Na tarde desta terça-feira (22), cinco vereadores foram reintegrados aos seus cargos na Câmara Municipal de Caruaru, no Agreste pernambucano. A volta dos parlamentares aconteceu após determinação do desembargador Itamar Pereira, do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
Também no final da tarde desta terça, o juiz da Vara da Fazenda, José Fernando dos Santos, comunicou ao presidente da Câmara, vereador Leonardo Chaves, sobre a imediata volta dos cinco afastados. Os vereadores Louro do Juá (SDD), Jajá (sem partido), Cecílio Pedro (PTB), Sivaldo Oliveira (PP) e Eduardo Cantarelli (SDD), foram afastados em dezembro de 2013, após a Operação Ponto Final I.
##RECOMENDA##Questionado sobre o desenvolvimento dos trabalhos, a partir de agora, com a volta dos cinco para o exercício do mandato, o vereador Eduardo Cantarelli afirmou que nada irá prejudicar as ações que irão desenvolver enquanto parlamentares. “O processo no poder Judiciário não vai atrapalhar o trabalho, tanto da gente, como dos meninos, que são independentes. Nós vamos continuar o trabalho que vinha sendo feito durante o decorrer do nosso mandato parlamentar e o processo vai seguir, vai continuar correndo na Justiça. A população vai saber, realmente, o que aconteceu e a verdade prevalece”, disse Cantarelli.
“Por amor à cidade de Caruaru nós estamos voltando. Reintegrando à sociedade política que nos elegeu para os representar e a Câmara estava sim, nos estávamos esperando esse momento para voltar ao poder Legislativo, mas, sinceramente, com oposição, com uma oposição responsável, votando nos projetos de Caruaru, mas não votando nos projetos pessoais”, enfatizou o vereador Louro do Juá sobre a volta ao legislativo municipal.
Sobre a volta para a Casa de Leis e a postura já na reunião desta noite, o vereador Jajá informou que fará a sua defesa na Tribuna, para toda a cidade e que manterá a sua postura. “Vou continuar com a mesma postura, como foi em 2013. Denunciando e fiscalizando, eu sempre ataquei a saúde e educação do nosso município que está um caos. Vou continuar com a mesma postura de sempre. Nada do que aconteceu vai intimidar nos meus trabalhos, pelo contrário, estou mais forte ainda”, ressaltou o vereador ainda sem partido.
Perguntado sobre os trabalhos da Comissão de Ética, Jajá definiu como uma questão difícil, mas que é necessário deixar que trabalhem para que a inocência dos dez vereadores indiciados pela Operação Ponto Final I e II seja comprovada. “É complicado, é complicado... mas vamos deixar eles trabalharem. Eles precisam trabalhar com ética e transparência. Da Comissão de Ética eu não tenho o quê falar de nenhum deles, mas deixa eles trabalharem da forma como tem que ser feita, com transparência, para que a população são seja trapalhada”, finalizou o parlamentar.