Armado, o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) reagiu a uma declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que recomendou que os sindicatos fosse até as residências dos parlamentares "incomodar a tranquilidade" dos políticos para pressioná-los por demandas sindicais.
No que parece ser o seu gabinete na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Feitosa disse que Lula estava "ficando doido em mandar as pessoas incomodar, ir na casa dos deputados falar com a mulher dele e com os filhos".
##RECOMENDA##Com a mão na arma que estava na sua cintura, o deputado disse que Lula poderia mandar 50 ou 100 "que a gente vai saber receber essas pessoas que vão me incomodar, minha família e meus filhos. Manda, lá. Serão bem recebidos visse, Lula", disse Alberto Feitosa.
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Entenda
Na última segunda-feira (4), em evento com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o petista defendeu que os sindicalistas mapeiem o endereço dos parlamentares e se dirijam a essas residências para "incomodar a tranquilidade" dos políticos, pressionando-os com as demandas sindicais.
"Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas até a casa dele, não é para xingar, mas para conversar com ele, conversar com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele. Eu acho que surte muito mais efeito", afirmou Lula.
Essa fala gerou reação de vários opositores, principalmente os bolsonaristas, como foi o caso do deputado federal Junio Amaral (PL-MG), que divulgou um vídeo no mesmo estilo do deputado Coronel Alberto Feitosa e, armado, afirmou que aguardava a "turma do ex-presidente.
Por conta dessa reação, o PT entrou com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra Junio Amaral. O partido afirma que a reação do parlamentar foi "desproporcional, autoritária, odiosa, totalmente incompatível com o que se espera de um deputado federal".
Lula se defende
Na manhã desta quinta-feira (7), em entrevista à rádio Jangadeiro, de Fortaleza, o ex-presidente tentou explicar o estímulo dado aos sindicalistas e assegurou que sugeriu que a população pudesse conversar com os parlamentares de forma civilizada.
"Eu disse que, ao invés de gastar fortuna indo para Brasília fazer protesto, porque quando a gente está dentro do Congresso a gente não vê o protesto, todo deputado e senador mora numa cidade. Não custa nada o povo que está reivindicando ir conversar na porta da casa dele de forma civilizada", destacou.
Ele complementa que os congressistas deveriam agradecê-lo. "Ao invés de um deputado me agradecer, esses deputados que falam que andam com o povo de braços abertos, dizem que abraçam o povo, porque depois de eleito o povo passa a ser tido como estorvo".
Para Lula, não custa nada o cidadão ir à casa do político bater palma e conseguir conversar de forma civilizada. Confira a gravação a partir dos 23 minutos e 40 segundos.
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