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O governo britânico lançou um apelo nesta segunda-feira (1°) para encontrar uma pessoa que importou para o Reino Unido a cepa do coronavírus originada no Brasil, diante da preocupação dos especialistas sobre a possível resistência dessa variante às vacinas atuais.

A cepa que surgiu em Manaus, na Amazônia brasileira, foi detectada em três pessoas que desembarcaram na Escócia e em outras três na Inglaterra, mas uma destas últimas ainda não foi localizada porque não forneceu seus dados ao realizar o teste.

"Estamos trabalhando para tentar localizá-la", disse o secretário de Estado para vacinação, Nadhim Zahawi, à BBC, pedindo "a qualquer pessoa que fez o teste em 12 de fevereiro" que informe às autoridades "se não recebeu o resultado".

Ele também anunciou que vai lançar uma campanha de "testes massivos" em Gloucestershire, no sul da Inglaterra, onde os outros dois casos dessa variante foram detectados.

País mais atingido da Europa, com quase 123.000 mortes confirmadas por covid-19, o Reino Unido foca sua estratégia em uma campanha massiva de vacinação - que começou em 8 de dezembro e já atendeu mais de 20 milhões dos 66 milhões de habitantes do país, atualmente confinado pela terceira vez desde o início de janeiro.

Desde meados de janeiro, voos diretos de toda América do Sul, Panamá e Portugal - entre outros países - foram suspensos e britânicos e residentes dessas origens devem passar por 10 dias de quarentena em um hotel.

Mas os que importaram a cepa para a Inglaterra chegaram de São Paulo antes da implementação das medidas em um voo via Zurique, gerando reclamações da oposição britânica sobre deficiências no sistema de controle.

Enquanto a Inglaterra se prepara para reabrir suas escolas na próxima semana, especialistas alertam que a variante brasileira é mais contagiosa e provavelmente mais resistente às vacinas atuais do que a variante predominante no país, descoberta em dezembro no sudeste da Inglaterra.

Enquanto o Brasil vive a expectativa da análise dos pedidos de uso emergencial das vacinas produzidas pelo Instituto Butantan e Fiocruz, brasileiros começam a ser imunizados no exterior. O LeiaJá conversou com três brasileiras que já receberam a primeira dose da vacina nos Estados Unidos e na Alemanha.

A recifense Thamiris Barbosa Hastings, de 30 anos, conseguiu receber a vacina da Pfizer por trabalhar na área de saúde na cidade de Milwaukee, em Wisconsin, nos Estados Unidos. Após ser questionada pela chefe se tinha interesse em ser vacinada, Hastings recebeu um email indicando todos os procedimentos para agendamento. Ela recebeu a primeira dose em 29 de dezembro.

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“Para mim foi uma maneira maravilhosa de encerrar o ano, porque não foi fácil”, diz. Ela começou a trabalhar como enfermeira assistente em um hospital neurológico em fevereiro de 2020, pouco antes do início da pandemia. Em novembro, foi trabalhar em um hospital infantil. 

Ela conta ter ficado muito emocionada na fila de espera para ser atendida. “Quase chorei porque trabalhar numa pandemia não é fácil, e ter tido contato com pacientes, principalmente infantis, que sofreram com Covid é uma coisa muito pesada”, comenta. “Ter essa vacina é como se fosse um sopro de esperança de que as coisas vão melhorar, que eventualmente vai ficar tudo bem.” A enfermeira disse que após tomar a vacina sentiu apenas mãos e pés com formigamento por poucos minutos e dor no local de aplicação.  

Hastings relata que é a única pessoa da família que mora fora do Brasil, por isso, tem estado atenta às discussões sobre vacinação em seu país natal. “Me preocupa muito a forma como o brasileiro vem lidando com a pandemia. Se o presidente não segue o protocolo do Ministério da Saúde, por que os brasileiros vão seguir? Até o Trump faz quarentena, mas o Bolsonaro não. É preocupante.”

Outra pernambucana que já recebeu a primeira dose foi Ingrid Ramos, de 22 anos. Natural de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), ela mora na Alemanha desde 2017. A jovem recebeu uma dose da vacina da Moderna em 6 de janeiro no lar de idosos onde cursa enfermagem, na cidade de Lohne. No país, o público prioritário é composto por idosos e profissionais que trabalham na área de saúde, no qual ela foi incluída. A segunda aplicação está marcada para o próximo dia 27. 

Ramos viu o impacto da doença de perto. Entre as cinco unidades do lar de idosos onde trabalha, 16 idosos morreram de Covid-19. "Tive que entrar em quarentena por causa do trabalho. Eu só podia ir trabalhar e ficar em casa. Esse foi o momento mais difícil. Eu realmente me sentia isolada. No penúltimo dia do meu isolamento, tive uma crise de ansiedade e não parava de chorar. Tinha uma sensação de medo e, ao mesmo tempo, de alívio de saber que no dia seguinte iria poder sair de casa.“ Ela chegou a fazer cinco testes de Covid-19 em menos de um mês e meio.

A estudante confessa também ter sentido medo de tomar a vacina. Por fim, acredita que fez a decisão certa. "Por eu ter que lidar diretamente com a Covid-19, decidi que ser vacinada seria a melhor opção. Também pretendo viajar para o Brasil e acredito que vou estar mais segura vacinada. Estou me sentindo bem com a decisão que tomei", completa ela, que diz ter sentido apenas dor no braço que recebeu a vacina.

A jaboatonense diz que tem esperança de um ano melhor, mas ainda não se sente aliviada. "Quanto a sensação de alívio, acho que só vou ter quando eu souber que boa parte do mundo já está imune, quando os casos realmente começarem a diminuir e os leitos ficarem vazios."

Maria Elizete Gonçalves, de 39 anos, também trabalha em uma unidade do lar para idosos, como auxiliar de cozinha. Mora em Bremen, na Alemanha, há 16 anos, e é de Fortaleza, no Ceará. Foi vacinada em 4 de janeiro.

No local onde trabalha, houve vários casos de enfermeiros contaminados. Por conta disso, os profissionais passaram a ser testados de três em três dias. Mesmo assim, segundo ela, quando receberam a proposta da vacina, muitos ficaram com medo. "Eu fiquei com um pouco de medo porque tenho asma e alergia, mas ao mesmo tempo estava com muita vontade de tomar."

Gonçalves conta que sua filha de 14 anos chegou a chorar pedindo para a mãe não ser imunizada. “Eu tive dúvidas. A gente escuta falar tanta coisa.” No dia que começou a vacinação no lar de idosos, entretanto, ela foi a segunda da fila, logo atrás do patrão. Chegou a ter dor de cabeça e braço dolorido, mas esses efeitos já passaram.

“Se a pessoa tiver oportunidade de tomar a vacina, acho que deveria tomar. Aqui na Europa inteira já tem muita pessoa se vacinando e não está tendo nenhum caso negativo. É uma esperança que a gente tem que ter, de que as coisas vão melhorar com a vacina. Estou com a expectativa muito boa”, comentou ela.

No Brasil, o Instituto Butantan, responsável por produzir a Coronavac, e a Fiocruz, que produz a de Oxford, fizeram o pedido de aprovação de uso emergencial das vacinas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aceitou os documentos da Fiocruz e exigiu informações complementares ao Butantan.

O instituto divulgou que o imunizante da Sinovac tem uma eficácia de 78% para casos leves e 100% para graves e moderados. Ainda não foi informada a eficácia global. 

A AstraZeneca e a Fiocruz solicitaram à Anvisa o uso emergencial de 2 milhões de doses prontas da vacina a serem importadas da Índia. A taxa de eficácia da vacina de Oxford é, em média, de 70%.

Na segunda-feira (11), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que todos os estados vão receber o imunizante no mesmo dia. Ele evitou cravar uma data. "A vacina vai começar no dia D, na hora H no Brasil. No primeiro dia que chegar a vacina, ou que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia já estará nos estados e municípios para começar a vacinação no Brasil."

 Pesquisadores do Instituto de Computação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) trabalham no desenvolvimento de drones e embarcações autônomas que possam monitorar a costa brasileira, identificando danos ambientais. A iniciativa se dá por meio de pesquisa financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que destinou R$ 1,3 milhão a 15 projetos selecionados pelo edital Entre Mares.

A equipe da Ufal supõe que o monitoramento do litoral com sistemas fixos de controle, executado atualmente, não é capaz de realizar a fiscalização. “O grande problema destes sistemas é que eles são estáticos, mas os oceanos não. Acreditamos que veículos aéreos e marítimos seriam capazes de monitorar eventos que acontecem na costa brasileira e que estão suscetíveis à dinâmica dos mares por causa das  correntes marítimas, da mudança dos ventos, das alterações climáticas e de todo tipo de fenômenos meteorológicos fora da normalidade”, comenta Heitor Savino, cientista do Instituto de Computação da Ufal, que lidera o grupo de pesquisa.

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O interesse dos pesquisadores na questão aumentou depois do desastre ambiental do derramamento de óleo nas praias brasileiras ocorrido em 2019. “Para possibilitar a análise e avaliar a saúde dos mares, é necessária uma grande quantidade de dados com adequada dispersão espaço-temporal. Por isso, com aplicação de sistemas de veículos autônomos confiáveis é que poderemos ter certeza da localização da fonte de substâncias liberadas e conseguiremos fazer a análise da sua dispersão no oceano”, explica Savino.

De acordo com a Ufal, atualmente, o litoral do país é monitorado por estações maregráficas que mantém 189 boias em todo o país, além de outras 21 boias fixas ofertadas pelo programa Predição e Pesquisa em Matriz Atracada no Atlântico Tropical (PIRATA). Os pesquisadores defendem que, com os drones, o Brasil seria capaz de acompanhar a rotina de uma faixa marítima de até 24 milhas náuticas, o equivalente a cerca de 44 km de mar territorial e zona contígua.

Neste contexto, a pesquisa tem por estratégia realizar primeiro a identificação de um determinado evento ambiental e, depois, enviar drones aéreos em missão de rastreamento. Com os dados gerados por eles, poderiam ser deslocados ainda drones aquáticos, em missão de busca. “Nosso trabalho se propõe a criar instrumentos que possibilitem a visualização e a identificação de acontecimentos estranhos na água do nosso oceano. Estas informações serviriam como subsídios para que  instituições e autoridades possam tomar as providências necessárias para a contenção dos danos”,conclui Savino.

No dia em que os Estados Unidos superaram a marca de 10 milhões de casos de Covid-19, a equipe de transição do presidente eleito, Joe Biden, anunciou nesta segunda-feira (9), uma força-tarefa para o combate à doença. Entre os membros anunciados está a brasileira Luciana Borio, pesquisadora do Conselho de Relações Exteriores dos EUA e ex-diretora de preparação médica e biodefesa do Conselho de Segurança Nacional.

A equipe de especialistas vai aconselhar Biden, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, e a equipe de transição do governo sobre como enfrentar a pandemia. A força-tarefa será liderada pelo epidemiologista David Kessler, da Universidade da Califórnia, Vivek Murthy, ex-cirurgião-geral dos EUA, e Marcella Nunez-Smith, especialista em saúde pública da Universidade Yale.

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"Lidar com a pandemia do coronavírus é uma das batalhas mais importantes que nosso governo enfrentará, e serei guiado pela ciência e por especialistas", afirmou Biden ontem em comunicado. "O conselho consultivo ajudará a moldar a abordagem para gerenciar o aumento nas infecções, garantir que as vacinas sejam seguras, eficazes e distribuídas de forma eficiente, equitativa e gratuita, e proteger as populações em risco."

A força-tarefa de Biden trabalhará em contato com os Estados e municípios para criar políticas econômicas e de saúde pública para lidar com o vírus, tentar conter seu impacto entre as minorias e elaborar planos para reabrir escolas com segurança. Entre as iniciativas mais ambiciosas do novo governo democrata estão a testagem gratuita e a criação de uma equipe de 100 mil pessoas para realizar o rastreamento de contágios.

Promessas

Durante a campanha, Biden prometeu uma estratégia oposta à adotada pelo presidente Donald Trump. De acordo com ele, após a eleição, a prioridade é garantir que as decisões de saúde pública sejam sempre amparadas na ciência e formuladas por profissionais da área.

Um dos nomes que mais chamou a atenção na equipe montada pelo democrata é o de Rick Bright, que foi diretor da agência federal responsável por pesquisas biomédicas e pelo desenvolvimento de vacinas durante o governo Trump. Ele disse que foi demitido por discordar das pressões do presidente para que a cloroquina fosse usada no combate à covid.

Enquanto os EUA entravam na reta final da campanha eleitoral e passavam pelo conturbado processo de apuração dos votos, a pandemia se agravou na maioria dos Estados. Após atingir a marca de 100 mil casos diários de coronavírus no dia 4, um dia após a eleição, os americanos bateram quatro recordes consecutivos de novas infecções pela doença, registrando mais de 126 mil infecções em 24 horas na sexta-feira. Ao todo, 237 mil pessoas morreram de covid no país desde o início da pandemia.

Ontem, Biden afirmou que uma possível vacina contra a covid-19 será gratuita e pediu aos americanos que usem máscara: "Eu imploro: usem máscara. Usar máscaras não é uma declaração política", afirmou o democrata. "Minha mensagem para todos é que, não importa em quem você tenha votado, não importa seu partido, nós podemos salvar dezenas de milhares de vidas se todos usarem máscaras pelos próximos meses." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Uma carioca na força-tarefa

Luciana Borio integrará o time de 13 especialistas que orientarão Joe Biden no combate à pandemia. Borio é carioca, mas passou boa parte de sua vida nos EUA e serviu nos governos George W. Bush, Barack Obama e Donald Trump. Ela dedicou sua carreira à preparação para epidemias. Em maio, em entrevista ao Estadão, ela afirmou que houve uma mudança de direção com Trump. "Perdemos tempo nesses três anos", afirmou.

Borio começou a trabalhar no governo americano após os atentados de 2001. Depois, foi diretora para preparação médica e biodefesa do Conselho de Segurança Nacional, que assessora a Casa Branca, além de chefe da FDA, agência reguladora de drogas e alimentos. Este anos, ela foi uma das vozes mais críticas à adoção da cloroquina como tratamento para a covid-19.

"Partiu meu coração ver como esse assunto foi tratado", disse, em maio. Não é a minha preferência ter políticos fazendo propagandas de medicamentos, porque não são treinados para isso. Mas é imperdoável ter membros da comunidade científica usando essas drogas sem os cuidados devidos nos pacientes."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A brasileira especialista em biodefesa Luciana Borio integrará a força-tarefa contra o coronavírus anunciada nesta segunda-feira, 9, pelo presidente americano eleito Joe Biden. A equipe será responsável em elaborar um plano para a nova administração democrata combater a pandemia que já matou mais de 230 mil pessoas nos Estados Unidos.

Luciana Borio é brasileira, mas dedicou boa parte de sua vida profissional e acadêmica à construção de um programa de biodefesa nos Estados Unidos que prevê, entre outras coisas, a preparação para enfrentar uma pandemia. Nos últimos três anos, ela assistiu a um esvaziamento do sistema contra epidemias que ajudou a colocar de pé.

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Ela começou a trabalhar no governo americano na presidência de George W. Bush depois do atentado às Torres Gêmeas, em 2001, e de lá para cá assumiu cargos de liderança nos governos Barack Obama e Donald Trump. Foi diretora para preparação médica e de biodefesa do Conselho de Segurança Nacional, que assessora a Casa Branca - órgão que foi extinto no governo Trump.

Em maio, em uma entrevista ao Estadão, Borio afirmou que houve uma mudança de direção com a atual administração. "Perdemos tempo nesses três anos", afirmou, à época.

Também ex-cientista chefe do FDA, agência reguladora de drogas e alimentos nos EUA, foi uma das vozes mais críticas à adoção da cloroquina como tratamento para a covid-19 antes de comprovação científica de sua eficácia. "Partiu meu coração ver como esse assunto foi tratado", disse, em maio.

"Não é a minha preferência ter políticos fazendo propagandas de medicamentos para o público, porque não são treinados para isso, mas é imperdoável ter membros da comunidade científica usando essas drogas sem os cuidados devidos nos pacientes", afirma.

Na época, ela rebateu o argumento de que os internados em situação crítica "não têm nada a perder" e portanto valeria à pena usar tratamentos não comprovados: "Isso pode fazer mal para pacientes que já estão em uma posição vulnerável. Mesmo os mais doentes têm muito a perder com mau uso de medicamentos".

Na entrevista, a especialista brasileira defendeu que o governo federal precisava coordenar esforços com o setor privado e com os Estados para poder combater a pandemia, o que não estava acontecendo nos EUA.

A cientista defendeu que o governo federal precisava ou ter assumido a responsabilidade de um fornecimento adequado de equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde, adequados a uma pandemia, ou precisava ter comunicado isso muito claramente aos governos dos Estados.

Ela também explicou que não adianta ter vacina para produzir se não houver depois como administrar a vacina por falta de seringas ou de agulhas. "Todo esse planejamento é muito importante, apesar de não ser algo que recebe atenção como um programa contra armas biológicas", disse, na entrevista.

Carioca, Borio vive nos EUA desde os 17 anos. A cientista-médica fez seu MD na George Washington University. Completou residência na Weill Cornell Medical Center e se especializou em doenças infecciosas na Johns Hopkins University. Ela também cursou "critical care medicine" na National Institute of Health.

No ano passado, ela tinha saído do setor público para trabalhar na In-Q-Tel, uma empresa de investimento estratégico em tecnologia para defesa e segurança nacional. (Colaborou Beatriz Bulla)

Dois indivíduos de 25 e 63 anos foram detidos, o que eleva a seis o número de pessoas presas no âmbito da investigação sobre o ataque com faca em uma basílica de Nice, sudeste da França, que deixou três mortos, incluindo uma brasileira, na quinta-feira.

Os dois homens foram detidos no sábado (31) à tarde na residência de um indivíduo que havia sido detido algumas horas, informaram fontes judiciais.

Este último, um cidadão tunisiano de 29 anos, é suspeito de associação com o agressor, Brahim Issaoui.

Outros três suspeitos já haviam sido detidos na investigação do caso.

O agressor, Brahim Issaoui, um tunisiano de 21 anos, gravemente ferido por policiais, ainda não teve condições de ser interrogado.

De acordo com fontes francesas e italianas, Issaoui chegou ilegalmente a Europa, passando pela ilha de Lampedusa (Itália), porto habitual para os migrantes ilegais, em 20 de setembro.

Na quinta-feira, às 8h29 horário local, ele entrou na basílica Notre-Dame de Nice, onde, armado com uma faca, atacou várias pessoas que estavam no templo.

A polícia municipal de Nice o neutralizou às 8h57. Gravemente ferido por tiros dos agentes, Issaoui está hospitalizado. Em menos de meia hora ele matou três pessoas, incluindo a brasileira Simone Barreto Silva, 44 anos.

O governo brasileiro informou, na noite dessa quinta-feira (29), que uma brasileira está entre as vítimas do ataque de hoje de manhã em Nice, na França. No atentado, um homem armado com uma faca atingiu várias pessoas na saída da igreja de Notre-Dame, matando três pessoas e ferindo várias outras.

Segundo a Rádio França Internacional, a brasileira era a baiana Simone Barreto Silva, tinha 44 anos e morava na França havia 30 anos. Ela deixa três filhos. "O governo brasileiro deplora e condena veementemente o atroz atentado ocorrido hoje dentro da Basílica Notre-Dame de Nice, na França, onde um terrorista assassinou três pessoas."

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De acordo com o jornal francês Le Parisien, pelo menos uma das vítimas foi degolada pelo agressor, que tentou se esconder em um banheiro dentro da igreja após o ataque. O homem foi baleado e preso pela polícia.

"O presidente Jair Bolsonaro, em nome de toda a nação brasileira, apresenta suas profundas condolências aos familiares e amigos da cidadã assassinada em Nice, bem como aos das demais vítimas, e estende sua solidariedade ao povo e governo franceses."

O Itamaraty informou que, por meio do Consulado-Geral em Paris, presta assistência consular à família da cidadã brasileira vítima do ataque.

Ainda de acordo com o Le Parisien, o prefeito de Nice, Christian Estrosi, teria afirmado que o homem, enquanto era socorrido, repetia a frase "Allahu Akbar" ("Alá é grande", em português). Em uma publicação no Twitter, Estrosi comparou o ataque em Nice ao do professor Samuel Paty, morto há 13 dias por um adolescente muçulmano após mostrar caricaturas do profeta Maomé durante uma aula.

Na nota, o Ministério das Relações Exteriores afirma que o "Brasil expressa seu firme repúdio a toda e qualquer forma de terrorismo, independentemente de sua motivação, e reafirma seu compromisso de trabalhar no combate e erradicação desse flagelo, assim como em favor da liberdade de expressão e da liberdade religiosa em todo o mundo".

"Neste momento, o governo brasileiro manifesta em especial sua solidariedade aos cristãos e pessoas de outras confissões que sofrem perseguição e violência em razão de sua crença."

Uma brasileira de 43 anos foi uma das primeiras pessoas no mundo a testar a vacina contra a Covid-19. A possível fonte de imunização para o novo coronavírus, que está sendo desenvolvida pelo centro de pesquisas da universidade de Oxford, conta com a parceira do Brasil desde o dia 27 de junho. A carioca Jackeline Desiderrio, da Ong Humanid'Aids, tomou uma dose única da vacina e relatou sua experiência.

“No início de junho, me inscrevi para ser voluntária da vacina de Oxford em um link na internet, que encontrei enquanto pesquisava na sobre o novo coronavírus. Semana passada, entraram em contato comigo por e-mail e, no dia 20 de julho, fiz a primeira visita ao centro de pesquisa e estudo da Rede D' Or, aqui no Rio de Janeiro", contou a mulher à revista Marie Claire.  Jackeline relatou que, durante a avaliação médica, foram feitas perguntas sobre seu estado de saúde, exames de sangue, além de explicações sobre a vacina, que já na terceira fase de testes.

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Os especialistas verificaram o peso, altura, pressão arterial, saturação e temperatura da cobaia. Em seguida, colheram urina e realizaram exames de sangue e um teste de gravidez. Jackeline informa que foi liberada no mesmo dia, mas precisa constantemente acompanhar sua temperatura corporal, além de ficar atenta a possíveis efeitos colaterais, que podem ser febre, dor no local da aplicação, dor de cabeça e fadiga.

A cobaia brasileira informou que sentiu alguns efeitos como "enorme moleza no corpo, muito sono, cansaço e febre de 38 graus", além de dores musculares e nos olhos. "Fora a dor no braço que é absurda, mal posso levantá-lo", disse à Marie Claire. A carioca terá que voltar ao Instituto D’Or periodicamente para mais exames que devem acompanhar a resposta de seu corpo à vacina. "Mas estou muito feliz por ter participado de um projeto tão importante, que pode exterminar, de vez, esse vírus. Se tudo der certo – e eu acredito nisso! -, logo o mundo todo estará livre desse pesadelo", afirmou.

A Arma dos Carabineiros da Itália prendeu nesta sexta-feira (24) um homem de 42 anos suspeito de assassinar uma transexual brasileira em Milão, no norte do país.

O corpo de Emanuel Alves Rabacchi, que usava o pseudônimo de Manuela e tinha 48 anos, foi encontrado no último dia 20 de julho, em um apartamento na capital da Lombardia. A vítima estava seminua.

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O suspeito, cujo nome não foi divulgado, é acusado de ter desferido mais de 80 facadas na transexual e de ter deixado o gás da cozinha aberto na tentativa de provocar uma explosão e apagar as provas do crime.

A brasileira vivia na Itália havia pelo menos quatro anos e trabalhava como garota de programa. O homem preso nesta sexta-feira era um cliente habitual de Manuela e foi identificado graças a câmeras de segurança situadas fora da casa da vítima.

O suspeito tinha passagens pela polícia por dirigir embriagado e foi interrogado, mas permaneceu em silêncio. Uma operação de busca na casa do homem encontrou a faca supostamente usada no homicídio e um par de sapatos aparentemente manchados de sangue.

A hipótese dos investigadores é de que o crime pode ter sido motivado por uma dívida de 500 euros do suspeito com a vítima. "Ainda estamos em fase de aprofundamentos para entender a natureza dessa dívida. Ele consumia drogas com ela, talvez mantivessem relações, mas não sabemos ao que estaria ligado o débito", disse a procuradora-adjunta Laura Pedio. 

Da Ansa

A Arma dos Carabineiros da Itália prendeu nesta sexta-feira (24) um homem de 42 anos suspeito de assassinar uma transexual brasileira em Milão, no norte do país.

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O suspeito tinha passagens pela polícia por dirigir embriagado e foi interrogado, mas permaneceu em silêncio. Uma operação de busca na casa do homem encontrou a faca supostamente usada no homicídio e um par de sapatos aparentemente manchados de sangue.

Da Ansa

A jornalista brasileira Bruna Luíza Karas, de 25 anos, foi vítima de xenofobia durante trajeto de trem na região de Lisboa, em Portugal. O caso ocorreu no último sábado (4). As informações são dos Jornalistas Livres.

O vídeo gravado pela jornalista mostra um português esbravejando que os brasileiros vivem na miséria e que o Brasil é um país de m*. Ele também chama a brasileira de "patricinha de m*".

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O homem estava sentado ao lado do grupo de amigas de Bruna e iniciou as ofensas após notar o sotaque brasileiro. "Bolsonaro dá dinheiro ao pobre e o pobre morre com Covid-19", diz o português momentos antes de deixar o vagão.

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Nesta segunda-feira (11), o cientista político Adriano Oliveira fala em seu podcast sobre a polêmica aliança que Jair Bolsonaro (sem partido) está costurando com o "Centrão". Oliveira aponta que há uma "parlamentarização" do Governo Federal, a medida em que as ações e aprovações dos projetos para o país tem ficado na conta do Congresso Nacional, na figura do seu presidente, Rodrigo Maia (Democratas). Sem conseguir criar um diálogo com as bases e as lideranças dentro da Câmara e do Senado Federal, Bolsonaro começou então a acenar para hábitos e movimentos sempre chamados por todos, e até criticados por ele próprio, como a "velha política". Adriano comenta que uma parcela da população que votou no atual presidente, o apoiando no seu discurso sobre não se dobrar perante "às formas antigas de governar a nação", está vendo com temor essa aproximação súbita e direta do mandatário brasileiro com os partidos de Centro.    

Oliveira detalha ponto-a-ponto os passos dados por Jair Bolsonaro, rumo a essa mudança que começou a ocorrer agora em 2020. O cientista político, explica detalhadamente o que é o famoso "Centrão", e defende a tese de que esse estigma que ele carrega não é passível de condenação prévia. Adriano apresenta seu ponto de vista, onde mostra que a política brasileira tem mais a ganhar com essa dinâmica de negociação, por conta da grande quantidades de partidos envolvidos. Segundo o analista, no momento em que os partidos passam a receber cargos e a participar do governo, eles se tornam obrigados a criar uma estabilidade e a ajudar o sistema presidencialista a seguir funcionando, o que seria positivo para o Brasil neste momento tão complicado que atravessa. 

Adriano Oliveira chama atenção para o fato de que Bolsonaro só se preocupou em fazer essa movimentação recentemente, após se sentir ameaçado com um impeachment, por ter cometido alguns crimes de responsabilidade. O cientista político enumera ainda, os fatores que fizeram o presidente do Brasil esquecer seus antigos princípios defendidos durante toda a campanha eleitoral e partir para o corpo-a-corpo com o "Centrão". Oliveira acredita que essa nova movimentação poderá ser benéfica, a medida que Bolsonaro terá condições, com as novas negociações, de aprovar as reformas que o país precisa. O analista conclui apresentando duas ressalvas para que as coisas não andem nos trilhos após esta aliança: a primeira é que o governo de Bolsonaro não é confiável, e pode a qualquer momento romper com os acordos selados. O outro ponto é de que políticos nomeados do "Centrão" para o governo, possam atrapalhar o andamento da máquina governamental à medida em que as investigações de corrupção avancem sobre os nomes destacados para as pastas e cargos.       

O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.

Confira esta análise a seguir:
 

"A Itália é linda, mas agora só quero voltar para casa", lamenta a microempreendedora recifense Welma Bezerra Lenhardt. Ela abdicou do tradicional Carnaval de Pernambuco para viver o sonho de viajar para o exterior, contudo tornou-se vítima dos impactos do novo coronavírus na aviação e está presa na província de Impéria, localizada no Norte do país mediterrâneo. Sem orientação das autoridades brasileiras e com dificuldades financeiras, ela busca formas de voltar para casa.

Moradora de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), a turista destaca que tem a passagem de volta marcada para este domingo (5). No entanto, conta que a companhia aérea Cabo Verde Airlines estipulou a previsão para o retorno das atividades só no dia 30 de junho e que o reembolso não foi autorizado pela empresa. Segundo a empreendedora, foi disponibilizado um "vale", válido apenas para viagens feitas com a própria companhia.

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"O sonho virou pesadelo", avalia Welma/ Arquivo Pessoal

Desde o dia 14 de fevereiro em solo italiano, Welma tentou fazer contato com o consulado brasileiro em Milão, mas não obteve retorno. Sem orientações oficiais, preencheu o formulário online da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que objetiva registrar os brasileiros no exterior para coordenar os voos com as empresas aéreas. Porém não obteve nenhuma resposta e sente-se abandonada. “O governo podia juntar todos os brasileiros que estão nessas condições e juntar em um voo”, sugestiona.

Com o fim das economias, a recifense ressalta que está passando dificuldades para se manter e foi acolhida por uma família local composta por uma idosa, de 72 anos, e a filha, de 52. A turista relata que outros brasileiros passam por uma situação mais delicada e estão dormindo nas ruas ou aeroportos. "É revoltante saber que estamos ao Deus dará, o governo brasileiro tem que fazer algo por nós, se fossem os europeus que estivessem no Brasil, o país deles já tinha providenciado a volta", comparou inconformada.

Distante da neta e das três filhas, com 26, 21 e 20 anos, Welma diz-se preocupada, sobretudo com a mais velha que está grávida de seis meses. "O medo que aconteça algo com elas é terrível, não consigo dormir, pensando na minha família. Elas precisam de mim", confessou.

"O sonho virou pesadelo", avalia Welma/ Arquivo Pessoal

No site do consulado em Milão, é informado que, desde o dia 13 de março, a entidade funciona em regime de plantão, e que os brasileiros retidos no país devem entrar em contato através do assistencia.milao@itamaraty.gov.br.

As informações apontam que o consulado não dispõe de recursos para oferecer alojamento e alimentação a todos os brasileiros e que, nesse momento, não há previsão de programa para a repatriação. O órgão reforça que o reembolso integral das passagens canceladas é um direito garantido pelo Código de Defesa do Consumidor.

Para evitar mais reflexos negativos do novo coronavírus aos brasileiros na Itália, o consulado tenta auxiliá-los com apoio para comunicação em língua italiana, assistência para a pesquisa de rotas de retorno ao Brasil, assistência psicológica gratuita e orientação jurídica gratuita.

Procurada pela reportagem do LeiaJá, a Cabo Verde Airlines pontuou que no dia 17 de março foi anunciada a suspensão das viagens por, pelo menos, 30 dias. A companhia não soube informar quantos clientes brasileiros ainda não conseguiram voltar para casa, mas confirmou que eles vão receber o voucher que permite a remarcação do voo até março de 2021. A empresa frisou que mantém contato com o governo de Cabo Verde e representações diplomáticas que necessitem de apoio os regresso do seus cidadãos aos respectivos países.

Uma transexual brasileira de 38 anos de idade está desaparecida na Itália desde o último dia 21 de dezembro.

O sumiço de Lara (cujo nome de batismo é Leandro Barcelos dos Santos) foi comunicado à polícia por seu companheiro, um pizzaiolo de Pavia, no norte do país europeu.

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Policiais encontraram traços de sangue na casa da brasileira, situada em um condomínio popular na periferia da cidade. Seu companheiro disse que ela havia saído para trabalhar após ter recebido um telefonema.

As autoridades fizeram buscas em Pavia na manhã desta quarta-feira (12), em um bairro onde o sinal de seu celular foi registrado pela última vez, mas ainda não encontraram traços da brasileira.

Da Ansa

Um grupo de pesquisadores do Brasil, Reino Unido e Itália, coordenado por um professor brasileiro, desenvolveu um composto com ação potente e seletiva contra o câncer de ovário. O estudo realizado com o novo composto à base de paládio - metal raro de alto valor comercial - demonstrou sua eficácia contra células de tumor de ovário sem afetar o tecido saudável. Além disso, testes em células tumorais indicaram que o composto age contra tumores resistentes ao tratamento mais utilizado atualmente no combate ao câncer de ovário, que é feito com um fármaco chamado cisplatina.

O trabalho foi conduzido durante a pesquisa de doutorado da professora Carolina Gonçalves Oliveira, atualmente no Instituto de Química da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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A cisplatina é um quimioterápico eficiente para tumores no ovário, mas o tratamento pode causar efeitos colaterais severos aos pacientes, afetando rins, sistema nervoso e audição. Segundo o pesquisador do Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC-USP) Victor Marcelo Deflon, que coordenou o estudo, isso acontece porque a molécula não é muito seletiva, ou seja, afeta também células saudáveis.

“[O novo composto] tem alta seletividade para células de câncer, isso traz uma expectativa de menos efeitos colaterais. E ele é ativo em células de câncer resistentes à cisplatina, isso é ótimo porque é uma alternativa para tratar câncer nesses casos que são resistentes à cisplatina”, disse Deflon. “Algumas células de câncer aprendem a se defender da cisplatina, então ficam resistentes”, complementou.

Os pesquisadores identificaram o mecanismo de ação do novo composto e concluíram que há diferenças em relação à cisplatina. “O fato de ele [novo composto] atuar em células resistentes à cisplatina mostra que o mecanismo de ação dele é diferente, então a gente foi estudar qual era o mecanismo e acabou encontrando que o potencial alvo dele é uma enzima, não o DNA”, disse.

O composto à base de paládio teve ação na topoisomerase, uma enzima presente em tumores e que participa do processo de replicação do DNA, sendo um alvo potencial para quimioterápicos. “Essa enzima tem altas concentrações em células de câncer porque são células que se reproduzem muito rápido e ela está relacionada com metabolismo celular para replicação das células”, disse.

Já a cisplatina age diretamente no DNA, causando mudanças estruturais nele, impedindo a célula tumoral de copiá-lo. Deflon explicou que são alvos diferentes, mas tanto a cisplatina como o composto de paládio inibem o processo de divisão celular do tumor. 

A partir dessa descoberta, os pesquisadores devem buscar o desenvolvimento de versões ainda mais eficientes do composto para obter uma molécula que possa ser testada em animais com boas chances de sucesso. Depois de testes bem-sucedidos em animais, a molécula pode ser levada para testes clínicos.

“É uma tentativa de desenvolver um fármaco que tenha menos efeitos colaterais que a cisplatina e, nesse caso, ele é mais seletivo tanto para célula que é sensível à cisplatina quanto para célula que é resistente à substância”, acrescentou.

Uma brasileira, de 32 anos de idade, foi presa nesta terça-feira (14), na Itália, acusada de matar a sogra envenenada e de ocultação de cadáver. O caso ocorreu no dia 26 de julho do ano passado, mas somente no último fim de semana o juiz Antonio Del Forno assinou a ordem de prisão preventiva contra a suspeita.

Adriana Pereira Gomes, que estava sendo investigada há cinco meses junto com seu companheiro, único filho da vítima, Filippo Andreani, 48 anos, teria preparado um café com dezenas de gotas de um medicamento para hipertensão e dado para a italiana Simonetta Gaggioli beber. O corpo da senhora de 76 anos foi encontrado em 3 de agosto embrulhado em um saco de dormir em uma estrada em Riotorto, província de Livorno.

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Adriana, no entanto, alega ser inocente e diz que sua sogra queria morrer. "Foi suicídio, só respeitei seus desejos", disse. Ela ainda explicou às autoridades italianas que Gaggioli preparou e tomou a bebida de forma consciente, além de ter pedido para que seu corpo fosse levado para o cemitério de Follonica, onde o marido está enterrado. 

A brasileira, então, teria embrulhado o cadáver, escondido por dois dias embaixo da cama de seus filhos e depois o teria carregado até o carro sozinha, sem a ajuda do marido. Segundo Adriana, durante o trajeto, o motor do carro falhou e por isso precisou abandonar o corpo em um canal pela estrada.

A promotoria e os carabineiros de Livorno, por sua vez, acreditam que a nora cometeu o crime e tentou esconder o corpo até receber a pensão da sogra para retornar ao Brasil. Apesar da prisão, as autoridades ainda investigam o caso. 

Da Ansa

Uma brasileira de 25 anos afirma ter sido estuprada coletivamente por três homens em Bilbao, no País Basco, no norte da Espanha, na noite da última sexta-feira, 20. A violência sexual teria ocorrido enquanto a mulher participava de uma festa no apartamento de um dos suspeitos.

Segundo amigos, a vítima teria sofrido dezenas de abusos até a tarde de domingo, 22, quando foi resgatada.

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De acordo com as autoridades locais, os três homens, que têm entre 33 e 36 anos e não tiveram as nacionalidades informadas, se apresentaram voluntariamente à polícia na tarde desta terça-feira, 24, para prestar depoimento. Um quarto suspeito também foi ao local, mas acabou sendo liberado.

A vítima participava de uma festa no bairro de Atxuri, em Bilbao, na noite da última sexta-feira, 20, quando começou a se sentir mal. Segundo uma amiga, os homens teriam colocado droga na bebida. Antes de perder a consciência, a jovem teria visto um pó branco dentro da taça de vinho que tomava.

A brasileira, então, teria sido trancada no apartamento e sofrido uma série de estupros coletivos até a tarde de domingo. Ela teria conseguido fugir após pegar o celular de um dos suspeitos, que teria esquecido o aparelho no quarto.

A vítima teria ligado para o irmão, que mora no Brasil. Ela deu detalhes do local onde estava, como a cor da fachada do edifício e a localização do apartamento. O irmão, então, teria entrado em contato com amigos de Bilbao, que chamaram a polícia.

A mulher foi até o Hospital de Basurto, onde passou por exames médicos e teria sido constatada a violação. Ela também já prestou depoimento à polícia.

Ainda de acordo com amigos, ela vive há dois anos na Espanha, onde divide apartamento com outras brasileiras. Na noite de sexta-feira, a vítima teria discutido com as amigas e saído para jantar. A jovem encontrou um dos suspeitos na rua de sua casa e ele a teria convidado para uma festa em seu apartamento.

A polícia, que afirmou que os três homens possuem antecedentes criminais, disse que vai colher todos os depoimentos dos envolvidos até o final desta semana para dar continuidade às investigações.

Crimes bárbaros

Os estupros coletivos, mais conhecidos na Espanha como "manadas", cresceram em todo o país nos últimos dois anos. Segundo dados oficiais do governo, 55 casos foram registrados em 2019.

Em 2018, foram 60 e, em 2017, 14.

Em agosto deste ano, também em Bilbao, outro caso de estupro coletivo chocou o país. Seis homens, entre 18 e 36 anos, abusaram sexualmente de uma jovem espanhola de 18 anos em um parque municipal da cidade. A estudante havia marcado o encontro pela internet em um aplicativo de relacionamento.

A cosmetologista paulista Mariah Fernandes é o rosto e o corpo que ilustram a capa da Playboy em Portugal neste mês de setembro. Em suas redes sociais, ela celebrou o trabalho internacional e mostrou a dedicatória especial que fez em um dos exemplares da publicação para o presidente de seu país, Jair Bolsonaro, segundo ela, o "maior machista do Brasil". 

Mariah Fernandes estampa as páginas e a capa da revista portuguesa sem nunca ter posado para nenhuma publicação brasileira. Em entrevista à Playboy, ela explicou porque preferiu fazer seu ensaio sensual em terras internacionais: "O Brasil é um país machista e somos liderados por um cara machista e homofóbico". 

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Complementando sua fala à revista, Mariah fez uma publicação em suas redes sociais mostrando a dedicatória que fez em um dos exemplares ao presidente Bolsonaro. Na legenda, ela falou sobre o seu protesto: "Muitos me questionaram se eu posaria nua no Brasil, sempre achei o Brasil país machista e hoje somos governados por um. Aqui meu protesto em forma de dedicatória ao maior deles".

A Netflix acaba de anunciar que 3%, sua primeira série original brasileira, terá seu fim na quarta temporada.

“Muito feliz de anunciar que 3% tá indo pra quarta e última temporada e que todo mundo vai poder acompanhar como essa história maravilhosa termina. É minha primeira série original brasileira e eu já tô emocionada só de pensar na derrubada do Conselho!”, escreveu a plataforma streaming em sua conta no Twitter.

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Bianca Comparato, Rodolfo Valente, Vaneza Oliveira, Thais Lago, Laila Garrin e Bruno Fagundes fazem parte do elenco. A terceira temporada de 3% foi lançada em junho deste ano. Ainda não há previsão de estreia da última.

Por Suellen Elaine

A brasileira Márcia da Silva é acusada de discriminação em um tribunal de direitos humanos no Canadá. O motivo: ela se recusou a depilar Jessica Yaniv, uma mulher transexual que cobra indenização de cerca de R$ 60 mil pelo ocorrido. As informações são da Folha.

Uma audiência já foi realizada no Tribunal de Direitos Humanos da Colúmbia Britânica, no Canadá, em julho. Na ocasião, Yaniv comparou a brasileira com neonazistas e apontou que seria aberto um precedente perigoso se a Corte não decidisse em seu favor.

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Márcia da Silva precisou fechar o seu estabelecimento devido à repercussão negativa. Ela é uma das 16 mulheres processadas por Yaniv.

A transexual foi acusada de se aproveitar da sensibilidade do tema para prejudicar imigrantes e ganhar dinheiro. A maioria das acusadas por Yaniv tem ascendência do sudeste asiático, região com algumas das mais populosas nações islâmicas.

O argumento das mulheres denunciadas é que a recusa se deu por questões religiosas e culturais. Já a brasileira alega não ter técnica para depilar virilha masculina e que não quis prestar o serviço por segurança, visto que Yaniv teria feito ameaças através de mensagens.

A canadense seria a primeira cliente de caráter profissional de Márcia da Silva. Até então, a brasileira só fazia o serviço para amigos e familiares. As alegações finais do caso serão apresentadas até 27 de agosto.

Jessica Yaniv se apresenta como ativista dos direitos LGBTQ e defensora dos direitos humanos. "Esses são serviços básicos que eu estou solicitando como uma pessoa transgênera. Não há desculpa ou razão para eu ter o serviço negado. Elas não são vítimas. Elas se recusaram a fazer um serviço para mim, o que é ilegal segundo o código de Direitos Humanos da Colúmbia Britânica", a mulher trans defendeu ao portal PinkNews.

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