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Grupos de proteínas tóxicas que se acredita serem responsáveis pelo declínio cognitivo associado à doença de Alzheimer chegam a diferentes regiões do cérebro precocemente e se acumulam ao longo de décadas, de acordo com um novo estudo publicado nesta sexta-feira (29).

A pesquisa, apresentada na revista Science Advances, é a primeira a usar dados humanos para quantificar a velocidade dos processos moleculares dessa doença neurodegenerativa e, eventualmente, pode ter implicações importantes para o planejamento de tratamentos.

Também altera a teoria de que aglomerados se formam em um local do cérebro quando uma reação em cadeia ocorre em outras áreas; um padrão visto em ratos. Essa disseminação pode acontecer, mas não é o principal motivador, segundo os pesquisadores.

"Duas coisas tornaram este trabalho possível", disse à AFP Georg Meisl, químico da Universidade de Cambridge e principal autor do artigo.

"Uma foram os dados muito detalhados obtidos por PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons) e vários conjuntos de dados que reunimos, e a outra são modelos matemáticos que desenvolvemos nos últimos dez anos."

Os pesquisadores usaram cerca de 400 amostras de cérebro post-mortem de pacientes com Alzheimer, assim como 100 tomografias PET de pessoas que vivem com a doença para rastrear o acúmulo de tau, uma das duas proteínas-chave envolvidas na doença.

Na doença de Alzheimer, a tau e outra proteína chamada beta amilóide se acumulam em nós e placas - ambas conhecidas como agregados - que matam as células cerebrais e encolhem o cérebro.

Isso, por sua vez, resulta em perda de memória, alterações de personalidade e incapacidade de realizar funções cotidianas. Estima-se que 44 milhões de pessoas sofram da doença em todo o mundo.

- Crescimiento exponencial -

Pesquisas anteriores, conduzidas principalmente em animais, sugeriram que os agregados se formam em uma região e, em seguida, se espalham por todo o cérebro, da mesma forma que o câncer se espalha.

O novo estudo aponta que, embora essa disseminação possa ocorrer, ela não é de fato o principal fator para a progressão da doença.

"Uma vez que temos essas sementes, pequenos pedaços de agregados por todo o cérebro, eles simplesmente se multiplicam e esse processo controla a velocidade", explicou Meisl.

O estudo conseguiu determinar que os agregados levam cerca de cinco anos para dobrar de quantidade. Esse número é "encorajador", de acordo com Meisl, porque mostra que os próprios neurônios do cérebro são bons em neutralizá-los.

"Talvez se pudermos melhorá-lo um pouco, possamos atrasar significativamente o início de uma doença grave."

O grau da doença de Alzheimer é medido de acordo com a chamada "Escala de Braak". A equipe descobriu que leva cerca de 35 anos para progredir do estágio três, quando os sintomas leves começam a aparecer, para o estágio seis, o mais avançado.

Se os agregados dobram aproximadamente em cinco anos, em 35 anos eles teriam se multiplicado por 128. Esse crescimento exponencial "explica por que a doença demora tanto para se desenvolver e então a pessoa se deteriora rapidamente".

Usando o mesmo método, a equipe tenta investigar a demência frontotemporal e lesões cerebrais traumáticas.

"Tau é uma proteína culpada por vários tipos de demência e faria sentido explorar como ela se espalha em doenças como a demência frontotemporal", disse Sara Imarisio, do instituto Alzheimer's Research UK.

"Esperamos que este e outros estudos semelhantes ajudem a desenvolver tratamentos futuros que tenham como alvo a tau, de modo que tenham uma chance melhor de desacelerar o processo da doença e beneficiem pessoas com demência."

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O X Congresso Brasileiro de Alzheimer começa nesta quinta-feira(14) com palestras de 14 especialistas que vão dar orientações em diversas áreas importantes para o tratamento e para a qualidade de vida de pacientes e familiares. Psicologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Musicoterapia, Arquitetura e Direito serão algumas das áreas abordadas nos dias 14 e 15 de outubro, nas salas on-line do congresso, destinadas a familiares, cuidadores e até mesmo a pacientes em estágio inicial da doença.

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 A arquitetura e o design são ferramentas auxiliares no cuidado diário e no estímulo aos pacientes com Alzheimer. São importantes os cuidados com o ambiente de moradia, com a organização de um espaço seguro ao envelhecimento, capaz de melhorar a qualidade de vida e o bem-estar de quem tem Alzheimer e daqueles que convivem com o paciente. 

A arquiteta Thaíssa Scerne explica que pequenas mudanças na organização da mobília da casa, a escolha de móveis mais seguros, dicas de iluminação, pisos e cores, somados às informações multidisciplinares dos sintomas e progressões da doença de Alzheimer, reduzem riscos e inseguranças. “Uma moradia segura impacta na independência de todas as pessoas, especialmente as idosas, e a organização do cotidiano facilita a manutenção da saúde, a produtividade e a convivência das pessoas de gerações diferentes”, avalia.

Um ambiente adaptado ajuda o cuidador a planejar a própria rotina e quem recebeu o diagnóstico de Alzheimer permanecerá mais tempo realizando as atividades de vida diária, assinala Thaíssa. "Com o uso de sinalizações ambientais, exemplo de estratégias para compensar a perda de memória”, explica.

 A doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável, que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Causada pela morte de células cerebrais, se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas, como memória, orientação, atenção e linguagem. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.

No Brasil, o número de pessoas com Alzheimer chega a 1,2 milhão. Um fator muito preocupante é que apenas metade delas sabe que tem a doença e faz tratamento. A cada ano surgem 100 mil novos casos e a estimativa é de que esse número dobre até 2030, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que até 2050 o número de casos aumente em até 500% em toda América Latina.

As pessoas idosas são as principais vítimas: 40% ou mais das pessoas com idades entre 85 e 89 anos têm a doença. Após os 65 anos, o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos.

 Quais são os sinais do Alzheimer?

 - Perda de memória recente, com repetição das mesmas perguntas ou dos mesmos assuntos.

- Esquecimento de eventos, de compromissos ou do lugar onde guardou seus pertences.

- Dificuldade para perceber uma situação de risco, para cuidar do próprio dinheiro e de seus bens pessoais, para tomar decisões e para planejar atividades mais complexas.

- Dificuldade para se orientar no tempo e no espaço.

- Incapacidade em reconhecer faces ou objetos comuns, podendo não conseguir reconhecer pessoas conhecidas.

- Dificuldade para manusear utensílios, para vestir-se e em atividades que envolvam autocuidado.

- Dificuldade para encontrar e/ou compreender palavras, cometendo erros ao falar e ao escrever.

- Alterações no comportamento ou na personalidade. O paciente pode se tornar agitado, apático, desinteressado, isolado, desinibido, inadequado e até agressivo.

- Interpretações delirantes da realidade, sendo comuns quadros paranoicos ao achar que está sendo roubado, perseguido ou enganado por alguém.

- Alucinações visuais (ver o que não existe) ou auditivas (ouvir vozes) podem ocorrer, sendo mais frequentes da metade para o final do dia.

- Alteração do apetite com tendência a comer exageradamente, ou, ao contrário, pode ocorrer diminuição da fome.

- Agitação noturna ou insônia, com troca do dia pela noite.

Serviço

X Congresso Brasileiro de Alzheimer.

14 e 15 de outubro de 2021.

Valor: R$ 30,00.

Informações e inscrições: PA (91) 98414-5328.

Da assessoria do evento.

 

Um projeto de medicamento contra a doença de Alzheimer, a partir de uma pista ainda pouco explorada, gera tímidas esperanças de tratamento, após vinte anos de poucos avanços neste campo tão difícil.

"Esses resultados (...) são particularmente promissores e representam uma novidade a partir de vários pontos de vista", explicou à AFP Andrea Pfeifer, chefe da empresa emergente AC Immune, que está desenvolvendo, junto a uma filial da gigante farmacêutica suíça Roche, um tratamento contra a demência senil.

Os dois grupos anunciaram no final de agosto resultados preliminares favoráveis, mas continuam com os testes para determinar a eficácia do medicamento. Os resultados ainda precisam ser publicados e analisados de forma independente.

O que torna este anúncio interessante é o fato de que a molécula que está sendo usada, a semorinemab, foi pouco explorada para buscar um tratamento para o Alzheimer, um campo em que os fracassos se multiplicam há duas décadas.

Este anticorpo monoclonal parece se concentrar na destruição de placas formadas por algumas proteínas, conhecidas como beta-amiloides, no cerébro dos pacientes. Ao comprimir os neurônios, essas placas são um dos grandes fatores da doença de Alzheimer.

Até agora, essa pista forneceu poucos resultados, com exceção de um tratamento de Biogen autorizado neste ano pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos, embora seu interesse terapêutico não gere unanimidade.

Nos últimos anos, os laboratórios têm explorado outras direções: o comportamento anormal de outra categoria de proteínas, as denominadas 'tau', também presentes nos neurônios.

Nos pacientes de Alzheimer, essas proteínas se agrupam e acabam provocando a morte da célula.

Esse é o aspecto que interessa a AC Immune e a Roche. Estão tentando criar um anticorpo sintético que reconheça essas proteínas para destruí-las.

Esse tratamento foi administrado por quase um ano em pacientes em estado relativamente avançado da doença.

Segundo os dois laboratórios, o declínio de suas capacidades cognitivas, avaliado com o mesmo tipo de teste, foi reduzido quase pela metade, em comparação com os que não receberam o tratamento.

É a primeira vez que se anuncia um resultado positivo para um projeto de tratamento contra a proteína tau, após uma série de fracassos, entre os eles outro projeto da Biogen neste mesmo ano.

"Eu seria muito prudente: existe claramente um lado do marketing, embora seja certo que pode haver algo aí", explica à AFP o neurobiologista Luc Buée, especialista das doenças relacionadas à proteína tau.

É apenas um ensaio clínico precoce, de fase 2, com um número limitado de pacientes. Para confirmar o impacto do tratamento, terá que passar para a próxima fase, potencialmente com milhares de pacientes.

Este especialista lembra que vários projetos que exploraram a pista dos beta-amiloides deram bons resultados na fase 2, mas depois fracassaram na etapa seguinte.

Os resultados do semorinebab são mistos. Os testes cognitivos foram substancialmente melhores nos pacientes que receberam a molécula, mas em seu comportamento do dia a dia, no que é conhecido como declínio funcional, os pacientes não apresentaram melhora.

"É promissor e francamente positivo, mas ainda não cura", explica à AFP a neurobiologista Florence Clavaguera.

Por que essas diferenças nos resultados?

Clavaguera, assim como a AC Immune, tem uma hipótese: o declínio funcional é mais difícil de tratar e poderia apresentar melhorias dentro de vários meses, à medida que o ensaio clínico prossegue.

No entanto, o semorinemab é apenas uma pista para enfrentar o Alzheimer, alertam os especialistas.

"A longo prazo, será preciso combinar os dois tratamentos, um tratamento anti-tau e um tratamento anti-beta (amiloides)", afirma Clavaguera. "Em todos os casos de Alzheimer, ambas as proteínas são patológicas."

O Dia Mundial do Alzheimer é celebrado na próxima terça-feira (22) para recordar a ampla repercussão que tem este tipo de demência no mundo, sem um tratamento à vista.

A pessoa que sofre de Alzheimer perde lenta e irremediavelmente sua memória e capacidade de julgamento, um declínio que geralmente dura vários anos.

Ao menos 30 milhões de pessoas são afetadas por essa doença em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Um número impreciso, porque a distinção entre Alzheimer e outros tipos de demência, às vezes por acidentes vasculares, não está clara.

Como as outras demências, a doença de Alzheimer representa um dos principais problemas da saúde pública, porque as pessoas afetadas perdem sua independência e se tornam um peso familiar e financeiro.

É um problema grave para os países desenvolvidos, que têm uma população envelhecida, já que a doença surge principalmente a partir dos 65 anos. As mulheres são mais afetadas do que os homens.

A doença - nomeada pelo médico alemão Alois Alzheimer, que a diagnosticou no início do século XX - se distingue das outras demências por dois aspectos.

O primeiro fenômeno é a formação de placas de proteínas, denominadas amiloides, que comprimem os neurônios do paciente e os destroem a médio prazo.

A outra característica vem das proteínas conhecidas como 'tau'. Também presentes nos neurônios, começam a se agrupar e também acabam provocando a morte das células afetadas.

Não se sabe ainda qual a relação entre ambos os processos, nem por que aparecem. Apesar de décadas de pesquisa, não existe nenhum tratamento que permita curar a doença, ou evitar sua aparição.

Um tratamento do laboratório americano Biogen, voltado para as proteínas amiloides, foi aprovado a título experimental este ano para alguns casos, nos Estados Unidos. No entanto, seus efeitos terapêuticos são alvo de polêmica.

Outro debate gira em torno da prevenção da doença, que muito raramente apresenta um componente hereditário.

Os especialistas detectaram uma dúzia de fatores de risco, entre eles a surdez, o nível de escolaridade, o tabagismo, a depressão e o isolamento.

Os autores de um estudo de 2020 calcularam que 40% das demências poderiam ser evitadas e atrasadas se fosse realizado um trabalho de prevenção desses sintomas. Este número, no entanto, é criticado por outros pesquisadores, que o consideram muito simplista.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou, nesta terça-feira (14), uma mulher de 50 com sinais de desorientação e procurada por vizinhos e familiares desde o começo desta manhã. O resgate foi realizado na BR-232, no bairro do Curado, Zona Oeste do Recife. Segundo relatos de vizinhos que auxiliavam nas buscas, a mulher saiu de sua casa, no bairro de San Martin, às 7h e estava sendo procurada desde então.

Enquanto realizavam rondas no Km 7 da rodovia, em frente ao Jardim Botânico, os policiais se depararam com uma mulher que andava na faixa da esquerda, próxima à pista, com grande risco de atropelamento. Durante a abordagem, a equipe percebeu que a pedestre apresentava dificuldades para se expressar e prestou auxílio para tentar localizar onde ela morava.

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Em seguida, pessoas que passavam em um carro pelo local acenaram para a equipe e avistaram a mulher ao lado da viatura. Eles se identificaram como vizinhos de bairro e estavam à procura dela desde cedo. Os vizinhos relataram que a mulher morava sozinha e foi diagnosticada com Alzheimer, doença degenerativa que provoca, entre outros sintomas, perda da memória. Apesar disso, a mulher reconheceu os ocupantes do carro, que foram identificados pela equipe e ficaram responsáveis em levá-la de volta para casa, em segurança e sem danos à saúde.

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A empresa biofarmacêutica suíça AC Immune apresentou, nesta terça-feira (31), resultados encorajadores de testes clínicos sobre um estudo de tratamento para a doença de Alzheimer, em um estágio intermediário de pesquisa.

Em um estudo de fase II, que corresponde ao estágio intermediário dos ensaios clínicos, o tratamento experimental denominado semorinemab demonstrou uma redução de 43,6% no declínio cognitivo após 49 semanas em pacientes leves a moderadamente afetados pela doença, informou a empresa em um comunicado.

O segundo principal critério de avaliação do estudo, que diz respeito à perda funcional nas atividades diárias, não foi atingido, afirma esta empresa biofarmacêutica especializada em doenças neurodegenerativas.

Intitulado Lauriet, este estudo realizado em parceria com a Genentech, subsidiária americana da gigante farmacêutica suíça Roche, busca avaliar esse tratamento que visa uma parte da proteína tau.

Nas taupatias (doenças neurodegenerativas), como a doença de Alzheimer, a proteína tau apresenta funcionamento anormal e forma emaranhados que causam dano celular e, em última instância, morte neuronal.

Supõem-se que a proteína tau anormal se espalha entre os neurônios, envolvendo progressivamente mais áreas do cérebro.

O semorinemab, um anticorpo monoclonal antitau experimental, foi desenvolvido para se ligar à tau e reduzir sua disseminação entre os neurônios, explica a empresa suíça no comunicado.

No estudo, esse tratamento é avaliado em relação a um placebo entre 272 pessoas distribuídas em 43 centros de pesquisa em todo o mundo.

"Esta é a primeira vez que observamos um efeito terapêutico do tratamento com anticorpos monoclonais antitau", acrescentou.

"Apesar desses resultados interessantes, continuamos cautelosos sobre o que isso pode significar para os pacientes", ponderou.

E observou que "este ensaio em pequena escala é relativamente curto" e durou 49 semanas quando a doença de Alzheimer é uma doença crônica de início lento.

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Um homem identificado como Peter Marshall, 56 anos, diagnosticado com Alzheimer precoce desde 2018, pediu a sua esposa, Lisa Marshall, em casamento pela segunda vez. O fato aconteceu nos Estados Unidos.

Ela relata que o pedido aconteceu quando assistiam a uma cena de casamento na televisão e o homem não lembrava que já estava casado com Lisa há 11 anos. À 'Fox', a mulher relatou que foi a filha, que é planejadora de casamentos, quem organizou todo evento e eles renovaram os votos em seis semanas após o pedido. 

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.“Foi um dia mágico. Peter era muito inteligente, afiado e focado. Ele ficou comigo cognitivamente o dia todo ”, disse Lisa em entrevista à emissora Fox. 

A Food And Drug Administration (FDA), que regula o uso de medicamentos nos EUA, aprovou nessa segunda-feira (8) o remédio Aducanumabe, fabricado pela Biogen Inc. para combater o Alzheimer. A decisão, que causou controvérsias, deve afetar o futuro da pesquisa e do tratamento da doença. Na prática, a FDA está orientando a Biogen a conduzir um estudo pós-aprovação para confirmar que o medicamento de fato funciona.

O Aducanumab visa a remover os depósitos pegajosos de uma proteína chamada beta amilóide dos cérebros de pacientes em estágios iniciais de Alzheimer para evitar a devastação da perda de memória.

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Nos meses que antecederam esse anúncio, o Aducanumabe foi objeto de intenso debate entre pesquisadores, pacientes e defensores. A Biogen sustenta que, ao desacelerar a doença, ele dá aos pacientes um tempo valioso para estar com suas famílias e viver suas rotinas. Mas os críticos argumentam que os dados sobre sua eficácia são fracos, inconsistentes, e a aprovação do FDA é uma redução perigosa dos seus padrões habituais de exigência.

A doença de Alzheimer é a sexta causa de morte nos EUA. "Há uma necessidade médica enorme não atendida" de novos tratamentos, disse Billy Dunn, diretor de avaliação de produtos de neurologia do FDA, em uma reunião técnica em novembro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Morreu nesse sábado (29), aos 85 anos, o cineasta, ator, roteirista e produtor Maurice Capovilla. Segundo informações da família, ele faleceu em casa, no Rio de Janeiro. Capovilla, que sofria de Alzheimer há cinco anos e já não falava nem andava mais, estava acamado. O corpo de Capô, como era chamado, será cremado hoje (30) no Crematório da Penitência, no Caju, zona portuária do Rio de Janeiro. O velório está marcado para as 15h, quando está prevista a chegada do corpo à Capela 5.

Capô nasceu em 1936, na cidade paulista de Valinhos e estreou como cineasta nos anos  1960, dirigindo o curta-metragem "União", em 1962. Ele também dirigiu o documentário "Subterrâneos do futebol", de 1964. O primeiro longa-metragem foi “Bebel, garota propaganda" em 1968, com roteiro escrito por ele mesmo. Capovilla se baseou no conto "Bebel que a cidade comeu", de Ignácio de Loyola Brandão.

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Nos anos 1970 dirigiu as séries Globo Shell e o programa Globo Repórter, da TV Globo. Nos anos 1980, foi diretor de núcleo da Rede Bandeirantes. Seu último filme de longa-metragem como diretor e roteirista foi "Harmada", em 2003 e em 2005 trabalhou pela última vez como ator no filme Donde comienza el camino".

O cineasta era casado há 39 anos com Marília Alvim, com quem não teve filhos. Do primeiro casamento ele deixa Lia, Matias e Adriana do primeiro casamento, e do segundo, Mayra.

Um estudo conduzido pela Universidade de São Paulo (USP), junto a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Butantan, mostra que pacientes infectados pelo coronavírus (Covid-19) e portadores de Alzheimer (doença responsável por destruir a memória e outras funções cerebrais) correm risco de morte três vezes maior. A pesquisa foi publicada na revista Alzheimer's & Dementia: The Journal of the Alzheimer's Association, na última quarta-feira (21).

De acordo com as informações, a idade é um dos fatores que contribuem com a potencialização do risco, uma vez que foram analisados diagnósticos positivos de mais de 13 mil pacientes acima dos 65 anos. Os dados foram retirados do UK Biobank, que guarda o histórico de aproximadamente 500 mil pacientes tratados no sistema público de saúde do Reino Unido.

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A análise também constatou que no caso de pacientes com Alzheimer e acima dos 80 anos, o risco de contrair o coronavírus pode ser até seis vezes maior, quando comparado aos que não sofrem da doença. Por conta disso, o estudo destaca que pacientes que apresentam demências devem ser tratados como prioridade na distribuição da vacina.

O Ministério da Saúde aponta que no Brasil cerca de 1,2 milhões de pessoas sofrem com o mal de Alzheimer. No mundo, a média é de mais de 35 milhões de pessoas afetadas pela doença. Devido ao envelhecimento da população, estima-se que em 2030 o número de idosos ultrapasse os 60 milhões, e em 2050 chegue a mais de 100 milhões.

Nesta segunda-feira (1º), Tony Bennett revelou no Instagram que foi diagnosticado com Alzheimer. A informação sobre a doença degenerativa do cantor americano foi detalhada pela esposa dele, Susan, em um artigo divulgado na revista AARP (American Association of Retired Persons).

Susan Crow explicou no relato que Tony descobriu o diagnóstico em 2016, após ele apresentar os sintomas durante um projeto gravado com a cantora Lady Gaga. "Ele me perguntava: 'O que é Alzheimer?'. Eu explicava, mas ele não entendia. Ele me dizia: 'Susan, me sinto bem'. Isso é tudo que ele conseguiu processar - que fisicamente ele se sentia bem. Então, nada mudou em sua vida. Qualquer coisa que mudou, ele não estava ciente", disse.

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No mesmo artigo, o médico que cuida do músico contou que o cérebro dele está funcionando muito bem: "Ele está fazendo tantas coisas, que muitas pessoas mesmo sem demência não conseguem fazer. Ele realmente é um símbolo de esperança para pessoas com transtorno cognitivo". Sucesso no cenário do jazz, Tony Bennett está com 94 anos.

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A arquiteta Míriam Morata, sem nenhum tipo de apoio ou conhecimento na área da saúde, foi cuidadora dos pais, portadores de Alzheimer, do início ao fim da doença, por não ter condições de pagar os cuidados profissionais. Com a morte de Encarnação e Rubens Novaes, ela abriu um grupo no Facebook para pessoas que poderiam se identificar com a história e notou que a grande maioria dos pacientes diagnosticados com Alzheimer no Brasil também recebe cuidados de familiares que não têm auxílio de programas sociais ou políticas públicas. Entendendo o tamanho do problema que a doença causa em inúmeras famílias, a cuidadora decidiu criar a Lei Míriam Morata, que está em discussão no meio político.

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Segundo Míriam, os objetivos da lei são quatro: definir quem é o cuidador familiar, qual o perfil dessa pessoa e suas reais necessidades; definir quais os direitos desse cidadão que assume a responsabilidade de cuidar de um parente e abre mão de sua própria vida e saúde; responsabilidade civil, em relação a abandono material e afetivo dos filhos e parentes que deixam a responsabilidade de cuidar do paciente para apenas um membro da família; e apoio financeiro, com a criação do subsídio ao cuidador.

Junto com outros cuidadores, que são também advogados, Míriam elaborou o texto da proposta da lei, que está sendo discutido e divulgado. "Acredito que vamos conseguir tirar do cuidador familiar o manto da invisibilidade e fazer com que seja respeitado seu direito como cidadão e braço do Estado para responder a esse desafio que não está restrito à saúde pública, mas à economia, relações sociais, educação, entre outros", disse Míriam.

A doenca de Alzheimer e outras demências são desafios mundiais da medicina. Aproximadamente 50 milhões de pessoas que possuem tal diagnóstico. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no Brasil, onde há mais de 29 milhões de pessoas acima dos 60 anos, quase 2 milhões têm demências, e cerca de 40% a 60% são do tipo Alzheimer. "Os dados são alarmantes, mas se considerarmos que a maioria das famílias não tem condições de contratar profissional para cuidar do seu parente, o Estado não tem estrutura para lidar com a doença, então estamos falando de mais de um milhão de pessoas que param as suas vidas, projetos, estudos, trabalho e muitas vezes se afastam da família para se dedicar o tempo inteiro a alguém que amam e que está morrendo lentamente", explicou Míriam.

"O cuidador tem uma atividade não remunerada, todos os dias está exposto às situações mais bizarras e assustadoras, convive com a orfandade mesmo que os pais estejam vivos e não consegue trabalhar, pois o paciente não pode ficar sozinho. Quando depende da aposentadoria do idoso para sobreviver, muitas vezes tem que ouvir dos familiares que está roubando. E depois que o paciente morre ele fica completamente despreparado para retomar sua vida", detalhou. A arquiteta já escreveu três livros (disponíveis na Amazon) contando as fases de sua experiência com os pais.

Míriam afirma que, geralmente, os parentes do portador de Alzheimer se afastam e apenas um familiar assume os cuidados e todas as sequelas dessa tarefa. Na visão dela, o cuidador pode desenvolver depressão, pânico, dores musculares, esgotamento físico e mental, dívidas, isolamento, não tendo condições de voltar ao normal sem apoio.

"Não existe lei que ampare essas pessoas e proteja seus direitos; muito menos políticas públicas que os ajudem a recuperar a sanidade e a saúde para retornar ao mercado de trabalho. Precisamos mostrar o tamanho do problema, não para despertar piedade ou admiração, mas para exigir que o Estado trate essas pessoas com a dignidade e o respeito que elas merecem, já que fazem o papel que o Estado não consegue fazer", reiterou. 

Veja os canais de Míriam Morata: No instagramacesse aqui. No Facebookaqui. Site Cuida de mim, aqui. 

Informar e orientar

 

Marta afirma que, com apoio dos grupos, é possível que a família identifique os sintomas da doença, busque o tratamento mais adequado e com isso aumentem as chances de um melhor resultado, além de retardar a evolução da doença. Quando há informação e conhecimento de que o comportamento daquele paciente ou daquele familiar já não é normal, orienta, e que faz parte de um sintoma, a família já sabe como lidar com isso. “Dentro do grupo de apoio, a partir das informações que ele (cuidador) vai ter, ele vai reconhecendo sintomas, vai identificando comportamentos com os quais não sabe lidar e vai aprendendo a partir da troca de estratégias. Cada família tem sua peculiaridade e ele vai pegando aquilo que pode adequar como estratégia”, explica.

A voluntária diz que outro fator muito importante no grupo social emocional é o trabalho da aceitação, porque a maioria dos familiares, apesar do diagnóstico fechado, nega a doença. Marta informa que a aceitação favorece a tomada de decisão, a adaptação emocional com relação ao paciente e favorece a criação de estratégias para lidar com os sintomas comportamentais que são freqüentes. “Outra coisa é a adaptação a essa nova realidade, buscar recursos disponíveis pra investir na qualidade da relação, porque é uma nova vivência. E, além disso, tem o convívio com as pessoas que passam pelas mesmas situações, troca de experiências que facilitam a busca de alternativas para situações complexas”, complementa.

Marta explica que o Alzheimer não tem cura, mas tem tratamento e este pode ser farmacológico ou não farmacológico, com estimulação de exercícios. O cuidador pode estar junto com o paciente fazendo as atividades.

O diagnóstico correto é o principal. O cuidador tem que buscar informações e a voluntária informa que a melhor maneira de buscá-las é participando de um grupo em que as pessoas conheçam a doença, fazer leitura, entre outros.

“Quando se procura um médico pra dar um diagnóstico é porque você já está percebendo que a rotina da pessoa (paciente) está mudando, que está havendo mudanças no funcionamento familiar, essa pessoa já não está mais respondendo daquele jeito, você já consegue perceber que há mudança no comportamento, que ela não fazia tal coisa e hoje faz, esquecimento exacerbado, desorientação temporal – coisas que chamam a nossa atenção no dia a dia porque interferem na nossa adaptação social, emocional e principalmente quando afetam aquela pessoa que era muito autônoma”, explica.

Família afetada

Marta diz que essas mudanças afetam os familiares. Quem cuida de um paciente começa a se estressar com ele quando não tem informações, explica, e há também o estresse gerado pelo aumento de responsabilidades. “Começa a ter um estresse até com relação à higiene, nutrição, tudo isso começa a ter alteração. Dessa forma, aumenta sobrecarga, a demanda de cuidados fica muito maior. Essas mudanças a gente percebe mais claramente quando estão relacionadas à tomada de decisões”, esclarece.

Quanto aos temas discutidos nos encontros dos grupos de apoio aos cuidadores, alguns são relacionados às questões que eles trazem, a sobrecarga do cuidador, os afetos, agressividade etc. “A gente precisa falar sobre autoestima, aceitação do cuidador, da importância dele passar pelo processo que é normal de negação, de raiva, de barganha. São várias coisas. Além de a gente fazer esse acolhimento emocional, lá o cuidador relata as questões familiares dele e a gente vai acolhendo ele naquilo que ele traz, nas dores e amores dele. Ao mesmo tempo cada um vai colocando a sua experiência, trazendo algumas estratégias e ele vai se sentindo pertencente ao grupo, vendo como a situação dele não é a pior e ele vai vendo que, apesar do Alzheimer, é possível ele ter uma vida social, cuidar de si próprio sem culpa e são esses temas que falamos dentro do grupo”, Marta explica.

Paciência e dedicação

Daniella Freitas, de 38 anos, cuida da mãe de criação Creuza Maciel de Moraes, de 89 anos, e as duas dormem no mesmo quarto. “Durante a madrugada acordo algumas vezes para trocar fraldas. Como estou sem trabalhar no momento, dou o café, banho e cuido quando estou em casa”, conta. Daniella diz que no início, para se informar sobre a doença de Alzheimer, costumava ver filmes, procurava na internet e algumas amigas falavam de alguns sintomas que vão aparecendo.

Daniella revela que tinha três meses quando passou a ser criada por Creuza, morou com ela a vida toda e sua relação com ela é de muito amor. “Éramos três: eu, ela e o esposo dela que eu chamava de avô. Então, ela é muito apegada a mim. Por exemplo, fui a uma consulta e ela ficou em casa toda hora chamando por mim. É só eu sair que ela fica agitada”, explica.

A atenção à higiene é muito importante, afirma Daniella. Para facilitar o deslocamento, Creuza ganhou uma cadeira de rodas. “Gosto de deixá-la sempre perfumada e com a fralda seca. Quando faz xixi, troco logo. Percebo que a fralda úmida a incomoda quando ela está deitada. A cama dela foi adaptada com um cercado de madeira, ficou igual a um berço porque ela só queria ficar levantando sozinha para ir embora pra casa dela (se referindo à casa que morava quando criança)”, continua.

Em relação aos desafios de cuidar de uma pessoa com Alzheimer, Daniella conta que ter paciência é um deles. “Teve uma fase dela recente que estava difícil alguém ter paciência. Eu estava esgotada. Às vezes ela passava duas noites seguidas sem dormir e nem eu dormia. Eu tive que pedir em casa pra terem compaixão comigo, porque eu precisava dormir. Minha imunidade baixou, fiquei com espinhas e ainda estou. Tirei um final de semana longe de casa, mas sempre estavam me ligando pra falar sobre ela, dizer que ela ficava me chamando, ligavam para perguntar sobre remédios etc”, revela.

Daniella relata que, apesar de não conhecer outros cuidadores, recentemente abriu uma caixa de perguntas em sua conta no Instagram e perguntou se alguém lidava com pessoas que possuem Alzheimer. Duas amigas responderam e elas trocaram informações. Ela também conta que não possui apoio de nenhum grupo social. “Tenho o (apoio) espiritual que foi o que tem ajudado muito”, finaliza. 

Por Ana Luiza Imbelloni e Isabella Cordeiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fora da corrida mundial pela vacina contra Covid, a multinacional americana Biogen tem luta própria: colocar no mercado mundial, o quanto antes, um remédio contra a doença de Alzheimer.

No início do mês, a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) avaliou que o aducanumabe apresentou evidências "excepcionalmente persuasivas". A expectativa é pela aprovação do remédio em março. A companhia não quer se comprometer com prazos para a entrega do remédio no Brasil, mas, levando-se em consideração os trâmites normais do processo, que costuma demorar de 12 a 15 meses, tudo indica que ele poderá estar disponível até o fim do primeiro semestre de 2022.

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Se tudo continuar seguindo a tendência positiva, será o primeiro tratamento para o mal em décadas e o primeiro a sinalizar ser capaz de retardar sua progressão. No comando da empresa na América Latina há três meses está o escocês Fraser Hall, que até então era CEO da britânica AstraZeneca no Brasil. "A AstraZeneca é uma companhia extraordinária, mas a minha grande paixão é a neurociência. E neurociência é Biogen", disse ele em entrevista ao Estadão, a primeira que concedeu após a mudança. "A descoberta (do aducanumabe) foi muito emocionante. Se você tem Alzheimer, você não tem nada... não há remédio, não há perspectiva. Acho que essa droga é extraordinária em termos de dar alguma esperança em relação a essa doença devastadora."

Hall também considerou que, quando a medicação for aprovada, deverá haver mais entusiasmo e mais investimentos no segmento. No dia do parecer inicial positivo da FDA, as ações da Biogen dispararam mais de 40% nos Estados Unidos, único local onde a empresa é listada em Bolsa. A avaliação do mercado é a de que, se aprovado, o aducanumabe poderá representar vendas anuais de cerca de US$ 5 bilhões até 2025.

Liberação

O executivo escocês é responsável pelos escritórios de México, Colômbia, Brasil, Argentina e Chile e acompanha também a distribuição dos medicamentos da Biogen em outros países das Américas Latina e Central. Ele lembrou que algumas nações só fazem a liberação de novas drogas quando outros reguladores já o fizeram, enquanto outras têm um processo independente.

"O Brasil, por exemplo, não depende de nenhum outro país. A Anvisa revisa as informações disponíveis (para tomar sua decisão)", comparou o executivo, citando que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária costuma ter dois processos: um caminho mais rápido, que costuma levar em torno de nove meses, e um considerado normal, que dura em torno de 12 meses, além de mais cerca de três meses de avaliação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

Tem sido uma "dura jornada" a busca por uma medicação para o Alzheimer, conforme o diretor-geral da Biogen Latam, principalmente em um momento em que todos os olhos do mundo estão voltados para a descoberta de uma vacina contra a covid-19. "Esperançosamente, haverá mais drogas para o Alzheimer entrando no pipeline, mas, por enquanto, o aducanumabe é o mais avançado sobre o qual se tem mais informação", afirmou. "Ele funciona. Acreditamos que ele funciona."

Para expandir ao máximo a distribuição do medicamento, Fraser mantém a proximidade com as diferentes administrações da região. "Esta doença é uma questão de saúde pública, que afeta muitas e muitas pessoas diferentes e os governos são realmente uma chave no longo prazo, então, estamos próximos dos governos e das agências", explicou.

O seu papel à frente da farmacêutica na América Latina será o de expandir o portfólio de ofertas da Biogen na região. "Uma coisa que queremos fazer é facilitar o acesso de nossos remédios aos pacientes na América Latina." O executivo também disse ter como meta ampliar a participação de cientistas latino-americanos no quadro da empresa. Do lado dos negócios, no entanto, não está prevista a abertura de novos escritórios na região nem do capital da companhia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vítima de complicações por conta do Alzheimer, Viola Smith, considerada a primeira mulher baterista profissional do mundo, morreu aos 107 anos, na Costa Mesa, Califórnia (EUA). A morte da instrumentista, que ocorreu na última semana, foi confirmada pelo The Washington Post.

Nascida em Mount Calvary, no Wisconsin (EUA), em 1912, Viola ficou conhecida na cena musical por ser uma das primeiras mulheres profissionais que dominavam o instrumento, tocando em orquestras e em bandas femininas, as chamadas All Girls Bands. Em 1930, a musicista recebeu o título de baterista mais rápida do mundo.

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Viola trabalhou com Ella Fitzgerald (1917-1996), Chick Webb (1905-1939) e Bob Hope (1903-2003). Além dos astros, a baterista, que frequentou a renomada faculdade de artes Julliard, em Nova York (EUA), também participou de vários espetáculos da Broadway, incluindo "Cabaret", e ministrou um concerto para o presidente americano Harry Truman (1884-1972), em 1949.

 

A filha da cantora Vanusa, Aretha Marcos, confirmou o diagnóstico de mal de alzheimer recebido pela mãe. A informação foi confirmada no último domingo (2), durante uma entrevista ao programa ‘Domingo Espetacular’.

De acordo Aretha, a mãe está recebendo cuidados médicos e revelou que em 2016, quando Vanusa deu uma entrevista a Gugu Liberato, dizendo que estava brigada com a filha, ela já estava doente.

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"O maior orgulho que tenho dos meus pais é que eles sempre foram muito autênticos. Nunca quiseram parecer o que não eram. Talvez isso tenha prejudicado, mas mantiveram a autenticidade”, comentou ela.

Aretha, é fruto do relacionamento entre Vanusa e o cantor Antônio Marcos. Atualmente, ela reside em Piracicaia, interior de São Paulo. Mãe de dois filhos Mel, 23 anos e Uriel, 11 anos, Aretha também é cantora e disse que foi fácil crescer com pais famosos e que viveu uma vida de "altos e baixos". “Meus pais sempre foram muito bons em tudo o que se propuseram a fazer, e eu sempre fui desapegada a padrões, rótulos”, disse ela.

Depois de fazer três testes do Covid-19 e receber o resultado negativo para a doença, um idoso de 82 anos, que estava na enfermaria do Hospital Dom Helder, localizado na Região Metropolitana do Recife, para cuidar de uma infecção respiratória, desidratação e o quadro de sonolência, foi levado, sem a família receber qualquer explicação, para a UTI que cuida dos pacientes com a Covid-19 (mesmo sem ter testado positivo). A família está desesperada e a procura de respostas e ajuda.

O idoso, que já era portador de Alzheimer e diabetes, deu entrada no Hospital Dom Helder Câmara no dia 17 de abril. Por estar apresentando problemas pulmonares, ficou em isolamento na área da Covid-19, onde ficou em tratamento e aguardando o resultado do teste que tinha feito. Após o resultado e sem precisar de respirador, apenas sonda de respiração, o homem foi transferido para a enfermaria normal junto com outros três idosos - todos vindo da área de isolamento e com os resultados negativos.

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Apresentando melhora dos sintomas que justificaram a procura por atendimento, a família estava preocupada com as doenças que o homem já tinha. "Durante todo período de internação, informamos aos médicos que meu pai precisava voltar a tomar as medicações para controle do Alzheimer, inclusive solicitamos um parecer neurológico - pois ele estava muito sonolento e não se comunicava com ninguém", explicou a Ana Lucia Ferreira, filha do paciente.

Ela confirma que o seu pai deveria ser avaliado por um neurologista na última segunda-feira (11), para saber se o homem poderia voltar para casa, onde continuaria com o tratamento. No entanto, no domingo (10), os familiares foram surpreendidos com a informação de que o idoso havia sido transferido para uma ala vermelha, depois que o seu quadro piorou.

A minha irmã, que estava lá, perguntou se de fato era necessário e a médica de plantão informou que sim, e que após os exames iria entrar em contato com a família para explicar melhor. Passou 24h e não obtivemos nenhum retorno. Decidimos ir ao hospital e, para nossa surpresa, ninguém sabia explicar onde estava meu pai". Ana Lucia lembra que, após muita procura, a Assistente Social informou que o paciente havia sido levado para o setor de Covid-19.

A família diz que a explicação dada pelos médicos é que a respiração do idoso estava fraca e que ele precisaria de um cateter de respiração. No entanto, a filha Maria da Conceição Ferreira aponta que a médica do plantão não soube dizer o motivo de o idoso ter voltado pra área da Covid-19, o que acabou não permitindo o exame neurológico que a família tanto solicitou e já estava marcado.

"A médica que vinha acompanhando ele afirma que não foi ela quem autorizou a transferência nem sabe o motivo de ter voltado pra área da Covid-19. Precisamos que seja feita uma junta médica sobre o estado do meu pai, precisamos que ele seja retestado e em caso de novas negativas tirem ele de lá", clama a filha.

Os familiares agora lutam contra o tempo e já solicitaram ajuda do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), além de terem denunciado o ocorrido na Ouvidoria do Hospital. O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco e com o MPPE, mas até a publicação da matéria não havia recebido respostas.

 

 

 

 

A música pode ser uma forte aliada no tratamento da doença de Alzheimer. É o que garante uma pesquisa elaborada pelo núcleo de Gerontologia da Universidade de São Paulo (USP). O estudo ainda assegura que a utilização da musicoterapia pode funcionar mais e melhor se o principal cuidador do paciente for o próprio cônjuge. Algumas canções que fazem parte da história do casal podem aliviar sintomas e possibilitar que famílias e portadores da síndrome tenham mais qualidade de vida.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa em que os portadores ficam totalmente dependentes dos cuidados de outras pessoas. A patologia pode fazer com que os pacientes fiquem mais agitados, agressivos, tenham falta de memória, além da diminuição motora e cognitiva. Neste sentido, a música tem sido considerada uma estratégia terapêutica para quem lida com a tarefa de cuidar de um familiar que apresente essas condições.

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De acordo com o autor da pesquisa, o musicoterapeuta e mestre em Gerontologia Mauro Amoroso Pereira Anastácio Júnior, foram doze atendimentos realizados uma vez por semana para quatro casais idosos que residem na cidade de São Paulo. Para o levantamento, o pesquisador considerou critérios como o diagnóstico da síndrome em estágio inicial ou moderado, e que o cuidador fizesse tal função há mais de seis meses.

Para Anastácio, as músicas podem despertar sentimentos, sensações que estimulam referências de épocas, pessoas, lugares, experiências vividas e emoções guardadas na memória dos idosos e as abordagens terapêuticas são uma alternativa, já que os medicamentos disponíveis dão conta apenas dos sintomas. Aliada aos benefícios apresentados está a sensação de bem-estar dos cuidadores, que podem viver momentos satisfatórios em casal, mesmo estafados por terem que estar atentos e zelar pelo paciente todos os dias. Por isso, o pesquisador aplicou métodos como a utilização de instrumentos musicais, a gravação dos dois cantando alguma música do repertório deles para ouvirem juntos e o acompanhamento com instrumentos para harmonizar ainda mais o canto e as canções.

Envelhecimento no Brasil

A pesquisa também mostra a estimativa da população brasileira em desenvolver doenças neurodegenerativas motivadas pelo envelhecimento da população. Na década de 1950, a expectativa de vida era de 51 anos. Já em 2016, o cálculo passou para 75,8 anos. O prognóstico para o ano de 2040 é que os brasileiros vivam, em média, até os 80 anos.

Pesquisadores italianos descobriram uma molécula que bloqueia o desenvolvimento do mal de Alzheimer em seu estágio inicial.

O estudo foi coordenado por Raffaella Scardigli, Antonino Cattaneo e Giovanni Melli, da Fundação Ebri, e teve colaboração do Centro Nacional de Pesquisas (CNR), da Escola Normal Superior de Pisa e do Departamento de Biologia da Universidade de Roma Tre.

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Publicada na revista Cell Death and Differentiation, a pesquisa aponta que o anticorpo A13 estimula o nascimento de neurônios, combatendo os problemas acarretados pelas fases precoces do mal de Alzheimer.

No estudo, ratos foram submetidos a um tratamento com essa molécula e retomaram a produção de neurônios a um nível quase normal, o que, segundo os pesquisadores, abre novas possibilidades para os pacientes.

O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa e hoje incurável que causa a perda progressiva de neurônios nas áreas do cérebro responsáveis pela memória, pela linguagem, pelo raciocínio e pelo reconhecimento.

Da Ansa

Um grupo de pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) conseguiu combater os sintomas do Alzheimer usando um composto canabinoide. Os testes apresentaram bons resultados em ratos em que houve a simulação dos estágios iniciais da doença. Os resultados forma publicados na revista científica Neurotoxicity Research.

Para os experimentos foi usado o composto sintético ACEA (Araquidonil-2'-cloroetilamida) em animais em que receberam no cérebro a droga estreptozotocina (STZ), que provoca uma deficiência no metabolismo dos neurônios. Em seguida, foram aplicados teste da memória nos ratos, com o reconhecimento de objetos.

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São colocados objetos novos no ambiente onde estavam os animais. Os ratos que não estavam sob o efeito da droga exploraram mais os locais com as novidades, enquanto aqueles com Alzheimer mantiveram o mesmo interesse por todo o ambiente. Os testes foram repetidos com o intervalo de uma hora e de um dia, para avaliar memória de curto e longo prazo.

Resultados

A partir daí, os ratos passaram a ser tratados com o ACEA, uma forma sintética de um dos compostos extraídos da maconha. Ele se liga ao receptor CB1, presente especialmente no hipocampo, parte do cérebro relacionada à memória e que é afetada pelo Alzheimer.

Segundo a coordenadora do estudo, professora Andréa Torrão, os resultados da administração do canabinoide foram “bem positivos”. De acordo com a pesquisadora, foi verificada uma “reversão do déficit cognitivo”. Segundo ela, isso significa que o composto foi capaz de impedir a progressão da doença que foi simulada em uma fase inicial.

Andréa disse que o ACEA tem sido usado por diversos grupos de pesquisa no mundo, porém, ainda existem aspectos não investigados, que a equipe do Instituto de Ciências Biomédicas tentou avaliar. “Ele foi bem descrito bem mais recentemente. Mas tinha muitas outras perguntas, lacunas, que a gente queria entender”, enfatizou.

Apesar dos bons resultados, as pesquisas com o canabinoide no instituto foram paralisadas. “Os complexos canabinoides estão muito caros para a gente importar com os cortes de verbas que tem sido feito nos últimos anos”, ressaltou a pesquisadora. Por isso, o grupo tem usado outras substâncias que agem em outros aspectos do Alzheimer.

 

Rafael Vanucci, em entrevista ao jornal Extra, falou sobre o estado de saúde de sua mãe, a cantora Vanusa.

Vanusa está internada desde, pelo menos, o começo de 2019, tratando uma depressão. Ela também já esteve internada para tratar dependência química.

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Agora, Rafael revelou que existe a suspeita de que ela esteja com alzheimer:

Ela continua internada, fazendo tratamento para depressão, e os médicos vão pedir uma bateria de exame, porque há uma suspeita que ela possa estar com Alzheimer. Pode ter algum indício muito pequeno ou não ter, mas a gente está achando que tem.

Ele contou ainda que ela teve alta algumas vezes, mas, pouco tempo depois, voltava a ser internada. A cantora, segundo o filho, está muito debilitada:

Ela está muito debilitada porque emagreceu 30 quilos. Então, todo o tratamento que é feito com ela, é feito muito devagar, com calma, porque ela está bem magrinha, com 72 anos e debilitada. Cada quilo que ela conquista, para a gente é uma vitória. A gente faz o tratamento bem devagar. Não podemos dar remédio na quantidade que o médico queria por conta do pouco peso e da idade avançada.

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