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Um estudo divulgado pelos pesquisadores norte-americandos da Associação Americana do Coração contradiz estudos anteriores que não ligavam doenças graves ao consumo de bebidas adoçadas artificialmente. Essa nova pesquisa afirma que beber uma lata por dia de refrigerante, tanto na versão com açúcar quanto a sem, aumenta o risco de um acidente vascular cerebral (AVC) ou mesmo o desenvolvimento de demência. Essas pessoas possuem três vezes mais risco do que quem consome bebidas açucaradas apenas uma vez por semana. 

Nesse estudo, há também a relação com os refrigerantes do estilo diet. Os dados apontam que as bebidas açucaradas artificialmente aumentam a possibilidade em 2,96% de causar um acidente vascular cerebral e mais 2,89% de desenvolver doença de Alzheimer. 

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A pesquisa teve 4.300 participantes e desbanca outro estudo realizado anteriormente que excluía a ligação desse tipo de produto a esses males. A publicação anterior apresentava apenas a possibilidade de acidente vascular. 

 

Depressão e ansiedade são as principais causas de adoecimento e afastamento do trabalho no Brasil, perdendo apenas para LER/DORT (Lesão por Esforço Repetitivo/Distúrbio Osteo Muscular Relacionado ao Trabalho). As duas doenças somadas são responsáveis por 49% dos casos de transtornos mentais que surgiram ou foram agravados no trabalho. 

Um ranking da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda que reúne todos os motivos de afastamento de trabalhadores das empresas colocou a depressão em 20º lugar, sendo também um dos maiores motivos de concessão de auxílio-doença acidentário – quando a pessoa é afastada da atividade por mais de 15 dias. Só em 2016 foram concedidos 3.393 benefícios a trabalhadores com depressão. 

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O tempo de afastamento devido à depressão também é mais longo, segundo a diretora do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho, Eva Gonçalves Pires, porque “o tratamento é mais prolongado e a recuperação mais demorada”. 

Já o assistente técnico do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, Jeferson Seidler, aponta a dificuldade do diagnóstico e de associar o trabalho como causa do problema como um fator de subnotificação de casos, o que torna o cenário ainda mais grave. “No acidente típico, por exemplo, com máquinas, a lesão é evidente e compatível com o relato da vítima, e dificilmente há dúvida quanto à caracterização da ocorrência como acidente de trabalho. Nos transtornos mentais, inclusive as depressões, não. Primeiro, porque o diagnóstico é mais subjetivo, e, segundo, porque, além de fazer essa análise clínica, é preciso observar se o trabalho teve ou não influência no desencadeamento ou agravamento dos sintomas”, explica. 

Gestão empresarial desatenta à saúde mental

A auditora fiscal do Trabalho, Luciana Veloso, que tem doutorado em direito com foco na saúde mental do trabalhador, diz que o problema tem como causa principal o modelo de gestão das empresas que não buscam proporcionar aos trabalhadores um ambiente de trabalho que leve em conta a saúde mental dos empregados. “As empresas, preocupadas em lucrar cada vez mais, foram adotando modelos de gestão que colocam metas muitas vezes abusivas aos trabalhadores, utilizam sistemas de avaliações individuais que estimulam a competitividade entre eles e cobram resultados o tempo todo. As pessoas trabalham muito, sob pressão e na cultura do 'cada um por si'. Isso acabou com a solidariedade entre os colegas nas empresas, e o trabalhador foi ficando fragilizado e mais vulnerável a abusos psicológicos, como assédio moral, por exemplo”, explica. 

Luciana lembra também que em casos de acidentes de trabalho, que só dependem do conteúdo das tarefas do trabalhador, em casos de adoecimento mental, o contexto de trabalho também importa. De acordo com ela, é mais comum ocorrer adoecimento em empresas com remuneração muito baixa, comunicação inexistente ou ineficaz, quando o trabalho é incompatível com a qualificação do trabalhador, com ameaças de demissão constantes e com muitos casos de assédio moral e sexual. 

“Em países mais desenvolvidos, já existe uma preocupação com a saúde mental dos trabalhadores. No Brasil, infelizmente, o que vemos é um atraso. E as pessoas estão ficando doentes e indo trabalhar doentes, a base de remédios. Enquanto não nos preocuparmos como o problema, ele continuará ocorrendo”, constata ela. 

*Com informações do Ministério do Trabalho

Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, criaram o primeiro embrião artificial da história, avanço que ajudará a descobrir a origem de muitas doenças que surgem nas fases iniciais do desenvolvimento.

Publicado pela revista "Science", o estudo conseguiu fazer células-tronco de rato se juntarem e organizarem espontaneamente em uma estrutura tridimensional similar a um embrião "natural".

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O experimento reproduziu exatamente todas as fases do desenvolvimento embrionário, algo até então inédito na ciência. "As células embrionárias e aquelas que formam a estrutura onde o embrião se desenvolve começam a falar entre si a fim de organizar uma estrutura que se comporta como um embrião", explicou a autora da pesquisa, Magdalena Zernicka-Goetz, do departamento de fisiologia e neurociências da Universidade de Cambridge.

Segundo ela, o embrião possui razões "anatomicamente corretas e que se desenvolvem no lugar e na hora certos". Comparado com um embrião normal, o artificial seguiu o mesmo percurso em seu crescimento e mostrou ser completo em todos os aspectos, inclusive na formação das células germinativas, que dão origem a espermatozoides e oócitos.

Em tese, a descoberta abre caminho para se desenvolver um indivíduo fora do útero, ainda que isso seja mera hipótese e aplicável somente em alguns setores, como a zootecnia. Até então, as tentativas de desenvolver um embrião em laboratório fracassaram porque utilizavam apenas células-tronco destinadas a formar o organismo, mas não aquelas do tecido que o nutre e do qual nasce a placenta.

Contudo, apesar do avanço, pesquisadores avaliam que é improvável que o embrião artificial possa dar origem a um feto saudável, já que para isso seria necessária a utilização de células-tronco para a formação do saco vitelínico, que é indispensável à nutrição do embrião.

"Ter à disposição um embrião artificial é um passo adiante para conhecer as bases relativas aos primeiros estágios da vida e para reduzir ao mínimo o uso de animais em laboratórios", comentou o geneticista italiano Edoardo Boncinelli. 

As mulheres que contraem herpes genital nos primeiros meses de gravidez têm o dobro de chances de dar à luz um bebê autista, informou nesta quarta-feira uma equipe de pesquisadores noruegueses e americanos.

Um estudo publicado na revista mSphere é o primeiro a demonstrar que a resposta imunológica de uma mulher pode ter efeitos nocivos no cérebro do feto em desenvolvimento e influenciar a probabilidade de que a criança tenha autismo.

"Acreditamos que a resposta imunológica da mãe ao vírus da herpes HSV-2 poderia afetar o desenvolvimento do sistema nervoso central do feto, aumentando o risco de autismo", explicou Milada Mahic, cientista do Centro de Infecção e Imunidade da Universidade de Columbia em Nova York, autora principal deste estudo.

As causas do Transtorno do Espectro Autista permanecem mal compreendidas, e os cientistas acreditam que a condição tem origem em alguma combinação de influências genéticas e ambientais. Os pesquisadores acreditam que o risco de autismo nas crianças não está diretamente ligado à infecção do feto, porque neste caso poderia ser fatal.

Eles consideram que o risco está vinculado a uma reação do organismo da mãe ou a uma reativação da infecção somada a uma inflamação perto do útero.

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável no mundo. Estima-se que um terço da população mundial adulta seja fumante. Dentre eles aproximadamente 47% masculina e 12% feminina.

A fumaça contem milhares de substâncias tóxicas, sendo as mais graves o alcatrão, agente cancerígeno e o monóxido de carbono - principal causador da aterosclerose (que obstrui os vasos sanguíneos). A nicotina é uma droga que causa dependência, acelera a frequência cardíaca, levando a hipertensão arterial. Além do Câncer, pode causar envelhecimento precoce, pele seca, aparecimento de rugas, queda de cabelo e enfisema pulmonar.

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O tabagismo é o responsável por 30% das mortes por câncer de boca, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença do coração, 85% das mortes por bronquite e enfisema, 25% das mortes por derrame cerebral.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tabaco também tem relação com a impotência sexual e infertilidade masculina.

Vale a pena lembrar que o fumante passivo também corre o risco de adquirir todas as doenças citadas. Segundo dados estatísticos, sete não fumantes morrem por dia em consequência do fumo passivo.

Em relação ao tratamento, sabe-se que o mais eficaz é aquele que reúne mudanças comportamentais, apoio psicológico e ajuda na dependência física.

“O ato de parar de fumar não é tão simples quanto se imagina. O fumante deve buscar diminuir ao máximo, postergando os horários entre um cigarro e outro. Outra estratégia seria marcar uma data, e a partir de então, procurar substituir o cigarro com uma prática esportiva. Outra opção é trocar o cigarro por água, ou seja, aumentar a ingesta hídrica e lembrar que a cada cigarro deixado de lado se ganha na qualidade de vida”, informa Susi Quevedo, profa. do curso de Enfermagem da UNG Universidade.

Pelo menos 794 pessoas morreram no Brasil em decorrência das três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti: dengue, zika e chikungunya. A maior parte das mortes, 629, foi provocada pela dengue. Os dados são do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, registados até 24 de dezembro de 2016.

Dengue

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Ao todo, foram notificados 1.496.282 casos prováveis de dengue no país, totalizando uma incidência 731 casos a cada 100 mil habitantes. Já em 2015, foram 1.677.013 casos prováveis. Segundo o boletim, mais 629 óbitos estão sendo investigados para serem cofirmados ou descartados quanto ao vírus.

Chikungunya

Em 2016, até a metade de dezembro, foram registrados 265.554 casos prováveis de febre chikungunya no país, com uma taxa de incidência de 129,9 casos para cada 100 mil habitantes. O número é cerca de seis vezes maior do que o de 2015, quando foram notificados 38.499 casos prováveis da doença. Ao todo, foram registrados no ano passado 159 óbitos pela doença, enquanto em 2015 foram 14.

Zika

Em 2016, até o meio de dezembro, foram registrados 214.193 casos prováveis de febre pelo vírus Zika no país (taxa de incidência de 104,8 casos/100 mil habitantes). Ao todo, foram confirmados laboratorialmente seis mortes por Zika. Em relação às gestantes, foram registrados 16.923 casos prováveis, sendo 10.820 confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial. A notificação obrigatória de casos da doença pelo sistema de saúde passou a valer no começo de fevereiro de 2016.

Sintomas

De forma geral, as três doenças causam febre, dores de cabeça, dores nas articulações, enjoo e exantema (rash cutâneo ou manchas vermelhas pelo corpo). No entanto, existem alguns sintomas marcantes que as diferem.

Os sintomas relacionados ao vírus Zika costumam se manifestar de maneira branda e o paciente pode, inclusive, estar infectado e não apresentar qualquer sintoma. Mas um sinal clínico que pode aparecer logo nas primeiras 24 horas e é considerado como uma marca da doença é o rash cutâneo e o prurido, ou seja, manchas vermelhas na pele que provocam intensa coceira.  O quadro de febre causado pelo vírus Zika costuma ser mais baixo e as dores nas articulações mais leves. A doença ainda traz como sintomas a hiperemia conjuntival (irritação que deixa os olhos vermelhos, mas sem secreção e sem coceira), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.

As fortes dores nas articulações são a principal manifestação clínica de chikungunya. Essas dores podem se manifestar principalmente nas palmas dos pés e das mãos, como dedos, tornozelos e pulsos. Em alguns casos, a dor nas articulações é tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.

Os quatro sorotipos da dengue causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico. O principal sintoma da doença é a febre alta acompanhada de fortes dores de cabeça. Dores nos olhos, fadiga e intensa dor muscular e óssea também fazem parte do quadro clássico da dengue. Outro sintoma comum é o rash, manchas avermelhadas predominantes no tórax e membros superiores, que desaparecem momentaneamente sob a pressão das mãos. O rash normalmente surge a partir do terceiro dia de febre. Diarreia, vômitos, tosse e congestão nasal também podem estar presentes no quadro e podem comumente levar à confusão com outras viroses.

Mesmo após sete anos da tragédia, o Haiti ainda enfrenta inúmeros problemas causados pelo terremoto que devastou o país em 12 de janeiro de 2010. Milhares de pessoas ainda estão desabrigadas, vivendo em condições precárias e enfrentando surtos de doenças.

Após o sismo de 7 graus na escala Richter registrado às 16h53 do dia 12, ao menos 230 mil pessoas morreram, outras 300 mil ficaram feridas e mais de 1,5 milhão de haitianos perderam suas casas. Desde a capital, Porto Príncipe, até cidades menores, houve devastação em larga escala.

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Diversas instituições e governos anunciaram que enviariam diversos tipos de ajuda que, mesmo constantes, não foram suficientes para dar condições dignas de vida a todos aqueles que foram afetados pelo tremor.

Uma das instituições que ajuda o povo haitiano há sete anos é a Caritas Italia, entidade gerida pela Igreja Católica, e que divulgou nesta quarta-feira (6) um relatório sobre a pobreza no mundo que tem como foco o Haiti.

Segundo a instituição, em documento enviado à "Rádio Vaticana", "até agora foram financiados 250 projetos de solidariedade, num montante de quase 24 milhões de euros e em diversos âmbitos: ajudas imediatas, reconstrução, socioeconômico, hídrico-sanitário, animação-formação- instrução. A maior parte dos projetos foi implementada nas áreas atingidas pelo sisma (oeste e sudeste da ilha), mas também em todas as 10 dioceses do país".

Além de tentar se recuperar do terremoto de 2010, o Haiti precisou enfrentar outra catástrofe climática em 2016. Em outubro, a passagem do furacão Matthew matou mais de mil pessoas e afetou mais de dois milhões, segundo dados das Nações Unidas. 

A hipótese de que o consumo de peixe vem causando uma doença misteriosa em Salvador provocou uma redução de quase 70% nas vendas de pescado, principalmente no litoral Norte, região de praias famosas e bem freqüentadas neste verão.

A informação é da Federação dos Pescadores e Aquicultores do Estado da Bahia (Fapesba), que emitiu, hoje (21), uma nota onde “condena o boato” de que a causa da doença é o pescado em geral.

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Segundo o presidente da Fapesba, Raimundo Costa, os boatos alimentam o pânico na população, que deixa de consumir peixes e causa impacto na renda dos trabalhadores que têm a pesca como fonte de renda, sobretudo, no período da alta estação, que começa agora em dezembro.

“Nós já estamos passando por uma crise financeira nacional, e essa informação em plena véspera de Natal, Ano Novo, chegada do verão e o fluxo de turismo aumentando, impacta qualquer comércio ligado ao pescado. Isso interferiu na economia dos trabalhadores e na economia do estado também, sobretudo, de Salvador”, argumenta.

Dores musculares e febre

Até ontem (20), a Secretaria de Saúde da Bahia havia notificado 22 pessoas com fortes dores musculares, sem relatos de dores de cabeça ou febre e com identificação de urina preta , além de insuficiência renal em alguns pacientes.

A Fapesba destacou, na nota de hoje, que os casos registrados estão sendo investigados pelo Laboratório de Virologia da Universidade Federal da Bahia, que identificou a presença de vírus nas amostras de sangue dos pacientes.

O pesquisador do laboratório, Gúbio Soares, disse à  Agência Brasil que as causas dos sintomas devem ser confirmadas até o fim do ano. Ele opinou que a associação da doença ao consumo de peixes é precoce, argumento utilizado, também, pela Fapesb.

Ao fim da nota, a Federação dos Pescadores diz que a população é advertida sobre o consumo de peixes, que não apresentam riscos comprovados, quando manuseados e conservados de forma higiênica e adequada. O texto reitera a importância de se comer peixes e acrescenta que “sua vulnerabilidade à contaminação é a mesma de qualquer outro alimento”.

As doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti continuam fazendo vítimas em Pernambuco. Na última semana, mais óbitos foram registrados, inclusive para dengue e chikungunya juntas em uma só pessoa. O número de notificações também continua a crescer, de acordo com o boletim semanal divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Foram notificados 101.241 casos de dengue, com 26.715 confirmações e 35.354 descartes, em 184 municípios e Fernando de Noronha. Esses dados já se aproximam do registrado em 2015 que alcançou os 113.383 casos suspeitos. 

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Para chikungunya, a SES regostrou 53.131 notificações, 21.905 confirmações e 9.880 descartes, em 182 municípios e Fernando de Noronha. No mesmo período em 2015, foram notificados apenas 583 casos. 

Os casos de zika no estado tiveram 10.912 notificações, 148 confirmações e 433 descartes em 150 municípios, incluindo a ilha. A SES aponta que em todo o ano de 2015, foram registradas apenas 1.386 notificações para a doença. 

Óbitos

Mais vítimas foram registradas na última semana, de acordo com o boletim da SES divulgado nesta terça-feira (13). Foram notificados 309 casos e deste total 88 tiveram resultados laboratoriais positivos, sendo 18 para dengue, 54 para chikungunya e 16 para dengue e chikungunya. 

Em 2015, no mesmo período, houve a notificação de 64 óbitos suspeitos apenas para dengue, sendo 21 confirmados.

Nesta segunda-feira (29), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) oferece exames gratuitos de sífilis, HIV, filariose e tracoma para a população. As atividades acontecem das 8h às 12h, no Espaço Carlos Chagas, na praça em frente ao Pronto Socorro Cardiológico Universitário da Universidade de Pernambuco (Procape/UPE), onde também funciona o ambulatório para pacientes da doença de Chagas, referência no Estado. 

De acordo com a SES, as consultas serão feitas no ônibus "Prevenção para Tod@s" e cerca de 15 técnicos e coordenadores de serviço do Programa Sanar e do Programa Estadual de IST/Aids estarão realizando os exames e testes rápidos das doenças. Também estarão disponíveis equipe médica e de enfermagem para dúvidas clínicas de pacientes.

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A ação é gratuita e os transeuntes que passarem pelo local poderão receber atendimento e também participarem da arrecadação solidária para conseguir alimentos, roupas e outras contribuições para pacientes carentes atendidos pela Associação. Os interessados podem colaborar com doações de alimentos, produtos de higiene pessoal, vestimentas e medicamentos. 

Balanço - Entre 2011 e 2014, o Programa Sanar eliminou 6,7 mil vetores de Doença de Chagas, após inspeção em mais de 183 mil residências pernambucanas. A doença de Chagas é provocada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e pode se apresentar na fase aguda ou somente na forma crônica, com complicações cardíacas ou digestivas. 

A Associação é a primeira ONG no mundo dedicada aos pacientes chagásicos e tem como missão dar assistência tanto psicológica quanto pessoal aos pacientes. Durante as reuniões semanais, médicos cardiologistas, assistentes sociais, psicólogas, enfermeiras e nutricionistas esclarecem dúvidas e orientam como devem se comportar quanto ao tratamento, já que possuem algumas restrições, mas podem seguir a vida normalmente se tomarem os devidos cuidados.

Sentar diretamente em vasos sanitários de banheiros públicos é sempre uma atitude que as mulheres são orientadas a evitar por questões de doenças e higiene pessoal. Ainda pouco conhecido no universo feminino, o "Urinol" é um artefato portátil de silicone que funciona como um funil e possibilita a mulher urinar em pé. Comercializado nacionalmente em sites de venda online, o produto custa em média R$ 20 reais e promete facilitar a vida das mulheres, evitando o contato direto da região genital com o vaso sanitário.

Banheiros de shoppings, de restaurantes ou até químicos são sempre locais frequentados por uma grande quantidade de pessoas diariamente. De acordo com uma pesquisa britânica do ano de 1991, de um total de 528 mulheres de uma clínica de ginecologia, 85% afirmaram que urinam agachadas sobre o assento e 12% o forram com papel antes de se sentar. Apenas 2% afirmaram se sentar encostando realmente no assento. A principal proposta do Urinol é trazer à mulher mais higiene e menos riscos à saúde.

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Apesar de aparentemente, o banheiro ser um lugar tido como sujo e com muitas doenças transmissíveis, em termos práticos os assentos dos vasos sanitários não são grandes transmissores de doenças, é o que diz Vera Magalhães, especialista em doenças infectocontagiosas e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). "Em banheiro públicos é mais difícil obter alguma doença, mesmo em locais sujos. Bactérias ou vírus sobrevivem pouco tempo fora do organismo. Isso é mais uma lenda do que um risco real das mulheres", apontou a pesquisadora.

Para a estudante Suenia Azevedo, a ideia de utilizar o Urinol para evitar o contato direto com o assento de banheiros públicos é muito interessante. "Eu sempre evito sentar nas privadas em locais públicos nas ruas porque tenho nojo e prefiro ficar em pé. Eu não conhecia esse material, e embora não ache tão prático, eu usaria quando fosse urinar principalmente em banheiros químicos que geralmente são imundos", contou.

As chances de ser infectado com gonorreia, sífilis ou até o vírus HIV, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), são raras, na visão da estudiosa Vera Magalhães. Para a pesquisadora, as pessoas contraem essas doenças da maneira tradicional, tendo contato físico com outras pessoas. Apesar de explicar que as chances de contrair uma infecção são baixas, a professora alerta que o risco é mínimo, mas existe. "Apesar de não termos muitos casos na medicina por essa transmissão, é melhor que as mulheres evitem o contato com as  privadas por questão de higiene", concluiu.

Um grupo de cientistas brasileiros identificou pela primeira vez problemas oculares causados pelo vírus da zika em adultos. Em estudo publicado nesta quarta-feira, 22, na revista The New England Journal of Medicine, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descrevem o caso de um homem de cerca de 40 anos que teve sintomas de zika associados a uma inflamação no interior dos olhos conhecida como uveíte.

Em estudo anteriores, outro grupo de cientistas brasileiros já havia mostrado que um terço dos bebês com microcefalia causada pela zika tem problemas oculares. O mesmo grupo, liderado por Rubens Belfort Júnior, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), publicou, no fim de maio, estudo que comprovou definitivamente a relação entre a infecção pelo vírus e uma série de distúrbios graves nos olhos dos bebês.

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O novo estudo, liderado por João Marcello Furtado, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, mostra pela primeira vez que o vírus da zika também está associado a uma inflamação intraocular em adultos. Segundo Furtado, até agora a comunidade científica pensava que a zika adquirida causava apenas conjuntivite, embora a zika congênita causasse problemas oculares mais graves.

"Essa é uma manifestação nova e potencialmente mais grave do quadro ocular. Pela primeira vez na literatura científica, está descrita a zika adquirida em associação com inflamação dentro do olho. Eram conhecidas somente as alterações oculares causadas pela zika congênita, aquela em que os bebês podem desenvolver lesões graves e permanentes", disse Furtado.

De acordo com Furtado, o estudo também marca a primeira vez em que o material genético do vírus foi isolado a partir de amostras de líquido do interior do olho - o chamado humor aquoso, que fica na câmara anterior do olho. "Essa é uma demonstração de que o vírus pode ultrapassar as barreiras que protegem o olho contra infecções", afirmou o cientista.

Olhos vermelhos

No caso estudado, um homem de cerca de 40 anos, atendido em janeiro deste ano em Ribeirão Preto, apresentou sintomas compatíveis com a zika, associados a olhos vermelhos. Inicialmente, os médicos - e também o paciente - acreditaram que se tratava de uma conjuntivite. Mas a avaliação oftalmológica mostrou a presença de uveíte. Além de Furtado, participaram da pesquisa Benedito Antonio Lopes da Fonseca, Tomás Teixeira Pinto, Taline Klein e Danillo Espósito, todos ligados à FMRP.

Furtado afirma que as uveítes podem ser causadas por agentes infecciosos - como vírus, bactérias ou protozoários - ou por doenças autoimunes. Pela suspeita de que essa inflamação era causada pelo vírus da zika, foi coletada uma amostra do humor aquoso. "Os exames de sangue do paciente deram positivos para zika e, para nossa surpresa, a amostra do material intraocular também continha material genético do vírus".

Segundo o cientista, o olho direito do paciente tinha uma inflamação leve oito dias após o início dos sintomas. Na semana seguinte, verificaram inflamação moderada no olho esquerdo, mais intensa do que a do olho direito. No momento em que a inflamação no olho esquerdo foi detectada, a visão desse lado piorou 50%, segundo Furtado.

"A visão do olho esquerdo já era pior desde criança. A inflamação deste olho rebaixou a visão temporariamente. Mas, após tratamento, voltou ao que ele considerava normal para este olho. O olho direito ficou com acuidade visual sem alterações", disse o cientista.

O paciente foi tratado com colírio a base de corticoide, tratamento padrão para os casos de uveítes. Segundo Furtado, a inflamação dentro do olho, na parte anterior, tem como possíveis complicações o desenvolvimento de catarata e aumento da pressão do olho. Caso essas complicações ocorram de maneira prolongada, podem levar ao desenvolvimento de glaucoma, por isso a necessidade de tratamento imediato e adequado.

Pessoas que se curaram da lepra se pronunciaram contra a exclusão e o estigma que ainda os perseguem nos seus países de origem durante um congresso celebrado nesta sexta-feira no Vaticano.

A lepra, ou hanseníase, é curável e foi praticamente erradicada em algumas partes do mundo graças a um tratamento eficaz e barato desenvolvido nos anos 1980. A cada ano, porém, cerca de 200.000 pessoas contraem a doença, principalmente no Brasil, na Índia e na Indonésia. E o estigma ancestral perdura, mesmo anos após a cura.

"Aos 14 anos fui diagnosticado com lepra. Meus pais me amavam e, para que eu não fosse queimado ou ferido, me encerraram em casa", contou Yuan Yahua, nascido em uma família camponesa na China. Já Vagavathali Narsappa, indiano à frente de uma associação de ex-doentes, foi rejeitado pelos pais. Só voltou a ver sua irmã décadas após o diagnóstico, quando ela ficou sabendo que seus filhos e netos tinham nascido saudáveis.

O japonês Natsuko Tominaga, de 80 anos, preferiu ficar 60 anos em um leprosário (estabelecimento onde se tratam leprosos) apesar de ter se curado aos 18 anos. Queria ajudar aqueles que considerava como sua nova família.

Mais de 200 pesquisadores e pacientes participaram deste congresso de dois dias realizado em um instituto do Vaticano. "A exclusão continua", declarou à AFP o presidente do diretório da Fundação Raoul Follereau, Michel Recipon, que ressaltou, por outro lado, o comprometimento dos ex-doentes. "Quando param de ter medo, começam a defender seus colegas", disse.

Além dos participantes do congresso, cerca de 20.000 doentes e deficientes participam do seu jubileu, que será concluído no domingo com uma missa do Papa Francisco.

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--> Memórias da 'cidade do medo'

A microcefalia permanece nas preocupações dos pernambucanos. Nesta terça-feira (10), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou mais um boletim sobre os dados dos casos da doença e arboviroses – provocadas pelo Aedes aegypti - em Pernambuco.  

O documento atualizado traz 1.930 notificações de casos de microcefalia, sendo 813 prováveis, 351 confirmados e 997 descartados. Além disso, mais uma morte foi constatada desde o último boletim semanal, subindo para 55 o número de óbitos.

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Entre os dados estão também os números referentes às gestantes: quase 5 mil possuíam exatemas (manchas pelo corpo). Desta quantidade, 25 gestantes já tiveram detecção intraútero de microcefalia, através de exames de imagem. A Secretaria explica que a presença desse sintoma não é um indicativo de que a mulher terá um bebê com a microcefalia. 

Zika, Dengue e Chikungunya

Em Pernambuco foram notificados 9.408 casos de Zika, sendo 23 confirmados em 142 municípios e Fernando de Noronha. Não há relatos de mortes provocadas pela doença. 

Foram notificados 24.521 casos de Chikungunya no estado, sendo 4.869 confirmados em 184 municípios e Fernando de Noronha. Ao todo, o número de óbitos alcançou a casa dos 20, mas permanece a mesma quantidade da última semana. 

Os 184 municípios e Fernando de Noronha já registraram 70.784 notificações de pacientes com Dengue. Desta quantidade, 13.538 foram confirmados e cinco mortes registradas. 

Infestação predial

O número de municípios em situação de alerta chegou a casa dos 77 e 91 em risco de surto. Apenas 15 cidades pernambucanas apresentam situação satisfatória. 

A África abriga quase a totalidade das crianças infectadas pelo vírus HIV no mundo, lamentou nesta terça-feira, em Abidjã, o diretor-executivo da ONUaids, Michel Sidibé, que pediu que os menores tenham acesso universal ao tratamento antirretroviral.

"É uma questão de justiça social (...), uma questão de desigualdade profunda porque 90% das crianças que vivem com aids se encontram, infelizmente, na África", afirmou Sidibé na abertura de uma reunião sobre a aids e as crianças, que foi assistida por uma dezena de ministros de Saúde do continente e especialistas internacionais.

"Cinquenta por cento destas crianças que nascem com aids morrem antes do seu quinto aniversário" porque não têm "a sorte de ter acesso aos serviços à disposição das demais crianças do resto do mundo", denunciou o diretor-executivo da ONUaids. "O acesso universal ao tratamento para as crianças deve se transformar em realidade", pediu.

A questão do HIV pediátrico tem um "caráter importante e urgente", assegurou por sua parte Dominique Ouattara, primeira-dama da Costa do Marfim e embaixadora da ONUaids para a eliminação da transmissão de mãe para filho.

Na Costa do Marfim, "somente 18% dos menores de 5 anos que vivem com o HIV/aids têm acesso ao tratamento antirretroviral", recordou Terence McCulley, embaixador americano na Costa do Marfim.

Cinco milhões de pessoas seguem sem ter acesso ao tratamento contra o HIV/aids na África central e ocidental, segundo informação da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), publicado em março.

O virologista Pedro Vasconcelos, diretor do Instituto Evandro Chagas, alertou para o risco de outros vírus entrarem no País com os turistas que virão para a Olimpíada. Segundo ele, há pelo menos 20 vírus transmitidos pelo Aedes aegypti em circulação na África, Ásia e Oceania.

"Sabemos que os índices de infestação no Brasil ainda são muito altos. A Olimpíada é realizada no inverno, mas o inverno brasileiro é muito leve e pode não alterar muito essa situação (alta infestação). Vamos receber um número grande de visitantes de todos os continentes. Como aconteceu com zika e chikungunya, enfrentamos o risco de outros vírus entrarem durante a Olimpíada", disse Vasconcelos.

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Para o especialista, é preciso formar uma "força tarefa" dos governos federal, estadual e municipal para combater o mosquito. "A queda nos níveis de infestação diminui os riscos de ocorrer uma transmissão local por outro vírus e daí iniciar um ciclo de transmissão, com risco de epidemia", disse ele, único brasileiro a participar do comitê de especialistas que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar emergência mundial por causa da microcefalia.

Trabalho do grupo de Vasconcelos, publicado na revista Science, mostrou que o zika entrou no Brasil entre maio e dezembro de 2013, possivelmente durante a Copa das Confederações. Foram comparados sete sequenciamentos do genoma do vírus para chegar à conclusão. Como somente 20% dos pacientes são sintomáticos, é possível que pessoas contaminadas pelo zika tenham viajado sem saber que estavam doentes.

Vasconcelos citou o vírus Ross River, que circula na Austrália, de condições climáticas semelhantes às do Brasil. Além das doenças transmitidas pelo Aedes, há as transmitidas pelo Cúlex, mosquito comum no País. Uma delas é a encefalite japonesa, que afeta o sistema nervoso central. Segundo o Centro de Informação em Saúde para Viajantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a doença mata em 30% dos casos e deixa sequelas neurológicas em 50% dos pacientes.

O especialista tem estudado as mortes de adultos provocadas por zika. Ele investigou três casos de pessoas que desenvolveram encefalites. Os pacientes, entre 17 e 60 anos, tinham diabetes, lúpus (doença do sistema imunológicos) e púrpura trombocitopênica (doença autoimune que destrói as plaquetas).

"Não estamos dizendo que todas as pessoas com diabetes, lúpus ou púrpura trombocitopênica vão desenvolver formas graves de zika e morrer. O que observamos é que algumas pessoas com essas condições, por algum problema ainda não identificado, talvez de origem genética, são mais suscetíveis a morrer", afirmou.

A pesquisa, submetida à revista científica Nature Medicine, mostra que o zika atinge sobretudo os neurônios, mas foi encontrado no coração, pulmão, rins e fígado. "O vírus consegue se replicar em diversos órgãos, mas a lesão é maior no sistema nervoso central. Alguns casos são tão intensos que levam à morte por encefalite", disse Vasconcelos.

Ratos de laboratório que passaram duas semanas em órbita mostraram sinais precoces de danos no fígado ao retornar à Terra, aumentando a preocupação sobre os efeitos que as viagens espaciais de longa duração podem ter em seres humanos, afirmaram pesquisadores na quarta-feira.

Os resultados poderiam interessar à agência espacial americana, que planeja enviar pessoas para lugares no espaço profundo, como asteroides ou Marte, por volta do ano 2030 - missões que requerem estadias longas no espaço.

A Nasa já está estudando os efeitos das viagens espaciais de longa duração no corpo humano, e recentemente mandou um de seus astronautas veteranos, Scott Kelly, para uma estadia de 340 dias na Estação Espacial Internacional, uma missão que também incluiu um cosmonauta russo.

"Antes desse estudo, nós não tínhamos muita informação sobre o impacto dos voos espaciais no fígado", disse Karen Jonscher, líder da pesquisa e professora adjunta de anestesiologia na University of Colorado's Anschutz Medical Campus. "Sabíamos que os astronautas frequentemente regressam com sintomas de diabetes, mas eles costumam desaparecer rapidamente".

Os ratos passaram 13 dias e meio a bordo do ônibus espacial Atlantis em 2011. De volta à Terra, pesquisadores descobriram que a viagem espacial aparentemente tinha ativado certas células que podem causar cicatrizes e danos nos órgãos a longo prazo. Especificamente, os ratos mostraram um aumento do armazenamento de gordura no fígado, assim como perda de retinol, uma forma animal de vitamina A.

Eles também apresentaram alterações na capacidade de quebrar as gorduras, e mostraram sinais de doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), assim como "potenciais indicadores precoces do início de fibrose, o que pode ser uma das consequências mais progressivas da NAFLD", disse o estudo.

Os investigadores já sabem que o voo espacial pode causar perda de massa óssea e muscular, bem como alterações na visão e nas funções cerebrais de humanos. Jonscher disse que os sinais de lesão hepática que eles viram nos camundongos normalmente levariam meses ou anos para se desenvolver, associados à ingestão de uma dieta pouco saudável.

"Se um rato mostra sinais de fibrose após 13,5 dias sem mudanças na dieta, o que acontece com os humanos?", perguntou. Os resultados foram publicados no periódico científico PLOS ONE.

A NASA não respondeu imediatamente a uma solicitação para comentar o estudo. "Se isso é ou não um problema, é uma questão em aberto", disse Jonscher.

Uma possibilidade é que o estresse do voo espacial, particularmente o sacolejo, barulho e tumulto na decolagem e ao retornar à atmosfera terrestre contribuíram para os danos hepáticos. Estudos posteriores sobre os tecidos de ratos que estiveram na Estação Espacial Internacional por meses poderiam esclarecer se a microgravidade desempenha ou não um papel na lesão hepática.

"Precisamos observar ratos que tenham passado por viagens espaciais mais longas para saber se eles desenvolvem mecanismos compensatórios para protegê-los de danos sérios", disse Jonscher.

O bairro de Dois Unidos, na Zona Norte do Recife, recebe neste sábado (16) e no domingo (17) o mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti. A ação conta com 12 agentes de saúde ambiental e controle de endemias (asaces) e 24 soldados das Forças Armadas por dia. De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, profissionais da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) também estarão presentes recolhendo entulhos do bairro.

As equipes farão visitas a domicílios nas vias Rua Dorândia, Av. Hildebrando de Vasconcelos, Rua Teodoro Sativa (subida da minerva), Rua José Menezes de lira filho, Rua Bela vista, Rua Francisco de Paula Santos, Av. chagas ferreira, Rua Nelson Rodrigues, Rua do curió e Rua Tancredo Neves. No último balanço, divulgado pela Secretaria de saúde, desde que a Prefeitura do Recife iniciou os mutirões de final de semana, em 28 de novembro de 2015, mais de 51 mil imóveis foram vistoriados na cidade.

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Os mutirões já aconteceram nos bairros da Cohab, Morro da Conceição, Espinheiro, Ibura, Nova Descoberta, Jordão, Dois Unidos, Linha do Tiro, Bairro do Recife (Comunidade do Pilar), Jardim São Paulo, Várzea, Brasília Teimosa, Boa Viagem, Joana Bezerra, Bongi, Estância, Vasco da Gama, Macaxeira, Alto do Mandu, Monteiro, Areias, Arruda e Bomba do Hemetério, Alto José Bonifácio, Imbiribeira, Cidade Universitária, Santo Antônio, Várzea (Comunidade Cosme e Damião), Jordão, Mangueira, Ipsep e Santo Amaro.

O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira que transferirá US$ 589 milhões para o combate ao vírus zika. Anteriormente, esses recursos estavam destinados à luta contra o ebola, em grande medida bem-sucedida.

Boa parte do montante irá para os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, para pesquisas relacionadas ao vírus e aos problemas relacionados ao zika, bem como para a criação de equipes de resposta para limitar a disseminação do vírus. Além disso, os Institutos Nacionais de Saúde continuarão a pesquisar uma vacina, enquanto a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos EUA intensificará os esforços para combater o problema no exterior.

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Pesquisadores temem que o zika cause microcefalia em bebês, bem como outras ameaças para as crianças de grávidas infectadas pelo vírus. Fonte: Associated Press.

Um exame de sangue experimental pode ser capaz de detectar uma gama de doenças, inclusive câncer e esclerose múltipla, baseado em assinaturas de DNA a partir de células mortas - disseram pesquisadores nesta segunda-feira.

O trabalho, descrito na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, ainda está em seus estágios iniciais, mas abre vastas possibilidades, segundo os autores do estudo. "Nós vemos isso como um avanço de enorme potencial, mas ainda vai demorar para ser realizado", disse o co-autor Yuval Dor, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém.

"Estamos trabalhando duro para isso, mas o uso clínico ainda está longe", explicou Dor em e-mail à AFP.

Até agora, o método tem sido testado em 320 pacientes e controles, e tem demonstrado sucesso na busca de doenças tais como o câncer pancreático, a pancreatite, a diabetes, a lesão cerebral traumática e a esclerose múltipla.

Quando as células morrem, pode significar que uma doença está apenas começando a se firmar no corpo - talvez um tumor está se formando, ou uma doença auto-imune ou neurodegenerativa. Os cientistas já sabem há algum tempo que as células que estão morrendo liberam DNA fragmentado na corrente sanguínea.

O novo método pode identificar uma modificação química única chamada metilação. Estes padrões de metilação revelam a identidade específica das células. "Nosso trabalho demonstra que as origens de tecidos de DNA circulante podem ser medidos em humanos", disse a co-autora Ruth Semer, da Universidade Hebraica.

"Isso representa um novo método para detecção sensível de morte celular em tecidos específicos, e uma abordagem interessante para a medicina de diagnóstico", afirmou a pesquisadora. Os investigadores sublinharam que muito mais trabalho é necessário antes que o teste possa ser trazido para o público.

Além disso, a gama de doenças que podem ser detectadas é pequena, até agora. E ainda não está claro o quanto o teste pode custar. Dor disse que a tecnologia é baseada no sequenciamento de DNA de ponta, que a cada ano torna-se mais acessível.

"Espero que o custo não seja um fator importante", disse Dor. "Há ainda melhorias técnicas necessárias, e mais testes em populações maiores precisam ser feitos, em particular em um cenário onde possa realmente prever a doença".

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