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A Comissão Europeia abriu uma ação na Justiça contra a AstraZeneca, responsável pela produção e distribuição mundial da vacina anti-Covid da Universidade de Oxford, em nome dos 27 Estados-membros do bloco.

Segundo o porta-voz de Saúde do poder Executivo da União Europeia, Stefan De Keersmaecker, a ação judicial foi aberta na última sexta-feira (23) e tem como base "as violações do contrato de compra antecipada" do imunizante fabricado pela empresa anglo-sueca.

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A Comissão Europeia vinha sendo pressionada pela maior parte dos Estados-membros a acionar a AstraZeneca na Justiça por causa dos recorrentes atrasos da multinacional nas entregas de vacinas.

A companhia farmacêutica começou a distribuir o imunizante no bloco em janeiro, mas nunca conseguiu cumprir o cronograma de entregas acertado com Bruxelas. O contrato prevê o fornecimento de até 400 milhões de doses à UE em 2021, sendo que 120 milhões estavam programadas para o primeiro trimestre, mas, até o momento, foram entregues apenas 31,2 milhões, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.

Para efeito de comparação, a Pfizer já distribuiu mais de 95 milhões de vacinas na União Europeia. "Nossa prioridade é garantir as entregas de vacinas contra a Covid-19 para proteger a saúde da União Europeia. É por isso que a Comissão Europeia, juntamente com todos os Estados-membros, decidiu instaurar ações judiciais contra a AstraZeneca", disse no Twitter a comissária de Saúde do bloco, Stella Kyriakides.

Os atrasos da AZ já fizeram a Itália bloquear a exportação de 250 mil doses de sua vacina para a Austrália, enquanto a UE pretende focar suas compras futuras nos imunizantes de mRNA, como os da Pfizer e da Moderna.

Na semana passada, o comissário europeu de Mercado Interno, Thierry Breton, também admitiu a hipótese de não renovar o acordo com a AstraZeneca.

Reações

A multinacional anglo-sueca divulgou um comunicado afirmando que "lamenta" a decisão da Comissão Europeia e prometendo "se defender firmemente no tribunal".

"Após um ano sem precedentes, nossa empresa está para fornecer quase 50 milhões de doses aos países da UE até o fim de abril, em linha com nossas previsões", diz a nota.

De acordo com a AstraZeneca, o contrato com Bruxelas foi "plenamente respeitado".

Da Ansa

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o atraso na aprovação do Orçamento foi decorrente de dificuldades criadas pelo seu antecessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rebatendo a avaliação feita pelo democrata em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Na avaliação de Lira, as críticas são "injustas e oportunistas".

Em entrevista publicada no domingo (18), Maia declarou que o Orçamento está "falido" e "capturado pelos projetos paroquiais", uma vez que o volume de emendas parlamentares é maior do que os recursos destinados aos projetos do governo.

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Segundo o ex-presidente da Câmara, não é normal pressionar para sancionar um Orçamento que é ilegal. "Tenho convicção que o presidente não deve e não pode sancionar", afirmou.

Nesta segunda-feira (19), Lira se manifestou no Twitter rebatendo as críticas de Maia. Segundo ele, o Orçamento só conseguiu ser aprovado depois das eleições dos novos presidentes da Câmara e do Senado por conta das "dificuldades criadas pela gestão do meu antecessor e os seus compromissos políticos".

"Agora, depois de aprovado com amplo acordo que incluiu o governo, as críticas são injustas e oportunistas, cabendo ao governo propor soluções que atendam às demandas acordadas durante a votação, respeitando todos os limites legais e o teto de gastos", declarou Lira na rede social.

Também no Twitter, na manhã de hoje, Maia revidou a investida de Lira e disparou: "O presidente da Casa virou humorista. Aliás, defender a sanção do orçamento de 2021 só pode ser uma piada". 

*Com a redação

Por conta de novas falhas elétricas na Estação Terminal do Recife, na manhã desta segunda-feira (19), estações do metrô foram fechadas e o sistema roda parcialmente. O serviço na Linha Sul foi interrompido e a Linha Centro atrasou o início das viagens.

De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a Linha Sul não opera por conta de um curto na rede elétrica identificado entre as estações Recife e Largo da Paz. As nove estações exclusivas estão fechadas e as causas do corte na energia ainda são investigadas pela equipe de manutenção.

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Já a Linha Centro recebe passageiros normalmente, indica a CBTU, contudo começou a rodar só às 5h45. A entidade explica que o atraso também foi motivado por um problema na energização da subestação da Estação Recife. O sistema VLT funciona à diesel e não foi afetado. 

Basta chegar um novo lote de vacinas em Pernambuco, que a Prefeitura do Recife se prontifica em anunciar a redução da faixa etária do grupo prioritário da Covid-19, atualmente em 60 anos. Contudo, mais da metade dos vacinados ainda aguarda pela segunda dose. A demora entre aplicações pode fortalecer o vírus e retardar ainda mais o retorno à normalidade, diz o biomédico Pablo Gualberto

Ao tentar marcar a segunda dose para a mãe, de 65 anos, no aplicativo Atende em Casa, a pedagoga Paula Silva percebeu que todas as vagas estavam esgotadas. Preocupada com o prazo entre doses, entrou em contato com o chat da plataforma para saber se poderia ir a um posto de saúde na data indicada a lápis no cartão de vacina, mesmo sem agendamento.

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"Ele disse que [o atraso] não teria problema, que poderia ser tomada depois. Mesmo que passasse o prazo, não tinha nada que comprovasse que, mesmo depois do prazo, a vacina perdia a eficácia. Eu questionei que não era essa a orientação do fabricante", contou.

A vacina de Oxford/AstraZeneca tem o prazo de até três meses entre aplicações, mas a idosa recebeu a Coranavac/Butantan, que estipula o intervalo de duas a quatro semanas. Enquanto o dia se aproximava e os grupos prioritários eram ampliados, nenhuma data estava disponível no aplicativo, lembra a pedagoga. 

Até o momento, o Recife recebeu 362.026 doses da Coronavac e 65.030 da Oxford/AstraZeneca, informa a Prefeitura, que destaca que segue as recomendações do Ministério da Saúde para definir os públicos prioritários no Recife.

Do total de 267.430 vacinados estimado pela gestão da capital, apenas 123.027 concluíram o ciclo de imunização, o que é um risco no enfrentamento à pandemia, afirma Gualberto.

"Se demorar muito, a gente pode perder a janela imunológica e aí cair a eficácia [...] tá só dando tempo para o vírus sofrer esses processos de mutação".

Ele explica que a 'resposta secundária' aumenta tanto a quantidade de células, quanto a especialização delas para defender nosso corpo.

"A situação que estamos vivendo agora não é decorrente de variantes. É o contrário. A situação que estamos vivendo favorece o surgimento de variantes. Então, quanto mais a gente facilita a disseminação do vírus, pelo fato dele se replicar no nosso corpo, ele consegue fazer mutações, que às vezes podem deixar ele muito mais potente", pontua, ao alertar que as orientações sanitárias de distanciamento, higienização das mãos e uso de máscara sejam mantidas mesmo após a vacina.

Apesar dos recordes diários de casos e óbitos da pandemia, para o biomédico, a situação no Brasil pode piorar pela 'falsa impressão' de imunidade.

"A gente ter uma parcela da população vacinada, que já está de certa forma imunizada, e quanto mais a gente vai espalhando o vírus, inclusive para essas pessoas, esse vírus pode acabar sofrendo um processo de seleção natural e acaba ficando mais potente, fugindo até mesmo da resposta imune causada pelas vacinas", adverte.

Enquanto a aposta do Ministério da Saúde é garantir o ciclo de imunização aos grupos prioritários, para Pablo, o ideal seria imunizar o máximo de pessoas, pois é necessário reduzir o número de contaminados e desafogar o sistema de saúde.

"A estratégia é interessante porque acaba vacinando muita gente, só que você precisa garantir que as novas doses cheguem. Aí é que tá o problema, a quantidade de demanda que a gente consegue entregar [...] Devido à situação da gente, em completa disseminação no país todo, eu acredito que seria melhor vacinar o máximo de pessoas", sinaliza.

O especialista também ressalta que é preciso esperar o tempo de resposta da vacina, que é de aproximadamente 15 dias. O que significa dizer que, mesmo vacinada, a pessoa ainda tem uma janela de possível contaminação. "Mesmo que você tome a vacina, possa ser que você pegue", reitera.

Na terça (13), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que 1,5 milhões de brasileiros estão com a segunda dose atrasada. Sobre o descumprimento do prazo, Pablo indica que, mesmo após expirado, é necessário o reforço e ressalta o resultado da fase 3 da Coronavac.

O estudo do Instituto Butantan comprovou que a eficácia do imunizante em casos sintomáticos é de 50,7% - superior aos 50,38% informados antes do resultado -, e que a vacina pode atingir 62,3% de eficácia em um intervalo de 28 dias.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a pasta tem a garantia da chegada de 22 a 25 milhões de doses da vacina contra covid-19 em março. O volume, de acordo com ele, pode chegar a 38 milhões. A declaração foi dada durante cerimônia no Palácio do Planalto para sanção de projetos que ampliam a capacidade de compra dos imunizantes pelo governo federal.

De acordo com o ministro, no fim do primeiro semestre do ano será possível produzir vacinas com insumos nacionais na Fiocruz, inclusive com o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) fabricado no Brasil. "Em doses importadas, contratadas e empenhadas para laboratórios internacionais, nós temos muitas incertezas de recebê-las. Não é simples, como é receber do Butantan ou da Fiocruz", disse Pazuello na cerimônia.

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Um dos projetos sancionados pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira, 10, permite a compra de doses por Estados e municípios e pela iniciativa privada. Pazuello ressaltou, porém, que todas as vacinas compradas serão coordenadas dentro do Plano Nacional de Imunização (PNI), executado pelo Ministério da Saúde. Outra proposta sancionada dá aval para a compra de doses pela iniciativa privada. As medidas darão mais celeridade ao combate contra o novo coronavírus, afirmou o ministro.

O governo federal pretende adquirir 38 milhões de doses da vacina da Janssen contra a covid-19 e 100 milhões de doses da vacina do laboratório Pfizer, a serem entregues até dezembro de 2021. O Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde publicou na noite desta quarta-feira, 3, em edição extra do Diário Oficial da União, os avisos de dispensa de licitação para as compras.

Mais cedo, a Pasta já tinha informado que iria comprar as vacinas da Pfizer e da Janssen, após meses rejeitando propostas destas empresas. O governo tem sido pressionado para ampliar a oferta de imunizantes, após a explosão de novos casos de covid-19 com internações e colapso de sistemas de saúde em todo o País.

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A aprovação do projeto de lei 534/2021 na noite de ontem pela Câmara retirou os entraves jurídicos que haviam para a aquisição dessas vacinas. O PL autoriza a União a assumir, em contratos com fabricantes de imunizantes contra o vírus, a responsabilidade civil por possíveis eventos adversos pós-vacinação. Essa é uma exigência da Pfizer e da Janssen que o governo vinha apontando como abusiva.

Na próxima quarta-feira (15), a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) lança a campanha Saldão 30%, voltada apenas para clientes com dívidas com mais de 180 dias de atraso. A quitação do débito poderá ser à vista ou parcelada em até 12 vezes no cartão de crédito.

A campanha terá duração de um mês e vai atender aos clientes de todas as classes, seja residencial, comercial industrial ou até mesmo do poder público. Para participar do saldão, basta acessar o portal de negociações da companhia.

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Vale destacar que caso o pagamento seja parcelado, os juros do cartão serão cobrados. Para tirar dúvidas de casa, a Celpe disponibilizou o WhatsApp 32176990, além do perfil no Facebook e contato de teleatendimento 116.

A partir das 20h deste sábado (13), parte do metrô do Recife vai operar em linha única para realização de reparos perto da Estação Werneck. Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), as composições da Linha Centro vão rodar com maior intervalo.

Por conta da manutenção, o trecho entre as estações Ipiranga e Coqueiral funcionam em via singela para os dois sentidos. A CBTU informa que haverá o intervalo de 15 minutos nas estações que compõem o tronco da Linha Centro - do Terminal do Recife à Coqueiral - e de 30 minutos nos dois ramais da mesma linha - entre Coqueiral e Camaragibe, e Coqueiral e Jaboatão.

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A liberação da via e normalização do sistema está prevista para o domingo (14), indica a companhia, que não estipulou horário específico.

As expectativas para a primeira aplicação da versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são grandes e, para evitar atrasos, alguns alunos no Recife decidiram se antecipar e chegar antes mesmo da abertura dos portões, marcada para 11h0. Os candidatos enfrentam questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação.

Mirela Vitória da Silva Gomes tem 18 anos, está fazendo seu segundo Enem e optou pela versão digital para acompanhar seu irmão. "Eu não conhecia bem o local de prova e preferi chegar antes do portão abrir para não ter imprevistos", disse a estudante, que deseja cursar arquitetura. Ela faz a prova em uma universidade, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife.

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Mirela não tem experiência com provas feitas no computador, mas está animada para o novo formato. "Talvez seja melhor", disse a jovem. Questionada sobre seu ânimo para o desempenho no Enem, ela conta que não está tão otimista quanto poderia. "Me preparei bem, mas não tanto como queria. Não sei se vou me sair tão bem", contou a estudante. 

Erick Eduardo Fonseca de Albuquerque tem 18 anos, está fazendo seu primeiro Enem e sonha com a aprovação no curso de ciências da computação. Ele relata que queria se assegurar de que chegaria no horário. "Dizem que chegar meia hora antes é bom, eu cheguei uma hora antes só para garantir", disse o jovem. 

A escolha do jovem pelo formato digital se deu por medo da própria caligrafia na redação, acreditando que poderia digitar o texto. No entanto, o texto segue sendo manuscrito. 

"Eu achei que daria mais tempo para me preparar para o Enem, já que era a primeira vez que eu ia fazer, e também me ajudaria a me livrar de ter que escrever [a mão] a redação, mas eu me enganei nessa parte. Vou ter que escrever de qualquer jeito. Mas deu tempo para me preparar, dá para ficar mais calmo", comentou Erick. 

O estudante, que nunca fez provas digitais antes do Enem, se sente confiante com o novo formato. "Nnunca fiz antes, mas me preparei para fazer ela bem feita".

Os portões dos locais de prova serão fechados às 13h, enquanto o início do Exame está programado para 13h30, horário de Brasília. A duração total da prova é de cinco horas e 30 minutos.

Neste (24), serão aplicadas as provas do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com 90 questões de matemática e Ciências da Natureza. Na véspera da prova, é importante que os participantes estejam atentos aos horários para se planejar bem e não correr risco de se atrasar e perder o Exame. 

Os portões serão abertos às 11h30 e fecham às 13h, conforme o horário de Brasília. A prova começará às 13h30 e terminará às 18h30.

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A saída definitiva do local de provas será permitida a partir das 15h30, transcorridas duas horas do início da aplicação, mas sem levar o caderno de questões, que só será liberado para quem for embora a partir das 18h. 

Além dos horários, vale pensar no que levar. Os estudantes devem estar munidos, obrigatoriamente, de documento oficial com foto e caneta preta confeccionada em material transparente (para o Enem Impresso).

O uso de máscara de proteção contra a Covid-19 é obrigatório e o equipamento de proteção deve cobrir do nariz ao queixo, durante toda a prova, sob pena de eliminação para quem descumprir. É recomendado levar o cartão de inscrição e álcool em gel, salientando que também será distribuído álcool para higienização das mãos no local da prova.

O governo da Índia, maior fabricante mundial de vacinas, anunciou nesta terça-feira (19) que enviará a partir desta quarta-feira (20) material para vacinas contra a Covid-19 a seis países e que aguarda confirmação de autorizações regulatórias locais para mandá-lo também a outros três países. O Brasil não está na lista.

O governo brasileiro aguarda o envio de 2 milhões de doses de vacinas adquiridas da Universidade de Oxford e da empresa AstraZeneca, adquiridas pela Fiocruz, que foram produzidas na Índia. Na semana passada, um avião chegou a ser enviado para buscar o material, mas parou em Recife antes de cruzar o Atlântico, ante a falta de confirmação do governo indiano que as vacinas seriam entregues.

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No comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Índia diz que está fornecendo o material para Butão, Maldivas, Bangladesh, Nepal, Mianmar e as Ilhas Seychelles. Os países onde os trâmites legais estão em andamento são Sri Lanka, Afeganistão e as Ilhas Maurício.

O texto informa ainda que, "em um esforço contínuo, a Índia continuará fornecendo vacinas a países em todo o mundo. Isso será calibrado em relação aos requisitos domésticos, à demanda e a obrigações internacionais", incluindo o material para a aliança global de vacinas, coordenada pela Organização Mundial de Vacinas. Novamente, nenhuma referência ao Brasil.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, foi ao Twitter comentar o envio dos imunizantes, dizendo que a Índia está "profundamente honrada" por ser parceira de longa data com os demais países do mundo na produção de imunizantes.

No Brasil, além do acordo da Fiocruz clínicas privadas de vacinação também têm acordo para comprar 5 milhões de doses da vacina da Bharat, tão logo esse imunizante obtenha registro definitivo junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante do acordo com o Ministério da Saúde, que previu o uso de todas as doses da vacina Coronavac disponíveis no Instituto Butantan pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o cronograma original e vacinação contra a Covid-19 anunciado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para a população do Estado, está suspenso e novas datas serão apresentadas.

Doria previa que, em 25 de janeiro, populações indígenas do Estado seriam as primeiras vacinadas, ao mesmo tempo que os profissionais de saúde. Já os idosos com mais de 75 anos passariam a receber as doses a partir de 8 de fevereiro.

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Com o acordo, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, São Paulo passará a cumprir o Plano Nacional de Imunização (PNI) do ministério, mas o governo Doria não soube informar se, dentro das cerca de 1,5 milhão de doses disponíveis no Estado, haverá doses que serão enviadas ao grupo dos mais idosos.

O PNI, apresentado em dezembro pelo Ministério da Saúde, previa que na primeira fase seriam vacinados os profissionais de saúde, idosos acima de 75 anos, idosos acima de 60 anos que vivessem em asilos (ou instituições similares) e povos tradicionais ribeirinhos. Com este primeiro lote da Coronavac, o Ministério da Saúde prevê imunizar somente idosos em instituições de longa permanência.

A gestão Doria informou, entretanto, que não sabe se o total de doses já serão suficientes para atender esse público, mas que prefeituras que quiserem poderão usar as doses recebidas também para imunizar os indígenas.

O Butantan se comprometeu a enviar 8,7 milhões de doses ao SUS ainda em janeiro. Até abril, serão 46 milhões de doses. A produção dos imunizantes depende da chegada de insumos vindos da China que ainda não têm data para serem embarcados e sofrem atrasos de liberação mediante as autoridades chinesas.

Uso será emergencial

Ao aprovar neste domingo, 17, por unanimidade, o uso emergencial da Coronavac, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) condicionou o aval à assinatura, pelo Instituto Butantan, em São Paulo, de um documento que prevê apresentar os dados de imunogenicidade da vacina, uma vez que os relatórios sobre o tema foram considerados insuficientes. O prazo para entrega do documento foi definido: é 28 de fevereiro.

As informações de imunogenicidade devem mostrar, em detalhes, por quanto tempo vai durar a resposta imune provocada pela vacina. Os técnicos confirmaram a eficácia de 50,4% da Coronavac, mas não foi possível calcular a taxa por faixa etária, principalmente entre idosos, nem os efeitos em casos graves.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As dificuldades na importação de doses e de insumos para produzir vacinas são uma grande ameaça à campanha de imunização brasileira, iniciada neste domingo (147), em São Paulo. Para especialistas, há risco real de a vacinação contra a Covid-19 ser interrompida em pouco tempo, por falta total de imunizantes.

O plano de imunização começou com apenas seis milhões de doses da Coronavac, importadas da China. Outros dois milhões de doses do imunizante de Oxford, produzidas na Índia, já deveriam ter chegado. Mas, depois de dois adiamentos, o governo desistiu de fixar nova data para receber o produto. O volume disponível não é suficiente nem mesmo para vacinar os profissionais de saúde, que somam cinco milhões de pessoas no Brasil.

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O Instituto Butantan tem 4,8 milhões de doses em fase final de produção, mas aguarda nova autorização da Anvisa para uso emergencial. O pedido foi feito ontem. O órgão não recebeu novas remessas do Insumo Farmacêutico Ativo, o princípio ativo da vacina, importado da China.

"Temos um carregamento de matéria-prima pronto lá na China para ser despachado", afirmou o presidente do Butantan, Dimas Covas. "Estamos aguardando apenas a autorização do governo chinês para poder trazer e, assim, iniciar a 2ª etapa de produção. Mas dependemos da matéria-prima para poder continuar esse processo." Segundo ele, o problema é de ordem burocrática, sem detalhar.

O Butantan tem capacidade para fabricar um milhão de doses por dia, segundo Covas. Mas, para isso, depende de insumos feitos pelo laboratório chinês Sinovac que precisam ser importados. "A capacidade de produção foi atingida, mas precisamos dessa matéria-prima", disse Covas. A instituição estimar que ainda demore dez meses para ter capacidade de produzir a vacina sem depender de insumos importados. Uma nova fábrica do Butantan está em construção na zona oeste de São Paulo.

Covas não informou quantas doses poderão ser feitas com a matéria-prima que aguarda importação. "Mil litros (da matéria-prima) dão origem a um milhão de doses", disse.

Oxford

Já Fiocruz nem começou a sua produção. A instituição ainda não recebeu nenhuma remessa do IFA para a vacina de Oxford/AstraZeneca. O produto também vem da China. Em nota, a instituição informou que a chegada dos insumos em janeiro ainda está dentro do calendário contratual.

Por contrato, se a AstraZeneca não entregar o princípio ativo, deve fornecer as vacinas prontas. A farmacêutica diz que continua trabalhando na liberação dos lotes de IFA, na China. Segundo Pazuello, o governo chinês não está sendo célere na liberação da burocracia para a exportação das substâncias.

Sobre a importação de dois milhões de doses prontas do imunizante de Oxford, plano que o governo previa executar no fim de semana, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ontem que ainda não havia recbido "resposta positiva" sobre a compra. Sem citar uma data, ele disse que teve "sinalização" de que o embarque vai se resolver nesta semana.

Especialistas concordam que, independentemente do ritmo, foi muito importante ter começado a campanha de imunização, ainda que com muito poucas doses disponíveis.

"Certas estratégias não podem ser postergadas. Estamos no auge do número de novos casos e óbitos, qualquer estratégia com evidência científica deve ser implementada, mesmo que o ritmo da vacinação não seja o ideal", afirmou o chefe do setor de infectologia da Unesp, Alexandre Naime Barbosa. "Esse é o preço que estamos pagando pela falta de planejamento por parte do governo federal."

Especialistas destacam que o governo não levou adiante as negociações com a Pfizer e a Moderna para a compra de imunizantes. Lembram também que, num primeiro momento, o País não quis entrar no consórcio da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a compra de vacinas e, por fim, quando decidiu participar, foi com apenas 10% das doses. Segundo explicou o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, é uma tradição brasileira fazer esse tipo de compra em pool. É uma forma a ganhar preferência dos fabricantes.

"Isso tudo nos coloca numa condição extremamente fragilizada, sobretudo diante do aumento de demanda global para todas essas fábricas, como a da Índia, que estão com um cronograma altamente apertado em razão das próprias demandas internas e de outras externas", resume o virologista Flávio Guimarães, da UFMG.

"Mais do que nunca, vejo como alternativa a continuação do investimento brasileiro num imunizante nacional; temo que o fornecimento externo não vá oferecer a cobertura que precisamos", afirma ele.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao menos mais dois Estados iniciaram a vacinação contra a covid-19 nesta segunda-feira, 18, após o governo federal enfrentar problemas logísticos para distribuir as doses de acordo com a programação inicial. Depois do pontapé de São Paulo neste domingo, 17, Rio e Santa Catarina também já estão aplicando o imunizante. Além desse locais, só outros sete Estados receberam as doses até agora: Tocantins, Piauí, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. O Rio Grande do Sul planeja receber e iniciar a sua campanha ainda nesta noite.

Moradora do abrigo Cristo Redentor, Terezinha da Conceição, de 80 anos, foi a primeira idosa vacinada no Rio. Ela recebeu uma dose do imunizante contra o vírus da covid-19 por volta das 18h20 desta segunda-feira, 18, junto ao Cristo Redentor. Terezinha foi vacinada segundos depois da técnica de enfermagem Dulcineia da Silva Lopes, que se tornou assim a primeira carioca imunizada.

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Terezinha, que estava em vulnerabilidade social e foi acolhida ao abrigo em 2015 após sua residência ter sido demolida pela Defesa Civil, recebeu a vacina de Adélia Maria dos Santos, que é servidora pública municipal da Saúde desde 1979 e foi uma das fundadoras do Programa de Imunização da cidade.

A técnica de enfermagem Dulcineia da Silva Lopes também recebeu uma dose da vacina em frente ao monumento. Ela, que tem 59 anos, atua desde o início da pandemia na linha de frente no Hospital Ronaldo Gazolla, que é referência no combate à covid-19 no Rio.

Apesar de todo o simbolismo de se aplicar a primeira vacina do Rio junto ao Cristo Redentor, os alertas das autoridades públicas de que as medidas de distanciamento social devem continuar não foram seguidos. Dezenas de jornalistas e convidados acabaram se aglomerando no local. E não houve verificação da temperatura.

A cerimônia no alto do Morro do Corcovado só foi possível após um esforço de logística do governo do Estado, após o plano de transporte inicial ter falhado. Ao todo, dez caixas de imunizantes já estão no Rio. Todas as 487,5 mil doses previstas para o Estado devem chegar até o meio-dia desta terça. A previsão é de que os 92 municípios comecem a vacinação na quarta, segundo informou o governador em exercício, Cláudio Castro (PSC).

Na capital fluminense, o primeiro lote de vacinas será destinado a 34% dos profissionais de saúde do município - grupo formado por aqueles que atuam diretamente na linha de frente no combate à covid-19 - e a idosos de dez instituições de longa permanência. A previsão da prefeitura é de que as primeiras 110 mil vacinas sejam aplicadas em até quatro dias.

Santa Catarina inicia aplicação de 144 mil doses

Santa Catarina iniciou nesta segunda-feira, 18, a distribuição das 144 mil doses da vacina Sinovac, recebidas do Instituto Butantã por meio do governo federal. Em ato simbólico realizado no Instituto de Cardiologia, no fim da tarde desta segunda-feira, 18, a Secretaria de Saúde do Estado iniciou a vacinação com três representantes dos grupos prioritários: um enfermeiro, um idoso, e uma mulher indígena.

O Estado esperava receber pelo menos 210 mil doses da vacina do Butantã, mas o quantitativo enviado veio abaixo do esperado. Com isso, o governo catarinense deve refazer os cálculos de distribuição das doses entre os 295 municípios, que atenderá critérios técnicos da Secretaria de Saúde levando em consideração os grupos prioritários e proporcionalidade dos habitantes. Os quantitativos devem ser divulgados ainda na noite desta segunda, quando já deve ser iniciada a distribuição.

Ao receber a primeira dose da vacina, a cacique Kerexu (Eunice Antunes) disse que a "sensação é de liberdade", afirmou. "Passamos um ano inteiro, que pareceu uma eternidade, presos", disse logo após receber a dose. Além de Kerexu Yxapyry, o enfermeiro Júlio César Vasconcellos de Azevedo, 55, e João de Jesus Cardoso, de 81 anos, também foram imunizados nesta segunda-feira.

"Importante entendermos que isso é só o início. Provavelmente passaremos o ano inteiro envolvidos na vacinação contra a Covid-19. Então, manter as regras sanitárias é fundamental. O vírus continua entre nós", afirmou o secretário da Saúde, André Motta Ribeiro.

Motta informou que Santa Catarina tem agulhas e seringas suficientes para as primeiras etapas da imunização, "mas é preciso aguardar a chegada de novas doses por parte do Ministério da Saúde", afirmou.

Rio Grande do Sul começará vacinação na noite desta segunda-feira

Em função de um problema logístico no Ministério da Saúde, o primeiro lote de vacinas da Coronavac chegará em solo gaúcho apenas na noite desta segunda-feira, 18. Inicialmente, o governo federal informou que as 341,8 mil doses do RS viriam por via terrestre. No início da tarde, porém, o Executivo gaúcho recebeu a confirmação de que as primeiras vacinas chegarão em voo fretado da Azul, somente às 20h25min.

O governador Eduardo Leite (PSDB) assegurou que a primeira dose será aplicada ainda nesta noite em um ato simbólico no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, às 21h30min, com transmissão ao vivo pelas redes sociais. Por causa da pandemia, a imprensa não estará presente. Uma técnica de enfermagem será a primeira pessoa a ser vacinada em solo gaúcho. A identidade da profissional ainda não foi revelada.

O Rio Grande do Sul receberá 341,8 mil doses da CoronaVac, vacina do Instituto Butantã produzida em parceria com o laboratório Sinovac, e iniciará imediatamente a distribuição para todas as 18 Coordenadorias Regionais de Saúde, que encaminhará os imunizantes às prefeituras. Dessa forma, na terça-feira, todos os 497 municípios já poderão começar a vacinação. Nesta primeira fase, serão vacinados inicialmente os profissionais da saúde que estão na "linha de frente" contra covid-19, além de idosos que vivem em instituições de longa permanência e indígenas.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o atraso do início da vacinação da população contra o novo coronavírus é o maior erro do governo Jair Bolsonaro e pode ensejar a abertura de um processo de impeachment contra o presidente. "Acho que a vacina pode levar a um processo de impeachment no futuro", disse, em entrevista ao site Metrópoles.

Maia, que comanda a Câmara até o início de fevereiro, disse, porém, que essa decisão caberá ao futuro presidente da Casa. "Não seria correto eu deferir o impeachment. Já estamos em recesso. Não vai julgar agora. Eu vou apenas criar um ambiente político de desorganização em um momento em que está se elegendo um novo presidente (da Câmara). Acho que esse papel cabe ao novo presidente (da Câmara)."

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Apesar de a Câmara acumular mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro, Maia disse que não houve ambiente para dar andamento a eles nos últimos dois anos.

"Garanto que até hoje, até a questão da vacina, eu nunca tive uma pressão política e um ambiente mais forte da sociedade para fazer esse encaminhamento e colocar para pautar o tema", afirmou. "Temas mais sensíveis, como processo de impeachment, não podem ser instrumento apenas de uma decisão política solta."

Maia destacou que as pesquisas mostram que o atraso e a resistência de Bolsonaro à vacina contra a Covid-19 já afeta sua popularidade. "Acho que o principal erro de todo o governo Bolsonaro é a questão da vacina, e acho que pela questão da vacina, se ele não organizar rápido, talvez sofra um processo de impeachment muito duro", afirmou.

"Acho que a questão da vacina está começando a transbordar para dentro do Parlamento. É uma pressão que a sociedade poucas vezes fez nos últimos anos, apenas os bolsonaristas contra o próprio Parlamento e o STF."

Os danos sociais causados pela pandemia de Covid-19 tiveram reflexo direto na prestação de um dos serviços mais básicos à população: a oferta de energia. Milhares de famílias que vivem em regiões rurais e áreas mais distantes dos centros urbanos esperavam que as ligações elétricas chegassem, finalmente, entre 2020 e 2021, conforme cronogramas já firmados com distribuidoras de energia. Os atrasos decorrentes da Covid-19, porém, comprometeram a maior parte dessas ligações.

Com a pandemia, ficou praticamente paralisada a entrega de suprimentos por fornecedores. A maior parte dos insumos usados em redes de transmissão de energia vem da China, que passou meses sem exportar equipamentos ou receber pedidos de empresas brasileiras. Outro fator que comprometeu os trabalhos foi a paralisação da mão de obra das próprias empresas, por causa das determinações de isolamento social.

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Revisões

Alguns Estados já refizeram suas metas e enviaram pedidos de adiamento e reprogramação à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para que os acordos sejam repactuados. A concessionária Amazonas Energia fez um balanço de solicitações não atendidas em 62 municípios do Amazonas. Há 22.191 domicílios rurais sem acesso à energia elétrica, à espera de ligação. Esses números, porém, sempre variam, dado o movimento natural de novas ocupações e construções.

O custo médio de cada uma dessas ligações é de R$ 20,6 mil. O valor previsto para atender a todos os pedidos é estimado em R$ 477 milhões. A Amazonas Energia pediu à Aneel a revisão do ano limite para 2022 para o alcance da universalização rural de 58 municípios de sua área de concessão.

"A prorrogação é necessária devido ao contexto em que foram desenvolvidos os últimos planos de universalização, pelas dificuldades existentes em sua área de concessão, pela pandemia de coronavírus, pelo volume de investimentos e ainda pelo novo cenário decorrente do processo de privatização da Amazonas Distribuidora", informou a empresa.

Todas as ligações feitas pela empresa foram realizadas com recursos do Programa Luz para Todos, bancado por todos os consumidores do País, por meio de encargo incluído na conta de luz.

Na Bahia, a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coeba) também pediu revisão de suas ligações rurais. A expectativa da distribuidora de realizar 30,2 mil ligações dentro do programa Luz Para Todos em 2020 foi frustrada, o que levou à necessidade de buscar um aditivo contratual ao Programa e pedir ao Ministério de Minas e Energia (MME) autorização para fazer 15 mil ligações atrasadas apenas no ano que vem.

Essa frustração do planejamento de obras neste ano, segundo a distribuidora, acumulou 48,8 mil ligações a serem feitas em 2021, obras que demandarão nada menos que 283 mil postes, com investimentos da ordem de R$ 1,433 bilhão no ano.

De acordo com a distribuidora, algumas consequências da pandemia puderam ser quantificadas. Houve registro do número de integrantes das equipes da empresa por suspeita ou confirmação da infecção, com 1.184 casos confirmados formalmente em empresas parceiras até julho de 2020. A formação de 40 novas equipes de construção que estava prevista foi inviabilizada em decorrência das medidas restritivas para impedir a disseminação do vírus.

Para fazer frente a um programa de obras como esse, a Coelba informou que seria necessário aumentar em 200% a capacidade fabril de postes para o programa, além de aumentar em mais de três vezes a capacidade atual de trabalhadores, o que significa 3,9 mil empregados a mais. "De modo a tornar a execução do plano mais equilibrada, a Coelba propõe que a meta para 2020 seja redefinida para 16 mil ligações, com o restante sendo prorrogado para 2021 e que a meta inicialmente prevista para 2021 seja prorrogada para 2022", informou a empresa à Aneel.

Ao analisar o pedido a Aneel concluiu que "a evolução do número de obras realizadas para atingir as metas definidas no plano de universalização da Coelba foi significativamente impactada, principalmente pela pandemia do coronavírus (covid-19) e pelas ações de enfrentamento adotadas pelos governos federal, estadual e municipais".

No início deste mês, a distribuidora Energisa Tocantins (ETO) também informou à agência que possui 5.447 domicílios no meio rural aptos para receberem ligação de energia elétrica. Para além das dificuldades de cumprir cronogramas, a concessionária do serviço público chama a atenção para o alto custo de cada ligação. Depois de calcular o que seria necessário para ligar 1.545 domicílios com projetos mais avançados, a empresa viu que um terço dessas ligações tem custo superior a R$ 50 mil cada. O atendimento total da demanda tem investimento estimado em R$ 284,7 milhões. Parte disso seria bancado com recursos próprios, o que pode ter reflexos na tarifa cobrada do consumidor.

Caso a caso

Questionada, a Aneel declarou que a análise será realizada caso a caso. "Ainda não existe um levantamento dos impactos e eventuais atrasos na execução das ligações em decorrência da pandemia. Somente após esse levantamento poderá ser dimensionada a quantidade de ligações que serão executadas até o final de 2022", afirmou a agência.

A ideia é que, confirmada a necessidade de rever algum plano de universalização de alguma distribuidora, como metas e prazos, serão instauradas consultas públicas específicas para debater essas mudanças.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Desde que foi retirada da 13.ª Vara Federal de Curitiba por decisão do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em março deste ano, a investigação contra o empresário Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, está paralisada por uma indefinição sobre quem deve ser o juiz responsável pelo caso que investiga contratos celebrados pelo grupo Oi/Telemar com empresas ligadas ao filho mais velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lulinha foi alvo da 69.ª fase da Lava Jato, a "Mapa da Mina", em 10 de dezembro de 2019. A investigação mirou acordos de R$ 132 milhões entre a operadora de telefonia e o grupo Gamecorp/Gol, que reúne firmas de mídia, jogos eletrônicos e tecnologia, entre 2004 e 2016. O Ministério Público Federal (MPF) disse ter indícios de que parte do dinheiro foi usado na compra do sítio de Atibaia (SP), que já rendeu uma condenação a Lula em outro processo. Segundo os investigadores, em troca do investimento, a Oi/Telemar teria sido beneficiada pelo governo do petista.

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Na segunda-feira, 7, a juíza federal substituta, Fabiana Alves Rodrigues, da 10.ª Vara Federal de São Paulo, entendeu que o inquérito deve tramitar em alguma das varas especializadas em crimes de lavagem de dinheiro da Justiça Federal do Rio.

A magistrada avaliou que o maior número dos crimes de lavagem de capitais supostamente praticados, de acordo com a investigação, teria ocorrido no Rio, onde está a sede da empresa telefônica citada no caso. O entendimento, porém, pode virar objeto de um novo embate judicial. Após a decisão, a defesa de Lulinha pediu para que a juíza reconsiderasse, argumentando que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já definiu São Paulo como seara competente para cuidar da investigação.

"A relação da Oi com a Gamecorp é de competência de São Paulo. Peticionei lembrando a juíza disso. Já está decidido pelo STJ. A Gamecorp fica em São Paulo", disse o advogado Fábio Tofic Simantob, que defende Lulinha. O criminalista entende que parte dos fatos que levaram à decretação de mandados de busca e apreensão pela Lava Jato, já havia sido submetida a uma investigação anterior que ocorreu em São Paulo, por determinação do STJ.

O argumento foi usado no pedido que levou o TRF-4 a retirar a investigação da vara do juiz Luiz Antônio Bonat, que assumiu a 13.ª Vara Federal de Curitiba e os casos da Lava Jato após a saída de Sérgio Moro. A defesa avalia que os fatos não têm conexão com a Lava Jato.

Até a última sexta-feira, 11, o inquérito ainda não havia sido formalmente remetido para o Rio de Janeiro, nem um novo juiz responsável havia sido definido.

Investigação

As suspeitas levantadas pela Lava Jato apontam que os repasses para empresas ligadas a Lulinha seriam contrapartidas a atos do ex-presidente Lula que beneficiaram o setor de telefonia. No pedido que motivou a operação, no ano passado, o MPF cita decreto presidencial de 2008 que permitiu a aquisição da Brasil Telecom pela Oi/Telemar. Procurada, a defesa de Lula disse que não iria comentar. O ex-presidente sempre negou qualquer irregularidade. Ao falar sobre a operação do ano passado, a defesa do petista a classificou como "descabida" e disse que refletia a "atuação parcial" da Lava Jato.

As atividades da Gamecorp já haviam sido investigadas. Uma apuração de possível tráfico de influência de Fábio Luís, que teria recebido R$ 5 milhões da Telemar, atual Oi, foi arquivada por falta de provas em 2012. Dois anos antes, um inquérito civil público sobre o mesmo assunto havia sido arquivado pelo MPF de Brasília.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, disse há pouco que uma falha em um computador provocou atraso na divulgação dos resultados da apuração do primeiro turno. Por volta das 21h40, cerca de 63% dos votos tinham sido computados.

Segundo o ministro, os dados dos tribunais regionais eleitorais foram recebidos pelo tribunal, mas ocorreu uma falha no processador de um supercomputador e foi preciso fazer a reparação. Segundo Barroso, o atraso não traz prejuízo para o resultado das eleições, porque o problema está somente na divulgação.

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"A ideia de que a demora possa trazer algum tipo de consequência para o resultado não faz nenhum sentido, porque o resultado das eleições já saiu no momento em que a urna imprimiu o boletim da urna. Esse boletim é impresso em diversas vias, é fixado no lado de fora da seção eleitoral e distribuído aos partidos", explicou.

No entanto, o ministro disse que a centralização da totalização (soma) de votos no TSE também pode ter contribuído para a lentidão da divulgação. Nas eleições anteriores, a totalização era realizada pelos tribunais regionais eleitorais. Antes de Barroso assumir, a ministra Rosa Weber ocupou o cargo de presidente da Corte.

“De fato houve uma alteração e totalização passou a ser centralizada no TSE. Essa não foi uma decisão minha. Eu tomei posse em maio, o sistema já havia sido alterado dessa forma. Preciso dizer que, desde o primeiro momento, eu não tive simpatia por essa opção, mas era a opção estabelecida, e foi ela que eu segui. Muito possivelmente, por ser uma novidade, pode estar na origem da instabilidade que sofremos”, afirmou.

Durante uma coletiva na qual apresentou um balanço do dia de votação, Barroso informou que cerca de 3,5 mil urnas apresentaram defeito e tiveram que ser substituídas. Não houve votação manual em nenhum município do país.

Sobre o ataque cibernético realizado na manhã de hoje ao sistema do TSE, Barroso reafirmou que o ataque foi neutralizado e não provocou danos. O caso é investigado pela Polícia Federal (PF).

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou há pouco que a divulgação dos resultados da apuração do primeiro turno está atrasada devido a um problema técnico. Segundo o tribunal, uma lentidão no processo de totalização dos votos está causando demora na disponibilização das informações. 

O TSE informou que os dados da votação estão sendo recebidos normalmente dos tribunais regionais eleitorais, mas a soma dos resultados está “mais lenta que o previsto”. Técnicos do tribunal estão trabalhando para resolver o problema e acelerar o processo de divulgação. 

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A Corte também esclareceu a lentidão não tem relação com a tentativa de ataque cibernético confirmado mais cedo pelo presidente, ministro Luís Roberto Barroso. 

A votação foi encerrada em todo o país às 19h.

Atrasar o tratamento de um câncer por um mês aumenta o risco de mortalidade do paciente, adverte um estudo publicado nessa quarta-feira, que reforça a conclusão de outras pesquisas sobre os efeitos colaterais da pandemia em outras doenças.

O novo coronavírus causou rupturas sem precedentes no acesso a serviços de saúde no mundo inteiro. Em estudo publicado na revista médica britânica "BMJ", pesquisadores britânicos e canadenses analisaram as consequências do atraso do tratamento (cirurgias, radio e quimioterapia, etc.) em sete tipos de câncer, a partir de 34 estudos publicados nos últimos 20 anos.

Fora da pandemia, "os atrasos no tratamento são exceção, mas podem afetar 10% ou 15% dos pacientes", indicou à AFP o oncologista Ajay Aggarwal, um dos autores do estudo. Ele concluiu que um mês de atraso pode aumentar o risco de morte entre 6% e 13%. Quanto maior o atraso, maior o risco.

Adiar por 12 semanas a cirurgia de uma mulher com câncer de mama se traduz em 6.100 mortes adicionais nos Estados Unidos e 1.400 no Reino Unido, estimam os autores.

Reagendamento

Estas conclusões "convidam à reflexão", assinalam os pesquisadores, no momento em que muitos hospitais tiveram que reagendar cirurgias para aumentar o número de leitos e funcionários disponíveis para atender pacientes com Covid-19.

"Alguns países publicaram recomendações para que fossem priorizadas cirurgias de câncer, que os resultados do estudo não parecem validar", assinalaram os pesquisadores. No Reino Unido, por exemplo, considera-se possível atrasar de 10 a 12 semanas alguns tratamentos, como as cirurgias colorretais, sem impacto negativo para o paciente.

"Concluímos que aumentar o tempo de espera para esse tipo de cirurgia para 12 semanas, em vez de seis, aumenta o risco de morte em 9%", apontaram os pesquisadores.

Globalmente, um atraso de quatro semanas em uma cirurgia aumenta a mortalidade de 6% a 8%, e o risco sobe para 9% no caso da radioterapia para cânceres de cabeça e pescoço. Em algumas situações, ele aumenta até 13%, como no tratamento coadjuvante (que previne o risco de reincidência) do câncer colorretal.

Se o atraso passa para oito ou 12 semanas em uma cirurgia de câncer de mama, o risco de mortalidade aumenta 17% e 26%, respectivamente, calculam os autores.

Outro estudo, publicado em julho na "The Lancet Oncology", estima que os atrasos de diagnóstico no Reino Unido desde meados de março se traduziram em cerca de 3,5 mil mortes adicionais por quatro tipos de câncer nos próximos cinco anos naquele país.

Um artigo publicado em agosto no "Jama Network Open" mostra que o número semanal de diagnósticos de câncer nos Estados Unidos caiu cerca de 50% em março e abril.

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