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Na última terça-feira (21), Bill Cosby foi declarado culpado por abusar sexualmente de um adolescente de 16 anos de idade na Mansão da Playboy em 1975. Segundo o Hollywood Life, a decisão do juri fará com que Bill renha que pagar 500 mil dólares em danos para a vítima, o equivalente a cerca de dois milhões e 579 reais.

As alegações são de que o ator teria molestado Judy Huth em um quarto da Mansão. A vítima abriu o processo em 2014, buscando compensação por danos morais. Ela dizia ter conhecido Cosby em 1975, enquanto ela e a amiga de 17 anos de idade assistiam as gravações de um filme em Los Angeles, nos Estados Unidos. Bill teria chegado até elas e perguntado se elas queriam se sentar com ele.

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Após este dia, o ator teria convidado ela e a amiga para encontrá-lo em uma quadra de tênis, onde ele serviu bebidas alcoólicas para as duas. A vítima também disse que o ator a mandava tomar uma cerveja toda a vez que ele ganhava, e quando as partidas acabaram, ele as levou para a Mansão da Playboy, onde Huth disse que Cosby pediu para que ela se sentasse na cama de um dos quartos com ele.

A vitória de Huth tomou lugar um ano após Bill ser solto da prisão por ter tido anulada sua condenação por drogar e abusar sexualmente de Andrea Constand em 2004.

Naason Joaquin Garcia, líder de uma denominação evangélica fundada no México chamada "La Luz del Mundo", foi condenado nesta quarta-feira (8) a 16 anos e oito meses de prisão por abusar sexualmente de três menores de idade na Califórnia.

Garcia, de 53 anos, se declarou culpado desses atos na semana passada. Ele foi preso na Califórnia em 2019 por crimes cometidos entre 2015 e 2018 enquanto estava à frente da "La Luz del Mundo", uma organização religiosa internacional que reivindica cinco milhões de seguidores no mundo.

O pastor e dois corréus, que também se declararam culpados de abuso de menores, são acusados de forçar as vítimas a praticar atos sexuais sob o argumento de que "se fossem contra a vontade ou os desejos do 'Apóstolo'", título dado a Garcia, "estariam se opondo a Deus."

O líder religioso negou por muito tempo, mas acabou se declarando culpado em um acordo com a justiça por estupro de dois menores e um ato de agressão sexual contra uma menina de 15 anos.

Antes de anunciar a sentença de Garcia nesta quarta, o juiz Ronald Coen pediu desculpas às vítimas, muitas das quais queriam prestar depoimento no julgamento inicialmente marcado para esta semana em Los Angeles, e pediam a pena máxima.

"Minhas mãos estão atadas", explicou o juiz às mulheres. Mas "o mundo as ouviu", acrescentou Coen, que descreveu o condenado como um "predador sexual".

"Ele merece ficar na prisão para sempre, mas isso ainda não seria suficiente", disse uma das vítimas em um comunicado lido para o público. "Ele tirou minha fé (...) Me usou e usou minha fé em Deus e minha inocência", declarou outra.

Apesar dos testemunhos e da confissão de seu líder, a igreja "La Luz del Mundo" renovou publicamente o seu apoio a quem considera ser "Apóstolo de Jesus Cristo".

Em um comunicado publicado em sua conta no Twitter após o anúncio da pena, a organização acusa o sistema de justiça de ter "fabricado" provas contra García e de não ter permitido que ele tivesse um julgamento justo.

Ele não tinha, de acordo com a igreja, "nenhuma escolha a não ser aceitar um acordo judicial" e se declarar culpado, como o "melhor meio de proteger a Igreja e sua família".

"Nossa confiança nele permanece intacta em todo o conhecimento de sua integridade, sua conduta e seu trabalho", afirmam.

Um tribunal de Kiev condenou nesta segunda-feira (23) à prisão perpétua um soldado russo de 21 anos considerado culpado de crimes de guerra, no primeiro veredicto do tipo na Ucrânia desde o início da invasão ordenada por Moscou em 24 de fevereiro.

O advogado do soldado Vadim Shishimarin, Viktor Ovsyannikov, anunciou que vai apresentar recurso contra o veredicto.

"O tribunal decidiu que (Vadim) Shishimarin é culpado e o condenou à prisão perpétua", anunciou o juiz Sergiy Agafonov.

Shishimarin, um sargento russo, admitiu durante o julgamento que matou um civil de 62 anos nos primeiros dias da ofensiva russa no nordeste da Ucrânia.

A vítima empurrava uma bicicleta enquanto falava pelo telefone.

O tribunal também o declarou culpado de assassinato premeditado.

"O assassinato foi cometido com intenção direta", disse o juiz Agafonov. "Shishimarin violou as leis e costumes da guerra", acrescentou o magistrado.

Em uma audiência na semana passada, Vadim Shishimarin declarou que lamentava o ocorrido e pediu "perdão" à viúva da vítima, ao mesmo tempo que justificou seus atos como "ordens recebidas".

O soldado ouviu o veredicto em ucraniano no banco dos réus. Um intérprete traduziu a sentença para o russo.

De acordo com o MP ucraniano, o país abriu mais de 12.000 investigações por crimes de guerra desde o início da invasão russa.

O homem que chamou o deputado federal José Guimarães (PT-CE) de 'capitão cueca' em um voo para Brasília, em 2019, foi condenado pela Justiça Federal a pagar a multa de R$ 5 mil e cinco meses de detenção por injúria. O agressor já havia perdido um processo para o parlamentar por danos morais.

“Justiça sendo feita!”, vibrou o deputado nas redes sociais.

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Identificado como Gilberto Alves Júnior, como publicado pela colunista Mônica Bergamo, o acusado gravou o encontro com o deputado dentro do avião. "Estou do lado do capitão cueca, que foi pego com dinheiro na cueca aqui. É o Zé Guimarães do PT, que roubou o Brasil inteiro, mandou dinheiro para Cuba, para Venezuela", disse.

Gilberto Alves Júnior se referia ao flagra no assessor de Guimarães, José Adalberto Vieira da Silva, pego em 2005 com US$ 100 mil na cueca e R$ 209 mil em uma maleta no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Sem provas conclusivas

Embora tenha relação com José Adalberto, o processo por improbidade administrativa contra o deputado foi excluído em 2012 em uma decisão unânime do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que aceitou o recurso que indicava não haver provas de que Guimarães estava envolvido no caso.

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Em uma vitória judicial anterior por danos morais, de agosto do ano passado, Gilberto Alves Júnior já havia sido condenado a pagar R$ 7 mil em indenização ao parlamentar. 

Ele ainda pode recorrer da nova condenação determinada pela juíza da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves.

O youtuber Marcelo Frazão foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) por crime de homofobia. Ele recebeu uma pena de 2 a 4 anos de reclusão em regime aberto, que foi substituída por prestação de serviços à comunidade uma hora por dia, além da indenização por dano moral coletivo de 50 salários mínimos.

Após áudio polêmico gravado por Marcelo em outubro de 2020, o Ministério Público apresentou denúncia ao TJSP alegando que o mesmo agiu de forma preconceituosa.  “O comportamento sexual, a orientação sexual e a identidade de gênero não são doenças e não podem ser provocadas por medicamentos ou cargas virais”, disse o promotor Willian Daniel Inácio na denúncia.

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No áudio em questão, Marcelo afirma que quem se vacinar contra a Covid-19 terá seu código genético alterado. "Os filhos e os netos vão ter problemas graves porque ela [a vacina] vai alterar o código genético”. “Quando seu filho for ter o filho dele, ele vai nascer com problema. O menino pode deixar de ser menino, vai virar menina. A menina deixa de ser menina e vira menino”, diz o youtuber.

O promotor Willian Daniel afirma que o youtuber deu declarações transfóbicas e homofóbicas. "As mensagens de áudio e texto divulgadas pelo denunciado são homofóbicas e transfóbicas, revelando aversão odiosa à orientação sexual e à identidade de gênero de número indeterminado de pessoas, ao compará-las a doenças e ao sugerir sua ligação com questões genéticas.”

Frazão afirmou que não é homofóbico e que sua fala foi tirada de contexto, alegando que o áudio foi uma parte da aula de genética a qual se referia. Porém, o juíz Antonio Jose Papa Junior afirmou que Frazão “fazia uso de suas redes sociais para propagar notícias falsas, desestimulando as pessoas a tomarem a vacina.” Acrescentou o magistrado: “Ao contrário da fala propagada, os estudos de medicina baseada em evidências indicam que [a vacina] se trata de substância segura ao uso humano, tanto que o uso foi autorizado pela Anvisa, maior autoridade do país na matéria.”

O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Mauricio Gomes da Fonseca, acusado de assediar sexualmente três funcionárias de uma empresa terceirizada de limpeza que prestava serviços para os Bombeiros, foi considerado culpado pela Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE).

A corregedoria determinou que ele deve perder a sua patente por considerá-lo "indigno do oficialato ou com ele incompatível". 

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A SDS-PE explica que os assédios aconteciam dentro do quartel e de forma virtual, com envio de fotos e vídeos de cunho sexual e erótico, bem como mensagens de texto com a mesma conotação que eram enviadas pelo WhatsApp. 

Os crimes teriam acontecido em 2019. Agora, finalizada a instrução processual,  a comissão chegou ao entendimento, através do devido relatório

fundamentado, de que o militar “desprezou os freios morais, defenestrou o pundonor e o respeito à dignidade pessoal das vítimas, bem como os valores e deveres éticos da profissão Bombeiro Militar que são previstos no Decreto Estadual nº 22.114/00 e na Lei Estadual nº 6.783/74, razão pela qual, reputou ao respectivo justificante de que o mesmo, com os seus atos, seria incapaz de permanecer integrando as fileiras da Corporação, bem como, incompatível com o oficialato”. 

Cabe ao Governador Paulo Câmara efetivar a demissão de Maurício Gomes.

Homem também tirou fotos íntimas da vítima. (Pixabay)

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Um policial militar foi condenado por estuprar uma mulher de 18 anos na cidade de Garanhuns, no agreste de Pernambuco. Segundo os autos, no dia 29 de abril de 2020, Wagner da Silva Brito teria abordado a jovem com um soco, em seguida aplicando-lhe uma “gravata” para que ela desmaiasse. A vítima, então, teve os braços amarrados e foi transportada para outro local no carro policial, que, além de praticar atos sexuais forçados, também tirou fotos íntimas da mulher.

Wagner estava preso desde maio, depois de ficar cerca de um ano foragido. A Justiça considerou o crime como hediondo e determinou que o homem cumpra reclusão de oito anos e seis meses, inicialmente em regime fechado, bem como que ele perca a patente de policial militar.

O homem terá ainda que indenizar a vítima no valor de R$ 50 mil. A confirmação da autoria do crime foi possível graças a imagens de câmeras de segurança e ao laudo sexológico realizado através de material coletado da vítima e de suas roupas, nas quais o material genético do policial foi encontrado.

“Com efeito, após a descrição inicial da vítima (fls. 14/14v), inclusive sobre o local da abordagem, o percurso e o veículo utilizado, além das vestes e da pulseira utilizada pelo agressor, a autoridade policial colheu o depoimento da primeira pessoa que teve contato com a vítima (fl. 15) e procedeu com diligências minuciosas e precisas que culminaram em indícios de autoria. Dentre as diligências estão o relatório da cronologia dos fatos (fls. 32/41), laudo de imagens de câmeras (fls. 56/108) e verificação de veículos com as características levantadas (fls. 152/183). Com tais levantamentos houve reconhecimento fotográfico pelo qual restou aclarada a autoria - inclusive sobre o carro utilizado (fls. 28/29)”, diz trecho da sentença.

 O médium João de Deus foi condenado a 44 anos de prisão pelo estupro de duas mulheres, bem como por estupro de vulnerável contra outras duas vítimas, ocorridos entre os anos de 2009 e 2018. Trata-se da quarta condenação do líder religioso, que se encontra em prisão domiciliar, na cidade de Abadiânia, em Minas Gerais.

Uma denúncia havia solicitado que a nova condenação considerasse cinco crimes, ao invés de quatro. Uma das acusações, no entanto, não foi adiante por falta de provas.

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Assinada pelo juiz Marcos Boechat, a sentença determina ainda o pagamento de indenizações às vítimas, com valores que variam entre R$ 20 mil e R$ 75 mil. Ainda cabe recurso da decisão.

Um jornalista americano detido desde maio em Mianmar foi condenado nesta sexta-feira (12) a 11 anos de prisão pela junta militar, que asfixia a imprensa desde o golpe de Estado de fevereiro.

"Danny Fenster foi condenado a 11 anos de prisão por incitação à dissidência, associação ilegal e violação a lei sobre vistos", declarou à AFP o advogado Than Zaw Aung..

Ele afirmou que o cliente ainda não decidiu se apresentará uma apelação.

O repórter, detido em uma prisão da junta militar de Yangon, também foi acusado há dois dias de terrorismo e sedição, o que pode resultar em pena de prisão perpétua.

Fenster é o primeiro jornalista ocidental detido em muitos anos em Mianmar, onde os militares tomaram o poder em fevereiro, quando derrubaram o governo civil dirigido de fato por Aung San Suu Kyi.

O meio de comunicação para o qual trabalhava, o Frontier Myanmar, afirmou em um comunicado que estava "profundamente decepcionado" com a decisão tomada em um julgamento realizado a portas fechadas na prisão.

"Apenas queremos ver Danny livre o mais rápido possível para que possa ir para casa com sua família", acrescentou.

O jornalista de 37 anos trabalha para o Frontier Myanmar desde meados de 2020 e cobriu o golpe militar e a posterior repressão aos dissidentes. Aung San Suu Kyi está em prisão domiciliar e está sendo julgada por várias acusações.

No momento de sua detenção, no aeroporto inernacional de Yangon em 24 de maio, Fenster pretendia embarcar em um avião para deixar Mianmar.

O jornalista, que contraiu covid-19 na prisão, de acordo com a família, perdeu muito peso, afirmou o advogado.

- Sentença "escandalosa" -

Esta sentença é "escandalosa e inaceitável (...) as acusações foram completamente inventadas", declarou Phil Robertson, vice-diretor para Ásia da Human Rights Watch.

"Envia uma mensagem não apenas aos jornalistas internacionais (...) mas também aos birmaneses de que informar sobre a situação pode significar muitos anos de prisão", afirmou à AFP o consultor do 'Crisis Group Myanmar', Richard Horsey.

"Este regime não respeita nenhuma regra. Está determinado em fazer o que quer", lamentou Horsey. Para ele, a condenação do jornalista é um "grande revés para a diplomacia americana" que fez muitos esforços por sua libertação.

De fato, a condenação foi anunciada poucos dias depois de uma reunião entre o ex-diplomata americano Bill Richardson e o líder da junta birmanesa, Ming Aung Hlaing. Os dois abordaram a entrega de material de saúde e de vacinas contra a covid-19.

Richardson declarou que o Departamento de Estado americano havia solicitado que não mencionasse o caso do jornalista durante a reunião. E não revelou mais detalhes.

Mianmar está em um cenário de caos e instabilidade desde o golpe de fevereiro: os militares executaram uma violenta repressão e mais de 1.200 pessoas morreram, segundo uma ONG local.

A imprensa também sofreu as consequências da repressão, com mais controle da informação por parte da junta militar, acesso limitado à internet e a revogação de algumas licenças de meios de comunicação locais.

Mais de 100 jornalistas foram detidos desde o golpe contra Suu Kyi, de acordo com a Reporting ASEAN, uma associação de defesa dos direitos, que indica que 31 continuam presos.

Um tribunal de Nova York condenou nesta terça-feira (12) o brasileiro José Carlos Grubisich, ex-presidente-executivo da petroquímica Braskem, controlada pela construtora Odebrecht, a 20 meses de prisão por conspirar para desviar US$ 250 milhões a um fundo secreto e pagar propinas a funcionários e políticos. Além disso, o tribunal federal do Brooklyn impôs a Grubisich uma multa de US$ 1 milhão e uma indenização de US$ 2,2 milhões.

Entre 2002 e 2014, Grubisich, 64, então presidente-executivo e membro do conselho da Braskem, participou de um esquema para subornar funcionários do governo brasileiro, violando a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA) dos Estados Unidos (FCPA).

Em 15 de abril de 2021, Grubisich, que também ocupou cargos na Odebrecht, declarou-se culpado de subornos, a fim de garantir um contrato para um projeto significativo da Petrobras. Também admitiu ter falsificado livros contábeis da Braskem ao registrar depósitos a empresas de fachada offshore como pagamentos por serviços legítimos.

Grubisich reconheceu, ainda, que não certificou com precisão os relatórios financeiros da Braskem apresentados à SEC, agência que regulamenta o mercado mobiliário dos Estados Unidos.

O executivo e seus comparsas desviaram cerca de US$ 250 milhões da Braskem para um fundo secreto, que abriram mediante contratos fraudulentos, e para empresas em paraísos fiscais controladas secretamente pela Braskem, segundo comunicado do tribunal de Nova York.

Em dezembro de 2016, a Braskem e a Odebrecht se declararam culpadas ante o tribunal do Brooklyn por conspirar para violar a FCPA americana. A Braskem também chegou a um acordo com a SEC.

Foi acordado o pagamento de multas no valor de cerca de US$ 3,5 bilhões a autoridades dos Estados Unidos, Brasil e Suíça para resolver casos de suborno que incluíam países latino-americanos.

A Justiça francesa condenou o ex-presidente conservador Nicolas Sarkozy, nesta quinta-feira (30), a um ano de prisão por financiamento ilegal de campanha, por ter excedido o limite de gastos autorizados nas eleições de 2012.

O ex-chefe de Estado (2007 a 2012), que não compareceu à leitura da decisão, "continuou com a organização de comícios", apesar de ter sido advertido "por escrito sobre o risco de superar" o limite legal de gastos, afirma o veredicto.

"Não era sua primeira campanha. Já tinha experiência como candidato", acrescentou a presidente do tribunal, Caroline Viguier, que impôs a pena máxima possível: um ano de prisão.

Em março, Sarkozy, de 66 anos, tornou-se o primeiro ex-presidente da Quinta República (regime iniciado em 1958) a ser condenado a um ano de prisão por corrupção e tráfico de influência em outro processo. A defesa recorreu da decisão.

A condenação desta quinta-feira aconteceu no caso conhecido como "Bygmalion", que diz respeito às contas de campanha da eleição presidencial de 2012. Foi derrotado nas urnas pelo socialista François Hollande.

A pena é superior aos 12 meses de prisão, incluindo seis com suspensão condicional da pena, solicitada pela Promotoria ao final do julgamento, realizado em maio e junho. A acusação chamou a campanha de "espetáculos ao estilo americano", com gastos sem preocupação.

O excesso de gastos teria sido ocultado em um arranjo financeiro entre o partido governista União por um Movimento Popular (UMP) - atualmente Os Republicanos - e a empresa que organizou os eventos, a Bygmalion.

Ao contrário dos outros 13 acusados, que receberam penas de dois a três anos e meio de prisão, o ex-chefe de Estado não era acusado pelo sistema de cobrança dupla implantado, e sim de "financiamento ilegal de campanha".

De modo concreto, a campanha gastou 42,8 milhões de euros (49,6 milhões de dólares na cotação atual), quase o dobro do limite legal.

"É um conto", afirmou Sarkozy durante o julgamento. "Eu gostaria que explicassem o que fiz a mais na campanha em 2012 do que 2007. É falso!", completou.

O ex-presidente também tem outros processos abertos. A Justiça acusa-o de corrupção passiva e de associação criminosa, entre outros delitos, pelo suposto financiamento líbio de sua campanha de 2007. Neste ano, saiu vitorioso da corrida eleitoral e chegou ao Palácio de Eliseu.

A Promotoria Nacional Financeira (PNF) também investiga Sarkozy por tráfico de influência e por lavagem de dinheiro, em relação a suas atividades de consultoria na Rússia.

O ex-policial de Minneapolis condenado pelo assassinato de George Floyd estará de volta ao tribunal via chamada de vídeo, nesta terça-feira (14), junto com três outros policiais envolvidos no assassinato que desencadeou as maiores manifestações por justiça racial em décadas.

Derek Chauvin, de 45 anos, poderia usar a oportunidade para se declarar culpado e reconhecer - pela primeira vez - a responsabilidade pela morte do homem negro em cujo pescoço ele se ajoelhou por quase 10 minutos em maio de 2020.

Chauvin foi condenado em junho a 22 anos e meio de prisão, pena que ele cumpre atualmente, no final de um julgamento extraordinário em um tribunal estadual de Minnesota.

Os três ex-colegas de Chauvin, Tou Thao, Alexander Kueng e Thomas Lane, serão julgados em março de 2022 sob a acusação de cumplicidade em homicídio. Todos os quatro também enfrentam acusações federais de violação dos direitos constitucionais de Floyd.

As duplas acusações são permitidas nos Estados Unidos, mas são relativamente raras. Os procedimentos refletem a importância do caso, centro de uma onda de protestos em todo o país contra a brutalidade policial e o racismo sistêmico.

Os quatro réus vão aparecer nesta terça-feira por vídeo perante um juiz federal, que lerá a acusação contra eles. Espera-se que os homens se declarem culpados ou não.

De acordo com a mídia local, Chauvin negocia, há várias semanas, um acordo judicial que o pouparia de outro julgamento.

Durante seu primeiro julgamento, seu advogado disse que Chauvin seguiu os procedimentos policiais e que a morte de Floyd foi devido a problemas de saúde agravados pelo uso de drogas.

No final dos procedimentos, Chauvin ofereceu suas condolências à família Floyd e disse: "Haverá outras informações no futuro que seriam de interesse e espero que as coisas lhe deem um pouco de paz de espírito", sugerindo um possível acordo judicial.

Os jurados demoraram menos de 10 horas para condenar Chauvin. Sua decisão foi saudada com alívio em todo o país.

Muitos temiam que uma absolvição levasse a uma agitação pior, enquanto outros temiam que, mais uma vez, um policial branco escapasse impune do que consideraram um assassinato.

O advogado da família Floyd considerou a sentença um passo "histórico" em direção à reconciliação racial nos Estados Unidos.

Roger Moreira, vocalista da banda Ultraje a Rigor, foi condenado pela 12ª Câmara Cível do Rio de Janeiro a pagar 100 mil reais para a artista plástica Adriana Varejão. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Roger publicou ofensas misóginas contra Adriana em 2017, época em que ela defendeu a permanência da exposição Queermuseu em Porto Alegre. A mostra tinha 270 obras que tratavam de questões de gênero e diferença. O trabalho da artista, que é reconhecida internacionalmente, também estava exposto.

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Na ocasião, Roger usou uma foto de Adriana como base e desenhou cruzes em seus olhos e um pênis em direção à sua boca. O músico também escreveu p**a na camiseta da artista. Na legenda da publicação, o cantor ironizou a fala de Adriana em uma entrevista, onde ela diz que a arte deve ter liberdade total. Ele escreveu, então, Gostou dessa, Adriana?.

A primeira instância do caso foi julgada em fevereiro de 2019, quando a 22ª Vara Cível do Rio de Janeiro condenou Roger a pagar 40 mil reais de indenização por danos morais. Entretanto, ambos recorreram da decisão do juiz.

Agora, a Justiça entende que a publicação de Roger, que foi feita no Twitter, foi com a pretensão exclusiva de desabonar a honra e a dignidade da artista, tratando-se de disseminação do ódio e intolerância com nítido propósito difamatório.

Além de aumentar o valor da indenização, os desembargadores exigiram que o músico divulgue um texto de retratação na mesma rede social, onde ele tem mais de um milhão de seguidores. Roger tem um prazo de cinco dias para cumprir com a sentença, caso contrário, receberá uma multa de 200 reais por dia até que a declaração seja postada.

Um farmacêutico americano foi condenado a três anos de prisão depois que se declarou culpado de deteriorar de forma voluntária dezenas de doses de vacinas contra a Covid-19, informou o Departamento de Justiça.

Steven Brandenburg, de 46 anos, retirou deliberadamente frascos do imunizante da Moderna do refrigerador do hospital em que trabalhava no Wisconsin, de acordo com documentos judiciais.

O farmacêutico também terá que pagar 83.800 dólares ao hospital como compensação.

Ele retirou as vacinas da geladeira durante o turno noturno e as deixou por várias horas em temperatura ambiente antes de colocá-las de volta na geladeira para que fossem aplicadas no dia seguinte.

No total, 57 pessoas receberam estas doses, segundo o governo.

"A tentativa deliberada de deteriorar doses de vacina em uma situação de emergência sanitária nacional é um crime grave", afirmou Brian Boynton, assistente do procurador-geral responsável por questões civis no Departamento de Justiça.

Steven Brandenburg declarou que acreditava que a vacina era perigosa para as pessoas e poderia modificar o DNA.

A vacina da Moderna, assim como a desenvolvida pela Pfizer-BioNTech, é baseada na tecnologia de RNA mensageiro, um sistema que 'ensina' o sistema imunológico a combater um vírus.

Mais de 124 milhões de doses do imunizante da Moderna foram aplicadas nos Estados Unidos.

A primeira instância da Justiça Militar da União (JMU), em Brasília, condenou um ex-soldado do Exército a mais de 10 anos de reclusão pelo estupro de duas mulheres, furto do celular de uma delas e ameaça. O crime ocorreu em 1º de setembro de 2020 em Aragarças-GO.

As duas vítimas contaram que faziam caminhada bem cedo nas imediações do 58º Batalhão de Infantaria Motorizado (BI Mtz) por ser um lugar mais seguro. Elas foram abordadas por um homem armado com faca, que as obrigou a entrar em um matagal, onde foram estupradas.

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Após o crime, o suspeito ameaçou matá-las caso relatassem o ocorrido ou pedissem ajuda. Logo em seguida, elas procuraram um cabo do batalhão próximo, que saiu em perseguição ao agressor e conseguiu detê-lo com a faca e o celular furtado.

O acusado, que era um soldado do mesmo batalhão, foi preso em flagrante. A juíza da Justiça Militar da União não acatou a versão apresentada pela defesa, de que o acusado e uma das vítimas mantinham um relacionamento amoroso e que tiveram uma relação sexual consentida no matagal.

Por unanimidade, os demais juízes do Conselho Permanente de Justiça (CPJ), formado por quatro oficiais do Exército, decidiram condenar o réu a 10 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão. Ainda cabe recurso no Superior Tribunal Militar (STM).

A China condenou um famoso blogueiro pela acusação de "difamar os mártires" ao sugerir que o número de mortos no confronto do ano passado na fronteira entre China e Índia foi superior aos quatro anunciados oficialmente.

Qiu Ziming, de 38 anos, que tem mais de 2,5 milhões de seguidores no Weibo, a rede social chinesa similar ao Twitter, foi condenado a oito meses de prisão, anunciou o tribunal da cidade de Nanjing.

Qiu "infringiu a reputação e a honra de heróis e mártires ... e confessou seus crimes", afirma o veredicto.

No Weibo, Qiu sugeriu que o balanço real de mortes poderia ser maior que o divulgado oficialmente.

Ele é a primeira pessoa detida com base em um novo dispositivo da lei penal chinesa que proíbe a "difamação de mártires e heróis".

Depois de meses de silêncio, o exército chinês anunciou em fevereiro que quarto soldados morreram em um confronto com tropas indianas no disputado vale de Galwan em junho do ano passado.

Esta foi o pior conflito na fronteira entre China e Índia em décadas.

Os soldados foram homenageados de maneira póstuma como "heróis defensores da fronteira".

O goleiro Bruno anunciou por meio de vídeo postado nas suas redes sociais, nessa quarta-feira (12) que não jogará mais futebol. Ele cumpre pena em regime semiaberto desde 2019, após ser condenado a 22 anos e três meses pela morte da mãe de seu filho, Eliza Samúdio.

Na publicação, Bruno mostra o computador cheio de gráficos e diz que agora será “day trader”.  "Futebol é coisa do passado, ficou no passado. Aposentei a luva. Parei. Deu para mim. A parada agora é só investimento”, disse.

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Em outro momento, em sala com outras pessoas fazendo o mesmo sem seus computadores, Bruno continuou: "Negócio do futebol foi difícil para mim, mas deu. Não jogo mais bola. A vida continua, não tenho que ficar preso só ao futebol".

Propostas recentes

O goleiro chegou a ser anunciado como novo jogador do Araguacema Futebol Clube, do Tocantins, mas não deu certo. Duas semanas antes, iria fazer parte do Atlético Carioca, do Rio de Janeiro e disputar a terceira divisão do estado, mas o time também desistiu da contratação.

Carreira

Em 2020 conseguiu jogar no Rio Branco, do Acre. Na carreira que começou em 2002 no Atlético-MG, Bruno passou por Corinthians e Flamengo, antes de cometer o crime contra Eliza e ser preso em 2010 por planejamento e participação do sequestro e assassinato.

Veja vídeo publicado pelo goleiro:

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Nessa terça (27), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) condenou o Estado a indenizar em R$ 2 milhões, Eugênio Fiúza de Queiroz, de 71 anos, que foi preso injustamente em 1995, confundido com o “maníaco de Anchieta”. Ele passou 17 anos na prisão, até o verdadeiro culpado, Pedro Meyer Guimarães, ser preso em 2012.

Junto com a indenização, foi determinado ainda o pagamento mensal vitalício de cinco salários mínimos, por danos materiais.

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Na época da sua prisão, Eugênio foi preso sem mandato, enquanto conversava com sua namorada, em uma praça do Bairro Colégio Batista, em Belo Horizonte.

Levado à delegacia, várias vítimas dos estupros o reconheceram como quem cometeu os crimes.

Segundo o Estado de Minas, o artista plástico alegou que confessou o crime por estar sofrendo tortura física e psicológica e já na prisão pensou em se matar por ter sido submetido a situações que o fizeram perder a honra, imagem e dignidade, perdendo contato com a família, amigos e filho.

Em 2019, em primeira instância, havia sido decidido o pagamento de indenização de R$ 3 milhões, além do pagamento dos cinco salários mínimos mensais vitalícios.

O Estado recorreu e no novo julgamento ficou determinado o pagamento de agora R$ 2 milhões e os cinco salários vitalícios. Ainda cabe recurso.

Um morador do Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, foi condenado a pagar R$ 4 mil por danos morais após mostra a bunda em público para uma vizinha. Ele discutia com a mulher por conta de do descarte de lixo e chegou a quebrar o cano da calha da casa dela.

A juíza Patrícia Nolli entendeu que ele extrapolou qualquer limite e senso de respeito pela vizinhança.

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"Seria realmente difícil justificar o repudiável ato de despir-se à vista de todos. Tal situação não pode ser rebaixada à condição de mero dissabor cotidiano, uma vez que a ninguém é dado o direito de desrespeitar as mais comezinhas regras de vida em comunidade, notoriamente aquela de que a nudez de um indivíduo deve ser resguardada a quem tem interesse - ou necessidade - de vê-la", citou em parta da decisão.

A confusão ocorreu em 2017, mas a ação só foi ajuizada em setembro do ano passado e julgada na terça (20). Ele foi condenado a pagar os valores atualizados, juros e correção monetária de R$ 2 mil para a mãe e o filho, que foram surpreendidos com sua atitude.

Apesar da condenado dentro da sua realidade financeira, ainda cabe recurso para que a determinação judicial possa ser novamente avaliada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy (2007-2012) foi condenado nesta segunda-feira (1°) a 3 anos de prisão, um deles em regime fechado, por corrupção e tráfico de influência.

O tribunal de Paris decidiu que houve um "pacto de corrupção" entre o presidente de 66 anos, seu advogado Thierry Herzog e o ex-magistrado Gilbert Azibert, que foram condenados à mesma sentença.

A Promotoria havia solicitado uma pena de quatro anos de prisão, dois deles em regime rechado, alegando que a imagem presidencial havia sido "afetada" por este caso.

Sarkozy foi condenado por ter tentado corromper Azibert, junto com Herzog, quando Azibert era juiz do Tribunal Supremo.

Segundo a acusação, o ex-presidente desejava obter informações cobertas pelo sigilo profissional e influenciar os processos abertos na alta jurisdição relacionada ao conhecido caso Bettencourt.

Em troca, ofereceu a Azibert sua ajuda para obter um cargo de prestígio que ele desejava em Mônaco, apesar de nunca ter conseguido.

Nicolas Sarkozy é o segundo ex-presidente da França a ser condenado pela Justiça.

Antes dele, apenas Jacques Chirac, seu antecessor e mentor político, foi julgado e condenado por desvio de verba pública quando era prefeito de Paris. No entanto, devido a problemas de saúde, ele nunca compareceu ao tribunal.

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