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O consumidor que pretende aproveitar os últimos dias antes do Natal para comprar presentes online deve ter cuidado e atenção para não levar golpe em nenhum site falso e perder o dinheiro. Mesmo na correria do dia a dia, é preciso ficar atento aos preços muito baixos. 

A presidente da Comissão de Direito Bancário da OAB/PE e sócia-diretora da ABM Advocacia, Amanda Botelho, deu algumas dicas para que o consumidor não caia em golpes. “É importante sempre optar por efetuar compras em sites oficiais das lojas com autenticação de segurança, que pode ser identificada pelo cadeado fechado na barra de navegação. Além disso, o comprador deve evitar comprar através de links informados por publicidades em redes sociais, pois muitos fraudadores clonam os sites para efetuar os golpes”, detalhou. 

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Caso haja a necessidade da troca ou devolução do produto, o consumidor deverá entrar em contato com a loja dentro do prazo estipulado e realizar a solicitação de troca ou cancelamento, explicou a advogada. O comprador também tem até sete dias úteis para solicitar o cancelamento da compra e “os valores deverão ser restituídos de forma integral”. 

Amanda Botelho falou sobre a dificuldade em reaver o dinheiro caso o comprador caia em algum golpe através de uma loja fantasia. No entanto, se o site da loja for clonado, é direito do consumidor ser indenizado. “A loja oficial é responsável pelo ambiente seguro de compra e tudo aquilo que envolve o seu respectivo nome. Desta forma, se o golpista clonar alguma loja oficial, esta última será responsável por indenizar o consumidor”, afirmou. 

Hoje (21) começa verão no Brasil. E nessa estação onde o calor e temperaturas mais altas predominam, muitas pessoas fazem planos para irem à praia ou em outras atividades que demandam dos fenômenos naturais, como o sol (raios ultravioletas), vento, sal e iodo (presentes na água do mar). Esses fenômenos danificam a estrutura física do cabelo, deixando-o poroso. Por isso, antes de entrar no mar, piscina, ou até mesmo, uma cachoeira, deve-se utilizar alguns produtos especiais e tomar alguns cuidados para garantir a saúde física dos fios de cabelo. Confira a seguir cinco produtos/ cuidados para proteção durante essa estação do ano:  

Óleo de argan – O produto ajuda a proteger os cabelos, principalmente quando os fios entram em contato com o sal, cloro e vento. Aplique uma pequena quantidade nos fios antes e após os mergulhos.

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 Água de coco – Para uma hidratação rápida, o uso da água de coco em um vaporizador na praia ou na piscina é uma poderosa ferramenta, além de ser uma opção econômica e prática para o cabelo. 

Chapéus - No verão é comum o uso de chapéus para proteger o rosto do sol e a cabeça do calor excessivo. Mas, não custa lembrar que a oxigenação do couro cabeludo é importante para evitar o excesso de oleosidade. O mais indicado pelos especialistas, é usar chapéu de palha.  

Leave-in – As idas e vindas, tanto no mar quanto na piscina, causam uma perda grande de queratina e prejudicam a parte hídrica do fio de cabelo. Para repor o óleo, a água e a queratina, é necessário o uso de um leave-in. Deve ser aplicado por toda a extensão do fio, evitando o acúmulo no couro cabeludo.  

Uso de tiara – Tanto no verão quanto em outras estações, o uso do acessório conhecido como tiara (ou arco) torna-se valoroso, pois a oxigenação dos fios é importante e fica preservada. Algumas mulheres lavam os cabelos de manhã e prendem-no em seguida, causando umidade acumulada justamente com resíduos de produtos no couro cabeludo. Isso deve ser evitado, pois causa excesso de oleosidade, podendo inclusive, levar à queda do cabelo.  

 

Faltam menos de 20 dias para início do verão e dos dias mais quentes em todo país. Época de redobrar a atenção e o uso do protetor solar. A proteção solar diária é fundamental em qualquer época do ano, mas os dermatologistas reforçam a importância do cuidado, da prevenção do fotoenvelhecimento nos dias com maior incidência de sol.  

Os efeitos da radiação solar são, sobretudo, o envelhecimento precoce, manchas na pele, aumento da flacidez e até mesmo surgimento de câncer de pele. Há vários tipos de filtro solar e é importante uma avaliação e prescrição médica para o uso do produto mais adequado a cada tipo de pele.

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“O protetor solar eficiente tem proteção contra os raios UVA e UVB. Os protetores são produtos capazes de prevenir os males provocados pela exposição solar, como o câncer da pele, o envelhecimento precoce e a queimadura solar. Podem ser encontrados em gel, creme, spray, loção, há específicos para lábios, face e corpo, por exemplo”, explicou o Dr. André Braz, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Esses filtros podem ser físicos ou químicos.  

A exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo e os raios solares penetram profundamente na pele. Ao longo dos anos, essa exposição provoca o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e outros problemas na pele. Ocorre, por exemplo, o envelhecimento precoce se a pessoa pega muito sol.

“A pele fica fina. As suas radiações UVA e UVB geram também o aparecimento de manchas. O protetor solar tem realmente uma ação direta nisso”, reforçou Braz. Ficar em piscina ou praia ou em atividades de lazer ou esporte – mais expostos ao sol, portanto – requer atenção especial, sobretudo na estação mais quente do ano. O recomendado é evitar a exposição solar entre 10h e 16h e, proteção adicional ao filtro solar, como óculos escuros e vestimentas com fator de proteção, como maiôs, blusas e chapéus.  

Há a recomendação do uso de filtro solar com cor, sobretudo no momento pós-procedimento. Hoje em dia, existe o pigmento responsável por dar cor aos filtros solares, chamado óxido de ferro. Ele promove a proteção contra a luz visível e possui uma aceitação cosmética excelente. Pode ser associado tanto aos filtros orgânicos quanto inorgânicos. Esses filtros além de protegerem, vão garantir ampla proteção contra a radiação ultravioleta. São indicados para a maioria dos pós-procedimentos, exceto nas primeiras 24h após tratamentos que promovam algum dano na pele, como o micro-agulhamento. Nesse caso, é indicado o filtro sem cor pois o pigmento pode penetrar mais profundamente na derme, correndo o risco de manchar.  

Nesta sexta-feira (7), Juliano Cazarré se juntou aos demais peões que integram o elenco de Pantanal para se despedir na novela. Durante o programa Encontro, o intérprete de Alcides não conseguiu conter a emoção e ficou com a voz embargada enquanto falava compartilhava o sentimento de estar se despedindo da atração.

"Desde a semana passada quando eu parei de gravar, também ontem gravando o Domingão que vários de nós estávamos lá, o nó na garganta o tempo inteiro. Quando a gente recebe os aplausos, quando pensa... Estava vendo o Guito tocar agora, um ano atrás eu lembro de estar chegando na fazenda, conhecendo ele e foi uma aventura. A gente botou tudo que a gente tinha nessa novela", disse.

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Ao ser questionado se chegou a nadar pelado no rio enquanto não estava gravando, o ator contou que não é muito adepto da prática.

"Gente eu não gosto nem de usar bermuda, estou sempre de calça, que dirá ficar pelado no rio. Eu dava um pulinho de bermuda e voltava, estava bom", falou.

Falando sobre a trajetória do personagem Alcides, ele brincou: "O Alcides terminou tão bem o penúltimo capítulo, estava todo mundo feliz que ele matou o Tenório, aí ele foi embora sem dar tchau para o Zaquieu e já está todo mundo bravo de novo. O coitadinho não consegue acertar uma".

Ao que Silvero Pereira adicionou: "Esse era o nosso grande dilema, né Juliano? A gente ficava o tempo inteiro assim: Poxa, nesse roteiro os dois se aproximam, depois brigam de novo, se aproximam, brigam de novo, parece que nunca engata esse negócio. Tem, surpresa hoje à noite, mas não vou dizer o que é".

Juliano também falou sobre a jornada de tentar conciliar o trabalho na novela com os cuidados da filha caçula Maria Guilhermina, que passou por uma série de cirurgias devido a uma anomalia no coração.

"Eu estava no Pantanal na nossa primeira viagem no ano passado quando estava a turma no Rio, Marcos Palmeira e todo mundo. Fui para a casa do Almir, peguei um pouquinho de internet, falei com a Letícia e ela me mostrou o teste: Estou grávida. Eu corri lá na beira do rio e gritei: Galera, vou ser pai, meu quinto filho. Todo mundo me deu parabéns, foi aquela comemoração. Quando chegou a Páscoa, a gente soube que ela teria esse problema no coração e a Letícia foi estudando porque eu estava muito dentro da novela. Ela é bióloga, então pegou e começou a ler trabalhos científicos, descobriu quem era o melhor médico, foi fazendo tudo. Chegou a segunda viagem do Pantanal, ela já estava prestes a dar o tempo da gravidez e começando a falar: Olha, ela pode ter um problema mais grave ainda, porque ser tiver a condição tem que nascer e ser operada. Eu falando com a produção que preciso voltar. Papai do céu faz sempre as coisas do jeito dele e no fim todo mundo pegou Covid-19 no Pantanal e teve que voltar antes, ou seja, todo mundo voltou no dia que eu tinha que voltar, não atrapalhei a volta", contou.

Ao contar como foi chegar em São Paulo e acompanhar os procedimentos médicos, ele ressaltou que a novela o ajudou a ganhar forças.

"Corri, peguei a Letícia, Viemos para São Paulo, ela nasceu e com duas horas já estava na mesa, a primeira cirurgia da nossa guerreirinha Maria Guilhermina. A primeira cirurgia deu problema, fizemos a segunda que ela não conseguiu oxigenar direito, veio a terceira que corrige o coração dela e está dando tudo certo. Ela está respondendo bem, o coração agora funciona com quatro cavidades, está respirando bem, oxigenando bem. Foi uma loucura estar com o coração aqui em São Paulo e a cabeça lá no trabalho. É o que eu falei outro dia para eles quando fizeram a surpresa no meu aniversário: Se fosse uma novela uma novela ruim com gente chata, teria sido quase impossível, mas a sorte é que era uma novela que eu só tinha amigos amados. Uma novela gostosa que me deu força", disse.

Após receber um recado carinhoso do pai, Cazarré enalteceu a família: "Eu tinha muita força dele e da minha mãe, o amor eu casa. Eu ficava gravando na globo e quando eu cruzo o portão da minha casa, o Gaspar e a Madalena abraçam a minha perna e os dois pedem colo ao mesmo tempo. Aí já vem o Vicente e o Inácio... É muito trabalho, mas é muito amor, então o meu alimento para conseguir fazer isso foi o amor. E outra, eu tenho que sair e trazer o pão de volta para casa, então eu tinha que entregar a novela, não tinha como. Não foi fácil, mas foi bom".

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu aviso de risco à saúde por declínio de temperatura para áreas de 14 Estados. O alerta laranja considera a possibilidade de redução entre 3ºC a 5ºC. A temperatura mais baixa do ano até aqui no País foi registrada em Bom Jardim da Serra, em Santa Catarina, na madrugada desta sexta-feira: -6,4ºC. Em São Paulo, a massa de ar polar vai fazer com que o fim de semana comece com tempo instável, céu encoberto e forte sensação de frio. No Aeroporto de Congonhas, a sensação térmica chegou a 0ºC.

Na região Sul do País, além de Santa Catarina, o Rio Grande do Sul também teve temperaturas negativas. Houve registro de neve nas cidades catarinenses de São Joaquim, Urubici, Urupema e Bom Jardim da Serra. A Defesa Civil de Santa Catarina emitiu um aviso sobre o frio intenso, alertando para o congelamento de pistas e agravamento de doenças cardíacas e respiratórias.

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Segundo a Climatempo, a frente fria começou a impactar o Sul do País na quarta-feira, avançando pelo Centro-Oeste, Sudeste e Rondônia e, mais tarde, áreas do Amazonas, Goiás, Espírito Santo e Distrito Federal. No sábado, a massa de ar polar deve se deslocar pelo litoral da Bahia. Além do frio, ela provoca chuvas fortes e ventos intensos em várias partes do Brasil.

Na capital paulista, o sábado tem temperatura máxima prevista de 13ºC e mínima de 8ºC, com aumento da umidade do ar e possibilidade de chuviscos, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo (CGE). No domingo, a máxima deve ficar em 17ºC e a mínima em 9º. Ontem, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) decretou estado de alerta para baixas temperaturas em toda a cidade.

Antes de todo esse frio, a tarde de quinta-feira foi a mais quente do inverno na capital paulista de acordo com o Climatempo, chegando aos 29,6ºC. O CGE estima que os recordes de temperatura máxima e mínima mais baixas deste inverno podem ser batidos nos próximos dias. A mínima mais baixa do ano, de 0,7ºC, foi registrada no outono, na madrugada do dia 13 de junho, no distrito de Engenheiro Marsilac, na zona sul.

Veja os Estados que têm regiões em alerta laranja, segundo o Inmet:

Amazonas

Acre

Rondônia

Mato Grosso

Mato Grosso do Sul

Goiás

Rio Grande do Sul

Santa Catarina

Paraná

São Paulo

Rio de Janeiro

Minas Gerais

Espírito Santo

Bahia

Dicas para evitar situações de risco em dias de frio extremo:

- Reforçar a atenção com a segurança de crianças, idosos, pessoas em situação de rua e animais de estimação;

- Evitar técnicas de aquecimento que possam colocar pessoas em risco, como churrasqueiras ou latas com combustíveis acesas;

- Beber bastante água e manter a pele hidratada, principalmente as mãos, pés, rosto e lábios;

- Redobrar a atenção na pista ao dirigir, pois pode haver formação de gelo na pista;

- Usar agasalhos adequados para evitar a hipotermia e aquecer bem as extremidades do corpo com luvas, meias, gorros e cachecóis;

- Introduzir sopas ou chás quentes nas refeições para se aquecer e consumir vegetais e frutas. Vitaminas, sais minerais e antioxidantes ajudam a manter uma boa imunidade.

Nesta sexta-feira (19) é comemorado o Dia Nacional do Ciclista. O ciclismo é um exercício aeróbico que favorece a melhora do condicionamento físico. Começar uma atividade pode ser um desafio, mas a criação do hábito é um dos primeiros passos dessa jornada. Por ser uma atividade de menor impacto, o ciclismo pode ser a prática ideal para quem deseja sair do sedentarismo.  

A lista de benefícios inclui o aumento da força muscular, melhora da qualidade de sono e redução de colesterol, além de elevação do bem estar e de ganhos para a saúde mental. De acordo com o preparador físico Marcio Atalla, pedalar apresenta menos impacto em comparação com outros esportes, como o vôlei e futebol. “O ciclismo pode ser praticado até cinco vezes por semana. A orientação de um especialista poderá indicar a necessidade de treinos mais curtos ou mais longos e a intensidade da atividade de acordo com o perfil de cada indivíduo”, explicou.  

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A busca pela melhor performance e a prevenção do risco de lesões passam pela escolha de uma bicicleta mais adequada com seu perfil e altura. Segundo especialistas, os principais erros cometidos pelos iniciantes incluem pedalar com postura incorreta, ir além dos próprios limites e descuidar da alimentação e da hidratação. Além de se alimentar de refeições leves e reforçar a hidratação antes de pedalar, os especialistas recomendam a realização de alongamentos antes e depois da atividade.  

 

 

 

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, saúde é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Dessa maneira, entende-se que o ambiente de convivência, envolvendo locais e pessoas, afeta diretamente a vitalidade, de forma positiva ou negativa.

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No Brasil, 5 de agosto é determinado como o Dia Nacional da Saúde, comemoração instituída em 1967 pela Lei nº 5.352. A data foi escolhida em homenagem a Oswaldo Cruz – grande médico e sanitarista que lutou pela erradicação de epidemias no Brasil, como febre amarela, peste bubônica e varíola – e tem como objetivo conscientizar a população a respeito do cuidado com o bem-estar.

Após 23 anos, em 1990, a legislação brasileira estabeleceu a criação do Sistema Único de Saúde – SUS. De acordo com Lei nº 8.080, as ações do SUS abrangem desde a participação de políticas de saúde até o controle e fiscalização de serviços e produtos utilizados pela população. Entre essas ações, encontram-se vigilância sanitária e epidemiológica, assistência terapêutica e farmacêutica, orientação alimentar e colaboração na proteção ambiental.

Como abordado pela OMS, o bem-estar mental também é relevante e deve receber atenção. Klaudia Sadala, psicóloga clínica e professora da UNAMA - Universidade da Amazônia, observa que para ter saúde é necessário que as diversas áreas da vida estejam, minimamente, harmônicas. “A saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais, mas um estado onde o sujeito se sinta capaz de realizar enfretamentos diante as adversidades vivenciadas, nos mais variados contextos de vida”, explica.

Klaudia destaca que existem elementos essenciais para a manutenção do bem-estar mental, como empregabilidade, renda, educação, saneamento básico, moradia, proteção contra a violência e rede social de apoio, e outros que são agravantes, como vivência familiar conturbada, relações tóxicas, poucas horas de sono de qualidade, ausência de atividades físicas e uso excessivo de telas.

A psicóloga considera que todas as experiências que provocam tensão e comprometem o equilíbrio emocional das pessoas levam à necessidade de suporte; porém, para procurar auxílio profissional, não é necessário esperar que situações de sofrimento ou adoecimento aconteçam. “Buscar entender nossas emoções, pensamentos e comportamentos e buscar estratégias de enfrentamento para os desafios da vida é uma importante ferramenta. Neste sentido não precisamos vivenciar um problema para buscar este processo”, pondera.

O SUS oferece atendimento psicológico gratuito nos Centros de Atendimento Psicossocial – CAPS, promovendo acesso à população geral. Como observa Klaudia, o Brasil possui um alto índice de ansiedade e depressão quando comparado a outros países da América Latina e, após a pandemia do covid-19, os números aumentaram. “O SUS deve potencializar suas políticas públicas em saúde mental, pois, ainda que os números sejam alarmantes, pouco avançamos para alcançar as proporções que a pandemia nos impôs”, ressalta.

Em 2020, o presidente Jair Bolsonaro, por meio do decreto Nº 10.530, de 26 de outubro, autorizou investimentos de instituições privadas em Unidades Básicas de Saúde – UBS, o que gerou um clima preocupante no setor público. O decreto foi revogado, dois dias depois, em decorrência da sua repercussão negativa, pelo Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 453/20.

A prática de parcerias público-privadas já é comum na saúde e em outros setores da ciência no Brasil. Entretanto, devido às UBS serem a porta de entrada para o SUS, o decreto gerou preocupações e desaprovação, visto que isso poderia implicar ações de privatização no sistema.

Everaldo Otoni, médico generalista residente de Medicina de Família e Comunidade, trabalha no SUS há 2 anos, em Santarém/Pará, e acredita que o cenário incerto em que o país se encontrava quando da publicação do decreto e os problemas enfrentados com a pandemia geraram dúvidas se, de fato, a opção seria viável. “Entendo que por um lado seria interessante, visando os benefícios ao usuário, uma vez que a modernização e os investimentos seriam potencializados. Porém, a privatização desordenada poderia prejudicar os prestadores de serviços, talvez com maiores jornadas ou decréscimos nos salários”, elucida.

O médico fala que trabalhar no SUS é prazeroso e, ao mesmo tempo, desafiador, principalmente em relação à remuneração precária, mas que, apesar dos obstáculos, o sistema está em uma constante evolução a passos curtos. “O SUS é um sistema de extrema importância no Brasil, especialmente quando paramos pra pensar que mais da metade da população brasileira jamais teria condições de arcar com despesas de saúde particulares”, declara.

Para que a saúde humana seja plena, é necessário que haja uma relação indissociável com o bem-estar animal e equilíbrio ambiental. Dessa forma, compreende-se o conceito de Saúde Única. Liliane Carneiro, médica veterinária e coordenadora da Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde do Instituto Evandro Chagas – IEC, afirma que, ao melhorar a qualidade de vida dos animais, é possível melhorar, também, dos humanos e do meio ambiente, o que nos leva, por exemplo, à redução de doenças.

A médica veterinária ressalta que a interação homem-animal traz muitos benefícios para a saúde mental, o que, consequentemente, colabora para todo o organismo. “É cientificamente comprovado que ter um animal de estimação em casa ajuda consideravelmente na redução de sintomas de ansiedade, estresse e depressão. Segundo dados de estudos, há relatos de 75% de melhora na saúde mental em decorrência da relação com seu animal de estimação”, diz.

Em relação à saúde pública brasileira, Liliane considera que a reflexão e a discussão sobre o tema são muito importantes. Ela cita a proposta do Ministério da Saúde de um sistema sustentável e 100% digital. “Isso vem sendo notado nas diversas plataformas digitais que o governo criou e vem disseminando com acesso rápido a informações, porém a atenção básica ainda está esquecida e é nisso que o país precisa melhorar”, destaca.

Boa alimentação e exercícios físicos

A nutricionista Aline Reis acredita que saúde é o equilíbrio entre o bem-estar social, mental e do corpo físico, para o qual a alimentação é extremamente importante, considerando que as nossas escolhas alimentares influenciam na preservação e no tratamento de algumas doenças, como diabetes, hipertensão arterial e alguns tipos de câncer.

Aline afirma que a alimentação também é importante para o bem-estar mental e social. Para ela, alimentar-se de maneira saudável deve incluir os aspectos biopsicossociais do indivíduo. “Ela não é sinônimo de ‘comer limpo e tudo natural’ o tempo todo e devemos considerar o comer para socializar (comer social) com amigos e família como parte de uma alimentação saudável”, complementa.

A nutricionista explica que algumas vitaminas e minerais estão na base produtiva de neurotransmissores atuantes em nosso cérebro e cita a discussão sobre a alimentação saudável fazer parte do tratamento da depressão, ansiedade e demais doenças psiquiátricas. “Isso sem falar nos transtornos alimentares, que envolvem também aspectos relacionados à imagem corporal, história de vida da pessoa, entre outros”, acrescenta.

Todos precisam de uma alimentação equilibrada – carboidratos, proteínas e gorduras – e rica em vitaminas minerais. Aline ressalta que a melhor forma de consumir esses nutrientes é pela alimentação variada em frutas, legumes e verduras. “É nesse contexto que entram a individualidade, a análise do que é possível fazer e a orientação nutricional especializada para que este hábito seja instaurado e permaneça para o resto da vida”, explica.

Devido à correria da rotina, muitas pessoas escolhem uma alimentação mais “rápida”, com industrializados e processados. Para facilitar o acesso a alimentos saudáveis, a nutricionista destaca o hábito de organizar marmitas.

“Deixar todos os alimentos que serão consumidos nos próximos dias já organizados, cortados, prontos ou semiprontos para consumo é uma estratégia que facilita o consumo de frutas, legumes e verduras, pois ter esses alimentos acessíveis na hora da fome aumenta as chances de consumi-los", observa.

Segundo dados do II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar (II VIGISAN) no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, mais da metade da população brasileira (125,2 milhões) vive em algum grau de insegurança alimentar no país, sendo que, destes, 33,1 milhões passam fome.

Esses dados refletem não somente a pandemia, mas também a ineficácia de políticas públicas governamentais para a garantia do Direito Humano a Alimentação Adequada e Saudável, afirma Aline Reis. Para a nutricionista, a longo prazo, a primeira forma de lidar com isso é votar em candidatos que levantam a bandeira em defesa desse direito, da Segurança Alimentar e Nutricional e Soberania Alimentar.

“Pensando no curto prazo, pois quem tem fome tem pressa, os alimentos da região e que estão na safra costumam estar mais baratos. Além disso, a compra dos alimentos no final da feira, o famoso horário da xepa, também pode ser mais interessante para aqueles que possuem baixa renda”, aponta.

A nutricionista afirma que aliar a nutrição à prática regular de atividade física é a base para prevenir e tratar algumas doenças e, indo além, a aliança desses dois pilares deve se fazer presente mesmo quando não há alguma doença diagnosticada. “Não podemos esquecer que uma boa noite de sono também deve ser priorizada quando falamos de uma vida saudável, além de algumas práticas que nos últimos anos vêm ganhando espaço, como a meditação e ioga”, destaca.

O professor e coordenador do curso de Educação Física na UNINASSAU – Belém, Márcio Cerveira, acredita que ter saúde ou estar saudável é estar em equilíbrio com as práticas de exercício regulares, manter alimentação saudável, usufruir o que a vida oferece de melhor e, acima de tudo, ter saúde mental para lidar com as adversidades do dia a dia.

O professor explica que cuidar da saúde física deixou de ser apenas sobre o corpo, incluindo também a saúde mental, nutricional e relacional. Segundo ele, os estudos apontam altos índices de pessoas adoecendo mentalmente, até mesmo atletas de alto rendimento. “Nesse sentido, é de suma importância que cuidemos de tudo, mas sem esquecer da saúde mental que fará toda a diferença nesse equilíbrio”, reafirma.

Márcio Cerveira aponta que os exercícios físicos geram diversos efeitos no organismo e liberam hormônios que promovem o bem-estar, como a endorfina, serotonina – também conhecida como o hormônio da felicidade –, adrenalina, somatotrofina ou hormônio do crescimento e o cortisol, que tem a função de proteger a nossa saúde.

O professor afirma que estar bem fisicamente e mentalmente vai refletir na vida sentimental, profissional e na vida social. “Quanto mais sou saudável, mais tenho disposição para buscar meus propósitos de vida; quanto menos sou saudável, mais tempo consumo em tentar melhorar minha saúde deixando de lado as demais áreas”, acrescenta.

Márcio Cerveira salienta que o último censo do Ministério da Saúde mostrou inúmeras cidades brasileiras com insuficiência em práticas de atividades físicas, colaborando para o aumento de doenças ocupacionais, obesidade e transtornos psicológicos. “Uma sociedade sedentária fará com que inúmeros setores da economia sofram com tal comportamento. Por isso, exercitem-se!”, orienta.

Por Isabella Cordeiro e Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Pelo menos 300 milhões de pessoas no mundo são asmáticas e no Brasil esse número chega a mais de 20 milhões. No Sistema Único de Saúde (SUS), a doença oscila entre a terceira e quarta posição no ranking das causas de hospitalizações, sendo os meses de abril a julho os que registram os maiores números de internação por asma, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Com a chegada do frio, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP (InCor) alerta para a necessidade de redobrar os cuidados, já que as variações de tempo seco, típicas do outono e do inverno, são propícias para o aumento de casos.

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Segundo o InCor, a conjunção entre poluição, ausência de chuva e tempo frio leva muitos asmáticos aos serviços de emergência com crises preocupantes, mas que podem ser evitadas. A recomendação básica é manter a doença tratada o ano todo, para chegar ao outono em boa condição de saúde.

Foi o que Michele Benevides, 36 anos, diagnosticada com asma grave aos 20 anos, começou a fazer, depois de já ter passado por mais de 30 internações por conta de crises da doença. Ela teve uma parada cardíaca, um choque anafilático e foi parar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Por conta disso, passou a ter mais atenção com a saúde para enfrentar o tempo frio e isso foi decisivo para mudar sua vida.

“A sazonalidade do outono e inverno é sempre muito difícil para quem tem asma. É o momento onde as crises mais aparecem. Então eu busco sempre evitar friagem e falta de proteção térmica. Tenho um ganho muito grande sendo acompanhada por um médico e tomando a medicação correta, tem sido essencial para que eu não evolua no meu quadro nesta época do ano. Tudo isso também evitou que eu tivesse novas internações e até mesmo consultas no pronto atendimento”, disse.

A asma é a inflamação dos brônquios, pequenas estruturas responsáveis pela troca de ar dentro dos pulmões. O processo inflamatório causa inchaço das vias áreas e produção de muco que, isoladamente ou combinados, podem levar à falta de ar de grau leve a extremo. Os sintomas mais comuns são tosse, chiado, aperto no peito e dificuldades respiratórias. A doença atinge crianças, jovens e adultos.

De acordo com o diretor do Ambulatório de Asma do InCor, o pneumologista Rafael Stelmach, baixas temperaturas e umidade, agentes alergênicos como material particulado no ar, fungos e ácaros, e infecções típicas da estação, entre elas, gripe e resfriado, são os fatores ambientais que podem causar as crises de asma. Sem o tratamento adequado e uma terapia com medicamentos, no caso do aumento dos sintomas, a inflamação pode progredir para a obstrução das vias aéreas e para a necessidade de internação.

“Pessoas que já têm a doença precisam estar prevenidas para passar por esse período do ano. Caso isso não aconteça, pode haver agravamento e descontrole da doença e assim dificultar a recuperação durante e depois das crises. Pacientes que moram em grandes centros urbanos costumam ser mais atingidos por conta da poluição. As regiões Sudeste e Sul do país são as mais afetadas. O Sul, principalmente, devido às temperaturas extremamente baixas nos períodos mais frios do ano”, afirmou.

Stelmach recomendou ainda que a pessoa com asma evite fumar, já que esse hábito provoca o agravamento da doença. Ele alerta que tanto o cigarro eletrônico quanto a maconha são nocivos para os asmáticos, que devem inclusive evitar o fumo passivo (quando o indivíduo convive ou fica perto de alguém que fuma). É necessário ainda evitar o contato com objetos e ambientes que tenham fungos e ácaro.

A orientação do médico é que as roupas de uso pessoal e de cama, incluindo cobertores, edredom e travesseiros, que estejam guardadas há muito tempo, sejam higienizadas antes de serem usadas. Ele destacou ainda que é preciso ter cuidado com os animais de estimação, evitando que eles entrem no quarto de dormir, porque os pets são alergênicos para quem é asmático.

“Depois de lavadas e passadas a ferro, enquanto não forem novamente usadas, essas roupas devem ser guardadas, de preferência, em sacos plásticos, para protegê-las do contato com esses agentes alergênicos. Casa em que convivem pessoas com asma tem que ter travesseiros, colchões, tapetes e cortinas constantemente higienizados, e os ambientes arejados para evitar poeira e mofo”, disse o médico.

Stelmach destacou ainda a importância de as pessoas com a doença tomarem a vacina contra a Influenza todos os anos, já que o imunizante é uma arma importante no controle e na prevenção de quadros graves da asma, porque a gripe é um gatilho para as crises.

Manter uma alimentação saudável e equilibrada desde os primeiros anos de vida é essencial para o crescimento e fortalecimento de qualquer criança. Porém, quando falamos dos pequenos com Síndrome de Down, é preciso dar uma atenção ainda maior. Especialistas reforçam que, devido aos vários fatores característicos de quem possui a condição genética, diversas causas podem contribuir para as restrições alimentares.    

A pesquisadora em alimentação infantil Lorena Falcão, professora da UNAMA - Universidade da Amazônia, explica que é importante ficar atento às diferentes fases. Na infância, o leite materno continua sendo o alimento ideal para bebês, com ou sem Síndrome de Down, até o sexto mês de vida. “A amamentação não corresponde somente ao aspecto de oferta de nutrientes e hidratação, mas, também, de desenvolvimento emocional e articulação da face como a parte oral e mastigação, que, no futuro, será desencadeada com o acesso a alimentação de frutas, legumes, verduras, cereais, feijões etc”, disse a professora.    

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Algumas restrições alimentares em crianças com Síndrome de Down podem ser de fatores orgânicos ou comportamentais. “O primeiro é de sintoma clínico, manifestado pelo contato com determinado alimento, texturas e formas de preparo”, pontua. Na questão comportamental, as restrições podem se desencadear em um amplo contexto. “Forçar a criança a comer, manter horários confusos, locais com barulhos e não demonstrar exemplos também são fatores para a criança criar um comportamento autorrestritivo”, explica.  

Confira algumas dicas da especialista da UNAMA para ajudar a manter uma boa relação das crianças com Síndrome de Down com os alimentos:  

1 - Interação - Uma das formas de evitar o desenvolvimento de restrições comportamentais é interagir de várias formas com a criança. Olhar no olho durante as refeições, falar com verdade e utilizar frases motivacionais ajudam bastante nesse momento;

2 - Servir de exemplo - No cotidiano e no que se refere à alimentação, servir como modelo faz toda a diferença. É necessária uma fala comum para que as crianças absorvam esse exemplo de ingerir alimentos saudáveis, sem precisar forçar o consumo de forma invasiva;

3 – Envolvimento familiar - Outro ponto importante é trabalhar em cadeia, ou seja, em família. Às vezes, alguns membros da família se isolam e deixam de participar dos momentos de refeições. Esse contato é essencial, tanto para o desenvolvimento dos laços familiares quanto na questão alimentar;

4 – Colocar a mão na massa - Outra dica é manter a participação da criança na cozinha e na seleção dos alimentos. Levar a criança para preparar a própria comida desperta uma certa curiosidade, trabalha a coordenação e estreita os laços com os tipos de alimentos;

5 – Experenciar - Por fim, uma boa forma de trabalhar a relação com os alimentos é tentar mostrar a origem de cada um deles. Nesses casos, vale até o desenvolvimento de uma pequena atividade de cultivo de horta em casa. Isso também vai demonstrar responsabilidade com a vida, com os outros e consigo mesmo.

Por Wesley Costa/Ascom UNAMA.

Prevenção e diagnóstico precoce salvam vidas. O movimento Março Azul Marinho foi criado para alertar e conscientizar a população sobre a prevenção do câncer colorretal (ou câncer de intestino). Excetuando o câncer de pele não melanoma, o colorretal é o segundo tipo de tumor mais frequente entre homens e mulheres no Brasil, atrás apenas dos de mama e próstata.

 Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são 41 mil novos casos previstos para 2022. Na região Norte do País, o Pará é o que apresenta maior incidência de câncer colorretal, com 560 novos casos previstos para este ano, número bem superior aos demais estados: Acre, 50 novos casos; Amapá, 20; Amazonas, 210; Rondônia, 130; Roraima, 30; Tocantins, 170.

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 Em todo o mundo, a incidência da doença vem crescendo entre os adultos jovens, mas a incidência é mais comum entre homens e mulheres com mais de 45 anos ou em pessoas que tenham casos na família.

A despeito da possibilidade de prevenção, 85% dos casos de câncer colorretal são diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é menor. "Com a pandemia da covid-19, quando muitas pessoas deixaram de fazer exames preventivos e interromperam processos de diagnóstico, esse índice tende a aumentar e a demora na descoberta pode agravar a doença e dificultar o tratamento e a cura", alerta a oncologista Paula Sampaio.

A incidência de câncer colorretal está ligada ao estilo de vida, especialmente aos hábitos alimentares. Ter mais de 50 anos, ser sedentário, obeso e se alimentar mal são características comuns de quem está no grupo de risco para desenvolver câncer colorretal. Entre os hábitos que podem influenciar no surgimento da doença estão dieta rica em carne vermelha e alimentos processados, tabagismo e consumo excessivo de álcool.

Histórico de diabetes tipo 2 e doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e doença de Crohn) são fatores que podem aumentar o risco de aparecimento do câncer de cólon e reto também.

 Apesar da alta incidência, o câncer colorretal pode ser evitado. Isso porque a doença tem início a partir de pólipos - uma lesão pequena e não maligna nas paredes do intestino. (após os 50 anos de idade, a chance de ter pólipos gira entre 18 e 36%).

Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores é a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos. Eles podem ser detectados precocemente através de exames como a pesquisa de sangue oculto nas fezes, endoscopia e colonoscopia, capazes de identificar as lesões com potencial de malignidade e removê-las, evitando um futuro câncer.

Para diminuir as chances de ter câncer colorretal é recomendado adotar uma alimentação rica em frutas e hortaliças; evitar o consumo de alimentos processados e de bebidas alcoólicas, refrigerantes e outras bebidas açucaradas. Excesso de carne vermelha e alimentos calóricos e/ou gordurosos também aumentam o risco para a doença, assim como sedentarismo, obesidade e tabagismo.

Por Dina Santos, especialmente para o LeiaJá.

 

A visão é um dos principais sentidos do corpo humano e concentra a maior parte das informações que recebemos.Neste mês de março, a saúde visual está em destaque, por meio da campanha Março Verde, que visa conscientizar sobre a saúde visual.

Vale lembrar que a baixa qualidade visual gera um impacto negativo no desenvolvimento educacional e econômico do indivíduo e da nação, provocando, dentre outros males os problemas de aprendizagem, evasão escolar, marginalização e baixa produtividade, limitando as oportunidades e reduzindo a qualidade de vida.

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Segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), na pandemia houve uma redução do número de exames oftalmológicos no país. É importante marcar consultas de rotina seguindo as medidas de proteção.  Uma forma de reforçar os cuidados e consultas oftalmológicas. É necessário que a saúde visual esteja de forma correta para manter o mecanismo. Por trás dos olhos, há várias ferramentas que funcionam para que o cérebro assimile mensagens externas. Pupila, íris, córnea, retina, por exemplo, são engrenagens para o funcionamento da visão. 

Problemas nos olhos costumam ser indicativos de outras doenças. Olhos amarelos podem ser sinal de doença no fígado ou pâncreas. Da mesma forma, dores de cabeça podem indicar alteração na visão, como o astigmatismo. Para diminuir a sensação de secura nos olhos, evite o uso do ar-condicionado. Caso o problema continue, consulte um especialista para receber a indicação de um colírio. É importante fazer a higienização frequente das mãos para evitar infecções transmissíveis. A maioria dos problemas de visão podem ser diagnosticados precocemente e o tratamento é feito o quanto antes, de um modo para evitar a perda da visão.  

A seguir, dicas de como cuidar da visão: consulte um oftalmologista pelo menos uma vez ao ano; evite coçar os olhos com frequência; dê um descanso para seus olhos; cuidado com o uso de produtos na região dos olhos. E importante: para os portadores da doença que afetam diretamente a visão, como hipertensão e diabetes, os cuidados devem ser redobrados. 

Por Camily Maciel

 

 

Nesta quinta-feira (17), comemora-se o dia do felino. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil possui cerca de 23,9 milhões de gatos. Assim como os outros animais, os felinos são animais que requerem atenção de seus donos com a alimentação e higiene para que  continuem saudáveis. 

A médica veterinária do Mundo Pet, Karina Melo falou sobre  a alimentação adequada para os gatos. "O alimento pode ser a ração seca ou úmida e caso o tutor queira, também pode ser oferecido alimentação natural, porém nesse caso é sempre indicado o acompanhamento de um veterinário nutrólogo”, recomenda Karina Melo. Além disso, Karina acrescenta que existem alguns fatores que interferem na alimentação como, idade, clima, local onde o gato mora, tamanho, e se ele possuí restrições alimentares. Por isso é importante  uma consulta com o médico veterinário. 

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Para a higienização correta, a médica recomenda uma escovação semanal, limpar orelhas e também é importante cortar as unhas. Em relação aos banhos completos, devem ser feitos 1 vez no mês.  Além desses cuidados, é necessário a realização de um check up completo e se atentar as vacinas que os gatos devem tomar.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), devido ao caráter epidêmico e pelos índices crescentes de mortalidade, o câncer é o principal problema de saúde pública do mundo. A mais recente estimativa mundial, do ano de 2018, aponta que ocorreram no mundo 18 milhões de casos novos de câncer e 9,6 milhões de óbitos.

Segundo o Inca, no período de 2020 a 2022, o Brasil terá 1.875.000 novos casos de câncer. Ou seja, só em 2022, sem considerar a subnotificação, a incidência da doença no País será de aproximadamente 625 mil novos casos (considerando a subnotificação estimada, seriam 685 mil). Desde que o Instituto Nacional de Câncer iniciou o monitoramento anual dos casos de câncer, no final da década de 1970, os números não pararam de aumentar.

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“No Brasil, temos um motivo muito claro para o crescimento da incidência e da mortalidade, que é o baixo investimento em prevenção. Em 2019, mais de 90% dos países de alta renda relataram que serviços abrangentes de tratamento para câncer estavam disponíveis no sistema público de saúde. No grupo dos países de baixa renda apenas 15% declararam essa condição, segundo levantamento feito pela OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde”, observa a médica oncologista Paula Sampaio.

O Dia Mundial do Câncer foi criado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC) em apoio aos objetivos da Declaração Mundial do Câncer, lançada em 2008. A cada 4 de fevereiro, um esforço coletivo e mundial é realizado para conscientizar a população e as autoridades sobre a prevenção e o controle da doença, com o objetivo de diminuir o número de mortes causadas pela doença.

No Brasil, o tipo mais comum é o câncer de pele não melanoma, que deve atingir mais de 177 mil casos até o final de 2022. Os outros tipos de maior incidência no Brasil, segundo o INCA, são:

* câncer de mama, com 66.280 casos por ano;

* câncer de próstata, com 65.840 casos por ano;

* câncer de cólon e reto, com 40.990 casos; 

* câncer de pulmão, com 30.200 casos;

* câncer de estômago, com 21.000 casos por ano no Brasil.

“As terapias mais modernas de combate ao câncer, quando não oferecem a cura ou remissão da doença, aumentam a sobrevida a ponto de o câncer virar uma doença crônica, em que o paciente, medicado, leva uma vida normal. Temos experimentado avanços importantes na oncologia nos últimos cinco anos. Tratamentos com melhores resultados e menos efeitos colaterais”, comemora a oncologista Paula Sampaio.

A partir de testes moleculares realizados no tumor, é possível conhecer em detalhe as alterações bioquímicas, o que permite o uso de drogas com atuação voltada para a mutação identificada.

“É uma mudança de paradigma. Antes se recomendava a mesma quimioterapia para um mesmo tipo de câncer. Hoje, a tendência é uma abordagem individualizada. O resultado disso pode ser visto nos casos em que há mutação genética, pois o uso desses medicamentos dobra a duração da resposta, ou seja, o tempo em que o tumor é controlado”, explica a médica.

Com o diagnóstico genético, o médico pode adotar medidas mais adequadas para o paciente, implementando, quando possível, medidas que previnem o câncer ou que favorecem o diagnóstico mais precoce.

Além disso, a área de testes genéticos tem avançado também em outros aspectos. Há grandes avanços na identificação de novos genes de predisposição e na caracterização de novas síndromes de predisposição ao câncer. Esses indicadores são gerados em pesquisas e organizados em bancos de dados. 

Mais informações: Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

Assessoria de imprensa: Ronaldo Penna – 98814-1569 – ronaldo.penna@hotmail.com/Dina Santos – 991613302 e 983747880 – dinnasantos@gmail.com

Da Redação do LeiaJá (com informações do CTO).

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Após um ano repleto de desafios, o Natal e o Réveillon chegam como um alívio para muitas pessoas, que desejam aproveitar esses feriados para respirarem um pouco, antes de retornarem para suas rotinas.

Mas o momento também exige cautela, já que o país ainda enfrenta crise financeira e os gastos excessivos com as festas de final de ano podem comprometer a estabilidade financeira de 2022.

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O especialista em planejamento financeiro André Aragão lembra que neste período, muitos receberam o 13º salário, o que pode levar algumas pessoas a caírem em armadilhas financeiras. “Não é hora de gastos excessivos e sim de planejamento para o próximo ano”, afirma.

A fim de evitar dívidas desnecessárias, Aragão recomenda ficar atento ao cartão de crédito e contas de rotina; além de manter os pagamentos em dia, seja por meio de refinanciamentos ou pelo 13º salário. “Evite compras por impulso e antes de qualquer compra, planejar os custos de janeiro, que é um mês com muitos impostos e contas. Não estou dizendo para não gastar, mas para ter um gasto consciente”, aconselha.

Para celebrar o Natal e o Ano Novo com segurança financeira, o especialista aponta que é importante conhecer os próprios ganhos. “Analise periodicamente os gastos necessários, os gastos supérfluos e aquela parte que você pode guardar para emergências”, lembra Aragão.

Também é importante anotar tudo o que trouxe bom retorno financeiro em 2021 e definir uma proposta para 2022. “Crie metas alinhadas a ele e trace objetivos para alcançá-las”, destaca Aragão.

Outra dica oferecida pelo especialista em planejamento financeiro é eliminar as dívidas em aberto. “Quitar suas dívidas deve ser a prioridade para evitar ter um 2022 com maior dor de cabeça”, lembra Aragão.

Antes de realizar qualquer compra, Aragão recomenda realizar uma extensa pesquisa, para evitar cair em armadilhas. “Controle seus gastos, planeje-se, gaste apenas o essencial. Seu saldo bancário te agradecerá”, finaliza.

Indicada para tratar distúrbios do sono, a melatonina até muito recentemente só era vendida em farmácias de manipulação e com prescrição médica. A partir de dezembro, no entanto, é possível que você comece a se deparar com o hormônio na seção de suplementos alimentares na drogaria perto da sua casa. E a tentação de simplesmente comprar para se livrar de noites mal dormidas pode surgir. Algo que vem preocupando os médicos.

"A melatonina é um hormônio, não suplemento alimentar", diz Bruno Halpern, integrante da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. "Por isso, deve ser vista com cuidado para não causar alterações metabólicas."

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As consequências do uso indevido podem variar desde fadiga e sono durante o dia até alterações nas funções hepáticas e nos níveis de glicose e insulina. Segundo o Conselho Federal de Farmácia, o déficit da substância também é prejudicial e provoca alterações que levam a doenças como diabetes, hipertensão e obesidade.

O ideal é que o nível de melatonina esteja equilibrado.

"A orientação é que (a prescrição) seja feita por profissional habilitado: médico, farmacêutico e nutricionista", diz Priscila Dejuste, integrante do conselho e farmacêutica especializada em suplementos alimentares.

Professor de Fisiologia e Biofísica da USP, José Cipolla também alerta que um dos usos indevidos comuns da substância é ela ser usada pela manhã, horário em que o hormônio não é naturalmente produzido pelo corpo. Isso pode levar a uma "confusão" interna. "A melatonina é produzida quando estamos em ambientes noturnos, sem luz, e por isso deve ser utilizada sempre à noite", afirma.

Nos suplementos vendidos nos Estados Unidos, a recomendação de uso noturno da melatonina está na embalagem. Segundo Cipolla, essas informações também precisam ficar claras nos produtos brasileiros.

Ele teme que, com o uso irrestrito, haja desinformação. Na internet, por exemplo, há quem recomende melatonina para emagrecer, sem nenhuma evidência científica.

A empresária Ana Paula Montanha, de 47 anos, mora nos Estados Unidos. Vice-presidente de uma multinacional, ela toma melatonina diariamente antes de dormir. "Por trabalhar em uma multinacional, lido com fusos diferentes durante reuniões e tinha muita dificuldade para dormir por conta disso", conta ela, que comprou o produto como suplemento alimentar.

Em nota, o Sindicato das Indústrias Farmacêuticas afirma que ainda não é possível medir o impacto no setor com a liberação da melatonina. "Poucas indústrias estão atuando no mercado com esse produto", afirma.

Apesar do interesse e do início da produção por parte de algumas empresas, a substância ainda não começou a ser comercializada. A perspectiva da indústria é que os primeiros produtos cheguem às farmácias no mês que vem.

Liberação

A decisão de liberar o hormônio da prescrição médica foi tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em outubro. A dosagem recomendada é de 0,21 mg por dia para pessoas com 19 anos ou mais - o uso é contraindicado para gestantes e lactantes.

Segundo a Anvisa, trata-se de uma dosagem segura, por ser próxima da quantidade encontrada naturalmente em alimentos como morango, cereja e carnes de frango, além de no vinho. O Conselho Federal de Farmácia considera a dosagem aprovada pela Anvisa segura, mas defende ajuda especializada.

Em países como os Estados Unidos e a Alemanha, a melatonina é vendida como suplemento alimentar em doses maiores, que variam de 0,3 mg a 5 mg.

No Brasil, a aprovação de quantidades mais altas não ocorreu porque a considerou que foram apresentados poucos estudos que explorassem o uso mais prolongado da substância como suplemento alimentar em maior concentração.

Mas pesquisadores alertam que mesmo uma dosagem considerada baixa pode causar consequências e defendem a busca pela prescrição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nos últimos anos, o mês de novembro tem sido acompanhado pelas expectativas de promoções da Black Friday, tanto por parte dos consumidores, como pelos varejistas. Criada nos anos 1990 nos Estados Unidos, a data ocorre na última sexta-feira do mês, logo após o Dia de Ação de Graças celebrado em 25 de novembro.

A Black Friday chegou ao Brasil em 2010 e hoje é uma grande aposta para aquecer as vendas do varejo. Segundo dados da empresa de análise de mercados Neotrustas, as vendas da Black Friday de 2020 passaram de 5,1 bilhões, valor que representa um aumento de 31%, em comparação ao ano anterior.

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Embora seja um período em que muitas pessoas aguardam para realizar suas compras, alguns cuidados se mostram necessários.

O professor de direito na Universidade Guarulhos (UNG), advogado e coordenador da comissão de Direito do Consumidor da OAB-Guarulhos, Ageu Camargo lembra que o consumidor deve, por meio de ferramentas disponíveis na internet, realizar uma pesquisa para saber qual foi o preço daquele produto no decorrer do ano. “Deste modo, o consumidor poderá saber se o desconto ofertado é real ou não”, afirma.

Para não cair em armadilhas, a melhor decisão, segundo Camargo, é comprar apenas o necessário e evitar as famosas compras por impulso. Além disso, é de extrema importância pesquisar a reputação da loja escolhida. “O site ‘Reclame Aqui’ é uma boa ferramenta nesta tarefa”, aconselha.

Camargo destaca que em casos de golpes, o consumidor deve registrar reclamações em sites como http://consumidor.gov.br ou Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCOM). “Caso não haja resolução do problema, o consumidor poderá procurar o Juizado Especial Cível”, explica.

Por conta da pandemia de Covid-19, o executivo de finanças André Aragão orienta o consumidor a evitar compras parceladas no cartão de crédito, pois embora aumente o poder de aquisição, em várias ocasiões pode causar endividamento. “Quando a loja oferece o parcelamento sem juros, cabe ao consumidor avaliar se o valor da parcela não irá comprometer seu orçamento. Caso seja oferecido desconto no pagamento à vista, essa modalidade torna-se mais interessante”, ressalta.

De acordo com Aragão, um grande aprendizado deixado pela crise sanitária foi o fato de muitas pessoas passarem a ter mais consciência na hora de realizar suas compras. “Hoje não se sabe mais se no mês seguinte o salário está garantido, e assim as pessoas evitam se endividar com a compra de itens que não são essenciais”, pontua.

 Segurança Digital  

Além de cuidados com os preços, o período de Black Friday também exige maior atenção para possíveis ataques virtuais. O analista de dados, professor e CEO da Startup de análise de dados e business intelligence Dadoteca, Claudio Bonel, recomenda a utilização de senhas diferentes para os diversos tipos de acessos na internet. “Usar a mesma senha em todos os seus aplicativos facilitará a ação do criminoso pois, uma vez que ele descobre uma senha, ele tentará a mesma nos seus demais aplicativos, inclusive nos aplicativos de acesso ao seu banco”, alerta.

Segundo Bonel, ao utilizar modalidades como Pix, é importante verificar se o pagamento está destinado para a pessoa correta. “Criminosos estão burlando o QR Code, de modo que ao realizar a leitura, o pagamento vai para a conta do criminoso. Portanto antes de concluir o pagamento, confira os dados do destinatário”, comenta.

Outro cuidado apontado por Bonel é sempre desconfiar de premiações e sorteios, aos quais a vítima não tem certeza de ter participado. “Desligue o telefone, faça você mesmo a ligação para a empresa ou pessoa que supostamente oferece algo. Esse golpe é um dos mais comuns para roubo de senhas do WhatsApp. Cuidado”, descreve.

Além disso, essa mesma desconfiança deve ser aplicada, caso a pessoa receba mensagens de alguém conhecido, mas com pedidos diferentes do costume, como transferência de dinheiro. “Ligue ao destinatário para se certificar que o contato é real”, orienta Bonel.

Caso a pessoa se torne vítima de algum desses crimes, Bonel afirma que é de extrema importância juntar provas e denunciar em uma delegacia de polícia. “É um crime relativamente novo, porém as autoridades estão preparadas para te atender, bem como você está respaldado por leis bem rigorosas”, finaliza.

O câncer de mama continua sendo um dilema de saúde pública mundial e atualmente é o tumor mais comum no mundo e o mais letal no Brasil. Doença superou o câncer de pulmão como o mais comumente diagnosticado no mundo, de acordo com o relatório mais recente publicado no Cancer Journal for Clinicians, que estima que houve cerca de 2,3 milhões de novos casos em 2020, representando 11,7% de todos os novos casos de câncer. Para o Brasil, estimam-se que 66.280 casos novos de câncer de mama, para cada ano do triênio 2020-2022. Esse valor corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

A conscientização sobre o câncer de mama – através de campanhas mundiais como o Outubro Rosa –, a atenção do público e os avanços nas imagens da mama tiveram um impacto positivo no reconhecimento e na triagem do tumor. Dentre todas as doenças malignas, o câncer de mama é considerado uma das principais causas de morte em mulheres na pós-menopausa, sendo responsável por 23% de todas as mortes por câncer. Boa parte desse número, causada pelo diagnóstico tardio e a negligência com a checagem clínica do próprio corpo, mas principalmente das mamas.

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Mudanças no estilo de vida das mulheres tendem a aumentar os fatores de risco da doença, associado a ocorrências como a ausência da maternidade, realização de intervenção hormonal, a maternidade após os 30 anos de idade; bem como maus hábitos, a exemplo do sedentarismo, da má alimentação, obesidade, tabagismo e consumo de álcool em excesso, além do histórico familiar de câncer, sendo a idade o principal fator de risco para o diagnóstico do câncer de mama, no qual a faixa etária de incidência é mais frequente em mulheres acima dos 40 anos, segundo estudo de especialistas em Saúde Coletiva da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) de 2015.

A radiologista Mirela Ávila, confirma o perfil das que contraem a doença, mas ressalta que o fator hereditário e o histórico familiar acometem uma porcentagem menor de mulheres no país.

“No Brasil, uma em cada oito mulheres terá câncer de mama ao longo da vida. Infelizmente, cerca de metade dos casos no país ainda é diagnosticada numa fase mais avançada da doença. A principal faixa etária de acometimento do câncer de mama é entre 50 e 70 anos de idade. Sendo que em torno de 20% a 30% ocorrem abaixo dos 50 anos. É bem mais raro antes dos 35 anos. História familiar de câncer em parentes de primeiro grau é um fator de risco importante a ser considerado, porém apenas 10% das mulheres diagnosticadas com câncer de mama possuem algum antecedente na família”, explicou Ávila ao LeiaJá.

Há 11 dias no Outubro Rosa, médicos especialistas, famílias e a saúde coletiva no geral tentam entregar aos lares brasileiros o incentivo à prevenção, que teve redução drástica durante a pandemia. Segundo levantamento da Fundação do Câncer, com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS), houve queda de 84% no número de mamografias feitas no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus, em comparação ao mesmo período no ano anterior. A ONG Oncoguia estima que a pandemia pode ter deixado 4 mil casos sem diagnóstico no país, considerando que cerca de um milhão de mulheres deixaram de fazer exames preventivos.

“A prevenção é a chave para uma vida saudável, para um diagnóstico precoce e consequentemente, tratamentos menos agressivos e maiores chances de cura e controle eficaz da doença. O Outubro Rosa vem para reforçar todos os anos a importância desse autocuidado, disseminando informações, ampliando o acesso à exames clínicos e de imagem para muitas mulheres e fortalecendo diversas ações sociais”, reafirma a radiologista.

Abaixo, a reportagem preparou a continuação da entrevista com a especialista convidada, a fim de tirar dúvidas gerais de interesse público sobre o câncer de mama. Acompanhe:

– Mirela Ávila, médica radiologista e especialista em diagnóstico por imagem da mama

LJ: A prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama ainda são práticas pouco exercidas pela população? Caso sim, o que afasta essas pessoas do tratamento correto e desde cedo?

MA: Sim, infelizmente ainda vemos muita resistência às medidas de prevenção, porque na verdade, são hábitos que devem ser incorporados desde os primeiros meses de vida. A prevenção do câncer de mama se faz por duas vias, uma primária, que se constitui na atitude de adotar uma vida saudável, como praticar atividades físicas regulares, alimentação equilibrada, dormir bem, não fumar, não exceder a ingestão alcoólica. Isso significa buscar uma atitude positiva consigo mesmo durante toda a vida.

A prevenção secundária é a busca ativa pelo câncer, através de exames, incluindo o autoexame mensal, que permite a percepção pela própria pessoa de sinais de alerta nas mamas, e os exames de imagem (mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética), que podem identificar a doença nas fases iniciais, quando as chances de cura são elevadíssimas, chegando a 95%. Infelizmente grande parte das mulheres diagnosticam a doença em fase mais avançada, levando a tratamentos mais agressivos e reduzindo as chances de cura.

LJ: Quais os maiores mitos relacionados à prevenção? Há algum tipo de preconceito?

MA: A ideia de que a prevenção vai anular a chance de ter um câncer é o maior mito de todos. As medidas de prevenção reduzem sim as chances de desenvolver um câncer ou de detectá-lo em estágios avançados. Porém não podemos assumir que as medidas de prevenção constituem uma garantia de que a doença não vai ocorrer, mas vai proporcionar uma situação bem mais favorável para a cura.

O oposto também é um mito comum, quando muitos dizem que não existe prevenção ao câncer de mama. As medidas de prevenção reduzem em até 30% as chances de desenvolver o câncer. Por outro lado, existem ainda aquelas pessoas que por um medo incontrolável, preferem pensar que é melhor não procurar pelo câncer, e não realizam o autoexame ou exames de imagem, “pra não achar o que não quer”. Este é um dos maiores preconceitos, e representa uma omissão perigosa para a mulher.

LJ: Qual a forma correta de autoexaminar?

MA: O autoexame não deve seguir um padrão para todas as pessoas e não deve representar mais uma obrigação estressante. O importante é que cada uma conheça seu corpo para poder perceber caso uma alteração diferente apareça. O ideal é realizar uma inspeção mensal, e naquelas que menstruam, fazer logo após a menstruação.

LJ: No autoexame, quais sinais podem indicar a existência de um problema? A qual profissional recorrer?

MA: As principais alterações são alterações da forma dos seios, como retração da pele ou do mamilo, nódulo palpável e saída de secreção pelo mamilo. Ao perceber qualquer alteração, não se desespere, é comum ocorrerem modificações cíclicas nas mamas e que não representam patologias. Mas é fundamental procurar um médico especialista para avaliar o problema, ginecologista ou mastologista, de preferência.

LJ: Homens (cis) devem fazer checagem de rotina? Como trazer esse público para a realidade da prevenção?

MA: O câncer de mama no homem pode ocorrer, mas é muito raro, portanto, não há necessidade de que esse grupo realize rastreamento de rotina com exames de imagem. Porém é importante que o homem procure avaliar suas mamas periodicamente, através de uma palpação simples, e ao perceber alguma alteração, deve buscar atendimento com um especialista, de preferência um mastologista.

LJ: Quais são os exames diagnósticos para o rastreamento do câncer de mama? Quando devemos realizá-los?

MA: Em geral, é recomendado o rastreamento com mamografia anual a partir dos 40 anos e que vai se mantendo até a idade em que a mulher deixe de ter uma expectativa de vida maior. Aquelas mulheres que possuem fatores de risco, como antecedente familiar de câncer de mama ou ovário em parentes de primeiro grau, ser portadora de mutações genéticas, ter passado por tratamento com irradiação do tórax antes dos 30 anos, o rastreamento deve ser mais intenso e precoce, podendo iniciar antes dos 30 anos de idade. Nessas mulheres são adicionados outros métodos complementares, como a ressonância magnética e a ultrassonografia.

O Serviço de Estomatologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está oferecendo, gratuitamente, tratamento e cuidados para lesões de boca. As pessoas que desejem o atendimento – realizado às quartas-feiras, a partir das 14h -, podem ser encaminhadas por médico ou dentista, além da possibilidade de ir ao serviço por iniciativa própria.

O local de atendimento fica situado por trás do Hospital das Clínicas. Quem tiver interesse deve procurar os professores Jair Carneiro Leão, pelo e-mail jair.leao@ufpe.br ou pelo WhatsApp (81) 99195.1910, ou Alessandra Carvalho, pelo endereço eletrônico alessandra.atcarvalho@gmail.com ou WhatsApp (81) 99444.7183.

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De acordo com a universidade, as lesões na boca são um problema que atinge uma grande parte da população, em que desde crianças é possível surgir pequenos caroços na bochecha, lábios e língua, até pessoas adultas, especialmente os fumantes, mais vulneráveis a desenvolverem câncer de boca. A instituição explica ainda que “há, também, casos de lesões de pele que frequentemente apresentam doença com repercussão na cavidade oral, além dos imunocomprometidos por HIV, ou outras doenças sistêmicas”.

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Nesta quarta-feira (4) comemora-se o Dia do Dia Nacional da Campanha Educativa de Combate ao Câncer, que visa alertar a população sobre os cuidados preventivos da doença, melhores maneiras de conduzir os tratamentos e demais cautelas com a saúde.

De acordo com levantamento do Instituto Oncoguia, mais de 50% dos casos de câncer em países desenvolvidos são curados, mas tudo depende do tipo da enfermidade e do seu estágio. Além disso, as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que em 2021, mais de 600 mil brasileiros devem receber a notícias de que estão com algum tipo de câncer.

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Segundo o médico oncologista Rafael de Cicco, os principais cânceres que se manifestam nos pacientes, são os de pele, junto ao de mama nas mulheres e o de próstata no homem. “Outros cânceres frequentes são os de intestino, pulmão e boca”, aponta.

De maneira geral, o médico explica que alguns caminhos podem ser percorridos para evitar o câncer, entre eles, manter uma alimentação rica em fibras, evitar o excesso de carne vermelha e alimentos ultraprocessados. “Além disso, é importante realizar pelo menos 30 minutos de atividades diárias por dia, durante cinco dias na semana. Também é preciso evitar bebidas alcoólicas, cigarros e outras formas de tabaco, como narguilé, charutos, cachimbos e cigarros eletrônicos. Tudo isso diminui o risco de fazer com que a pessoa tenha o câncer”, afirma Cicco

Embora todas as medidas preventivas sejam tomadas, ainda existem chances de o paciente contrair o câncer e, durante o tratamento da doença, serão necessários alguns cuidados. “Durante os procedimentos de radioterapia e quimioterapia, momento em que a imunidade do paciente fica comprometida, é importante que a pessoa evite aglomerações, para evitar infecções ou alguma doença oportunista, que atacará o indivíduo no momento de vulnerabilidade”, orienta Cicco.

O câncer pode ser provocado por outros fatores, entre eles, o médico acentua os  genéticos, uma vez que alguma alteração do gene passado de pai para filho podem causar a doença. Cicco também destaca os fatores de exposição, como alimentação, tabaco e álcool, que são potencializadores do risco da enfermidade; a vida sem atividades físicas e autores externos, como exposição às radiações, que podem evoluir até se tornar um câncer. 

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