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O contato das mãos com a terra, a atenção e delicadeza ao plantar mudas e o cuidado de passar pelos canteiros da horta se tornaram parte da rotina das manhãs de crianças e adolescentes do Centro de Serviço Educacional do Pará (Cesep) por meio do projeto "Jardim Sensorial", da aluna Gisele Cerejo, que cursa Arquitetura e Urbanismo na Universidade da Amazônia (Unama). A iniciativa busca incentivar a convivência de crianças com a natureza e faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da universitária.

O jardim foi construído durante o mês de julho, e atualmente já se encontra disponível para todos os alunos do colégio Cesep, com o foco em crianças do ensino infantil. “Eu falei com a minha orientadora sobre o projeto, ela me incentivou, abraçou a ideia e a gente decidiu fazer o espaço. O mês de julho foi muito trabalhoso, ela me ajudou muito na execução. O jardim sensorial vem como um aprendizado, um gancho do meio ambiente para as crianças, porque é delas que vai sair a nova linguagem do meio ambiente para o futuro”, revela Gisele Cerejo.

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O jardim sensorial é composto por fontes de água, horta orgânica e arborização onde crianças podem experimentar e aguçar os cinco sentidos do corpo pela natureza. “A gente apresenta o meio ambiente através de uma atividade lúdica, é muito importante porque hoje em dia as crianças não têm mais espaços como antigamente, como quintais e praças para brincar, cultivar a terra e ter a natureza perto de si. O pátio da escola é um lugar para colocar essas crianças em contato com a natureza”, explica Gisele. 

Durante os passeios e visitas ao jardim, os alunos são estimulados através dos cinco sentidos do corpo. As crianças têm a oportunidade de cuidar, plantar e respirar a natureza dentro do jardim. “A intenção é despertar e aguçar os cinco sentidos, a visão através das cores, o tato através do toque e texturas de diversas plantas e terra, o olfato para despertar o cheiro das diferentes plantas e ervas, e a audição através dos sons de repuxos de água e pássaros”, explica a professora do curso de Arquitetura e Urbanismo e orientadora do projeto, Marcela Marçal. “É importante também porque o jardim tem a função terapêutica e inclusiva. Crianças especiais podem ter acesso facilmente”, completa.

O coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade da Amazônia (Unama) enfatiza a importância de projetos como o jardim sensorial para expandir um dos ramos da profissão, que é o paisagismo. “A gente tem bastantes profissionais no mercado atualmente, então cada vez mais as especialidades ficam mais latentes. O jardim sensorial é um dos ramos da arquitetura que a gente pode trabalhar, até porque a gente tem dentro da nossa matriz curricular o projeto de paisagismo”, enfatiza Fernando.

Por Ariela Motizuki.

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O plenário do Senado aprovou, na terça-feira (23), a Medida Provisória (MP) 756, que altera os limites da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, no município de Novo Progresso, no Pará, desmembrando parte de sua área para a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) do Jamanxim. Apesar de também ser uma unidade de conservação, a APA tem critérios de uso mais flexíveis. Este é o primeiro projeto aprovado pelo Senado após a crise política desencadeada pela delação dos empresários Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS.

Os senadores mantiveram o texto aprovado pelos deputados, que reduziu a área da Flona de 1,3 milhão de hectares para 813 mil hectares. O senador João Capiberibe (PSB-AP) criticou a proposta, que segue agora para sanção presidencial, e afirmou que as mudanças contrariam compromissos internacionais sobre clima e biodiversidade assumidos pelo Brasil. “A medida provisória, que altera drasticamente unidades de conservação, coloca em xeque nossos compromissos internacionais. É verdade que lá há um conflito agrário, sabemos disso. Tem famílias que estão lá desde antes da criação da reserva. Isso aconteceu no Brasil todo. Lá no meu estado [Amapá], estamos discutindo a criação do Parque do Tumucumaque, que é a maior unidade de conservação do país”, disse Capiberibe.

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Uma das principais diferenças entre uma floresta nacional e uma área de proteção ambiental é que a primeira permite apenas a presença de populações tradicionais, sendo que as áreas particulares incluídas no seu limite devem ser desapropriadas. Já a APA admite maior grau de ocupação humana e existência de área privada. A alteração na área da Flona do Jamanxim visa principalmente atender ao projeto de construção da ferrovia Ferrogrão, que liga Sinop, em Mato Grosso, ao Porto de Miritituba, no Pará.

Informações da Agência Brasil.

Foram divulgadas as datas de defeso de caranguejos no Estado do Pará, para 2017. A suspensão das atividades, decretada no último dia 12 de janeiro, proíbe a pesca e a coleta destes animais, além do transporte do crustáceo em toda a extensão do Estado.

O período de defeso ocorre em face da vulnerabilidade dos animais na época que corresponde ao crescimento, reprodução e troca de cartilagem. O defeso é útil para a sustentabilidade dos estoques pesqueiros, preservação e renovação das espécies.

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Nessa época do ano, o crustáceo faz acasalamento e desova, tornando-se alvo fácil dos catadores. O defeso é essencial para a espécie devido ao tempo de reprodução e tem grande importância na prevenção de danos ao ecossistema Manguezal.

A proibição inclui o animal inteiro ou em partes isoladas, de qualquer origem. A fiscalização feita pela equipe técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) teve início no dia 13 de janeiro e se encerra em abril de 2017.

As datas de fiscalização estão divididas em períodos. O primeiro período vai de 13 a 18 de janeiro e 28 de janeiro a 2 de fevereiro. O segundo, 11 a 16 de fevereiro e 27 de fevereiro a 4 de março. O terceiro e último período de fiscalização vai de 13 a 17 de março e 28 de março a 2 de abril.

Por Geovana Mourão (com informações da Ascom/Semas).


 

 

 

A Universidade da Amazônia (Unama) promoveu na última sexta-feira (18) o 1º Seminário de Pesquisa e Extensão. O evento teve como tema "A responsabilidade social e ambiental em debate". A programação foi realizada no campus Unama Alcindo Cacela, em Belém. O seminário reuniu coordenadores e bolsistas dos projetos de extensão da Unama. Durante o evento todos os projetos de extensão aprovados recentemente foram apresentados. Ao todo, a instituição possui 11 grupos de pesquisa e extensão.

No pronunciamento de abertura, Maria Betânia Fidalgo, vice-reitora da Unama, falou sobre a contribuição da pesquisa e extensão para a instituição e toda a comunidade acadêmica. "A extensão universitária é o fortalecimento do processo de aprendizagem. A extensão fortalece o conhecimento por meio das pesquisas dos nossos professores com a colaboração dos nossos alunos, e possibilita a aplicabilidade dos conhecimentos que todos nós desenvolvemos no cotidiano, seja ele no processo de ensino-aprendizagem ou nos projetos de pesquisa", afirmou.

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Em entrevista ao LeiaJá, Ana Maria Vasconcellos, coordenadora de Pesquisa e Extensão da Unama, informou que a instituição tem como responsabilidade desenvolver seus projetos e levar para a sociedade. "Uma universidade como a Unama tem o papel de desenvolver seus conteúdos e também desenvolver pesquisa e extensão e levar isso para a sociedade de modo geral. Os projetos que a Unama desenvolve também são uma oportunidade única para professores e alunos porque eles têm a oportunidade de praticar os conteúdos ministrados em sala", contou.

De acordo com Everton Wanzeler, acadêmico do curso de Enfermagem e bolsista de um dos projetos de pesquisa e extensão, participar desse tipo de atividade é importante para o crescimento profissional. "Acredito que participando dos projetos podemos crescer profissionalmente e temos a oportunidade de aprender a ser um pesquisador e a estar junto da comunidade, isso com certeza vai fazer um diferencial na carreira profissional", disse o estudante.   

Confira a lista de projetos aprovados:

1 - Sustentabilidade, artesanato e moda: têxteis, visualidades e inovação na Amazônia

2 - Planejamento e estratégia de gestão para espaços públicos educacionais do Estado do Pará

3 - Tecnologias sociais com famílias: o CRAS como cenário de investigação

4 - Plantão psicológico e contemporaneidade: elaboração interventiva em contexto de clínica ampliada 

5 - Comunidades saudáveis: vivência profissional da práxis através de metodologias ativas como estratégia para intervenção de saúde social

6 - Sustentabilidade em foco: a universidade nas ilhas ribeirinhas

7 - Grupo vivências e vida em sociedade: uma intervenção interdisciplinar

8 - Serviço de orientação à família

9 - Economia solidária: empreendedorismo, cidadania e sustentabilidade

10 - Projeto banzeiro: a floresta e a cidade nas ondas da sustentabilidade

11 - Polo Unama de liberdade assistida

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A V Conferência sobre Relações Exteriores (CORE) abriu o terceiro e último dia falando sobre a importância da integração da Amazônia no cenário internacional. O ministro Paulo Roberto de Almeida, diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI/Funag), foi o moderador do painel, que ocorreu na sexta-feira (11), no campus BR da Universidade da Amazônia (Unama). A democratização do conhecimento de relações internacionais foi o tema do debate.

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O embaixador Paulo Roberto de Almeida enfatizou a transparência e a democratização do conhecimento como missões do Ipri/Funag. “Devemos transparência sobre nossas ações. Nem tudo na diplomacia pode ser divulgado publicamente quando se está em negociações sensíveis, sobretudo na área comercial, ou na área de tecnologias sensíveis, mas de certa forma o Itamaraty mantém registros complexos e abrangentes”, afirmou o embaixador.

Segundo o presidente da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), Sergio Eduardo Moreira Lima, os desafios agora são as agendas ambientais, a preservação, a criação de condições para o desenvolvimento sustentável na Amazônia. “O objetivo é criar uma reflexão mais aprofundada por parte das universidades em parceria com a fundação Alexandre de Gusmão, contribuindo com a perpetuação da riqueza amazônica para as gerações futuras”, afirmou o presidente.

O coordenador do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) da Unama, professor Mário Tito Almeida, comemorou a realização do evento e falou da lição deixada para os estudantes que participaram. “A Unama fica muito agraciada por ter podido sediar um evento tão importante do ponto de vista da diplomacia brasileira. O que é que fica para os alunos? Primeiro, a sensação de que aquilo que eles estudaram em sala de aula tem realmente uma reverberação muito grande na vida prática. Segundo, abre caminhos de pesquisa. Se fala muito pouco da Amazônia e isso pode abrir horizonte de pesquisa para novos pesquisadores, a partir da Universidade da Amazônia. O pensamento diplomático brasileiro vai crescer muito, com certeza, aqui”, explicou o professor.

Para o coordenador do curso de Relações Internacionais da Unama, professor Willian Corrêa, a V CORE veio para coroar muito coisa, duas em especial: “A primeira delas, os 45 da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag). E a segunda, os dez anos do curso de Relações Internacionais. Não poderia ter um evento melhor neste momento para mostrar aos alunos a importância da região. O evento foi exatamente para discutir isso. Na mesa falou-se sobre a Amazônia e se ressaltou o papel da região, o papel do profissional internacionalista, pensando na região. E também se ressaltou muito que a tarefa do internacionalista não é fácil, mas uma tarefa que precisa ser pensada em prol da região. A Unama, a Funag, estão todos de parabéns”, contou.

Durante o evento, foram apresentadas cerca de 600 obras na área de relações internacionais, disponíveis na biblioteca digital e que podem ser baixadas de forma gratuita. Para ter acesso ao acervo é só se cadastrar através do site da Funag ou pela página no facebook da fundação.

Reportagem de Gabriel Rodrigues, Lucas Mota, Clayton Viana, Levi Lima e Nilde Gomes. Fotos: Lucas Mota e Levi Lima.

A mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billinton, afirma que segue um Termo de Referência assinado com a Fundação Nacional do Índio (Funai) que define os trabalhos a serem feitos nos territórios atingidos pela lama. "Com base nesse documento, está sendo finalizado um plano de trabalho, que será entregue à Funai em novembro e iniciado assim que aprovado", informa a empresa.

A Samarco diz que a Vale, que já tinha contato com aquela população, fechou um acordo emergencial que incluía, além da água, o fornecimento de ração animal e auxílio em dinheiro aos índios. Segundo a empresa, o acordo vem sendo cumprido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Pelas ruas dos bairros mais altos, poços artesianos clandestinos furam a terra sem controle das autoridades. As casas têm estoques de água, separadas entre galões que servirão para matar a sede e fazer comida e aqueles que serão usados para a limpeza. Perto do rio, ainda há muita indignação. Em Governador Valadares, maior cidade do País dependente das águas agora sujas do Rio Doce, com 279 mil habitantes, a população vem aprendendo a não depender somente da água que sai das torneiras.

O problema começou em 9 de novembro de 2015 quando chegou à cidade a lama da Barragem de Fundão, da mineradora Samarco, que se rompera quatro dias antes, deixando 18 mortos e um desaparecido. "Eu mesma só não fiz um poço porque três casas aqui na rua fizeram", afirma a costureira Marilia Gonçalves de Oliveira, de 58 anos.

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Algumas vezes na semana, é possível vê-la atravessando a rua com um galão abastecido pela água do vizinho. "Uso para lavar a roupa e depois lavar o quintal. Para beber, a gente compra mesmo", conta.

Moradora do bairro Santa Rita, na entrada da cidade, a costureira afirma que, ao longo do último ano, foram frequentes os cortes de água. "No começo, secou de vez. Depois, foi voltando." O noticiário na semana retrasada, quando o Estado esteve em Valadares, era que um novo racionamento teria início.

A costureira conta que foram os moradores que passaram a procurar por empresas que instalam os poços. "É só um cano, que cavam bem fundo", afirma. A água que vem dali não passa por nenhum controle de qualidade. Não se sabe nem sequer se é potável. "Não fizeram testes não. Por isso que não usamos nem para beber nem para cozinhar. Mas para o resto, usamos." Por esse "resto", entende-se a limpeza da louça e panelas usadas nas refeições.

Racionamento

A cidade passa por um racionamento programado que deve durar ao menos até o próximo dia 15. Segundo a prefeitura, o controle da distribuição de água não é reflexo da estiagem que atinge o município - a vegetação da paisagem ao redor está seca. "A medida tem como causa as obras de melhoria no tratamento da água, como parte do Plano de Emergência para o período chuvoso", informa a administração.

"No momento, não conseguimos prever o nível de turbidez que o Rio Doce pode atingir no período chuvoso; por isso, a medida é uma forma de prevenção e de extrema importância para garantir a melhoria das condições de tratamento da água, tanto em qualidade, quanto em quantidade", afirma a nota.

A cidade requisitou à Samarco o empréstimo de 20 caminhões-pipa para atender a população no período de obras. A mudança das estações de tratamento inclui a substituição dos módulos decantadores de lama, limpeza de desarenadores e a desassoreação dos pontos de captação, além de limpeza de equipamentos.

Rio

 Há toda uma economia informal dependente do Rio Doce: lavadoras de roupa, coletores de areia e pescadores. Morando em favelas que se espalham pelas margens do rio, esses trabalhadores não poupam críticas à mineradora Samarco.

"Em certa época do ano, se você colocasse uma vara de pescar no Rio, já vinha fiscal em cima, polícia te multar. E agora? Olha o que está acontecendo aqui. Pescador profissional não pesca, ajudante não pesca, coletor de areia não consegue trabalhar, lavadeira não lava. Ninguém vai ser preso por isso não?", questiona Valter Pereira Tavares, de 68 anos.

O pescador Marcelo Tomás Santos Barroso, de 47 anos, conta que até a navegação no rio está difícil. "Usamos como remo uma madeira, que encostamos no fundo do rio e empurramos o barco. A lama no fundo está tanta que, quando você encosta a madeira no fundo, ela fica presa. Você tem puxar de volta no lugar de empurrar. E quando ela vem, após encostar no fundo, dá para ver a água ficar mais vermelha ainda, da lama que estava no fundo", diz.

"Aqui dava peixe de todo tipo. O povo nadava, fazia festa. Nossos filhos não vão ter nada disso", conta o catador de areia Vanderli da Silva, de 40 anos. "A areia que a gente tirava está vermelha, grudenta. Não dá para usar em obra." Pescadores e catadores recebem ajuda mensal da Samarco - salário mínimo mais 20% por dependente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Francisco de Paula Felipe, de 47 anos, sabe de cor todas as etapas das reuniões e audiências ocorridas até aqui entre moradores e Samarco para a definição das obras do novo Bento Rodrigues. "Estamos esperando", diz Felipe, que em Bento trabalhava em uma fazenda de eucaliptos e, agora em Mariana, está desempregado.

Na casa ampla alugada pela empresa, ele vive com as duas filhas e a mulher, Marly, que perdeu a mãe no acidente. "Ela continua indo no psicólogo, porque sente muito a falta da mãe. Teria sido aniversário dela no mês passado, e foi muito difícil", conta.

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A ausência da matriarca é acompanhada de outras coisas que faltam na vida na cidade. A antiga casa tinha frutas, verduras, temperos. "Aqui você tem muito mais gastos. Você precisa comprar tudo. Eu tive de comprar limão outro dia, você acredita? Nunca tinha comprado limão na vida. Se não tinha na minha casa, na da minha mãe sempre tinha."

Em um pequeno jardim entre o portão de ferro e a parede da nova casa cresce uma pequena horta com cebolinha e outras mudas.

Adaptação

O homem da roça se mostra, por outro lado, reconfortado com a amizade dos vizinhos. Ao se despedir da reportagem, já na porta de casa, ele para e cumprimenta vários deles. "Tem tido muito problema, discriminação, essas coisas. Mas aqui na rua me tratam bem", afirma. Felipe, no entanto, não hesita em dizer que quer, logo, uma casa que seja dele de novo, em uma vida mais perto da roça.

Uma das coisas boas que fez na cidade com o tempo livre foi aprender a dirigir. "Era um sonho, guiar um carro", conta, já sorrindo. "Agora, quem sabe, posso ser também motorista." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A sala escura fica cheia de gente à tarde. Todos sentados, diante da TV. Os familiares da aposentada Orides da Paixão de Souza, de 84 anos, uma das mais velhas sobreviventes de Bento Rodrigues, não costumam sair do casarão onde foram alocados, distante poucos metros da Catedral da Sé de Mariana, no centro histórico da cidade.

"A gente fica aqui vendo TV", conta a idosa. "Vamos vivendo." Onze pessoas moram na casa, com sala e quatro quartos, além de um quintal onde seus três netos brincam quando não estão na escola. "Num dia desses, com esse calor, a gente estaria no lago (em Bento Rodrigues). Aqui, a gente fica dentro de casa", diz um dos netos.

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Dona Orides só fala bastante quando lembra o dia da tragédia. Conta como foi levada pelos filhos para o alto e viu a lama cobrir o vilarejo.

A idosa evita críticas à Samarco. Afirma que a ajuda prometida pela empresa chega em dia. E só responde "não" ao ser questionada se acompanha o andamento dos processos na Justiça. "Eles ainda não pagaram indenização, mas vão pagar", diz. Ela está ansiosa pelas obras do novo Bento - terá 87 anos quando o serviço terminar.

O promotor de Direitos Humanos de Mariana, Guilherme Meneghin, afirma que um terço das vítimas acompanha os processos a distância. "Tem gente que nem sabe que o cartão com auxílio mensal e o adiantamento das indenizações foram dados por causa das ações judiciais. Eles pensam que a Samarco está fazendo isso por iniciativa própria." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir de janeiro, durante as chuvas de verão, parte das ruínas do subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, será alagada. Uma porção de território do vilarejo será coberta pela lama, em uma ação emergencial da mineradora Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Billinton, que está construindo um dique entre os destroços da cidade e o Rio Gualaxo do Norte, que deságua no Rio do Carmo, um dos formadores do Doce.

Um ano após a tragédia que deixou 18 mortos e uma pessoa desaparecida, a lama continua a vazar para o rio.

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A mineradora afirma que o alagamento vai preservar a maior parte das ruínas. "O projeto de engenharia do dique foi pensado para evitar o alagamento do distrito. A igreja e o cemitério não serão afetados", diz o coordenador das obras da empresa na cidade, Eduardo Moreira. "Apenas uma parte, que já demarcamos, será alagada."

Mas uma porção do terreno onde havia casas em Bento Rodrigues e parte de um muro histórico da cidade, construído em pedra por escravos no século 19, serão encobertas pela água.

Prazo

A função dos diques é barrar a lama acumulada na região. A ideia é que filtrem a água, que seguiria com menos lama rio abaixo. "O projeto é que o dique S4 funcione por um prazo de cinco anos", afirma Moreira. Depois, a obra seria retirada.

Moradores atingidos pela tragédia estão contrariados com a nova obra. "Eles vão encobrir a cena do crime", afirma a auxiliar odontológica Mônica Santos, de 31 anos. De moradora de Bento Rodrigues, ela virou ativista: milita contra a construção do dique, liberado, de forma emergencial, pelo governador Eduardo Pimentel (PT) antes de as licenças ambientais serem emitidas.

O argumento da Samarco é que 80% da lama que vazou da Barragem de Fundão, rompida em 5 de novembro de 2015, ainda está no trecho que vai dos resquícios da barragem até o encontro com o Rio Gualaxo. E algo precisa ser feito para que as chuvas de verão não espalhem ainda mais o lamaçal. "Não existe isso de desmontar o dique. Se estão fazendo, vai ficar lá", rebate a moradora.

Os diques são apenas parte das obras em execução na região. Ao todo, são 12 trabalhos na área. As barreiras das barragens remanescentes estão sendo reforçadas, e o vale que um dia foi a planície de rejeitos de Fundão também está recebendo quatro diques.

Novo Bento

Outra obra é a de reconstrução dos três vilarejos destruídos pela lama - além de Bento, Paracatu de Baixo, também em Mariana, e Gesteira, em Barra Longa.

A promessa é que as obras estejam prontas em 2019. Em Bento Rodrigues, o novo terreno está comprado. Nos demais, as áreas estão em negociação.

O Estado viu um vídeo dos planos para o novo Bento, que ainda não foi apresentado para os moradores. "O projeto está em desenvolvimento. Será construído em parceria com os moradores", diz Álvaro Pereira, coordenador de projetos da Fundação Renova, entidade criada pela Samarco para tratar do tema.

O vídeo começa com o fogão a lenha dentro de uma casa. Ao som de viola caipira e de galos cantando, a imagem vai se afastando para apresentar a nova vila. As ruas largas, com três faixas, e as árvores lembram um subúrbio americano. A condição para assistir a animação era que não fossem captadas imagens.

O novo Bento nas pranchetas terá três igrejas. Elas estão em ruas diagonais, que se encontram em um cruzeiro - também comum nas cidades do interior mineiro. "Foi um pedido deles que as ruas se encontrassem em um cruzeiro", diz Pereira. Terá também uma rua central, onde está prevista a área comercial.

A expectativa é de que, decidido o desenho do vilarejo com os moradores, a Fundação passe a definir o projeto de cada casa. A data exata de início das obras, no entanto, ainda não está definida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público Estadual de Minas Gerais (MPE) entrou com ação na Justiça para obrigar a Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billiton, a recuperarem em um prazo máximo de dois anos cavernas que foram soterradas pela lama que vazou da barragem de Fundão, em Mariana, em 5 de novembro do ano passado. Segundo a promotoria, as cavidades estão em área de aproximadamente 2 mil hectares na bacia do Rio Doce. Ao todo, cinco cavernas foram atingidas pelos rejeitos.

A ação pede ainda "reparação pelos danos ambientais remanescentes no valor de R$ 100 milhões e o pagamento de indenização de outros R$ 50 milhões pelos danos sociais e extrapatrimoniais decorrentes das lesões ao patrimônio natural". Todas a cavernas atingidas, ainda segundo o Ministério Público, estão dentro de área de proteção especial. Samarco e Vale informaram que, por não terem sido citadas ainda, não comentariam a ação. A BHP Billinton não respondeu ao telefonema da reportagem.

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Segundo a ação, "as cavidades naturais compõem ecossistemas de intensa complexidade e grande fragilidade ambiental, ricos em fauna, beleza cênica, multiplicidade de feições morfológicas, deposições minerais de diversos formatos e estratégicos reservatórios de água, além de guardarem vestígios paleontológicos, arqueológicos e de mudanças climáticas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diversas ações de projetos da Embrapa Amazônia Oriental estarão acessíveis à comunidade da capital paraense nestes sábado, domingo e segunda-feira, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho. Centenas de sementes e mudas de espécies arbóreas e florestais serão doadas na praça Batista Campos, região central de Belém, e no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, durante a XX Feira Pan-Amazônica do Livro. Além disso, no domingo, o projeto Meliponicultura & Educação Ambiental vai ao Bosque Rodrigues Alves apresentar as abelhas nativas sem ferrão e a função desses insetos para a alimentação humana e a sustentabilidade.

As mudas foram disponibilizadas pelo Laboratório de Sementes Florestais e são uma forma da Embrapa contribuir para conscientização ambiental e arborização da cidade. Cerca de duas mil mudas de diversas espécies, entre elas, algumas raras, como o verdadeiro pau-brasil e a samaúma, além de mogno, paricá, ipê, açaí, entre outras, serão doadas.

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Serão mil mudas distribuídas na XX Feira Pan-Amazônica do Livro, realizada no Hangar, sábado (4) à tarde e domingo (5) pela manhã. Haverá ainda doação de outras mil mudas, na Praça Batista Campos, no sábado de manhã, em ação realizada em parceria com o Conselho Regional de Arquitetura e Engenharia (Crea) e Sociedade de Preservação dos Recursos Naturais e Culturais da Amazônia (Sopren).

Meliponário - Ainda no domingo, a Embrapa estará no Bosque Rodrigues Alves, por meio do projeto Meliponicultura & Educação Ambiental, das 8 às 12h. Bolsistas e estagiários do projeto apresentarão ao público que frequenta o bosque, especialmente crianças, a importância das abelhas sem ferrão para o meio ambiente. Para tanto, haverá exposição de caixas de observação com cinco diferentes espécies de abelhas nativas sem ferrão, banners e fôlderes, além de desenhos de abelhas para ações de colorir com os pequeninos.

Na segunda-feira (6), a Embrapa participa da Ação Educativa Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentável, às 8h30, no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá. A supervisora do Laboratório de Sementes, Elizabeth Shimizu, fará uma palestra e a doação de 50 mudas. Elas serão plantadas no parque por estudantes de escolas convidadas.

400 anos de Belém – As atividades integram a programação “Embrapa nos 400 anos de Belém”, iniciada no dia 10 de janeiro, às vésperas do aniversário da capital paraense, com evento na Praça Batista Campos. Até o final do ano, outras 400 mudas de espécies arbóreas e florestais serão distribuídas a diversas escolas da rede estadual de ensino, por meio de parceria com as Secretarias Estaduais de Educação (Seduc), de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e Emater.

Ainda como parte das comemorações dos 400 anos, a Embrapa intensificará a recepção de visitas monitoradas de estudantes em diversos roteiros do projeto Embrapa &Escola, que incluem trilhas de educação ambiental no Meliponário Iratama, ao Herbário IAN, a diversos laboratórios e viveiro de mudas.

Por Kélem Cabral, da assessoria de Comunicação da Embrapa.

 

O ex-governador Eduardo Campos ainda em 2013 quando ensaiava disputar a presidência da República defendia uma máxima de que o Brasil e Pernambuco precisavam "ganhar 2013" pra pensar em 2014. Isso significava, na ótica de Eduardo, que os governos precisariam entregar obras, serviços e ações ao povo antes de discutir política e eleição.

O ambiente de 2015 foi de extrema penúria para os entes federados por conta da queda sucessiva e abrupta dos repasses federais. O estado de Pernambuco e a cidade do Recife sofreram na pele a escassez de recursos. Para se ter uma ideia, o governo do estado esperava receber apenas em 2015 cerca de R$ 2 bilhões de repasses do governo federal, mas na prática o valor repassado foi inferior a 10%, inviabilizando uma série de ações que poderiam manter o estado de uma forma saneada.

O governador Paulo Câmara tomou uma medida arrojada ao decidir modificar o calendário da folha de pagamentos. Antes era no final do mês corrente, e passou a ser no início do mês subsequente. Mas visando minimizar o impacto da medida drástica, o governador teve a sensibilidade de antecipar 50% do décimo terceiro salário dos servidores para que eles pudessem se adaptar à nova situação.

Diante de um cenário caótico onde vários governos estaduais estão chegando a parcelar a folha de pagamento, concluir 2015 sem atrasar o salário já é uma tremenda vitória para o governo de Pernambuco, que ontem ganhou um reforço significativo para honrar um compromisso tão importante. Foi finalizado o leilão da folha estadual, cujo vencedor foi o Bradesco que arrematou a folha salarial do estado por quase R$ 700 milhões. Com esse dinheiro pode se considerar que o governador Paulo Câmara terminará 2015 sem atrasar salários ou parcelar folhas.

O prefeito do Recife Geraldo Julio enfrentou problemas bastante parecidos com os de Paulo Câmara, porque a receita esperada pelos repasses federais não foi alcançada, sendo necessária uma rearrumação no orçamento de 2015 a ponto de manter os serviços essenciais em andamento satisfatório. Geraldo Julio anunciou ontem também que pagará num período de 28 dias três folhas salariais, a primeira no próximo dia 30, a segunda no dia 7 de dezembro e a terceira no dia 28 de dezembro. Serão injetados na economia local cerca de R$ 450 milhões em apenas um mês, o que pode contribuir para manter a economia aquecida.

Diante de um cenário de tantas incertezas e grandes dificuldades, a prefeitura do Recife e o governo de Pernambuco podem considerar que "venceram 2015", porque dos males que poderiam recair sobre a capital pernambucana e o nosso estado, os menores aconteceram. É natural que existam alguns gargalos a serem resolvidos com fornecedores, mas só em não deixar de pagar o funcionalismo público o prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara conseguiram superar 2015 em condições aceitáveis. O grande desafio da dupla socialista será vencer 2016, que se projeta muito mais desafiador e complicado que o ano corrente.

Liberados - A bancada governista na Câmara dos Deputados foi liberada pelo Palácio do Planalto para votar pela derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff à Proposta de Emenda à Constituição que estende ao funcionalismo público municipal, estadual e federal o direito de se aposentar aos 75 anos, benefício até então exclusivo do Poder Judiciário. Com a proposta do senador José Serra (PSDB/SP), apenas a União economizará por ano cerca de R$ 1,4 bilhão.

Renúncia - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu ontem a renúncia do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Hoje o Conselho de Ética da Câmara analisará o pedido de cassação de Cunha por quebra de decoro parlamentar por ter dito em seu depoimento na CPI da Petrobras que não tinha dinheiro no exterior, e depois foi descoberta uma conta na Suíça em seu nome.

Suspensão - O presidente eleito da Argentina Maurício Macri defendeu ontem a suspensão da Venezuela do Mercosul por abusos de direitos cometidos pelo presidente Nicolás Maduro. Macri invocou a cláusula democrática para poder fazer parte do grupo econômico e acredita que poderá retirar a Venezuela do rol dos países que formam o Mercosul.

Arnaldo Maciel - Faleceu ontem no Recife o ex-deputado federal e ex-prefeito de Belo Jardim Arnaldo Maciel, que foi deputado constituinte. Maciel faleceu aos 92 anos e deixa como legado o tradicional cartório de imóveis na Rua Siqueira Campos que leva seu nome. O sepultamento do ex-deputado será no cemitério Morada da Paz, em Paulista.

RÁPIDAS

Líder - O deputado federal Daniel Coelho, que exerce seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, poderá ser indicado como líder da bancada do PSDB na Câmara no ano que vem. Caso seja escolhido, Daniel conseguirá uma excelente tribuna para disputar a prefeitura do Recife.

Agenda - O governador Paulo Câmara receberá toda a delegação do Santa Cruz, que conquistou o acesso para a Série A no último sábado, no Palácio do Campo das Princesas hoje a partir das 9 horas da manhã. Torcedor do clube, o governador já havia recebido o elenco e a diretoria em maio após a conquista do título estadual.

Inocente quer saber - João Paulo perdeu o senso do ridículo ao divulgar um vídeo cantando um frevo que viralizou nas redes sociais? 

O papa Francisco estabeleceu nesta segunda-feira (10) aos católicos o "Dia Mundial de Oração pelo Cuidado com a Criação", marcado para acontecer todo o dia 1º de setembro, com o intuito de atrair a atenção para os riscos enfrentados pelo planeta e cuidado com o ambiente

Escrevendo aos cardeais do Vaticano sobre a sua decisão, Francisco citou sua encíclica deste ano que destacava sobre a necessidade de os cristãos e todas as pessoas de proteger o ambiente. Francisco disse aos cardeais que o dia 1º de setembro vai oferecer "aos cristãos individuais e às comunidades" a oportunidade de reafirmarem seus compromissos de "supervisionar a criação".

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O dia 1º de setembro também marca o dia de proteção do meio ambiente para os cristãos ortodoxos, o que dá uma força adicional nas relações entre as ramificações ocidental e oriental do cristianismo. Segundo o papa, a junção das datas destaca uma "comunhão crescente entre as igrejas". Fonte: Associated Press.

Quatro em cada dez brasileiros estariam dispostos a pagar mais para adquirir um produto fabricado de maneira ambientalmente correta. A proporção foi revelada em pesquisa do Ibope, que analisou os conhecimentos da população sobre assuntos relativos à preservação do ambiente e, em especial, a respeito de créditos de carbono. A predisposição identificada no estudo foi vista com bons olhos pelos pesquisadores do instituto.

Para a mesma pergunta, outros 46% responderam que estariam dispostos a arcar com um custo maior dependendo de quanto seria acrescido; 10% disseram que não estariam dispostos a pagar a mais. A tendência se alinha com o debate central do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta sexta-feira, 05, e que tem como tema o consumo sustentável da população.

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A pesquisa ouviu 502 pessoas das cinco regiões do País, em questionário pela internet, entre os dias 23 de fevereiro e 6 de março - tem margem de erro de 4 pontos porcentuais. O objetivo era identificar e quantificar o apelo da ideia de compra de imóveis e outros bens duráveis e de consumo de empresas que façam compensação financeira sobre a emissão de dióxido de carbono relativa ao processo de fabricação.

A redução de uma tonelada na emissão de dióxido de carbono representa um crédito, que pode ser negociado em um mercado internacional a partir de projetos certificados.

A disposição do consumidor em pagar a mais pelo produto "limpo", no entanto, esbarra no desconhecimento. A pesquisa apontou que 51% dos entrevistados conhecem pouco ou não conhecem o termo e 40% conhecem mais ou menos. Apesar da propensão pelo pagamento para a realização dos processos limpos, em outra pergunta 43% responderam que raramente observam a forma como o produto foi fabricado; outros 48% disseram geralmente observar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O nome é inspirado no filme Rio2. E, assim como os irmãos da animação, Carla e Tiago, receberam nesta terça-feira tratamento de estrela ao desembarcarem no Brasil. Ararinhas-azuis, o casal nasceu em Berlim, graças a um projeto feito em parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação e a Agência Federal Alemã de Conservação da Natureza. Agora, com um ano, eles vêm ao Brasil para uma nova etapa da parceria. Dentro de três anos, quando entrarem na vida adulta, eles deverão reproduzir para, aos poucos, aumentar a população da espécie, que, atualmente, só existe em cativeiro.

"Nosso sonho é ver esses animais voando novamente em seu habitat, próximo dos fazendeiros da região", disse o presidente do conselho diretor da ONG alemã Associação para Conservação de Papagaios em Extinção, Jürgen Dienst. A reprodução é feita em cativeiro, com parceiros escolhidos pelos pesquisadores a partir de critérios específicos. O chamado "par ideal".

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A ararinha-azul é considerada extinta na natureza desde 2000. Atualmente, existem cerca de 90 animais em criadouros no Brasil, Catar e Alemanha. No Brasil existem 11. Carla e Tiago deverão se juntar ao grupo dentro de duas semanas. Até lá, permanecem num período de quarentena, na cidade de Cananeia, próximo de São Paulo. O projeto tem como meta reintroduzir os animais no habitat, Caatinga, em 2021. É esse o prazo estimado para que haja pelo menos 150 espécies da ave. "Há planos mais audaciosos, para tentar antecipar o calendário", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A taxa de crescimento populacional é de 5% ao ano.

Enquanto a população de ararinhas não chega ao patamar considerado mínimo, outros trabalhos são realizados na região onde será feita a reintrodução da espécie. "É preciso fazer um trabalho de conscientização com a população local", contou o presidente do ICMBio, Roberto Vizentin. O projeto prevê que as aves sejam soltas um uma área de conservação. A ministra Izabella pediu hoje rapidez para a apresentação dos preparativos para a criação da unidade. O projeto prevê que a unidade terá 44 mil hectares, na Bahia.

Mesmo com as chuvas que atingiram São Paulo nos últimos dias, o volume do Sistema Cantareira, principal manancial que abastece a capital paulista, voltou a cair. O Cantareira, que ontem registrava 11,5% de sua capacidade, marcou 11,4% hoje, o que representa o volume mais baixo desde que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) decidiu incluir, no fim de outubro, a segunda cota do volume morto. Segundo a Sabesp, desde a última terça feira, quando tinha 11,9%, o Cantareira registra perda de 0,1 ponto porcentual em sua capacidade a cada dia.

Antes de a segunda cota do volume morto entrar no cálculo da Sabesp, o nível do Cantareira estava em apenas 3%, o mais baixo já registrado. Logo após a adição de 105 bilhões de litros da reserva técnica, o volume útil de água havia subido para 13,6%.

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Nos nove primeiros dias de novembro, o volume acumulado de chuvas sobre a região do sistema, indicado no site da Sabesp, é de 61,6 milímetros - mais do que os 23,9 milímetros de todo o mês de outubro. A média histórica de chuvas de novembro é de 161,2 milímetros.

O trecho considerado "morto" do Rio Tietê foi reduzido em 70,8% nos últimos quatro anos, aponta relatório da Fundação SOS Mata Atlântica sobre a despoluição da água do principal rio paulista que será divulgado hoje em São Paulo. Segundo o levantamento, a extensão do rio onde não há vida porque o nível de oxigênio dissolvido na água é praticamente nulo encolheu de 243 em 2010 para 71 quilômetros, entre Guarulhos e Pirapora do Bom Jesus, na Grande São Paulo.

Há quatro anos, quando o governo do Estado finalizou a segunda etapa do Projeto Tietê, o trecho "morto" começava em Suzano, mais perto da nascente em Salesópolis, e se estendia até Porto Feliz, a cerca de 100 km da capital. No início do projeto de despoluição, em 1993, a mancha anaeróbica - sem oxigênio -, onde a qualidade da água oscila entre ruim e péssima, era de 530 km, entre Mogi das Cruzes e Barra Bonita, a cerca de 230 km da capital.

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"Sem dúvida, esse resultado é muito positivo, principalmente para quem olha o rio como um todo. Mas não queremos passar a falsa ideia de que está tudo legal. Para que o Tietê se recupere em São Paulo da forma que a população espera, vai demandar muitos esforços de aprimoramento da legislação e da fiscalização do lançamento de efluentes industriais e domésticos", afirmou Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica.

O relatório é resultado do monitoramento da qualidade da água do Tietê e de outros 58 outros corpos hídricos ligados ao rio, como lagos e córregos, em uma bacia que abrange 68 cidades. Ao todo, são 82 pontos de monitoramento analisados entre setembro de 2013 e este mês, dos quais 17 instalados no curso do rio, ao longo de 576 km, entre a nascente e Barra Bonita.

Segundo o relatório, a seca que castiga os mananciais da região desde o início do ano impactaram a qualidade da água do Tietê, especialmente no trecho de 38 km entre Guarulhos, passando pelas duas Marginais na capital paulista, até o limite com Osasco. "Nós observamos que nesses pontos a qualidade da água regrediu aos índices do início da década passada. Nossas expedições identificaram que o rio ainda recebe muito lançamento de esgoto clandestino, de caminhões que fazem coleta em indústrias e despejam os resíduos à noite no rio", disse Malu. Segundo ela, a proteção das áreas de conservação no Alto Tietê impediram a queda na qualidade da água entre Salesópolis e Biritiba-Mirim mesmo com a crise hídrica.

Os investimentos em saneamento básico realizados na Grande São Paulo possibilitaram que 18 pontos de coleta distribuídos em córregos e pequenos rios da capital deixassem uma condição péssima - de rios completamente mortos - e passassem para índices ruins, regulares e bons. Em toda região monitorada, os pontos de coleta com índices de qualidade péssima caíram de sete para três. Já o índice de qualidade boa aumentou de três para dez. Um deles é o Córrego Água Preta, que fica no bairro Pompeia, zona oeste da capital, altamente adensada. "Ali está um ótimo exemplo da importância da iniciativa da população na recuperação dos corpos d’água. A comunidade adotou o córrego, e isso fez diferença", disse Malu.

Hoje, ela debate com outros especialistas da área e o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, se o Rio Tietê, em toda sua extensão, pode ser uma opção no futuro para abastecimento público. Na semana passada, o Conselho Estadual de Recursos Hídricos reconheceu a melhora na qualidade da água em 25 quilômetros do Rio Jundiaí, um afluente do Tietê, entre as cidades de Itupeva e Indaiatuba, e autorizou o seu uso para consumo humano após 30 anos de investimentos em coleta e tratamento de esgoto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A empresa de informática Microsoft e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) desenvolveram o primeiro sistema de simulação virtual capaz de prever a degradação do meio ambiente e o futuro da Terra.

A tecnologia de código aberto, denominada Madingley, permite que os cientistas conheçam como interagem todos os organismos em um dado ecossistema e respondam a perguntas-chave, informou o Pnuma em comunicado.

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Quais serão os efeitos da ação humana sobre a natureza? Durante quanto tempo teremos recursos necessários à vida? O que aconteceria em um determinado ecossistema se se extinguisse uma abelha? Essas são algumas das perguntas a que se tentará dar resposta, aplicando o programa a qualquer sistema marinho ou terrestre.

“Madingley é uma nova tecnologia que oferece à comunidade científica e aos líderes mundiais uma ferramenta vital para prever como formas de desenvolvimento não sustentável podem afetar o mundo natural”, explicou o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner.

*Com informações da Agência Lusa

O técnico Vica acredita que dias melhores estão por vir para o Santa Cruz. O comandante da equipe tricolor almeja vencer já no confronto deste domingo (23) diante do Náutico, na Arena Pernambuco, em seu quinto clássico do ano, nos quais conquistou apenas um ponto. 

Em relação ao clima no Arruda, Vica acredita que quando os resultados começarem a aparecer, o ambiente do clube vai modificar. “Os resultados positivos podem mudar tudo. É uma questão de tempo. Perdemos a classificação na Copa Nordeste para o nosso maior rival. Cabe a nós reagir e ir no embalo para brigar pelo tetra. São os resultados que vão deixar o ambiente harmonioso. Vamos em busca deles”, pontuou. 

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Desejando a primeira vitória contra seus maiores rivais, o treinador admite que o momento do time alvirrubro é melhor, mas garantiu que a equipe tricolor está disposta a superar as críticas e conquistar os três pontos contra o Timbu. “A vantagem do Náutico é nítida. Eles estão tendo uma preparação para o clássico de uma semana. O Náutico vai para o jogo descansado. Ele tem o mérito de ficar observando. Um dia a mais pode fazer diferença. Mas é muito difícil falar em favorito. O jogo vai ser igual. Só espero nossa equipe seja feliz”, disse o treinador.

“Temos o time titular e o Lisca tem tido tempo para estudar os adversários, já que temos jogado toda semana. Não tivemos a folga que os outros times tiveram. Mas a gente estuda também e pode mexer no time conforme a necessidade. Não há para que modificar a escalação a cada jogo”, completou.

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