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Em ano de eleições presidenciais e para o Congresso Nacional, a política tem sido um tema ainda mais recorrente nas redes sociais. Várias campanhas, oficiais e extra-oficiais, solicitando aos cidadãos a regularização do Título de Eleitor vêm tomando conta dos temas discutidos na internet e os mais jovens têm sido alvo de algumas delas. Os famosos aderiram a um desses movimentos e estão em uma espécie de mutirão para incentivar adolescentes de 16 e 17 anos a fazerem o documento e participarem da votação. 

Vários nomes famosos já se posicionaram, através das redes sociais, dando aquele 'toque' aos mais novos. As ex-BBBs Juliette e Marcela McGowan, a influenciadora Gkay, e as cantoras Luisa Sonza e Anitta foram algumas delas. Essa última até brincou dizendo estar "cansada de levar o Brasil nas costas" e chamou a garotada para a ação. "Então, agora é isso hein. Me pediu foto quando me encontrou em algum lugar? Se for maior de 16 eu só tiro a foto se tiver foto do título de eleitor".

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Na última semana, o Tribunal Superior Eleitoral realizou a Semana do Jovem Eleitor. A ação tinha como objetivo convocar os jovens que têm voto facultativo para que tirassem seus títulos eleitorais e participassem do pleito deste ano. Na ocasião, famosas como a ex-sister Thelma de Assis e a atriz Taís Araújo se engajaram na causa. "Alô, Thelmers de 16 e 17 anos, já tiraram o título? Avisem aos amigos e familiares de vocês, até 4 de maio hein, quero ver todo mundo com o título pronto", disse a campeã do BBB 20.

De folga no Guarujá, litoral de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou os questionamentos sobre os gastos com suas viagens, custeadas com dinheiro público. Em entrevista à Jovem Pan, nessa segunda-feira (28), ele disse que quem estiver achando ruim, não vote nele em outubro.

“Eu estou aqui num quarto no quartel do Exército no Guarujá. Não tem despensa nenhuma aqui. Quanto custa a diária desse quarto aqui? R$ 100,00, talvez. Eu estou chutando”, disse o presidente.

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“Se achar que eu não devo sair mais de folga, se eu virar candidato à reeleição, que não vote mais em mim, aí eu não vou estar mais aqui no hotel”, emendou, ao ser questionado sobre o custo da sua viagem de férias no fim do ano, para Santa Catarina.

Segundo o jornal O Globo, o descanso do presidente no réveillon custou R$ 900 mil aos cofres públicos. Durante os dias de descanso, em Santa Catarina, o presidente fez passeios de jet ski e foi ao parque do Beto Carreiro. Naquela ocasião, a Bahia passava por uma crise com a tragédia causada por fortes chuvas. 20 pessoas morreram.

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Há 90 anos, o direito ao voto feminino no Brasil foi conquistado e serviu como modelo para modernizar as democracias na América Latina. O movimento feminista no início do século XX deu abrangência para a construção do Código Eleitoral de 1932 e permitiu que, aproximadamente 100 anos depois, 52% do eleitorado fosse composto por mulheres.

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O engajamento de figuras como a ativista Bertha Lutz estruturou a busca pelo direito fundamental de votar e poder ser votada. A pressão da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), fruto da Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, foi um dos estímulos para a formação do Partido Republicano Feminino, em 1910.

Mesária durante 15 anos, Lúcia Albuquerque relata que a presença ativa se fortaleceu em cada eleição em que participou. Ela percebeu que cada vez mais as mulheres ocupavam as filas da votação.

"O pleito tem uma boa frequência de mulheres votantes e, a cada eleição, aumentava mais o número de estreantes. [Eram] adolescentes de 16 anos na primeira vez e as veteranas também continuavam", descreve.

Antes, comentários machistas eram mais comuns nos locais de voto, segundo Lúcia, que associa a superação do preconceito ao prazer em votar.  "A mulher hoje em dia gosta de política, participa e vibra com tudo isso", assegura.

A experiência e o novo

Camila Albertim, de 18 anos, votará pela primeira vez em 2022. A estudante relata que não se interessava por política aos 16 anos, idade em que o voto é facultativo, mas o atual cenário propõe a necessidade de se posicionar.

"Eu não entendia de política na época, talvez por ser nova demais e a escola nunca havia entrado no assunto político", explica.

O espaço que as mulheres vêm conquistando na sociedade também passa pelo voto, considerado por Camila como "uma conquista muito significativa, [já que] sempre exigimos igualdade para todas".

Roberto Jayme/Ascom/TSE

Aos 83 anos, Mercês Domingos ainda trata o voto como prioridade. Mesmo sem as obrigações eleitorais, ela compreende a importância de preencher os cargos eletivos com uma maior representatividade. "Na minha época já tinha [mulheres]. Quem me levou para votar foi até uma amiga da mesma idade", recorda.

Sua primeira participação foi aos 18 anos, cerca de 25 anos após o Código Eleitoral, ainda com as cédulas de papel da década de 50. No dia de exercer, de fato, seu direito ao voto, ela é acompanhada pela sobrinha e no que enxerga como uma oportunidade de reencontrar amigos.

"Quando chegava lá para votar, encontrava muitas pessoas conhecidas. Era ótimo. Até hoje eu estou votando. Eu voto porque eu gosto", afirma.

Vitória feminina em cargos eletivos

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), indicam que 47,72% dos filiados a partidos no Brasil são mulheres. Contudo, elas ainda são preteridas na tomada de decisões internas e sofrem com a inexpressividade das candidaturas.

Em 2020, 15,80% dos candidatos eleitos e 11,70% dos reeleitos no Brasil foram mulheres. Foram 655 prefeituras conquistadas e 898 vereadoras. Em 2018, foram 161 deputadas estaduais (15,56% dos eleitos no país), 77 federais (15%), 6 senadoras (11,54%) e Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte, como única governadora (3,85%).

Da luta pelo voto à Presidência da República

Foto - Ricardo Stuckert/PR

Antes da eleição da presidenta Dilma Rousseff em 2010, mulheres se organizaram para alcançar e estruturar a atuação feminina na política. Entre os estados, o destaque se mantém no Rio Grande do Norte.

Em 1927, o estado foi o primeiro a permitir o voto feminino na América Latina com Celina Guimarães, na época aos 29 anos. Ela fez uma petição requerendo a inclusão na lista de votantes e, após receber parecer favorável, apelou ao Senado para que todas as mulheres pudessem votar.

No ano seguinte, Alzira Soriano foi eleita prefeita com 60% dos votos da cidade potiguar de Lajes. Seu mandato foi sacrificado pela Revolução de 30, mas ela esperou a redemocratização de 1945 para voltar ao cenário como vereadora e se tornar a presidenta da Câmara Municipal de Jardim de Angicos.

Dois anos depois do Código Eleitoral de 1932, Carlota Queirós se tornou a primeira deputada federal, com participação na constituinte entre 1934 e 1935, pela Comissão de Saúde e Educação. A parlamentar foi retirada da Câmara com o fechamento do Congresso em 1937.

Anos mais tarde, o Código Eleitoral foi atualizado e permitiu que todas as mulheres alfabetizadas pudessem votar. Antes da decisão em 1965, apenas era obrigatório o voto de mulheres em atividade pública remunerada.

“Se eu tivesse a honra de encontrá-las, eu agradeceria pela ousadia do sonho, pelo protagonismo, pelo necessário inconformismo e pelo espírito de igualdade, liberdade e justiça”, parabeniza a ministra do TSE, Maria Claudia Bucchianeri.

Eunice Michiles foi a primeira senadora do país. Ela foi levada ao cargo com a morte do titular João Bosco de Lima, em 1979. Eunice apresentou 193 emendas para a Constituição de 88 e conseguiu 54 aprovações.

A primeira governadora do Brasil foi Iolanda Fleming, pelo Acre, em 1982. Ela era vice de Nabor Júnior, que desocupou o cargo para disputar o Senado. Ao longo dos seus 300 dias de gestão, implementou a Delegacia Especializada em Atendimento da Mulher.

Em seguida, o Congresso passou a incentivar a inclusão das mulheres com a criação de cotas em partidos com a inclusão de, pelo menos, 20% de mulheres nas chapas. Em 1997, a Lei das Eleições foi criada e reservou 30% das vagas femininas na Câmara Federal e nas casas legislativas municipais.

Em 2009, os partidos e coligações foram a ter o mínimo de 30% e o máximo de 70% de candidaturas de cada sexo. Desde então, as legendas são impulsionadas a investir na imagem e nas campanhas femininas.

A Lei nº 13.165 de 2015 determinou que 20% do tempo de propaganda no rádio e na TV fosse destinado às candidatas. Em 2018, o STF decidiu destinar 30% do Fundo Partidário para campanhas femininas e o TSE determinou que os partidos reservem pelo menos 30% dos recursos do Fundo Eleitoral para financiar as candidaturas de mulheres.

O pastor Silas Malafaia, fiel defensor do presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Sérgio Moro (Podemos) "vão quebrar a cara com" a população evangélica neopentecostal do país. Segundo o pastor, os evangélicos continuam firmes em apoio ao Bolsonaro.

“O que é esse jogo de Ciro, Lula e Moro? Eles perceberam que Bolsonaro foi eleito graças ao voto dos evangélicos. Nós representamos 32% do eleitorado. Só que os sistemas e os meios que estão usando não são meios para conquistar. Estão enganados e vão quebrar a cara com os evangélicos", disse Silas Malafaia em entrevista ao site Metrópoles.

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No dia 26 de janeiro deste ano, a pesquisa Moldamais/Futura confirmou que o atual presidente realmente continua sendo o preferido pelo eleitorado evangélico, com 41,6% dos entrevistados tendo declarado que devem votar em Bolsonaro.

Por outro lado, o levantamento mostra que o ex-presidente Lula é mais consolidado no voto dos católicos (40,8%) e pessoas sem religião (47,3%).

Silas Malafaia debochou dos líderes religiosos que declararam que não devem apoiar o presidente Jair Bolsonaro. “Sei quem é quem no mundo evangélico. Quem está com Moro, com Ciro e com Lula não representa 1% dos evangélicos. São famosos zé-ninguém. Fico dando gargalhada”, pontua.

A pesquisa Moldamais/Futura foi divulgada nessa quarta-feira (26) e colocou o ex-presidente Lula (PT) como o candidato com maior aceitação do eleitorado católico e o presidente Jair Bolsonaro (PL) como o preferido pelos evangélicos.

O levantamento destacou o recorte religioso com a intenção de voto de católicos, espíritas, evangélicos e pessoas sem religião.

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Bolsonaro foi mais citado por evangélicos (41,6%), por pessoas que não sabem ou não responderam (33,8%) e por pessoas de nenhuma das religiões citadas (35,4%).

A pesquisa mostrou que Lula é mais consolidado no voto dos católicos (40,8%) e pessoas sem religião (47,3%).

O empate técnico em relação ao voto espírita chama atenção. Bolsonaro assume a liderança mínima com 31,4% do público, enquanto Lula fica atrás com 30,5%.

Fora da polarização, Sergio Moro (Podemos) teve seu melhor desempenho entre os espíritas (13,5%) e Ciro Gomes (PDT) entre pessoas de religiões não citadas no estudo (8,2%).

Fotos: (1) Alan Santos/PR - (2) Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O levantamento do PoderData divulgado neste sábado (22) mostrou que o governador de São Paulo João Doria (PSDB) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) são os pré-candidatos à Presidência com o maior índice de rejeição. Ciro Gomes (PDT) apareceu como segunda opção dos eleitores.



A pesquisa analisou três cenários: "o único em que votaria", "poderia votar nele" e "não votaria de jeito nenhum".



Na lista de cancelados, Doria assume a primeira posição com 59%, seguido por Bolsonaro (56%), Sergio Moro (Podemos) com 51%, Ciro Gomes (50%) e o ex-presidente Lula (PT), que não será a escolha de 38% dos entrevistados.



Em contraposição, o petista surge como o pré-candidato mais bem avaliado. Ele representa a única opção de 39% do eleitorado. Bolsonaro é o segundo mais bem cotado com 26% e ficou na frente de Moro (15%), Ciro (10%) e Doria (6%).



Ciro Gomes entre o embate Lula x Bolsonaro



Ciro Gomes ganhou destaque como a segunda opção de voto de 33% dos eleitores. Moro (29%), Doria (26%), Lula (16%) e Bolsonaro (12%) completam a lista. O recorte acentuou ainda mais a polarização política entre os dois principais concorrentes.



O PoderData ouviu três mil eleitores de 511 municípios em todo o Brasil de 16 a 18 de janeiro. O estudo tem a variação de dois pontos percentuais para mais ou menos.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quinta-feira, 2, para declarar inconstitucional uma série de regras previstas pelo novo marco legal do Saneamento. Até agora, três ministros se manifestaram pela manutenção integral do marco, contra a posição de Fachin.

Uma das discordâncias do ministro é relativa ao principal aspecto da lei: a obrigatoriedade de licitação para os municípios contratarem os serviços de saneamento.

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Fachin também foi contrário a outra importante previsão do marco legal, que é a exigência de adequação dos atuais contratos de programa (fechados sem licitação) como condição para continuarem em vigor.

Para o ministro, essas regras violam a autonomia municipal nos serviços de saneamento e o ato jurídico perfeito. Pela lei, os contratos em vigor que não possuírem as metas estipuladas pelo marco terão até 31 de março de 2022 para viabilizar essa inclusão.

Outro ponto contestado pelo ministro diz respeito ao papel da Agência Nacional de Águas (ANA) como agência reguladora.

Apesar de não discordar da nova atuação do órgão, Fachin disse não ser correto condicionar a contratação de financiamentos com recursos da União ao cumprimento das diretrizes editadas pela ANA, como prevê o marco legal.

 Uma pesquisa divulgada nesta semana pelo Instituto FSB mostra que o ex-presidente Lula (PT) lidera a corrida presidencial com 42% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aparece com 19%. Sérgio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) aparecem empatados com 5% das intenções de voto.

O levantamento foi realizado entre os dias  19 e 22 de novembro, enquanto ocorria a tumultuada eleição interna do PSDB. Embora já não tenha seu nome cotado para as eleições presidenciais, o apresentador José Luiz Datena aparece no levantamento com 4%.

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Ele é seguido por João Dória, com 2% das intenções de voto. Os senadores Rodrigo Pacheco (PSD) e Simone Tebet (MDB) não pontuaram.

Andressa Urach voltou a protagonizar mais uma polêmica. Após apresentar o concurso Miss Bumbum Brasil 2021, nessa segunda-feira (5), a modelo não economizou palavras ao rebater um comentário de Suzy Cortez. A musa do OnlyFans chamou Andressa de "bolsominion arrependida" e, rapidamente, causou a fúria da loira. Nos stories do Instagram, Urach garantiu que vai votar em Jair Bolsonaro na eleição presidencial do ano que vem.

"Bolsominion arrependida? Fui chamada assim por uma ex-Miss Bumbum que ninguém lembra mais quem é. Ela quer os minutos dela de fama. Então vamos dar para a coitadinha os minutos para ela. [...] Não sou bolsominion arrependida. Eu sou bolsominion e vou votar nele na próxima eleição. No Lula eu nunca vou votar", declarou.

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Após rasgar o verbo, Andressa Urach recebeu inúmeras críticas nas redes sociais. No Twitter, o nome dela liderou os trending topics. "Andressa Urach dizendo que continuará votando em Bolsonaro ano que vem. Quem sabe assim, escrevendo com todas as letras, os gays não param de seguir esse tipo de gente. Nada. Vou dar um mês e ela resgata o titulo de musa gay dos memes e vamos de engajamento errado", comentou uma pessoa na plataforma.

Confira algumas reações:

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Neste sábado (26), lideranças políticas de 11 partidos se reuniram contra o voto impresso, que vem sendo defendido pelo presidente Jair Bolsonaro para as próximas eleições, em 2022. Participaram da videochamada até aliados do governo federal, como o presidente do PP, o senador piauiense Ciro Nogueira e o deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-DF).

Outros nomes que participaram do encontro foram os presidentes do PSL, Luciano Bivar, do DEM, ACM Neto; do MDB, Baleia Rossi, do PSD, Gilberto Kassab, do Solidariedade, Paulinho da Força, do PSDB, Bruno Araújo, do Avante, Luís Tibé e do Cidadania, Roberto Freire.

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Presidentes dos partidos realizaram videochamada. (Reprodução)

“O principal objetivo é mandar um recado claro de que esses partidos são contra mudanças no sistema eleitoral. Vamos trabalhar junto ao Congresso para que não haja alteração. Uma mudança pode colocar em xeque todo o sistema eleitoral brasileiro e também nossa democracia. Imagina a instabilidade que o Brasil pode viver com vários pedidos recontagem. Nosso sistema eleitoral é um mais confiáveis do mundo, não tem por que mexer”, declarou o presidente do DEM, ACM Neto, ao jornal O Globo.

Uma comissão especial criada da Câmara dos Deputados analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna obrigatório o voto impresso. Na próxima segunda (28), os parlamentares se reúnem para apresentação do parecer do relator, o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR).

Nesta quinta (27), o presidente do PDT, Carlos Lupi, compartilhou em suas redes sociais um vídeo publicitário do partido em que defende a impressão do voto para recontagem após a eleição. A pauta vem sendo encampada pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), que já chegou a ameaçar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE): “vai ter voto impresso, porque se não tiver, não vai ter eleição”, afirmou.

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“Desde o surgimento da urna eletrônica, há 25 anos, nosso líder, nossa referência do partido, Leonel Brizola já defendia uma coisa simples de se fazer: a impressão do voto. [...] Quando tiver desconfiança, uma votação muito diferente de outros locais, pode conferir esse voto. Eis o segredo de toda democracia no mundo: a possibilidade de recontagem de conferência do voto”, diz Lupi, na propaganda. 

O sistema eleitoral brasileiro é considerado um dos mais confiáveis do mundo, por dispor de mecanismos que garantem a segurança do voto. Desde que foi adotada, a urna eletrônica já foi usada em 12 eleições, sem qualquer indício ou comprovação de fraude.

“Hoje algumas pessoas mais à direita querem defender a impressão do voto. Não é porque estão hoje defendendo que vamos deixar de defender aquilo que pra democracia é salutar”, justificou Lupi, que ainda acrescentou: “sem recontagem, a fraude impera”.

Corrida eleitoral

O PDT pretende lançar candidatura própria às eleições de 2022, em que deverá ser representado pelo ex-governador do Ceará Ciro Gomes. O pedetista, contudo, vem apresentando desempenho tímido nas pesquisas eleitorais. De acordo com o estudo do Datafolha, divulgado neste mês, Ciro aparece apenas em quarto lugar, atrás do ex-presidente Lula (41%), do atual presidente Jair Bolsonaro (23%) e até do ex-juiz Sérgio Moro (7%). A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Em meio à aglomeração de apoiadores reunidos na Esplanada dos Ministérios na tarde deste sábado (15), o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) voltou a defender o voto impresso e disse que, caso seja vencido pelo ex-presidente Lula em uma disputa presidencial realizada no atual formato, isso se dará por meio de “fraude”. Bolsonaro ainda chamou o petista de “bandido de nove dedos”.

“Se tiraram da cadeia o maior canalha da história do Brasil, se para esse canalha foi dado o direito de concorrer, o que me parece é que se não tivermos o voto auditável, esse canalha pela fraude ganha as eleições do ano que vem. Nós não podemos admitir um sistema eleitoral que é passível de fraude. E eu tenho dito se o nosso Congresso Nacional aprovar a PEC do voto auditável da Bia Kicis, e ela for promulgada, nós teremos voto impresso em 22″, disse o presidente.

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Bolsonaro também voltou a atacar a imprensa, mencionando os jornais Folha de São Paulo e O Globo, dos quais, segundo ele, “apanha 24 horas por dia”. Disse ainda que “O maior poder do Brasil não é o Executivo, não é o Judiciário e não é o Legislativo, o maior poder são vocês”. “Mas o que esses caras não entendem é que eu sou 'imbrochável'”, completou.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou por apenas um voto um projeto que cria a figura do crime de responsabilidade para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que usurparem competência do Legislativo e do Executivo.

A relatora do texto, deputada Chris Tonietto (PSL-RJ), apresentou parecer pela admissibilidade da proposta - primeira etapa de tramitação do projeto na Câmara. O relatório foi derrotado por 33 votos a 32, o que obrigou o colegiado a designar um novo relator entre aqueles que votaram contra o relatório - neste caso, o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS).

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O deputado gaúcho disse que vai apresentar um relatório na sessão desta quinta-feira, 6, da CCJ, contrário à admissibilidade do projeto.

Se o projeto for aprovado, poderá facilitar o impeachment de ministros da Suprema Corte e aumentar o poder do presidente Jair Bolsonaro para indicar novos integrantes. Por diversas vezes, Bolsonaro já manifestou a intenção de ampliar o número de ministros conservadores no STF e de nomear alguém "terrivelmente evangélico" para o cargo.

"O projeto é o sonho dos autoritários, pois facilita o impeachment de ministros do STF de forma absurda. Como sabemos, Bolsonaro quer ter mais indicações. É um projeto claro de vingança ao STF e me parece claramente inconstitucional",disse a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), também integrante da CCJ.

Para a deputada, o projeto tenta facilitar o impeachment de ministros do STF por um pretexto "patético" de usurpação das funções do Legislativo. "Essa é uma clara tentativa sistemática da extrema-direita de atacar as liberdades democráticas da Constituição de 1988, tentativas que são amplamente rejeitadas pela maioria do povo brasileira", afirmou a deputada.

"Não à toa Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) enalteceu a ação do governo de extrema-direita de El Salvador de destituir a Suprema Corte. Por hora, eles não têm força social para isso, mas buscam criar atalhos como esse projeto. É importante mostrar para a sociedade qual o intuito de Bolsonaro e da extrema-direita para enterrar qualquer possibilidade desse absurdo ter sequência na Câmara dos Deputados", acrescentou a parlamentar do PSOL.

No Twitter, a deputada Chris Tonietto lamentou a derrota e publicou o placar de votação, que ela chamou de "placar da vergonha". "Eis o placar da vergonha! Por apenas 1 voto, meu parecer ao PL 4754/16 foi rejeitado na CCJ. Eis os nomes dos deputados que votaram pela subserviência aos mandos e desmandos do STF. Perde o Brasil, perde o povo brasileiro e perde o Congresso Nacional."

Na emenda da proposta, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), uma das lideranças da bancada evangélica, afirma que sua intenção é evitar o "ativismo judiciário". Ele afirma que a legislação não trata o Judiciário com o mesmo rigor que atribui ao presidente da República e aos ministros do Estado ao definir crimes de responsabilidade.

"Este ativismo, se aceito como doutrina pela comunidade jurídica, fará com que o Poder Judiciário possa usurpar a competência legislativa do Congresso. Não existem atualmente, por outro lado, normas jurídicas que estabeleçam como, diante desta eventualidade, esta casa poderia zelar pela preservação de suas competências", diz o deputado.

O projeto foi apresentado em 2016, ficou anos parado na Casa e chegou a ser arquivado, mas ressuscitou pelas mãos da presidente da comissão, Bia Kicis(PSL-DF), alvo de inquérito do STF por suspeita de estar por trás da organização de atos antidemocráticos em 2020. Antes mesmo de assumir o comando da CCJ ela já havia manifestado essa intenção ao Estadão/Broadcast.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira, 7, que o Brasil se tornou um "pária internacional" no combate à covid-19, ao votar a favor do fechamento temporário de igrejas e templos diante do agravamento da pandemia. Relator de uma ação do PSD contra decreto do governo João Doria, que proíbe atividades religiosas presenciais na fase mais crítica da doença, o ministro também criticou as posições adotadas pelo advogado-geral da União, André Mendonça, e pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. Alinhados ao Palácio do Planalto e cotados para a vaga que será aberta no Supremo em julho, Aras e Mendonça defenderam a realização de missas e cultos, mesmo no momento em que o País atravessa o pior momento da luta contra a covid-19, registrando mais de 330 mil óbitos.

A análise sobre a realização de missas e cultos presenciais em plena pandemia ocorre após Gilmar e o ministro Kassio Nunes Marques tomarem decisões conflitantes sobre o assunto, o que levou o Estado de São Paulo a mergulhar em um cenário de insegurança jurídica. A sessão foi encerrada após a leitura do voto de Gilmar, e o julgamento prosseguirá nesta quinta-feira, 8.

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"O Brasil, que já foi exemplo em atividades de saúde pública, de política de vacinação, eu falei do trabalho contra a Aids, realizado pelo ministro da Saúde Serra (José Serra, ex-ministro do governo FHC), hoje estamos nessa situação altamente constrangedora. Como queria o ex-chanceler Ernesto Araújo que nós nos transformássemos num pária internacional. Ele produziu essa façanha. Nos tornamos esse pária internacional no âmbito da saúde", disse Gilmar.

Gilmar também chamou de "surreal" os argumentos de que o fechamento temporário de eventos coletivos em templos religiosos "teria algum motivo anticristão". A tendência é a de que o STF mantenha o entendimento de Gilmar, de que Estados e municípios podem, sim, proibir a realização de missas e cultos diante do agravamento da pandemia. "É também a gravidade dos fatos que nos permite ver o quão necessário é desconfiarmos de uma espécie de bom mocismo constitucional, muito presente em intervenções judiciais aparentemente intencionadas em fazer o bom", alfinetou o ministro, sem citar explicitamente a decisão de Nunes Marques.

O ministro ainda criticou uma "uma agenda política negacionista que se revela em toda a dimensão contrária à fraternidade tão ínsita ao exercício da religiosidade". "O pior erro na formulação das políticas públicas é a omissão, sobretudo para as ações essenciais exigidas pelo artigo 23 da Constituição Federal. É grave que, sob o manto da competência exclusiva ou privativa, premiem-se as inações do governo federal, impedindo que Estados e Municípios, no âmbito de suas respectivas competências, implementem as políticas públicas essenciais", destacou Gilmar.

No intervalo da sessão, o presidente do STF, Luiz Fux, rebateu um advogado, que citou trecho da Bíblia para criticar ministros que defendem fechamento de igrejas na pandemia. O advogado do PTB no caso, Luiz Gustavo Pereira da Cunha, recorreu a um trecho da Bíblia ("Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem") para atacar os magistrados que se posicionassem a favor do fechamento de igrejas e templos.

"Esta é uma matéria que nos impõe uma escolha trágica e que nós temos responsabilidade suficiente para enfrentá-la, nossa missão de juízes constitucionais além de guardar a Constituição, é de lutar pela vida e pela esperança, e foi com essa prontidão que a Corte se revelou, na medida em que estamos vigilantes na defesa da humanidade. De sorte que eu repugno esta invocação graciosa da lição de Jesus", rebateu Fux.

Viagem a Marte.

No início da sessão, André e Mendonça defenderam a realização de missas e cultos presencialmente. Ao criticar as medidas restritivas ao funcionamento de igrejas e templos, o advogado-geral da União apontou que o País presencia cenas de "ônibus superlotados" e viagens de avião "como uma lata de sardinha". Gilmar rebateu a fala do ministro do governo Bolsonaro, relembrando que Mendonça ocupou até a semana passada o cargo de Ministro da Justiça e que tinha entre suas atribuições justamente a responsabilidade de formular diretrizes sobre transportes no País.

"Quando Vossa Excelência fala dos problemas dos transportes no Brasil, especialmente no transporte coletivo, eu poderia ter entendido que Vossa Excelência teria vindo agora para a tribuna do Supremo de uma viagem a Marte, mas verifiquei que Vossa Excelência era Ministro da Justiça e tinha responsabilidades institucionais, inclusive de propor medidas. À União cabe legislar sobre diretrizes nacionais de transportes", criticou Gilmar.

"Vejo, portanto, que está havendo um certo delírio neste contexto geral. É preciso que cada um de nós assuma a sua responsabilidade. Isso precisa ficar muito claro. Não tentemos enganar ninguém", continuou o ministro.

‘Cheque em branco’.

Em sua manifestação, Mendonça reconheceu que o Supremo já garantiu Estados e municípios autonomia para decretar medidas de isolamento social, mas rechaçou que o aval a governadores e prefeitos seja um "cheque em branco". "O governador e o prefeito podem fazer qualquer medida, sem passar pelo Poder Legislativo local? Não existe controle? Não se tem de respeitar a proporcionalidade? Se autoriza rasgar a Constituição, prender um vendedor de água ambulante e espancá-lo no meio da rua? Até quando medidas abusivas, polícias, guardas municipais, agredindo cidadãos e trabalhadores, simplesmente por que estão trabalhando?", questionou Mendonça. "Por que somente as igrejas (fechadas)? Por que essa discriminação?"

Evangélico e pastor da Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília, o advogado-geral da União negou que a discussão seja um "debate entre vida e morte" e citou trechos da Bíblia para fundamentar a sua sustentação. "Estamos tratando, isso sim, de uma perspectiva onde todo cristão se presume defender a vida incondicionalmente, onde todo cristão sabe e reconhece os perigos dessa doença terrível e onde todo cristão sabe que precisa tomar sim cuidados e cautelas diante dessa enfermidade. Não se trata de discussão política. Eu digo isso para que todos partamos do princípio de que todos nessa discussão defendemos a vida. É imprescindível essa perspectiva", disse Mendonça, em sua primeira sustentação oral de Mendonça no STF desde que reassumiu o cargo de chefe da Advocacia-Geral da União (AGU).

"A Constituição não compactua com a discriminação das manifestações públicas de fé. Remédios excepcionalíssimos da própria Constituição não admitem essas medidas que estão sendo adotadas. Não há cristianismo sem vida comunitária, não há cristianismo sem a casa de Deus. É por isso que os verdadeiros cristãos não estão dispostos, jamais, a matar por sua fé, mas estão sempre dispostos a morrer para garantir a liberdade de religião e culto. Que Deus nos abençoe e tenha piedade de nós", afirmou Mendonça.

O procurador-geral da República, por sua vez, frisou o papel da fé na vida das pessoas. "É necessário relembrar o lugar da religião num estado democrático de direito, e ter presente que o estado é laico, mas as pessoas não são. A ciência salva vidas, a fé também. Fé e razão que estão em lados opostos no combate à pandemia nestes autos, caminham lado a lado, em defesa da vida e da dignidade humana, compreendida em suas múltiplas dimensões, abrangendo a saúde física, mental e espiritual. Não há oposição entre fé e razão. Onde a ciência não explica, a fé traz a justificativa que lhe é inerente", disse.

Por outro lado, o procurador Rodrigo Menicucci, que defende o Estado de São Paulo, defendeu o decreto do governador João Doria, que prevê o fechamento de igrejas e templos nas fases mais restritivas do plano de combate à pandemia. "Hoje, um terço das pessoas que morrem por covid 19 morrem no território nacional. Não resta ao poder público outra alternativa", afirmou.

Decisões conflitantes

No último sábado, 3, Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, decidiu, individualmente, pela liberação das atividades religiosas de forma presencial. A decisão atendeu a um pedido feito em junho do ano passado pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure). "Reconheço que o momento é de cautela, ante o contexto pandêmico que vivenciamos. Ainda assim, e justamente por vivermos em momentos tão difíceis, mais se faz necessário reconhecer a essencialidade da atividade religiosa", escreveu o ministro na decisão.

A polêmica liminar de Nunes Marques inaugurou uma corrida ao Supremo, com pedidos do partido Cidadania e do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), contra a decisão do ministro. O mineiro chegou a ser intimado por Nunes Marques a cumprir a decisão depois de anunciar nas redes sociais que não seguiria a ordem.

Na contramão de Nunes Marques, dois dias depois, o ministro Gilmar Mendes, relator de ação protocolada pelo PSD, em março, contra o decreto do Estado de São Paulo que proibiu as reuniões religiosas durante as fases mais restritivas do plano de combate ao covid-19, negou pedidos do partido e do Conselho Nacional de Pastores do Brasil para derrubar o decreto do governo paulista.

"Em um cenário tão devastador, é patente reconhecer que as medidas de restrição à realização de cultos coletivos, por mais duras que sejam, são não apenas adequadas, mas necessárias ao objetivo maior de realização da proteção da vida e do sistema de saúde", escreveu Gilmar na decisão.

A tendência é que o plenário do STF reafirme o entendimento de que os Estados e municípios têm autonomia para estabelecer medidas restritivas baseada em decisões anteriores de outros ministros e do plenário da Corte, em abril de 2020, que definiu que além do governo federal, os governos estaduais e municipais têm poder para determinar regras na pandemia.

Posição da PGR

Em manifestação enviada ao STF na tarde de segunda-feira, 5, após a decisão que manteve a validade do decreto do governador João Doria (PSDB-SP), o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu que a ação de Gilmar seja redistribuída para Nunes Marques. Alinhado ao Palácio do Planalto, Aras alega que o caso deveria ficar com Nunes Marques, que é relator de uma outra ação, de temática similar, apresentada antes no tribunal.

"A verificação das datas de propositura e de distribuição, bem como a caracterização da coincidência de objetos das ações recomenda seja a ADPF 811/SP (a ação do PSD contra o governo de São Paulo) redistribuída, por prevenção/dependência, ao Ministro Nunes Marques", escreveu Aras.

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A deputada federal Tabata Amaral (PDT) recebeu inúmeras por seu voto a favo da Reforma da Previdência e nesta semana, as críticas se voltaram ao seu voto pela PEC Emergencial. Nessa sexta-feira (12) ela confirmou nas suas redes sociais o voto e seus seguidores não perdoaram.

Tabata é cientista política e ativista pela educação brasileira, sendo cofundadora do Movimento Mapa Educação, movimento político nacional e suprapartidário que busca a renovação do Congresso. Em 2018, foi a sexta deputada mais votada do estado de São Paulo. Em seu Twitter ela disse: “A PEC emergencial tem sim muitos problemas, contra os quais eu lutei, mas não é verdade que ela congela o salário dos servidores públicos por 15 anos e qualquer afirmação nessa direção é mentirosa”.

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Nas redes sociais, logo subiram #TabataAmaral e choveu críticas a deputada:

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Embora o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), tenha pedido vista (mais tempo para análise) do recurso apresentado pela defesa ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que o ex-juiz Sérgio Moro seja declarado suspeito no processo do tríplex do Guarujá, o colega Ricardo Lewandowski decidiu adiantar o voto na sessão da Segunda Turma desta terça-feira, 9.

O posicionamento do ministro foi para declarar a suspeição e decretar a nulidade integral de todos os atos processuais proferidos por Moro nas ações penais envolvendo Lula.

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"Não há dificuldade em identificar a indisfarçável parcialidade de todos os atores que levaram à condenação do paciente. Comparando-se à miríade de atos processuais heterodoxos e fatos subservientes, não há como deixar de concluir que restou escancarada uma devida confusão entre as atribuições de julgar e acusar por parte do magistrado Sérgio Moro. E o pior: confusão esta motivada por razões mais que espúrias, sim, pois todos os desdobramentos processuais e extraprocessuais levam ao inexorável desenlace no sentido que o ex-juiz extrapolou os limites da função jurisdicional ao assumir o papel de verdadeiro coordenador dos órgãos de investigação e acusação em paralelo às funções de julgador. Ficou patenteado abuso de poder. Não é só suspeição, mas abuso de poder", concluiu.

Lewandowski disse ter preparado uma manifestação de 80 páginas, que no entanto não foi lida integralmente na sessão. O magistrado preferiu destacar os pontos considerados mais 'relevantes' por ele.

Responsável por liberar as mensagens hackeadas da Lava Jato e apreendidas na Operação Spoofing ao ex-presidente, o ministro usou trechos das conversas como 'reforço argumentativo' em seu voto.

"Isso se revela não apenas legítimo, mas de indiscutível utilidade para evidenciar ainda mais aquilo que já se mostrava óbvio, isto é, que o paciente foi submetido não a um julgamento justo, segundo os cânones do devido processo legal, mas a um verdadeiro simulacro de ação penal, cuja nulidade salta aos olhos", disse.

Na avaliação de Lewandowski, houve uma 'ilítica coordenação de esforços' para a produção conjunta de provas e estratégias processuais 'desfavoráveis' a Lula.

"Revelando uma inaceitável simbiose entre os órgãos responsáveis por investigar, acusar e julgar, que tem como origem motivações políticas e interesses pessoais do ex-juiz Sérgio Moro. As primeiras demonstradas, dentre outros fatos, pela aceitação, ainda antes do término do segundo turno das eleições presidenciais, de convite para ocupar o cargo de ministro da Justiça no futuro governo de Jair Bolsonaro. Já as segundas, recentemente tornadas públicas, pela assunção à função de sócio-diretor da Alvarez & Marsal", afirmou.

Em seu voto, Lewandowski sublinhou ainda que o juízo de Curitiba extrapolou sua competência para processar e julgar as denúncias apresentadas pela Lava Jato contra Lula.

"Não existem quaisquer elementos concretos relativamente a valores supostamente derivados dos contratos da Petrobras que teriam sido empregados para o pagamento de vantagens indevidas ao paciente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A suposta origem dos recursos, como se sabe, justificou a atração do feito para a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba", observou.

Assim como Gilmar Mendes, o primeiro a votar sessão, Lewandowski repreendeu a ordem dada pelo então juiz Sérgio Moro para a condução coercitiva de Lula. O ex-presidente foi levado para ser interrogado pela Polícia Federal nos autos da Operação Alethea, 24ª fase da Lava Jato. Para o ministro, foi uma 'violência inominável'.

"Nem animais para o matadouro se leva da forma como se levou um ex-presidente. E só não se foi embarcado em um pequeno avião em direção à Curitiba pq outras forças intervieram. A história revelará quais foram as outras forças. Mas só sabemos o que se passou", disse.

Com o pedido de vista de Nunes Marques, não há previsão para conclusão do julgamento pela Segunda Turma. Neste momento, o placar está empatado, mas a ministra Cármen Lúcia avisou que vai se manifestar novamente sobre a ação, mesmo já tendo votado no início do julgamento, em dezembro de 2018.

 O presidente Jair Bolsonaro aparece como líder de intenções de voto para as eleições de 2022, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Paraná, nesta sexta (5). Em três dos cinco diferentes cenários, o ex-ministro Sérgio Moro (Sem Partido) aparece em segundo lugar. Nos outros dois, esta posição é ocupada pelos petistas Lula e Fernando Haddad. A pesquisa inclui os nomes de Henrique Mandetta (DEM), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL), Luciano Huck (sem partido), João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB) e João Amoêdo (Novo) na disputa.

Em uma primeira conjuntura, Bolsonaro soma 31,9% dos votos, acompanhado por Moro (11,5%), Fernando Haddad (10,5%), Ciro (10%), Huck (8%), Doria (5,3%), Boulos (3,2%) e Amoedo (2,8%). Em um cenário que inclui Lula como candidato, Bolsonaro chega a 32,2%, na frente do ex-presidente (18%), Moro (11,6%), Ciro (8,7%), Doria (5,3%), Boulos (3,5%), Amoêdo (3%) e Mandetta (1,4%).

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A projeção para um pleito sem Lula e sem o apresentador da Globo, também mostra Bolsonaro na frente, com 33,9% dos votos, acompanhado por Moro (12,3%), Haddad (11,8%), Ciro (10,7%), Doria (6,3%), Boulos (3,2%) e Amoedo (3,2%). Em uma disputa sem Moro, Bolsonaro lidera com 37,6%. O segundo lugar é ocupado por Haddad (14,3%), seguido por Ciro (13%), Doria (6,9%), Amoêdo (3,9%) e Mandetta (2,7%).

A pesquisa foi realizada a partir de entrevistas com 2.080 eleitores, entre os dias 25 de fevereiro e 1 de março, nos 26 estados do país e no Distrito Federal. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Ao comentar sobre voto de Gilberto na formação do terceiro paredão do Big Brother Brasil 21, Projota chamou o concorrente de 'c*zão'. Nesse domingo (14), o rapper e Arthur questionaram a escolha do brother.

"Ele fez isso com o Bil. Ele votou no Bil, ele era próximo do Bil, acho que na primeira semana. Quando o Di era líder, ele falou pro Nego lá no quarto do líder: 'Eu votei no Bil, porque eu sabia que mais gente ia votar nele e eu queria tirar o meu da reta'. Ele é assim, ele é bem c*zão", afirmou o cantor.

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Selecionado por Pocah na dinâmica dedo-duro, o pernambucano precisou revelar que havia indicado Arthur. Antes, Gilberto havia sido vetado da prova do líder pelo instrutor de crossfit. "Muito. Só que aí ele esquece que o rolê é visto lá fora", acrescentou na conversa com Projota.

"Agora eu tô tranquilo, eu fui falar com ele porque eu me senti muito tranquilo. Só queria que ele visse que eu tava certo. Aí ele exaltou", continuou o capixaba. "Tudo ele faz isso, né?", sugeriu o cantor.

Arthur disse ainda que Gilberto foi surpreendido em ter que revelar a indicação e apontou que ele havia dito que votaria em Fiuk.

Segundo levantamento feito pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE- SP), 9,1 milhões de eleitores não compareceram às urnas nas eleições municipais de 2020 em todo o estado. Desse total, 985.687 apresentaram justificativa, o equivalente a 10,75% do eleitorado.

Aqueles que ainda não justificaram a ausência, podem fazê-lo até esta quinta-feira (14), por meio do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Sistema Justifica, ou pelo aplicativo e-título, disponível nos sistemas Android e iOS.

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No caso da justificativa não ser aceita, o eleitor será multado em R$ 3,51. O não pagamento pode ocasionar na impossibilidade receber salários em empregos públicos, obtenção de documentos, renovações de matrículas em locais de ensino público ou declaração de imposto de renda.

No site e no aplicativo, o cidadão poderá anexar um documento que comprove a ausência. Essa justificativa pode ser um comprovante de viagem ou um atestado médico. Ao considerar a pandemia do Covid-19, o TSE afirmou que só serão aceitas as justificativas que demonstrarem que a pessoa teve febre ou foi diagnosticada com coronavírus 14 dias antes das eleições.

De acordo com os dados do TER-SP, o estado de São Paulo teve 27,3% de abstenções nas eleições do primeiro turno em 2020. Na capital, o índice foi de 29,3%.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e outras importantes entidades da advocacia publicaram uma nota conjunta defendendo a garantia de eleições honestas e livres no Brasil. No documento, as entidades sustentam que as eleições são o único modo democrático de escolha dos governantes. 

A nota foi formulada após as declarações do presidente Jair Bolsonaro pondo em xeque a legitimidade do pleito. Para o presidente, "se nós não tivermos o voto impresso em 2022, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos".

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O texto frisa que "uma das principais características do regime democrático é a possibilidade de alternância no poder, que eventuais derrotas sejam aceitas e que algum tempo depois ocorra nova disputa". 


NOTA PÚBLICA CONJUNTA
GARANTIA DE ELEIÇÕES HONESTAS E LIVRES


As Constituições brasileiras instituíram e aperfeiçoaram um Estado Democrático de Direito, em que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes, escolhidos pelo voto.

As eleições são o único modo democrático de escolha dos governantes, e a garantia de eleições honestas e livres é assegurada pela Justiça Eleitoral.

Criada em 1932 para acabar com as fraudes da República velha, nunca a Justiça Eleitoral teve seu papel contestado ao longo de inúmeras eleições. Sua modernização, com as urnas eletrônicas, e agora a biometria, asseguram uma organização impecável, com resultados imediatos e verificados, com ampla fiscalização de todos os interessados, especialmente os partidos e a imprensa.

Uma das principais características do regime democrático é a possibilidade de alternância no poder, que eventuais derrotas sejam aceitas e que algum tempo depois ocorra nova disputa. A democracia implica em que nem os derrotados, e menos ainda os eleitos, possam sequer cogitar em mudar as regras do jogo. O golpe, por qualquer de suas formas, é incompatível com a ideia de democracia, em qualquer lugar do mundo.

As entidades abaixo nomeadas, profundamente comprometidas com o Estado de Direito, vêm reiterar sua mais ampla confiança na nossa Justiça Eleitoral, orgulho de todos os brasileiros, e reafirmar sua adesão incondicional à defesa da democracia tal como definida na Carta da República.

São Paulo, 08 de janeiro de 2021.
 
Viviane Girardi
AASP - Associação dos Advogados de São Paulo
 
Gustavo Brigagão
ABDF - Associação Brasileira de Direito Financeiro
 
Carlos José Santos da Silva
CESA - Centro de Estudo das Sociedades de Advogados

Rita de Cássia Sant’Anna Cortez
IAB - Instituto dos Advogados Brasileiros
 
Renato de Mello Jorge Silveira
IASP - Instituto dos Advogados de São Paulo
Hugo Leonardo
IDDD - Instituto de Defesa do Direito de Defesa
 
Felipe Santa Cruz
OAB - Ordem dos Advogados do Brasil - Conselho Federal

Eduardo Perez Salusse
MDA - Movimento de Defesa da Advocacia
 
Gisela da Silva Freire
Sindicato das Sociedades de Advogados dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro

 

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