Tópicos | voto

Depois de criar o partido Novo em 2011 e receber em 2018 2,5% dos votos na eleição presidencial, o que o colocou à frente de nomes como Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos), o empresário João Amoêdo surpreendeu o mundo político na semana passada ao renunciar ao comando da sigla três anos antes do fim de seu mandato.

Nessa entrevista, Amoêdo disse que pretende continuar em cena, mas que abriu mão do cargo em nome da renovação. O ex-presidenciável também criticou a decisão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do Novo, de conceder aumento para a Polícia Militar.

##RECOMENDA##

Por que o senhor renunciou à presidência do Novo?

Primeiro foi o fato de estar há dez anos dedicado ao projeto, desde a concepção inicial, a coleta de assinaturas, até a implementação do partido e a candidatura à Presidência. Em segundo lugar, temos um diretório consolidado e bem encaminhado. Um terceiro ponto é que a gente sempre fala no Novo como uma instituição que precisa ter renovação dos seus quadros. O partido é baseado em princípios, ideias e valores, e não necessariamente em uma única figura. Minha decisão causou surpresa porque não é uma conduta tradicional nos partidos políticos. Vou continuar ajudando o partido. Vou manter uma participação na vida política do Brasil.

Está no horizonte disputar à Presidência da República em 2022?

Não estou pensando ainda em candidatura. Não parei para pensar sobre isso. Um dos problemas do Brasil hoje é que vários atores importantes do mundo político estão fazendo planos pensando muito na eleição de 2022. O próprio presidente da República. Aí ficam procurando soluções de curto prazo. Vou pensar bastante. No fim da história não podemos esquecer que será também uma definição do partido.

A decisão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do Novo, de conceder um robusto aumento para a Polícia Militar foi desautorizada pela sigla. O Novo também suspendeu o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Falta sintonia entre o discurso do partido e seus quadros mais proeminentes?

O ministro do Meio Ambiente era um filiado do Novo que foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro. Eu não diria que ele é uma figura proeminente do Novo. Já o governador Romeu Zema e nossos deputados federais são. Alguns filiados entraram contra o Salles no comitê de ética do partido. O comitê de ética julgou oportuno suspender a filiação dele. O Zema é um caso bem diferente. O partido separa muito a gestão a atuação partidária e a gestão pública. Mas o entendimento do Novo, que tem uma preocupação muito grande com responsabilidade fiscal, é que houve um erro que foi depois exacerbado com os aumentos das outras áreas. Apesar de ele estar fazendo um bom governo, houve um erro do Zema ali.

O que deveria ser feito diante da pressão da polícia?

Uma negociação que não tivesse aumento ou que tivesse aumento muito pequeno. Com as contas como estavam, não faria sentido dar aumento.

Quando Salles foi suspenso, disse que os que não rezam a cartilha do Amôedo no Novo são boicotados. Como recebeu essa crítica?

Ignorei. É tão longe da verdade... Ele queria fazer polêmica em cima da suspensão dele.

O Novo terá 35 candidatos a prefeito em 2020. Por que tão pouco?

É uma quantidade grande de candidatos. O partido não usa dinheiro público. Sabemos que as pessoas estão refratárias a ter participação política. O Novo não pega políticos tradicionais. São pessoas que saem da iniciativa privada. Em 2016 tivemos apenas um candidato a prefeito.

O sr. vai à manifestação de 15 de março? O que achou da convocação contra o que chamam de "parlamentarismo branco"?

Não irei. Não gosto de manifestações que são contra as instituições. Prefiro manifestações que são a favor de alguma coisa.

Achou graves a declaração do general Heleno e a convocação do Bolsonaro?

A pessoa, quando está no cargo de presidente, tem que ter muito cuidado com o que fala e posta. Esse posicionamento do presidente está muito em linha com outras coisas que eles têm feito que têm dificultado a aprovação das reformas. Bolsonaro fala mais da carteira da UNE do que da reforma administrativa, trata a imprensa sem profissionalismo, cria polêmicas, traz o entorno dos filhos para participar de decisões importantes. Tudo isso mostra um certo desprezo pela instituição do cargo. No fundo, ele está mantendo o grupo que o apoiará para estar no segundo turno em 2022. Eu, no lugar dele, mudaria esse roteiro. Trocaria o ministro da Educação.

O sr. votou nele no 2° turno em 2018?

Votei contra o PT. Não me arrependi porque não tinha opção. Achava pior votar nulo ou no PT. Não me surpreende a falta de capacidade administrativa dele, dado o histórico de 28 anos no Congresso.

O PIB teve um crescimento pífio. Como avalia o desempenho da equipe econômica?

A qualidade da equipe é muito boa. Temos no Novo uma identidade muito grande com o que eles pregam: responsabilidade fiscal, maior abertura da economia, reformas e privatização. Mas na prática nós sabemos que muitas dessas reformas mexem com interesses e exigem um trabalho no Congresso. Na medida em que o presidente não faz esse trabalho e puxa para a polêmica, ele acaba influenciando seus ministros. Essas derrapadas do Paulo Guedes vêm nessa esteira do clima que se cria. O que falta é velocidade na apresentação das propostas na área econômica. Nada foi apresentado na reforma tributária. O ministro Paulo Guedes fala que tem 15 semanas, mas já queimaram muitas.

A Irlanda comparece às urnas para eleições legislativas antecipadas no sábado (8), e o primeiro-ministro Leo Varadkar faz campanha, insistindo em que persistem os riscos do Brexit no vizinho Reino Unido.

Na pesquisa mais recente, o premiê está atrás dos nacionalistas do Sinn Fein, ex-braço político do IRA. Varadkar advertiu que o Brexit "ainda não terminou, esta é a apenas a primeira parte", ao convocar eleições em janeiro.

Na sexta-feira passada, com a saída britânica da União Europeia, a demarcação terrestre entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte se tornou a nova fronteira entre o Reino Unido e a UE.

O acordo de divórcio evitou o retorno de uma fronteira rígida que poderia ameaçar o acordo de paz da Sexta-Feira Santa. Em 1998, este pacto acabou com três décadas de um conflito violento que deixou 3.500 mortos na província britânica situada ao norte da ilha.

Nada mudará durante o período de transição, previsto para durar até dezembro. Bruxelas advertiu, no entanto, para um novo risco de ruptura brutal, se um acordo não for alcançado sobre a futura relação entre as duas partes.

E Varadkar concentrou a campanha em repetir que ele é o mais adequado para obter o acordo.

"As pessoas confiam em nosso governo sobre o Brexit, porque protegemos o país durante uma crise que nós não criamos", afirmou o vice-premier e chanceler, Simon Coveney, ao apresentar o programa eleitoral do partido de centro direita Fine Gael.

A aposta do partido pode resultar em fracasso, porém.

- Auge do Sinn Fein -

Diante da ameaça de um Brexit brutal sem acordo, que teria consequências dramáticas para a economia irlandesa, o partido de oposição, também centrista, Fianna Fail, decidiu apoiar o governo minoritário do Fine Gael de 2016 até 2019.

A aliança entre ambos foi prejudicada por vários escândalos que envolveram figuras importantes do partido de Varadkar, também afetado pelos problemas no sistema público de saúde e por uma crise cada vez maior da habitação.

"A ideia de que a Irlanda não pode mudar de governo por culpa do Brexit é cínica e desesperada", denunciou o líder do Fianna Fail, Micheal Martin. nCoveney afirmou, porém, que Martin "não é a pessoa para liderar a Irlanda na segunda metade do desafio do Brexit".

"Ele deseja que acreditem que qualquer um pode fazer isso, como se o Brexit fosse um processo automatizado", criticou. Enquanto os dois partidos se enfrentam, o esquerdista Sinn Fein parece avançar no momento de turbulência.

Uma pesquisa do instituto Ipsos MRBI, publicada na terça-feira pelo jornal "Irish Times", atribui 25% das intenções de voto ao ex-braço político do extinto Exército Republicano Irlandês (IRA), que deseja a união da província britânica da Irlanda do Norte com a República da Irlanda.

- Saúde e moradia -

De acordo com a pesquisa, o Sinn Fein aparece pela primeira vez à frente do Fianna Fail (23%) e do Fine Gael (20%). Se conquistar este resultado histórico, o partido liderado por Mary Lou McDonald não poderia governar sozinho, mas teria um papel-chave na formação de um Executivo de coalizão.

Como prova da mudança de tendência, McDonald foi finalmente convidada a participar de um debate eleitoral organizado pelo canal público RTE. Inicialmente, o encontro seria apenas entre Varadkar e Martin.

O eleitorado parece mais preocupado com questões de política nacional, como saúde e a falta de moradias acessíveis, as prioridades citadas pelos mais de mil votantes entrevistados em uma pesquisa recente, na qual o Brexit ficou em 12º lugar.

Os hospitais irlandeses estão saturados e a escassez de residências provocou a disparada dos preços, a níveis impossíveis para boa parte da classe média.

Na semana do Natal, o país registrava 9.731 pessoas sem casa, e o número de famílias sem residência aumentou 280% desde dezembro de 2014, segundo a organização Focus Ireland.

Uma eleitora que apoiou Pete Buttigieg como candidato a presidente na tumultuada prévia democrata no estado de Iowa, nos Estados Unidos, pediu para mudar seu voto quando soube que ele é gay, informou nesta terça-feira (4) a imprensa local.

Como justificativa, ela citou suas crenças religiosas: "Você está dizendo que tem um parceiro do mesmo sexo? Está brincando?" perguntou a mulher, que usava um adesivo "Pete 2020", a uma mesária do "caucus" na zona rural de Iowa.

"Bem, então eu não quero ninguém assim na Casa Branca. Posso retirar meu cartão (de votação)?", disse.

A conversa foi registrada em um vídeo que viralizou rapidamente nesta terça-feira, quando Buttigieg surpreedeu por liderar nos resultados parciais da primeira etapa do processo de escolha do partido Democrata de seu candidato à presidência.

A mesária que ouviu o comentário da indignada eleitora em Cresco, Iowa, recebeu elogios por sua reação ponderada, na qual tentou tranquilizar a mulher dizendo que a sexualidade de um candidato não era uma preocupação séria que deveria influenciar nos resultados.

Buttigieg, de 38 anos, ex-prefeito de South Bend, Indiana, e considerado um político moderado. Desconhecido do grande público há menos de um ano, é assumidamente gay e um ex-militar que serviu no Afeganistão.

No ano passado, seu casamento com Chasten Glezman foi amplamente abordado pela mídia local, pois muitos americanos refletiram sobre a possibilidade da chegada de um casal do mesmo sexo à Casa Branca.

Na apuração atrasada dos votos distribuídos na segunda-feira, Buttigieg está um pouco à frente do progressivo Bernie Sanders e bem acima do ex-vice-presidente Joe Biden.

Com a aproximação da corrida eleitoral, a presença massiva de candidaturas femininas em Pernambuco está sendo uma militância da deputada Teresa Leitão (PT), que também é membro do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores. Além dessa militância pelas mulheres, Teresa afirma que está à disposição do partido para disputar a Prefeitura de Olinda pela segunda vez consecutiva. “Olinda está indefinido sobre candidatura própria, mas independente de eu ser ou não candidata em Olinda, quero me dedicar a essa pauta de 2020”, explica Leitão.

A deputada já tentou ser a prefeita de Olinda, cidade da Região Metropolitana do Recife, em 2016, mas acabou ficando em 5º lugar com 11.800 mil votos. “Foi uma eleição muito difícil, no meio da eleição veio um golpe contra Dilma e tivemos que parar, mas agora as coisas estão melhores. Mas o PT ainda não decidiu, começou agora o processo e a tendência é mais para aliança do quê por candidatura própria - diferente de 2016, onde minha candidatura foi unânime”, aponta Teresa.

##RECOMENDA##

Prefeitura do Recife

Mesmo com o ex-presidente Lula apontando que o PT deve retomar o protagonismo nas disputas de 2020, ainda não há nada definido se a candidatura da deputada Marília Arraes para a Prefeitura do Recife vai realmente se consolidar dentro do partido. Teresa Leitão é uma das que defende que a deputada dispute o cargo. 

Na semana passada, em São Paulo, Marília se reuniu com Lula e com os presidentes do diretório nacional e de Pernambuco. “Dessa discussão se arrematou de fato um procedimento e eu acho que isso pode ser exitoso para a candidatura de Marília e nós vamos estar presentes e queremos debater isso”, salienta Leitão.

Humberto x Marília

Dentro do PT, o senador Humberto Costa é um dos que se opõem à candidatura de Marília Arraes. Para o senador, o melhor para o PT seria manter a aliança e, assim, os cargos dentro do governo pessebista, tanto na prefeitura quanto no Governo de Pernambuco. No entanto, Teresa endossa a vontade do ex-presidente e afirma que o PT deve mostrar a cara. 

"Em 2012, o PT estava sentado na cadeira da prefeitura. Teve um monte de confusão e o PSB disse: ‘nessa confusão eu não fico, vou sair e lançar o meu candidato’. Então porque é que o PT também não pode pensar primeiro em si e depois nos outros?”, avalia a deputada.

Para Leitão, não há nada que prenda o PT ao PSB. “A manifestação da unidade pode se dar de várias maneiras. Você pode ter várias candidaturas de um campo anti-Bolsonaro, que vão se ajudar mutuamente nesse processo”, pontua Teresa Leitão. 

LeiaJá também

-> Marília Arraes: "Não faço da política assunto de família"

-> Marília Arraes: 'Eu vou estar no 2º turno'

Em dois municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) as eleições para o Conselho Tutelar, ocorrida nesse domingo (6), foram marcadas por confusão e suspensões. Além da interrupção da participação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no pleito, erros nas cédulas de votação e até candidato acusado de roubo foram registrados. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ressalta que os atrasos não podem afetar a data de posse, marcada para o dia 10 de janeiro de 2020.

Em Olinda, as cédulas de voto tinham nomes e números errados, além da presença do candidato Guilherme Caio Felix Paixão - excluído judicialmente do pleito após ser condenado por roubo qualificado com uso de faca. A presidente do Conselho Municipal de Direito da Criança e do Adolescente de Olinda (COMDACO) admitiu falhas durante a confecção das cédulas.

##RECOMENDA##

Falhas na impressão -“A gente não conferiu. A gente achou que o [modelo] que tinha dado o ‘ok’, ele [responsável pela gráfica] ia fazer [...] Quando chegou sábado, nós não conferimos. O problema foi esse. Eu sei que todos nós erramos, mas a gente confiou", revelou Paulina Lucena. Ela explica que o erro foi percebido e informado à gráfica responsável ainda no processo de produção. Antes da impressão, a empresa reenviou o modelo das 40 mil cédulas ao Conselho de Eleição, que aprovou a arte.

“Todos nós erramos. A gente tava no barco e o barco afundou”, lamentou a presidente. Devido a falha, uma confusão se formou e Paulina afirma que por pouco não foi agredida junto dos demais integrantes do COMDACO. Ela acredita que uma possível participação do TRE no pleito não teria mudado tal desfecho e revelou que a comissão vai realizar uma assembleia para decidir quando a nova eleição ocorrerá. Entretanto, o MPPE recomenda que a Comissão Eleitoral seja substituída e que os novos integrantes definam a data.

Recondução de mandatos - Já em Camaragibe, a Justiça havia suspendido todos os atos dos integrantes do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), desde o dia 20 de junho deste ano. O motivo foi a recondução ilegal dos mandatos após uma reunião extraordinária realizada no dia 27 de junho. Como consequência, tal ato retirou a legibilidade do pleito para o Conselho Tutelar na cidade.

A situação de Camaragibe é mais complicada que em Olinda, pois, para atingir o prazo da data da posse, primeiro devem ser eleitos os responsáveis pelo Conselho Municipal. A partir daí, deverá ser iniciada a eleição no município.

LeiaJá também

--> Cidades elegem conselheiros tutelares neste domingo (6)

--Eleições para conselheiros tutelares enfrentam politização

Um projeto em tramitação no Congresso poderá mudar a forma de votar e de ser eleito no País. Ele propõe a adoção do sistema do voto distrital misto - uma combinação do voto proporcional, hoje em vigor, com o distrital - para a eleição de deputados federais, estaduais e vereadores.

Apresentado pelo senador José Serra (PSDB-SP), o Projeto de Lei 9.212/2017 foi aprovado pelo Senado em novembro e está em análise na Câmara. O deputado Felipe Francischini (PSL-PR), presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, disse que deve avaliar a retomada das discussões sobre o tema na reunião com os coordenadores de bancada nesta terça-feira, 1.

##RECOMENDA##

O substitutivo do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator do projeto, manteve basicamente o texto aprovado no Senado, incorporando sugestões do grupo de trabalho formado para analisar o assunto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), coordenado pelo ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente da Corte. Entusiasta do sistema, também defendido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Barroso chegou a dizer que a adoção do voto distrital misto representará "a redenção política do Brasil".

Há outras propostas, porém, em discussão. Duas são de autoria da deputada Renata Abreu (Podemos-SP). Uma prevê a adoção do chamado "distritão", pelo qual os mais votados são eleitos sem levar em conta o quociente eleitoral, em todos os municípios do País. A outra propõe a combinação do voto distrital com o "distritão" em municípios com mais de 200 mil eleitores, e só o "distritão" em municípios menores.

Já deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) propõe a adoção do voto distrital puro para a escolha de vereadores em cidades com mais de 200 mil habitantes e do "distritão" em municípios de menor porte.

Critérios geográficos

Para dar a sua contribuição ao debate sobre a questão, o Estado publica, com esta reportagem especial, um estudo exclusivo realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), com apoio do professor Örjan Olsén, da Analítica Consultoria, especializado em análise de dados e em eleições. O levantamento apresenta, a partir da definição de 257 distritos em todo o País, uma simulação de como seriam os resultados da eleição de 2018 para deputado federal e como ficariam os gastos de campanha se o sistema de voto distrital misto já estivesse em vigor.

Segundo o estudo, haveria a renovação de cerca de 25% na Câmara com o sistema. Dos 513 deputados, 382 tenderiam a manter a vaga, sendo 252 pelo voto em lista e 130 pelos distritos. Provavelmente, 131 deputados não seriam eleitos.

"Esse estudo é importante para as pessoas tirarem suas dúvidas e começarem a visualizar o sistema e a se acostumar com ele. Pode parecer uma coisa complexa, mas não é", afirma o cientista político Luiz Felipe D'Avila, fundador e presidente do conselho consultivo do CLP, que há dez anos apoia essa bandeira. "O objetivo do estudo foi mostrar que é possível dividir o Brasil em distritos, para a escolha de deputados federais e estaduais, e que dá para fazer isso a partir de critérios geográficos imunes à manipulação política", diz Olsen.

Ao contrário do que desejava um grupo de parlamentares e de analistas que apoiam o projeto, incluindo o próprio Serra, ele dificilmente valerá para as eleições municipais de 2020. Para tanto, teria de ser votado e aprovado pela comissão e pelo plenário, ser devolvido ao Senado para nova votação, já que deverá sofrer modificações na Câmara, e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro até a próxima sexta-feira, 4, um ano antes das eleições.

Dinâmica da política

Faltando só três ou quatro sessões legislativas para a data-limite, o mais provável, de acordo com Samuel Moreira, é que o projeto seja analisado sem pressa, com foco nas eleições de 2022, para deputados estaduais e federais.

"Acredito que, neste momento, em função da dinâmica da política nacional, com vários temas em andamento no Congresso, seja muito difícil ele ser aprovado num prazo tão curto, já para 2020", diz Moreira. "Nesta eleição, já vamos ter um grande avanço com o fim das coligações proporcionais. Isso já deve levar a uma redução do número de partidos na disputa, porque nem todos conseguirão ter chapa exclusiva em todas as cidades."

Como funciona

Pelo sistema distrital misto, adotado em diversos países, metade dos deputados federais, estaduais e vereadores é eleita por lista partidária. A outra metade é eleita pelos distritos. O eleitor, portanto, vota duas vezes, uma no voto em lista e outra no seu candidato no distrito.

O número de distritos, em geral, é igual à metade do número de deputados federais, estaduais e vereadores de uma determinada circunscrição (Estado ou cidade). A lista pode ser aberta, quando o eleitor pode votar nominalmente num candidato, ou fechada e preordenada, quando ele só pode votar no partido e as legendas é que definem a ordem dos candidatos para os quais os votos serão atribuídos.

Voto proporcional

No Brasil, o principal projeto em tramitação no Congresso prevê a adoção do sistema de lista fechada em combinação com o voto distrital para deputados federais e estaduais e para vereadores em cidades com mais de 200 mil habitantes. Nos municípios menores, a ideia é adotar apenas o sistema de lista fechada preordenada. A proposta também prevê que os candidatos poderão concorrer tanto pela lista quanto pelo distrito. A proposta estabelece ainda que os distritos poderão ter uma diferença de, no máximo, 10% para mais ou para menos em relação à media de eleitores por distrito numa circunscrição.

Como a Constituição prevê o voto proporcional para a eleição de deputados estaduais e federais, só seria possível mudar o sistema proporcional por meio de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Mas, com o objetivo de facilitar a aprovação no Congresso, as propostas foram apresentadas como projetos de lei, que exigem maioria simples, enquanto as PECs precisam ser aprovadas em dois turnos por 3/5 do Legislativo.

Para conciliar o princípio constitucional da proporcionalidade com a adoção parcial do sistema distrital, o cálculo do número de cadeiras que caberá a cada partido será feito com base no resultado obtido no voto de lista. Os eleitos pelo distrito, porém, terão primazia sobre os de lista caso uma legenda conquiste mais vagas pelo distrito do que lhe couber pelos votos na legenda.

Critérios para chegar aos eleitos

Para entender o estudo feito pelo Centro de Liderança Pública (CLP), com apoio do professor Örjan Olsén, da Analítica Consultoria, a chave é focar em dois aspectos: o perfil de cada candidato e a definição dos distritos eleitorais.

De início, Olsén classificou os 8.055 candidatos a deputado federal de acordo com a distribuição geográfica do eleitorado de cada um. Depois, ele peneirou o grupo, ficando apenas com os que tiveram pelo menos 25% do quociente eleitoral de seu Estado, reduzindo o grupo para 1.369 candidatos considerados competitivos. Por fim, ele separou os remanescentes em três categorias, conforme a geografia dos votos recebidos na eleição de 2018: votos em lista, distrital e misto.

Para desenhar os distritos eleitorais, ele dividiu o número de deputados de cada Estado por dois, como prevê o principal projeto que está em tramitação na Câmara, apresentado pelo senador José Serra e aprovado no Senado em 2018. São Paulo, que tem 70 deputados federais, foi dividido em 35 distritos, cada um responsável pela eleição de um parlamentar.

Para buscar a obtenção de um resultado confiável, Olsén usou as microrregiões e as macrorregiões do IBGE como base, criando distritos contíguos e com características socioeconômicas semelhantes. Ele também levou em conta a necessidade de que cada distrito tivesse uma diferença de no máximo 10% em relação à média de eleitores por distrito em cada Estado, como determina também o projeto em discussão na Câmara.

Com os distritos prontos e os candidatos separados por categorias, ele usou os dados do Tribunal Superior Eleitoral para fazer a simulação da disputa nos distritos e pela lista, chegar aos nomes dos mais e dos menos competitivos no sistema e apurar como isso afetaria a composição da Câmara e as bancadas de cada partido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5/2005, que estende aos brasileiros residentes no exterior o direito de voto em eleições majoritárias é o tema da audiência pública interativa que a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realizará nesta terça-feira (24).

Além do ex-senador Cristovam Buarque, um dos autores da PEC, foram também convidados para a audiência a embaixadora Maria Luiza Ribeiro Lopes da Silva, diretora do Departamento Consular do Ministério das Relações Exteriores, Ester Sanches-Naek e Jorge Costa, representantes de comunidades brasileiras no exterior.

##RECOMENDA##

A proposta, arquivada ao fim da legislatura anterior, tramitava desde 2005 e chegou a ser aprovada em primeiro turno em 2009. Cristovam justificou a proposição argumentando que a impossibilidade de os brasileiros no exterior elegerem deputados “pode favorecer o distanciamento entre cidadãos do Brasil e o seu país, sua nação, seu povo, quebrando os vínculos políticos, sociais e afetivos que ligam a pessoa à sua pátria”.

A reunião da CRE está marcada para às 11h.

*Da Agência Senado

 

Um grupo de trabalho coordenado pelo vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, propõe mudar radicalmente a forma de eleger vereadores no ano que vem. Em documento entregue no mês passado para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o tribunal defende adotar, já em 2020, o sistema distrital misto em cidades com mais de 200 mil habitantes. A ideia é separar os município em distritos, que elegeriam seus representantes isoladamente.

O modelo distrital misto, inspirado no sistema adotado na Alemanha, prevê a divisão dos Estados e municípios em distritos eleitorais - dessa forma, os candidatos a vereador em um bairro da zona sul de São Paulo, por exemplo, seriam diferentes daqueles dos eleitores de um bairro na zona norte. A divisão de cada cidade em distritos seria feita pelo próprio TSE, que convocaria audiência pública com representantes dos partidos políticos para definir os critérios e os limites de cada um.

##RECOMENDA##

Questionado, o TSE não informou até a conclusão desta edição sobre previsão para a audiência nem sobre estudos envolvendo a divisão das cidades em distritos. Um dos receios é de que a definição dos limites geográficos de cada região beneficie candidatos e leve a distorções no resultado das eleições - nos Estados Unidos, a polêmica chegou à Suprema Corte, que concluiu que não cabe ao tribunal decidir sobre a divisão dos mapas.

No sistema proposto pelo grupo de trabalho do TSE, metade das cadeiras na Câmara Municipal, assembleias legislativas e da Câmara dos Deputados seria definida conforme o voto distrital - ou seja, o voto nos candidatos de cada região. A outra metade seria eleita pelo chamado voto em legenda, em lista fechada, em que os candidatos de cada partido são informados em uma lista predeterminada, que já definiriam a ordem em que as vagas serão preenchidas. Neste caso, o eleitor escolhe uma lista, e não um candidato.

'Difícil'

Rodrigo Maia, no entanto, disse ao Estado que vê a mudança no sistema eleitoral como difícil de ser aprovada a tempo de valer para o ano que vem. "É uma proposta muito boa. Não sei se tem voto (para passar no Congresso), porque mudar o sistema eleitoral é difícil", afirmou.

Para o presidente da Câmara, o sistema atual vem gerando uma pulverização do quadro político, o que atrapalha a "governabilidade e a relação do Executivo com o Legislativo" pelo número excessivo de partidos.

As críticas ao atual sistema são endossadas por Barroso, que assumirá o comando do tribunal em 2020. Para o ministro, o Brasil precisa de uma reforma política capaz de baratear o custo das eleições e facilitar a governabilidade. "O sistema atual não está sendo bom para o País", disse Barroso ao Estado.

A adoção do distrital misto encontra resistência entre parlamentares - para entrar em vigor em 2020, seria necessário aprovar as mudanças até o fim de setembro, um ano antes das próximas eleições. "Teríamos dois meses apenas, é impossível chegar a um acordo", afirmou o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP). O debate ainda dividiria as atenções no Congresso com as articulações em torno da reforma da Previdência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após quatro votos e um empate no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), os ministros irão retomar nesta quinta-feira (6) o julgamento que decidirá sobre a necessidade de aval do Congresso para a venda de ações de empresas públicas, sociedades de economia mista ou de suas subsidiárias sempre que se trate de alienar o controle acionário. Sete ministros ainda precisam votar.

O plenário discute se mantém ou derruba uma liminar concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski em junho do ano passado, que condicionou essas vendas a aprovação de lei pelo Congresso, assim como exigiu que haja um processo licitatório nessas situações. Ao votar, Lewandowski se posicionou para manter sua liminar, no que foi acompanhado pelo ministro Edson Fachin.

##RECOMENDA##

Quem abriu a divergência foi o ministro Alexandre de Moraes, para quem, em caso de venda ou perda de controle acionário de subsidiárias de empresas públicas ou de sociedade de economia mista, não há necessidade de autorização prévia do legislativo. O ministro também entende que nesses casos é autorizado dispensar a licitação. Ele ressalvou, no entanto, que a venda de uma estatal, ou seja, a "empresa-mãe", exige a autorização do Congresso.

Quarto a votar, o ministro Luís Roberto Barroso também se posicionou para derrubar a liminar de Lewandowski. Em seu voto, o ministro defende que a alienação do controle acionário de subsidiárias não precisa de autorização, e que a licitação pode ser dispensada quando há um procedimento que propicie um cenário de competitividade.

Barroso usou como exemplo o processo de venda da Transportadora Associada de Gás (TAG) pela Petrobras, que seguiu regras estipuladas pelo Tribunal de Contas da União. Na visão de Barroso e de Moraes, esse processo já basta para a venda das subsidiárias. Apesar de os dois ministros terem citado o caso da TAG, o plenário ainda não está discutindo a venda desta empresa especificamente. Primeiramente, o STF irá definir sua posição de forma genérica, por meio das ações em que Lewandowski é relator; depois, será o momento de analisar a ação relativa à TAG.

Tamanho

Em seu voto, Barroso defendeu que a redução do Estado, feita através dos processos de desinvestimento que as estatais tentam fazer, não afronta a Constituição, pelo contrário. Para o ministro, essa é uma forma de o Poder Público ajustar seu tamanho ao que prevê a Constituição. Barroso ainda afirmou ser necessário que a Corte "raramente" interfira em questões econômicas tomadas por gestores públicos.

O ministro disse também que considera que o STF está fazendo um "debate político" disfarçado de discussão jurídica, e criticou o que chamou de "fetiche" de colocar o aparelho estatal como "protagonista de tudo".

"Sei que, em razão de meu voto e de minha conhecida posição em defesa dos direitos das minorias serei inevitavelmente incluído no índex mantido pelos cultores da intolerância." Assim o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, iniciou a leitura das 155 páginas do voto em que mencionou da obra da escritora Simone de Beauvoir, ícone do feminismo, à fala da ministra Damares Alves de que "meninos vestem azul e meninas vestem rosa", de reportagens sobre agressões contra a comunidade LGBT ao direito da busca da felicidade, para enfim enquadrar como crime a homofobia e a transfobia.

Considerado histórico pelos colegas, o voto de 19 tópicos foi lido pacientemente pelo decano - o ministro há mais tempo no cargo - ao longo de duas sessões plenárias do Supremo, totalizando cerca de 6 horas e 30 minutos de duração.

##RECOMENDA##

São raros os processos no plenário do STF sob a relatoria de Celso de Mello. Por ser o relator, porém, coube a ele abrir o julgamento com a leitura do voto na ação em que o PPS aponta omissão do Congresso Nacional no enfrentamento da homofobia. Se não estivesse nessa posição, o decano teria sido o penúltimo a se posicionar, conforme determinação do regimento.

Celso de Mello tem uma forma de trabalho muito peculiar: a Coca-Cola o ajuda a varrer madrugadas estudando casos e elaborando decisões, ao som de música clássica e corais sacros. Depois, deixa na mesa das assessoras pilhas de livros e referências - e costuma usar marcador de texto para destacar trechos de seus votos (a versão impressa vem com partes grifadas em itálico, negrito e até sublinhadas).

Para os colegas do ministro, a extensa leitura do voto sobre a criminalização da homofobia reafirmou o papel institucional do STF de defender minorias e lidar com um tema tão urgente quanto delicado, mesmo com potencial para contrariar o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional (a bancada evangélica pressionou Toffoli para que o tema não fosse pautado).

Além disso, elevou a discussão a outro patamar, sensibilizando colegas para aderir à tese (ao menos um ministro definiu o voto após ouvir o decano, segundo o Estado apurou). Por fim, criou um "custo argumentativo" para quem quiser discordar.

"É claro que, do ponto de vista formal, não existe uma hierarquia entre os votos dos ministros, o que vale é a maioria. Mas esse voto, por vir do decano, com argumentos tão fortes, se tornou a bússola do Supremo nesse caso", avaliou Thiago Amparo, especialista em discriminação e diversidade da FGV Direito São Paulo. "Para você ter uma divergência, ela tem de ser tão bem fundamentada quanto o voto do ministro Celso de Mello."

O decano foi acompanhado pelos outros três ministros que se posicionaram no julgamento até agora: Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. O trio utilizou, ao todo, três horas e quinze minutos para a leitura de seus votos.

O voto de mais de seis horas de Celso de Mello também reacendeu dentro da Corte o debate em torno da duração das sessões do tribunal - e da produtividade do plenário. Conforme tese de doutorado do economista Felipe de Mendonça Lopes, os ministros do STF passaram a escrever votos maiores desde que as sessões começaram a ser transmitidas ao vivo pela televisão, em 2002.

Barroso já defendeu um tempo máximo de 20 minutos para os votos dos relatores. Marco Aurélio, Toffoli e Luiz Fux também já se manifestaram nesse sentido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de prometer abandonar definitivamente a política, o deputado federal Tiririca (PR) voltou atrás e tomou posse, nessa sexta-feira (1°), para o terceiro mandato como deputado federal por São Paulo. Ao blog de Bernardo Mello Franco, do jornal O Globo, o humorista chegou a confessar que não votaria nele. 

A resposta foi dada quando o deputado foi questionado sobre a queda no número de votos. Em 2010, ele foi eleito por 1, 3 milhão de eleitores. Em 2018, conseguiu 435 mil votos. “Achei que não ia ser reeleito. Pelo que eu falei, eu não votaria em mim”, declarou. Tiririca ainda foi questionado porque deixaria a política e, depois, decidiu voltar atrás. “Não acredita em palavra de político não, rapaz”, falou novamente sem medo de ser sincero. 

##RECOMENDA##

Após a desistência, agora Tiririca sonha alto. No ano passado, durante a convenção nacional da legenda, o deputado federal falou que quer ser candidato a presidente em 2022. “Se Deus quiser daqui a quatro anos eu vou meter as caras [para ser presidente]. Você vai ver. Se eleito for, vou fazer um mandato fantástico, eu já tenho esses dois mandatos aí. Estou empolgado pra caramba”, contou. 

Foi divulgada a lista dos vencedores pela revista IstoÉ como os mais sexy do Brasil em 2018. De acordo com o exemplar, o alagoano Carlinhos Maia encabeçou o resultado da categoria masculina ao conquistar mais de 69 mil votos.

O humorista despontou a preferência do público da internet, deixando para trás os galãs Caio Castro, Rodrigo Hilbert, Bruno Gagliasso, Cauã Reymond, Henri Castelli, Klebber Toledo e Nicolas Prattes. Thammy Miranda, filho de Gretchen, apareceu na 17ª posição.

##RECOMENDA##

Já do lado feminino, o primeiro lugar ficou com a MC Tati Zaqui. A funkeira desbancou Paolla Oliveira, Bruna Marquezine, Marina Ruy Barbosa, Cleo, Juliana Paes, Isis Valverde e Anitta. A drag queen Pabllo Vittar apareceu no ranking de número 13. 

LeiaJá também

--> Idris Elba comemora título de homem mais sexy do mundo

Um vídeo que circulou nas redes sociais, no início do mês de outubro, causou ao mostrar o dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, ameaçando demitir seus funcionários caso não votassem no então candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). Após toda a polêmica, o Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina processou as lojas Havan em R$ 100 milhões por dano moral por intimidar os empregados. 

O MPT quer ao menos que R$ 25 milhões sejam pagos por dano moral coletivo a ser revertido a projetos que beneficiem a comunidade ou ao Fundo de Direitos Difusos e, ainda, que a empresa pague R$ 5 mil a cada um dos aproximados 15 mil funcionários com dano moral individual por terem que responder à uma pesquisa, o que pode chegar a cerca de R$ 100 milhões. 

##RECOMENDA##

Os empregados, de acordo com a ação, tiveram que responder enquetes internas promovidas pela Havan, por meio de computadores, informando em quem votariam. A pesquisa foi realizada depois dos trabalhadores saberem a preferência de Luciano Hang pela vitória do capitão da reserva..

De acordo com os procuradores responsáveis pela ação civil pública, os réus se valeram de “métodos humilhantes, vexatórios e, até mesmo, de ‘pesquisas eleitorais’ obrigatórias sem qualquer respaldo em lei”.  

O Ministério Público do Trabalho já tinha solicitado, durante a campanha presidencial, após receber denúncias, que a empresa e seus representantes se abstivessem de assediar, coagir, intimidar e influenciar o voto dos empregados. Ainda em outubro, o juiz do Trabalho Carlos Alberto Pereira de Castro impôs multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento. 

Mesmo com a multa imposta, o proprietário não cumpriu em absoluto a decisão e demonstrou “não apenas inconformismo com a medida, mas também pouca disposição no seu cumprimento'', destaca a ação.

Além da ação, ajuizada na última segunda (19), também foi solicitado à Justiça do Trabalho que confirme a decisão liminar e garanta que a empresa continue impedida de coagir empregados com finalidades políticas sob a pena da multa já citada de R$ 500 mil. 

Está previsto na ordem do dia da Câmara Municipal do Recife, desta quarta-feira (21), a votação do projeto de lei que regulamenta o transporte individual de passageiros por meio de aplicativos, como Uber e 99Pop, na capital pernambucana. A Comissão de Legislação e Justiça da Casa concluiu durante reunião, na tarde dessa terça-feira (20), um detalhe regimental sobre uma emenda que estava impedindo a votação da matéria.

A emenda em questão é de autoria do vereador Aerto Luna (PRP), presidente da Comissão de Acessibilidade e Mobilidade Urbana. Ela adicionava o “parágrafo 2º ao artigo 24 do Substitutivo” com o objetivo de “conferir eficácia ao estudo técnico previsto no artigo 24”. Na avaliação de Aerto Luna, não existem números objetivos sobre a quantidade de carros que circulam no Recife, através de aplicativos, o que, dificultaria o conhecimento do impacto desse modal na mobilidade urbana.

##RECOMENDA##

Aerto queria que a prefeitura determinasse o congelamento no número de carros que trabalham com aplicativos, no prazo de um ano, para permitir a realização desse estudo de impacto. A emenda foi rejeitada e o voto com o parecer contrário foi apresentado por escrito.

O projeto de lei do Poder Executivo que regulamenta o serviço está tramitando na Câmara desde o dia 11 de maio.

Entre as medidas previstas na proposta, está o fato de que os motoristas de aplicativos terão recolhidos pelas empresas um percentual correspondente ao valor da viagem, a partir do número de veículos cadastrados por elas no município. Ou seja, empresas com até 10 mil veículos vão recolher 1%; de 10.001 a 20 mil carros 1,5% e acima de 20 mil a taxa é de 2%.

Após Thiago Gagliasso expor durante o período eleitoral um print da conversa com a cunhada Giovanna Ewbank, esposa do irmão Bruno Gagliasso, mais um capítulo da confusão familiar foi escrito no último final de semana.

Fazendo piada através de uma postagem no Instagram, Thiago, que nas eleições declarou voto ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), divulgou para os seguidores que Bruno estava seguindo Fernando Haddad, do PT, no Twitter.

##RECOMENDA##

"Juro que eu estava em paz...e tinha bloqueado! E fui jogar um PUBG! Aí vem no Twitter isso. Pedro Tourinho (empresário e padrinho da Titi) e seu companheiro seguiram o tal do Haddad!", escreveu o ator, sem citar o nome de Bruno Gagliasso na publicação. Em seguida à repercussão envolvendo o irmão, Thiago deletou a imagem da rede social.

LeiaJá também

--> Irmão de Bruno Gagliasso expõe briga com Giovanna Ewbank

É, para quem pensou que o nascimento do potro da égua Ding fosse aliviar a tensão em A Fazenda 10, está muito enganado. Na última quarta-feira, dia 14, Luane Dias, Caique Aguiar, Leo Stronda e João Zoli se mostraram bem incomodados com a postura de Rafael Ilha na casa. De acordo com os participantes, o ex-Polegar age como se fosse o mais esperto e pensa que controla todos os aspectos do jogo que, agora, está ficando mais difícil ao passo que os dois grupos serão desfeitos e os peões vão começar a jogar no modelo cada um por si.

- Agora que não tem grupo e ele for fazendeiro em algum momento ele põe a gente [na roça] para tirar os mais forte. Ele vai querer eliminar pessoas fortes de público, não de prova, começou Leo em meio a diversos palavrões.

##RECOMENDA##

- Sim, porque na prova vocês que vão dar baile nele se for física, concordou a amada do peão, Aline.

- Mas vai ser cada vez mais difícil para ele, falou Zoli.

- Só tá ficando casca, imagina na prova, concordou Caique que é o fazendeiro da semana.

Em seguida, os peões ponderaram entre quem votar e concordaram que, para evitar a eliminação precoce de um deles, o melhor seria se voltar coletivamente contra Rafael que, segundo Zoli, irá focar em Luane para brigar.

A YouTuber está na roça com Cátia Paganote e deixou clara que está revoltada com a atitude de Rafael.

- Nós vamos votar todos na mesma pessoa porque temos a mesma visão. [...] Talvez eu até saio amanhã, mas pelo menos acaba isso de grupo. O único que ele ainda pode fazer a cabeça é o Evandro, que tem medo dele. E, talvez, ele ainda saia da casa por causa do Rafael. [...] É o que eu já falei, ele só se garante usando os outros, finalizou.

Na última sexta-feira (2) Nadja Pessoa, em A Fazenda, exagerou na bebida, caiu durante a festa viking e precisou receber atendimento médico. Quem ajudou Nadja foi João Zoli, que a carregou até o banheiro. No entanto, parece que a peoa não se importou muito com o gesto.

No sábado (3) ela negou a Evandro Santo que recebeu ajuda de João. O peão a lembrou o que tinha acontecido e ela disse que não pediu assistência de Zoli, ele a ajudou porque quis. "Foi por um acaso que eu e a Fernanda caímos, ela chamou ele e ele ajudou a gente".

##RECOMENDA##

Em seguida, Nadja contou que irá indicar João para a Roça. "Todo mundo cuidou de mim. Eu vou na pessoa que eu quero ir, que é ele, isso não mudou nada pra mim. Eu fui lá, agradeci, mas meu voto é nele. Eu não tenho afinidade nenhuma com ele e ele vota em mim desde a primeira semana".

Evandro pediu que a loira mantivesse segredo sobre seu voto.

O alto grau de polarização da eleição para presidente da República pode aumentar o número de abstenções, votos nulos e brancos. O contingente deve subir com a falta de engajamento dos eleitores que preferiram não escolher entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

No primeiro turno, 20,33% dos eleitores não compareceram às seções eleitorais; 6,14% preferiu anular o voto e 2,65% votaram em branco.

##RECOMENDA##

“Nessa eleição muito polarizada, há duas vítimas: a verdade e o eleitor moderado”, comenta o cientista político Creomar de Souza, professor da Universidade Católica de Brasília.

Para ele, “posições extremadas desagradam muitos eleitores”. “Essa parcela expressiva do eleitorado ficará insatisfeita com qualquer um dos eleitos”, complementa Thiago Vidal, gerente do Núcleo de Análise Política da Prospectiva Macropolitica, de Brasília.

Vidal e Souza participam neste momento de programa especial da TV Brasil que acompanha a apuração de votos em todo o Brasil. Além do segundo turno presidencial, 13 estados e o Distrito Federal escolhem seus novos governadores.

Durante toda a história, o sistema político e eleitoral brasileiro vem passando por constantes mudanças. Desde a primeira constituição, promulgada no ano de 1824 pelo imperador Dom Pedro I, artigos e capítulos envolvendo o voto sempre estiveram presentes nos arcabouços legais que regiam os trâmites do Estado. Porém, diferentes peculiaridades de cada sistema abordam a questão do voto nas setes constituintes que já estiveram em vigência no Brasil.

O historiador e professor Luiz Neto destacou como o direito ao voto era estabelecido em cada constituinte. De acordo com o docente o resgate histórico de determinados pontos das cartas pode demonstrar como o voto era estabelecido no decorrer dos processos políticos e eleitorais.

##RECOMENDA##

Constituição de 1824

A primeira constituição brasileira foi promulgada pelo imperador Dom Pedro I, em 1824, e estabelecia o voto censitário, ou seja, para ter o direito ao voto ou a candidatura política, o indivíduo tinha que comprovar uma renda mínima em torno de 100 mil réis anuais. Esse sistema eleitoral excluía a população que não conseguia comprovar a renda de escolher seus representantes.

Constituição de 1891

A constituição de 1891 adotou o presidencialismo com sistema de governo. Nessa plataforma, a população escolhia os representantes dos municípios, estados e da federação. Essa constituição garantiu o sufrágio universal masculino a todos os homens maiores de 21 anos e que comprovassem alfabetização. Analfabetos e mulheres ainda não tinham direito ao voto.

Vale ressaltar que a constituinte estabelecia o voto descoberto (não secreto), gerando assim, intimidações e manipulações de eleitores; o fenômeno ocasionou o chamado “coronelismo” e “voto de cabresto”.

Constituição de 1934

Instituída sob o governo do presidente Getúlio Vargas, a Constituinte de 1934 garantiu o direito ao voto feminino, contanto que a mulher conseguisse provar independência financeira. Foi nessa constituição que se estabeleceu o voto secreto. Nessa época também ocorreu a criação da Justiça Eleitoral, com o intuito de coibir possíveis fraudes nos pleitos eleitorais.

Constituição de 1937    

A constituinte estabeleceu o Estado Novo, ditadura varguista que durou até o ano 1945. Durante esse período, foi eliminada a participação popular, instituindo eleições indiretas para os cargos de presidente da República, deputados e senadores. Não aconteceram eleições diretas e os trâmites legislativos foram suspensos.

Constituição de 1946

A Constituinte de 1946 reestabeleceu a normalidade democrática, retomando as eleições diretas para cargos eletivos e estendendo o voto para todas mulheres, independente de renda financeira.

Constituição de 1967

Já sob o domínio do Regime Militar, a constituinte de 1967 estabeleceu eleições indiretas para a Presidência da República e Legislativo, além de tolher os direitos políticos, a partir do Ato Institucional 5 (AI -5) promulgado em 1968, de indivíduos que se contrapunham a ditadura militar.

Constituição Cidadã de 1988

Em vigor desde 1988, a chamada “Constituição Cidadã” prevê os direitos políticos nos capitulo IV, do título II, quando trata dos direitos e garantias fundamentais do cidadão. A carta magna estabelece o sufrágio universal, com eleições diretas, voto direto e secreto a todos os cidadãos que estejam no pleno gozo de seus direitos políticos.

A professora de história Júlia Ribeiro destaca em detalhes o contexto histórico do voto no Brasil. Ela pontua, principalmente, como se deu a participação das mulheres. Confira no vídeo a seguir:

LeiaJá também

--> Cinco presidentes do Brasil que podem cair no Enem

As 24 horas que antecedem as votações do segundo turno das eleições para presidência do Brasil têm sido de intensa movimentação nas redes sociais. Artistas de diversos segmentos estão declarando seus votos na tentativa de influenciar seus fãs e seguidores. A cantora Gretchen também se pronunciou e disse que sua escolha é pelo filho transexual, Thammy.

Através do Twitter, Gretchen declarou seu voto. A cantora não mencionou o nome de seu candidato, mas explicou as razões pelas quais irá votar: "Sou mãe solteira, mulher independente, descendente de índios bugres, tenho genro negro e neto, e voto pela vida do meu filho, Thammy".

##RECOMENDA##

Os seguidores da cantora reagiram a sua declaração fazendo muitos comentários. "Fada do meu coração, iremos vencer o fascismo"; "Mulher, tu só nos dá orgulho"; "As definições de mãe maravilhosa foram atualizadas com sucesso"; "Ícone que nunca decepciona"; "Ícone sensata e democrata, viva a liberdade"; "Não esperava menos da rainha".

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando