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O Poder Executivo enviou nesta terça-feira (15) ofício ao Congresso Nacional para prever crédito adicional de R$ 2,84 bilhões para quitar contribuições a organismos multilaterais e integralização de cotas de capital em entidades financeiras internacionais.

Esse montante foi incluído em proposta que tramita no Congresso (PLN 29/20) e, na versão original, prevê crédito suplementar de R$ 48,3 milhões para os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Desenvolvimento Regional; e do Turismo.

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Recursos para quitação de obrigações do Brasil com organismos internacionais haviam sido alocados em texto anterior do Executivo (PLN 40/20). O Congresso preferiu, na época, destinar o dinheiro para ações do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Naquele dia, o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre, anunciou acordo com o governo para repor, por meio do PLN 29/20, parte do R$ 1,4 bilhão cancelado do Ministério da Educação. No entanto, isso não está previsto na atualização da proposta.

Compromissos

O secretário de Relações Internacionais da Câmara dos Deputados, deputado Alex Manente (Cidadania-SP), chegou a pedir explicações ao governo sobre os riscos de uma eventual inadimplência, por exemplo, com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Além da ONU, o texto cita a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e outras. Na área financeira, o Brasil tem deveres, por exemplo, com o banco dos Brics, junto com Rússia, Índia, China e África do Sul.

Pelo PLN 29/20 atualizado, haverá, em maior volume, remanejamento de “sobras” de verbas destinadas a subvenções à agricultura e às exportações e ao Bolsa Família. Na pandemia, os benefícios do programa foram substituídos pelo auxílio emergencial.

Tramitação

O PLN 29/20, agora no valor total de R$ 3,3 bilhões, está na pauta desta quarta-feira (16) do Congresso Nacional. Pelo trâmite regular, o texto deveria passar antes pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), mas o colegiado não foi instalado nesta sessão legislativa.

Ato da Câmara dos Deputados e do Senado regulamentou a deliberação remota, pelo Congresso, de temas orçamentários durante o estado de calamidade pública devido à pandemia em casos de urgência, relacionados à Covid-19 e com apoio dos líderes.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

O crédito ao consumidor dos Estados Unidos cresceu US$ 7,2 bilhões na passagem de setembro para outubro, segundo dados publicados nesta segunda-feira (7), pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o que representa um avanço anualizado de 2%, feitos os ajustes sazonais. O resultado, porém, veio bem abaixo das previsões de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que projetavam alta de US$ 17,5 bilhões.

O crédito rotativo, composto na maior parte por cartões de crédito, caiu 6,7% em relação a outubro do ano passado. Já o crédito não rotativo, que inclui empréstimos para financiamento estudantil e de automóveis, teve alta de 4,8% na mesma base de comparação.

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O Senado aprovou, em votação simbólica, nesta quinta-feira (3), a medida provisória (MPV 994/2020) que viabiliza recursos para a produção da vacina contra a Covid-19. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, informou, em publicação no Twitter, que deverá assinar ainda nesta quinta a promulgação para que seja logo encaminhada para publicação no Diário Oficial da União (DOU).

O crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para o Ministério da Saúde foi destinado especificamente para a vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, a ser produzida no Brasil ainda em 2020. Um acordo com a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) permite a transferência de tecnologia na formulação, envase e controle de qualidade da substância, e a meta inicial é garantir 100 milhões de doses para o Brasil.

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À época da publicação da medida provisória, em 6 de agosto, o então ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que essa era a vacina que estava em estágio mais avançado de desenvolvimento, mas disse que o ministério acompanha pesquisas para desenvolvimento de outros imunobiológicos e pode firmar outras parcerias para garantir a proteção dos brasileiros.

Em seu relatório, o senador Carlos Viana (PSD-MG), citando obstáculos constitucionais e regimentais, decidiu não acolher as três emendas recebidas, que modificavam a destinação de recursos da MP para contemplar programas de combate à pandemia no estado de São Paulo e para o convênio entre o Instituto Butantan e a Fiocruz. No entanto, apesar de manifestarem apoio à MP, os senadores criticaram a limitação do texto a uma vacina específica e a uma suposta discriminação do governo federal contra o produto do laboratório chinês Sinovac desenvolvido em parceria com o Instituto Butantan.

Primeiro a discutir a matéria, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) cobrou uma resposta contundente do Senado à discriminação ao Butantan, tido como “referência internacional”, e declarou-se preocupado com a demora na análise da medida provisória. Também o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) disse que o governo precisa buscar alternativas de vacinas, mas “chega a soar irresponsável” a previsão de um cronograma de vacinação que só começará em março de 2021. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) condenou a “politização” da vida das pessoas, classificando como "xenófobos e cruéis" os argumentos do governo contra a vacina chinesa. Por sua vez, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse que o crédito deveria servir para comprar quaisquer vacinas que puderem ser entregues.

Falando pela liderança do Cidadania, o senador Alessandro Vieira (SE) estima que a demora na vacinação no Brasil causará potencialmente quase 60 mil mortes a mais, e ainda criticou a redução do Senado a uma função “carimbadora” de MPs perto do fim da validade. O senador Esperidião Amin (PP-SC) propôs sessão temática para desfazer dúvidas sobre a política de vacinação do governo federal. A senadora Zenaide Maia (PROS-RN) acusou o presidente Jair Bolsonaro de continuar negando a gravidade da doença, e o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) sugeriu uma reunião colegiada do Congresso para ouvir as autoridades de saúde.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) pediu apoio à MP, mas disse estar decepcionada com posição do Ministério da Saúde, e pediu posição firme do Senado para aprovação de todas as vacinas eficientes no menor tempo possível. O senador Marcelo Castro (MDB-PI) entendeu que a MP é necessária, mas insuficiente, lembrando que Reino Unido, Alemanha, Rússia e China já estão vacinando.

Em resposta, Carlos Viana reiterou o argumento de que o Instituto Butantan não pode ser contemplado pela MP. Ele lembrou as ações do governo para admissão de outras vacinas.

"Não é uma questão política. As iniciativas são bem-vindas. O governo, através da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], já criou um grupo especial para analisar todas as vacinas", disse.

*Da Agência Senado

Com as famílias em dificuldades para fechar as contas durante a pandemia do novo coronavírus, em meio à retração da atividade e ao desemprego, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 7,8 ponto porcentual de setembro para outubro, informou nesta sexta-feira  (27), o Banco Central. A taxa passou de 309,7% para 317,5% ao ano.

Os dados apresentados pelo BC são influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população, reduzindo a atividade das empresas e elevando o desemprego. Com a carência de recursos, as famílias aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos. O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.

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O juro do rotativo é uma das taxas mais elevadas entre as avaliadas pelo BC. Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular passou de 268,1% para 285,7% ao ano de setembro para outubro. Neste caso, são consideradas as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura.

Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular passou de 336,8% para 339,4% ao ano. O rotativo não regular inclui as operações nas quais o pagamento mínimo da fatura não foi realizado.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 142,0% para 148,6% ao ano.

Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 62,4% para 61,2%.

Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.

Atualmente, porém, o risco de inadimplência aumentou, justamente porque muitas famílias estão enfrentando redução de renda, na esteira da pandemia.

Dados obtidos através de pesquisas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao longo da pandemia de Covid-19, mostram que os empreendedores negros têm mais dificuldade que os brancos para conseguir crédito junto aos bancos. Da metade de maio ao final de agosto, segundo o estudo, a taxa de sucesso nas solicitações de empréstimos foi de 5% para 8%, no caso dos negros; no caso dos brancos, foi de 7% para 14%.

Os números também mostram um crescimento do número de empreendedores, tanto brancos quanto negros, que solicitaram crédito aos bancos conforme a pandemia avançava e persistia. Em maio, 39% dos empresários brancos pediram empréstimos, passando a 51% em agosto. No caso dos negros, foram 38% em maio e 50% em agosto. 

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Comparando o número de solicitações e aprovações, nota-se que os negros estão atrás: brancos tiveram 17% dos pedidos de crédito aprovados em maio e 27% em agosto, demonstrando um crescimento expressivo de 10%. Entre os empreendedores negros, o mês de maio mostrou aprovação de 14% das solicitações, enquanto no mês de agosto somente 16% dos que tentaram conseguiram crédito, um crescimento de 2%. Olhando isoladamente o mês de agosto, 65% dos empreendedores negros que solicitaram empréstimos tiveram o crédito negado. Brancos foram 58%.   

Contas vencidas

As pesquisas apontaram para uma redução das dívidas em atraso tanto para brancos (38% em maio, 30% em agosto) quanto para negros (46% em maio, 37% em agosto). A utilização de recursos do governo como suspensão de contrato de trabalho, redução de jornada/salários e férias coletivas, segundo o estudo, é mais alta entre empresários brancos. 

Desemprego como motor

Outra pesquisa, a Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2019, mostrou que 88% dos "Empreendedores Iniciais" começaram um empreendimento devido à "escassez de empregos". Para o Sebrae, esse número deverá aumentar, em especial entre jovens, mulheres e negros. 

No caso do último grupo, os dados mostram que negros têm negócios menores, mais recentes, com menos infraestrutura e recursos. A escolaridade é outro ponto de desvantagem para negros: 47% dos negros têm superior incompleto/completo contra 66% dos brancos.

Taxa de desocupação no 2ª trimestre de 2020

Por raça ou cor

* Pretos e pardos - 15,8%

* Brancos - 10,4%

Por sexo

* Mulheres - 14.9%

* Homens - 12%

Redes sociais e permanência em casa

A pesquisa mostrou queda na diferença entre os dois perfis no uso das redes sociais como ferramenta de negócio. Já no que diz respeito a trabalhar de casa devido à Covid-19, a lógica se inverte. Os empreendedores negros trabalhando em casa são 34% contra 30% dos brancos. O otimismo sobre a duração da pandemia é também maior entre os negros, que estimam um retorno à normalidade em cerca de 10,9 meses, contra 11,7 para os empresários brancos.

Em função do contexto histórico da escravidão, a população negra teve menos acesso à educação e renda, ocasionando percentuais elevados de subemprego e de desemprego, fazendo também com que essas pessoas empreendessem principalmente motivadas pela necessidade, comenta Adriana Moreira, criadora da Feira Preta, evento que reúne empreendedores e consumidores majoritariamente negros.

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Mulheres empreendedoras, em especial as que têm pequenos negócios, têm relatado aumento de dívidas durante a pandemia de Covid-19, mas pedem menos crédito que homens a instituições financeiras. A conclusão é de uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

O estudo “O Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios” aponta, ainda, que apesar de recorrerem menos a empréstimos, as empreendedoras têm mais facilidade em ter sucesso nas solicitações, mostrando uma maior confiança por parte dos bancos nelas que nos homens. 

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Essa realidade é refletida pelos números, que mostram um endividamento mais duradouro das mulheres que comandam empresas em relação aos homens em 2020: no mês de outubro, 77% das empreendedoras ainda registram perda de faturamento, contra 73% entre os homens. Além disso, a última edição do estudo mostrou uma queda de 39% no faturamento empresarial de mulheres, enquanto entre os homens o índice foi de 34%, o que leva a um quadro de 30% dos empresários do sexo masculino que afirmaram que têm dívidas em atraso, contra 32% das empreendedoras.

Para a analista de empreendedorismo feminino no Sebrae, Renata Malheiros, a fama de boas pagadoras pode ser uma das causas desse fenômeno. “As mulheres são mais adimplentes, na média, e os bancos levam isso em consideração. Por outro lado, ainda observamos barreiras culturais por parte das instituições financeiras quando a mulher negocia operações de crédito”, afirmou Renata. 

Ela também explica que a baixa procura feminina por crédito tem uma raiz cultural. “O público feminino ainda tem uma relação distante das instituições financeiras. Muitas acreditam que é um universo inacessível, seja por crenças individuais, seja porque não encontram ambiente amigável, não se sentem à vontade para solicitar um empréstimo e encarar uma negociação”, pontua a analista. 

Com informações da Agência Sebrae de Notícias

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O governo trabalha para manter as torneiras do crédito abertas em 2021 e garantir a sustentação da retomada econômica. A estratégia é manter os programas de crédito bem-sucedidos lançados durante a pandemia da Covid-19 e criar também um programa de microcrédito para permitir que beneficiários do programa Bolsa Família e a "multidão de informais" possam ganhar autonomia como Microempreendedores Individuais (MEI). Essa seria uma alternativa como uma porta de saída da "condição de vulnerabilidade".

O presidente Jair Bolsonaro já deu sinal verde para tornar permanente o Pronampe, programa criado durante a pandemia para socorrer micro e pequenas empresas. As taxas de juros e garantias do Tesouro Nacional do programa, porém, serão alteradas, com perspectiva de que as garantias diminuam, mas que as taxas aumentem.

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A transformação do programa emergencial em ação permanente é uma demanda de parlamentares, sobretudo do Senado, e deve inclusive contribuir para melhorar a disposição do Congresso e facilitar o caminho para a aprovação de medidas de ajuste fiscal, como a desindexação de despesas do Orçamento (retirada da obrigação de reajuste de determinadas despesas).

Manutenção

A sinalização foi dada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Na sexta-feira passada (6), ele antecipou que o governo pode manter os estímulos econômicos adotados para fazer frente à pandemia do novo coronavírus. Guedes disse que o desafio é transformar o "empurrão de consumo" trazido pelo auxílio emergencial em crescimento sustentável, sem inflação.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, não se trata da renovação de auxílio emergencial, como foi interpretado num primeiro momento pelo mercado financeiro, mas de programas voltados para o crédito. Fontes da área econômica garantem que o objetivo é apostar em medidas que funcionaram usando recursos dentro do Orçamento, respeitando regras fiscais. A discussão deverá ganhar força depois das eleições municipais, cujo primeiro turno ocorre no próximo dia 15.

O desafio é arrumar os recursos do Tesouro que precisam transferidos aos fundos que garantem os empréstimos em caso de calote. Essa transferência é despesa primária no Orçamento e tem que caber dentro do teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação.

Os detalhes ainda estão em estudo pela equipe econômica, mas já há a decisão política de facilitar a manutenção desses programas em 2021. O que se discute é o alcance, o que será definido nas discussões do Orçamento do ano que vem. O assunto foi tratado pelo presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Micro e Pequenas Empresas, senador Jorginho Mello (PL-SC), com Bolsonaro. Nas últimas semanas, o senador, que integra o bloco de partidos do Centrão, foi nomeado vice-líder do governo.

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, está conversando com técnicos da área econômica sobre a linha do microcrédito. Uma das propostas é que as famílias possam contratar um valor entre R$ 1,5 mil e R$ 5 mil. Na crise, o número de pessoas que se formalizaram via MEI já é de cerca de 1,5 milhão.

Maquininhas

O governo também vai trabalhar para fazer rodar o programa PEAC-Maquininhas, que operam com garantia de recebíveis das transações com as máquinas de cartão usadas no comércio. Essa modalidade, que tem 100% de garantia do Tesouro Nacional e é mais uma tentativa de destravar o crédito para os pequenos empreendedores na pandemia da Covid-19, ainda não ganhou tração. Foram liberados R$ 5 bilhões, mas a linha total já aprovada pelo Congresso é de R$ 10 bilhões.

A Caixa Econômica Federal também desenvolve com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) uma linha de crédito assistido para inclusão bancária e orientação para que os tomadores do crédito não deixem de pagar as parcelas.

A estratégia também prevê a regulamentação do Sistema Nacional de Garantias, que permitirá que pequenas empresas consigam obter garantias para tomar crédito e, assim, negociar taxas de juros mais competitivas com o seu banco e outras instituições. Dessa forma, poderão alcançar crédito com custo mais baixo e menos burocracia e exigências.

Sete em cada dez - 70% - Microempreendedores Individuais (MEI’s) que procuram instituições financeiras em busca de crédito para viabilizar ou ampliar seus negócios enfrentam dificuldades na contratação de empréstimos. O dado foi obtido por meio de uma pesquisa realizada pelo C6 Bank/H2R, na qual também foi revelado que 65% dos pequenos empresários perderam renda na pandemia.

Para metade deles, a redução foi de 50% nos ganhos mensais. Entre os MEIs (Microempreendedores Individuais) brasileiros, 65% perderam renda durante a pandemia do novo coronavírus. Nesse universo, 16% afirmam que a renda foi zerada de uma hora para outra, 26% mantiveram a remuneração e 9% aumentaram seus rendimentos.

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Observando o perfil dessas pessoas, percebe-se que a maioria (77%) é de homens que vivem nas regiões Norte (87%) e Nordeste (80%) do País e têm baixa escolaridade (83%). No sentido oposto, homens que moram no Sudeste e têm pós-graduação são os que enfrentam menos problemas na contratação de serviços de crédito para micro e pequenas empresas. 

Outro problema relatado pelos MEI’s foi a falta de produtos financeiros para atender às necessidades da empresa. Dos pequenos empresários, 75% dizem que estariam dispostos a contratar mais serviços financeiros, caso fossem mais acessíveis, o que pode explicar a dificuldade de vários empreendedores em separar as contas bancárias pessoais e da empresa: a pesquisa mostrou também que 57% dos MEI’s usam a conta bancária pessoal também para gerenciar o negócio.

“É importante separar a gestão das contas da família e da empresa para mapear as receitas e as despesas da empresa. Só assim o empresário pode ter visibilidade e controle sobre o desempenho do negócio. O cartão de crédito na modalidade business também é fundamental, porque com ele fica mais fácil deixar a gestão da empresa apartada da vida pessoal”, diz Philipe Pellegrino, chefe da área de distribuição de produtos para pessoas jurídicas no C6 Bank.

*Com informações da assessoria

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Com as famílias em dificuldades para fechar as contas durante a pandemia do novo coronavírus, em meio à retração da atividade e ao desemprego, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 0,3 ponto porcentual de agosto para setembro, informou nesta segunda-feira, 26, o Banco Central. A taxa passou de 310,2% para 309,9% ao ano.

Os dados apresentados nesta segunda-feira pelo BC são influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população, reduzindo a atividade das empresas e elevando o desemprego. Com a carência de recursos, as famílias aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos. O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.

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O juro do rotativo é uma das taxas mais elevadas entre as avaliadas pelo BC. Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular passou de 270,3% para 268,6% ao ano de agosto para setembro. Neste caso, são consideradas as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura.

Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular passou de 335,2% para 336,8% ao ano. O rotativo não regular inclui as operações nas quais o pagamento mínimo da fatura não foi realizado.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 137,8% para 142,1% ao ano.

Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 65,1% para 62,3%.

Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos.

A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.

Atualmente, porém, o risco de inadimplência aumentou, justamente porque muitas famílias estão enfrentando redução de renda, na esteira da pandemia.

As famílias pagaram taxas de juros mais baixas em agosto, de acordo com as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas hoje (28), em Brasília, pelo Banco Central (BC). 

A taxa média de juros para as pessoas físicas no crédito livre chegou a 39% ao ano, recuo de 0,9 ponto percentual em relação a julho. Já a taxa média das empresas ficou estável em 12,4% ao ano.

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A taxa do crédito pessoal (não consignado) chegou a 70,3% ao ano, com redução de 12 pontos percentuais em relação a julho. Os juros do crédito consignado caíram 0,1 ponto percentual para 18,9% ao ano. A taxa do cheque especial chegou a 112,6% ao ano em agosto, queda de 0,9 ponto percentual em relação a julho.

Os juros médios do rotativo do cartão de crédito também diminuíram. A taxa chegou a 310,2% ao ano, com queda de 1,8 ponto percentual. No caso do rotativo regular, quando o cliente paga pelo menos o valor mínimo da fatura, a taxa chegou a 270,3% ao ano, queda de 8,9 pontos percentuais.

Rotativo

A taxa do rotativo não regular (dos clientes que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura) subiu e chegou a 335,2% ao ano, alta de 3,5 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

Essas taxas são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa média para pessoas físicas manteve-se estável em 7,1% ao ano. Para as empresas, a taxa subiu 0,3 ponto percentual para 7,4% ao ano.

Inadimplência

A inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) das famílias, no crédito livre, caiu 0,3 ponto percentual, indo para 4,8%.

A inadimplência das empresas no crédito livre recuou 0,2 ponto percentual para 1,6%, informou o Banco Central.

Trabalhadores nascidos em dezembro recebem hoje (21) o crédito do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de até R$ 1.045. O pagamento é feito por meio da conta poupança digital da Caixa Econômica Federal. De acordo com o banco, 4,9 milhões de pessoas recebem R$ 3 bilhões na poupança social digital hoje.

Apesar de a Medida Provisória 946, que instituiu o saque emergencial, ter perdido a validade, a Caixa manteve o calendário de saques, com base no princípio da segurança jurídica. Ao todo, o governo pretende injetar R$ 37,8 bilhões na economia, beneficiando cerca de 60 milhões de pessoas.

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Anunciado como instrumento de ajuda aos trabalhadores afetados pela pandemia do novo coronavírus, o saque emergencial permite a retirada de até R$ 1.045, considerando a soma dos saldos de todas as contas no FGTS. O valor abrange tanto as contas ativas quanto as inativas.

Nesta fase, o dinheiro poderá ser movimentado apenas por meio do aplicativo Caixa Tem. A ferramenta permite o pagamento de boletos (água, luz, telefone), compras com cartão de débito virtual em sites e compras com código QR (versão avançada do código de barras) em maquininhas de cartão de lojas parceiras, com débito instantâneo do saldo da poupança digital.

Liberação para saque

O dinheiro só será liberado para saque ou transferência para outra conta bancária a partir de 14 de novembro para os trabalhadores nascidos em dezembro. O calendário de crédito na conta poupança digital e de saques foi estabelecido com base no mês de nascimento do trabalhador.

O pagamento está sendo realizado conforme calendário a seguir:

Orientações

A Caixa orienta os trabalhadores para que verifiquem o valor do saque e a data do crédito nos canais de atendimento eletrônico do banco: aplicativo FGTS, site e telefone 111 (opção 2). Caso o trabalhador tenha direito ao saque emergencial, mas não teve a conta poupança digital aberta automaticamente, deverá acessar o aplicativo FGTS para complementar os dados e receber o dinheiro.

O banco alerta que não envia mensagens com pedido de senhas, dados ou informações pessoais. Também não envia links, nem pede confirmação de dispositivo ou acesso à conta por e-mail, mensagem de texto de celular (SMS) ou WhatsApp.

Caso o crédito dos valores tenha sido feito na poupança social digital do trabalhador e essa conta não seja movimentada até 30 de novembro de 2020, os valores corrigidos serão retornados à conta do FGTS.

O cerco começou a se fechar para a companhia aérea chilena Latam depois de a empresa não conseguir convencer a Justiça americana a aceitar o modelo de sua capitalização. A ordem para a empresa, que tem relevantes operações no Brasil, é uma só, segundo especialistas em recuperação judicial: encontrar outra fonte de dinheiro - e rápido.

A companhia havia acertado um empréstimo de US$ 2,45 bilhões com as famílias Cueto e Amaro - acionistas da companhia -, a Qatar Airways e o fundo Oaktree Capital. No entanto, o empréstimo - no modelo DIP, que dá preferência de pagamento a quem ajudou a empresa no momento de dificuldade - não foi aceito pela corte responsável pela recuperação da companhia nos EUA.

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A decisão foi proferida na noite de quinta-feira (10) pelo juiz James L. Garrity Jr., da corte de falências de Nova York, em uma sentença longa, de mais de 100 páginas.

Segundo Maria Fabiana Dominguez Sant'Ana, sócia do escritório de advocacia PGLaw, a decisão é um revés que pode ser contornado. A especialista destacou, porém, que não é comum a Justiça americana interferir em processos como esse.

"O problema foi eles entenderem que os acionistas estariam se beneficiando. Não é grave ao ponto de não ser contornável, mas é algo que não costuma acontecer", disse.

Segundo Bruno Chiaradia, sócio de ASBZ Advogados e especialista em insolvência, a Latam tem um desafio pela frente para avançar com seu plano de recuperação judicial.

"É uma grande frustração. Levaram o processo para os Estados Unidos para ele ser viabilizado com maior segurança. A companhia está em xeque, já que o DIP na forma como foi proposto não deu certo. Ele era o carro-chefe para a recuperação da empresa. Ela terá de viabilizar um novo formato", disse o especialista.

No Brasil, as operações seguem castigadas e sem sinal de ajuda do governo brasileiro. O empréstimo via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que estava em segundo plano na reestruturação da Latam, agora pode voltar ao radar. Nem a Latam nem suas rivais conseguiram, até agora, chegar a um acordo com o banco de fomento.

Buscar estratégias para ganhar tempo é algo que todas as áreas do mundo vêm fazendo. Essas empresas cada vez mais precisam queimar caixa para fazer frente a custos fixos elevados. A Latam, em especial, tem forte atuação no mercado internacional, que tem demorado mais para retomar diante das restrições a voos em diversos países. O grupo iniciou um processo de recuperação judicial nos EUA ainda em maio.

Local x longa distância

Globalmente, a empresa teve utilização das aeronaves de 51% no segundo trimestre, queda de mais de 30 pontos porcentuais na comparação anual. Dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) mostram que a demanda global por voos nos mercados domésticos apresentou queda de 57,5% em julho, também na comparação anual. No mercado internacional, entretanto, a queda no mês foi de 91,9%.

O mercado doméstico brasileiro tem se recuperado de forma mais rápida do o restante da América Latina. Mesmo assim, a Latam se mostra mais fragilizada no País e apresentou, em julho, utilização de 66% das aeronaves, contra 79% da Azul e 78% da Gol, conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Procurada pela reportagem, a Latam disse que segue avaliando a sentença.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça americana não autorizou o financiamento que a Latam esperava receber de acionistas e investidores. Em recuperação judicial nos EUA desde maio, a companhia havia fechado empréstimos de US$ 2,45 bilhões com a Oaktree Capital Management (especializada em investimento de risco), com a Qatar Airways e com as famílias acionistas Cueto (chilena) e Amaro (brasileira). O negócio foi feito no modelo DIP, em que o credor que concede o financiamento tem prioridade de receber perante outros.

A Latam pode recorrer da decisão, mas sua situação se complica conforme o tempo passa. O grupo passa dificuldades desde o início da pandemia por causa da queda de demanda no setor aéreo. "A decisão é ruim para a Latam pois requer que recorra ou consiga aprovar novos termos para um novo financiamento DIP num momento em que o acesso a capital é urgente. Isso pode prejudicar a saúde financeira da empresa no curto e médio prazo", disse o advogado Felipe Bonsenso.

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Na decisão o juiz James Garrity Jr, da corte de falência de Nova York, não concordou com o mecanismo de conversão de ações para pagamento do empréstimo à Qatar e às famílias. A Latam disse estar avaliando a sentença.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Caixa credita nesta segunda-feira (31) o saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os trabalhadores nascidos em setembro. 

Apesar de a Medida Provisória 946, que instituiu o saque emergencial, ter perdido a validade, a Caixa manteve o calendário de saques, com base no princípio da segurança jurídica. Ao todo, o governo pretende injetar R$ 37,8 bilhões na economia, beneficiando cerca de 60 milhões de pessoas.

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Nesta fase, o dinheiro poderá ser movimentado apenas por meio do aplicativo Caixa Tem. A ferramenta permite o pagamento de boletos (água, luz, telefone), compras com cartão de débito virtual em sites e compras com código QR (versão avançada de código de barras) em maquininhas de cartão de lojas parceiras com débito instantâneo do saldo da poupança digital.

O pagamento será feito na conta poupança social digital. O saque em dinheiro estará disponível somente em 31 de outubro.

O valor do saque emergencial é de até R$ 1.045, considerando a soma dos saldos de todas as contas ativas ou inativas com saldo no FGTS.

Orientações

A Caixa orienta os trabalhadores a verificar o valor do saque e a data do crédito nos canais de atendimento eletrônico do banco: aplicativo FGTS e telefone 111. Caso o trabalhador tenha direito ao saque emergencial, mas não teve a conta poupança digital aberta automaticamente, deverá acessar o aplicativo FGTS para complementar os dados e receber o dinheiro.

O banco alerta que não envia mensagens com pedido de senhas, dados ou informações pessoais. Também não envia links nem pede confirmação de dispositivo ou acesso à conta por e-mail, SMS ou WhatsApp.

Candelamento do crédito automático

O trabalhador poderá indicar que não deseja receber o saque emergencial do FGTS até dez dias antes do início do seu calendário de crédito na conta poupança social digital, para que sua conta do FGTS não seja debitada.

Caso o crédito dos valores tenha sido feito na poupança social digital do trabalhador e essa conta não seja movimentada até 30 de novembro de 2020, os valores corrigidos serão retornados à conta do FGTS.

O Governo de Pernambuco anunciou, na última quinta (27), que aumentará o valor da linha de crédito destinada aos comerciantes de praia para R$ 5 mil, desde que eles estejam cadastrados como microempreendedores individuais (MEI). Também foi assegurado que a categoria poderá voltar ao trabalho a partir da próxima segunda (1).

“Inicialmente, nós anunciamos um crédito de R$ 3 mil para os comerciantes que trabalham na faixa de areia, com taxa de juros de 1,49% ao mês e três meses de carência. Ou seja, 90 dias e mais 12 meses para pagar. A novidade, agora, é que ampliamos até R$ 5 mil para quem já é cadastrado no MEI, que poderá ter acesso a um valor maior”, afirmou o secretário de Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes.

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O financiamento é destinado tanto a trabalhadores de faixa de areia ambulantes quanto fixos, podendo ser utilizado como capital de giro e compra de mercadorias. Para ter acesso ao benefício é necessário estar cadastrado na Prefeitura do Recife.

O telefone 08000818081 está disponível, de segunda a sexta-feira, para esclarecer dúvidas sobre o crédito. Para obtê-lo, o primeiro passo é fazer o pré-cadastro pelo site, clicando no banner 'Crédito Popular'. De acordo com o Governo do Estado, em seguida, “um agente de negócios entrará em contato com o empreendedor, agendando uma visita técnica ao seu estabelecimento ou residência”.

Em meio aos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a economia, a taxa média de juros no crédito livre (sem contar habitacional, BNDES e rural) caiu de 28,2% ao ano em junho para 27,3% ao ano em julho, informou o Banco Central nesta sexta-feira (28). Em julho de 2019, essa taxa estava em 37,4% ao ano.

Os dados foram influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população e reduziu a atividade das empresas - em especial, nos meses de março e abril. Em meio à carência de recursos, famílias e empresas aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos.

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Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 41,4% para 39,9% ao ano de junho para julho, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 13,0% para 12,0% ao ano.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, a taxa do cheque especial passou de 113,0% ao ano para 112,7% ao ano de junho para julho. No crédito pessoal, a taxa passou de 33,8% para 32,6% ao ano.

Desde julho de 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. A expectativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) era de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelerasse a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor.

Em função da ineficácia da autorregulação da Febraban, o BC anunciou a limitação dos juros do cheque especial em 8% ao mês (151,82% ao ano), regra que vale desde 6 de janeiro deste ano.

Além da limitação do juro, os dados de julho refletem uma revisão realizada na série histórica do BC. De acordo com a autarquia, os números passaram a considerar o fato de alguns bancos cobrarem juro no cheque especial apenas após dez dias de atraso no pagamento da fatura. Antes, era considerado todo o período de atraso. Essa mudança fez com que o nível do juro no cheque especial, na nova série histórica, fosse menor em anos anteriores.

No caso das operações com cartão de crédito rotativo, os juros bancários cobrados das pessoas físicas subiram de 302,6% para 312% ao ano nessa comparação.

Os dados do Banco Central mostram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 19,0% ao ano em junho para 18,9% em julho.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 19,5% ao ano em junho para 19,1% ao ano em julho. Em julho de 2019, estava em 24,7%.

ICC

O Indicador de Custo de Crédito (ICC) caiu 0,4 ponto porcentual em julho ante junho, para 18,3% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.

Crédito bancário sobe em julho

O volume total do crédito oferecido pelos bancos cresceu 1% em julho deste ano, para R$ 3,666 trilhões, segundo o Banco Central.

No mês passado houve alta de 1,2% no volume do crédito bancário para empresas, para R$ 1,6 trilhão, e de 0,9% em pessoas físicas - para o total de R$ 2,1 trilhões.

Em 12 meses, informou a instituição, o crescimento do volume total do crédito bancário subiu de 9,9% para 11,3% estimulado pelas operações com empresas - que tiveram aceleração de 11,8% para 15% -, enquanto que nas operações com pessoas físicas a taxa de expansão permaneceu em 8,5%.

As concessões totais de crédito somaram R$ 341 bilhões em julho, acrescentou o Banco Central, o que representa uma elevação de 9,4% no mês, sendo 13,3% para empresas e 5,9% para famílias.

O aumento no crédito bancário nos seis primeiros meses deste ano está relacionado às medidas adotadas pelo Banco Central para liberar às instituições financeiras mais recursos destinados a empréstimos em meio à pandemia do novo coronavírus.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 50,4% para 51,1% na passagem de junho para julho.

As projeções do BC, atualizadas no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicam expansão de 7,6% para o crédito total em 2020. A projeção para o crédito livre em 2020 é de alta de 10,6%. Já expectativa para o crédito direcionado é de elevação de variação 3,5%. Estas projeções já levam em conta os efeitos da epidemia do novo coronavírus na economia.

Os trabalhadores nascidos em agosto começam a receber nesta segunda-feira (24) o crédito do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de até R$ 1.045. O pagamento será feito por meio da conta poupança digital da Caixa Econômica Federal.

Apesar de a Medida Provisória 946, que instituiu o saque emergencial, ter perdido a validade, a Caixa manteve o calendário de saques, com base no princípio da segurança jurídica. Ao todo, o governo pretende injetar R$ 37,8 bilhões na economia, beneficiando cerca de 60 milhões de pessoas.

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Anunciado como instrumento de ajuda aos trabalhadores afetados pela pandemia do novo coronavírus, o saque emergencial permite a retirada de até R$ 1.045, considerando a soma dos saldos de todas as contas no FGTS. O valor abrange tanto as contas ativas quanto as inativas.

Nesta fase, o dinheiro poderá ser movimentado apenas por meio do aplicativo Caixa Tem. A ferramenta permite o pagamento de boletos (água, luz, telefone), compras com cartão de débito virtual em sites e compras com código QR (versão avançada do código de barras) em maquininhas de cartão de lojas parceiras, com débito instantâneo do saldo da poupança digital.

Liberação para saque

O dinheiro só será liberado para saque ou transferência para outra conta bancária a partir de 17 de outubro, para os trabalhadores nascidos em agosto. O calendário de crédito na conta poupança digital e de saques foi estabelecido com base no mês de nascimento do trabalhador.

Até agora, a Caixa creditou o saque emergencial do FGTS para os trabalhadores nascidos de janeiro a julho. Os beneficiários nascidos em março tiveram o dinheiro liberado para saque no último sábado (22).

O pagamento está sendo realizado conforme calendário a seguir:

Orientações

A Caixa orienta os trabalhadores a verificar o valor do saque e a data do crédito nos canais de atendimento eletrônico do banco: aplicativo FGTS, site fgts.caixa.gov.br e telefone 111 (opção 2). Caso o trabalhador tenha direito ao saque emergencial, mas não teve a conta poupança digital aberta automaticamente, deverá acessar o aplicativo FGTS para complementar os dados e receber o dinheiro.

O banco alerta que não envia mensagens com pedido de senhas, dados ou informações pessoais. Também não envia links nem pede confirmação de dispositivo ou acesso à conta por e-mail, SMS ou WhatsApp.

Cancelamento do crédito automático

O trabalhador poderá indicar que não deseja receber o saque emergencial do FGTS até 10 dias antes do início do seu calendário de crédito na conta poupança social digital, para que sua conta do FGTS não seja debitada.

Caso o crédito dos valores tenha sido feito na poupança social digital do trabalhador e essa conta não seja movimentada até 30 de novembro de 2020, os valores corrigidos serão retornados à conta do FGTS.

O Governo de Pernambuco anunciou, em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta (20), que oferecerá uma linha de crédito no valor de R$ 3 mil para que os comerciantes de praia reabram seus negócios. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, a atividade correspondente a esses trabalhadores passará a ser permitida na etapa 8 do Plano de Convivência com a Covid-19. O estado, contudo, manterá, na próxima semana, a macrorregião I, que compreende a Zona da Mata e a Região Metropolitana do Recife (RMR) na etapa 7.

De acordo com Schwambach, os protocolos para retorno dos trabalhadores de faixa de areia serão divulgados no site do governo estadual até a próxima segunda (24), quando algumas atualizações do Plano de Convivência entrarão em prática. “Nessa semana, percebemos uma estabilização nos casos graves ainda num patamar alto, o que levou comitê a manter as regiões nas etapas em que se encontram. Exceto as cidades pertencentes às gerências com cidades sede em Petrolina e Salgueiro, que tiveram uma melhora e poderão avançar para etapa 6”, explica o secretário.

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Apelo da categoria

As medidas foram divulgadas depois de mobilizações realizadas pelos barraqueiros, tanto na última sexta (14), quanto nesta quinta. Pouco antes do anúncio, a categoria esteve reunida com o governo do estado para discutir o retorno.

A Prefeitura do Recife (PCR) calcula que a Sala do Empreendedor – espaço público que atua no fomento de negócios na capital pernambucana – disponibilizou, durante a pandemia do novo coronavírus, R$ 2.306.160,00 em crédito produtivo. De acordo com a PCR, 870 micro e pequenas empresas foram beneficiadas.

O montante é fruto de uma parceria entre a PCR e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB). A intenção é estimular a geração de renda por meio de negociação de valores já disponibilizados e principalmente liberar novos créditos financeiros para empreendedores.

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De forma remota, a Sala do Empreendedor explica aos empresários como eles podem conseguir crédito por meio do programa Crediamigo, do BNB. Até o momento, durante a pandemia, mais de 40 mil atendimentos foram realizados, destrinchando procedimentos como compras, orientações contábeis, além de consultorias por meio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

“No ano passado conseguimos liberar mais de R$ 4,6 milhões, sempre em parceria com as instituições financeiras. Nossa equipe continua a postos para prestar todos os serviços ao empreendedor recifense, que mais do que nunca precisa de apoio durante a pandemia. Enquanto as atividades não voltam ao normal, o atendimento está sendo feito por e-mail e Whatsapp”, destaca o secretário de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo do Recife, Antônio Júnior, conforme informações da assessoria de imprensa. 

Empresários podem buscar atendimento pelo e-mail saladoempreendedor@recife.pe.gov.br. Os contatos também podem ser feitos via WhatsApp: (81) 99171-1181 (apenas crédito), 99488-6150, 99427-0810, 99264-2040 e 99262-1892.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou mudanças na linha de financiamento do home equity, modalidade em que um imóvel é dado como garantia. A nova linha, chamada de Real Fácil, permite que o cliente escolha a forma de correção do empréstimo, que poderá ser pela TR, pelo IPCA ou por taxa fixa.

A modalidade será oferecida a pessoas físicas a partir do dia 3 de agosto. Atualmente, a Caixa responde por pouco mais de 30%, ou R$ 3,5 bilhões, do volume desse tipo de crédito concedido em todo o mercado, de R$ 11 bilhões.

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"Nossa expectativa é emprestar R$ 40 bilhões, ou seja, multiplicar em 10 vezes o que fazemos hoje", disse Guimarães.

Segundo ele, essa linha tem volume muito baixo no Brasil e que esse é um segmento de foco da instituição financeira, dentro da proposta do banco de ser o maior no segmento imobiliário. "Atingimos quase 50% do mercado com financiamento imobiliário e voltamos à posição de liderança no crédito imobiliário", afirmou.

Nova modalidade

A linha Real Fácil Caixa exige que o imóvel alienado seja livre de ônus, ou seja, não se encaixa na nova proposta regularizada recentemente em que um mesmo imóvel pode dar garantia a um novo empréstimo dentro da mesma instituição. "Vamos analisar em uma segunda etapa o home equity de um imóvel já alienado", disse.

Serão três modalidades de home equity: IPCA mais 0,60% para créditos de até 15 anos para valores de 50% do imóvel a ser dado como garantia; TR, com a taxa máxima chegando a 0,90%, mas começando em 0,70% para prazo de 15 anos e no valor de 60% do imóvel; e Taxa Pré, sem correção e fixa em 0,80% com prazo de 15 anos e o valor liberado também equivalente a 60% do imóvel a ser dado como garantia.

"Oferecemos inflação e taxa pré porque a TR está com juro a zero. Não é zerada, mas a zero porque a Selic está muito baixa", afirmou Guimarães.

O presidente da instituição afirmou que a Caixa fez várias simulações com taxas de outros bancos para saques de até R$ 150 mil e, segundo ele, mesmo a maior taxa da Caixa está abaixo dos demais bancos. A Caixa fez também simulações com modalidade "TR" para valores até R$ 300 mil para prazos de 120 meses, disse.

Financiamento de terreno

A Caixa também anunciou mudanças nas linhas de crédito para o financiamento para aquisição de terrenos urbanos e para a construção individual de imóvel.

Para a modalidade de financiamento de lote urbanizado, poderão ser financiados valores entre R$ 50 mil e R$ 1,5 milhão, com taxa de juros efetiva de até TR + 8,50% ao ano, com financiamento de até 70% do valor do terreno e prazo de até 240 meses para pagamento da dívida.

Nas modalidades aquisição de terreno e construção e construção em terreno próprio, a Caixa passará a ofertar também taxas de juros customizadas que podem chegar a TR + 6,50% ao ano.

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