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Em conversa com apoiadores, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou, nesta terça-feira (27), que o país resgatou a credibilidade internacional. Isso gerou, segundo ele, recomendação de compra da moeda brasileira e mostra que a economia está "dando certo". Acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o chefe do Executivo citou como exemplo de bom desempenho a geração de novos empregos.

"O Brasil é um país que resgatou a credibilidade lá fora", disse ele.

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O presidente atribuiu o desempenho econômico a atuação dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Agricultura, Tereza Cristina. "A prova tá aqui, brasileiro está vendo mais, está produzindo mais, mais emprego", comentou, durante interação com dois apoiadores que trabalham no setor de produção de soja. Sem entrar em detalhes, emendou: "Lá fora estão recomendando comprar Real."

"A economia está voltando em V como a gente achava que ia voltar", reforçou Guedes. "No mês passado, como disse o presidente, (foram) 250 mil novos empregos e 300 mil novas empresas", afirmou o ministro.

Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados em setembro, indicaram a abertura líquida de 249.388 vagas de trabalho em agosto.

Na conversa com apoiadores, Bolsonaro, no entanto, retomou críticas à política de isolamento, que, para ele, prejudicou empresas. "Empresas foram destruídas, aquela história do 'fica em casa'", disse. Ele destacou medidas da equipe econômica para combater os efeitos da pandemia da Covid-19.

"Lembra que eu falava que tinha que tratar do vírus e da economia? E o pessoal dando pancada em mim e 'nhenhenehe'. Olha o problema aí. Se não é o trabalho da equipe econômica, auxílio emergencial, socorro micro e pequenas empresas, rolagem de dívidas de Estados", afirmou o presidente da República.

O concurso público permite o acesso a cargos na esfera pública de modo amplo e democrático. Para deixar os concurseiros antenados sobre os possíveis certames para o ano de 2021, o LeiaJá perguntos professores Ighor Nogueira (delegado de polícia e professor de direito penal) e Alexandre Nápoles (professor de ética, direitos humanos e direito ambiental) suas apostas sobre as seleções na área do direito para o próximo ano.

Para Alexandre Nápoles, 2020 foi um ano atípico no mundo dos concursos públicos devido a pandemia da Covid-19. Por não ter como aglomerar, muitas provas foram suspensas. Além disso, boa parte do orçamento público foi direcionado para o enfrentamento do novo coronavírus, o que impactou diretamente no volume de concursos abertos e vagas disponíveis. Um exemplo disso ocorreu  com o concurso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), que era um dos mais movimentados, mas foi adiado para 2021.

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Apesar disso, Alexandre reforça que os concurseiros não podem desanimar. “Por haver represamento das provas, 2021 promete ser um ano com muitos editais e provas. Como o projeto para passar numa carreira pública é construído no médio, longo prazo, o concurseiro precisa aproveitar esse momento para estudar como nunca”, disse. 

Para previsão de seleção em 2021, o docente menciona os concursos do Senado, Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Últimas informações indicam que o edital da PF deve sair até dezembro deste ano, com um cronograma até janeiro de 2021 com mais de 2.000 vagas para níveis médio e superior”, disse Alexandre. “Já o concurso da PRF tem expectativa de oferecer 2,6 mil vagas para o cargo de policial rodoviário federal”, acrescentou. 

O professor Ighor Nogueira também mencionou o concurso da PRF como uma das maiores expectativas. “A comissão já está formada e há o pedido de 2.772 novos cargos, esta demanda segue em avaliação no órgão do Ministério da Economia. Este total de postos já está confirmado por meio da pasta de Segurança Pública e pelo setor da Assessoria de Comunicação da instituição”, afirmou Ighor. 

Sobre o concurso da PF, o professor de direito penal diz que foi anunciado pelo próprio Presidente da República com previsão de abertura também em 2021. “Além disso, em se tratando da região nordeste, várias Instituições Policiais já preparam os editais, a exemplo da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, que abrirá concurso para os cargos de Agente de Polícia, Escrivão e Delegado de Polícia. No caso da PCRN, já foi escolhida a banca examinadora: Fundação Getúlio Vargas”, comenta Ighor. 

Ele ainda acrescenta que “também está muito próximo de ser lançado e edital para a Polícia Civil e Polícia Militar do Estado de Alagoas, concurso este recentemente confirmado pelo próprio governador, que relatou estar ansioso para a realização dos certames”, disse. 

Sobre a redução de seleções em 2020 em decorrência da pandemia, o professor Ighor Nogueira comenta que  “tem sido a diminuição mais sensível nas carreiras administrativas:  técnicos, analistas e auditores. Houve ainda diminuição sensível nas carreiras do poder judiciário e do Ministério Público, praticamente não teve concurso e convocação envolvendo esses órgãos durante o ano de 2020”, disse.

Como dica para os concurseiros, o professor Alexandre recomenda buscar conteúdos de professores renomados no mercado. “Cuidado para não estudar por materiais disponíveis no YouTube ou outros sites que estão desatualizados. Isso é uma armadilha e pode custar caro, a sua reprovação”, alertou o docente. 

O docente de direito penal, Ighor Nogueira, analisa que as carreiras policiais e da saúde mostraram sua essencialidade e os concursos não deixaram de surgir. Mesmo durante a quarentena, foram publicados os editais do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Polícia Civil e Militar do Paraná e Polícia Civil do Distrito Federal. “Tendo em vista medidas sanitárias de segurança, todos esses certames foram adiados, havendo ainda expectativa de reabertura de inscrições. Os salários variam de R$ 3.000,00 a R$ 9.000,00”, ressalta.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, defendeu nesta terça-feira (18) que o mundo aja de forma conjunta na luta contra o novo coronavírus.

Tedros, que falou durante coletiva de imprensa da entidade, afirmou que é preciso evitar o que ele chamou de "nacionalismo" de possíveis vacinas contra a Covid-19.

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Ele ressaltou ainda que é necessário fazer o "melhor tipo de planejamento" e que, para isso, os países devem agir como uma "orquestra", com cada músico fazendo sua parte.

O ex-presidente Michel Temer afirmou que o presidente Jair Bolsonaro, governadores e prefeitos estão cumprindo o seu papel no combate à epidemia do novo coronavírus no Brasil. Em entrevista à rádio CBN, Temer afirmou que "o momento exige uma ação conjunta", mas que as "palavras negacionistas de que não precisa fazer isolamento" não foram úteis e criaram alguns problemas políticos.

"Eu mesmo preguei, pela ciência, o isolamento social durante um bom período", disse o ex-presidente da República.

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Para a avaliação de Temer, as divergências por força de palavras e sentenças criaram um clima instável no País.

Segundo Temer, o MDB, partido ao qual é filiado, não está no governo, mas tem tido um papel independente de colaborar com teses importantes para o País.

De acordo com o ex-presidente, o partido "tem votado muito positivamente em relação às medidas que o governo propõe, mas de maneira independente".

Voto por lista, redução do número de partidos políticos, fim da reeleição: não faltam propostas em discussão no Congresso Nacional para mudar o sistema político brasileiro. Só na atual legislatura, 52 proposições foram feitas para trocar alguma coisa na maneira como os brasileiros escolhem seus representantes no Legislativo e no Executivo, segundo levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) a pedido do jornal O Estado de S. Paulo.

Para que uma reforma política seja bem-sucedida, ela deve criar regras que tornem a disputa mais justa entre quem deseja competir e que aumentem a representação da sociedade na política, segundo analistas ouvidos pelo Estadão.

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Na última eleição, 75% dos deputados eleitos eram brancos e 85% são homens. Além disso, mais de um quarto dos parlamentares têm mais de 50 anos e quase um quinto se define como empresário.

Se a sociedade se sentir mais representada, os níveis de confiança na política podem aumentar, ainda de acordo com analistas. Em julho de 2018, pesquisa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) mostrou que oito em cada dez brasileiros não tinham "nenhuma confiança" nos partidos políticos.

Como, então, criar novas regras que melhorem a democracia e o sistema político no Brasil? O jornal O Estado de S. Paulo reuniu cinco cientistas políticos ligados à academia para debater soluções.

'Discutir a inelegibilidade de juízes é crucial'

Claudio Couto, cientista político e coordenador do mestrado em Gestão e Políticas Públicas da FGV

"'Reforma política' é uma expressão muito genérica, que pode contemplar coisas muito diferentes. Reformar pode significar remover ou acrescentar coisas, modificar desenhos num sentido ou noutro. Cada um tem uma reforma política que prefere e que lhe favorece mais. Nos últimos anos, tivemos o sucesso de aprovar modificações importantes nas regras eleitorais, com o fim das coligações proporcionais e o estabelecimento de cláusulas de desempenho para os partidos, o que deve contribuir para alguma redução da fragmentação partidária ao longo dos próximos anos. O melhor nesse caso é manter essas mudanças e aguardar os seus efeitos.

A meu ver, hoje o mais urgente é limitar a politização da Justiça, com atores do sistema de Justiça interferindo na cena político-partidária, com agendas próprias. Para isso, a atual discussão sobre inelegibilidades de juízes, promotores e policiais é crucial. É um debate que tardou muito, mas finalmente chegou. É o mais urgente neste momento."

'É fundamental resgatar confiança do sistema político'

Creomar de Souza, cientista político e professor da UnB

"A crise na representação política não é apanágio do Brasil. Trata-se de um traço comum a regimes democráticos em diferentes latitudes, ainda que suas manifestações concretas possam variar muito. Há uma sensação generalizada de descolamento entre o sistema de representação, em particular os partidos políticos, e as aspirações da maioria dos cidadãos por emprego, renda, segurança, saúde e educação. Em meio à pandemia, essa sensação é aguçada, acarretando aumento da frustração com a política, o que pode abrir caminho para aventuras populistas.

No Brasil, país em que a representação é particularmente débil, a reforma política é ainda mais urgente. Hoje, a palavra-chave não é tanto "mudança", como em 2018, mas a manutenção daquilo que os cidadãos construíram ao longo de suas vidas. Para que isso seja possível como empresa coletiva, será fundamental uma reforma que resgate a confiança no sistema político, garantindo decisões legítimas e políticas públicas eficazes. Sem isso, estaremos condenados a seguir aumentando a frustração com o sistema político e com a própria democracia."

'Participação popular deve aumentar'

Fhoutine Marie, cientista política

 

"Quando falamos de reforma política é importante frisar que não se trata de um processo único, dada a pluralidade de propostas submetidas à Câmara e ao Senado. Além disso, trata-se de propostas relativas a diversos temas, como o voto distrital, redução do número de partidos, parlamentares, entre outros.

No cenário político atual, onde as instituições democráticas correm risco de esvaziamento, é importante observar quais as mudanças estão em pauta e quem está a cargo de conduzir estes processos, se possuem trajetórias idôneas e preocupação com a transparência e ampliação da participação política. É necessário aperfeiçoar os mecanismos atuais da democracia, de modo a conter a disseminação de informações falsas ou de baixa qualidade e evitar que milhares de pessoas sejam novamente impedidas de exercer o direito ao voto, como ocorrido no pleito de 2018. Por isso é extremamente importante que esses assuntos estejam no debate público, para que as mudanças nos mecanismos institucionais transcorram favorecendo o aumento da participação popular na política e da redução da influência do mercado na esfera pública."

'Principal problema é o excesso de partidos políticos'

Mariana Batista, cientista política e professora da UFPE

"Apesar de o momento não ser propício para a discussão de uma reforma política, dado o contexto da pandemia e o papel que o Legislativo vem assumindo com a falta de coordenação do Executivo federal, é necessário pensar numa reforma política no futuro próximo. O principal problema a ser enfrentado é o número de partidos políticos. Não pode ser visto como natural um país sem maiores clivagens linguísticas ou étnicas apresentar um número tão alto de partidos.

A hiperfragmentação é responsável pela falta de clareza para o eleitor quanto às propostas dos partidos e em que se diferenciam, pelo aumento de custos na tomada de decisão no Legislativo e pela fragmentação do apoio ao Executivo e das coalizões eventualmente formadas. Atenção especial deve ser dada aos efeitos da extinção das coligações para eleições proporcionais nas disputas deste ano. Além disso, é preciso levar a sério a questão da representação de mulheres, dados os resultados pífios e os casos de corrupção envolvendo as cotas. No médio prazo, precisamos avançar na discussão sobre o sistema eleitoral e a viabilidade do sistema distrital misto no Brasil."

'Democracia existe para ser plural e inclusiva'

Wallace Corbo, professor da FGV Direito Rio

"Uma reforma política, em qualquer variação que possa adotar, precisa buscar a superação de três problemas centrais ao Brasil. Primeiro, o déficit de igualdade brasileiro. Os diferentes índices sociais demonstram a discriminação extrema que sofrem grupos como as pessoas negras, LGBT+, mulheres, pessoas com deficiência, indígenas e outros. Estes índices estão diretamente relacionados à sub-representação desses grupos nos espaços políticos representativos. Abrir as instituições políticas para estes grupos, seja por novos procedimentos, seja por novas instituições, é essencial para reconhecer suas demandas e transformá-la em direitos e políticas.

Segundo, deve-se atacar o déficit republicano brasileiro. No País ainda marcado pelo patrimonialismo e pelo "você sabe com quem está falando?", uma reforma política deve ser capaz de romper com a apropriação privada do poder, gerando incentivos institucionais para o ingresso de agentes republicanos, a partir de pautas republicanas.

Por fim, uma reforma política é necessária para superar o déficit democrático brasileiro. Não há respostas simples. Uma democracia não existe nem para ser simples, nem barata: existe para ser plural, inclusiva e representativa."

Diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan afirmou nesta segunda-feira (3) que a situação do Brasil na pandemia "continua a ser de muita preocupação". Ao ser questionado sobre o quadro no País, Ryan lembrou que muitos Estados têm registrados números altos de casos, com o Brasil tendo cerca de mil mortes diárias na média pela doença recentemente.

"Suprimir a intensa transmissão comunitária é o primeiro passo", afirmou Ryan.

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Ele insistiu na importância de haver coordenação entre os governos e as comunidades. "Os governos precisam fazer sua parte para detectar casos, isolá-los, rastrear contatos quando for possível e criar condições para que a doença não possa se disseminar facilmente", apontou, mencionando também que é preciso "evitar aglomerações".

Ryan lembrou que a lista de tarefas é "fácil de dizer e difícil de atingir".

Segundo ele, os países com transmissão intensa da doença têm um "caminho longo" pela frente. "Não há bala mágica", afirmou, repetindo declaração anterior do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no início da coletiva.

O diretor executivo disse que alguns países precisarão "dar um passo atrás" para reavaliar como lidam com a pandemia em nível nacional, a fim de suprimir o vírus.

Também presente na coletiva, a líder da resposta da OMS à pandemia da covid-19, Maria Van Kerkhove, destacou a importância de se mobilizar recursos para as áreas mais afetadas de um país. "Há tremendos recursos no Brasil e o desejo de atacar esse problema", disse, insistindo para que se apliquem as medidas já conhecidas e eficazes para conter a transmissão, como o uso de máscaras, testagem, etc. "É preciso que exista capacidade de testar, para se saber onde o vírus está", ressaltou.

Ainda na resposta sobre o Brasil, Ghebreyesus disse que os países mais afetados não devem esmorecer. "Nunca é tarde demais, sigam estratégia abrangente" contra a doença.

Ele lembrou, na coletiva, que os testes de vacina têm avançado, mas não será possível saber se há vacina eficaz, nem por quanto tempo, até que eles terminem.

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou nesta quinta-feira, 30, que o segundo trimestre foi um dos "mais desafiadores" na história recente da instituição. "Provisões e liquidez são absolutamente fundamentais no cenário atual", destacou ele, em teleconferência com a imprensa.

O banco registrou um lucro líquido de R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre deste ano, cifra 40,1% menor que a do mesmo período do ano passado, de R$ 6,4 bilhões. O banco fez um novo reforço, de R$ 3,8 bilhões, nas provisões contra o crescimento da inadimplência por conta dos efeitos da pandemia da covid-19.

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De acordo com o executivo, o banco segue monitorando o desenrolar da crise e o ritmo de abertura da economia brasileira, mas espera que o pior momento já tenha sido superado. Esta semana, o Bradesco melhorou suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. O banco espera que a economia brasileira tenha queda de 4,5%, ante retração de 5,9% prevista anteriormente.

"A partir de maio, o auxílio emergencial ajudou com a injeção de recursos na economia. O cenário econômico ainda continua difícil. Não dá fazer qualquer prognóstico. Parece que o pior momento já passou. Esperamos que já tenha passado", disse Lazari.

Segundo o executivo, o banco concedeu R$ 129 bilhões em crédito novo durante os meses de abril a junho. A demanda por empréstimos, contudo, desacelerou, disse. "O crédito cresceu puxado pelas grandes empresas. A pessoa física teve uma queda natural em meio à redução da demanda." A carteira de crédito expandida do Bradesco totalizou R$ 661,1 bilhões de abril a junho, saldo 0,9% maior que o visto nos três meses anteriores. Em um ano, o crescimento foi de 14,9%.

Para Lazari, o banco pode ter atingido o pico no custo de crédito, que tem chances de se reduzir, dependendo do cenário. "Estamos bem provisionados, continuaremos avaliando cenários e faremos novos ajustes quando e se for necessário", disse.

De acordo com o executivo, o banco está com "relativo conforto", com um saldo de R$ 43 bilhões em provisões. "Temos um volume maior de operações com garantia que crises de 2008 e 2016", ponderou.

As provisões do Bradesco, no conceito 'expandida', somaram R$ 8,890 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 32,5% em relação ao primeiro. Na comparação anual, houve um salto de 154,9%. Outra boa notícia, conforme Lazari, foi a redução da inadimplência em todas as linhas. "A redução neste momento deve-se em boa parte a prorrogações e renegociações feitas em meio à pandemia", explicou.

No primeiro semestre, o Bradesco postergou R$ 61 bilhões em operações de crédito. Foram, no total, 1,9 milhão de contratos.

Fechamento de agências deve se intensificar

O presidente do Bradesco afirmou que o processo de fechamento de agências se intensificará no segundo semestre deste ano e também em 2021. O banco fechou as portas de 311 unidades até junho e pretende, de acordo com o executivo, elevar esse número para mais de 400.

"Estamos fazendo um trabalho de estruturação de fechamento de agências com inteligência, estatística e metodologia aplicada", disse Lazari. "Faz sentido termos 14 agências na Avenida Faria Lima? Podemos ter 12 ou 11", exemplificou.

Não há, de acordo com Lazari, uma região específica que o banco olha para reduzir sua estrutura física. Os locais estão sendo definidos conforme os estudos e as agências serão realocadas, permitindo ao banco ter uma rede mais bem distribuída e cortar gastos. Ao fim de junho, o Bradesco contava com 4.167 agências.

Sobre o quadro de empregados, o executivo afirmou que não há planos de redução e que o banco aderiu ao movimento 'não demita' em meio à pandemia. Segundo ele, a baixa registrada no segundo trimestre está relacionada à rotatividade de pessoas normal na instituição.

No segundo trimestre, o Bradesco também apontou a baixa de 447 funcionários frente ao trimestre anterior. Ao fim de junho, detinha um quadro total de 96.787 trabalhadores.

Ações na Amazônia

Octavio de Lazari afirmou também que as ações do banco são mais estruturantes que a adoção de um parque na Amazônia. Na quarta-feira, 29, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou, em entrevista ao Estadão/Broadcast que os bancos privados poderiam aderir a programas federais como "Adote 1 Parque" e "Floresta +", atuando de forma concreta na fiscalização da floresta.

"A adoção de parques na Amazônia é um projeto novo. Está sendo estruturado. Todas as empresas do Brasil vão olhar possibilidade. Nós estamos preocupados", disse Lazari.

O Bradesco tem atuado junto com Itaú Unibanco e Santander em relação ao tema. Além de ter participado de reunião com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, os bancos divulgaram um plano integrado para contribuir com o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

"É muito mais estruturante do que isso (adotar um parque na Amazônia). Podemos olhar, lógico, se for o caso, se for criterioso e a gente quer que seja. Queremos colaborar com um projeto estruturante para a Amazônia", disse o presidente do Bradesco.

Um terço dos executivos de grandes empresas espera retomar o trabalho presencial nos escritórios de suas companhias entre setembro e dezembro, mostra levantamento inédito da consultoria KPMG. Conforme o estudo, 34,9% dos 722 executivos entrevistados preveem que o trabalho nos escritórios voltará aos padrões convencionais entre setembro e dezembro. Outros 21,05% preveem a volta para agosto.

Embora a maioria dos executivos trabalhe com a volta ao trabalho presencial neste segundo semestre, 9,42% disseram que só pretendem retornar em 2021, destacou André Coutinho, sócio-líder de Clientes e Mercados da KPMG no Brasil e na América do Sul. Desde o início de maio, em torno de 8,8 milhões de trabalhadores vêm trabalhando remotamente, segundo uma nova pesquisa semanal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A pesquisa da KPMG revela ainda que a volta ao normal não será de uma vez só. Quase um terço (30,33%) dos entrevistados disse que a volta aos escritórios se dará, inicialmente, com no máximo de 15% a 30% dos profissionais. Outros 16,07% afirmaram que será com no máximo 15% do pessoal. "Para quase metade das empresas, o retorno será com ate 30% do pessoal. Com esse fluxo, as empresas administram melhor, têm mais controle do acesso (ao escritório) e têm um processo de aprendizado", disse Coutinho.

Na visão do sócio da KPMG, embora a ideia do trabalho remoto seja "sedutora" para as empresas, diante da possibilidade de cortar custos fixos com luz, água e até mesmo aluguel de espaço físico, a adoção generalizada do formato ainda está cercada de incertezas.

O "home office" poderá implicar prejuízos que ainda requerem tempo para serem avaliados, como o cansaço dos funcionários, a adaptação de processos e sistemas de tecnologia da informação, a dificuldade de reforçar a cultura corporativa e a falta da interação pessoal entre as equipes, disse Coutinho.

Mesmo assim, apenas 16,45% dos entrevistados pela KPMG avaliaram que o trabalho remoto diminuiu a produtividade dos funcionários em abril e maio. Para a metade (49,58%), a produtividade se manteve igual à do trabalho presencial. Outros 33,94% relataram ganhos de produtividade.

Coutinho acredita que o trabalho remoto será usado com cautela. Além de promover a volta aos escritórios gradualmente, as empresas também deverão optar por modelos em que os funcionários trabalham apenas alguns dias de casa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) foi questionado sobre o processo de reabertura das escolas, com países pelo mundo buscando equilibrar a questão da garantia do aprendizado de crianças e adolescentes com os riscos de mais contágios pela covid-19. Líder da resposta da Organização Mundial de Saúde (OMS) à pandemia, Maria Van Kerkhove disse que algumas nações que reabriram as escolas de fato relataram surtos da doença nesses ambientes, "sobretudo em crianças mais velhas", mas ao mesmo tempo lembrou que as crianças tendem a desenvolver quadros mais leves da doença, embora tenha havido também casos de mortes nesse grupo.

Kerkhove afirmou, durante entrevista coletiva da entidade, que países têm reportado à OMS entre 1% a 3% do total de casos da doença em crianças, sendo que em algumas das nações isso chegou a 5% do total.

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Segundo ela, de acordo com alguns estudos disponíveis, as crianças mais novas, com menos de 10 anos, tendem a ter menor prevalência, enquanto aquelas com mais de 10 têm prevalência similar à dos jovens adultos, de mais de 20 anos, "o que significa que elas podem ser infectadas, mas ter a doença mais leve".

Sobre a transmissão, Kerkhove admitiu que os cientistas ainda precisam ampliar seu conhecimento sobre esse tema especificamente nas crianças.

Também presente na coletiva, o diretor executivo da OMS, Michael Ryan, comentou o assunto. Ele disse que, nas comunidades em que a transmissão é intensa, "as crianças farão parte da transmissão". Ryan argumentou que o modo mais seguro de lidar com o problema é ter uma estratégia abrangente e de longo prazo para as sociedades em geral, não apenas para um ambiente delas, como as escolas. "Se suprimirmos os vírus em nossas sociedades, em nossas comunidades, então as escolas podem abrir em segurança", insistiu.

Ryan ainda pediu que a questão da reabertura das instituições de ensino não seja vítima de politização. "Devemos tomar decisões baseadas em dados, entender os riscos", defendeu, destacando questões sobre como está a taxa de transmissão na área em que se almeja reabrir escolas.

Imunidade

Maria Van Kerkhove disse que a entidade acredita que aqueles que já pegaram a covid-19 desenvolvam "algum tipo" de imunidade. Não está claro, porém, o quão forte é essa proteção nem quanto tempo ela dura, afirmou.

"Há uma série de estudos em andamento que tentam encontrar essas respostas", disse Kerkhove ao ser questionada sobre o tema.

Segundo ela, algumas investigações mostram que depois de alguns meses a imunidade pode diminuir, mas são ainda necessárias mais trabalhos para entender isso, comentou, admitindo que por ora há ainda apenas uma resposta incompleta para a questão.

Kerkhove disse que, no caso do que já se sabe sobre a Mers e a Sars, as pessoas podem ter uma resposta imunológica por cerca de um ano ou mais, mas, como o novo coronavírus circula há menos tempo, ainda não há resposta definitiva neste caso.

Retorno

A líder da resposta da OMS afirmou também que, mesmo nos países em que a transmissão do vírus da covid-19 é suprimida, "há sempre a possibilidade de uma ressurgência". Durante entrevista coletiva, Kerkhove argumentou que os países mantenham sistemas para lidar com esse risco.

De acordo com ela, os países devem agir rápido diante de um novo surto, já tendo em funcionamento meios de monitorar o problema e combatê-lo.

Kerkhove insistiu na importância de que sejam repassadas informações claras para o público sobre os casos e o trabalho das autoridades para controlá-los, bem como orientações sobre o que a população em geral deve fazer diante disso.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou nesta segunda-feira, 29, para o fato de que há uma grande parcela da humanidade ainda suscetível à covid-19. "Isso está longe de acabar", afirmou ele, durante entrevista coletiva da entidade. "O pior ainda está por vir", disse em outro momento sobre a pandemia, ao criticar as divisões políticas e ideológicas que atrapalham o combate à doença.

Na terça-feira, a OMS marca os seis meses do primeiro relato da China do que se tornou depois a pandemia do novo coronavírus. Nesse período, o mundo superou 10 milhões de casos, com 500 mil mortes, lembrou Ghebreyesus, dizendo também que alguns países sofrem agora uma ressurgência de casos, no processo de reabertura econômica.

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Segundo ele, é importante que os governos e as comunidades se concentrem no que está agora disponível, ou seja, medidas como o distanciamento físico, o uso de máscaras em locais públicos, testes, rastreamento de contatos e quarentena dos casos da doença.

"Não temos vacina agora, mas há muito que podemos fazer para conter transmissão", disse Michael Ryan, diretor executivo da OMS, também presente na coletiva. "Não há garantias de que haverá vacina, por isso há tantas candidatas", notou.

Ghebreyesus também apelou para que governos e comunidades levem a sério suas tarefas já existentes. "O vírus se dissemina de modo agressivo, é trágico ter de reportar mais de 10 milhões de casos", lamentou, pedindo unidade dentro dos países, para além de partidos ou ideologias, na resposta ao problema.

Segundo Xu Hejian, porta-voz do governo de Pequim, capital da China, o surto do novo coronavírus ligado ao mercado municipal de Xinfadi está "controlado". Desde o dia 11 de junho, o surto foi responsável por infectar 256 pessoas em Pequim.

Nesta quarta-feira (24), mais sete casos foram adicionados à contagem da capital chinesa, pouco mais da metade das 12 infecções registradas em toda a China continental.

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Mesmo com o otimismo, Xu alertou que a cidade deve aprimorar seu sistema de testagem e torná-lo ainda mais amplo, de forma a englobar todos os grupos mais suscetíveis à contaminação, como é o caso de trabalhadores de serviços de delivery, por exemplo.

Índia

Pela segunda vez nesta semana, a Índia registrou um novo recorde de casos de Covid-19 confirmados em apenas um dia. Nesta quarta, mais 15.968 indianos contraíram o novo coronavírus, fazendo com que o país chegue a 456.183 infecções. Mais 465 mortes foram contabilizadas para um total de 14.476.

A Índia está atrás apenas de Brasil e Estados Unidos no ranking dos países que mais registram infectados diariamente no mundo todo. Mumbai e a capital Nova Delhi seguem como as cidades indianas mais afetadas pela pandemia.

Rússia

Logo acima da Índia na classificação dos países com mais casos totais de Covid-19, a Rússia ultrapassou nesta quarta a marca de 600 mil infectados. Com o acréscimo de mais 7.176 contaminações, o país chegou aos 606.881 casos do novo coronavírus.

Segundo o governo russo, 154 pessoas morreram de covid-19 no país nas últimas 24 horas. O total de óbitos causados pela doença no país é de 8.513.

Japão

O governo de Tóquio, capital do Japão, registrou mais 55 infectados nesta quarta-feira, a maior taxa desde que o primeiro-ministro Shinzo Abe decidiu suspender o estado de emergência em todo o país. Os números foram reportados logo após a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, dizer que a região deve apresentar taxas "um tanto altas" de novos casos após um foco de infecções ter sido descoberto em um escritório na capital japonesa.

Apesar disso, autoridades disseram que parte das contaminações reportadas nesta quarta foram identificadas em testes preventivos, reiterando que a mais recente atualização não obriga Tóquio a reimpor restrições em combate à pandemia.

Ao todo, o Japão soma 18.024 casos confirmados e 963 mortes provocadas pela Covid-19.

Algumas das principais metrópoles mundiais começam a relaxar suas quarentenas após as taxas diárias de infectados e mortos pela Covid-19 diminuírem nas últimas semanas. Após quase três meses de restrições devido à pandemia, a cidade de Nova York irá passar para a fase 1 do plano de reabertura do Estado, permitindo que a construção civil e as indústrias de manufatura retomem todas as atividades, e o comércio não essencial volte a funcionar parcialmente.

Segundo o prefeito Bill de Blasio, é esperado que 400 mil nova-iorquinos voltem a trabalhar. O governador Andrew Cuomo afirmou que serão testadas 35 mil pessoas na cidade diariamente, como forma de monitorar a situação da doença em Nova York. Antes epicentro da pandemia nos Estados Unidos, Nova York concentra mais de 20% das quase 2 milhões de mortes por Covid-19 no país, com ao menos 21.844 óbitos e 203.819 infecções registradas.

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Capital da Rússia, terceiro país com mais infectados pelo novo coronavírus, Moscou deu como encerrada sua quarentena nesta segunda-feira, 8. O prefeito Sergei Sobyanin afirmou que a pandemia estava em declínio no município e, a partir deste mês, será possível aos cidadãos moscovitas retomar normalmente suas vidas. Os comentários de Sobyanin vieram logo após a Rússia anunciar a abertura parcial de suas fronteiras, restringindo-a para pessoas que entrarem no país a trabalho, para conseguir tratamento médico ou cuidar de familiares. Até agora, a Rússia confirmou 476.658 casos de covid-19, sendo 8.985 nesta segunda. Há, ainda, 5.971 óbitos registrados.

Em rota contrária à Rússia, o Reino Unido decidiu nesta quarta limitar o acesso de estrangeiros aos quatro países que formam a nação insular. Em medida controversa tomada pelo primeiro-ministro Boris Johnson, o governo britânico proibiu que táxis e os meios públicos de transporte sejam usados por estrangeiros.

Os viajantes também não devem ir ao trabalho, escola ou a áreas públicas e não devem receber visitas no local onde estiverem hospedados. Também não estão permitidos a sair para realizar quaisquer atividades, caso possam pedir para outra pessoa fazê-las. Por fim, aqueles que não cumprirem a quarentena obrigatória de 14 dias após entrarem na Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales irão pagar uma multa de mil euros, enquanto os que descumprirem a regra na Escócia estão sujeitos a uma multa de 480 euros.

O governo britânico foi criticado por não ter tomado medida similar no período que registrou o pico das contaminações por coronavírus na Europa e nos países do Reino Unido. Nesta segunda-feira, a Grã-Bretanha confirmou mais 55 mortes pela Covid-19, sua menor taxa diária de mortes desde 22 de março. Ao todo, 40.597 britânicos morreram pela doença, fazendo do Reino Unido a segunda nação com mais óbitos durante a pandemia, atrás apenas dos EUA.

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, informou à imprensa local que o país conseguiu eliminar completamente a circulação do novo coronavírus. Após um esquema rígido de quarentena que durou 75 dias, Ardern decretou a reabertura de todas as restrições impostas às atividades econômicas e sociais no país, retornando à normalidade do período pré-pandemia. Ao todo, a Nova Zelândia reportou 1.154 infecções e 22 mortes causadas pela Covid-19.

O diretor do departamento monetário e de mercado de capitais do Fundo Monetário Internacional (FMI), Tobias Adrian, sugeriu que os bancos retenham as receitas em seus balanços, evitando pagamento de dividendos, a fim de preservar as condições de capitais.

"Podemos esperar juros baixos por um bom tempo. Então, nossas expectativas é de que haverá pressões de rentabilidade sobre os bancos", afirmou, durante seminário virtual sobre o Relatório de Estabilidade Financeira Global, divulgado nesta sexta-feira, 22.

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Segundo Adrian, mais de 100 países já solicitaram assistência financeira do Fundo, entre os quais cerca de 50 já começaram a receber os recursos.

Ele avalia que o auge da crise financeira provocada pelo coronavírus já passou. "As políticas em países desenvolvidos têm efeitos positivos em economias emergentes. Com o relaxamento das condições financeiras, o acesso a mercados melhorou para os emergentes", analisa.

Na mesma linha, o vice-diretor do departamento monetário e de mercado de capitais do FMI, Fabio Natalucci, afirmou que os emergentes enfrentaram problemas de fuga de capitais na fase inicial da crise, mas que a questão começou a se estabilizar, particularmente nos países com fundamentos econômicos sólidos.

O comerciante Airton Perez, de 77 anos, sempre foi ativo e teve boa saúde. No dia 15 de março, achou estranho quando começou a sentir um mal-estar e cansaço. Pediu ao filho que o levasse ao hospital. Na mesma data, foi internado na UTI do Hospital São Luiz Jabaquara com Covid-19. Quatro dias depois, teve de ser entubado.

Ficou em ventilação mecânica por duas semanas, esperou outros 12 dias para ir da UTI para o quarto e, em 28 de abril, quando o jornal O Estado de S. Paulo o entrevistou em seu leito, continuava internado, por causa de problemas renais.

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"Nunca tive problema nos rins. Até isso essa doença afetou", contou ele, no 45.º dia de internação.

O comerciante foi o primeiro paciente a ser internado no São Luiz Jabaquara com diagnóstico da doença. O centro médico foi escolhido como unidade especializada da Rede D'Or São Luiz em São Paulo para pacientes com coronavírus.

Maior rede hospitalar privada do País, com 7,3 mil leitos, 30% deles de UTI, a empresa começou a montar uma operação de guerra já em janeiro, quando o surto de covid-19 ainda estava restrito a cidades chinesas. Mesmo com a criação de comitês de emergência, ampliação de leitos e aumento de contratações, o que gestores, médicos, enfermeiros e pacientes não esperavam era que o inimigo fosse tão rápido, agressivo e traiçoeiro.

No sábado (2), a rede contabilizava em seus mais de 50 hospitais espalhados pelo País 1.808 pacientes internados com coronavírus, dos quais 1.223 (67%) estão em UTIs e 367, entubados.

O jornal O Estado de S. Paulo acompanhou por dois dias a rotina em dois hospitais da rede - o São Luiz Jabaquara e o Vila Nova Star, ambos na zona sul da capital paulista.

A história de Airton Perez - ou 'seu Airton', como ele ficou conhecido entre os funcionários - dá uma ideia do desafio: internações prolongadas, danos a outros órgãos além do pulmão e pioras repentinas são alguns dos aspectos que surpreendem as equipes de saúde. "A gente repara que pacientes que estão bem clinicamente afundam de uma hora para outra", resume Mauro Borghi, diretor regional.

Dos 40 leitos de UTI dedicados à covid-19 no hospital, 38 estavam preenchidos no dia da visita. O hospital já tem um plano, caso precise de mais espaço. "Adaptamos um andar de leitos de enfermaria", explica Thiago Portela Caroccini, gerente de enfermagem.

O Vila Nova Star também antecipou a abertura de dez leitos de UTI além dos 20 existentes. "Nos preparamos porque é um vírus traiçoeiro, ataca de formas distintas. O paciente pode ter trombose, lesões de pele, comprometimento muscular. Tem casos de pacientes que perderam 6 quilos em duas semanas. Nós ainda não vimos tudo que ele pode causar", diz Paulo Hoff, médico do Vila Nova e presidente da Oncologia d'Or.

Quem pensa que a ameaça está restrita a pessoas que estão no grupo de risco se surpreenderia ao ver o que a reportagem presenciou nos dois dias que acompanhou a rotina dos hospitais: pacientes jovens, alguns sem comorbidades, deitados nos leitos de UTI do hospital.

Alguns, mesmo na faixa dos 30, 40 anos, estão ou já passaram pela entubação, como a recepcionista Érica Maria Brandão, de 33 anos. Quando a reportagem a encontrou, ainda na UTI, a recepcionista havia saído do tubo há dois dias, depois de ficar mais de dez dias respirando com a ajuda de um ventilador. "Nunca imaginei que pudesse ficar tão grave."

Perigo

Na UTI do São Luiz Jabaquara, o jornal O Estado de S. Paulo viu pacientes com insuficiência respiratória tão grave que tiveram de ser submetidos a uma traqueostomia (abertura de um orifício no pescoço e traqueia) porque já não podiam ficar com o tubo. O procedimento é feito geralmente em pacientes que já levam de mais de duas semanas entubados sem melhora suficiente para sair da ventilação mecânica.

A equipe médica e a direção dos hospitais da rede fazem reuniões diárias para discussão dos casos dos internados. O trabalho multidisciplinar aliado à tentativa de prever complicações e antecipar medidas é a estratégia da rede para evitar que a doença faça mais vítimas.

Até agora, nos 50 hospitais do grupo, foram registrados 313 óbitos em um total de mais de 10 mil internações. "Nossa taxa de letalidade é bem mais baixa do que a geral do Brasil (2,9% entre os pacientes da rede ante 6,9% no País)", afirma Leandro Reis Tavares, vice-presidente médico da Rede D'Or São Luiz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo rejeitado por parte dos brasileiros, Jair Bolsonaro (sem partido) se perpetuará – democraticamente - na liderança do poder Executivo. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa feita pelo Instituto Paraná Pesquisas, que projetou a vitória do atual presidente em três cenários distintos das eleições de 2022.

Cenário 1- A pesquisa foi feita entre os dias 26 e 29 de abril, após a crise política instalada com as saídas dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro. Bolsonaro lidera com 27% dos votos o primeiro cenário, no qual disputaria com o ex-ministro da Justiça, que assume a segunda posição com 18,1%. Abaixo de Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT), Luciano Huck aparece na quinta posição, com 6%.

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Cenário 2- Em outra projeção, Moro foi retirado da disputa, o que amplia a diferença de Bolsonaro para os demais concorrentes, com 29,1% das intenções de voto. Haddad reassume a segunda posição com 15,4%, seguido por Gomes, com 11,1% dos votos. O ex-ministro da Saúde foi introduzido na disputa, no entanto, perde para Luciano Huck e ficaria na quinta posição, com 6,8%.

Cenário 3- O único concorrente que freia, mas não tira a liderança do atual presidente, é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar de Bolsonaro assumir a vantagem com 26,3%, o líder petista conquista 23,1% dos votos, o que determina um empate técnico. No entanto, este cenário é improvável, pois o ex-presidente segue inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Nesta disputa, Moro corre por fora e fica na terceira posição com 17,5%.

Desempenho da gestão- Mesmo com a política controversa, Jair Bolsonaro (sem partido) consegue manter 30% do eleitorado, o que lhe capacita para o segundo turno da corrida presidencial de 2022. Contudo, se quiser ser reeleito, o presidente tem que melhorar a avaliação do seu governo, que conta com apenas 44% de aprovação, conforme o Instituto Paraná Pesquisas. Outro dado preocupante é que 31,8% dos eleitores consideram sua gestão ótima ou boa.

“É o pior momento do governo em termos de popularidade. Esse um terço que Bolsonaro mantém consolidado é impressionante, mas as pessoas que consideram sua gestão ‘regular’ estão começando a classificá-lo como ‘ruim’ ou ‘péssimo’. As confusões que Bolsonaro está criando têm feito com que ele perca o eleitor neutro. E me parece que ele não está preocupado com isso, mas em governar para manter os 30%”, avaliou o diretor do instituto, Murilo Hidalgo, à Veja.

De acordo com a revista, a pesquisa feita por telefone entre os dias 26 e 29 de abril, com 2.006 eleitores em 182 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O relógio marcava 18 horas na última quinta-feira (23) quando o então ministro Sérgio Moro andava em círculos, com o telefone celular grudado no ouvido, no seu gabinete no quarto andar do prédio da pasta da Justiça e Segurança Pública. Trancado ali ao longo da tarde, Moro recebia ligações de autoridades dos três Poderes da República, boa parte delas com "sugestões" e "conselhos" para que deixasse o governo - "um barco que estava afundando, mergulhado em investigações", como descreveu um dos interlocutores.

O celular de Moro recebeu ligações dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O ex-juiz da Lava Jato ainda conversou com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e colegas do primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro.

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Entre um telefonema e outro, Moro conversou ainda com amigos e a mulher, Rosângela, que há tempos vinha sugerindo a ele deixar o governo, conforme relataram pessoas próximas do ministro.

Pela manhã, Moro tinha estado no Palácio do Planalto. Lá, recebeu do próprio Bolsonaro a informação, por volta de 9 horas, de que Maurício Valeixo, seu braço direito e amigo pessoal, seria demitido do comando da Polícia Federal.

No encontro, Moro bateu o pé e ameaçou deixar o governo. Percorreu os 500 metros que separam a Presidência do Palácio da Justiça, nome oficial da sede do ministério, e ali permaneceu trancado no gabinete, até as 18h50.

A sala ocupada de Moro é cercada por estantes com "quilos" de livros jurídicos que o acompanham desde a época da faculdade. Foi ali que passou as oito últimas e decisivas horas como ministro de Bolsonaro.

Do lado de fora do prédio, um batalhão de jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos tentavam, pelas frestas de cortinas da construção modernista, flagrar as movimentações do ministro mais poderoso do governo.

"Bombeiros" do Planalto foram acionados para tentar convencer Moro de desistir da ideia de pedir exoneração. Os ministros militares sempre avisaram ao presidente que a demissão do maior símbolo anticorrupção do País poderia significar o início da derrocada do governo.

Ciente disso, uma das enviadas a Moro foi a advogada da família Bolsonaro, Karina Kufa. Ela levou o recado de que o presidente estava convencido a seguir com a ideia da exoneração de Valeixo. O presidente teria ficado irritado, inclusive, com o fato de setores da esquerda terem ironizado a sua suposta impossibilidade de demitir um diretor da Polícia Federal.

Para acalmar Moro, que àquela altura já havia conversado com boa parte das cúpulas da República, Bolsonaro mandou avisar que estava disposto a discutir um nome de "consenso" para a PF. O ministro, no entanto, já não queria mais "negociar". Queria que o presidente "batesse o martelo" e definisse se Valeixo ficaria ou não no cargo.

Moro esperou, mas a resposta definitiva do Planalto não veio. Nenhum novo contato do presidente foi feito, o que deixou o ministro mais insatisfeito.

Mais tarde, já noite, Moro mandou avisar à segurança do Palácio da Justiça que iria descer. O comboio o esperou, como de costume, na garagem. Mas o ministro saiu pela lateral para não ter contato com a imprensa.

Às 20 horas, ele já estava em casa com a família. Ainda aguardava um retorno do Planalto.

Foi dormir com a sensação de que o dia seguinte, sexta-feira, seria o último dos 512 que serviria ao governo de Jair Bolsonaro.

Acordou com a demissão de Valeixo publicada no Diário Oficial da União (DOU), o estopim para anunciar sua decisão de também sair.

Avião da FAB para mulher foi cogitado

Na tentativa de tentar convencer Sérgio Moro a ficar no governo, um trio de "bombeiros" procurou amigos pessoais do ex-ministro e chegou a cogitar o envio de um avião da FAB a Curitiba para levar Rosângela, a mulher de Moro, da capital paranaense a Brasília.

A ideia foi descartada por questões legais. Formado pelo secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wanjgarten, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e o ajudante de ordens Major Cid, o trio achava que a insistência de Moro em deixar o governo pudesse ser mais por fatores pessoais do que políticos.

As tentativas de apaziguar a relação entre Moro e Bolsonaro vararam a madrugada de sexta, sem resultados.

O Brasil deverá ter 41 mil casos de covid-19 até o dia 20 de abril, segundo novo levantamento do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (Nois), que reúne pesquisadores da PUC, da Fiocruz e do Instituto D`Or. Num cenário otimista, o número seria de 35.298. Num cenário pessimista, a evolução seria pior do que a observada na Itália e na Espanha e chegaria a 60 mil casos. O País tem, nesta sexta-feira, 9.059 confirmados.

Se as medidas de isolamento forem suspensas ou se a adesão da população diminuir muito, o Brasil pode seguir o cenário dos Estados Unidos, chegando a 267 mil casos, que seria o pior caso.

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Em todos os cenários, a epidemia está em crescimento. Mas, alertam os pesquisadores, a eficácia das medidas de contenção adotadas nas últimas semanas pode influenciar na desaceleração das taxas nos próximos dias. O número total de casos registrado nesta sexta-feira já indica uma taxa de crescimento menor do que a de outros países analisados.

No estado de São Paulo, que reúne 44% dos casos no Brasil, as projeções para o próximo dia 20 variam de 11.154 a 26.777. No Rio, a variação seria de 3.156 a 7.576.

Nem os militares do governo conseguem "enquadrar" Jair Bolsonaro. Nos bastidores do Congresso e do Supremo a impressão é cada vez mais frequente: dois Bolsonaros parecem habitar o Palácio do Planalto. Um deles recua algumas casas no jogo quando a popularidade cai, mas o outro, logo em seguida, desfaz tudo o que o primeiro fez e avança no estilo beligerante.

A condução da crise do coronavírus deixou evidente essa característica. Em conversas reservadas, interlocutores do presidente dizem que ele se sente "perseguido", desconfia da equipe e emite sinais trocados porque trabalha com a lógica das redes sociais.

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Um amigo de Bolsonaro o define como um lutador de box solitário, em um ringue, onde a maioria da plateia sempre quis que ele fosse a nocaute. "Foram 28 anos assim. Agora, querem que ele passe a ser um jogador de xadrez. Mas isso é contra a sua natureza", resumiu o interlocutor, da ala militar do governo.

Os últimos movimentos de Bolsonaro, porém, fazem parte de um cálculo político. Na terça-feira (31), uma semana após o pronunciamento em que chamou a covid-19 de "gripezinha", Bolsonaro baixou o tom, sintonizou o discurso com o do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e até parecia outro presidente. Para essa nova atuação, ouviu generais de dentro e de fora do Planalto e consultou interlocutores como o ex-presidente Michel Temer.

A mudança, porém, não durou um dia. Incentivado pelo "gabinete do ódio", Bolsonaro voltou a ser Bolsonaro e atacou governadores. "Partimos para o socialismo. Todos dependentes do Estado até para comer, grandes empresas vão embora e o pequeno investidor não existe mais", previu o filho Carlos Bolsonaro no Twitter. Diz a fábula que a natureza do escorpião é mesmo picar. Ao que tudo indica, esta é a natureza do presidente. E também de seus filhos. 

Um país com uma enorme dívida de curto prazo, sem acesso ao mercado de crédito e sem reservas internacionais para pagar as contas. Essa é a Argentina que o peronista Alberto Fernández comandará a partir desta terça-feira (10). Em recessão há dois anos, com uma inflação de 55% ao ano e 41% da população vivendo abaixo do nível da pobreza, a economia argentina será o maior desafio do futuro presidente.

Para economistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, Fernández terá de encontrar soluções para um conjunto de adversidades que não se via desde o governo de Eduardo Duhalde, que presidiu a Argentina em 2002 em meio a um processo de calote e a uma desvalorização da moeda de quase 70%.

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O cenário é pior até mesmo que o do fim de 2015, quando Mauricio Macri chegou ao poder e recebeu uma economia repleta de distorções, com preços congelados, acesso ao dólar limitado e déficit fiscal primário (sem contar os juros da dívida) de 3,8% do PIB.

"A economia estava desajustada em 2015, mas a principal diferença é que, naquela época, havia um consumo alto. A recessão atual é muito acentuada", afirma a economista Marina Dal Poggetto, da consultoria argentina Eco Go.

O economista Lorenzo Sigaut, da Ecolatina, acrescenta que a urgência para se resolver o problema da dívida de curto prazo do país torna o início do governo de Fernández mais complexo que o de Macri.

Apenas nos três primeiros meses de 2020, vencem US$ 4 bilhões da dívida argentina. A partir de 2021, começam a vencer também parcelas do financiamento de US$ 57 bilhões que Macri assumiu com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e, dos quais, US$ 44 bilhões foram desembolsados. O país, porém, tem apenas US$ 12 bilhões em reservas internacionais líquidas.

É certo que os prazos da dívida serão renegociados, dizem os economistas. Parte do mercado acredita ainda que haverá um "haircut" (renegociação do valor devido). Hoje, os títulos do país são comercializados entre 40% e 60% dos seus valores de face, o que significa que os investidores não acreditam que o país pagará o preço pelo qual os papéis foram vendidos.

"O primeiro desafio de Fernández é reestruturar essa dívida. E a diferença (entre a situação econômica de hoje e a de 2015) é que Macri tinha credibilidade no mercado. A Argentina já não tem mais nenhuma credibilidade", diz Andrés Borenstein, economista do BTG na Argentina.

Para renegociar a dívida, Fernández convocou Martín Guzmán, que, com apenas 37 anos, assumirá o Ministério da Economia. O nome de Guzmán - pupilo do prêmio Nobel Joseph Stiglitz, um crítico do liberalismo - foi anunciado na sexta-feira. "Isso é inédito na Argentina. A definição da eleição se deu em agosto (nas primárias) e, a quatro dias da pose, ainda não havia um nome confirmado", afirma Marina Dal Poggetto.

Para o economista Livio Ribeiro, do Ibre/FGV, a demora para se fechar o gabinete de Fernández indica que já há uma disputa de forças entre o futuro presidente e sua vice, Cristina Kirchner. "Guzmán ser o indicado (para ministro) sugere que o grupo ligado a Cristina está ganhando o embate."

Antes de o martelo ser batido em torno do nome de Guzmán, o economista Guillermo Nielsen, que fez parte do governo de Néstor Kirchner, era um dos mais cotados para comandar a Economia. Visto como um pouco mais ortodoxo, Nielsen é mais próximo de Fernández do que de Cristina e participou da renegociação da dívida argentina após o calote de 2001.

Desde que foi eleito, Fernández indicou a seu eleitorado e ao FMI que não pretende fazer um corte nos gastos. Mas, sem um ajuste fiscal, será difícil que o mercado tope uma renegociação da dívida, alerta Melisa Sala, da consultoria LCG. "Se ele não vai cortar gastos, terá de aumentar impostos", destaca.

A aposta dos economistas é que Fernández recorrerá a uma elevação dos impostos sobre exportações, principalmente agrícolas - ferramenta já adotada no governo de Cristina e a qual Macri também recorreu.

Além da renegociação da dívida, o controle da inflação deverá ser uma das prioridades do governo peronista. Nessa área, Fernández já mencionou a intenção de fechar um acordo entre sindicatos e empresas para segurar salários e preços. "A questão é que um acordo não é suficiente. É preciso também consistência fiscal e monetária", acrescenta Marina Dal Poggeto.

Vantagens

Apesar de a recessão e a dívida de curto prazo tornarem o início do governo Fernández um dos piores já vividos pela a Argentina, há alguns aspectos que devem ajudá-lo a governar. Do lado fiscal, houve uma redução no déficit primário, que passou de 3,8% do PIB para 0,5% nos últimos quatro anos. O déficit comercial também diminuiu, em grande parte por causa da queda das importações decorrente da crise.

"Em 2020, a Argentina deve ter superávit em conta corrente. O país também está com um câmbio competitivo. Mas (para voltar a crescer) ainda é preciso cumprir uma agenda que inclui reforma trabalhista e abertura da economia", diz Borenstein. Ele lembra que o peronismo é pragmático e poderá adotar medidas que, por enquanto, não apareceram nos discursos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O jogo deste domingo (8) entre Cruzeiro e Palmeiras, no Mineirão, teve outros resultados negativos além do rebaixamento do time celeste. O maior deles foi o rastro de destruição deixado após o término da partida no estádio, na Pampulha.

Vândalos destruíram as instalações do estádio, além de causarem confusão e tumulto na arquibancada no final do jogo arremessando cadeiras e objetos. Pelo menos 15 torcedores do Cruzeiro foram encaminhados à emergência. Como responsável pelo evento, o time celeste terá que arcar com os prejuízos causados pela sua torcida.

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No Twitter, o perfil oficial do estádio se pronunciou sobre o ocorrido e lamentou. "Por aqui trabalhamos duro para receber bem a todos. Infelizmente, o vandalismo tomou conta e, com tristeza, mostro o resultado fora de campo"; e finalizou dizendo: "torcemos por um 2020 diferente".

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