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O Centro Estadual de Arte (Cearte) está com inscrições abertas para 198 cursos nas áreas de dança, música, teatro, artes visuais e audiovisual. Estão sendo disponibilizadas 2.300 vagas. Os cursos são destinados para todas as faixas etárias, desde bebês de seis meses, no caso de cursos de Musicalização Infantil, até idosos, nos demais. Estão sendo ofertados 50 cursos na área de dança, 97 de música, 17 de teatro, 30 em artes visuais e 4 em audiovisual.

As matrículas podem ser feitas durante todo o mês de fevereiro na sede do Cearte, no Grupo Escolar Dr. Thomas Mindelo, no Centro de João Pessoa. O horário de funcionamento é das 8h às 17h, de segunda à quinta-feira. Os cursos têm início no dia 26 de fevereiro e serão realizados no núcleo do Cearte Centro e do Espaço Cultural. Já as aulas de Musicalização Infantil iniciam mais cedo, no sábado (24).

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Em caso de compatibilidade de horários e habilitação, o aluno pode se inscrever em até três cursos diferentes. Para fazer os cursos, com exceção o de Musicalização Infantil, os alunos devem pagar uma taxa de R$ 130,00 para todo o semestre, mas alunos da rede pública e servidores públicos com renda bruta de até dois salários mínimos, pagam apenas metade da taxa. Ficam isentos os beneficiários do Bolsa Família, mediante comprovação, e pessoas com deficiência.

Musicalização Infantil

O curso de Musicalização Infantil é direcionado a bebês e crianças de seis meses a cinco anos de idade, contando com dois professores em sala de aula. O curso tem uma matrícula diferenciada para o semestre: o público em geral paga R$ 150,00 e é oferecida meia bolsa de R$ 75,00 para alunos oriundos de escolas públicas. Também é oferecida gratuidade para beneficiários de Bolsa Família (número limitado de vagas).

"Na área de música são oferecidas as linguagens de canto lírico, popular, baixo acústico, teclado, violão, harmonia e improvisação. Em Artes Visuais há cursos de desenho, pintura, cerâmica, xilogravura, fotografia. Em Dança há dança clássica, moderna, contemporânea, étnicas (dança do ventre) e danças urbanas", conta a diretora do Cearte, Laura Moreno.

O curso de Áudio Visual ensina técnicas de captação de imagens, som, montagem e o de Teatro dá oportunidade dos alunos terem experiências com técnicas de interpretação, performances e improvisação, além da experiência da montagem cênica.

 

O Porto Iracema das Artes oferece ao todo 75 vagas para o curso básico de Audiovisual. A duração do curso é de quatro meses divididos em três percursos: som, edição e câmera. As inscrições são gratuitas e seguem até o dia 21 pelo site.

O objetivo do curso é instigar os alunos a refletir sobre os desafios na realização documental em audiovisual por meio de uma perspectiva teórica e pratica.

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Os interessados devem ter idade acima de 16 anos com ensino fundamental completo. A previsão para o início do curso é dia 29 de janeiro

Nesta sexta (29), o Governo de Pernambuco lançou os editais Audiovisual, Geral e Música do Funcultura para o próximo ano. O secretário de Cultura, Marcelino Granja, e a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, falaram, em coletiva de imprensa, sobre as novidades para os próximos editais que passam a ser regidos pela lei 16.113/17. Os novos editais estarão, em breve, disponíveis na internet. 

A principal diferença para o próximo ano será a de um acréscimo de recursos. Segundo a nova legislação, o recurso mínimo destinado para o Funcultura passa a ser de R$ 36 milhões, o que garante um aumento de mais de meio milhão, diretamente voltados para o fundo. Sendo assim, o edital do audiovisual será acrescido em R$ 290 mil, o geral em R$ 140 mil, e o de música em R$ 130 mil.  “É a consolidação de um crescimento no Funcultura. A gente termina 2017 bem, com editais mais fortes, mais democráticos e mais inclusivos.”, assegurou o secretário. Além disso, os proponentes passam a serem isentos das taxas administrativa e de fiscalização.

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Outras novidades correspondem à entrada do segmento de games no Funcultura audiovisual, com um aporte exclusivo de R$ 150 mil.  Este edital continuará priorizando o regime de cotas, num esforço para sua democratização, com o reforço na parceria com a Agência Nacional do Cinema (Ancine). Já o edital geral estará mais voltado para os festivais, e formação na área de patrimônio e design de moda, este último com um aporte de R$ 140 mil.

Informatização

Uma promessa antiga, desde o início dos trabalhos da atual gestão da Secretária de Cultura, é a informatização do Funcultura. A presidente da Fundarpe, Márcia Souto, e o secretário, Marcelino Granja, garantiram que o processo está em curso e que a primeira etapa a ser colocada em prática será a de cadastro de produtores culturais, no primeiro semestre de 2018.

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Entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro, o Recife Antigo recebe o festival Rec’n’Play, focado em experiências digitais. A programação contará com palestras, oficinas, apresentações e mostra de cases de sucesso, divididos em sete temas: tecnologia da informação, internet das coisas, design, games, fotografia, eSports e música. O evento é organizado pelo Porto Digital, Ampla Comunicação e o Grupo Duca.

Haverá ainda uma parte cultural com apresentação do filme de ‘O Rochedo e a Estrela’ Katia Mesel, conversa com Leo Salazar, André Freitas, Paulo André, Estesia, Barro e DJ Dolores sobre o mercado da música e a utilização da tecnologia e de artefatos digitais para melhorar a performance no palco. Além disso, será realizada uma oficina audiovisual só para mulheres, além dos shows que marcam o encerramento de cada dia de evento.

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Confira a programação:

Quinta-feira, 30/11

Workshop – Fabiana Lian e Juliana Magri, do One Stage Lab comandam workshop Nosso Negócio é Show! Sobre o panorama de shows no Brasil. É às 10h, no Centro Cultural dos Correios, durante o Rec’n’Play no Bairro do Recife.

Oficina 1 – Durante o Rec’nPlay, Chico Barros comanda oficina de fotografia de objetos brilhantes e transparentes. A ideia é ensinar como produzir fotografias de objetos usando o mínimo possível de fontes de luz e a utilização de ferramentas de fácil elaboração. É a partir das 9h no Design Center 235.

Oficina 2 - Os audiolivros são uma opção inclusive e tecnológica de acesso à cultura. A Oficina de Audiolivros do Rec’n’Play, ministrada por Katia Cabral, busca orientará sobre os melhores caminhos para a produção. A partir das 9h na sala de aula do Paço de Frevo.

Exposição – O pernambucano Grupo Cria, formado com Camilo Soares, Iezu e Alcione realiza exposição de fotos tiradas por celulares na sala de exibição da Torre Malakoff durante o primeiro Rec’n’Play.

Livro – Uma roda de diálogo sobre a cadeia produtiva do livro em Pernambuco acontece no Auditório do Centro Cultural dos Correios, a partir das 16h. A discussão acontece durante o festival de experiências digitais, Rec’n’Play.

Teatro – Com foco nas artes cênicas do Estado, atores, gestores, empresas de produção e gestores de escolas discutem o artista cênico pernambucano e seu mercado de trabalho. Será no Teatro Apolo, às 16h, durante o Rec’n’Play.

Fotografia – Nomes como Clara Gouveia, Gilberto Tenório, Carlos Cajueiro, Leo Caldas, Bosco Lacerda debatem as oportunidades de mercado para os diferentes segmentos do setor fotográfico. Será às 17h, no Rec’n’Play, no Auditório Centro Cultural dos Correios.

Abril pro Rock – Paulo André comanda roda de conversa no Apolo Beer Café, a partir ds 18h30, sobre o sucesso do Abril pro Rock. O evento faz parte da programação do Rec’n’Play, no Bairro do Recife. A ideia é contextualizar sobre o cenário da produção cultural local.

Sexta-feira, 01/12

Painel – Abordará o ecossistema mundial de galerias virtuais, sobre Distribuição, Empreendimento e Exibição de Fotografia no Mundo, com Jackson Carvalho. O painel acontecerá no dia 1/12, de 18h às 20h30, no Auditório ITBC/Softex.

Conversa – O jogador profissional de LoL, Leonardo Belo, participará de conversa (open table) descontraída sobre o game, no dia 1/12, de 18h ás 19h, no Beer Café.

Oficina de Iluminação para Retrato – Será abordado os tipos mais comuns de retratos feitos em estúdio, do mais simples, usando apenas uma fonte de luz, quanto os mais complexos, onde pode ser usado de três ou mais fontes de iluminação. A oficina acontecerá no dia 1/12, de 17h às 18h, no Centro Cultural dos Correios.

 Música e Áudio para Games – Papo com Diogo Bazante (Conservatório Pernambucano de Música) e Paulo Germano (AESO) sobre como trabalhar compondo músicas e trilhas e efeitos sonoros para jogos digitais (técnicas, metodologias de produção, dicas sobre empreendimento e custos). A conversa acontecerá no dia 1/12, de 14h às 15h30, no Auditório do Paço Alfândega.

Shows – A abertura do Rec’n’Play, festival de experiências digitais contará com diversos shows a partir das 20h, no Bairro do Recife. Subirão ao palco as bandas vencedoras do concurso do festival, além de Arrete, Aninha Martins junto com Graxa e a atração principal, Tagore.

Sábado, 02/12

Audiovisual – A oficina Mulheres no Audiovisual comandada por Carolina Vergolino e Rapha Spencer acontece neste sábado e domingo, das 9h às 17h no PortoMídia. É exclusivo para mulheres.

Workshop – O workshop de criação de objetos artísticos a partir de materiais reciclados acontece a partir das 9h na Galeria 235. Tendo como ponto de partida asassemblages que criamos com materiais reciclados no vilarejo, é proposta uma atividade lúdica de criação de objetos artísticos com materiais coletados em Recife. Será com Nozomi Arisawa (SP) e Diburnagua (ISR).

Feira Criativa – uma reunião de criatividade dominará a Rua do Apolo a partir das 14h. Convidados diversos vão expor durante a Feira Apolo Criativa.

Design - O coletivo baiano Voulta discutirá o cenário e a produção do design na nossa região. A palestra Design do Nordeste para o mundo acontece na Livraria Cultura, a partir das 14h com Bruno Biano.

Animage - O Festival internacional de animação de Pernambuco terá uma sessão especial dentro do REC'n'Play. Será com a turma do Mete a Colher, às 19h, no Auditório 235.

Shows- Para animar o sábado de Rec’n’Play haverá o campeonato de League of Legends no palco principal a partir das 19h. Entre as partidas e para encerramento do dia haverá shows com Ogro Nerd Pocket e Radiola Serra Alta.

Domingo, 03/12

Estimativa de demanda – Sandra Bertini (Cine PE) irá comandar conversa em torno da Estimativa de Demanda para o Audiovisual, na Livraria Cultura, a partir de 9h às 11h30 do dia 3/12.

Oficina audiovisual para mulheres – A oficina é uma promoção do mape – mulheres de audiovisual de Pernambuco e é exclusivo para o público feminino. A atividade será comandada por Carolina Vergolino e Rapha Spencer, na Sala de Treinamento 235, de 9h às 17h.

Fotografia e iphone -  Atividade acontecerá no Centro Cultural dos Correios, de 13h às 16h30.

Oficina de Posters para Cinema – Exclusiva para produção de posters para cinema com o coletivo Voulta, do sertão baiano. Será na Sala de Treinamento 235, de 13h30 às 15h30.

Frevo – Patrimônio Imaterial da Humanidade, o Frevo será discutido neste domingo, a partir das 14h no Paço do Frevo. A palestra abordará a história, tradições e perspectivas para o ritmo pernambucano.

Filme - A cineasta Katia Mesel exibe “O Rochedo e a Estrela” em roda de conversa no Auditório 235 sobre os 50 anos de carreira do audiovisual de Recife. Será a partir das 14h.

Sebrae música – A partir das 15h, um bate-papo informal e descontraído com Leo Salazar, André Freitas, Paulo André, Estesia, Barro e Dj Dolores sobre o mercado da música e a utilização da tecnologia e de artefatos digitais para melhorar a performance no palco.

Música - O Design Center 235 recebe debate sobre os desafios contemporâneos para levar a música brasileira como produto cultural ao cenário internacional com Paulo André Pires (PE) e David McLoughlin (SP).

Shows – para encerrar a primeira edição do Rec’n’Play o palco principal recebe a partir das 16h a banda vencedora doconcurso do festival, além da gravação do DVD de Ogro Nerd, Estesia, Sofia Freira com Pachka, Kalouv e Flaira Ferro.

O Podcast Cultural desta semana recebeu a estudante de Jornalismo Joyce Cursino, que além de se dedicar à vida acadêmica também é atriz e roteirista. Durante o bate-papo, a jovem contou um pouco sobre sua experiência no audiovisual e falou das produções nacionais recentes de que participou, como a série “Squat na Amazônia”, da TV Brasil, e o filme “Eu, Nirvana”, do diretor Roger Elarrat.

Joyce aproveitou ainda para comentar mais sobre o audiovisual na Amazônia e sobre o espaço destinado às mulheres negras dentro dessa área. A jovem também falou da importância do incentivo dado dentro do âmbito acadêmico para o desenvolvimento de produções audiovisuais. Para conferir a entrevista completa, clique no link abaixo.

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Por Alinne Morais, Bárbara Pacheco, Daryl Hannah e Rebeca Nogueira.

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A geração de produtos audiovisuais inovadores para a infância receberá o incentivo de R$ 33 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Os repasses serão distribuídos aos produtores e realizadores por meio de quatro editais que serão lançados, em dezembro, pelo Ministério da Cultura.

As seleções vão abranger curtas-metragens, animações, microsséries e até jogos digitais. A ideia é fomentar o desenvolvimento de produtos de qualidade e incentivar o cinema nacional voltado ao público infantil.

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Quem vencer as concorrências ainda participa de uma capacitação oferecida pelo ministério para aperfeiçoar os projetos apresentados quanto à linguagem transmídia, ou seja, que se valem de diversas plataformas.

A iniciativa fortalece o Programa Nacional de Fomento ao Audiovisual (Proav). Em julho, a iniciativa já contemplou novos roteiristas, curtas-metragens, produção de vlogs, aplicativos culturais, além de festivais e mostras audiovisuais.

Estão abertas as inscrições para as rodadas de negócios do 3º Mercado Audiovisual do Nordeste (MAN), que acontece entre os dias 13 e 18 de novembro, em Fortaleza, Ceará. O evento visa proporcionar negócios e trocas de experiência entre produtoras independentes e players (canais ou plataformas de exibição) locais, regionais, nacionais e internacionais e aceita, pela primeira vez, a participação de organizações dos nove estados do Nordeste.

O evento é promovido pelo 27° Cine Ceará e CONNE - Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte e Nordeste, em parceria com o Ministério da Cultura, Governo do Estado do Ceará, BNDES e BNB. Nos dias 13, 14, 16 e 17, a programação do MAN inclui palestras, painéis, debates e os “players”. No dia 18, serão realizadas as rodadas de negócios. Dentre os canais nacionais e estrangeiros confirmados no evento estão ZooMoo, FoxPremium, National Geographic, NatGeo Kids, A&E Ole Networks - A&E, History, Lifetime e H2, Canal Brasil, Box Brazil Tv e Globo Filmes.

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As inscrições para a rodada de negócios são gratuitas e podem ser feitas até o dia 6 de novembro. Cada produtora audiovisual pode inscrever quantos projetos quiser, desde que eles sejam individualmente ordenados para cada player (empresas de comunicação). A ficha de inscrição e o regulamento podem ser acessados no site.

Serviço//3º MAN - Mercado Audiovisual do Nordeste

Data:13 a 18 de novembro de 2017

Local: BNB Passaré (Av. Dr. Silas Munguba, 5700, Passaré – Fortaleza/CE)

Inscrições: gratuitas

Mais informações:  contato@mercadoaudiovisual.com.br. Site: www.mercadoaudiovisual.com.br

 

Cineastas podem se inscrever, até às 18h de quinta-feira (31), para participar da escolha do longa-metragem brasileiro que disputará uma das vagas entre os indicados ao Prêmio de Melhores Filme em Língua Estrangeira do Oscar 2018.

De acordo com o Ministério da Cultura, interessados em registrar sua produção no processo seletivo devem acessar o sistema desenvolvido pela pasta, onde será feita a armazenagem do longa-metragem, que deverá conter até 20 GB.

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Com o sistema, o processo ganha em agilidade e sustentabilidade, já que será a primeira vez que a inscrição para o prestigiado prêmio será totalmente eletrônica. “O novo método serve como uma alternativa mais sustentável e célere, ao dispensar a tramitação de papéis e mídias via Correios”, informou o ministério, em nota.

Não haverá limite de quantos filmes podem ser inscritos por produtora ou distribuidora. Porém, só podem concorrer os filmes lançados e exibidos inicialmente no Brasil, em sala de cinema comercial, por no mínimo sete dias consecutivos, entre 1º de outubro de 2016 e 30 de setembro de 2017.

O anúncio do resultado da seleção será feito pela Comissão Especial de Seleção do Oscar 2018 no dia 15 de setembro.

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A Universidade da Amazônia (Unama), por meio da TV Unama, realizará o bate-papo "Criação de formatos audiovisuais", na próxima quinta-feira (31), com Marcio Motokane, diretor artístico do canal Futura. O bate-papo será realizado no auditório D200, no campus da Alcindo Cacela da Unama, às 19 horas. A entrada é franca.

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Marcio Motokane tem pós-graduação em Direção de Arte para TV e Cinema. Desde 1993 atua no mercado nacional e internacional exercendo as funções de diretor artístico e diretor de programas em variados formatos televisivos, editor e finalizador artístico, produtor de programas de TV e roteirista em emissoras como BAND, HBO, Chile filmes, Canal Brasil, Multishow e Futura.

O bate-papo tem como objetivo promover uma renovação dos conceitos de formatos e referências visuais para estudantes, profissionais e interessados pelo assunto, considerando novas possibilidades do mercado num ambiente em que a internet altera o modo de fazer audiovisual. Uma das propostas do evento é analisar os conceitos que envolvem o universo criativo durante os processos de construção nas narrativas audiovisuais, bem como sugerir critérios para auxiliar e analisar as estruturas do formato.

Aberto ao público, o evento ainda abordará questões como criação, desenvolvimento e adaptações de projetos audiovisuais com o foco na criação.

Serviço

Dia: 31/08

Bate-Papo "Criação de formatos audiovisuais", com Marcio Motokane

Local: Auditório D200, Unama - Alcindo Cacela

Horário: 19h

Por Ariela Motizuki.

 

 

Os desmandos da política, uma aguda crise econômica e um momento de disputa eleitoral em um pequeno município do Nordeste. Esse é o mote para a série de TV Os Ovos da Raposa, que está sendo produzida em Pernambuco. A primeira exibição da série está programada para maio de 2018, pela Empresa Brasileira de Comunicação - EBC.

Os Ovos da Raposa tem texto do alagoano radicado em Pernambuco, Valdir Oliveira, e produção da Cabra Quente Filmes. Trata-se de uma sátira política inspirada no anedotário popular nordestino com 13 capítulos de 26 minutos de duração cada. A série foi rodada nas cidades de Paudalho, Igarassu e Recife e contou com uma equipe 100% nordestina.

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O elenco traz nomes conhecidos como Marcélia Cartaxo, Lívia Falcão, Walmir Chagas, Giordano Castro, Isaar, Olga Ferrário e HIlda Torres, entre outros. Também participaram da produção cerca de 80 figurantes da região de Paudalho. Já a trilha sonora traz canções de Alceu Valença, Arina Costa e Flávio de Souza.

Confira o teaser da produção

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Vontade de mostrar e produzir o audiovisual, aproximar os estudantes de cinema e comunicação, e principalmente movimentar o cenário audiovisual. Essas são algumas das motivações dos realizadores dos principais festivais de cinema e audiovisual do norte do país. São inúmeros os desafios, ainda mais quando se trata de produção independente. A realização desses festivais vem incentivando jovens a produzirem conteúdo audiovisual na Amazônia.

Idealizado pelos jornalistas Enderson Oliveira e Ana Carolina Almeida, o Festival Audiovisual de Belém (FAB) surgiu em 2012, ainda como trabalho do coletivo “CLIC”, e passou de um evento de pequeno porte para um festival realizado anualmente no cinema mais antigo em funcionamento no país, o Cine Olympia, em Belém. “O coletivo CLIC realizou um evento (Clic em Cena) sobre audiovisual, antes do FAB. Saí de lá muito incomodado e com vontade de fazer algo mais. A partir daí, eu e a Ana Carolina, então também coordenadora, começamos a pensar em algo maior, um festival. Nosso lema, pelo CLIC, era muito claro: "Se não tem em Belém, vamos fazer"”, revela o atual coordenador do FAB, Enderson Oliveira.

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Em cinco anos de festival, O FAB já acolheu diversos tipos de vídeos, de vários Estados do país. Curtas-metragens, videoclipes, vídeos experimentais e documentários são selecionados anualmente para passar na tela do Cine Olympia. Após todos esses anos, o festival tenta sempre se renovar e trazer ainda mais possibilidades para o audiovisual paraense, olhando especialmente para a nova geração. “A única aposta que acho possível atualmente é se voltar para as crianças, tentar ajudar os infantes a mudarem um pouco suas concepções - partindo do amor pela cidade - e transformar Belém em algo melhor em todos os sentidos”, afirma Enderson.

Há também espaço para quem ainda está começando. Os festivais universitários de audiovisual movimentam a cidade e atraem estudantes de diversos cursos de graduação. Em 2017, em sua 14ª edição, o Festival Osga de Vídeos Universitários, realizado pelo curso de Comunicação Social da Universidade da Amazônia (Unama), começou com uma brincadeira em sala de aula e hoje se tornou um dos maiores e mais antigos festivais universitários de audiovisual do norte. “O festival Osga começa dentro de sala de aula, o nome já existia em algumas brincadeiras, e incorporamos ele na produção audiovisual de uma disciplina, para que os alunos pudessem vivenciar essa produção”, explica o professor e idealizador do Festival Osga, Ricardo Harada.

Esse ano, o festival abrirá pela primeira vez suas inscrições nacionalmente, e traz diversas novidades, como o “Osga na Escola”, que levará o cinema até o ensino médio. Vinte escolas de Belém irão participar de oficinas e palestras sobre audiovisual. No final, será eleito o melhor vídeo minuto ou vídeo de celular. “Esse ano o Osga traz várias novidades, principalmente relacionadas à abrangência. Ele passa a ser nacional. Em todas as unidades do Grupo Ser Educacional, do qual a Unama faz parte, nós iremos divulgar o Osga em várias regiões do país”, conta o Coordenador de mídias da Unama, Mário Camarão. “O Osga que começou de maneira muito tímida em sala de aula, hoje ganha uma nova roupagem, se ampliando e principalmente para poder fortalecer essa produção videográfica e audiovisual, no Estado, na Amazônia e no país”, completa.

O reconhecimento da importância dos festivais não se limita apenas à região Norte. O Festival Audiovisual Universitário de Belém - Toró, em apenas duas edições, já possui reconhecimento de universitários e produtores de todo o Brasil. “O maior retorno é o aumento no número de participantes e de espectadores. O Toró já se tornou um festival esperado não só por moradores de nossa cidade, mas também por universitários de outros Estados”, afirma Yasmin Maia, estudante do curso de Cinema e Audiovisual da UFPA que integra a equipe do festival.

Os destaques também se devem ao aumento de produções locais. A cada ano os festivais recebem mais inscrições de produções locais. “É interessante destacar também que o número de trabalhos realizados por estudantes locais só vem aumentando e, assim, podemos mostrar que existe sim produção audiovisual no Norte do país”, finaliza Yasmin. Veja o calendário dos principais festivais de cinema e audiovisual da região: 

Festival Osga de Vídeos Universitários - Belém - Novembro de 2017

FAB - Festival Audiovisual de Belém - Belém - Novembro de 2017 (a definir)

Festival Toró - Festival Audiovisual Universitário de Belém - Novembro de 2017

Festival FIM Imagem-Movimento - Amapá -  3 a 9 de dezembro de 2017

Festival Internacional Pachamama – Acre - Inscrições abertas (08 de maio - 04 de agosto)

Festival Latino-Americano de Cinema Ambiental - FESTCINEAMAZÔNIA - Rondônia - Novembro de 2017 (a definir).

Festival Um Amazonas - Manaus - Outubro de 2017 (a definir)

Por Ariela Motizuki.


Lançado recentemente pelo Ministério da Cultura (MinC), o Programa Nacional de Fomento ao Audiovisual (Proav) promete fomentar o setor. Mais de R$ 8 milhões estão previstos para 135 projetos, contemplando, pela primeira vez, trabalhos para canais de internet e aplicativos, além dos festivais e mostras tradicionais do segmento audiovisual.

Cinco editais estão disponíveis, sendo dois deles em apoio à juventude vlogueira e em incentivo a aplicativos e jogos eletrônicos culturais. Também há editais em prol da produção de curtas-metragens, roteiros, mostras e festivais. Segundo a secretária do Audiovisual do MinC, Mariana Ribas, são notáveis as dificuldades de captação de recursos entre os profissionais da área, entretanto, o Proav quer melhorar esse contexto, além de dar oportunidades às novas tecnologias do segmento.

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"Entendemos a dificuldade enfrentada pelos produtores no momento da captação de recursos para a execução de seus projetos. A primeira fase foi a criação dos editais, quando pensando os conceitos, como delimitar o escopo dentro da verba que tínhamos disponível. O segundo momento trata-se da abertura das inscrições, processo de seleção, o resultado dos projetos selecionados e o repasse da verba, que, acreditamos, será feito ainda este ano. Estamos convencidos de que o MinC precisa estar atentos às vocações de cada região e, sobretudo, entender o que os jovens estão pensando", comentou Mariana, conforme informações do site oficial do MinC. 

As inscrições para o Proav podem ser feitas até 21 de agosto, por meio do endereço virtual do Ministério da Cultura. Pelo mesmo site é possível obter outros detalhes informativos acerca do programa. Confira também, a seguir, a descrição dos editais divulgada no site do Minc. 

Veiculação na internet

Para incentivar a produção de novas mídias, o Programa Nacional de Fomento ao Audiovisual vai apoiar a criação de 16 canais de veiculação gratuita na internet por meio de dois editais. O edital direcionado à juventude vlogueira reservará R$ 50 mil cada um dos contemplados, que deverão postar vídeos periodicamente. Pelo edital App Pra Cultura, 40 aplicativos e jogos eletrônicos culturais serão agraciados com R$ 20 mil cada, sendo que 20 aplicativos devem ser voltados especificamente para o cinema.

De acordo com a secretária do Audiovisual do MinC, Mariana Ribas, a criação de um edital voltado exclusivamente para novas mídias tem como uma de suas metas a renovação do mercado. "O jovem hoje tem sua primeira experiência com o audiovisual por meio da internet. Com uma câmera de celular, é possível produzir conteúdo voltado para o setor de audiovisual. Nós, do Ministério da Cultura, sabemos que muitos estão trabalhando por conta própria. Por essa razão, decidimos criar um incentivo para que esses jovens continuem produzindo conteúdos e possam imprimir ao setor um novo ritmo", destacou.

Diretoras mulheres e novos roteiristas

O Programa contempla também editais já tradicionais da SAv, como o de curtas-metragens e o de roteiro. O Edital de Apoio à Produção de Curta-Metragem selecionará e apoiará a produção de 45 obras audiovisuais, de 10 a 15 minutos. Serão duas modalidades, uma de temática e público livres, contemplando 30 obras, e uma voltada às diretoras mulheres, com temática livre, configurando-se como a segunda edição do edital Carmen Santos, realizado em 2013. O valor do apoio a cada projeto é de R$ 80 mil.

O Edital de Desenvolvimento de Roteiros Cinematográficos - Novos Roteiristas selecionará 12 projetos de roteiros cinematográficos de longa-metragem, com o valor de apoio, por projeto, de R$ 40 mil.

Mostras e festivais

O apoio a mostras e festivais, por meio de edital, além de uma demanda antiga do setor audiovisual, é outra novidade do Programa. O incentivo a esse tipo de evento só se tornou possível após publicação da Portaria do MinC Nº 27/2017, que criou o Programa Nacional de Apoio a Festivais e Mostras Audiovisuais. 

Este é o primeiro edital para mostras e festivais depois da publicação da portaria. Ele foi dividido em três modalidades, que levam em consideração o número de festivais e a quantidade de edições realizadas anteriormente. A primeira categoria, que reserva R$ 80 mil por projeto, selecionará 10 festivais ou mostras audiovisuais que tenham, no mínimo, duas edições realizadas. A segunda categoria terá R$ 150 mil por projeto e beneficiará oito festivais ou mostras audiovisuais com no mínimo cinco edições promovidas. Por último, serão pagos R$ 250 mil por projeto para quatro festivais ou mostras audiovisuais que já tenham pelo menos 10 edições já executadas. 

O São Luiz, mais tradicional palco de cinema do estado de Pernambuco, abrigou mais uma noite de sucesso do Cine PE Festival Audiovisual. Nesta sexta-feira (30), foram exibidos os três curtas metragens "O menino do canto do mar", do Diretor Ulisses Andrade, "Peleja no Sertão", de Fábio Miranda, e "Mulheres negras, projetos de mundo", de Day Rodrigues e Lucas Ogasawara Argumento. No quesito longa metragem, as telonas foram ocupadas pelo filme "O crime da Gávea", de André Warwar.

Na ocasião, a fila de espera trouxe a presença não só do público em geral, mas também dos bastidores das produções que também viraram plateia. Por lá, entre os presentes, compareceram o ator Rildo Saraiva, o roteirista Marcílio Moraes e Sandra Bertini, diretora do festival. Saiba mais detalhes sobre a quarta noite de exibição do Cine PE assitindo ao vídeo:

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A construção de narrativas, sejam elas literárias, musicais, televisivas ou cinematográficas, assume um papel social e convida o espectador ao exercício da reflexão diante de diferentes contextos. As temáticas aparecem como espelho do cotidiano, ficção e realidade se confundem. Nos versos ou cenas, surgem os mais variados temas: machismo, racismo, homofobia ou misoginia ganham espaço dentro dessas manifestações artísticas. A arte, com toda sua liberdade de criação, passa a ser alvo de problematizações que tem as redes sociais como principal canal de exposição do descontentamento.

Se de um lado temos a turma dos textos “lacradores”, do outro, pessoas afirmam que estamos vivendo a ditadura do politicamente correto e o da fiscalização excessiva. Um impasse cada vez mais acirrado e que está longe de ser resolvido. 

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O LeiaJa.com ouviu artistas, professores, coletivos e consumidores de arte para entender as razões, confrontar discursos e saber até que ponto ficção e realidade se misturam a ponto de interferir na construção do caráter do indivíduo.

“Um dos méritos da arte é justamente o de nos fazer enxergar perspectivas diferentes”

A definição de arte, segundo o Dicionário Aurélio, é a “capacidade ou atividade humana de criação plástica ou musical”. Na sabedoria popular, temos que ela é a maneira pela qual expomos sentimentos ou realidades de mundo. O fato é que a arte toma, cada vez mais, dois caminhos distintos: o de simples entretenimento e o de compromisso ético e social.

O professor de Língua e Literatura da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Garanhuns, João Martins, ressalta o papel da arte e do artista como agentes sociais. “Espera-se da arte um compromisso ético, mesmo que seja limitado ao universo criado pela narrativa. O artista deve ter um compromisso social sim, mas devemos entender esse compromisso de modo amplo. Não é preciso ser ‘panfletário’ para ter compromisso social”, ressalta.

Segundo ele, o universo artístico possibilita a ampliação de perspectivas e o aparecimento de diferentes vozes. “Um dos méritos da arte é justamente o de nos fazer enxergar perspectivas diferentes daquela que as pessoas estão habituadas a tomarem como normal e normativa. A arte que permanece é aquela que remexe nossas certezas – estéticas, filosóficas, morais – e nos mostra outras perspectivas de sermos mais humanos”, defende. 

Quando questionado sobre a possível influência das narrativas nos discursos ou em comportamentos sociais, o professor universitário é categórico. “Do meu ponto de vista, um livro ou um filme pode apenas incitar a reprodução da ficção no real se já houver alguma inclinação latente no indivíduo. Algumas vezes, inclusive, a leitura que se faz é totalmente desviante dos caminhos de interpretação dada pela obra”, explica.

O negro, a mídia e a representatividade

A questão da representatividade de negros e negras na Tv sempre rende calorosas discussões. Acredita-se que a mídia, como meio de comunicação de massa, exerce influência sobre seus espectadores. Logo, tudo que nela é veiculado pode estar a serviço da quebra de paradigmas ou do reforço de alguns discursos carregado de preconceitos e exclusão. 

Para Beatriz Santos (no centro da foto), do Coletivo Cara Preta, os negros sempre estão ocupando na mídia papéis menores e cargos submissos aos de pessoas brancas. “Na televisão e no cinema, estamos sempre ocupando cargos subalternos aos de pessoas brancas, somos em grande escala retratados como vilões, o/a marginal a ser combatido/a, a empregada doméstica, o/a drogado/a. Ainda são poucas as produções que colocam o negro em um lugar plausível, equivalente, igualitário aos que atores e atrizes brancos/as assumem”.

Ela afirma também que esses estereótipos reforçam o pensamento e o discurso racista presentes na sociedade e na mídia. Segundo Beatriz, há um estranhamento, por parte de algumas pessoas, quando o negro ou negra assume um papel de destaque em uma narrativa. “É como se esses lugares não nos pertencessem, ignoram a contribuição cultural, social e intelectual que, continuamente, fornecemos. Ainda somos permeados por uma relação de poder puramente racista e excludente” aponta.

Sob uma perspectiva diferente, a gestora ambiental Helena Silva vê a necessidade de manter o equilíbrio sobre o assunto. Ela acredita que não há exagero ou “mimimi” por parte de grupos negros, mas chama atenção para o fato das telenovelas e filmes apresentarem apenas a realidade. “Quando em uma novela ou filme o negro aparece como pobre ou exercendo a função de empregado doméstico está mostrando a realidade do Brasil, infelizmente é a realidade. Dificilmente você encontra um negro que é diretor. Então, a mídia está aí para expor o que realmente acontece na sociedade”, argumenta.

Monteiro Lobato, mais conhecido por suas obras para o público infantil, tem inúmeras vezes seu nome associado ao racismo. Em 2014, foi levado ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de retirada das escolas públicas do livro 'Caçadas de Pedrinho' (1933), de Lobato, por ser considerada racista. Na época, o ministro Luiz Fux indeferiu o pedido. 

Na obra, o autor se refere à Tia Nastácia como “macaca”.  “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou que nem uma macaca de carvão pelo mastro de São Pedro acima, com tal agilidade que parecia nunca ter feito outra coisa na vida”.  E as associações não param por aí: "Não é à toa que os macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens”.

A representante do Coletivo Cara Preta defende a retirada da obra das escolas. “Não é assim que devemos ser retratadas, não é desse modo que quero que minhas futuras filhas se enxerguem. As escolas públicas são negras, a grande maioria dos alunos são negros/as e pardos/as, é muito duro crescer sem representatividades positivas”, justifica.

Ela também chama atenção para outra obra do mesmo autor, 'Negrinha'. '' Negrinha não teve direito nem a ter um nome, e é assim que o racismo nos trata diariamente, ele substitui nossos nomes por apelidos racistas. A senhora que trata da personagem é totalmente sem coração, trata a menina como se fosse um ser desprovido de sentimentos, mas é uma senhora caridosa e piedosa, diferente do contexto que Negrinha vivenciava sob seus cuidados”, aponta.

As mulheres no audiovisual

A forma como o cinema apresenta a figura feminina é uma problemática que permeia o discurso daqueles que lutam pelas minorias ou pela igualdade de gênero. Para o Coletivo Marcha da Vadias, as personagens femininas são construídas sob a ótica masculina e reforçam estereótipos. Uma das integrantes do grupo, que pediu para não ser identificada, afirma que “A mulher no cinema está relacionada ao olhar masculino. Geralmente elas possuem características físicas, psíquicas e intelectuais que condizem com o que os homens esperam de uma mulher. Se for uma mulher branca e jovem, o papel da boa mãe, esposa e/ou mulher indefesa são bem característicos. No caso das mulheres negras, a hipersexualização de seus corpos é um estereótipo marcante na cultura racista e sexista do Brasil”.

Afirma-se que na sétima arte, a violência contra mulher, física ou psicológica, e a cultura do estupro são temas recorrentes e que, nem sempre, são vistos como reflexão ou educativo, mas, como reforço de um pensamento misógino que alimenta a sociedade patriarcal. Sobre isso o coletivo expõe que há sim a necessidade de se retratar essas temáticas no cinema e televisão, desde que não sejam naturalizados ou como ações não passíveis de punição. “Temas referentes à cultura do estupro e à violência devem ser abordados nos filmes. Entretanto, estes atos não devem ter um tom de normalidade. Deve-se deixar claro que são ações inaceitáveis e passíveis de punição. Deve-se demonstrar que os personagens que praticam atos de violências em qualquer nível devem ser punidos. Não pode ser permitido que estes atos sejam entendidos como naturais ou sejam tratados como ações impunes”, argumenta a militante.

O cineasta argentino Gaspar Noé é responsável por um dos filmes mais polêmicos da história. Em 'Irreversível' (2002), a personagem Alex, interpretada pela atriz Monica Bellucci, é estuprada e agredida. A cena, com duração de nove minutos, é considerada a mais forte sobre o tema. Em entrevista à revista Época, Nóe afirmou que a temática devia ser explorada ao máximo na narrativa, pois 'Irreversível' fala sobre violência. “Irreversível é um filme sobre violência. Quando se escolhe um tema, ele deve ser exposto ao máximo. Se amanhã eu fizer um filme de humor, me esforçarei para ser muito engraçado. Quando as imagens são fortes de uma forma ou outra, elas ficam gravadas na mente das pessoas. Quando 'Irreversível' estreou, o impacto foi muito forte. Por isso, segue existindo no subconsciente de muita gente”, expôs.

Seguindo uma perspectiva similar, o filme 'Baixio das Bestas' (2006), do diretor pernambucano Cláudio Assis, apresenta uma cena de estupro coletivo, protagonizado pela atriz Dira Paes. Fala-se que o episódio reforça a questão da cultura do estupro e coloca a mulher em condição de submissão. 

“Filmes como esse (Baixio das Bestas) tratam a violência contras as mulheres de maneira irresponsável. Cria-se uma estética em que a mulher é tratada como objeto e a violência glamourizada. Não há uma discussão sobre essa violência ou como essas mulheres são vistas no filme. Todos os diretores deveriam sempre fazer um avaliação de sua responsabilidade na produção de um filme e refletir como sua obra pode contribuir ou não ainda mais para a violência. A arte possui uma responsabilidade social e devem refletir sobre como contribuem para a violência na vida real”, aponta a representante do Coletivo Marcha das Vadias.

O cineasta defende sua obra. Para Assis, o longa-metragem é uma denúncia sobre a violência sofrida pelas mulheres. “O filme é uma denúncia sobre a cultura do estupro, que não só acontece aqui em Pernambuco, mas em todo o país. Quando foi lançado, recebi elogios, então não entendo o porquê da crítica. Cada pessoa tem um jeito de interpretar e encarar essa temática. O projeto, meu e do Hilton Lacerda, é denunciar essa ação. É uma obra de arte e deve-se entender a função dela”, argumenta.

A vigilância e o politicamente correto

Se de um lado temos pessoas e grupos que questionam e problematizam a fim de romper com alguns discursos entranhados na nossa cultura, do outro lado encontramos quem enxerga esse movimento como exagero promovido pela onda do politicamente correto.

O professor de Filosofia e História da Arte Henrique Farias acredita que é necessário ter bom senso e o politicamente correto está ligado à ideologia político-partidária. “O animal humano se diferencia dos outros animais por ter a aptidão do bom senso. Por isso, entendo que o politicamente correto se direciona principalmente a uma necessidade de um cuidado presente no campo da linguagem, seja este ligado ao entretenimento ou aos diálogos de bar. O ponto central é que o cuidado, quando passa a ser desmedido, mostra um objetivo estritamente de natureza política, ou em seu sentido primário, de poder partidário”.

“Como pressuposto ideológico do socialismo, o politicamente correto é utilizado como mais uma artimanha da extrema esquerda. Mesmo quando suas consequências e objetivos possam parecer humanistas, destrói a responsabilidade individual, que é a base do liberalismo, sempre sob uma esteira linguística que termina frequentemente numa abordagem que pressupõe grupos ou minorias. Por isso, acredito que uma proposta de reformulação das leis que defenda o indivíduo enquanto indivíduo, preservando o bom senso humano, seria mais interessante do que fiscalizar humoristas, por exemplo”, complementa.

A opinião é contestada pelo professor universitário João Martins: "Para aqueles que acusam pessoas de abraçarem a vigilância do politicamente correto, afirmo que ainda não entenderam que o maior mérito da arte é o de nos tornar menos desumanos. O que se espera da sociedade é que ela evolua para a civilização, o que não significa progresso tecnológico, mas uma organização em que os que estejam em condições de fragilidade sejam protegidos pelos que estão em melhor posição".

A 3ª edição da Mostra Pajeú de Cinema começa nesse domingo (14), e vai até o dia 20. Serão sete dias de exibição e reflexão de filmes no Cine São José, em Afogados da Ingazera, no Sertão pernambucano. Serão exibidos 37 curtas e nove longa-metragens, totalizando 46 filmes de dez diferentes estados, e, entre eles, 22 nunca exibidos em Pernambuco. O evento é gratuito e contará com mesas, debates e oficinas. A direção é assinada por William Tenório e Bruna Tavares e a curadoria fica por conta do crítico e pesquisador André Dib. 

Entre os títulos inéditos no Estado estão os curtas "Diamante – O bailarina”, “O estacionamento”, “Ferroada”, “Impeachment” e “Vazio do lado de fora”, este último, selecionado para o próximo Festival de Cannes. Entre as produções pernambucanas estão "Na missão, com Kadu", "Ainda me sobra eu", "FotogrÁfrica" e o inédito “Luz, Câmera, Carona!”. Outros destaques da programação são o filme "Entre os homens de bem", produzido sob o ponto de vista do deputado Jean Wyllys e que aborda de forma crítica a postura geral dos membros do Congresso Nacional, “O silêncio da noite é que tem sido testemunha das minhas amarguras”, rodado no Sertão do Pajeú e da Paraíba, que faz um panorama da poesia na região e "Joaquim", que trata da história de Tiradentes.

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A programação inclui também as mesas "Cinema, Educação e Direitos Humanos", formada por Rosinha Assis (Recifest), no dia 16, com Anna Andrade (Mulheres no Audiovisual PE e Cartas ao Mundão) e Alexandre Pankararu (Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo); "Cinema, luta e resistência" composta por Elaine Una (Cineclube Casa Farol e Movimento #OcupeCineOlinda), no dia 17, com a jornalista Priscila Urpia (Cineclube CineRua / Movimento #CineRuaPE) e o realizador Pedro Severien (Ocupe Estelita) e "Participação e representação do negro no audiovisual", formada pela atriz Dandara de Morais, a realizadora Juliana Lima (Mulheres no Audiovisual PE) e Igor Travassos (produtor, realizador e cineclubista).

Já as oficinas da 3ª MCP serão realizadas entre os dias 8 e 13 de maio. Ao todo quatro oficinas serão ministradas na Secretaria Municipal de Assistência Social de Afogados de Ingazeira: captação de som, edição, produção e crítica de cinema, distribuídas nos turnos da manhã, tarde e noite.

Para conferir a programação completa basta acessar o site da Mostra Pajeú de Cinema.

Serviço

3ª Mostra Pajeú de Cinema

14 a 20 de maio

Cine São José (Avenida Rio Branco, 619, Afogados da Ingazeira – PE)

Gratuito

 

Entre os dias 21 e 30 de abril, junto ao terceiro Encontro Internacional de Audiodescrição, será realizado no Recife a IV Edição do Festival VerOuvindo. O evento tem como objetivo promover maior acessibilidade do público deficiente visual e auditivo ao conteúdo cinematográfico.

Nos dez dias do festival haverá promoção de debates, experimentos e estudos ligados à acessibilidade no audiovisual. A programação inclui a exibição de curtas e longas nacionais e regionais, além de uma Mostra Competitiva de projetos ligados à área, Masterclasses, mesas redondas, oficinas e bate-papo após as sessões. 

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Uma das inovações do festival esse ano será um óculos modificado para auxiliar o público com necessidades especiais, oferecendo audiodescrição e Libras. O novo recurso será utilizado durante a apresentação do filme "Shaolin do Sertão", de Halder Gomes, no domingo (30). Além disso, a acessibilidade comunicacional do evento agora abrange todas as pessoas com deficiência sensorial, a partir da inclusão de legendas para surdos e ensurdecidos. Outra novidade é a adição da categoria para iniciantes na Mostra Competitiva de Curtas com Audiodescrição. 

As inscrições para participar do júri popular da Mostra ainda estão abertas. Ela acontece no dia 27 de abril, a partir das 17h30, no Cinema do Museu, e contará com duas categorias: iniciante geral. O júri popular será composto por cinco pessoas com deficiência visual e quatro sem deficiência. O vencedor escolhido pelo júri levará R$ 500 e o troféu de Melhor Audiodescrição do VerOuvindo 2017. Para mais informações, acesse o site do VerOuvindo.com 

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Serviço

IV Edição do Festival VerOuvindo
Sexta (21) a Domingo (30) | 14h
Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175 - Boa Vista) | Cinema do Museu (Rua Henrique Dias, 609 - Derby) | Paço do Frevo (Rua da Guia, s.n. - Recife)
Gratuito
(81) 1234 5678

A Agência Nacional do Cinema (Ancine) reconheceu a baixa participação de mulheres no audiovisual e estuda ações para equilibrar a concessão de financiamento público. Segundo levantamento inédito da própria Ancine, das 2.583 obras audiovisuais registradas ano passado na agência apenas 17% foram dirigidas e 21% roteirizadas por mulheres, embora mais da metade da população brasileira seja feminina. 

A pesquisa foi feita apenas em obras comerciais do chamado conteúdo de espaço qualificado, que exclui produções jornalísticas, esportivas e publicidade, por exemplo. Assim como no cinema ou na TV, predomina o olhar masculino, afirmou a agência.

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"[Os dados] nos levam a entender que a construção das narrativas, que vêm dos roteiristas e dos diretores, por mais que os produtores participem, é dos homens. O olhar que vai construir o imaginário de nossa sociedade e novas gerações, é masculino”, acrescentou a diretora da Ancine, Debora Ivanov, durante a apresentação do estudo, no Seminário Internacional Mulheres no Audiovisual.

Índices

O evento foi realizado na quinta-feira (30), no Rio de Janeiro, e contou com a apresentação de experiências do Canadá e da Suécia para promover a paridade.

De acordo com o levantamento, as mulheres têm uma presença maior entre os produtores (41%) e diretores de arte (58%). Entre os diretores de fotografia, chegam apenas a 8%.

Em vez de mostrar uma evolução natural da presença feminina no audiovisual, a Ancine surpreendeu ao revelar queda. Em 2015, mulheres dirigiram e roteirizaram 19% e 23% das obras de espaço qualificado, números que diminuíram para 17% e 21% em 2016. Nos últimos oito anos, conforme o balanço, os índices flutuaram. Mulheres dirigiram 10% dos filmes em 2014, sem nunca ultrapassar 24% de todas as produções, recorde observado em 2012.

Paridade

A agência também constatou que, quanto mais cara a produção, menor o número de mulheres. “Observamos mais mulheres quando é um curta ou média-metragem, porque são mais baratos. Nossa presença é maior no documentário que na ficção, o que corrobora a visão de que em obras de custo menor temos mais oportunidades”, lembrou Debora.

Para mudar o cenário, a diretora informou que a agência adotou a paridade de gênero nas comissões de avaliação dos filmes que concorrem ao Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), com a presença de pelo menos uma pessoa negra. Outro passo para facilitar o acompanhamento é a obrigatoriedade de autores autodeclararem o gênero ao registrarem as obras. O monitoramento da identidade étnico-racial não foi confirmado dessa vez.

Mulheres negras

O levantamento da Ancine não soou como novidade no setor. Pelo menos desde 2014 pesquisas revelam a ausência de mulheres e de negros no cinema nacional. 

Dados atualizados do Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa (Gemaa), vinculado ao Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj),  que acompanha o tema, mostram que mulheres negras não dirigiram ou roteirizaram um filme sequer entre os de maior bilheteria no período de 1995 a 2016. O percentual de homens negros nas duas categorias não passou de 2% na direção e 3% no roteiro, enquanto homens brancos dirigiram 85% e roteirizaram 75% das principais produções nacionais.

Realizadoras negras reforçaram no seminário a necessidade de se criar medidas específicas para garantir pluralidade de falas e olhares.

“A gente tem urgência de transformação e as políticas públicas não caminham nessa velocidade. Estamos incomodadas. A gente não pode ser 24% da população (mulheres negras) e não estar representada”, disse a diretora do Fórum Itinerante do Cinema Negro e doutora em História, Janaína Oliveira. 

“Existem dados [sobre mulheres negras no audiovisual], precisamos desses dados. Precisamos avançar. Se formos esperar  o formulário da Ancine incluir raça, terão se passado 15 anos”, criticou.

Coletivo

Segundo Janaína, apesar disso, mulheres negras estão produzindo, especialmente curtas e webséries. Ela destacou a participação da realizadora negra Yasmin Thayná no festival de cinema de Rotterdam, um dos mais importantes do mundo, ao lado do ganhador do Oscar, Jerry Benkins, e que quase não repercutiu no Brasil.

O Coletivo Vermelha, criado em 2014, após divulgações das primeiras pesquisas sobre ausência de mulheres no audiovisual, avaliou que as disparidades são reflexo da sociedade e propuseram uma lista de ações para enfrentá-las

“Por que a classe cinematográfica aceita a regionalização e tem tanta resistência à paridade de gênero?”, questionou Caru Alves de Souza. “As narrativas e imagens ajudam a construir identidades, formar valores e comportamentos. Existe uma responsabilidade de quem cria, financia, repercute e de quem escolhe“, completou Manoela Ziggiatit. Elas leram um manifesto durante o seminário.

Outra realizadora de cinema e TV, Renata Martins, aproveitou o evento, ao lado da diretora de Bicho de Sete Cabeças, Laís Bodanzky, para apelar aos colegas do setor e cobrar diversidade nos sets. “Chamo as mulheres brancas, especialmente. Dos homens brancos, não espero muito. Esse convite é para a gente pensar nossa equipe, nossa sala de criação, com quem estamos fazendo nossas trocas [profissionais].” Renata é pós-graduada em linguagens e artes pela Universidade de São Paulo e idealizadora da websérie de sucesso Empoderadas.                                                           

Elenco

Apresentada pela cientista política Marcia Rangel Candido, a pesquisa do Gemaa,  com os filmes de maior bilheteria e que dominam o mercado, também avaliou a participação de mulheres nos elencos. O resultado é que a cada 37 homens brancos, uma mulher negra aparece, mas não em posição de prestígio.  “A representação de mulheres negras quando estão protaganizando,  é estereotipada, hiperssexualizada”, afirmou a cientista.

A Ancine respondeu que está atenta “à interseccionalidade” e vem fazendo avanços. “Conseguimos incluir no planejamento para os próximos 4 anos o compromisso de se dedicar a questões de gênero e raça em todas ações de fomento”, disse Debora Ivanov.

O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual, também pretende lançar, em abril,  a 2ª edição do edital Carmem Santos, que dará bônus a propostas de curtas-metragens apresentadas por mulheres. Devem ser distribuídos R$ 60 mil para 15 projetos.

Com casa lotada, o Cine Olympia, o cinema mais antigo em funcionamento do Brasil, abrigou a mostra de vídeos de jovens estudantes, que revigoram a produção audiovisual na região. Confira na galeria imagens que marcaram a premiação que marca os 13 anos do Festival Osga de Vídeos Univesitários.

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“Pretas”, curta-metragem que denuncia o preconceito contra os negros no País, foi o grande vencedor da 13ª edição do Festival Osga de Vídeos Universitários. Além de ganhar na categoria melhor curta de ficção, a produção também levou as estatuetas de melhor figurino, melhor produção, melhor edição, melhor atriz e melhor direção em cerimônia neste domingo (27), no Cine Olympia, em Belém.

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Também foram premiadas as produções “S.P.G – Seriado Policial Genérico” (melhor vídeo-minuto), “Atrium” (melhor videoarte), “Viva o Auto” e “Cordão do Galo” (melhores mini documentários), “História de Sophia” (melhor cartaz, melhor campanha de divulgação e melhor fotografia), “Eu Tô Bem” (melhor fotografia), “Abantesma” (melhor trilha sonora) e “Precipitação” (melhor roteiro). 

A cerimônia de premiação foi o ponto alto de uma programação de quatro dias, sempre casa lotada, com mostra de todos os vídeos classificados na telona do Cine Olymipia, a sala mais antiga em funcionamento no Brasil. O cinema abriga o Festival Osga pelo quinto ano consecutivo. 

Nesta edição, o Osga recebeu novamente número recorde de inscrições, com equipes formadas por universitários da Universidade da Amazônia (Unama) e outras instituições de ensino superior do Estado. Os vídeos foram julgados por especialistas, críticos e cineastas com experiência comprovada.

A premiação foi aberta pelo professor Mário Tito Almeida, diretor do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) da Unama, que abriga o curso de Comunicação Social, organizador do Osga. “Este festival cresce a cada ano e reforça a produção audiovisual feita por amazônidas”, destacou o diretor. 

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Neste ano, com tema “Sob a chuva”, o Festival Osga recebeu produções relacionadas a temas da ordem do dia. Os candidatos abordaram questões de extrema relevância, com transexualidade, feminismo, religião e racismo. “O Osga só é o que é hoje porque os alunos acreditam nele. Acreditam que é um projeto legal e que vale a pena criar produções exclusivas e inéditas”, disse a coordenadora do festival, professora Marina Chiari. 

Oportunidade - “É sempre muito difícil produzir algo em Belém, mas é uma sensação incrível, uma sensação de libertação de que realmente a Unama e as pessoas que julgaram nosso trabalho compreendem o tema, a importância da representação dele”, defendeu o estudante de Publicidade e Propaganda Lucas Moraga, da equipe do curta “Pretas”. 

Para Rosilene Alves, vencedora do prêmio de melhor atriz pela atuação em “Pretas”, o Festival Osga proporciona a capacitação em audiovisual em vários campos, desde a questão técnica e até na formação de atores: “É uma oportunidade de novos atores e atrizes serem descobertos, porque aqui no Pará existem muitas pessoas talentosas, que têm pouca oportunidade de mostrar seu talento”.

Lista os premiados do Osga 2016: 

Melhor vídeo-minuto: "S.P.G – Seriado Policial Genérico"

Melhor videoarte: "Atrium"

Melhor mini documentário: "Viva o Auto" e "Cordão do Galo"

Melhor trilha sonora: "Abantesma"

Melhor figurino: "Pretas"

Melhor campanha de divulgação: "História de Sophia"

Melhor produção: "Pretas"

Melhor fotografia: "Eu Tô Bem e História de Sophia"

Melhor edição: "Pretas"

Melhor atriz: Rosilene Alves ("Pretas")

Melhor ator: sem classificação

Melhor roteiro: "Precipitação"

Melhor direção: Lucas Moraga ("Pretas")

Melhor curta de ficção: "Pretas"

Com informações de Carol Boralli, Gabriel Pinheiro, Letícia Aleixo e Thiago Barros.

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Começou nesta quinta-feira (24) a mostra de vídeos da edição 2016 do Festival Osga de Vídeos Universitários. O evento de abertura foi realizado no Cine Olympia, cinema mais antigo do Brasil em funcionamento, localizado no centro de Belém.

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A programação contou com a participação de professores e acadêmicos do curso de Comunicação Social da Universidade da Amazônia  (Unama), de familiares e amigos dos candidatos que concorrem nas categorias de Curta de Ficção, Mini documentário, Vídeo Arte, Vídeo Minuto e Vídeo Publicitário.

Em entrevista ao LeiaJá, Marina Chiari, Coordenadora do Festival Osga, falou sobre o primeiro dia de programação: "Foi muito especial. Tivemos o lançamento nacional do livro '100 melhores filmes brasileiros', produzido pela Abraccine, em parceria com o Canal Brasil. Além desse lançamento, exibimos curtas, vídeos arte, mini documentários e vídeo minuto".

Para Marina Chiari, o que surpreendeu no evento de abertura do Osga foi a presença do público. "Além do público que sempre está presente, também tivemos amigos, familiares, e até mesmo o público do cinema Olympia prestigiando a programação do Osga", contou.

Mais que um festival de vídeos universitários, o Osga promove o compartilhamento de ideias e estimula a produção audiovisual dentro da universidade.

Incentivo - Marina Chiari destacou a importância do festival como incentivador da produção acadêmica."O festival Osga é um momento muito importante em que vemos a confluência do trabalho dos alunos e a conexão que existe entre eles. Envolve a formação, isso é muito gratificante e estimulante para que eles fiquem não só felizes com o que já produziram mas que continuem colocando mais conhecimento em prática", disse.

Marco Antônio Moreira, jurado do Osga 2016 e programador do Cine Olympia, afirmou, em entrevista ao LeiaJá, que o processo de seleção dos vídeos é um momento difícil."É sempre muito difícil, porque são filmes bons e tem muita gente fazendo coisas novas e interessantes. É uma dor, mas temos que escolher o melhor. Foram bons trabalhos e tem muita gente talentosa aparecendo e o Osga tem essa finalidade de revelar esses talentos da universidade e quem sabe futuros profissionais".

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

SEXTA-FEIRA - 25.11.2016

18H30

CURTAS DE FICÇÃO:

ÁGUAS PASSADAS – Kleiton Oliveira 7'30''

PRETAS – LUCAS MORAGA 7’30’’

MINI-DOCUMENTÁRIOS:

O QUE HÁ POR TRANS? – Gabriella Barros 15’00’’

VIVA O AUTO – Shinohara – 14’58’’

VÍDEOS-ARTE

IN VER TIDA – Gabriela Morgado – 3’30’’

GOELDI – Lucas Paixão – 3’25’’

VÍDEOS-MINUTO

ACREDITAR – Edgar Wilson

EU SOU BELÉM – James Silva e Ariela Motizuki

SÁBADO - 26.11.2016

18H30

CURTAS DE FICÇÃO

HISTÓRIA DE SOPHIA – Ariela Motizuki 7’30’’

ABANTESMA – Wndl 4’32’’

EU TÔ BEM – Shinohara 7’07’’

MINI-DOCUMENTÁRIOS

NOITE SUJA – Allyster Fagundes 13’20’’

CORDÃO DO GALO – Ariela Motizuki 13’00’’

VÍDEOS-ARTE

QUANDO DOMINIQUE VIROU CARNE, OSSO E SENTIMENTO – Lucas Moraga 3’30’’

ATRIUM – Auchentauler Campos de Lima – 3’35

VÍDEOS-MINUTO

TRAGO SEU AMOR DE VOLTA EM UM MINUTO – Scylla Lage Neto

S.P.G – SERIADO POLICIAL GENÉRICO – Francisco Figueiredo

VÍDEO PUBLICITÁRIO

Fëlla – Rafaela Pontes

DOMINGO - 27.11.2016

17H30

ANÚNCIO E ENTREGA DA PREMIAÇÃO

REEXIBIÇÃO DOS VÍDEOS VENCEDORES DE CADA CATEGORIA

Exibição dos vencedores do Osga na Escola

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