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Um medicamento experimental para combater a doença de Alzheimer chamado solanezumab falhou em um grande ensaio clínico, disse a gigante farmacêutica americana Eli Lilly nesta quarta-feira, enquanto especialistas consideraram os resultados "decepcionantes".

"O solanezumab não cumpriu o objetivo primário no ensaio clínico EXPEDITION 3, um estudo de fase 3 em pessoas com demência leve devido à doença de Alzheimer", disse uma declaração. As pessoas tratadas com o fármaco "não experimentaram uma desaceleração estatisticamente significativa do declínio cognitivo em comparação com os doentes tratados com placebo".

A Eli Lilly disse que vai abandonar as tentativas de obter aprovação regulatória para o solanezumab, um anticorpo injetável, como um tratamento para a demência leve. "Os resultados do ensaio com o solanezumab EXPEDITION 3 não foram o que esperávamos e estamos desapontados pelas milhões de pessoas à espera de um tratamento potencialmente modificador da doença de Alzheimer", disse John Lechleiter, diretor-executivo da empresa.

Em julho, a Eli Lilly disse que os resultados intermediários dos testes com o fármaco eram "promissores". "Depois de notícias positivas no último verão, tínhamos grandes esperanças de que esta droga se tornasse a primeira a retardar a doença de Alzheimer", disse Jeremy Hughes, diretor-executivo da Sociedade de Alzheimer.

"É extremamente decepcionante saber que este fármaco não ofereceu uma mudança significativa para as pessoas que vivem com demência, quando a necessidade é claramente tão grande". David Reynolds, do Instituto de pesquisa britânico Alzheimer's Research, disse que já se passaram quase 15 anos desde que uma droga para a doença de Alzheimer chegou ao mercado.

"Infelizmente, mais de 99% dos ensaios clínicos para novas drogas de Alzheimer falharam desde então", escreveu Reynolds em um post de blog. "Para terem sucesso em ensaios clínicos, novas drogas contra o Alzheimer precisam mostrar benefícios para a memória e o pensamento que superem qualquer efeito de um placebo", acrescentou.

"Infelizmente, até agora nenhuma droga superou este obstáculo, e a solanezumab também ficou aquém". Nenhum dos tratamentos disponíveis no mercado é capaz de estacionar a demência. A Organização Mundial da Saúde diz que 36 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de demência. O número de casos deve chegar a mais de 65 milhões em 2030, e triplicar para 115 milhões em 2050.

Um tratamento experimental contra o mal de Alzheimer se mostrou promissor e livre de efeitos colaterais, anunciaram pesquisadores americanos nesta quarta-feira. A pesquisa, publicada na revista Science Translational Medicine, se baseou em uma pequena amostra de 32 pessoas e deu origem a dois ensaios clínicos mais amplos que estão agora em andamento, com mais de 3.000 indivíduos.

O tratamento utiliza um composto chamado verubecestat, desenvolvido pela gigante farmacêutica Merck, que reduz os níveis das proteínas chamadas beta-amiloides ao bloquear uma enzima conhecida como BACE1. Nas pessoas que têm Alzheimer, as proteínas se agrupam em placas que danificam o cérebro, afetando habilidades cognitivas, especialmente a memória. A enzima desempenha um papel fundamental na produção dessas proteínas.

As 32 pessoas que participaram do primeiro ensaio clínico tinham sido diagnosticadas com Alzheimer leve ou moderado. Laboratórios farmacêuticos estão trabalhando para desenvolver compostos que podem parar ou mesmo reverter a formação destas placas. Até agora, os produtos desenvolvidos para neutralizar a enzima BACEI tinham efeitos colaterais muito tóxicos, como danos no fígado ou neurodegeneração grave.

Mas o verubecestat não apresentou efeitos adversos, disse Matthew Kennedy, do laboratório de pesquisa da Merck, no estado de Nova Jersey. Os pesquisadores descobriram que uma ou duas doses do composto foram suficientes para baixar os níveis de proteína sem causar efeitos colaterais. Os dois ensaios clínicos de Fase III em andamento, que vão avaliar a eficácia do verubecestat, serão concluídos em julho de 2017.

Se os resultados forem bons, o composto poderia ser comercializado como uma pílula em dois ou três anos. O número de pessoas nos Estados Unidos que sofrem de Alzheimer pode ultrapassar 28 milhões em 2050, depois de toda a geração dos 'baby boomers' ter completado mais de 80 anos, de acordo com projeções.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que 36 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem alguma forma de demência, sendo a maioria delas o mal de Alzheimer. A previsão é que esse número dobre até 2030, ultrapassando 65,7 milhões, e triplique em 2050, para 115,4 milhões, se nenhum tratamento efetivo for encontrado nos próximos anos.

Setembro é o mês de conscientização sobre o Alzheimer. A ABRAz-PA (Associação Brasileira de Alzheimer – Regional do Pará) faz um trabalho para uma maior compreensão sobre a doença e neste mês realiza diversas atividades em prol da causa. A associação oferece assistência a familiares de pessoas com doença de Alzheimer há mais de 20 anos no Brasil. No Pará, a Associação foi fundada em 15 de Setembro de 1998 e a partir desta data oferece informações sobre o que é o Alzheimer, causas, sintomas, diagnósticos e tratamento. Isso tudo pode ser encontrado no site http://abraz.org.br/.

O dia 21 de Setembro foi escolhido pela ADI (Alzheimer’s Disease International) como o Dia Mundial do Alzheimer. Essa data é importante para uma sensibilização da população brasileira sobre a doença. Para isso, a ABRAz-PA, juntamente com as 22 regionais em todo Brasil, tem a meta de levar ao público um esclarecimento sobre a doença e, assim, facilitar o diagnóstico. Além de divulgar informações para a sociedade, o objetivo também é contribuir para o constante investimento no tratamento de pacientes e apoio aos familiares-cuidadores, pois a incidência do Alzheimer vem crescendo mundialmente.

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Joana Scerne é diretora da ABRAz-PA e ressalta que a família deve ser a primeira a ser assistida com informações. “Conviver com a demência é difícil e os sintomas podem ser confundidos com ‘problemas da idade’. As pessoas muitas vezes pensam que aqueles sintomas são normais na velhice e não procurarem ajuda médica. É comum o paciente estar bem clinicamente, com exames de rotina considerados normais, mas um olhar atento pode perceber os primeiros sinais da doença de Alzheimer”, diz. “Apesar de a doença ser incurável, o paciente com Alzheimer deve ser tratado. Pode-se desacelerar a evolução e dar ao paciente uma vida com mais qualidade, dentro das limitações”, afirma.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) inclui o Alzheimer como um dos maiores problemas mundiais de saúde. Para que mais pessoas em Belém tenham um conhecimento maior sobre a doença, neste mês foi criada uma programação especial. Confira abaixo. Veja, também abaixo, vídeo produzido pela Abraz nacional.

Programação

14 De Setembro - às 14h30 (Sessão de Cinema- filme "A família Bélier" - Cine Olímpia)

Resenha: Na Família Bélier todos são surdos - exceto Paula, 16 anos. Ela é uma intérprete indispensável no cotidiano de seus pais, ajudando principalmente no funcionamento da fazenda da família. Um dia, impulsionada por seu professor de música que descobriu seu dom para cantar, ela decide se preparar para o concurso da Radio France. Uma escolha de estilo de vida que significaria para ela ficar longe da família e a inevitável transição para a vida adulta.

16 de Setembro - Treinamento funcional para cuidadores, pacientes e profissionais da ILPI Lar da Providência.

Local: Alameda Samuca  Levy, 25, Souza  - 15h

Fisioterapeuta: Flávio Passos

18 de Setembro - Dia Mundial da Doença de Alzheimer

Tema: EU NÃO ESQUEÇO.

Local: Praça Batista Campos  -  Hora: 8:00 ás 12:00h

Participação: SESI; SESPA - Glicemia e Verificação de Pressão; PROCON- PA; CEDPI; CMI; Embeleze; Valdo Cabeleireiro; SEMEC (oficina de Leitura); Grupo Muiraquitã; SEJUDH.

Realização: ABRAZ-Pa Orientação e informação sobre a DA , estimulação cognitiva e  socialização(Ritmos, Fisiotaichi)

21 de Setembro - X ENCONTRO de CAPACITAÇÃO DE CUIDADORES DE IDOSOS DEMENCIADOS

Local Cesupa Alcindo Cacela, 1523 -  Hora:18:00h

Mesa-redonda: Alzheimer: Uma Abordagem Multidisciplinar.

Profissionais: Geriatra; Neuropsicóloga; Fonoaudióloga; Terapeuta Ocupacional; Psicóloga, Fisioterapeuta; Enfermeira.

28 de Setembro -  Projeto 1/4 de Conversa

Tema: Efeitos da Educação Física na Saúde do idoso.

Palestrante: Walquíria Alves.

Local: Edf. Tropical  Center, nº695  Magalhães Barata esquina da 03 de Maio - Térreo.

Hora:16h

Para saber mais sobre o assunto, entre em contato com a ABRAz-PA:

Telefone: 98299-5323 / 98873-9549

Email: para@abraz.org.br

Por Alisson Gouvea, com apoio de Biatriz Mendes.

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Quase 10.000 pessoas a mais morreram em 2014 nos Estados Unidos por causa do Alzheimer em comparação com 2013, um aumento significativo, de 8,1%, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira.

As autoridades mundiais de saúde haviam advertido que os casos de Alzheimer - a forma mais comum de demência - disparariam nos próximos anos com o aumento da população idosa.

Mas permanece o debate sobre se os dados mostram um aumento real nas mortes por Alzheimer ou apenas um registro melhor desta doença como causa de morte. O aumento de 8,1% foi o maior na lista das 10 principais causas de morte nos Estados Unidos, segundo o Centro Nacional de Estatísticas de Saúde.

As mortes por Alzheimer passaram de 84.767 em 2013 a 93.541 em 2014, disse um porta-voz do Centro à AFP. Segundo Marc Gordon, um pesquisador sobre Alzheimer e chefe de Neurologia no Hospital Zucker Hillside de Nova York, os dados são provenientes da informação registrada em certidões de óbito.

"Não está claro se mais gente está morrendo da doença de Alzheimer ou se a doença de Alzheimer é crescentemente reconhecida pelos clínicos como causa de morte", indicou Gordon, que não participa do estudo do Centro de Estatísticas. Também houve um aumento nas taxas de mortes por ferimentos não intencionais (2,8%), suicídios (3,2%) e acidentes vasculares cerebrais (0,8%).

As principais causas de morte, as doenças cardiovasculares, caíram 1,6%, enquanto as mortes por câncer diminuíram 1,2% e por pneumonia e gripe baixaram 5%.

As coisas não vão acabar muito bem para Soraya, personagem de Letícia Spiller, em I Love Paraisópolis, da Globo.

Depois de tanta encrenca que se meteu, a mãe de Benjamin, vivido por Maurício Destri, vai começar a apresentar sintomas comuns em pessoas que sofrem de Alzheimer, assim como sua mãe na novela, dona Izabelita, interpretada por Nicette Bruno.

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Segundo o jornal O Dia, a falta de memória, irritabilidade, depressão e apatia de Soraya vão preocupar Ben, Izabelita e Mari, personagem de Bruna Marquezine, após eles conversarem com a socialite.

- Ela é uma bomba-relógio, prestes a explodir. Não dá pra fingir que não está acontecendo nada. É muito mais do que excentricidade. Ela precisa de ajuda, afirma a personagem de Bruna Marquezine, que pode ter voltado à beijar Ben dentro e fora dos sets da novela.

As micoses - infecções causadas por fungos microscópicos - podem ter uma relação com o mal de Alzheimer: é o que sugere um grupo de pesquisadores espanhóis, alimentando a hipótese de que a doença neurodegenerativa contra a qual ainda não há cura tem origem infecciosa.

"Não existem provas conclusivas, mas se a resposta for sim, o Alzheimer pode ser tratado com remédios antifúngicos", escreveu a equipe de pesquisadores espanhóis em estudo publicado nesta quinta-feira na revista Scientific Reports (do grupo Nature).

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O estudo aparece um mês após um polêmico artigo britânico que despertou medo no grande público e questionamentos da comunidade científica, lançando a hipótese de transmissibilidade da doença.

Comparando tecidos cerebrais recolhidos após a morte de onze pessoas que sofriam com o mal de Alzheimer e outras dez pessoas que não apresentavam a doença, Luis Carrasco, do centro de biologia molecular de Madri e sua equipe, descobriram estruturas assinalando a presença de diferentes tipos de fungos em todos os doentes de Alzheimer sem exceção, mas não entre os não doentes.

Segundo os pesquisadores, foram detectados traços em diferentes partes do cérebro dos doentes, incluindo nos vasos sanguíneos, o que poderia explicar as patologias vasculares frequentemente observadas nos pacientes de Alzheimer.

"Coletivamente, nossos trabalhos fornecem provas irrefutáveis da presença de micoses no sistema nervoso central dos pacientes de Alzheimer", afirmam no artigo, estimando que a descoberta relança a hipótese de uma origem infecciosa para a doença.

Os fungos podem explicar porque a doença avança lentamente e por que os pacientes apresentam inflamações crônicas e uma ativação do sistema imunológico.

Mas eles não excluem a possibilidade de que os doentes de Alzheimer possam, por diversas razões (modificações na higiene ou alimentação, sistema imunológico menos performático), ser mais sensíveis às micoses.

- 'Possível, mas a confirmar' -

"É um estudo interessante e totalmente possível, mas que deve ser confirmado por uma outra equipe", destacou Christophe Tzourio, neurologista e diretor da unidade de pesquisa em neuroepidemiologia do Inserm/Universidade de Bordeaux.

A hipótese de uma infecção que poderia estar na origem do Alzheimer não é nova. Pesquisadores levantaram a hipótese de que o vírus da herpes ou a 'Chlamydophila pneumoniae', parasita na origem de infecções respiratórias graves, poddam desempenhas um papel na doença degenerativa - teoria que não foi confirmada depois, lembra Tzourio.

"Não sabemos se as micoses ocorreram antes ou após a aparição do Alzheimer", aponta por sua vez Laura Phipps, do centro britânico de pesquisa sobre o Alzheimer.

O mal de Alzheimer afeta principalmente as pessoas idosas. A doença leva a uma deterioração das capacidades cognitivas e consequente perda de autonomia. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 47,5 milhões de pessoas sofrem de demência no mundo, das quais 60 a 70% provocadas pelo Alzheimer.

A maioria dos especialistas concorda que trata-se de uma doença complexa e que é necessária geralmente "uma conjunção de fatores" para que alguém desenvolva as lesões específicas que são o desenvolvimento de placas amiloides e o acúmulo de proteínas Tau anormais no interior dos neurônios.

Entre os fatores de risco conhecidos estão, além da idade, a hipertensão arterial, a obesidade, o tabagismo ou o sedentarismo, assim como predisposições genéticas. As pesquisas aumentaram nos últimos anos para compreender melhor a doença e sobretudo descobrir um tratamento curativo.

Em artigo publicado pela Nature no mês passado, o especialista britânico em doenças neurodegenerativas John Collinge lançou a hipótese de uma outra forma de transmissão após ter encontrado na autópsia de dois doentes mortos pela doença de Creutzfeldt-Jakob um dos dois sinais do Alzheimer: as placas amiloides.

Como forma de conscientização à doença neurodegenerativa que provoca diminuição das funções cognitivas, o Alzheimer, esta segunda-feira (21) marca o dia mundial da doença que acomete, normalmente, pessoas com mais de 60 anos, fato que dificulta o diagnóstico precoce. 

A doença que atinge 1,2 milhão de pessoas no Brasil, chega ao número de 35,6 milhões no mundo, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) ainda não teve sua causa identificada, no entanto possui sintomas marcantes como é o caso dos esquecimentos, principalmente, de fatos recentes, indício do início da doença e motivo pelo qual pode ser confundido com processo natural do envelhecimento. Esta confusão pode retardar a investigação do Alzheimer.  

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O diagnóstico precoce é de extrema importância, pois possui três estágios: inicial, intermediário e avançado. A doença acomete, normalmente, em pessoas acima dos 60 anos, no entanto, após os 65 anos, o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos. De acordo com Carolina Cunha, chefe da Neurologia do Hospital Esperança Recife, uma avaliação clínica, investigando, também, o histórico do paciente, além da realização de exames para a exclusão de outras doenças, é necessária para que o Alzheimer seja identificado. Quanto mais rápido ela for identificada, maiores as chances de que os sintomas – como a perda da orientação, atenção, autonomia e linguagem - sejam controlados e o avanço da doença seja retardado.  

Segundo a neurologista, esses pacientes precisam de bastante compreensão por parte da família, visto que a doença para a doença não há cura e tem evolução, por isso, ela alerta que sejam tomados cuidados com alimentação, higiene e segurança. Os idosos que possuem Alzheimer tornam-se muito dependentes, têm mudanças de repentinas de humor e esquecem de como se realizam atividades primárias, por isso, a atenção com essas pessoas deve ser redobrada, além de que é preciso se dispor a dar carinho e atenção a esses doentes. 

Um novo estudo sugere que fragmentos de uma proteína encontrada no cérebro de indivíduos com a doença de Alzheimer podem ser transmitidos para outras pessoas a partir de contaminação por certos procedimentos médicos ou cirúrgicos.

A hipótese de que o Alzheimer poderia ser transmissível foi levantada com base em uma pesquisa feita em corpos de pacientes mortos com a doença de Creutzfeldt Jakob (DCJ), popularmente conhecida como "doença da vaca louca". O estudo foi publicado nesta quarta-feira, 9, na revista científica Nature.

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Segundo os autores, a pesquisa não traz nenhuma evidência de que o Alzheimer possa ser contagioso, mas o estudo do cérebro de oito pacientes mortos com DCJ sugere que "sementes" da proteína beta amiloide podem ser transmitidos por procedimentos médicos. Essas proteínas, típicas da doença de Alzheimer, formam placas entre as células do cérebro, impedindo que elas se comuniquem entre si - um marco da doença.

Os oito pacientes cujos cérebros foram estudados desenvolveram a DCJ depois de receberem injeções de hormônio do crescimento obtidas a partir de cadáveres entre 1958 e 1985, quando essa técnica de obtenção do hormônio foi banida. Além dos agentes infecciosos da DCJ, os cientistas encontraram também, em quatro dos cérebros, níveis consideravelmente altos da proteína beta amiloide, sugerindo que as "sementes" do Alzheimer teriam sido adquiridas durante o procedimento cirúrgico.

Os autores, no entanto, destacam que não há motivos para temor, já que o contágio é ainda apenas uma hipótese. "Nosso estudo está especificamente relacionado às injeções de hormônios do crescimento derivadas de cadáveres, um tratamento que não existe mais há anos. É possível que a descoberta possa se aplicar também a outros procedimentos médicos ou cirúrgicos, mas para avaliar esse risco será preciso fazer mais pesquisas", disse o líder do estudo, John Collinge, da College University London (Reino Unido).

Owen Wilson anda passando por uma fase nada fácil em sua vida. Em uma entrevista aoDallas Morning News, o ator contou como está sendo seu dia a dia desde que seu pai, o executivo Robert A. Wilson, foi diagnosticado com alzheimer.

- Você tem que dar o seu melhor para lidar com isso. Você não tem opção a não ser aceitar. E então, você tem que olhar para as coisas boas. Ele está em casa, está sendo cuidado, e tem pessoas ao redor dele que o amam, contou o ator.

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No bate-papo, Wilson também disse que não conseguia se imaginar cuidando do pai, mas, no final, a prática acabou mostrando o contrário.

- É uma daquelas coisas que, se alguém me dissesse há dez anos, quando o meu pai estava fazendo piadas por aí, jogando jogos, que esse era o ponto que ele chegaria, em que ele basicamente tem que passar 24 horas sob cuidados, você poderia pensar: meu Deus, eu nunca vou dar conta disso. É impossível. Mas acontece. Essas coisas acontecem na vida, refletiu Owen.

A empresa farmacêutica Eli Lilly divulgou os primeiros resultados de testes clínicos com uma nova droga, chamada solanezumab, que pode reduzir a taxa de progressão da doença de Alzheimer em um terço. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 22, pela empresa na Conferência da Associação Internacional de Alzheimer, em Washington, nos Estados Unidos. Em 2016, a empresa deverá realizará novos testes clínicos que poderão indicar evidências definitivas sobre o funcionamento da nova droga. Hoje ainda não existem medicamentos capazes de deter a morte de neurônios causada pelo Alzheimer, mas o solanezumab poderá manter essas células vivas, segundo os cientistas da empresa.

Segundo os cientistas da Eli Lilly, os medicamentos atuais usados contra o Alzheimer atuam apenas sobre os sintomas da demência, auxiliando o funcionamento das células que estão morrendo. Mas o solanezumab ataca as proteínas deformadas conhecidas como amiolóides, que se acumulam no cérebro quando a doença ocorre. Os cientistas acreditam que a formação de placas pegajosas de amiolóide entre os neurônios podem causar danos e eventualmente matar as células nervosas.

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De acordo com o diretor dos Laboratórios de Pesquisa Lilly, Eric Siemers, os testes deram pistas de que a droga funciona para pacientes em estágios iniciais de Alzheimer, reduzindo a progressão da doença em 34%. "É mais uma prova de que o solanezumab tem um efeito na patologia subjacente da doença. Acreditamos que há uma chance de que o solanezumab será a primeira medicação disponível que modifica a doença", acrescentou.

Ao longo do tempo, diversas empresas desenvolveram ensaios com drogas que pareciam inicialmente promissoras, mas que falharam ao tentar uma redução significativa da deterioração da memória e de outras tarefas cognitivas comprometidas em pacientes com a doença. Caso seja aprovada em testes clínicos futuros, a droga da Eli Lilly poderá ser a primeira a reduzir a progressão do Alzheimer. Mas a droga já fracassou em todos os estudos anteriores.

Dois amplos testes clínicos realizados em 2012 falharam e não foi possível demonstrar diferenças entre a ação da droga e a de um placebo. Os cientistas da empresa, no entanto, mantiveram as esperanças, porque o solanezumab supostamente freou o declínio cognitivo em pacientes com uma forma atenuada da doença. A empresa decidiu reiniciar novos testes clínicos em 2013, com previsão para conclusão no fim de 2016.

A Samsung e a Associação Tunisiana de Alzheimer fecharam uma parceria para criar um aplicativo que tem como objetivo dar mais autonomia para as pessoas que sofrem com a doença neurodegenerativa.

A novidade trata-se do Backup Memory, aplicativo que fornece informações sobre familiares e pessoas próximas através de notificações com fotos, vídeos legendados e outros dados vitais para reavivar a memória do indivíduo com a doença.

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O Backup Memory cria perfis sobre as pessoas próximas de quem possui o Mal de Alzheimer. Quando um usuário do aplicativo vai ao encontro da pessoa com a doença, que também possui a ferramenta no smartphone, o app envia uma notificação com informações para que o paciente reconheça-o.

O projeto está em fase de desenvolvimento e envolve testes com pacientes, geriatras e desenvolvedores de software. Inicialmente, o Backup Memory será lançado para dispositivos compatíveis com o sistema operacional Android.

Confira o funcionamento do Backup Memory:


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Quem for assistir à peça Let Me Stay (Deixe-me Ficar) de Julie McNamara achando que se trata de uma aula científica sobre o Alzheimer se engana bastante. O espetáculo é muito mais do que uma mera definição fisiológica, chega a ser uma obra sobre as relações humanas. No Recife, a montagem íntegra a programação do 21º Janeiro de Grandes Espetáculos e terá uma nova exibição neste domingo (25), no Teatro Apolo, Bairro do Recife. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

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O espetáculo traz uma abordagem diferente e sutil sobre os efeitos causados pelo Alzheimer. A britânica Julie McNamara propõe aos espectadores um monólogo, em que ela conta momentos de sua vida e de sua mãe (Shirley), que foi diagnosticada com Alzheimer.

É uma obra delicada e sensível, que une momentos cômicos mesclados ao fato ter que lidar com a doença diariamente. Ao longo do espetáculo Julie vai deixando o espectador mais a vontade e demonstrando que um dos segredos da vida é saber driblar as diferenças.

A britânica registrou as histórias, imagens, vídeos e canções de sua mãe, Shirley, filmando-a e fotografando-a em toda a sua glória durante muitos anos. A obra envolve e emociona, é uma carta de amor narrada em primeira pessoa, em que Julie interpreta todos os personagens da peça.

No desenrolar do espetáculo, a britânica vai contando todas as aventuras que a mãe passou e os delírios de amor por estranhos que ela tinha. É um monólogo de amor. Uma relação de afeto e respeito com o diferente. Na peça, Julie trabalha a ideia de que é possível admirar e entender que não há respostas ou lógica para tudo nessa vida. Certas situações têm de ser vividas, não importa se há sentido. 

Julie conta muitas situações em que Shirley se envolveu, desde abraçar estranhos na rua, não saber sobre o que está falando, esquece dos filhos, é como perder a noção do existencial. No início da peça, ela mostra que demorou a entender que a sua mãe tinha se tornado 'aquilo', a sua mãe 'deslumbrante', relata.

O Alzheimer é uma doença que afeta o cérebro e causa perda progressiva de memória. Com isso, Shirley ia se esquecendo de coisas que o ser humano tanto faz questão. Nomenclaturas, números e tudo que for codificado. Mas o amor, o afeto e o carinho pelas pessoas, Julie conta que sua mãe jamais esqueceu. 

O espetáculo conta com recursos de audiodescrição, da VouVer Acessibilidade, e legendagem, da Casarine Produções. Julie McNamara também oferecerá a oficina Direto da Fonte: Narrativa Teatral Através das Histórias de Nossos Mais Velhos, no Recife dia 25 de janeiro. 

Novas e promissoras perspectivas no tratamento da doença de Alzheimer foram apresentadas nesta quarta-feira (12) durante o Primeiro Encontro sobre Envelhecimento e Doenças Neurodegenerativas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Pesquisa de laboratório descobriu um composto orgânico capaz de evitar o acúmulo de metais fisiológicos no cérebro, o que pode ajudar a retardar a progressão da doença.

A pesquisa é fruto de parceria entre o Departamento de Química do Centro Técnico Científico da PUC-Rio e o Instituto de Biologia Molecular e Celular de Rosario, na Argentina.

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Um dos coordenadores da pesquisa, Nicolás A. Rey, explicou que os testes experimentais comprovaram que o composto hidrazona mostrou-se eficaz no sequestro dos biometais zinco, cobre e ferro da beta-amiloide, proteína encontrada em grande quantidade nos pacientes com Alzheimer. "Os metais que se acumulam na beta-amiloide produzem radicais-livres, que atacam os próprios neurônios", explicou ele.

Os pequenos agrupamentos de beta-amiloide podem bloquear a sinalização entre as células nas sinapses, que é o primeiro passo para a série de eventos que leva à perda de neurônios e aos sintomas da doença. Nicolás disse que "o hidrazona tem boa absorção no cérebro, não é tóxico, e seu processo [de produção] é ambientalmente correto e de baixo custo".

Após testes preliminares em animais, a reação do grupo de controle foi muito positiva, segundo o cientista, sem mortes ou doenças entre os ratos que receberam enormes doses da substância. Os testes devem durar mais um ano e meio, e nesse período a equipe vai buscar parceiros para a fase de testes farmacológicos na busca por drogas anti-Alzheimer.

Uma considerável redução de peso na idade adulta pode ajudar a prevenir o Alzheimer na velhice, de acordo com uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) com mulheres submetidas à cirurgia bariátrica.

Trabalhos anteriores indicam que pessoas obesas têm 35% mais riscos de desenvolver a doença degenerativa. O novo estudo provou que a perda de peso, ocasionada pela cirurgia, pode reverter um excesso de atividade cerebral associada à obesidade, melhorando as funções cognitivas. Em tese, essa modificação cerebral pode reduzir o risco de Alzheimer.

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O trabalho foi publicado ontem, na revista Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Segundo uma das autoras, Cintia Cercato, do Hospital das Clínicas da USP, o estudo foi o primeiro a avaliar a atividade cerebral em mulheres antes e depois de uma cirurgia bariátrica. "Mostramos que o cérebro é mais um órgão que se beneficia com a perda de peso induzida pela cirurgia", disse Cercato.

De acordo com a cientista, vários estudos já apontavam a obesidade como fator de risco do Alzheimer. Segundo ela, os obesos têm resistência à produção de hormônios como a leptina e a insulina, que são também importantes para a proteção dos neurônios. "O objetivo era saber se o cérebro do obeso sofria modificações em relação ao de não obesos e se essas alterações se reverteriam com a perda de peso", disse Cíntia.

Usando uma série de testes neuropsicológicos e tomografias com emissão de pósitrons - um dos principais exames para detecção de Alzheimer- os pesquisadores examinaram as funções cerebrais de 17 mulheres com obesidade mórbida antes da cirurgia bariátrica e 24 semana depois da intervenção.

"Antes da cirurgia, encontramos algumas áreas do cérebro das pacientes que tinham taxas de atividade metabólica mais altas que as das mulheres com peso normal", disse a pesquisadora. O aumento da atividade cerebral ligado à obesidade ocorre no cíngulo posterior - a primeira área do cérebro que é comprometida quando se manifesta o Alzheimer, segundo ela.

Novo cenário

Depois da cirurgia, a atividade cerebral das pacientes passou a ser idêntica à de uma pessoa que nunca foi obesa, segundo Cintia. "Nossa hipótese é que o aumento do metabolismo cerebral nas pessoas obesas é deletério para os neurônios, prejudicando as sinapses, a memória e a atenção."

O estudo mostrou que o cérebro das mulheres obesas, antes da cirurgia, aumentava seu metabolismo, mas não melhorava as funções cognitivas. Segundo a pesquisa, esse é um indício de que a obesidade pode forçar o cérebro a trabalhar mais do que o normal para obter o mesmo grau de cognição.

Depois da redução de peso, segundo Cintia, as pacientes melhoraram também a função executiva, que é a capacidade de tomar decisões. "Melhorar essa função pode ajudar a paciente a mudar seus hábitos, o que é essencial na luta para manter o peso após a cirurgia", afirmou.

Um componente medicinal descoberto por pesquisadores americanos e testado em camundongos mostrou-se capaz de reverter perdas de funções cognitivas causadas pelo Alzheimer, revela um estudo publicado nesta terça-feira (5) no periódico científico PLoS Biology.

Cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Yale, uma das mais renomadas dos Estados Unidos, verificaram que o componente batizado de TC-2153 inibiu os efeitos negativos de uma proteína que regula as funções de aprendizado e memória, revertendo, assim, deficiências provocadas pela doença.

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Segundo o estudo, altos níveis da proteína chamada Step no cérebro podem anular a ação de outras substâncias essenciais para o bom funcionamento do órgão. Diante disso, os cientistas estudaram por cinco anos milhares de moléculas até chegar a uma que pudesse inibir os efeitos da proteína Step.

De acordo com os pesquisadores, uma única dose do composto TC-2153 melhorou a função cognitiva dos animais. Em várias tarefas propostas, a performance dos camundongos com problemas cognitivos foi igual a do grupo de animais saudáveis. Agora, os pesquisadores estão testando o composto em outros animais, como macacos, e caso o bom resultado se repita, a droga poderá ser testada para melhorar as funções cognitivas em humanos.

Embrionário

Para Cícero Galli Coimbra, professor de neurologia e neurociências da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ainda é cedo para associar os resultados do estudo a um possível remédio contra o Alzheimer. "Muitas drogas que foram bem-sucedidas em estudos com camundongos fracassaram em humanos. Além disso, a causa da doença é multifatorial, não é só genético e biológico, está relacionado com fatores emocionais também", disse. "Por isso, não se pode pensar que uma pílula será a solução de todo o problema."

O neurologista João Pereira Leite, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP), destaca a importância desse tipo de estudo, mesmo que sua aplicação clínica ainda esteja distante. "A doença de Alzheimer tem sido intensamente investigada, com o uso de modelos animais. Cada um desses estudos traz contribuições importantes para o futuro desenvolvimento de tratamentos e fármacos", disse.

Na próxima sexta-feira (25) o auditório Luiz Alves Lacerda, no Cabo de Santo Agostinho, receberá a primeira apresentação do espetáculo teatral Um minuto pra dizer que te amo, da Trupe Cara & Coragem. A sessão terá início às 20h e os ingressos estão à venda no local por R$ 10. 

Com direção de Jailson Vidigal, texto de Luiz Navarro e direção musical de Nice Albano e Zé Caetano, a montagem conta a história de Lúcio e seu pai portador de Alzheimer. Os dois embarcam numa aventura lúdica em busca das melhores lembranças e se deparam com conflitos e a certeza de que só um amor incondicional é capaz de transformar todas as adversidades.

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Serviço

Um minuto pra dizer que te amo, da Trupe Casa & Coragem

Sexta (25) | 20h

Auditório Luiz Alves Lacerda (Cabo de Santo Agostinho)

R$ 10

(81) 3521 6655

O Mal de Alzheimer poderá ser, a partir de agora, diagnosticado de forma precoce e confiável, graças a novos marcadores biológicos, segundo um estudo feito por um grupo internacional de neurologistas.

"A partir de agora será possível, graças a este novo método, fazer um diagnóstico mais seguro e precoce", declarou o professor de Neurologia e pesquisador francês Bruno Dubois, que coordenou o estudo publicado na revista britânica The Lancet Neurology.

Após nove anos de trabalho, os cientistas definiram e validaram novos critérios para diagnosticar esta doença neurodegenerativa em plena expansão. O Alzheimer afeta 40 milhões de pessoas no mundo e previsões indicam que em 2050 o número de doentes terá triplicado.

A doença começa geralmente com transtornos de memória, seguidos de problemas de orientação espacial e temporal, transtornos de comportamento e perda de autonomia. Mas esses sintomas não são específicos do Alzheimer apenas e a doença "não podia ser diagnosticada até agora de forma segura em um estágio precoce", explicou o professor Dubois.

Era necessário, geralmente, esperar que a doença evoluísse para a demência ou que o doente morresse para poder examinar as lesões que ele tinha no cérebro. Após analisar os estudos publicados sobre o tema, os cientistas chegaram a um consenso de diagnóstico do Alzheimer, com dois perfis clínicos específicos.

Os casos típicos (80% a 85% dos casos) se caracterizam por problemas de memória episódica de longo prazo (lembrança voluntária de fatos), enquanto nos casos atípicos (15% a 20% dos casos) são encontrados transtornos da memória verbal ou de comportamento.

Cada um desses perfis, segundo os cientistas, deve ser confirmado por pelo menos um marcador biológico. Trata-se de uma punção lombar que mostra o nível anormal de proteínas cerebrais no líquido cefalorraquidiano ou de uma tomografia por emissão de pósitrons (TEP) do cérebro, um exame de imagem que permite visualizar a atividade dos tecidos.

Embora por enquanto não haja tratamento eficaz contra o Alzheimer, a detecção confiável e precoce deve facilitar a pesquisa, afirmou Dubois. Esses trabalhos permitiriam aos pesquisadores se dar conta de que muitos diagnósticos estabelecidos segundo os antigos critérios estavam errados, entre eles 36% dos falsos doentes de Alzheimer incluídos em um teste terapêutico anterior.

Fora da pesquisa, o uso de marcadores biológicos se limita atualmente a pacientes jovens ou a casos difíceis, pois a técnica é cara e invasiva.

Compartilhar a dor não é sofrê-la no coletivo, é livrar quem dela sofre. Foi com esse lema que o estudante Fernando Aguzzoli decidiu dividir com milhares de seguidores a experiência de virar o pai da própria avó e fazer dessa relação um exemplo de como lidar de forma leve com o Alzheimer.

Em janeiro de 2013, aos 21 anos, o jovem de Porto Alegre decidiu largar a faculdade de filosofia e o emprego para passar 24 horas ao lado da avó, diagnosticada com Alzheimer cinco anos antes. Aos 79 anos, Nilva Aguzzoli, ou a Vovó Nilva, como ficou conhecida nas redes sociais, passou a ter o neto como cuidador em tempo integral.

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"Desde o início da doença, eu e meus pais sempre cuidamos, mas, em 2013, quando percebi que ela estava chegando a um estágio mais avançado da doença, pensei que, em breve, ela poderia nem nos reconhecer mais, e decidi que queria ficar direto com ela. A partir daí, tomei a decisão de levar tudo na esportiva", conta Fernando.

Em setembro, o jovem teve a ideia de criar uma página no Facebook onde passou a relatar de forma bem-humorada histórias do cotidiano de uma família com um membro com Alzheimer. "Sempre busquei informação sobre a doença e tudo o que eu encontrava era deprimente", conta. Nas postagens, os esquecimentos da Vovó Nilva viravam motivo de risada.

"Foi superpositivo para mim, para ela e para os meus pais. A realidade dela era completamente diferente, mas era muito bonita. As coisas eram lindas, as pessoas não morreram. Quem sou eu para tirar isso dela?", diz.

E era com bom humor que Fernando enfrentava os desafios diários. "Quando ela teve de usar fralda pela primeira vez, ficou incomodada. Então, eu coloquei uma fralda em mim e rimos juntos", conta.

A história acabou atraindo a curiosidade de internautas e a admiração de familiares de pacientes com Alzheimer.

Com o sucesso, Fernando e a avó passaram a escrever um livro que, além de contar as histórias engraçadas, terá dicas de como a família pode lidar com diversas situações vividas por um paciente com a doença. A iniciativa atraiu a atenção de médicos do Rio Grande do Sul, que participam da publicação com orientações técnicas. O livro deve ser lançado em setembro.

Vovó Nilva acabou morrendo em dezembro, por complicações de uma infecção urinária. Apesar da frustração, Fernando decidiu manter a página na internet, que hoje já tem 15 mil seguidores. "Mantive por consideração às pessoas que me deram apoio, pela escassez de informações sobre a doença e, principalmente, porque é uma forma de deixar a minha avó viva."

Benefício

Posturas como a de Fernando podem até ajudar a adiar a evolução da doença, segundo Cícero Gallo Coimbra, professor de Neurologia e Neurociências da Unifesp. "Na maioria dos casos, a atitude da família é cobrar e repreender o parente nos episódios de esquecimento. Essa cobrança leva ao pânico e ao estresse, que bloqueiam a produção de novos neurônios e pioram um quadro de demência", explica o especialista. "A maioria das famílias deixa o parente com Alzheimer no ostracismo, e o que ele mais precisa é de acolhimento afetivo."

E essa foi a missão de Fernando. "Quando eu e minha mãe decidimos levar a vó para realizar o sonho dela, que era conhecer as Cataratas do Iguaçu, muitos perguntavam por que íamos gastar dinheiro com a viagem se, dez minutos depois, ela não lembraria do passeio. Mas, para nós, não importava se ela lembraria, importava a felicidade que ela teria naquele momento."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um importante passo pode ter sido na busca da cura do mal de Alzheimer. Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, descobriram que uma proteína produzida pelo corpo humano pode auxiliar no tratamento da enfermidade. A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (20), pelo Huffington Post

Denominada “Rest”, a proteína se desenvolve durante o desenvolvimento fetal e protege os neurônios do envelhecimento. Nas pessoas com Alzheimer, a proteína não se manifesta e fica inativa. Segundo o professor da Harvard Medical School, Bruce Yanker, o estudo visa explicar como a enfermidade evolui e como pode ser freada. Se for comprovada, a pesquisa pode abrir um leque de possibilidades para o tratamento do Alzheimer. 

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“Se pudermos reativar essa proteína através de medicamentos, há a possibilidade de intervir na doença muito cedo, retardando o aparecimento da enfermidade por alguns anos, o que pode ter um impacto significativo”, disse Yanker, líder do estudo. De acordo com o cientista, cerca de cinco milhões de norte-americanos vivem atualmente com a doença. No Brasil, aproximadamente 1,2 milhões de cidadãos têm o mal. 

O estudo busca reforçar outro olhar sobre as doenças neurodegenerativas. Ao invés de focar nas degradações causadas pela doença, os pesquisadores examinam a capacidade de o cérebro proteger-se, ao longo do tempo, dos pontos problemáticos do Alzheimer. 

Com informações do Huffington Post

Um novo teste sanguíneo pode detectar com 90% de precisão se uma pessoa desenvolverá Alzheimer ou deficiências cognitivas leves nos próximos três anos, segundo estudo publicado na última edição da revista científica Nature Medicine. A pesquisa, realizada na Universidade de Georgetown, nos EUA, detectou que alterações no sangue podem indicar que o paciente tem Alzheimer em estágio bem inicial.

Os pesquisadores examinaram 525 pessoas saudáveis com mais 70 anos por cinco anos e identificaram dez fosfolípidos (componentes da membrana celular) que poderiam apontar se os pacientes desenvolveriam a doença. Eles perceberam que as pessoas que tiveram Alzheimer ou deficiências cognitivas leves tinham níveis mais baixos dos dez fosfolípidos. Esta é a primeira pesquisa científica que mostra diferenças nos biomarcadores de sangue entre pessoas que terão Alzheimer nos próximos anos e aquelas que não terão a doença.

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