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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), descartou em coletiva de imprensa realizada na tarde deste domingo, 30, que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) possa ser enquadrada em crime eleitoral por ter apontado arma a um homem na véspera da eleição na capital paulista.

"O ocorrido ontem não é de competência do TSE. o caso vai ao STF Supremo Tribunal Federal, uma vez que, como parlamentar, tem prerrogativa de foro", destacou Moraes.

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O TSE proíbe o porte de armas no raio de 100 metros das seções eleitorais. Também veta o transporte de armas e munições por Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), que não têm porte legal, em todo o território nacional. "Qualquer pessoa, seja parlamentar ou não, que for pega armada, será presa em flagrante", destacou Moraes.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) votou neste domingo, 30, em uma faculdade em Santana, zona norte de São Paulo. Ela não respondeu se estava armada, afirmando que temia ser vítima de algum ataque. A parlamentar chegou sozinha e estava com colete à prova de balas. Na saída, seu marido, o coronel da Força Nacional de Segurança Aginaldo de Oliveira, a acompanhou até o carro.

"Só essa noite quatro marginais me mandaram mensagem dizendo que iam me esperar aqui para me dar um tiro", disse antes de entrar no local de votação.

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Ontem, Zambelli perseguiu um homem empunhando uma pistola na região central da capital paulista.

A deputada afirmou que a ação foi planejada contra ela por pelo menos cinco pessoas e que foi empurrada por uma delas, além de ter sofrido agressões verbais.

Vídeos mostram que pessoas do grupo que estava com a deputada agrediram o jornalista Luan Araújo. Um tiro foi disparado pelo correligionário de Zambelli, e o autor foi detido ontem pela Polícia Civil, mas pagou fiança e foi liberado. Segundo Zambelli, o tiro foi acidental. A deputada também afirma que as gravações foram feitas pelo grupo de maneira que não aparecessem as agressões sofridas por ela.

A deputada afirmou que mulheres apoiadoras do presidente Jair Bolsonaro estão sofrendo ataques organizados. "Eles estão atacando mulheres reiteradamente. Atacaram a Regina Duarte atriz ontem. Mas eu sou uma mulher com porte de arma. Quando atacam uma mulher armada, eles viram menininhas", disse

A Polícia Civil investiga possível ocorrência dos crimes de porte ilegal de arma, ameaça, lesão corporal e disparo de arma de fogo no episódio de sábado.

O PT pediu ao Supremo Tribunal Federal que determine a imediata apreensão de armas e munições da deputada federal Carla Zambelli, assim como a suspensão de posse ou porte de armamento pela parlamentar. Após a aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL) ser filmada empunhando uma pistola enquanto persegue um homem negro, no bairro Jardins, em São Paulo, a legenda pede a apuração de possíveis crimes de tentativa de homicídio, lesão corporal, racismo, perigo para a vida ou saúde de outrem, além de delito eleitoral.

A notícia-crime contra a bolsonarista foi protocolada no Supremo na madrugada deste domingo, 30, e foi distribuída para o gabinete do ministro Gilmar Mendes. Após o episódio registrado neste sábado, 29, o decano do Supremo chegou a publicar mensagem em seu perfil no Twitter afirmando que 'população armada é instrumento da ditadura, não da democracia'.

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Segundo o PT, Zambelli tem 'adotado posturas reiteradas de ameaças e acumula posicionamentos declarados em sentido contrário às instituições democráticas, exigindo o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional'. "Nesta feita, executou agressão física, pôs em risco populares e deliberadamente descumpriu limites normativos definidos para apaziguar e dar relevo ao momento de grande relevância democrática nacional, consubstanciada no processo eleitoral", sustenta a legenda.

Como mostrou o Estadão, a confusão envolvendo Zambelli ocorreu neste sábado, 29. A deputada sacou uma arma durante uma discussão e perseguiu o jornalista Luan Araújo. Em vídeos divulgados nas redes sociais em poder da Polícia Civil, é possível ouvir um tiro disparado pelo grupo do qual fazia parte a deputada. A aliada de Bolsonaro sustenta ter sido agredida. Luan Araújo compareceu ao 4.º Distrito Policial (Consolação) para prestar queixa contra a deputada.

Um segurança da deputada, identificado apenas como Daniel, foi preso em flagrante no início da madrugada deste domingo, 30, sob a acusação de disparo de arma de fogo. Ele foi liberado após o pagamento de fiança. As armas do segurança, um policial militar de 46 anos, e de Zambelli foram apreendidas e vão precisar passar por perícia. A Polícia Civil investiga possível ocorrência dos crimes de porte ilegal de arma, ameaça, lesão corporal e disparo de arma de fogo.

Na petição encaminhada ao STF, o PT diz que a conduta da parlamentar e de seus acompanhantes mereceriam apuração investigativa rigorosa por si só, mas ressalta que o episódio é 'ainda mais grave' em razão de ter ocorrido às vésperas do segundo turno das eleições, enquanto que há 'determinação judicial proibitiva de porte e/ou transporte de armas de fogo, mesmo por quem detenha autorização'. Resolução aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral no dia 29 de setembro proibiu o transporte de armas e munições, em todo o território nacional, por parte de colecionadores, atiradores e caçadores no dia das eleições, nas 24 horas que antecedem o pleito e nas 24 horas que o sucedem.

O segurança da deputada federal Carla Zambelli preso em flagrante no início desta madrugada foi liberado após o pagamento de fiança, informa a Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo, em nota.

Ainda de acordo com o texto, as armas do segurança, identificado como um policial militar de 46 anos, e da deputada foram apreendidas para perícia.

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"Foram solicitados exames periciais ao IC e IML. A Polícia Civil apura todas as circunstâncias dos fatos", diz a nota.

A SSP afirma que Zambelli possui porte de arma e apresentou documentação na 78º Departamento Policial, no bairro do Jardins, na capital paulista. "Com relação à resolução 23.669/2021, que nos artigos 154 e 154-A proíbe o transporte de arma de fogo a 100 metros da seção eleitoral nas 48 horas que antecedem o pleito, não havia nenhuma seção eleitoral próxima ao local", pontua.

Um segurança da deputada Carla Zambelli (PL), que não teve a identidade oficialmente revelada, foi preso em flagrante por disparo de arma de fogo pela Polícia Civil de São Paulo, na madrugada deste domingo (30). O segurança é um dos envolvidos na confusão entre a parlamentar e o jornalista Luan Araújo durante uma discussão, no bairro de Jardins, em São Paulo. A deputada apontou uma arma de fogo contra ele.

A deputada federal afirma ter agido em legítima defesa após ter sido agredida por "um homem negro" e "militante de Lula". Vídeos, que viralizaram na Internet, mostram a parlamentar, um segurança e seus assessores correndo atrás de Luan Araújo após uma discussão política entre os dois. No momento da confusão, é possível ver o homem xingando a parlamentar. Ela tenta correr, cai sozinha e depois segue Luan Araújo. O homem grita por socorro enquanto corre, um barulho de tiro é ouvido e alguém pede que a polícia seja chamada. Ao entrar em um bar onde Luan Araújo tentou se refugiar, Carla Zambelli manda que o jornalista deite de no chão. Ele diz que ela quer matá-lo e senta em uma cadeira.

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Após o incidente, Luan Araújo registrou queixa em uma delegacia em São Paulo contra a parlamentar por ameaça e racismo. Depois de prestar depoimento, o homem pediu proteção e disse que está assustado.

Carla Zambelli também registrou boletim de ocorrência. A deputada publicou em suas redes sociais um vídeo em que descreve o ocorrido. Na versão dela, um grupo de homens tentou intimidá-la, e ela foi empurrada para o  chão. Ela diz ter apontado o revólver na intenção de deter o sujeito até a chegada de policiais militares. “E aí, quando ele me empurrou, eu caí, eu saí correndo atrás dele, falei que ia chamar a polícia, que ele tinha que ficar aqui para poder esperar a polícia chegar. A polícia já está aqui. Aí ele se evadiu, daí eu saquei a arma e saí correndo atrás dele. Pedindo para ele parar, ele ficou com medo e parou dentro de um bar”, disse.

Resolução do TSE

Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) restringe o transporte de armas 24h antes das eleições. A decisão do TSE foi tomada, por unanimidade, em setembro deste ano, atendendo a um pedido dos chefes de Polícia Civil dos estados, que alertavam para os riscos diante do cenário político polarizado. “A resolução é ilegal, e ordens ilegais não se cumprem. Eu conscientemente estava ignorando a resolução e continuarei ignorando a resolução do senhor Alexandre de Moraes [presidente do TSE], porque ele não é legislador. Ele é simplesmente presidente do TSE e membro do STF. Ele não pode em nenhum momento fazer uma lei. Isso é ativismo judicial”, avaliou a deputada.

A assessoria da parlamentar divulgou nota em que aborda a proibição. “A deputada federal possui registro de arma de fogo para defesa pessoal. A resolução do TSE que proíbe o porte aplica-se apenas aos CACs [Certificado de Registro Pessoa Física - Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador], ou para ingresso de armas em seções eleitorais”, aponta o texto.

O ministro Alexandre de Moraes determinou a investigação da conduta da deputada federal. Será investigado o possível crime eleitoral por porte ilegal de arma.

A assessoria de imprensa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou há pouco que ela "possui registro de arma de fogo para defesa pessoal" em uma nota que relata o episódio no qual a parlamentar se envolveu esta tarde, quando apontou uma arma para um homem em São Paulo. No fim de setembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) endureceu as regras para CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) e os proibiu de circular com armas 24h antes, no dia e 24h após as eleições.

"A deputada federal possui registro de arma de fogo para defesa pessoal. A Resolução do TSE que proíbe o porte aplica-se apenas aos CACs, ou para ingresso de armas em seções eleitorais", disse a nota da assessoria da deputada.

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A norma endurecendo a regra e proibindo CACs de circularem com suas armas antes, no dia e depois das eleições foi aprovada dia 29 de setembro. Outra resolução, aprovada em 30 de agosto, já havia proibido portadores de armas de entrar com armas nos locais de votação 48 antes, no dia e 24 horas após a eleição. Também determinou que, armadas, essas pessoas devem permanecer a 100 metros das seções eleitorais. "A vedação aplica-se, inclusive, aos civis que carreguem armas, ainda que detentores de porte ou licença estatal", diz o texto.

A jornalistas, a deputada disse, após o ocorrido, que descumpriu deliberadamente a resolução do TSE, que chamou de "inconstitucional". "Fica proibido o transporte de armas e munições, em todo o território nacional, por parte de colecionadores, atiradores e caçadores no dia das Eleições, nas 24 horas que o antecedem e nas 24 horas que o sucedem", diz o texto, que continua: "O descumprimento da referida proibição acarretará a prisão em flagrante por porte ilegal de arma sem prejuízo do crime eleitoral correspondente".

Procurado pelo Broadcast Político, o TSE ainda não se manifestou e também não esclareceu se a deputada descumpriu, como ela própria disse, a ordem do tribunal.

Embora proíba o porte de armas a civis, a resolução do TSE permite a agentes de segurança andarem armados no período considerado. "Aos agentes das forças de segurança pública que se encontrem em atividade geral de policiamento no dia das eleições, fica permitido o porte de arma de fogo na seção eleitoral no momento em que for votar", diz a resolução do TSE.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pode ter infringido resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que endureceu as regras para porte de armas e proibiu colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) de transportarem armamentos e munições em todo o território nacional 24 horas antes, no dia, e 24 horas depois da votação nas eleições gerais deste ano.

Na tarde deste sábado, a parlamentar apontou uma arma para um homem em São Paulo na tarde deste sábado (29). Ela disse, em postagem no Twitter em 2 de setembro, ter porte de arma federal. "Não deixarei minha pistola em casa". Zambelli disse há pouco a jornalistas que "ignorou a resolução". Em tom de ataque, afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, não é legislador, ela sim.

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O Broadcast Político ainda não conseguiu contato com a parlamentar para confirmar se ela também é CAC. O TSE também não esclareceu se, por ter porte federal, a deputada se enquadra na regra.

A norma endurecendo a regra e proibindo CACs de circularem com suas armas antes, no dia e depois das eleições foi aprovada dia 29 de setembro. Outra resolução, aprovada em 30 de agosto, já havia proibido o porte de armas no perímetro de 100 metros das seções eleitorais.

"Fica proibido o transporte de armas e munições, em todo o território nacional, por parte de colecionadores, atiradores e caçadores no dia das Eleições, nas 24 horas que o antecedem e nas 24 horas que o sucedem", diz o texto, que continua: "O descumprimento da referida proibição acarretará a prisão em flagrante por porte ilegal de arma sem prejuízo do crime eleitoral correspondente"

Embora proíba o porte de armas a civis, a resolução do TSE permite que agentes de segurança andem armados no período considerado. "Aos agentes das forças de segurança pública que se encontrem em atividade geral de policiamento no dia das eleições, fica permitido o porte de arma de fogo na seção eleitoral no momento em que for votar", diz a resolução do TSE.

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), criticou a polêmica envolvendo a deputada federal Carla Zambelli, neste sábado (29). O gestor municipal usou o Twitter para afirmar que o ato de Zambelli, ao empunhar a arma contra um homem, após uma discussão, "não representa o espírito do povo brasileiro".

Campos salientou que é "contra o uso indiscriminado de armas por civis" e que o Nordeste vai ser "parte da solução do Brasil", referindo-se às eleições que serão realizadas neste domingo (30).

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"Chega de tanto ódio, de tanta intolerância e de tanto discurso raso e estridente. Vamos cuidar do Brasil real que tá precisando, e muito", escreveu o prefeito do Recife, no Twitter.

Veja a publicação completa:

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Um motociclista de 40 anos pegou a arma de fogo de um assaltante, de 19, após travar uma luta corporal com o criminoso e o acertou com um tiro na perna durante uma tentativa de roubo no Bom Retiro, região central de São Paulo. O caso ocorreu no início da noite do último domingo (23), e foi captado por uma câmera de segurança na região. O homem atingido com o disparo foi preso e um comparsa fugiu.

Conforme o boletim de ocorrência do caso, a dupla de criminosos estava em uma motocicleta na Rua Barra do Tibagi quando anunciou o assalto por volta de 20 horas de domingo. A vítima dirigia uma Kawasaki Ninja de mil cilindradas. Com a arma apontada para a cabeça, o homem desceu da moto e, em um primeiro momento, se rendeu.

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Um dos criminosos, porém, teve dificuldade ao tentar montar na motocicleta roubada. "É uma moto muito pesada. O autor acabou se desequilibrando e, nisso, a arma dele caiu", disse o delegado Roberto Monteiro, da 1ª Seccional Centro.

A vítima, então, entrou em luta corporal contra um dos bandidos e conseguiu ficar com a arma de fogo. O motociclista disparou na perna de um dos assaltantes, que ficou rendido até a polícia chegar, e deu outros dois tiros na direção do outro bandido, mas ele fugiu na mesma moto usada na tentativa de assalto.

Policiais militares que realizavam patrulhamento na área foram acionados por testemunhas. O resgate foi acionado e o assaltante ferido na coxa direita foi encaminhado ao Pronto Socorro da Santa Casa. Ele teve alta hospitalar após receber atendimento médico.

O assaltante foi identificado como Alex Sandro da Silva Junior, de 19 anos. "Ele já tem duas passagens anteriores, quando era menor, por ato infracional de roubo", afirmou Monteiro. Ele foi preso em flagrante e a prisão foi convertida em preventiva. A arma de fogo, uma Taurus com numeração raspada, foi apreendida.

Polícia comemora desfecho, mas orienta vítimas a não reagirem a assaltos

"A vítima foi ousada e teve muita sorte. A gente fica muito feliz por isso", afirmou Monteiro. "Mas a polícia continua a orientar as pessoas para que não reajam, porque a reação é um risco muito grande para a vítima. Neste caso, teve sorte, mas isso não deve ser tirado como um exemplo pelas outras pessoas."

A hipótese principal da polícia, pelo que foi apurado até aqui, é que tratou-se de um "crime de oportunidade", quando a abordagem não é premeditada pelos criminosos. "Era uma motocicleta de altas cilindradas, essas motocicletas são visadas. Então, o autor já quis praticar o roubo", disse Monteiro.

O caso foi registrado como tentativa de roubo e legítima defesa pelo 2° Distrito Policial de Bom Retiro. O outro criminoso ainda não foi identificado, mas as investigações prosseguem para localizá-lo.

Uma mulher armada com uma faca entrou no supermercado da rede Pão de Açúcar, no bairro do Parnamirim, Zona Norte do Recife, e roubou alimentos. O caso ocorreu no dia 11 de outubro e ninguém ficou ferido, segundo o g1. 

No vídeo é possível ver uma mulher de máscara colocando mercadorias numa mochila e, em seguida, pede que uma cliente compre um pacote de leite em pó para ajudá-la. Neste momento, o homem que supostamente seria um segurança do local e está filmando alertou a cliente: “É para vender, viu, senhora? E ainda mais está com uma faca. Cuidado”, disse. 

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Foi então que a mulher ameaçou o rapaz. “Tá pensando que eu tenho medo, é? Tem que dar-lhe para matar. Porque se não der para matar, tá ligado não, é?”, e reclamou com um funcionário da loja. “Esse bicho fica com resenha. Eu tô pedindo de boa, homem. O que é isso?”, diz a mulher, segurando a faca escondida no short. 

Através de nota, o supermercado informou que as “autoridades competentes foram imediatamente acionadas”.

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Na manhã desta sexta-feira (21), a Polícia Federal (PF), em parceria com a Receita Federal, cumpriu mandados e apreendeu armas de fogo, munições e equipamentos em um clube de tiro em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O inquérito apura uma série de crimes envolvendo comércio ilegal de arma de fogo, porte ilegal, falsidade ideológica, uso de documento falso, organização criminosa e incitação ao crime. 

As investigações iniciaram em 2021 com objetivo de apurar a atividade do grupo empresarial responsável pelo Clube de Tiro do Agreste ou CTA Clube de Tiro, suspeito de fraudar a fiscalização de órgãos públicos com CACs falsas. O certificado flexibiliza o uso de arma de fogo a pessoas físicas registradas como colecionadores, atiradores desportivo ou caçadores. 

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O grupo teria forjado a documentação e oferecia cursos, conserto, manutenção e customização de armas de fogo. Segundo a PF, os funcionários não possuíam licença para atuar como armeiros, mas produziam habilitações falsas com o nome de armeiros credenciados sem nenhum vínculo com eles. 

Fundado em 2014, o Clube de Tiro do Agreste possui arena e lojas em Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru. Nas redes sociais, seus perfis divulgam produtos e produzem vídeos para estimular o uso indiscriminado de armas de fogo.  

Em diversas publicações, o presidente Diego Soares faz acusações sem fundamento contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ex-presidente Lula (PT). Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), ele chegou a custear santinhos de campanha de candidatos alinhados ao presidente e disponibilizou as duas sedes para um 'adesivaço gratuito' até a véspera do segundo turno. O LeiaJá entrou em contato com os telefones do clube de tiro, mas não foi atendido.  

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A operação Zona Cinza foi batizada para caracterizar o "espaço enevoado e turvo" gerado pela falsa percepção de legalidade conferida aos crimes com uso de documento falso. "É comum associar a venda legal de armas à cor branca, e a ilegal, à cor preta", pontuou a PF. 

A Justiça Federal expediu quatro mandados de prisão preventiva, 37 de busca e apreensão, 11 ordens de sequestro de bens e suspensão de atividade econômica, além do bloqueio de 14 perfis nas redes sociais com conteúdo ilegal para serem cumpridos em Pernambuco, Alagoas e São Paulo. Somadas os crimes, as penas podem alcançar até 30 anos de reclusão e multa. 

A Polícia Civil do Ceará prendeu, nesta quarta-feira, 19, o proprietário da arma de fogo utilizada no ataque que matou um aluno e deixou outros dois feridos em uma escola na cidade de Sobral, no Ceará. Identificado como Antônio Felipe de Sousa, de 33 anos, o homem é Colecionador, Atirador desportivo e Caçador (CAC) e está sendo investigado pela prática de comércio ilegal de arma de fogo.

Antônio Felipe foi alvo de um mandado de prisão temporária e um mandado de busca e apreensão. Os policiais realizaram diligências para prender e apreender objetos do proprietário da arma utilizada no ataque. De acordo com a Polícia Civil, as buscas resultaram nas apreensões de computadores e aparelhos celulares que serão utilizados para ajudar em novas diligências sobre o caso.

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Após o trabalho policial, o homem foi conduzido à Delegacia Regional de Sobral, onde foi cumprido o mandado de prisão temporária. Felipe foi encaminhado para uma unidade do sistema penitenciário e encontra-se à disposição do Poder Judiciário. A polícia informou ainda que dará continuidade às investigações com o intuito de elucidar a trajetória que a arma de fogo percorreu até chegar nas mãos do adolescente.

O ataque

O caso aconteceu na Escola Estadual Professora Carmosina Ferreira Gomes, no bairro Sumaré, em Sobral, em 5 de outubro. Um adolescente de 15 anos foi para a aula no horário de rotina, carregando consigo seu material escolar, e abriu fogo por volta das 10h. O vigilante da escola não percebeu que ele estava armado.

Três alunos foram atingidos. Um deles, identificado como Júlio César de Souza Alves, também com 15 anos, chegou a ser socorrido para o hospital em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois.

O jovem autor dos disparos foi apreendido logo após o ataque. Em depoimento à polícia, ele alegou que sofria bullying dos colegas. Ele é investigado por ato infracional análogo ao crime de homicídio e tentativa de homicídio.

Outros casos

Outros casos de ataque em escolas foram registrados neste ano no Brasil. No dia 26 de setembro, um adolescente de 14 anos usou a arma do pai, um policial militar, e matou uma aluna cadeirante no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no oeste da Bahia.

A vítima foi Geane da Silva Brito, de 19 anos, que tinha paralisia cerebral e via na escola uma ferramenta para inclusão e um local onde se sentia segura e acolhida pela comunidade escolar.

Ainda em setembro, na cidade de Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, também na Bahia, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, onde estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca. Ele foi apreendido pela Polícia Militar.

Vestido de camisa camuflada e um boné escrito "Bolsonaro", um homem identificado como Valter Lima da Costa fez um vídeo armado e ameaçou o ex-presidente Lula (PT). Ele é pai do vereador por Florianópolis Maikon da Costa, que chegou a ser preso pela Polícia Federal por boca de urna no primeiro turno.

Com uma arma de cano longo e uma munição nas mãos, Valter se apresenta para deixar "um recadinho bem bacana" e diz que espera o petista "invadir" seus 10 hectares de terra improdutiva.

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"Venha para cá para incomodar nossos deputados estaduais e federais, que nós estamos esperando", ameaçou o homem, que repassou o endereço em Alberdão, na capital catarinense. "Estou te esperando aqui, Lula", complementou e deu um tiro.

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O homem se referiu a fala feita por Lula em abril deste ano, durante uma reunião da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em que sugeriu que integrantes do movimento protestassem em frente a casa de parlamentares. "Não é para xingar não, é para conversar com ele, com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele, surte mais efeito do que fazer manifestação em Brasília", declarou.

Valter Lima é pai do vereador bolsonarista Maikon da Costa (PL), que gravou um vídeo no mesmo local para  corroborar com a ameaça. "Meu pai é maior de idade e responde pelos seus atos, mas errado ele não tá", apontou.

Detido pela PF no dia das eleições, Maikon se candidatou para deputado federal, mas foi derrotado com apenas 4910 votos. Ele ficou como suplente da Câmara. 

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O estudante Júlio César de Souza Alves, de 15 anos, estudante da Escola Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral (CE), morreu na noite do sábado, 8. Ele foi um dos três baleados por um colega, também de 15 anos, na última quarta-feira, 5. A morte foi confirmada pelo colégio estadual, em nota de pesar.

Ele estava internado na Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS) com quadro irreversível de saúde e a suspeita de morte encefálica, que ainda não havia sido confirmada por necessidade de mais exames. Os outros dois adolescentes atingidos pelo colega já receberam alta.

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"É com imenso pesar que comunicamos o falecimento de nosso aluno Júlio César. Nesse momento de dor, a EEMTI Prof. Carmosina F. Gomes se solidariza com todos os familiares, amigos e comunidade e escolar e expressa as mais sinceras condolências", disse o colégio em nota publicada no Instagram.

A governadora do Ceará, Izolda Cela (PDT), também se pronunciou sobre a morte pelas redes sociais. "Recebi, com profundo pesar, a notícia da morte do nosso estudante Júlio César de Souza Alves, de 15 anos, baleado após discussão na EEMTI Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral, na última quarta-feira. Meus sentimentos aos familiares e amigos neste momento de dor", escreveu.

O caso

Um adolescente de 15 anos foi detido na última quarta-feira após disparar contra três colegas na escola localizada no interior do Ceará. Ele estava com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador). O nome do dono da arma não foi divulgado.

Em depoimento à polícia, o jovem detido disse que sofria bullying dos colegas. Ele foi para a aula no horário de rotina, carregando consigo seu material escolar, e abriu fogo por volta das 10 horas. O vigilante da escola não percebeu que ele estava armado.

De acordo com a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), estão sendo tomadas, com frequência, ações em prol da segurança e saúde mental nos ambientes escolares.

Registros recorrentes

O ataque no Ceará não foi o primeiro no ano. No fim do mês passado, dois casos de violência em escolas foram registrados na Bahia. No dia 26 de setembro, um adolescente de 14 anos usou a arma do pai, um policial militar, e matou uma aluna cadeirante no Colégio Municipal Eurides Sant'Anna, em Barreiras, no oeste do Estado. Dois policiais que estavam nas proximidades da escola o detiveram com tiros, e ele segue internado.

A vítima foi Geane da Silva Brito, de 19 anos, portadora de paralisia cerebral, que via na escola uma ferramenta para inclusão e um local onde se sentia segura e acolhida pela comunidade escolar.

No dia seguinte, na cidade de Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, onde estudava, e feriu a coordenadora com o uso de uma faca. Ele foi apreendido pela Polícia Militar.

Uma adolescente de 13 anos foi assassinada com um tiro na nuca disparado por uma amiga, de 12 anos, nessa terça-feira (27). O crime ocorreu dentro da casa da vítima, no bairro Jardim Paulista, em Taubaté, no interior de São Paulo e a atiradora apreendida pela Polícia Civil.

A Delegacia Especializada em Investigações Criminais apontou que a adolescente foi à casa da amiga e fez o disparo de pistola 380. Imagens de câmeras de segurança foram analisadas e indicaram a visita da suspeita.

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A vítima, identificada como Ana Lívia, foi encontrada morta horas depois e a atiradora apreendida na escola, onde estudava com a amiga.

A adolescente confessou o crime e disse que foi motivado por um desentendimento com Ana Lívia. Ela também informou que pegou a pistola na casa de um parente no último domingo, segundo o G1.

O velório ocorre nesta quarta (28), na funerária Sagrada Família e o sepultamento é previsto para o fim da manhã, no cemitério municipal.

Câmeras de segurança flagraram o momento em que o policial militar e candidato a deputado estadual de Minas Gerais, cabo Théo do ISCAC (PTB), agride um adolescente e o ameaça com uma arma. O caso ocorreu nessa sexta-feira (16), em frente a um bar em Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte.  

Nas imagens, o jovem segura uma bandeira do candidato, quando o cabo Théo começa a lhe dar tapas na cabeça e chutes. Em seguida, ele saca um revólver, aponta para o rapaz e manda que coloque a bandeira de volta no lugar. 

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Segundo testemunhas ouvidas pelo G1, o adolescente tem 17 anos e balançava a bandeira em uma brincadeira outros colegas. O candidato teria visto e se irritou com o uso de seu material de campanha. 

Ele teria acionado a Polícia Militar e informado que o tinha quebrado a haste da sua bandeira. Porém, não participou do registro da ocorrência e afirmou que passou mal no momento. 

Cabo Théo que, na verdade, se chama Leonardo Lucio Morais, disputa sua primeira eleição como defensor de “Deus, pátria e família”, como reforça na propaganda televisiva. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), gastou R$ 11.317 com publicidade em materiais impressos. 

O adolescente sofreu diversos hematomas pelo corpo e afirmou que se sentiu acuado durante o depoimento aos policiais.

O candidato a deputado apontou que o vídeo foi editado e que se trata de uma 'armação política'. 

"O vídeo foi editado não mostra as três vezes que ele colocou as mãos na cintura simulando estar armado. O vídeo não mostra que eu chego sem a arma em mãos e saquei após eles mencionar que estava armado. O vídeo não mostra que ele não estava machucado. Não conta que ele confirmou que foi pago para retirar minhas bandeiras. Disseram que foi uma brincadeira. Muita informação que foi implantada pela oposição nele para prejudicar minha campanha", alegou. 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o local onde as armas utilizadas por Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, o bolsonarista, para assassinar o petista Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, na quarta-feira (7), com pelo menos 15 facadas e um golpe de machado por causa de uma discussão política. Ele também gravou um vídeo do corpo da vítima e formatou o celular antes de entregar o aparelho a um amigo. 

A informação foi dada pelo delegado responsável pelo caso, Victor Oliveira. A Polícia Civil afirmou que o telefone vai ser periciado para tentar recuperar o vídeo.

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Segundo o delegado, Rafael gravou o vídeo do corpo de Benedito e foi até um amigo pedir carona para a cidade de Confresa, já que a propriedade onde aconteceu o assassinato fica a 34 quilômetros do município. O amigo, no entanto, disse que não poderia levá-lo. 

“Ele falou que tinha praticado uma besteira, mostrou o vídeo e deixou o celular com essa testemunha. O celular foi apreendido, só que ele estava formatado e não tinha mais nada. Vamos tentar com a perícia para ver se recupera alguma coisa, mas, até então, não tivemos acesso ao vídeo”, detalhou o delegado. O amigo disse para a polícia que o vídeo mostra o corpo da vítima no chão. 

Ainda de acordo com o delegado, além da testemunha que falou sobre o vídeo e que estava com o celular de Rafael, outras seis pessoas também já foram ouvidas. Ele também disse que Rafael estava lúcido e ciente no momento da prisão. “Para nós, ele estava lúcido e ciente do que estava fazendo, então ele foi autuado como uma pessoa normal”. 

O crime ocorreu em uma chácara em Agrovila, Zona Rural de Confresa, a 1.160 quilômetros da capital Cuiabá. O delegado detalhou que os dois homens trabalhavam juntos no corte de lenha em uma propriedade e, na noite de 7 de setembro, começaram a discutir sobre política. 

“O que levou ao crime foi a opinião política divergente. A vítima estava defendendo o Lula, e o autor defendendo o Bolsonaro”, disse Victor. 

A Polícia informou que Benedito deu um soco no rosto de Rafael e pegou a faca em seguida. O autor do crime, então, partiu para cima da vítima e tomou para si a arma branca. 

Na versão apresentada pelo delegado, Benedito correu e Rafael o perseguiu, quando começou a golpeá-lo pelas costas. A vítima ficou caída no chão, momento em que o autor aproveitou para acertá-la com golpes no olho, pescoço e na testa. 

Rafael foi até um barracão pegar um machado, voltou até Benedito, que ainda estava vivo, e o acertou no pescoço, na tentativa de decaptá-lo. 

As armas do crime foram escondidas e o autor foi andando até Confresa. Lá, ele foi ao hospital e solicitou atendimento médico porque estava com um corte na mão e na testa. Ele alegou que tinha sido vítima de uma tentativa de assalto e foi encaminhado para a delegacia para prestar depoimento e confessou o crime. 

Rafael foi preso em flagrante por homicídio qualificado, por motivo fútil e cruel e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. 

A faca, o machado e outros elementos foram encontrados pelos policiais. 

O candidato a deputado federal por São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) disse que foi ameaçado por um bolsonarista enquanto panfletava nessa sexta-feira (9), em São Bernardo do Campo, no interior de São Paulo. O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-teto contou que o homem esbravejou "aqui é Bolsonaro" e mostrou uma arma na cintura ao recusar o material de campanha.

O incidente ocorreu no fim da tarde, na Rua Marechal Deodoro, Centro de São Bernardo do Campo. Boulos relatou que estava acompanhado da candidata a deputada estadual Ediane Maria (PSOL) e cerca de 30 pessoas.

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Em seu perfil nas redes sociais, o candidato comunicou que vai entrar com uma representação no Ministério Público Eleitoral (MPE) para identificar e punir o cidadão.

"Ameaças bolsonaristas não vão nos intimidar", destacou Boulos, que informou que a agenda não será alterada: "Seguiremos na rua, dialogando com as pessoas e virando votos".

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A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que não percebeu que um homem havia apontado uma arma para a sua cabeça na noite da última quinta-feira (1º), quando ela cumprimentava apoiadores na entrada de sua casa em Buenos Aires.

Em depoimento à juíza María Eugenia Capuchetti, que cuida do caso, Cristina contou que não percebeu o ataque frustrado "em nenhum momento" e que só entendeu o que tinha acontecido quando entrou em casa.

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O gesto da vice-presidente de abaixar a cabeça após o disparo da arma ter falhado foi para recolher um livro que havia caído no chão. De fato, as imagens mostram que Cristina continua aparentemente tranquila depois do ataque frustrado.

O autor do crime, Fernando Andrés Sabag Montiel, cidadão brasileiro residente na Argentina desde a década de 1990, foi preso em flagrante e responderá por tentativa de homicídio qualificado. O agressor se recusou a responder aos questionamentos da Justiça.

Montiel já tinha passagem pela polícia em 2021 por porte de arma não convencional e está registrado comercialmente como prestador de "serviço de transporte automotor urbano e suburbano de oferta livre", categoria correspondente a motoristas de aplicativos.

A polícia argentina encontrou 100 balas de arma de fogo na casa do agressor na periferia de Buenos Aires e também apreendeu uma série de documentos pessoais. 

Da Ansa

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, teve uma arma de fogo apontada contra sua cabeça na noite de quinta-feira (1°), mas o principal suspeito, o brasileiro Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos, não conseguiu consumar o atentado. O motivo da arma não ter disparado ainda não foi revelado pelas autoridades argentinas, mas ao menos três hipóteses podem explicar o mau funcionamento da pistola, de acordo com o advogado Ivan Marques, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e ex-integrante Instituto Sou da Paz.

Em entrevista ao Estadão, Marques elencou razões que poderiam ter levado a arma a não cumprir o papel pretendido pelo atirador, desde falha na munição - provocada por mal armazenamento ou esgotamento do prazo de validade - até inabilidade no manuseio por parte do suspeito.

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"A munição podia estar com uma pólvora velha, com um disparador ineficiente. Com uma munição velha, o componente explosivo perde sua validade. A arma até aciona o disparador da munição, mas ela não explode. Ou seja, a pólvora não queima", explicou o advogado.

Nenhuma perícia da arma ou das munições foi apresentada às autoridades argentinas até o momento, mas informações oficiais e extraoficiais dão um cenário do que foi o ataque. De acordo com informações veiculadas pela Rádio Mitre e pelo jornal La Nación, a arma carregada pelo atirador era uma pistola semiautomática Bersa Thunder 380, de fabricação argentina. Em um pronunciamento em rede nacional, o presidente Alberto Fernández afirmou que a arma estava carregada com cinco balas.

"Cristina permanece com vida porque, por alguma razão, a arma que contava com 5 balas não disparou, apesar de ter sido engatilhada", afirmou Fernandez na noite de quinta.

Outro possível motivo que poderia ter motivado a falha no momento do disparo seria, segundo Marques, um erro no funcionamento da arma e não da munição. "Pode ter havido uma pane na arma. Seu mecanismo não funcionou por conta da agulha ou do disparador. Ele aperta o gatilho, mais de uma vez, inclusive, e a arma não dispara", afirmou.

Em outras palavras, alguma peça da arma pode ter sido retirada ou estava com problema.

A retirada de um componente é vista, em muitos casos, com armas de colecionadores. "Muitas vezes, colecionadores retiram o mecanismo de disparo interno da arma, porque não muda absolutamente nada esteticamente, mas ela fica fora de uso, não funciona. É preciso entender a origem dessa arma, para saber em que momento ela saiu no mercado legal e passou para o mercado ilegal, porque é possível que a pessoa que tenha feito o atentado tenha encontrado legalmente", esclarece.

A última hipótese levantada pelo especialista seria a falta de "capacidade técnica" do atirador ao não perceber que a arma não estava pronta para uso. Em pistolas, para que as munições do carregador fiquem prontas para o disparo, é preciso engatilhar, explicou.

"Para que a primeira munição entre na câmara e fique alinhada e pronta pra receber o comando dado pelo gatilho, você precisa engatilhar. Talvez ele não conheça o funcionamento da pistola e não tenha feito isso. Ou seja, a arma estava carregada mas não estava municiada. a munições permaneceram no carregador", disse Marques.

Esse procedimento não é visto, como no revólver, porque ocorre dentro da arma. "O equivalente ao engatilhamento da pistola em relação ao revólver é que você puxa o ferrolho dessa pistola fazendo com que ela entre num estágio que somente apertando o gatilho você vai acionar o mecanismo de disparo da arma. E se a munição estiver em boas condições, ela vai disparar", afirma Ivan Marques.

Como o atirador já chegou apertando o gatilho, ele já deveria ter feito esse processo antes. O especialista ressalta ainda que essas ou outras hipóteses só serão confirmadas após a perícia da pistola, feita pela polícia argentina.

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