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No dia 30 de agosto foi celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. Essa data é separada para dar visibilidade, informação e alertar sobre os dilemas enfrentados pelos pacientes portadores da deficiência. Foi escolhida para homenagear a fundadora da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), Ana Maria Levy.

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Segundo o Ministério da Saúde, a esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica que afeta o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal), atingindo adultos entre 18 e 55 anos de idade, sendo mais comum entre mulheres e pessoas claras. Cerca de 2,3 milhões de pessoas estão vivendo com esclerose múltipla no mundo. No Brasil, de acordo com a região, pode variar entre 1,36 a 27,7 casos por 100 mil habitantes.

Em 2018, foram investidos mais de R$ 279 milhões em medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de portadores da doença. O sistema atende 15.689 usuários.

Kelly Oliveira, nutricionista, conta como pode ajudar no tratamento dos pacientes com esclerose múltipla, da prevenção ao diagnóstico, com mudança na alimentação e fortalecimento da imunidade. “Os nutrientes como zinco, selênio, magnésio fazem com que o paciente tenha uma melhora um pouco gradativa durante o processo de desenvolvimento da doença”, diz Kelly.

A nutricionista ainda relata sobre a importância da suplementação dos alimentos e acompanhamento de outros profissionais para ajudar na melhora do desenvolvimento desses pacientes. “Outros alimentos fontes de ômega-3 diminuem a inflamação causada pela própria doença, pelo estalar da doença. A suplementação de proteínas pode fazer com que a musculatura fique um pouco mais reforçada", observa.

Segundo Kelly, o trabalho de outros profissionais, como os terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas, auxilia na reabilitação e pode dar mais conforto durante a progressão da doença. "Os nutrientes como carboidratos e lipídios também são muito importantes”, relata a nutricionista.

Kelly Oliveira alerta que a avaliação do nutricionista é essencial para tratamento desse paciente. ”Se você tem esclerose múltipla ou conhece alguém que tenha, por favor, procure um nutricionista”, alerta.

Ticiane Neris, fisioterapeuta, conta que os pacientes que sofrem com esclerose múltipla necessitam se exercitar. “Pacientes com esclerose múltipla têm como um dos pontos do tratamento a necessidade de se manter ativos. Então, ele precisa praticar alguma atividade física, justamente para auxiliar no controle do seus sintomas e fazer com que ele seja o mais independente e funcional possível, melhorando assim a sua qualidade de vida”, disse Ticiane.

Para a fisioterapeuta, a prática do pilates tem um papel importante para auxiliar no tratamento dos pacientes e age como uma opção de atividade física. “Porque o método conta com alguns princípios que se encaixam perfeitamente nas necessidades do paciente que tem esclerose múltipla. No pilates trabalhamos muito a questão da respiração, do controle da consciência corporal, do equilíbrio, da estabilização de tronco, força, flexibilidade, postura, então tudo isso é muito importante para esse paciente. E a gente conta com exercícios que são realizados em aparelho e com auxílio de acessórios que podem facilitar a execução desses movimentos, além de ser uma atividade com baixo impacto, o que faz com que esses pacientes aceitem muito bem e tolerem muito bem a atividade física”, explicou Ticiane.

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica, autoimune, motivada por fatores genéticos ou ambientais do sistema imunológico, comprometendo a função do sistema nervoso (cérebro e medula). Alguns sintomas são fadiga, distúrbio visuais, fraqueza muscular, desequilíbrio, alterações sensoriais, dor, dificuldade para falar, dificuldade para engolir, dificuldades  emocionais, dificuldades cognitivas, entre outras queixas.

Embora não exista cura para doença, há tratamento com medicamentos que ajudam a controlar a atividade inflamatória e as crises ao longo dos anos, diminuindo a incapacidade dos pacientes. O tratamento e o acompanhamento têm que ser feitos pelo médico neurologista.

Por Suellen Cristo.

A chegada de uma forte massa de ar frio polar nesta semana, em meio à pandemia do novo coronavírus, intensificou a preocupação com as doenças respiratórias e a circulação de vírus e bactérias típicas dessa estação, para além do Sars-CoV-2. Gripes, resfriados, rinites, asma, bronquite e outras infecções encontram condições propícias nas baixas temperaturas. Outros problemas comuns são os dermatológicos - pele ressecada já é característica do tempo frio e pode piorar com o uso do álcool gel.

As doenças respiratórias tendem a se concentrar no período do inverno por dois principais motivos: existe uma razão fisiológica em que, com a temperatura mais baixa, há uma diminuição da circulação sanguínea em áreas que recebem o ar frio, como os pulmões, por exemplo. Isso permite uma infecção mais ágil e eficiente por parte dos vírus que são transmitidos pela via respiratória. É o que explica Flávio Guimarães, virologista do Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Virologia.

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"Existe também uma razão social, que é a tendência de aglomeração das pessoas em locais fechados. Isso também contribui para o alastramento de doenças respiratórias no inverno", acrescenta Guimarães.

Mas o especialista faz uma ressalva em relação ao vírus da covid-19: "o coronavírus, como muitas coisas na pandemia, vieram para quebrar alguns paradigmas. Muito se falou que o Brasil teria uma chance melhor, isso há 4, 5 meses, porque nossa temperatura é maior, o vírus não se adaptaria bem, o que não correspondeu à realidade. Agora que está esfriando mais, será que vai ficar pior? Eu acho que não".

Para ele, o que pode causar os principais picos da doença, mesmo que momentâneos, é o processo de flexibilização e retomada das atividades que está acontecendo em grande parte do Brasil.

Aglomerações

A infectologista e professora do Departamento de Clínica Médica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Raquel Stucchi ressaltou que, neste momento de pandemia, o recado para os dias frios continua o mesmo: "fiquem em casa". De acordo com Raquel, a baixa temperatura é um motivo a mais para as pessoas ficarem reclusas.

"Não devemos promover nenhum tipo de aglomeração, não é hora de encontrar os amigos, de encontrar a família, porque a aglomeração, principalmente nos locais fechados e com pouca ventilação, que é como ficam os ambientes agora nesses dias mais frios, aumenta muito o risco de transmissão do novo coronavírus", explica.

Caso precisem sair, Raquel aconselha que as pessoas se agasalhem bem, continuem usando máscara corretamente - sempre cobrindo boca e nariz -, mantenham o distanciamento social e higienizem as mãos.

Raquel lembrou ainda que os outros vírus respiratórios, principalmente o da gripe, também continuam circulando e o uso da máscara é uma medida importante para evitar o contágio por estes vírus. Além da vacina, que ainda está disponível. "As pessoas devem procurar as unidades básicas, aqueles que ainda não vacinaram contra a gripe este ano, para serem vacinados", orienta.

A especialista explica também que a recomendação para toda pessoa que tenha quadro respiratório, que não seja alérgico ou crônico, como a rinite, por exemplo, deve procurar as unidades básicas de saúde para coleta do exame do novo coronavírus - ainda nos primeiros dias dos sintomas.

Manter o sistema imunológico em funcionamento é uma das principais providências para não ser pego de surpresa pela virada no tempo. Tomar bastante água para não descuidar da hidratação é uma das principais dicas dos médicos e, além disso, o consumo das frutas cítricas, ricas em vitamina C.

Para a época de frio, infectologistas recomendam manter os ambientes arejados e ventilados. Mas, com temperaturas extremas e frio intenso, isso fica mais difícil. "Não sendo possível, isso reforça a importância de não ter aglomeração, de não reunir pessoas que não moram juntas. O fato de eu não conseguir ventilar os ambientes por causa do frio me obriga a ficar quietinho em casa e sem receber ninguém", ressalta a infectologista.

Cuidados com a pele

Um dos principais problemas de pele que se intensificou com a chegada do inverno é o quadro de alergia. "O inverno deixa a nossa pele mais ressecada, não só pelo clima em si, mas também porque os nossos banhos acabam sendo muito mais quentes do que seriam normalmente, e isso contribui para que a pele fique mais ressecada", explica a dermatologista Eloisa Zampieri. Algumas pesssoas já têm predisposição genética, mas mesmo quem não tem, pode notar a pele com coceira ou mais sensível nesse período.

Com a pandemia, o uso do álcool gel foi outro agravante para o ressecamento. Eloisa explica que a substância causa uma quebra de barreira, uma ruptura do estrato córneo da pele. Com a perda de água, a camada externa fica mais vulnerável e predisposta a coceiras e a vários tipos de alergia.

Um segundo problema que piora no inverno são as dermatites, como psoríase e dermatite seborreica. "A pandemia também intensificou os quadros de dermatite seborreica, que vemos no couro cabeludo e na região do rosto, nariz, ao redor da boca. Fica uma pele vermelha, coçando e descamando, com casquinhas brancas", explica a médica.

A pandemia da covid-19 acabou intensificando esses sintomas por duas razões: "a primeira que o cenário atual de incerteza gera muita ansiedade e estresse na mente, então isso contribui para a piora. Além disso, o próprio uso de máscara tem piorado o quadro de dermatite seborreica da face e contribuído para o aparecimento da própria acne. Surgiu até uma nomenclatura chamada "mascne", que é a união da palavra máscara com acne".

Como dica principal, Eloisa aponta a importância de manter a saúde mental em dia, manejando o estresse e a ansiedade. Além disso, "em relação ao ressecamento, é possível evitar o uso de álcool gel em casa, porque podemos trocá-lo pela lavagem com água e sabonete neutro".

Na sequência, é importante hidratar as mãos e, da mesma maneira, quando sair do banho, é interessante já hidratar a pele com um creme específico porque isso restaura a barreira cutânea. "Na rua, temos de usar o álcool mesmo e, se possível, andar sempre com um hidratante na bolsa", acrescentou.

A volta das academias nesse período de pandemia requer muitos cuidados. As medidas de segurança como o uso de álcool em gel, limpeza dos aparelhos, redução no número de pessoas e o uso obrigatório de mascaras, devem ter um bom funcionamento. Dois praticantes de atividade física contam se essas medidas estão sendo cumpridas e suas experiencias com a nova rotina de treino.

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Por Thalía Araújo - Bolsista do LeiaJá Pará

Nesse período de pandemia e sem a necessidade de estarem bem-arrumadas o tempo todo, muitas pessoas relaxaram com o visual. O cuidado com o cabelo foi um dos deixados para trás, mas é preciso ficar alerta, pois os fios são um dos indicadores da saúde do corpo. "O couro cabeludo é pele e retém sujidade. Quando desequilibrado pode gerar disfunções na saúde", diz a hair stylist Thay Oliveira.

A especialista afirma que não é saudável lavar o cabelo diariamente. O mais indicado é intercalar entre um dia sim e outro não, pois isso mantém a oleosidade natural dos fios. Também deve-se evitar o uso de água quente, já que que a temperatura pode escaldar as mechas. "É importante que se certifique de sempre remover todo o shampoo e condicionador no momento do enxágue e, de preferência, sempre com água morna e, ao final, fria", recomenda Thay.

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Outro cuidado é o de não esfregar a toalha na cabeça, pois a prática pode quebrar o cabelo, além de criar energias estáticas que deixam os fios arrepiados quando secos. Enrolar a toalha na cabeça também é outro hábito que pode ser nocivo aos fios. "Quanto ao uso do secador, evite deixá-lo muito próximo à raiz e também aos fios, mantendo-o sempre a uma distância de 15 cm da cabeça, e use na temperatura morna", orienta a hair stylist. De acordo com Thay, aparelhos como chapinha ou babyliss devem ser usados apenas quando necessário, e é importante não deixá-los muito tempo em contato com o cabelo.

Também são necessários cuidados na hora de pentear, pois se o processo for mal executado, os fios podem ser quebrados. "Prefira sempre um pente com dentes largos e evite o uso da escova de plástico. Vá penteando com cuidado para não quebrar os fios, sempre começando pelas pontas, e assim, ir desembaraçando aos poucos os fios por completo", orienta a hair stylist.

A higienização dos cabelos não deve ser feita apenas com shampoo e condicionador. "Esses produtos trazem poucos ou quase nulos resultados quando o assunto é hidratação. Por isso, é necessário fazer hidratações no mínimo a cada 15 dias, com produtos voltados para essa função", orienta Thay. "É essencial beber ao menos dois litros de água por dia, para manter sua pele e cabelo sempre bem hidratados naturalmente", complementa.

Além de líquidos, a alimentação é essencial para deixar os cabelos fortes e saudáveis, pois, segundo a especialista, a principal hidratação é aquela que vem de dentro. "Prefira alimentos ricos em vitamina B12, biotina, ferro, cobre, zinco, minerais e proteínas", indica Thay. 

O Brasil têm, de acordo com dados do Ministério da Saúde, quase 1 milhão de recuperados da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Para alguns, o fato de já ter tido a doença é motivo para relaxar e não seguir à risca as recomendações para evitar o contágio. Para outros, a rotina de cuidados não mudou e inclusive ficou maior.

Segundo especialistas, não há evidências científicas de que quem contraiu a Covid-19 não vá se contaminar de novo. Além disso, por ser uma doença nova, os efeitos do vírus a médio e longo prazo não são totalmente conhecidos. Quem teve a infecção pode ainda apresentar eventuais complicações. 

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“Eu estou bem mais medroso, mais receoso. Se eu lavava minha mão antes, agora lavo duas vezes mais. Higienizo as coisas que trago da rua. O cuidado aumentou depois que passei pela doença e sei como é”, conta o farmacêutico Marcus Túlio Batista, 27 anos. Ele começou a sentir os sintomas no dia 14 de junho. Teve dor de garganta, perda de olfato e paladar, indisposição e dores no corpo. 

“Quando você pega, vê que a doença vai além do físico. Eu acho que talvez o emocional seja até muito mais abalado”, diz e complementa: “Eu moro sozinho em Brasília. Minha família é de outro estado. Isso me causou bastante impacto porque além do isolamento, você tem medo de como vai evoluir, não sabe como o seu corpo vai lidar com isso. Eu fiquei bastante ansioso”, conta.

Na casa da artista plástica e produtora cultural Leticia Tandeta, 59 anos, no Rio de Janeiro, quase todos foram infectados em meados de maio. Ela, o marido, o filho e o irmão. “Ficamos praticamente todos doentes ao mesmo tempo. A sorte foi que todos tivemos sintomas brandos, ninguém teve falta de ar ou uma febre absurdamente alta”, diz. A única que não adoeceu foi a mãe de Leticia, que tem 93 anos. A família tomou o cuidado de isolá-la e de separar tudo que era usado por ela. 

“Hoje é estranho porque não sabemos se estamos imunizados ou não”, diz Leticia. “Os médicos dizem que provavelmente temos algum tipo de imunização, talvez de um mês, dois meses, três”. Por causa das incertezas, ela diz que a família continua tomando cuidados como sair de casa o mínimo possível, apenas quando necessário, usando sempre máscara. Já ter contraído a doença, no entanto, traz um certo tipo de relaxamento: “Não é que a gente relaxe nos cuidados, mas há um certo relaxamento interno sim”. 

De acordo com o infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, mesmo quem já teve a doença deve continuar tomando cuidado. “Não temos certeza, por enquanto, de que quem teve Covid-19 uma vez não terá novamente. É importante que quem já teve a doença continue se prevenindo. Continue com as medidas preventivas, usando máscaras, higienizando as mãos e evitando aglomeração”.

As pessoas que já foram infectadas, de acordo com Weissmann, assim como as demais, podem ajudar a propagar o vírus caso não tomem os devidos cuidados. “Mesmo a pessoa que não estiver infectada, se ela puser a mão em um lugar contaminado, ela pode carregar o vírus. Por isso é importante estar sempre higienizando as mãos, lavando com água e sabão ou com álcool 70%”, orienta. 

Síndrome da Fadiga Crônica

Em março, a psicóloga Joanna Franco, 37 anos, teve dores no corpo, tosse seca, dor de cabeça, febre alta, dificuldade de respirar, perda de olfato e paladar, diarreia e vômito. Na época que recebeu o diagnóstico clínico de Covid-19, o Brasil começava a adotar medidas de isolamento social. Morando sozinha em Niterói, ela cumpriu todas as regras de quarentena e de isolamento social. Os sintomas passaram. Para garantir que não transmitiria o vírus para ninguém, ela ainda permaneceu em isolamento por cerca de 40 dias. Foi então que percebeu que não estava totalmente recuperada, estava muito cansada. “Vinha um cansaço, parecendo que eu tinha subido ladeiras, uma sensação de que isso nunca ia acabar, que não ia sair de mim. Fiquei bem prostrada”. 

Quase três meses depois, ela diz que se sente melhor, que está conseguindo retomar uma rotina de exercícios físicos, que antes eram impossíveis. Depois de passar pelo que passou, ela redobrou todos os cuidados que já vinha tendo. “Depois de ter passado, não quero vivenciar isso de novo e não quero que outras pessoas vivenciem”, diz. 

O cansaço que Joanna sentiu após se recuperar da doença pode ter sido a chamada Síndrome da Fadiga Crônica, que tem sido relatada por pessoas que foram contaminadas pela Covid-19, segundo o neurologista, pesquisador do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gabriel de Freitas. O principal sintoma é o cansaço, mas pode haver alteração na pressão, na frequência cardíaca e insônia. “O que predomina é a  fadiga, o cansaço. A pessoa não consegue trabalhar, não consegue voltar à atividade”, afirma. 

A síndrome não é exclusiva do novo coronavírus, mas ocorre também por causa de outros vírus. Ela pode durar até cerca de um ano, é mais frequente em mulheres entre 40 e 50 anos e que tiveram covid-19 pelo menos de forma moderada. Mas, de acordo com Freitas, ainda há muitas dúvidas pelo fato de ser uma doença recente. Para o tratamento, geralmente é recomendada psicoterapia, atividades físicas, antivirais e antidepressivos. 

“Essa síndrome traz uma angústia muito grande para as pessoas porque fadiga não é um sintoma mensurável. Não se consegue mensurar por exame. Muitas vezes é mal compreendido”. 

Gabriel diz que a pandemia pode ser mais complexa do que se pensa e defende que todos os cuidados possíveis sejam adotados. “Parece que não é estar recuperado e ponto final. Talvez essas pessoas tenham mais sintomas. A Síndrome da Fadiga Crônica pode ser apenas um deles. Acho que a gente não tem essa informação. É possível que existam complicações a médio e a longo prazo. O que alguns autores colocam é que as medidas de isolamento social são importantes não só para evitar a morte. A gente tem que levar em consideração e colocar nessa equação as complicações a médio e longo prazos”. 

Medo e ansiedade

Além de lidar com os sintomas da covid-19 e com as consequências da doença, muitas pessoas estão lidando com sintomas de ansiedade, de acordo com a psicóloga da equipe de coordenação de saúde do trabalhador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marta Montenegro. “A covid-19 é uma doença muito nova, recente, um vírus cujas informações foram se construindo nesse processo de pandemia. Os próprios profissionais de saúde estavam tentando entender as formas de cuidado e isso deixa as pessoas muito inseguras. O ser humano se sente mais seguro se tiver previsibilidade do que vai acontecer. Essa incerteza sobre formas de contaminação, se pode ou não se contaminar de novo, deixa as pessoas vulneráveis”, explica. 

De acordo com a psicóloga, buscar informações confiáveis ajuda a lidar melhor com a pandemia. “Buscar informação válida, de fontes confiáveis. Isso alivia sintomas emocionais. Às vezes, as pessoas estão em casa recebendo informações que nem sempre são as melhores e  acabam ficando muito confusas. Depois de três meses, acham que só estão protegidas dessa forma. Isso acaba gerando um medo de sair de casa. No outro extremo, há pessoas saindo como se não tivessem o vírus, em um processo de negação por dificuldade de lidar com a situação. São dois extremos. Existe o vírus. É necessário manter medidas de biossegurança, mas isso não pode paralisar as pessoas”, acrescenta. 

O inverno é o período do ano mais propício para o desencadeamento de doenças respiratórias. Com a potência do coronavírus, este momento pode ser ainda mais desafiador. Em sua coluna no UOL, o doutor Drauzio Varella afirmou que "pacientes com asma e outras condições respiratórias têm maior risco de desenvolver complicações caso sejam infectados pelo novo coronavírus".

A estudante de Psicologia Giovanna Alves, 22 anos, convive com a asma, doença pulmonar que tem sintomas semelhantes ao do coronavírus, como a dificuldade para respirar, dor no peito, tosse e respiração ofegante. Ela conta que as crises se tornam mais frequentes em épocas frias, e com o enfrentamento da pandemia, sendo integrante do grupo de risco, tem tomado os cuidados necessários. "Tive uma leve crise há um tempo. Porém, sem a certeza de que os sintomas eram da doença, fui ao médico para tirar a dúvida", lembra.

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Thabata Salim, médica clínica geral do Hospital Adventista Silvestre Itaboraí, do Rio de Janeiro, afirma que diferenciar os sintomas de uma crise de asma e do novo coronavírus, sem a execução de um teste, é, de fato, difícil, sendo necessário um exame de sangue. Ela adverte que, neste momento, a ida ao hospital deve ser apenas em casos extremos, como quando tiver dificuldade de respirar ou apresentar febre alta, devido ao alto risco de contaminação. "Os cuidados devem ser semelhantes ao da população em geral, com o uso de máscara, lavar as mãos com água e sabão, uso de álcool em gel e distanciamento social. E caso o paciente faça uso de alguma medicação, não interromper o tratamento", diz Thabata, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

A prefeitura de Belém confirmou nesta sexta-feira (26) a reabertura de restaurantes a partir do dia 1º de julho, seguindo as etapas de retomada econômica do município durante a pandemia do novo coronavírus. A determinação vale para os restaurantes da área continental, ou seja, no momento ainda não será permitido o funcionamento de restaurantes localizados nas orlas, praias e ilhas da capital paraense.

“Estamos tendo muito cuidado de aprovar novas aberturas, a partir das avaliações dos especialistas em epidemiologia. Outras cidades abriram e voltaram a fechar”, destacou o prefeito Zenaldo Coutinho, segundo a Agência Belém.

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O Pará já tem 96.472 casos de covid-19, com 4.803 mortes, segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Em Belém, são 18.620 casos confirmados, com 1.870 óbitos.

O prefeito ressaltou ainda que, se houver um crescimento expressivo dos índices de infecção e ocupação de leitos hospitalares, vai recuar no relaxamento. "As pessoas têm de saber que a doença continua dentro de Belém, mas não podemos continuar com todas as atividades econômicas fechadas”. A recomendação no momento é de não abrir as praias”, disse Zenaldo.

Os restaurantes só poderão servir pratos prontos ou servidos à la carte. Serviços de bufê, self service, rodízio ou qualquer outro modelo de atendimento em que os alimentos fiquem expostos continuam suspensos. A abertura de bares ficará para outra etapa da retomada econômica.

As medidas que devem ser adotadas pelos estabelecimentos incluem, de acordo com decreto publicado no Diário Oficial do Município do dia 24 de junho (clique aqui), determinações como: funcionamento com somente 40% da capacidade, respeitando a distância entre as mesas; horário de funcionamento de 11 às 15 horas e de 19 às 23 horas; caso o estabelecimento possua espaço kids, o local deverá permanecer fechado; e disponibilizar álcool em gel a 70% na entrada do estabelecimento e orientar os clientes para a sua utilização.

Com informações da Agência Belém.

Nos primeiros seis meses do ano, já foram contabilizados em todo o Pará mais de 3.200 casos de falta de energia motivados por pipas em contato com a rede elétrica. Um levantamento feito pela Equatorial Pará mostra que a capital, Belém, foi a cidade que registrou o maior número, com 485 casos; seguida de Santarém, oeste do Pará, com 300 casos, e Ananindeua, na Região Metropolitana, com 171 casos contabilizados. 

Nesse contexto de pandemia, a energia elétrica tornou-se um item ainda mais essencial, principalmente para unidades básicas de saúde, hospitais e residências. A interrupção do fornecimento é preocupante.

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O executivo da área de segurança Alex Fernandes alerta para os cuidados que precisam ser tomados. "Sabemos que, com a suspensão das aulas, muitas crianças e jovens acabam indo brincar na rua, principalmente com as pipas, por conta da chegada do verão em nosso Estado. Mas é extremamente importante ficar em casa para manter o isolamento social e evitar soltar pipas. A brincadeira precisa ser feita com cuidado para resguardar o fornecimento de energia e principalmente a vida das pessoas", destaca.  

A distribuidora alerta para que ninguém tente resgatar uma pipa enroscada na rede. Além de causar desligamento de energia, um eventual acidente ou pode gerar vítimas fatais.

Veja recomendações

- Se as linhas das pipas ficarem presas em um fio elétrico, não tente resgatar. A recomendação sempre é brincar em espaços abertos, em que não exista nenhum cabo de energia. 

- Evite soltar pipas em canteiros centrais das ruas e locais em que existe fluxo de veículos e não utilize "rabiolas", pois elas podem enroscar nos fios elétricos, podendo ocasionar choque.

- Jamais utilize cerol, linha "chilena" ou papel alumínio na confecção da pipa, pois estes materiais podem provocar curtos-circuitos e colocam em risco à vida de quem brinca e de pessoas que circulam pelo local.

Da assessoria da concessionária Equatorial.

 

 

O atendimento odontológico foi um dos setores prejudicados pelo distanciamento social causado pelo coronavírus (Covid-19), pois tais tratamentos exigem um contato muito próximo entre o dentista e o paciente.

Seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), profissionais da área se adaptam à nova realidade.

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A odontologia tem um risco elevado para a disseminação do coronavírus pois, além da proximidade, o profissional fica exposto aos materiais biológicos.

Para diminuir o contato é recomendado que tratamentos como restaurações e clareamento dentários não sejam realizados nesse período. “As prioridades devem ser as urgências, como o paciente que quebrou o dente ou tratamento de canal”, explica o coordenador e professor do curso de odontologia da Universidade Guarulhos (UNG), Max Kiausinis.

Nos casos de urgência, Kiausinis orienta os consultórios a tomar algumas medidas preventivas, entre elas, realizar uma triagem no paciente para verificar se ele possui algum sintoma de gripe.

A cada atendimento a sala deve ser esterilizada, garantir boa qualidade de ar no ambiente e evitar ao máximo o uso do aerossol (a caneta de alta rotação), que cria uma nuvem de gotículas e contribui para disseminar o vírus.

Os pacientes devem ser orientados a não virem acompanhados. Na sala de espera é preciso manter uma distância de dois metros entre os atendidos e remover todos os materiais de leitura e brinquedos desses locais.

“É importante recomendar a eles as outras medidas adotadas pelas autoridades de saúde, como higienização das mãos e utilizar o álcool em gel”, afirma Kiausinis.

Não apenas os pacientes, mas o dentista também deve estar atento à higiene das mãos, óculos de proteção, protetor facial, avental descartável (de alta gramatura) e máscara cirúrgica modelo n95.

“No meu consultório eu estou utilizando a n95 por baixo e por cima a máscara normal”, conta.

Em alguns casos, é possível realizar alguns procedimentos online. Se o paciente dispuser de alguma imagem radiográfica ele poderá encaminhá-la ao dentista para que seja feito um diagnóstico.

“É possível tratar algumas dores com medicamentos mas, se for urgente, vai ser necessário o atendimento físico”, esclarece o dentista.

Kiausinis aconselha as pessoas a observar se os consultórios estão cumprindo com todos os cuidados necessários. “Todos esses cuidados são para proteger o paciente e o próprio profissional de saúde”, destaca.

Após lançar a campanha de segurança com a energia elétrica “Nossa maior ligação é com a sua segurança, é com a sua vida”, a Equatorial Energia Pará continua realizando ações em diversas frentes de atuação com iniciativas que buscam levar à população informações para evitar acidentes com energia elétrica. No período de quadra junina o alerta não é diferente. 

Apesar do decreto do Governo do Estado que proíbe aglomerações com mais de dez pessoas por conta da pandemia do novo covid-19, a empresa continua alertando as famílias paraenses em relação às ornamentações dos festejos juninos, que dessa vez estão sendo feitos dentro das residências. 

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É importante salientar que pequenos cuidados são fundamentais e merecem atenção, como a colocação das bandeirolas, faixas e outros adereços que estejam próximos às fiações elétricas. Toda a ornamentação deve ser produzida com materiais que não sejam condutores de eletricidade e não pode ser afixada próximos da fiação. Em hipótese alguma essas bandeirinhas devem ser amarradas aos postes, nos fios de baixa tensão ou até mesmo na fiação elétrica dentro das residências. 

O executivo da área de Segurança da Equatorial Pará, Alex Fernandes, ressalta que todos devem seguir de forma rigorosa as orientações sobre segurança para evitar situações que podem causar danos irreversíveis. “A população precisa manter distância da rede elétrica e não soltar fogos de artifício na direção de postes e cabos de energia, pois podem ocasionar prejuízos diretos no fornecimento de energia e trazer riscos iminentes, levando por consequência a acidentes fatais. Sabemos que durante o período de isolamento social, as famílias optaram por fazer os enfeites juninos em suas próprias casas, mas vale alertar que é muito importante se divertir com responsabilidade”, explica.

Em caso de acidentes, a empresa orienta como a população deve agir. O local, por exemplo, deve ser isolado, para que não haja aproximação de pessoas. E enquanto a energia não for desligada, não se deve retirar objetos ou pessoas que estejam em contato com fios. Nesses casos, é preciso acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros, por meio do número 193, e a Equatorial, pelo número 0800 091 0196.

Dicas

– Não lance serpentinas ou confetes na rede elétrica, sejam metálicos ou não.

– Não instale nenhum enfeite próximo à rede elétrica. Deve-se manter uma distância mínima de dois metros.

– Evite improvisos, pois eles aumentam o risco de acidentes com a rede elétrica.

- Fogos de artifício devem ser lançados o mais longe possível da rede elétrica.

Da assessoria da Equatorial Energia.

 

Com a recomendação das autoridades de saúde em manter o distanciamento social, grande parte da população idosa passou a viver isolada. A pandemia causada pelo novo coronavírus afastou até mesmo quem recebia visitas regulares da família. Entretanto, a preocupação de quem tem mais de 60 anos vai além de pertencer ao chamado grupo de risco em relação ao contágio por Covid-19: dados do Ministério da Saúde em 2017 mostram que 70% das quedas registradas entre idosos acontece dentro de casa.

De acordo com a fisioterapeuta Reyna Lohmann, do Núcleo Silvestre de Saúde e Prevenção, a população acima dos 60 anos precisa estar atenta a alguns movimentos corriqueiros, pois boa parte dos casos pode acontecer em ações comuns do cotidiano. "A maioria ocorre quando as pessoas estão se levantando ou sentando na cama, em uma cadeira ou no vaso sanitário", aponta a especialista. A análise do histórico de quedas é outro ponto importante a ser observado. "Se o idoso já apresentou quedas anteriores, o risco de apresentar outras é maior. O caso pode ser apenas um acidente, entretanto também pode indicar problemas relacionados à saúde, como um sinal de alerta", complementa.

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Como é necessário evitar a ida a hospitais em tempos de pandemia, a prevenção para os casos de acidentes domésticos pode estar dentro do próprio lar. "Ter uma casa adaptada ao idoso é primordial na promoção de mais bem-estar e segurança", destaca. Além disso, a fisioterapeuta recomenda atitudes que podem ser pontuais e impedir que os idosos sofram com os tombos. "Adotar cuidados com a própria saúde, como a prática de atividade física para fortalecimento muscular e equilíbrio, junto ao acompanhamento regular da saúde integral para identificar problemas associados", observa.

Confira algumas recomendações da especialista:

- Evite a colocação de tapetes. Caso opte pela decoração, aplique antiderrapante sob o item e não passe cera no chão;

- Escadas e corredores devem ter corrimão nos dois lados; degraus precisam ser marcados com fita antiderrapante;

- Use calçados fixos nos pés e evite o uso de meias em casa; atente para itens como mesas de centro, desníveis e outros objetos do lar;

- Adapte barras de segurança no banheiro, tapete antiderrapante no box, e se for preciso, um banco seguro para a hora do banho;

-Eleve o assento sanitário;

- Use lanterna ou sensor de iluminação para quando precisar se levantar à noite.

Uma pesquisa realizada pelo Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (Elsi-Brasil) aponta que entre 4.174 entrevistados, 25% já sofreram acidentes domésticos.

Durante isolamento social gerado pelo coronavírus (Covid-19), muitas crianças e adolescentes têm usado os jogos eletrônicos como principal fonte de entretenimento. "Antes eles tinham muitas atividades físicas, mas por conta da pandemia estamos com as opções limitadas", conta a gerente de operações Thaís Yazlle, 45 anos, mãe dos gêmeos Carolina Yazlle e Eduardo Yazlle, 7 anos. "Tentamos oferecer para eles algumas opções, como jogos de cartas ou convidá-los para cozinhar junto comigo", complementa.

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A gerente de operações Thaís Yazlle com os filhos | Foto: arquivo pessoal

Quando a opção for os jogos eletrônicos, a orientação é de que os pais protejam seus filhos dos riscos do uso descontrolado dos aparelhos e da internet. Thaís acredita que é importante manter um controle, mas que não é contra os jogos eletrônicos. "Graças a eles, meus filhos ainda conseguem ter alguma interação com os amigos durante o isolamento social. Só colocamos um controle para eles não viverem apenas nessa realidade virtual e esquecerem que existe um mundo real", comenta.

A fisioterapeuta pediátrica Daniela Arduz, 37 anos, mãe da Gabriela Arduz, 8 anos, e do Gustavo Arduz, 3 anos, conta que estabeleceu horários: os filhos jogam uma hora no período da manhã e mais uma hora durante a tarde. "Acho que é importante eles brincarem com outras coisas para trabalhar a criatividade. Ofereço materiais de tinta, papel, papelão e os próprios brinquedos para que eles possam trocar a tela do celular por outras atividades", conta.

A fisioterapeuta Daniela Arduz com a família | Foto: arquivo pessoal

De acordo com a especialista em psicologia escolar e professora do curso de Psicologia da Universidade Guarulhos (UNG) Maria Marques, os pais devem acompanhar os filhos em todas as atividades que envolvem o mundo virtual. "As mensagens subjetivas na construção do universo psicológico transcendem os espaços virtuais para a percepção do que é real e do que deve ser mantido apenas na esfera da imaginação", explica.

A psicóloga comenta que os pais precisam conscientizar os filhos sobre o uso da tecnologia e orienta a buscar por profissionais, caso sintam dificuldades. Ela também explica que limitar o acesso pode funcionar com crianças, mas esse procedimento deve ser repensado no momento em que esses jovens se tornarem adolescentes. "Isso se estabelece mais como uma ação coercitiva de controle do que a real conscientização do próprio usuário. Para jovens e adolescentes não representa uma alternativa com grande probabilidade de êxito, pois existem meios de 'burlar' estes controles", finaliza.

O WhatsApp se tornou um dos aplicativos mais populares do Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pelo site Opinion Box, 99% dos brasileiros com smartphones tem o programa instalado. Mas, o serviço de troca de mensagens também caiu no gosto dos criminosos, o que passou a exigir dos usuários certos cuidados para não cair em golpes.

O estudante de relações internacionais Bruno Coutinho, 20 anos, conta que recebeu uma ligação de alguém que se dizia gerente de uma rede de restaurantes e que lhe ofereceu um desconto de 70% nos pedidos em delivery. "Aceitei, ele me pediu meu e-mail, e depois um código que chegou via sms, no momento em que passei esses dados, a pessoa assumiu o controle do meu WhatsApp", relata. Com o acesso liberado ao aplicativo de Coutinho, o golpista começou a pedir transferências de dinheiro para os contatos da lista. "Desativei a conta. Como eu não tinha verificação em duas etapas, tive que esperar uma semana para poder usar o Whatsapp de novo", comenta.

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Outro caso parecido aconteceu com Beatriz Batista, 19 anos. Ela recebeu uma ligação de dizendo que havia ganhado em um sorteio de uma rede de restaurantes japoneses no Instagram. "O homem pediu meu email, para que pudesse mandar o comprovante. Assim que eu mandei o e-mail, chegou um SMS com os números de verificação do WhatsApp. Eu não havia percebido, e então passei os números para ele. Quando percebi, minha conta não estava mais no meu celular", lembra. No caso de Beatriz, reverter o processo foi rápido, pois ela havia configurado o seu aplicativo com a verificação de duas etapas.

Antes do ato, os golpistas costumam analisam as possíveis vítimas em suas redes sociais, levantam informações sobre os lugares que elas gostam de frequentar e também quem são seus amigos mais próximos. Foi o caso do dentista Luis Real, 28 anos, que foi enganado e ficou sem acesso ao WhatsApp por mais de 12 horas. "A pessoa ligou e disse que era assessor de uma amiga minha", relata ele.

Na ocasião, o golpista inventou que a amiga de Real organizava uma festa e que o dentista havia sido convidado. "Ele falou que iria me mandar uma mensagem com a confirmação dos números do convite. Eu recebi e confirmei os números da mensagem com ele. Foi nesse momento que meu WhatsApp foi bloqueado", conta Real. Para ter acesso ao seu WhatsApp de volta, ele teve que entrar em contato com o suporte do aplicativo.

O WhatsApp publicou em seu site um guia de prevenção contra roubo de contas e tem orientando as pessoas a nunca compartilharem o código de confirmação, a configurar as ativações em duas etapas, não instalar aplicativos além dos que estão disponível na Google Play e IOs Store e desconfiar sempre de ligações de empresas com linguagens informais.

Caso tenha a conta roubada, o WhatsApp orienta seus usuários a abrir o aplicativo, inserir os números de celular e aguardar o código de confirmação. Caso o procedimento não funcione, a pessoa deve entrar em contato com o suporte pelo e-mail support@whatsapp.com, informando no titulo se a conta foi perdida ou roubada. Isso irá desativar a conta e o usuário terá 30 dias para reativá-la.

Na prevenção contra o coronavírus, o álcool em gel virou grande aliado para a higienização das mãos e incorporou-se à rotina de grande parte das pessoas. No entanto, o produto pode causar queimaduras, como aconteceu com um jornalista de Santos, no litoral de São Paulo, na última semana.

Ao chegar em casa, o profissional de 46 anos lavou as mãos, passando o álcool em gel na sequência e foi esquentar comida. No momento não percebeu que sua mão estava queimando, só depois sentiu ardência e reparou a vermelhidão no local. Ao procurar um médico, o especialista confirmou que a queimadura foi causada pelo uso do álcool e aproximação do fogo em seguida.

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O exemplo mostra que depois de passar o produto nas mãos é preciso ter cuidado ao acender o fogão da cozinha ou até um cigarro.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), João Baptista Gomes dos Santos, explica que a mão representa 3% da superfície corporal total, mas seu envolvimento em traumas graves, como queimaduras, pode levar a sequelas funcionais graves. “A mão é mais suscetível ao traumatismo por queimadura, porque geralmente está mais próxima do agente causador ou porque é utilizada pelas vítimas na tentativa de se proteger no momento do acidente", relata.

Estudos epidemiológicos já mostraram que a maioria das queimaduras grandes (mais de 25% da superfície corporal queimada) tem uma ou ambas as mãos afetadas, atingindo 90% dos casos. "A queimadura é um trauma grave, com impactos sociais e econômicos”, completa o especialista.

Cuidados com o álcool

O médico salienta que o reforço na higiene deve continuar, mas em casa, o melhor é higienizar as mãos lavando-as bem, com água e sabão, por, pelo menos, 20 segundos.  “O álcool em gel deve ser utilizado em lugares onde não é possível lavar as mãos, quando se está fora de casa”, acrescenta.

A avaliação médica da profundidade das queimaduras, principalmente se houver lesões profundas de espessura parcial e total, deve ser realizada o mais cedo possível.

Tipos de queimaduras

As queimaduras de primeiro grau envolvem danos apenas à epiderme, não mostram feridas abertas ou bolhas, curam sem cicatrizes e não requerem tratamento cirúrgico.

As queimaduras de segundo grau, em grau superficial, geralmente se recuperam com o cuidado local em 10 a 14 dias. Lesões desse tipo apresentam bolhas e são dolorosas devido à exposição das terminações nervosas na derme. Em grau profundo, as lesões apresentam uma fase inflamatória de cicatrização prolongada, podendo resultar em comprometimento funcional.

As queimaduras de terceiro grau envolvem toda a espessura da epiderme, derme e tecido subcutâneo, e as feridas não podem ser restauradas devido à perda total de anexos epidérmicos e derme.

Por fim, as queimaduras de quarto grau envolvem estruturas como músculos, tendões e ossos, sendo lesões graves que requerem reconstruções elaboradas e, ocasionalmente, amputações.

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O câncer é a segunda doença que mais mata no mundo, atrás apenas das doenças cardiovasculares. Com a pademia do novo coronavírus, os pacientes oncológios precisam de atenção especial porque estão no chamado grupo de risco, ao lado de crianças menores de 2 anos, idosos e os portadores de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, tuberculose, transplantados, entre outros.

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A primeira recomendação dos especialistas, nesse período de isolamento social, é não interromper o tratamento.

A cenógrafa Márcia Cristina Soares Martins e Silva, de 47 anos, foi diagnosticada com câncer de intestino em maio de 2019, já com metástase no fígado. Há quase um ano, faz tratamento com quimioterapia.

Quando o coronavírus chegou ao Brasil, ela conta que ficou apavorada, por ser do grupo de risco. "Já vivo com várias restrições por causa do tratamento contra o câncer, que diminui minha imunidade. Agora, vivo com mais restrições ainda e estou em isolamento”, diz.

Márcia diz que procura se informar pela imprensa e morre de medo de se infectar, mas não suspendeu a quimioterapia nem as consultas. Na clínica, antes das sessões, ela higieniza as mãos com álcool em gel. "Os acompanhantes não entram com a gente no salão de quimioterapia e tudo é muito limpo. Meu medo maior é pegar um Uber de casa para a clínica, pois não sei quem andou naquele carro”, assinala.

A oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO), em Belém,  informa que os profissionais de saúde estão tendo uma dedicação muito grande para dar aos pacientes os esclarecimentos necessários e fazer com que se sintam seguros e não interrompam o tratamento.

“Estamos nos empenhando muito nisso. A preocupação dos nossos pacientes, que recebem essa enxurrada de informação - muitas falsas, por sinal - é muito grande. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica recomenda de forma enfática que os pacientes oncológicos quimioterápicos não devem interromper seus tratamentos. O câncer é uma doença séria, grave e a interrupção do tratamento pode acarretar prejuízos imensos”, diz a médica.

“Um dos primeiros esclarecimentos que fazemos é que ser paciente oncológico não significa ter chances maiores de ser infectado pelo coronavírus. Os pacientes oncológicos correm o mesmo risco de contrair a covid-19 que as pessoas em geral – a suscetibilidade maior é manifestar a doença na forma mais grave, assim como pessoas idosas, com pressão alta, problemas cardíacos ou diabetes, por exemplo”, explica a oncologista.

A médica tranquiliza quem já teve câncer e está com a doença controlada. “Em pacientes na fase de acompanhamento e controle, a resistência pode ser igual a de quem nunca teve tumor. Esses pacientes que estão bem, sem sintomas, devem avaliar junto com a equipe médica a possibilidade de adiar as consultas periódicas de controle para diminuir a circulação de pacientes em ambientes hospitalares e de clínicas”, explica.

A funcionária pública Rosemary Marques, de 53 anos, é outro exemplo. Em setembro do ano passado ela começou o tratamento quimioterápico contra o câncer de mama.

Com a chegada do primeiros casos de coronavírus no Brasil, Rosemary ficou muito preocupada. “Desde o começo, via muitas notícias falando sobre os pacientes em tratamento com câncer serem do grupo de risco. Não dá para ficar totalmente tranquila, porque ninguém quer pegar esse vírus. Mas sempre tive orientação sobre como agir com a equipe que cuida de mim. Tanto os médicos quanto os outros profissionais da clínica me tranquilizam, sempre tiram minhas dúvidas”, disse Rosemary Marques.

As recomendações para a prevenção do coronavírus são seguidas à risca. “Estou em isolamento social, em casa. Não saio mais nem para ir ao supermercado ou à farmácia. Só saio para o essencial do meu tratamento”, garante.

A oncologista clínica Amanda Gomes destaca a importância do acompanhamento médico. Pacientes oncológicos, alerta, estão mais sujeitos a adoecer gravemente caso sejam infectados.  

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2018 (número consolidado mais recente), 9,6 milhões de pessoas morreram de câncer no mundo. No Brasil, o número de vítimas é de aproximadamente 25 mil por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O número de pessoas que não sobrevivem é um dos indicativos da gravidade da doença, que, invariavelmente, deixa o paciente fortemente abalado, especialmente no momento do diagnóstico.

Pacientes com câncer que estão no grupo de risco são:

pacientes com cânceres hematológicas, como as leucemias, linfomas e mielomas múltiplos;

pacientes que passaram por transplante de medula;

pacientes que se encontram no pré ou pós-operatório recente de uma cirurgia oncológica;

pacientes em tratamento quimioterápico tradicional, citotóxica.

Com informações e apoio da assessoria do CTO.

Valentina ainda não tem 3 anos, é uma menina ativa e adora brincar e se divertir numa rede. Nestes dias de quarentena da família, sem poder descer para brincar no prédio onde moram, os pais dela, Murillo Barcellos Lopes, de 38 anos, e Jesiane, de 34, transformaram a sacada do apartamento em zona de distração para a filha - e armaram a rede. Se arrependeram. Valentina caiu e bateu a cabeça no piso duro. Teve de ir para o hospital.

"Agora ela está bem", contou Jesiane Nunes de Souza ao Estado. Ela explicou que costuma usar almofadas no chão para proteção da filha. "Desta vez não tinha e ela caiu feio", disse a mãe. O casal ficou em dúvida sobre levar a menina ao hospital. Mas, com o ferimento atrás da cabeça, correram para o pronto-socorro que fica próximo da residência da família, na região oeste de São Paulo.

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Acidentes domésticos como o de Valentina são perigosos e anualmente provocam até mortes, além de sequelas na população infantil. De acordo com Eduarda Marsili, da ONG Criança Segura, os pais devem ter cuidados extras nestes dias de quarentena em casa, já que as crianças não têm para onde ir e suas ações são limitadas pelo espaço dos cômodos.

Ela disse que ainda é cedo para avaliar a extensão do problema em um mês de crise do novo coronavírus, com as crianças em tempo integral em casa. Mas afirmou que as estatísticas mostram que nos últimos dez anos "acidentes domésticos foram a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a pandemia do novo coronavírus (covid-19), os governos estaduais decretaram quarentena e diversas empresas adotaram regime de teletrabalho, quando o funcionário desempenha suas funções de casa. Assim com deve haver preocupação com as condições de trabalho no local onde ele ocorre, nessa situação excepcional é também importante estar atento para cuidados relacionados à saúde ocupacional.

Segundo Renato Bonfatti, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os funcionários devem observar uma série de recomendações sobre ergonomia, condições do ambiente doméstico e equipamentos.

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O espaço em que a pessoa está trabalhando deve ser suficiente, permitindo a ela se afastar do movimento da casa, se isolar em silêncio e ter tranquilidade para trabalhar sem constantes interrupções. “Pessoas veem e não acham que estamos trabalhando e que podem interromper. Isso é muito importante. Em relação ao ruído, deve-se buscar o maior silêncio possível”, comenta o pesquisador.

Sobre a temperatura adequada, não é recomendado usar ar condicionado porque a exaustão desses aparelhos é aquém do necessário para se ter um ar saudável. O ideal, orienta Bonfatti, é trabalhar com janelas abertas e, durante 10 minutos, abrir a porta para ter circulação cruzada, ou o que se chama de corrente de ar. A temperatura recomendada é entre 24º e 26º.

O ambiente precisa também ter uma boa luz. “Mas como o trabalho é com computador, geralmente a fonte tem a sua própria luz, então a luminosidade não vai ser problema, em princípio. É bom ter luz que possa mover como abajur para ler um documento, especialmente se tiver mais de 40 anos”, diz o pesquisador.

Mobiliário

O ideal é ter cadeiras confortáveis, incluindo um estofamento macio ou uma almofada, pois os trabalhadores ficam muito tempo sentados. “Trabalhar com computador altera a percepção do tempo e tendemos a ficar mais tempo”, observa. 

A cadeira deve ter altura que quando a gente se senta com a região lombar encostada no fundo, o joelho fique a 90º e os pés apoiados. Embora seja difícil que uma pessoa fique apenas em uma posição, essa é tida como a forma básica. A cadeira pode ter braço ou não, mas se tiver é bom para descansar.

A mesa é importante para colocar o computador, devendo evitar outras posições, como ficar deitado com o laptop na cama ou no sofá. A tela deve ficar na altura dos olhos, para não forçar a coluna cervical. A altura da mesa deve ser tal que não eleve os ombros na hora em que for usar o teclado ou o mouse. Isso dá automaticamente a altura mais confortável. Além disso, é importante a mesa ter uma amplitude suficiente pra acomodar os objetos todos. É bom colocar perto de você os objetos que usa mais frequentemente.

Como as pessoas tendem a ficar sentadas muito tempo, isso traz uma exigência muito grande para a postura. Uma dica do pesquisador é tentar levantar, ficar durante um período curto fazendo algo. “Isso se chama pausa compensatória, isso é recomendável para variar a postura. O ideal é que possa, de vez em quando, levantar e dar essa caminhada”, explica. 

Equipamentos

Já os equipamentos devem ser adotados de modo a deixar mais confortável o período de uso. A tela fixa é a mais indicada. O teclado móvel também é importante, para que o funcionário possa mudar de posição. O mouse é recomendável, em vez dos painéis em laptops, para movimentar os cursores.

Tanto nos computadores quanto em smartphones, é preciso cuidado com os olhos. “Trabalhamos com celular, então quanto maior a superfície da tela melhor para trabalhar”, afirma Renato Bonfatti.

Como as pessoas ficam com o olho muito próximo ao computador, ele sugere tirar os olhos da tela e jogar para mais distante possível para variar os grupamentos musculares nas posturas. O objetivo é ter o descanso e não sobrecarregar um grupamento muscular em detrimento de outro.

O engenheiro José Jackson Filho, pesquisador da Fundacentro, acrescenta que os recursos para o teletrabalho envolvem também os programas e aplicações. Aquelas pessoas que precisam realizar reuniões, por exemplo, devem ter ofertadas por seus empregadores serviços de videoconferências adequados.

“É preciso pensar na aquisição e disponibilização de equipamentos e programas: a quem cabe fazer? No momento atual, poderiam ser disponibilizadas formas para subsidiar a aquisição de equipamentos, o que serviria como mecanismo para estimular a atividade econômica e viabilizar a aquisição (caso tenham interesse) pelos próprios trabalhadores”, defende.

Atividades

O pesquisador avalia que talvez o maior problema do home office no momento seja o número de informações que as pessoas devem processar a cada momento. Com ferramentas como facebook, whatsapp e e-mail, a quantidade que chega a todo momento é grande e isso tende a colocar as pessoas em um estado de dispersão e angústia.

“É importante saber selecionar que informação a que você vai ter acesso para não ficar dispersivo. Esse cuidado é necessário para dar conta da exigência cognitiva, de raciocínio, que aumenta muito neste momento que estamos vivendo na pandemia”, ressalta Bonfatti.

Ele destaca ser fundamental respeitar os horários. Com o uso disso, o trabalho tende a invadir o momento fora do trabalho, os empregados acabam tendo dificuldade de separar um do outro, podendo aumentar muito, na prática, a jornada de trabalho. “O trabalhador pode se educar a não atender o celular o tempo inteiro, não ficar no Whatsapp o tempo inteiro. Encerrar a sua jornada de trabalho”, recomenda o pesquisador da Fiocruz.

Para José Jackson Filho, pesquisador da Fundacentro, se por um lado as pessoas deixam de ter o tempo de deslocamento, por outro o teletrabalho traz riscos no tocante à intensidade. Pessoas solteiras podem vir a trabalhar mais, alongando jornadas e colocando a saúde em risco.

“As pessoas que têm filhos podem ter suas atividades de trabalho prejudicadas, impedidas pelas interrupções frequentes, sentindo-se impotentes e sofrendo por não cumprir suas metas”, acrescenta. 

Por esses e outros possíveis prejuízos, ele defende que o teletrabalho deve ser planejado de modo que “sejam controlados os possíveis problemas que podem afetar a saúde, assim como assegurados os meios para que se possa cumprir as exigências colocadas pelas empresas”.

Da mesma forma, complementa, os trabalhadores devem tomar os cuidados necessários para não ir além da jornada, cumprir recomendações de ergonomia e saúde do trabalho, evitando fadiga e doenças nesse cenário.

Direitos e obrigações

Para a realização do teletrabalho, as empresas devem elaborar um aditivo contratual estabelecendo as tarefas e parâmetros relativos ao custeio da estrutura de trabalho. Isso envolve, por exemplo, equipamentos e conexão. Entre os benefícios, as empresas podem cortar o auxílio-transporte.

Segundo a advogada Alessandra Barreto Arraes, do escritório Aparecido Inácio e Pereira, no que se refere à obrigação da ida ao trabalho, embora o trabalhador deva prestar os serviços, as empresas devem garantir sua saúde e segurança, conforme o Artigo 157 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

“Embora seja obrigação do empregado a prestação dos serviços, nos casos em que a empresa não adota medidas mínimas de prevenção é válida a recusa do colaborador de trabalhar em área que ofereça risco iminente à sua saúde, sendo possível, inclusive, em determinados casos, a justa rescisão do contrato de trabalho por ‘perigo manifesto de mal considerável’, de acordo com o Artigo 483 da CLT”, explica Alessandra.

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A pandemia do novo coronavírus altera a rotina de milhões de pessoas no mundo todo. O nutricionista Fernando Leite alerta para a importância de uma alimentação saudável no período de isolamento domiciliar. Dietas restrititivas devem ser adiadas. Segundo o profissional, o melhor é comer de maneira saudável para fortalecer o sistema imunológico. Veja a entrevista no vídeo acima.

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Na tentativa de conter a epidemia do coronavírus (Covid-19), médicos e especialistas orientam as pessoas a não saírem de suas casas para evitar contatos físicos. Apesar de necessário, o atual estado de quarentena pode afetar a saúde psicológica de muitas pessoas.

A educadora física Kaline Pessoa, 26 anos, conta que a mudança de rotina, como não poder ir trabalhar ou frequentar a academia, é o que mais tem impactado sua ansiedade. "Para manter a mente ocupada tenho feito cursos a distância e utilizado aplicativos que me auxiliam em atividades físicas. Estou tentando fazer o que eu sempre fiz, porém adaptado".

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Segundo a coordenadora do curso de Psicologia na Universidade Guarulhos (UNG), Sílvia Maia, pessoas que sofrem com o transtorno da ansiedade precisam buscar atividades que lhe causem prazer. "Além dessas tarefas, também praticar exercícios físicos em casa e criar canais virtuais de comunicação com amigos. Desenvolver novos hábitos de entretenimento evita que o desconforto e o desamparo os abatam emocionalmente", afirma.

Pessoas com depressão e ansiedade estão mais sujeitas ter crises. "Quem tem diagnosticado quadros de depressão e transtorno de ansiedade não deve, neste momento, ter ou buscar muitas informações intensificadas sobre o coronavírus", orienta a psicóloga.

De acordo com Sílvia, durante o isolamento social, os que já são diagnosticados com transtornos depressivos ou de ansiedade podem procurar por atendimentos online, por serem altamente eficazes e por auxiliarem a minimizar os quadros de desorganização psíquica, sejam moderadas ou severas.

"O ser humano é o único com a capacidade de adaptação. Somos dotados de inteligência, sabemos que a situação é temporária e prima por um objetivo maior. É importante garantir uma melhor saúde e equilíbrio emocional", conclui Sílvia.

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