primeiro turno com base na ampla liderança nas pesquisas e no apoio dos eleitores nas ruas. "Nosso sentimento é primeiro de gratidão pelo reconhecimento da população com o nosso trabalho. Estamos confiantes de que Petrolina quer mais quatro anos de desenvolvimento, de fazer Petrolina continuar como referência para Pernambuco e para o Brasil", destacou o prefeito petrolinense. 

No mesmo local, votaram também junto com Miguel o senador Fernando Bezerra, os deputados Fernando Filho e Antonio Coelho. A comitiva, em seguida, dirigiu-se à sessão da Faculdade Maurício de Nassau para acompanhar o voto do candidato a vice da coligação Petrolina com Força e União, Simão Durando. Miguel, após ter exercido o voto, segue para a casa da família, onde acompanhará a evolução das eleições até o resultado final das urnas.

 

Diversos famosos foram flagrados cumprindo o papel de cidadão brasileiro, neste domingo (15), durante a eleição para vereadores e prefeitos de todo o Brasil. Lembrando que este ano por conta da pandemia do novo coronavírus é de uso obrigatório a máscara de proteção.

Diferentemente de outras famosas, Angélica foi bem mais prática e colocou uma calça jeans, uma camiseta de empoderamento feminino e máscara vermelha para votar. A camiseta de Angélica dizia: "com mulheres no poder, meninas voltam a sonhar".

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Fátima Bernardes também não perdeu tempo e tirou foto até na fila antes de entrar na sala onde vota. A apresentadora apareceu com uma máscara lindíssima toda estampada com flores coloridos e um óculos enorme no rosto. Na legenda da publicação, Fátima escreveu: "Eu já votei. E você? Não abra mão do seu voto. Eu sempre me emociono a cada eleição. Penso na oportunidade que temos de decidir sobre o nosso futuro. Nem sempre foi assim. Não podemos desprezar esse dever, mas que também é um direito nosso. E nesse ano tão diferente, além do título ou do documento com foto, não se esqueça de levar sua caneta, o álcool em gel e use máscara".

Cláudia Raia e Jarbas Homem de Melo mostraram muita elegância até para votar. A atriz apostou em um macacão verde bem longo, uma bolsa na mesma cor e uma máscara laranja para dar um toque diferente no visual. Já Jarbas, apostou em bermuda, sandálias e uma camisa estampada.

Eleitores relataram instabilidades no funcionamento do aplicativo e-Título, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na manhã deste domingo, 15. Entre os relatos, os usuários afirmam não estar conseguindo baixar o aplicativo, consultar a zona eleitoral ou concluir a operação de justificativa do voto. O corregedor do TSE atribuiu o problema ao excesso de usuários.

Pelas redes sociais, vários foram os relatos de instabilidade no aplicativo. "Estou há 20 minutos tentando justificar a minha ausência no e-título e só aparece essa mensagem de erro", escreveu um usuário. "Eu tentando justificar minha ausência e o e-Título não acessa a minha localização", disse outro.

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De acordo com o ministro Luís Felipe Salomão, corregedor do TSE, os problemas enfrentados pelos eleitores se deram pelo excesso de usuários acessando o aplicativo simultaneamente. "É apenas o excesso [de usuários] nesse momento. o aplicativo funciona bem. Nós temos recebido o retorno de que centenas de pessoas já fizeram a justificativa", disse o ministro em entrevista à CNN.

Salomão ainda afirmou que não há necessidade de "pânico" ou "corrida" para as zonas eleitorais: "Haverá um tempo posterior para que o eleitor possa fazer essa justificativa.Então não há nenhum motivo de corrida, de preocupação. Claro, seria interessante quem está na situação de justificar, fazê-lo pelo aplicativo. Se não for possível, também não é motivo de pânico. Pode ir depois, procurar o cartório eleitoral e comprovar sua justificativa".

"O que nós não queremos agora é aglomeração, estresse, justamente porque nós estamos concentrados no processo de votação. Estamos acompanhando, ainda não chegou nenhum travamento do sistema, muito ao contrário, ele vem funcionando, ainda que com o excesso de pessoas querendo fazer a justificativa", afirmou.

Eleitores que faltam três eleições consecutivas sem justificar ou quitar a multa têm o título de eleitor cancelado. Entre outras punições, fica impedido de obter passaporte, fazer matrícula em instituições públicas de ensino ou ser nomeado em cargos públicos. O voto pode ser justificado pelo aplicativo e-Título, em cartórios eleitorais, pela internet e em zonas eleitorais no dia da votação.

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